quarta-feira, 5 de setembro de 2018

243 – ESTUDOS de ARTE


ACERTOS e INSTITUIÇÕES do  PROJETO de UNIDADE e IDENTIDADE do RIO GRANDE do SUL.
Porto Alegre – Praça da ALFÂNDEGA e PRÈDIOS da RECITA FEDERAL (atual MARGS) e CORREIOS e TELÈGRAFOS (atual MEMORIAL do RIO GRANDE do SUL)
Fig. 01 –  PORTO ALGRE teve uma decidida reviravolta política, econômica e cultural nos primeiros anos do REGIME REPUBLICANO. Numerosos prédios, monumentos e obras viárias transformaram a CAPITAL do RIO GRANDE do SUL numa verdadeira SALA de VISITAS  conforme a expressão de Margareth Bakos[1] e dos estudos do fachadismo de Arnoldo Walter Doberstein [2]

SUMÁRIO

01 – As ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL e ETAPAS da sua IMPLEMENTAÇÃO e IMPLANTAÇÃO-  02 – A SOLIDARIEDADE das ÈPOCAS HISTÓRICAS entre SI no Rio Grande do Sul - 03 - DIVERGÊNCISAS  e CONVERGÊNCIAS no RIO GRANDE do SUL 04 - ACERTOS e INSTITUIÇÔES no  PROJETO CIVILIZATÓRIO do  RIO GANDE do SUL  05 – DISPERSÂO das  INSTITUIÇÔES do PROJETO CIVILIZATÓRIO do RIO GRANDE do SUL  06-  SOMANDO COMPETÊNCIAS das  INSTITUIÇÔES do PROJETO CIVILIZATÓRIO do RIO GRANDE do SUL 07 -  A IDENTIDADE do PROJETO CIVILIZATÓRIO do RIO GRANDE do SUL por MEIO das ARTES 08 - A IDENTIDADE do PROJETO CIVILIZATÓRIO do RIO GRANDE do SUL na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. 09 - SE QUERES SER UNIVERSAL, PINTE a sua ALDEIA  10 - PONTENCIALIDADES do CÓDIGO GENÉTICA ENTENDIDO  e CORRETAMENTE APLICADO no CÓDIGO ESTÉTICO das ARTES VISUUIS do RIO GRANDE do SUL -11 - A INVESTIGAÇÂO  ESTÉTICA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL como PESQUISA BÁSICA, GRATUITA e IDEAL  FONTES BIBLIOGRAFICAS e NUMERICAS DIGITAIS.

01 – As ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL e ETAPAS da sua IMPLEMENTAÇÃO e IMPLANTAÇÃO.

Uma OBRA de ARTE segue a sina de uma SEMENTE que necessita MORRER para dar origem a nova planta. Uma OBRA de ARTE  pertence irremediavelmente a QUEM a PRODUZ, ao seu TEMPO, ao seu LUGAR e à SOCIEDADE que são únicos irrepetíveis. Assim cada OBRA de ARTE  deve morrer para que, como a semente, possa continuar um novo ciclo numa outra EXPRESSÃO ESTÈTICA. Neste caminho - entre VIDA e MORTE - uma OBRA de ARTE se desenvolve entre hibridações, cruzamentos e enxertias que fazem surgir novas variedades apropriadas a QUEM a PRODUZ, a um novo tempo, para outro lugar e outros propósitos.
Uma civilização é constituída por instituições que possuem o propósito de atingir e tenham êxito na PRODUÇÃO dos frutos almejados nos sucessivos ciclos necessários para a OBRA de ARTE.  Apesar do seu solo fértil as instituições de Arte tardaram a tomar forma no Rio Grande do Sul. As INSTITUIÇÕES MISSIONEIRAS não vingaram e não se projetaram no TEMPO por serem verticalizadas e nas mãos monocráticas dos europeus. Europeus que usaram a ARTE como PROPAGANDA da FÉ e com PRODUÇÃO COMUNITÁRIA DIRIGIDA.
O caminho mais seguro, para QUEM PRODUZ ARTE,  é seguir as etapas de implementação e implantação. Nestas etapas vale a sabia advertências de Leon TOLSTOI “ SE QUERES SER UNIVERSAL, PINTE a sua ALDEIA”. Na sua aldeia concentram -se e respiram as competências e os limites de QUEM PRODUZ a ARTE. Competências que andam dispersas na sociedade e a espera da legitimação do seu AGIR na ARTE[3].


[1] BAKOS Mragareth– POLITICA na SALA de VISITAS https://issuu.com/camilaprovenzi/docs/portoalegre_issuu

[2] DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Porto Alegre (1898-1920): estatuária fachadista  e monumental, ideologia e sociedade. Porto Alegre: PUC-IFCH, 1988, 208 f. Dissert.
 ____. Porto Alegre 1900-1920: estatuária e ideologia. Porto Alegre: Secretaria Municipal de Cultura, 1992. 102p.
____. Rio Grande do Sul (1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre: PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999. 377f.


[3] Projeto Percurso  do artista: Nico Rocha- catálogo da exposição organizada pelo Departamento de Difusão  Cultural da UFRGS: artista Luiz Antônio Carvalho da Rocha. Porto Alegre: UFRGS,2011,188 p. il color

Porto Alegre – Solar LOPO GONÇALVES atua museu José Joaquim FELIZARDO
Fig. 02 –  Quando uma civilização é competente para guardar, estudar e trazer para o seu PRESENTE as suas mais remotas épocas de sua origem, desenvolvimento e afirmação,  está colocando em prática a SOLIDARIEDADE que engrandece e identifica para si mesma. O TEMPO PRESENTE  imprime, a PORTO ALEGRE a sua marca, respeito e cultivo por mais humilde e controvertida tenha sido a sua origem.  Origem no REGIME COLONIAL, passou pelo REINO UNIDO, pelo IMPÉRIO e se decidiu no REGIME REPUBLICANO. Ainda que raros, como o prédio do atual MUSEU JOSÉ FELIZARDO, não deixam de ser elos ativos e presentes na corrente da SOLIDARIEDADE da ÈPOCAS ENTRE SI MESMAS.

02 - A SOLIDARIEDADE das ÉPOCAS HISTÓRICAS entre SI no Rio Grande do Sul.  
As INSTITUIÇÕES do REGIME IMPERIAL estavam sob o CONTROLE do TRONO. Este centralismo  monocrático  não permitiu a implantação de instituição da Arte no Rio Grande do Sul. 
Neste ambiente e circunstâncias a legitimação de QUEM PRODUZ, de quem AGE e RECEBE a ARTE sofrem rigorosos invernos, adversidades e condicionamentos de sistemas políticos, econômicos e técnicos.
Na ARTE o simples e o singelo VOLUNTARISMO UNIPESSOAL esbarra  em limites que tolhem as competências de QUEM PRODUZ, da sociedade que recebe e tenta assimilar as FORÇAS ESTÉTICAS.
A  SOLIDARIEDADE, das ÉPOCAS HISTÓRICAS entre SI, afeta as FORÇAS ESTÉTICAS. Tanto com o objetivo de  entravar, esterilizar e corromper estas FORÇAS, como para estimular, fecundar e gerar PROJETOS CIVILIZATÓRIOS[1] de SIGNIFICADOS POSITIVOS e de largos espectros daquilo que é  SOCIALMENTE ACEITO.
No aspecto negativo as ARTES do RIO GRANDE do SUL sofrem ainda os efeitos do REGIME COLONIAL, IMPERIAL os condicionamentos e as confusões do PRIMEIRO REGIME REPUBLICANO. No aspecto positivo as perdas, os entraves e os condicionamentos do RIO GRANDE do SUL foram estímulos de superação, recuperação do tempo perdido. São nítidas e claras as EXPRESSÕES de AUTONOMIA de QUEM PRODUZ atualmente  ARTE neste estado brasileiro.


[1] MARQUES dos SANTOS, Afonso Carlos «A Academia Imperial de Belas Artes e o projeto   Civilizatório do Império»  in  180 anos de Escola de Belas Artes Anais do Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997, pp. 127/146.

Fig. 03 –  No  MARCO ZERO convergem e divergem as distâncias geográficas e rodoviário do RIO GRANDE do SUL.  Este O MARCO ZERO está cercado, no PRESENTE,  de índices de épocas distintas e que destacam prática da SOLIDARIEDADE entre si mesmo.  Por mais humilde e contravertida que tenha sido esta origem o  TEMPO PRESENTE imprime, nesta origem, a sua marca, respeito sentido

03 – DIVERGÊNCISAS  e CONVERGÊNCIAS no RIO GRANDE do SUL

A dupla leitura das ARTES do RIO GRANDE do SUL, tanto no  aspecto negativo como aspecto positivo, depende da altura  e das competências e limites do observador
Este observador percebe, num plano superficial, ainda os efeitos carregados de preconceitos, hábitos arraigados e de juízos apressados. Já num plano elevado percebe e exibe a lógica um outro sentido, os estímulos de superação, recuperação do tempo perdido, de nítidas e claras EXPRESSÕES de AUTONOMIA de QUEM PRODUZ a  ARTE no RIO GRANDE do SUL. Estes planos, aparentemente contraditórios  e irreconciliáveis, foram percebidos por Oswaldo Aranha e registrados (1928, 01)[1] que
O fenômeno de integração do Rio Grande não me espanta. Sempre existiu uma razão de congraçamento mais forte do que a razão da divergência. Eu comparo o regime rio-grandense ao regime dos ventos. Na superfície sopram corrente desencontradas, que circulam em rumos diversos e contrários. Mas , no alto, muito acima desta superfície, há um vento só, que corre num sentido único. Assim somos nós, as corrente partidárias se agitam em baixo. Mas quando soa a hora da raça, um só pensamento nos domina nas alturas do nosso civismo: é o pensamento do Rio Grande".
Esta observação não é dada a quem tropeça e se  enreda na selva de manifestações empíricas e de curto  alcance. 
O PROJETO CIVILIZATÓRIO SUL-RIO-GRANDENSE necessita ser cultivado com uma visão elevada e  panorâmica. Visão na qual  se percebe como resultado lógico, o evoluir de algo que ainda pairava latente na ordem natural das coisas. Este algo vinha evoluindo e crescendo, de baixo para cima, até atingir a sua identidade e competente para assumir e conduzir a sua AUTONOMIA, sua LIBERDADE e a CRIATIVIDADE que lhe eram inerentes.


[1] ARANHA Oswaldo. Breviário Cívico Conceitos referentes ou applicáveis ao actual momento político Porto Alegre: Revista do Globo, nº 18, 12 de out de 1929  fl 01 

SESSÂO de MANIFESTAÇÂO REGIOSA  AFRO BRASIEIRA  no MERCADO PÚBLICO de `PORTO ALEGRE no  dia 16,08.2018  14h00
Fig. 04 –  As poderosas forças étnicas, culturais e religiosas do RIO GRANDE do SUL convivem e se reforçam reciprocamente[1]  Sem se intimidar por EXCOMUNHÕES RECÍPROCAS convivem num TEMPO PRESENTE e encontram ambientes para as suas práticas herdadas dos seus antepassados. Ao mesmo tempo interagem e imprimem a sua marca, respeito aos demais[2].

04 - ACERTOS e INSTITUIÇÕES no  PROJETO CIVILIZATÓRIO do  RIO GANDE do SUL 
Estas instituições nasceram timidamente na PRIMEIRA REPÚBLICA e sob a égide da Lei nº 173 de 10.09.1893. Os fundadores do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul reforçava num mito como aquele que apareceu estampado num jornal local[3] no dia 22 de abril de 1908  da fundação do Instituto e que o caracterizava como o resultado lógico do evoluir da civilização rio-grandense, o Instituto pairava latente na ordem natural das cousas, só a espera que o fiat criador trovejasse do alto, para que ele surgisse de baixo, aparelhado para os seus lúcidos destinos”. 
A força deste mito se desfez no dia seguinte quando se tratava de vencer velhos hábitos herdados do regime colonial, imperial e dos primórdios da República.


[1] LAYTANO Dante de (1908-2000). - Festa de Nossa Senhora dos Navegantes Estudo de uma tradição das populações  Afro-Brasileiras de Porto Alegre. Porto Alegre: UNESCO- Instituto Brasileiro Ciência e Cultura- Comissão Estadual de Folclore do Rio Grande do Sul - 6º Vol.  1955, 128 p. il

[2] CORRÊA, Norton  F. Os vivos, os mortos e os deuses: um estudo antropológico sobre o batuque no  
        Rio Grande do Sul. Porto Alegre :IFCH-UFRGS, 1988, 474 f –Disert. Oreinta Brochado, José Joaq.


[3] - Correio do Povo 22.04.1908(cópia datilografada do Arquivo do IA-UFRGS)
ALDEIA do IMIGRANTE NOVA PETROPOLIS[1]
Fig. 05 A realocação - no meio urbano  - de construções típicas da ERA AGRÍCOLA do RIO GRANDE do SUL ressalta e torna presente a tendência estética da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL que valoriza as duas anteriores.  Assim alguns dos múltiplos  índices de uma ALDEIA AGRICOLA GERMÂINICA da SERRA SUL-RIO GRANDENSE figuram como simbólicas no meio urbano da cidade NOVA PETRÓPOLES. De outra parte estes prédios transportados da sua origem rural são índices do imenso e variado patrimônio rural que se espalham pelo interior do ESTADO .

05 - A DISPERSÃO das  INSTITUIÇÕES do PROJETO CIVILIZATÓRIO do RIO GRANDE do SUL 
 O Rio Grande do Sul conta, em 2018, com 468[2] museus dispersos por todo o seu território. Os pequenos museus evitam o centralismo, o acúmulo indiscriminado e patrimonialismo insano. Estas são heranças da ERA INDUSTRIAL que necessitava ACUMULAR MATÉRIAS PRIMAS, MÃOS ESPECILIZADAS  e PRINCIPALMENTE CAPITAL para fazer funcionar as sua LINHAS de MONTAGEM e PRODUZIR COISAS em SÉRIE e IGUAIS. Produtos normatizados por uma elite controladora.
A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL contorna os sistemas, aquilo que é estandardizado  e as séries absolutamente iguais. As máquinas da ERA INDUSTRIAL evitam o esforça físico, enquanto os ROBÔS se encarregam de administrar as rotinas de quem manipulava e alimentava as  máquinas. Com esta dupla libertação, a criatura humana assume o seu papel criativo, do único, da deliberação e da decisão sobre o SIGNIFICADO[3] da sua OBRA.
 Potencialmente as redes virtuais conectam os 468 museus do Rio Grande do Sul. Em cada um destacam e fazem circular  o papel criativo, do único das coleções de cada instituição onde cada um destes museus mantém suas próprias deliberação e decisão.
De outra parte ainda paira no horizonte a UNIVERSIDADE das ARTES e da SECRETARIA das ARTES. A grande ameaça que inviabiliza  estas instituições é o de se tornarem meros cabides de empregos, do elogio recíproco e facilidades funcionais entre pares em prejuízo do  fim último da PESQUISA ESTÉTICA e da PRODUÇÃO de OBRAS de ARTE. 


[3] PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. 3a. ed.  São Paulo: Perspectiva. 439p.


Fig. 06 o PENSAMENTO e a OBRA de Leonardo da Vinci a afirmar que “UMA PINTURA é uma COISA MENTAL” mostrou evidências da potencialidade das ARTES na UNIVERSIDADE O RIO GRANDE do SUL potencializa esta MENTALIDE da ARTE no MUNDO SIMBÓLICO coerente com a materialidade da OBRA de ARTE Na medida em que avançam o índices da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL .este papel da ARTE na UNIVERSIDADE   torna-se  presente  e se realiza na PESQUISA, na EXTENSÃO e no ENSINO. 

06 - SOMANDO COMPETÊNCIAS das  INSTITUIÇÕES do PROJETO CIVILIZATÓRIO do RIO GRANDE do SUL

Na medida em que conseguir superar aquilo que  ameaça e inviabiliza a UNIVERSIDADE das ARTES[2] e da SECRETARIA das ARTES estas instituições possuem potenciais e condições conceituais, materiais e técnicas para vir ao mundo empírico.
Ambas previstas por Tasso Corrêa, já em 1947[3], ganham cada vez mais sentido e na medida em que adensam as condições da ÉPOCA PÓS- INDIUSTRIAL. ÉPOCA  dos bens simbólicos, da criatividade, convergências e divergências continuadas. Nesta nova ÉPOCA, não só o artista deve ir para a UNIVERSIDADE[4] como o contrário a própria ARTE CONSTITUI um NÚCLEO CRÍTICO para CONVERGEM e DIVEGEN  praticamente todos os saberes, práticos e campos de forças de todos os SABERES de uma UNIVERSIDADE.


[1] PESQUISA CÈLULA TRONO em EXPOSIÇÂO no MEMORIAL do Rio Grande do S ul https://www.jornalnopalco.com.br/2018/06/25/arte-e-ciencia-em-cartaz-no-memorial-do-rs/

[3] . O PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA ASSUME as FUNÇÕES como CONSTRUTOR http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/04/169-o-pensamento-de-tasso-correa.html

[4] DE DUVE, Thierry «Kant depois de Duchamp» Arte & Ensaios Revista do Mestrado em  História da Arte da EBA. Rio de Janeiro : EBA-UFRJ Ano 5, no 5, pp.125-154, 1998.

Fig. 07 O médico Carlos JADER FELDMAN[1] continua as  interações entre CIÊNCIAS e ARTE na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Estas interações vem de longa data no Rio Grande do Sul . O médico pediatra Olympio Olinto de OLIVEIRA (1866-1956)  já declarava “as minhas ocupações favoritas: o estudo das ciências que cultivo e das artes que me seduzem. Soma-se a estas interações - entre CIÊNCIAS e ARTE - na INFORMATICA, na ECONOMIA, na ADMINISTRAÇÂO, no DIREITO, na FILOSOFIA, na EDUCAÇÂO e uma série de CIÊNCIAS. Assim a presença das ARTES na UNIVERSIDADE ganha corpo e campos de saberes que contribuem e ao mesmo tempo se  valem do CAMPO ESTÉTICO O RIO GRANDE do SUL potencializa esta MENTALIDE da ARTE

07 – A IDENTIDADE do PROJETO CIVILIZATÓRIO do RIO GRANDE do SUL por MEIO das ARTES.
A materialidade, das ARTES, se expressa pelo recurso e suporte por meio os sentidos humanos. Toda a ARTE possui a sua base material e física num ou mais dos sentidos humanos O APREENDER A VER possui a sua base material na VISÂO HUMANA e o OUVIDO é base material para a PERCEPÇÂO do SOM e do SILÊNCIO[2].
Este condicionamento sensorial das ARTES universaliza as manifestações estéticas. A IMAGEM, o SOM, o GESTO e o ESPAÇO FÍSICO não necessitam de tradução. Evidente que estas MANIFESTAÇÕES e PERCEPÇÕES  podem sofrer codificações. Porém nesta codificação estamos no ESPAÇO da COMUNICAÇÃO HUMANA. De outra parte é constante a busca para traduzir  para a COMUNICAÇÃO  a ARTES como EXPRESSÃO HUMANA[3]   


[1] O dr Carlos JADER FELDMANN – fundador dos de um laboratório de diagnóstico médico por IMAGENS em Porto Alegre. Por este meio PÒS- INDUSTRIAL  dos equipamentos eletrônicos descobriu as ARTES VISUAIS que prozem imagens do funcionamento do corpo humano. Nesta direção tornou-se um dos mais colecionadores de OBRAS de ARTE. Informações  de Maria Regina de SOUZA LISBOA Apresentado ao GRUPO de PESQUISA da AAMARGS no  dia 23 de agosto de 2018

[2] JOHN CAGE e 4’33’https://es.wikipedia.org/wiki/4′33″

[3] PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. 3a. ed.  São Paulo: Perspectiva. 439p.

Ruth SCHNEIDER - 1943-2003 - obra da artista no Museu de Passo Fundo.
Fig. 08 A prefeitura e a Universidade de Passo Fundo (UPF) somaram forças para criar e manter o MUSEU que leva o nome de RUTH SCHNEIDER e contém parte expressiva da obra desta artista originária desta cidade. Estas convergências e materializações - por uma obra física - aponta para mais um índice da necessidade de uma UNIVERSIDADE das ARTES complementada por uma SECRETARIA das ARTES. 
MUSEU de ARTES VISUAIS RUTH SCHNEIDER  MAVRS– Passo Fundo

08 – A IDENTIDADE do PROJETO CIVILIZATÓRIO do RIO GRANDE do SUL na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.

A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL é o ESPAÇO do SIMBÓLICO, da IDENTIDADE e a o mesmo tempo da DIVERSIDADE.
Esta DIVERSIDADE, da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL, rompe e transcende as manifestações da SÉRIE IGUAIS da ERA INDUSTRIAL[1].    Na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL emerge e se apresenta aquilo que é coerente com o universo simbólico, criativo e inédito. Emerge um humanismo cercado da SOLIDARIEDADE das ÉPOCAS passadas, de SOCIEDADES e de TÈCNICAS em constante atualização, mudanças e onde todos são emissores e receptores.
   A ARTE no RIO GRANDE do SUL possui este potencial na medida em que rompe a força do mito do SISTEMA ÚNICO e desfaz velhos hábitos inculcados e cultivados pelos SISTEMAS LINEARES da ERA INDUSTRIAL com uma ENTRADA, ELABORAÇÃO e SAIDA ÚNICA.   


[1] El olvido que seremos,- DAVID RIEFF y los dilemas da la memoria
Contra o sistema... A tentação do BEM é pior do que do MAL.


QUINTA da ORADA  MARQUES PEREIRA
Fig. 09 A pequena capela - ou “CAPITEL” -  continua como testemunha e ressalta da ÉPOCA AGRICOLA do RIO GRANDE do SUL Típicas de uma determinava tendência estética contrasta, ressalta e valoriza a anterior e a subsequente, em todos os tempos, lugares e civilizações Pequenas capelas que materializam  índices e os predicados da aldeia .

09 –  SE QUERES SER UNIVERSAL, PINTE a sua ALDEIA

Toda CONTRADIÇÃO pode ser transformada em COMPLEMENTARIEDADE. Na frase de Leon TOLSTO (1828´-1911) SE QUERES SER UNIVERSAL, PINTE a sua ALDEIA” a aparente contradição - entre a ALDEIA e o UNIVERSAL  -aponta, de fato, para a IMPORTÂNCIA de QUEM está PINTANDO ou PRODUZINDO ARTE.
A TENTAÇÃO - de QUEM PRODUZ ARTE - esbarra no plágio subliminar e no “déjà vu”. Transformam o trabalho em algo periférico, colonial e na heteronomia. Isto ocorre quando este plágio se fixa na FAMA, na GLÓRIA[1], no PRESTÍGIO e com a veleidade de ser um ”GÊNIO UNIVERSAL”.
O artista e professor Ado MALAGOLI[2] era mais objetivo e pragmático. Perguntado se um “ARTISTA PODIA FICAR RICO” a sua resposta era:  SIM! .. MAS TEREMOS APENAS MAIS UM RICO..”
Em todos os tempos e lugares o grande desafio de “QUEM PRODUZ ARTE” foi de colocar no mínimo da forma, do tema e da matéria o MAXIMO de CRIATIIDADE[3]


[2] SOUSA SOUSA, Carmen. De Libindo a Malagoli: artes visuais na universidade.  Porto       Alegre : Pinacoteca IA-UFRGS, 1994. 16 fls.

[3] MAZZOCUT-MIS, Madalena, « Pouvoir et limites de l´imagination» in Revue         d´esthétique : Esthétique en Chantier. Paris :Jean Micel Place, v.24, nº 93, jun. 1994, pp. 59/64.

Fig. 10 U Em todos os tempos, lugares e civilizações uma determinava tendência estética contrasta, ressalta e valoriza a anterior e a subsequente As torres da IGREJA das DORES de PORTO ALEGRE despontam como testemunhas típicas da ÉPOCA AGRICOLA do RIO GRANDE do SUL. Estas torres convivem e se reforçam a horizontal repetida e modular dos armazéns típicos da ERA INDUSTRIAL que perderam a sua função e estão a espera da ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL na qual terão papel simbólico.

10 –   PONTENCIALIDADES do CÓDIGO GENÉTICA ENTENDIDO  e CORRETAMENTE APLICADO no CÓDIGO ESTÉTICO das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL

A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL acrescentou - para as ERAS que  PRECEDERAM - as PONTENCIALIDADES do CONHECIMENTO do CÓDIGO GENÉTICA. Este conhecimento  aponta para a possibilidade da correta  APLICAÇÃO no CÓDIGO ESTÉTICO as ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL das A APLICAÇÃO no CÓDIGO ESTÉTICO as ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL produz hibridações, cruzamentos e  enxertias responsáveis em fazer surgir novas variedades apropriadas a um novo tempo, outro lugar e propósitos.
Este CÓDIGO ESTÉTICO as ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL evidentemente possui os componentes UNIVERSAIS. No entanto, este mesmo CÓDIGO ESTÉTICO, aponta para as progressivas DIFERENCIAÇÕES devidas à SOCIEDADE, ao LUGAR e a TEMPO em que se materializam as EXPRESSÔES ESTÉTICAS. Assim a SINGULARIDADE  possui o seu lugar na IDENTIDADE LOCAL, SOCIAL e de ÈPOCA sem estar em conflito, intriga ou obsolescência com o a ARTE UNIVERSAL.
Cessa a NECESSIDADE de o FILHO eliminar o PAI para se afirmar ao paradigma descrito no COMPLEXO de ÈDIPO. COMPLEXO de ÈDIPO presente e evidente nas sequências da periodicidade das tendências estéticas ativas ao longo da ERA INDUSTRIAL. Para uma nova tendência se afirmar, nesta ERA das MÁQUINAS, ela necessitava desqualificar e matar aquela que a precedeu
Parque MARINHA do BRASIL - obra de Xico STOCKINGER (1919-2009)[1]  in ALVES 2004 p.192,Foto em dez. 2010[2]
Fig. 12 –  A INTERAÇÂO  entre a ARTE e a NATUREZA não pode ser ignorada nas artes visuais do RIO GRANDE do SUL .. No Parque Marinha do Brasil de PORTO ALEGRE a Natureza continua uma  a obra de Arte cuja temática e a FLORA;  A PESQUISA ESTÉTICA AUTÈNTICA sempre tomou em conta: ONDE, QUAMDO e QUEM produz a OBRA de ARTE O espetáculo é gratuito, ideal e apto para milhares de experimentos nesta junção entre NATUREZA e ARTE

11 –   A INVESTIGAÇÃO  ESTÉTICA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL como PESQUISA BÁSICA, GRATUITA e IDEAL

A burocratização, o formalismo canônico  e os sistemas, são heranças do regime colonial, imperial e dos primórdios da República. No cerne material, destas heranças, se move a mentalidade, as estratégias e a logística da ERA AGRÍCOLA e INDUSTRIAL.
A ERA AGRÍCOLA está presa e reproduz a mentalidade proveniente dos ciclos implacáveis da NATUREZA. A ERA das MÁQUINAS é URBANA e não consegue pensar e agir fora da LINHA DE MONTAGEM INDUSTRIAL e das INFINITAS SÈRIES de PRODUTOS IGUAIS.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
ALVES de Almeida, José Francisco (1964).  A Escultura pública de Porto Alegre – História, contexto e significado – Porto Alegre : Artfólio, 2004  246 p.
--------------STOCKINGER – Vida e obra . Porto Alegre : MultiArte 2012 - 308 p. il

ARANHA Oswaldo. Breviário Cívico Conceitos referentes ou applicáveis ao actual momento político Porto Alegre: Revista do Globo, nº 18, 12 de out de 1929  fl 01 

CORRÊA, Norton  F. Os vivos, os mortos e os deuses: um estudo antropológico sobre o batuque no   Rio Grande do Sul. Porto Alegre :IFCH-UFRGS, 1988, 474 f –Disert. Oreinta Brochado, José Joaq.

DE DUVE, Thierry «Kant depois de Duchamp» Arte & Ensaios Revista do Mestrado em  História da Arte da EBA. Rio de Janeiro : EBA-UFRJ Ano 5, no 5, pp.125-154, 1998.

DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Porto Alegre (1898-1920): estatuária fachadista  e monumental, ideologia e sociedade. Porto Alegre: PUC-IFCH, 1988, 208 f. Dissert.
 ____. Porto Alegre 1900-1920: estatuária e ideologia. Porto Alegre: Secretaria Municipal de Cultura, 1992. 102p.
 ____. Rio Grande do Sul (1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre: PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999. 377f.
LAYTANO Dante de (1908-2000). - Festa de Nossa Senhora dos Navegantes Estudo de uma tradição das populações  Afro-Brasileiras de Porto Alegre. Porto Alegre: UNESCO- Instituto Brasileiro Ciência e Cultura- Comissão Estadual de Folclore do Rio Grande do Sul - 6º Vol.  1955, 128 p. il

MAZZOCUT-MIS, Madalena, « Pouvoir et limites de l´imagination» in Revue         d´esthétique : Esthétique en Chantier. Paris :Jean Micel Place, v.24, nº 93, jun. 1994, pp. 59/64.
MARQUES dos SANTOS, Afonso Carlos «A Academia Imperial de Belas Artes e o projeto   Civilizatório do Império»  in  180 anos de Escola de Belas Artes Anais do Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997, pp. 127/146.
PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. 3a. ed.  São Paulo: Perspectiva. 439p.

Projeto Percurso  do artista: Nico Rocha- catálogo da exposição organizada pelo Departamento de Difusão  Cultural da UFRGS: artista Luiz Antônio Carvalho da Rocha. Porto Alegre: UFRGS,2011,188 p. il color

SOUSA SOUSA, Carmen. De Libindo a Malagoli: artes visuais na universidade.  Porto       Alegre : Pinacoteca IA-UFRGS, 1994. 16 fls.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
A GLÓRIA ASFIXIA o GÊNIO
BAKOS, Margaret– POLITICA na SALA de VISITAS https://issuu.com/camilaprovenzi/docs/portoalegre_issuu
JOHN CAGE e 4’33’
https://es.wikipedia.org/wiki/4′33″
VIDEO 4’33’’
El olvido que seremos,- DAVID RIEFF y los dilemas da la memoria
Contra o sistema... A tentação do BEM é pior do que do MAL.
ESCULTORES do RIO GRANDE do SUL SAMEM FAZER a sua HORA
PESQUISA CÈLULA TRONO em EXPOSIÇÂO no MEMORIAL do Rio Grande do S ul https://www.jornalnopalco.com.br/2018/06/25/arte-e-ciencia-em-cartaz-no-memorial-do-rs/
+ ARTE e CIÊNCIAS JUNTAS no RIO GRANDE do SUL
CELULAS TRONCO
O PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA ASSUME as FUNÇÕES como CONSTRUTOR http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/04/169-o-pensamento-de-tasso-correa.html
O ENTE no SER ARTISTA: O ARTISTA DEVE ira para a UNIVERSIDADE
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2015/05/estudos-de-arte-018.html
O PENSAMENTO de OLYMPIO OLINTO de OLIVEIRA  nas ARTES do RIO GRANDE do SUL.

ESTUDOS de CASOS
1 – HISTÓRIA das DIRETORIAS do MARGS
2 – A HISTÓRIA da ASSOCIAÇÃO CHICO LISBOA
3 - ASSOCIAÇÃO ARAÚJO PORTO-ALEGRE
4 -  ASSOCIAÇÃO dos ESCULTORES do RIO GRANDE do SUL

2018.08.30- Postagens disponíveis  na  REDE NUMÈRICA DIGITAL de MATERIAL do GRUPO de PESQUISA da AMMARG do ANO e 2018

13.01.2018.. PESQUISA das ARTES VISUAIS INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE do SUL.  [projeto de 2018]

19.05.2018.. NO ATELIÊ DOS CONCEITOS: INSTITUIÇÃO / INSTITUCIONALIZAÇÃO  Neusa Rolita Cavedon cavedon.neusa@gmail.com

18.07.2018.. As ARTES VISUAIS INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE do SUL e a LEGISLAÇÃO.

27.07.2018.. CONCEITOS e CIRCUNSTÂNCIAS das ARTES  INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE do SUL

01.08.2018.. O que PERMANECEU da MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA no RIO GRANDE do SUL.

06.08.2018.. O PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA pela ARTE:

14.08.2018.. ARTE DISTINTA de CULTURA num PROJETO CIVILIZATÓRIO.

21.08.2018.. As ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL  na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.

27.08.2018.. POTENCIALIDADES das ARTES VISUAIS no RS em 2018:

31.08.2018.. FRUSTRAÇÕES de PROJETOS nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL


[2] ALVES de Almeida, José Francisco (1964).  A Escultura pública de Porto Alegre – História, contexto e significado – Porto Alegre : Artfólio, 2004  246 p.
--------------STOCKINGER – Vida e obra . Porto Alegre : MultiArte 2012 - 308 p. il

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