FRUSTRAÇÕES
de PROJETOS nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL
SUMÁRIO
01 – -
PROJETOS POLÍTICOS FRUSTRADOS no RIO GRANDE do SUL 02 – PROJETOS das ARTES
VISUAIS no RIO GRANDE do SUL no REGIME
COLONIAL e SERVIL - 03 – PROJETOS das ARTES FUSTRADOS que DEVERIAM
INDUZIR a UNIDADE e a IDENTIDADE ESTADUAL - 04 – PROJETOS DISPERSOS
das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL 05 – ÓTIMOS PROJETOS nas ARTES VISUAIS do RIO
GRANDE do SUL são CORROMPIDOS - 06 – O RIO GRANDE do
SUL nunca foi INDEPENDENTE e a FALSA AUTONOMIA das suas ARTES 07
– O
FRUSTRAÇÕES INSTITUCIONAIS nas ARTES
VISUAIS O RIO GRANDE do SUL 08
– SEQUÊENCIA
de FRUSTRAÇÕES EMPRESARIAIS e as ARTES
VISUAIS O RIO GRANDE do SUL 09
– SEQUÊNCIA
de FRUSTRAÇÕES EMPRESARIAIS e as ARTES
VISUAIS O RIO GRANDE do SUL.
10 – A
QUEIMA da BANDEIRA do RIO GRANDE do SUL e a PROIBIÇÂO do SEU HINO -11 -
As
CONTRADIÇÕES e COMPLEMENTARIDADES nas ARTES VISUAIS RIO GRANDE do SUL - FONTES BIBLIOGRÁFICAS e NUMÈRICAS e
DIGITAIS
CORREIO do POVO em 19.07.2011
p. 17 - MISSÕES e INDÌGENA -
Fig. 01 – O gigantesco
projeto dos SETE POVOS das MISSÔES JESUÍTICAS do RIO GRANDE do SUL jaz como um
aviso perene de um PROJETO FRUSTRADO e ABANDONADO em seu MAIOR ESPLENDOR. Projeto VOLUNTARISTA e CENTRADO nos
interesses IBÈRICOS de DOMINAÇÂO do MUNDO a qualquer CUSTO e SACRIFÍCIO, fracassou e como tal, é remorado ativamente na memória coletiva
sul-rio-grandense ainda, nos dias atuais. .
01 - PROJETOS POLÍTICOS
FRUSTRADOS no RIO GRANDE do SUL.
O grandioso projeto das
MISSÕES JESUÍTICAS está colocado como um marco do que é POSSIVEL e daquilo que NÃO é
POSSIVEL no RIO GRANDE do SUL.
O VOLUNTARISMO e TEMERÁRIO PROJETO de um LADO. Do OUTRO lado um REPERTÓRIO de uma POPULAÇÃO EMOTIVA mas sem AUTONOMIA da VONTADE e da INTELIGÊNCIA. POPULAÇÂO LOCAL incapaz de levar adiante por tempo indeterminado e os seus próprios meios conceituais, aquilo que achavam magnifico. Uma população indígena incapaz de formular leis, contratos e projetos que sentissem como seus próprios e coerentes com a sua sociedade, seu local e o seu tempo.
O VOLUNTARISMO e TEMERÁRIO PROJETO de um LADO. Do OUTRO lado um REPERTÓRIO de uma POPULAÇÃO EMOTIVA mas sem AUTONOMIA da VONTADE e da INTELIGÊNCIA. POPULAÇÂO LOCAL incapaz de levar adiante por tempo indeterminado e os seus próprios meios conceituais, aquilo que achavam magnifico. Uma população indígena incapaz de formular leis, contratos e projetos que sentissem como seus próprios e coerentes com a sua sociedade, seu local e o seu tempo.
O problema não se restringe, especifico e se limita nas fronteiras
das MISSÕES JESUÍTICAS. O SISTEMA COLONAL manifestou a sua MONOCRACIA,
CENTRALISMO ABSOLUTO e PERSONALISMO nas micro e macro estruturas sociais,
políticas e econômicas.
O movimento e guerra
Farroupilha certamente trouxe muitas frustrações. O que ninguém esperava que, um
século depois, um ex-presidente sul-rio-grandense, queimasse a bandeira do seu
Estado de origem.
As frustrações políticas
vieram com a retomada do REGIME centralista IMPERIAL. Este foi frustrado pelo GRÊMIOS
REPUBLICANOS que demostraram a inviabilidade nas instituições imperiais de
artes estaduais. A Revolução de 1930 frustrou a Velha República e as suas instituições
personalistas. O ESTADO NOVO e Golpe de
1964 acabaram com qualquer veleidade estética com um controle estatal que frustrou o gozo de qualquer autonomia de EXPRESSÕES AUTÊNTICAS de ARTE.
Cristo (sic) barroco madeira
policromada, h> 23 cm Lote 182 do espolio de EMILIO NEHME – CASARÃO AZUL
Fig. 02 – No REGIME COLONIAL e SERVIL BRASILEIRO nem a
obra e nem artesão gozavam qualquer estatuto de autonomia. A peça sacra é parte
da PROPAGANDA da FÈ no interior de um cenário e fora do qual perde os seus
referenciais e sentidos. O artesão é um especialista em técnicas de cenários.
Com tal ele não assina as peças e que pertencem à sua oficina que as repete com
pequenas variações sempre atento às MESA da CONSCIÊNCIA e os ditames do SANTO
OFÌCIO. O mercado de arte, da ÉPOCA PÓS_INDUSTRIAL, transformam estas peças
em patrimoniais conforme a sua raridade, antiguidade e eventual estado de
conservação.
02 - PROJETOS
das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL no REGIME COLONIAL e SERVIL
As ARTES VISUAIS estavam na absoluta heteronímia neste SISTEMA MONOCRÁTICO,
CENTRALISTA e PERSONALISTA.
ARTESÕES, carentes de
direitos autorais e sem poder assinar as suas obras enquanto os temas eram rigidamente controlados pela INQUISIÇÃO
e pelas MESAS de CONSCIÊNCIA. Sem imprensa, com o uso da tinta a óleo proibida, sem escolas ou
mesmo qualquer de livre associação de artistas visuais além daqueles comandados
pelo mestres de obras.
Certamente as atuais ARTES
praticadas no Rio Grande do Sul refletem ainda, não só as frustrações, mas, na contramão, recebe decididos projetos a serem realizados numa precária autonomia, venha de quem vier e de onde
vierem.
Antônio PARREIRAS (1860-1937) Depois do duelo
Fig. 03 – Com toda certeza uma PROJETO CIVILIZATÒRIO
compensador da VIOLÊNCIA teria evitado, no Rio Grande do Sul, muita BARBÁRIE,
TRAIÇÔES e DEGOLAS e contornado o VOLUNTARISMO CEGO e PERSONALISTA. Estas DEGOLAS, TRAIÇÔES e BARBÁRIE marcaram fundo o imaginário, a vontade e a sensibilidade do artista visual sul-rio-grandense..
03 - PROJETOS
das ARTES FUSTRADOS que DEVERIAM INDUZIR a UNIDADE e a IDENTIDADE ESTADUAL.
Certamente não faltam
desculpas, procrastinações e desvios intencionais nas ARTES que deveriam serem praticadas no
Rio Grande do Sul. A ARTE e a CULTURA pende muito mais favoravelmente aos uruguaios do que para os sul-rio-grandenses. O vizinho ESTADO
SOBERANO do URUGUAI conta com uma infraestrutura, com uma economia e
técnica em constante interação. Enquanto isto o Rio Grande do Sul conta com uma população três vezes superior e com recursos naturais iguais ou superiores ao Uruguai.
A esfarrapada desculpa
de o RIO GRANDE do SUL estar em permanente PÈ de GUERRA foi desfeita por ATHOS
DAMASCENO ao dispara contra os “gaúchos em
disponibilidade” e rebater este argumento afirmou(1971, p.449) [1] que:
“certamente, as lutas que tivemos de sustentar desde
os tempos recuados da Colônia, na defesa de nosso território e na fixação de
suas fronteiras, em muito entorpeceram e retardaram nosso processo cultural.
Não, porém, tanto quanto seria natural que ocorresse, uma vez evidenciada
historicamente a belicosidade crioula, arrolada por aí, com um abusivo relevo,
entre virtudes que nos compõem a fisionomia moral. Nossa história está
realmente pontilhada de embates sangrentos. Mas lutas e guerras não foram
desencadeadas por nós, senão que tivemos de arrostá-las compelidos pelas
circunstâncias. Nunca deixamos de ser um povo amante da paz. E, em nossos
anseios de construção, sempre desejosos dela. Tropelias e bravatas de certos
gaúchos em disponibilidade forçada, não têm o menor lastro Histórico: pertencem aos domínios da anedota que os
próprios rio-grandenses exploram, com malícia, para a desmoralização daqueles
que o fazem, com malignidade”.
O que de fato está em jogo é a MUDANÇA
NECESSÁRIA para sair do MUNDO NATURAL e EMPÍRICO. MUDANÇA NECESSÁRIA para atingir algo que
PERMANECE, pois é portador de “ALGO por DENTRO”.
Este é o PAPEL da autêntica OBRA de ARTE que se torna UNIVERSAL, ATRAVESSA o
TEMPO, as SOCIEDADES e CARREGA o TRESTEMUNHO de quem a GEROU e lhe deu FORMA
socialmente aceita e louvada por todos.
A UNIDADE e a IDENTIDADE constituem a recompensa para quem PRODUZ a
AUTÊNTICA OBRA de ARTE.
[1] DAMASCENO, Athos. Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900) Porto
Alegre : Globo, 1971. 540p.
Fig. 04 – Araújo Porto-alegre foi vítima do seu VOLUNTARISMO e do DEMASIADO BEM QUERER fora do
seu TEMPO. LUGAR e SOCIEDADE. Muito a FRENTE do SEU TEMPO provocou uma
SOCIEDADE ESCRAVOCRATA MONOCRÁTICA e UGNORANTE que não popupu e atacou com
caricaturas que ele havia introduzida na IMPRENSA BRASILEIRA
04 - PROJETOS
DISPERSOS das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL
As variadíssimas fontes
de origem das manifestações das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL contitui um fato
concreto e objetivo. As fontes culturais ameríndios, africanas, europeias
soma-se e se adensam com a presença e o pensamento oriental.
Esta atomização e esta
cultura sul-rio-grandenses em migalhas, podem frustrar especialmente quem
acalenta algum projeto HEGEMÔNICO, REDUCIONISTA e DEFINITIVO.
Estes projetos “DEFINITIVOS,
REDUCIONISTAS e HEGEMÔNICOS”, são obras de desavisados, preguiçosos e energúmenos totalitários. Estes projetos “DEFINITIVOS, REDUCIONISTAS e HEGEMÔNICOS” mostram
as suas ruínas por todo o território do RIO GRANDE do SUL e mesmo além
fronteiras. Nestas além fronteiras, o
sul-rio-grandense desavisado, torna-se
objeto de chacotas.
Alfred
Huber ADLOFF (1874-??)[1]
escultura “MOÇA com CÂNTARO” - frente à
prefeitura entre 1925 e 1935
Fig. 05 – A escultura “MOÇA COM CÂNTARO” colocada, em 1925 para comemorar o CENTENÀRIO
da IMIGRAÇÂO na frente ao prédio da
Prefeitura de Porto Alegre (Praça Montevideo) foi rebatizada impropriamente
como a “SAMARITANA”[2].
Este hábito de qualquer um nomear e rebatizara as obras de arte ao sabor do
seu gosto corrompe o seu sentido, desorienta e no final desqualifica a própria
obra de arte
05 – ÓTIMOS
PROJETOS nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL
são CORROMPIDOS.
A “CORRUPÇÃO dos ÓTIMOS
é PÉSSIMA” já sentenciavam os latinos. A PIOR CORRUPÇÃO é FINGIR - em SI MESMO - valores, projetos e intenções que não correspondem ao mínimo da realidade. O
mestre SÊNECA atacava de RIJO esta CORRUPÇÃO ENDÔGENA no seu texto da TRANQUILIDADE do ÂNIMO:
“penso
que muitos poderiam ter atingido a sabedoria, se não se tivessem imaginado ter
chegado até ela, se não se tivessem fingido certas coisas em si mesmos, se não
passassem por outras com os olhos fechados” SÊNECA Da
tranqüilidade do ânimo, p. 08
Evidente se CONSELHO
FOSSE BOM, NINGUÉM o DARIA de GRAÇA. Assim SÊNECA não conseguiu nada junto ao
IMPERADOR NERO seu aluno. Ao contrario só piorou e o seu discípulo o condenou a
cometer suicídio.
Neste caso todo o SISTEMA ESTÁ CORRUPTO e corrompe a
todos, conforme o sul-rio-grandense
Hipólito José da Costa. Ele escreve in CORREIO BRAZILIENSE, novembro de 1814, p. 710 “As
pessoas serão boas ou más,
acidentalmente; o sistema é que acusamos de mau radicalmente”
A ERA INDUSTRIAL criou
SISTEMAS que buscam a sua lógica, motivações e técnicas do mundo das máquinas, na lógica das linhas de montagem e do acúmulo desumano. Se de um lado livra esta criatura
humana do esforço físico, do desgaste e da rotina, do outro estas máquinas
cobram o seu preço que consiste na imposição da sua lógica, na falta de sentimentos e na
proporção humana.
As máquinas criaram imensos sistemas lógicos nos quais as pessoas são descartáveis e não
importa que sejam boas ou más, inteligentes ou estúpidas, fracas ou fortes. O
que vale é a SEGURANÇA INSTITUCIONAL e não a LIBERDADE, a AUTONOMIA ou BONDADE
do CIDADÃO AVULSO.
A ERA INDUSTRIAL criou
SISTEMAS que atingiram as ARTES VISUAIS do Rio Grande do Sul. SISTEMAS nos quais se acumulam obras de arte
em museus, a sua distribuição no mercado de arte padronizado e hierarquizado ou
circulando em espaços da mídia.
Fig. 06 – A Sociedade de Concertos Haydn foi criado, em
1897, por Olympio Olinto de OIlveira
depois do fracasso da criação do primeiro Instituto de Belas Artes do Rio
Grande do Sul. Esta Sociedade se manteve até 1967 quando estava integrada
como um departamento na SOGIPA.
Sociedade de Ginástica de Porto Alegre .
06 – O RIO
GRANDE do SUL nunca foi INDEPENDENTE e é FALSA AUTONOMIA das suas ARTES VISUAIS
Mesmo nos momentos mais
críticos o RIO GRANDE do SUL lutou pela sua integração digna e honrada no
cenário brasileiro. Este era o projeto de Bento Gonçalves, o líder máximo da
Revolução Farroupilha quando escreveu, em 1835. ao Regente Padre Feijó.
“Em nome do Rio Grande,
como brasileiro eu lhe digo, Senhor Regente, reflita bem antes de responder,
porque de sua resposta depende, talvez, p sossego do Brasil. Dela resultará a
satisfação dos justos desejos de um punhado de brasileiros que defendeu contra
a voracidade espanholam uma nesga fecunda de Pátria e dela também poderá
resultar um luta sangrenta, a ruína da Província, ou a formação de um novo
estado dentro do Brasil”
Em ARTES VISUAIS não é diferente. É sabido
que as ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL possuem um ritmo do tempo que difere do
Brasil. É sabido que os ARTISTAS VISUAIS
do RIO GRANDE do SUL nunca se negaram a levar a sua estética própria ao cenário
brasileiro. É sabido que as ARTES
VISUAIS do RIO GRANDE do SUL possuem a sua sociedade, o seu lugar geográfico. É
sabido que os ARTISTAS VISUAIS do RIO GRANDE do SUL - mesmo sofrendo
discriminações, incompreensões e silêncios sobre suas obras - nunca deixaram de
produzi-las mesmo marcadas por esta necessidade de saltar sobre
estes obstáculos.
Fig. 07 – O percurso das trajetórias pessoais dos
artistas em Porto Alegre e Rio Grande do Sul forma uma constelação de nomes
digno da maior atenção, estudo e socialização. Muitos deles deixaram
instituições de artes, como foi o Conservatório PALESTRINA devido ao maestro
Ângelo CRIVELLARO. No entanto uma nova SOCIEDADE, novas TÈCNICAS e outros
INTERESSES não atingiram o PENSAMENTO, os PROJETOS e ÂNIMO dos seus fundadores. .
07 – FRUSTRAÇÕES INSTITUCIONAIS
nas ARTES VISUAIS O RIO GRANDE do SUL
Apesar das brilhantes e reiteradas tentativas
de constituir e manter ESCOLAS de ARTES OFÍCIOS no RIO GRANDE do SUL elas foram
desativadas uma a uma[1].
Trinfou o bacharelismo, o
desprezo pelo trabalho manual e o mandonismo, mesmo com as mínimas condições e
com evidentes fracassos.
O mesmo pode ser dito da
HISTÓRIA das ESCOLINHAS de ARTE que cumpriram certo ciclo de realizações e desapareceram
Porém o fenômeno atingiu
também os ditos CURSOS SUPERIORES de ARTES, tanto no interior do Estado como na
capital.
Não há como fugir do
problema das dificuldades - não só de montar estas instituições de arte –
como a dificuldade em manter e acompanhar as estonteantes mudanças estéticas,
técnicas e econômicas da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
De outra parte, a pura vontade imposta de fora, de maneira temerária e soberana culmina com a MORTE INTITUCIONAL. IMPLANTAÇÂO, DEFINITIVA e IMEDIATA que atropela, intoxica e mata a EXPERIMENTAÇÃO LENTA
e SEGURA. Desta forma qualquer ato
temerário, voluntarista ou personalista esteriliza, diminui e, por fim, mata as melhores intenções.
Francisco BELLENCA – ARBA - Associação Riograndense de Bellas Artes
Fig. 08 – No dia 20 de outubro de 1936 Ângelo Guido
endereçava uma correspondência para Francisco BELLANCA num papel timbrado com a
ASSOCIAÇÂO RIO-GRANDENSE de BELAS ARTES -ARBA - O logo deste papel havia sido criado por
BELLANCA. Não existem informações posteriores em relação e esta associação de
artistas visuais. .
08 – SEQUÊENCIA de FRUSTRAÇÕES de ASSOCIAÇÔES de ARTISTAS VISUAIS O RIO GRANDE do SUL
08 – SEQUÊENCIA de FRUSTRAÇÕES de ASSOCIAÇÔES de ARTISTAS VISUAIS O RIO GRANDE do SUL
O artista visual possui
a característica de trabalhar e produzir isolado no seu atelier. Nisto ele
difere do MÚSICO e do ATOR que possuem por natureza do seu trabalho a obra em
conjunto
A
cada projeto político também existe um projeto estético. Assim os Grêmios
Republicanos eram contra o regime imperial e pleiteavam mudanças neste
centralismo. Estes Grêmios, depois de empolgaram o poder político,
estabeleceram as competências e os limites destas associações e sem
subordinação ao trono imperial ou centralismo do poder estatal. Isto é legível no texto legal[1]
na Lei de nº 173 do dia 10.09.1893.
O
jornalista Arthur Pinto da Rocha realizou no seu jornal “Gazeta do Comércio”
uma Mostra Grupal de Arte Plásticas dentre os dias 01 até 24 de março de 1903[2]
Dez
anos depois, em novembro 1913, reuniu se em Porto Alegre, uma efêmera
associação, na forma de um “Centro
Artístico”, ao redor de uma exposição de Pedro Weingärtner, conforme
registro de Doberstein (1999: 91)[3].
.
O
Salão de Outono de 1925 também foi fruto de uma associação efêmera, que nasceu
dos preparativos do baile de carnaval da
Sociedade de Filosofia (Scarinci, 1982: 35) e que se tentou institucionalizar
(Revista Máscara, ano VII, no 7, junho de 1925).
A criação e a manutenção de associações de artistas plásticos sempre foi um
acontecimento fora da curva no Rio Grande do Sul[4].
O caso mais notável foi a criação em 1938 , em pleno Estado Novo, da Associação
Francisco Lisboa e que continua em pelas
vigência e efetividade.
Na mesma época houve a tentativa da criação da ARBA (Associação Rio-grandenses de Belas Arte) que não saiu do papel.
[2] DAMASCENO.
Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio
Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, pp. 453-486
[3] DOBERSTEIN,
Arnoldo Walter Rio Grande do Sul (1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo.
Porto Alegre : PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999, Tese 377
f.
[4] AUTONOMIA do
ARTISTA e o seu PERTENCIMENTO
Fig. 09 – Porto Alegre possui uma coletânea de OBRAS
TEMERÁRIAS que perderam o SENTIDO, as COMPETÊNCISAS e o os LIMITES tornando-se
monstruosos esqueletos urbanos dignos de cenários filmes de terror. Esqueletos
estimulados por interesses escusos, pela
incompetência de gestores e empresas em franca dissolução
09 – SEQUÊNCIA de FRUSTRAÇÕES EMPRESARIAIS e as ARTES VISUAIS O RIO GRANDE do SUL
09 – SEQUÊNCIA de FRUSTRAÇÕES EMPRESARIAIS e as ARTES VISUAIS O RIO GRANDE do SUL
O Rio Grande do Sul NÃO foi poupado da obsolescência, da inadequação e das falências empresariais típicas do final da ERA
INUSTRIAL
O final da VARIG (Viação
Aérea do Rio Grande do Sul)[1]
foi o caso mais visível. No entanto
centenas de pequenas ou grandes empresas tiveram o mesmo destino e sem alarde.
Outra série de
obsolescências, inadequações e falências empresariais - diretamente ligadas às
artes visuais - foi o final de bancos nacionais e estrangeiros e que haviam
mantido, ao longo de décadas GALERIAS de ARTES em PORTO ALEGRE .
[1] ALBUQUERQUE Mário de Berta e os anos dourados da VARIG:
uma história de bastidores nunca revelados – Porto Alegre: ed. do Autor 2017
416 p, il 25 cm ISBN 978-85-5697-190-6
Fig. 10 – O
complexo e eclético mundo simbólico do lenço
Farroupilha (1835-1845) foi produzido e
imposto nos países que dominavam as máquinas e da Era Industrial. Porém a temática, os dizeres e os lemas
antecipam instalações, pichações e
pesquisas da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Se a REVOLUÇÂO FARROUPILHA frustrou estes
projetos, de outro lado este movimento consolidou uma larga consciência
coletiva sul-rio-grandense que é remorada e está ativa, ainda, nos dias atuais.
.
10 – A QUEIMA da BANDEIRA do RIO GRANDE do SUL e
a PROIBIÇÃO do SEU HINO
O imaginário do Rio Grande do Sul jamais poderia espera que
um filho seu mandasse queimar a BANDEIRA do seu ESTADO NATAL e muito menos
tentasse banir toda a memória regional a favor de um ESTADO CENTRAL HEGEMÔNICO
e FORTE.
De outra parte a TODA
AÇÃO CORRESPONDE uma REAÇÃO IGUAL e CONTRÁRIA. O MOVIMENTOS REGIONALISTAS, de
diversas matizes, estruturas e propósitos que surgiram no FINAL do ESTADO NOVO - constituem reações a esta
agressão aos símbolos sul-rio-grandenses
Neste meio tempo milhares e
milhões de mentes, de vontades e de sentimentos que nada a ver com isto, foram fulminados e aniquilados por esta politica
centralista, monocrática e totalitário que produziu estragos subliminares
incalculáveis. Trata-se daqueles que -
de uma hora para outra - tiveram envenenadas, desqualificadas e
proibidos os vínculos culturais com os seus antepassados. Com a proibição das
línguas maternas interrompeu-se um fluxo de alto nível de ideias, sentimentos e
vontades que não mais puderam ser recuperados.
Mentes, vontades e sentimentos jogados de retorno para uma
cultura colonial e servil. Nestas circunstâncias e clima estas novas gerações, nascidas no Rio Grande do Sul, não puderam refazer este legado dos seus antepassados..
Fig. 11 – O MARCO ZERO RODOVIÁRIO SUL RIO GRANDENSE
junta ícones da ERA AGRÍCOLA como a FONTE de TALAVERA de 1935 e o prédio da era INDUSTIAL da Guaspari de 1937. O conjunto desta imagem sugere que a ARTES VISUAIS do RIO
GRANDE do SUL PODEM mostrar as sua CONTRADIÇÔES como também encaminham para
COMPLEMENTARIEDADE entre estéticas sem necessidade de forçar qualquer ECLETISMO.
11 – As CONTRADIÇÔES e COMPLEMENTARIDADES nas ARTES VISUAIS RIO GRANDE do SUL
O grande problema ARTES
VISUAIS RIO GRANDE do SUL é PENSAR ter CHEGADO até o CONTRATO
COLETIVO, até a IDENTIDADE e até mesmo à ARTE, quando está muito longe disto.
Em primeiro lugar a ARTE
ESTÁ em QUEM A PRODUZ. Portanto o PRODUTO sempre é algo do PASSADO mesmo que
tenha sido elaborado no DIA ANTERIOR.
Em segundo alugar o
fenômeno estético sempre chega mediado por algum atravessador, uma outra mídia
e no caso das ARTES VISUAIS por IMAGENS
Em terceiro lugar há uma
constante leva de pessoas de outros campos que usam o fenômeno estético para
seus interesses, seus repertórios e seus naturais limites.
Diante disto cabe o
convite de DIDEROT diante do SALÃO de PARIS[1] para que o espectador refaça o caminho até o artista por meio das suas obras originais
Este convite também é
valido para as ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENES. Elas refletem não só as
frustrações, mas os decididas reações, como os projetos de seu realizar na autonomia, venha quem
vier e de onde vierem. Nunca faltou, ao sul-rio-grandense, vontade para se expressar de forma singular para contribuir de uma maneira
criativa no grande projeto nacional. Os decididos projetos de autonomia
continuam a se configurar com variadíssimas fontes de origem. As surpreendentes manifestações das ARTES
praticadas no Rio Grande do Sul continuam a se projetar continuadamente interna
e externamente.
Neste dimensão e sincronia com a política e a economia as ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENES constituem marcas, identidade e documentos de sua múltipla SOCIEDADE, das suas fertilíssimas TERRAS e de um TEMPO em mudança constante .
Neste dimensão e sincronia com a política e a economia as ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENES constituem marcas, identidade e documentos de sua múltipla SOCIEDADE, das suas fertilíssimas TERRAS e de um TEMPO em mudança constante .
FONTES BIBLIOGRÀFICAS
ALBUQUERQUE Mário de Berta
e os anos dourados da VARIG: uma história de bastidores nunca revelados
– Porto Alegre: ed. do Autor 2017 416 p, il 25 cm ISBN 978-85-5697-190-6
DAMASCENO. Athos (1902-1975) Artes
plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, 520 p
DOBERSTEIN, Arnoldo Walter Rio Grande do Sul (1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo.
Porto Alegre : PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999, Tese 377
f.
FONTES NUMÈRICAS DIGITAIS
CORREIO
BRAZILIENSE, novembro de 1814, p. 710
ESCOLAS de ARTES e OFÍCIOS em PORTO ALEGRE (panorâmica).
AUTONOMIA do ARTISTA
e o seu PERTENCIMENTO
DIDEROT e os SALÔES de PARIS
ESTUDOS de CASOS
1 – 1 – CARTA
de BENTO GONÇALVES ao REGENTE PADRE FEIJÓ
2
– A QUEIMA da BANDEIRA, PROIBIÇÃO do HINO no ESTADO NOVO; http://profciriosimon.blogspot.com.br/2014/09/
3 - MTG e as
IMPORTAÇÕES e IMPOSIÇÕES da CULTURA
PLATINA
4 – A
ASSOCIAÇÂO ARAUJO PORTO ALEGRE
5 – ANGELO
CRIVELLARO e a FACULDADE PALESTRINA
6 – A RETOMADA
ERUDITA do FOLCLORE BRASILEIRO
2018.08.30- Postagens
disponíveis na REDE NUMÈRICA DIGITAL de MATERIAL do GRUPO de
PESQUISA da AMMARG do ANO e 2018
13.01.2018..
PESQUISA das ARTES VISUAIS INSTITUCIONALIZADAS no
RIO GRANDE do SUL. [projeto de 2018]
19.05.2018..
NO ATELIÊ DOS CONCEITOS: INSTITUIÇÃO /
INSTITUCIONALIZAÇÃO Neusa Rolita Cavedon
cavedon.neusa@gmail.com
18.07.2018..
As ARTES VISUAIS INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE
do SUL e a LEGISLAÇÃO.
27.07.2018..
CONCEITOS e
CIRCUNSTÂNCIAS das ARTES
INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE do SUL
01.08.2018..
O que
PERMANECEU da MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA no RIO GRANDE do SUL.
06.08.2018..
O PROJETO
CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA pela ARTE:
14.08.2018.. ARTE
DISTINTA de CULTURA
num PROJETO CIVILIZATÓRIO.
21.08.2018.. As
ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL na
ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.
27.08.2018.. POTENCIALIDADES das ARTES VISUAIS no RS em 2018:
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