terça-feira, 14 de agosto de 2018

239 – ESTUDOS de ARTE


ARTE DISTINTA de CULTURA num PROJETO CIVILIZATÓRIO.
Aldo LOCATELLI mural no PAVILHÃO  da FESTA da UVA depois PREFEITURA de CAXIAS do SUL -
Fig. 01 –   A grande imigração europeia  veio ao Rio Grande do Sul com mentalidade, hábitos e técnicas da ERA AGRICOLLA.  No entanto a ERA INDUSTRIAL os alcançou  também no Brasil. Esta passagem  entre as duas ERAS e respectivas e mentalidades não teve as rupturas,  grandes arrependimentos, guerras e devastações como teve no Velho Continente. Evidente não foi o paraíso prometido e nem o inferno insuportável dos campos de concentração das “sobras”  ida ERA INDUSTRIAL EUROPEIA. As  diversas vocações das ARTES NOBRES sul-rio-grandenses refletem e materializam as suas concepções ainda muito próximas das Natureza. As rápidas e fulminantes mudanças estéticas nas circunstâncias da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL exigem cada vez mais uma VISÂO ABRANGENTE e competente para distinguir CUTURA e ARTE  
[clique sobra a imagem para ver detalhes]
SUMÁRIO
01 – As POTENCIALIDADES para uma VISÃO ABRANGENTE das ARTES no RIO GRANDE do SUL.   . 02A LOGISTICA da PRODUÇÃO das ARTES VSUAIS no RIO GRANDE do SUL. 03 - O DIREITO do ARTISTA no RIO GRANDE do SUL de EXPERIMENTAR. . 04 - ARTISTA como  TEMERÁRIO INÚTIL  no RIO GRANDE do SUL 05 ¿ QUEM está PINTANDO ou ESCULPINDO no RIO GRANDE do SUL? -  06-  O REGIONAL e UNIVERSAL nas ARTES no RIO GRANDE do SUL.   07 - A CIDADANIA e o PODER PUBLICO  nas ARTES no RIO GRANDE do SUL 08 -  POSSIBILIDADES de PROFISSIONALIZAÇÂO e de CARREIRA  nas ARTES VISUAS no RIO GRANDE do SUL. 09 - ESTUDOS de CASOS de CARREIRAS EXITOSAS nas ARTES VISUAS no RIO GRANDE do SUL 10 - ESTUDOS de CASOS de APOIOS EFETIVOS  para a CARREIRA   nas ARTES VISUAS no RIO GRANDE do SUL: -11 – ESTUDOS de CASOS de  ACERVOS de ARTES no Rio Grande do Sul -  FONTES BIBLIOGRÁFICAS e DIGITAIS


01 – As POTENCIALIDADES para uma VISÃO ABRANGENTE das ARTES no RIO GRANDE do SUL.

O PROJETO de direcionar a sua vida, esperanças e potencialidades para a CARREIRA de ARTISTA VISUAL no RIO GRANDE do SUL, escancara um grande PROBLEMA de ALGUÉM que, num dado momento da sua vida,  resolve escolher este caminho
Milhares  de seres humanos fizeram esta OPÇÃO. Alguns tiveram de abandonar imediatamente o seu PROJETO ou ao longo das suas vidas. Outros o conduziram esta sua OPÇÂO até o último instante da vida. Certamente estes  são MUITO  POUCOS. Porém esta RARIEDADE  inscreve ESTES POUCOS  no elogio de  CORONA (1895-1979). Este estava ciente da riqueza dessa massa humana amadora profissionais no Rio Grande do Sul que se dedicam à prática, ao  conhecimento e à reflexão da ARTE. CORONA resumiu e elogiou (1977 p. 166)[1] a afirmar que:
nunca tantos deverão ficar ignorantes de tão poucos, pois a história na seara das Artes, ainda está para ser contada desde Araújo Porto-alegre e Pedro Weingärtner até os últimos talentos que despertam nas artes plásticas e na arquitetura”. 
                                                         


[1] CORONA, Fernando (1895-1979)._. Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241

Vasco PRADO - mural na parede sul da PRÈDIO da ASSEMBLEIA LEGISLATIVA do RIO GRANDE do SUL
Fig. 02 –  A temática -  dos murais da parede externa  SUL do PALÀCIO FARROUPILA -  faz  alusão aos pontos altos da POLÌTICA SUL-RIO-GRANDENSE Os materiais e as técnicas   da ERA INDUSTRIAL valem-se de sua natureza para perenizar este espaço simbólico regional por meio  das ARTES NOBRES. Ao mesmo tempo abrem um imenso espaço para concretizar o pensamentos, as concepções e os projetos do passado, do presente e do futuro

Na SEARA das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL não faltam talentos. O PROBLEMA o OBSTÁCULO foi e continua sendo o de OPTAR e PRATICAR um  PROJETO coerente consigo mesmo, com o seu meio e o seu tempo.
Evidente que esta OPÇÃO - pelo  PROJETO de SER ARTISTA VISUAL - exige uma RUPTURA EPISTÊMICA, uma MUDANÇA de HÁBITOS, de CONHECIMENTOS e de SENTIMENTOS.
De outra parte é prejudicial e inútil, para a própria sociedade, o puro e simples voluntarismo, cego aos recursos logísticos disponíveis para este projeto. Neste ponto é necessário ponderar com João Guimarães Rosa (1963, p.18) o fato de:
querer o bem com demais força e de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal por principiar. Esses homens ! Todos puxavam o mundo para si, para concertar consertando. Mas cada um só vê e entende as coisas dum seu modo . [1]


É descabida absolutamente a velha DESCULPA dos MEIOS MATERIAIS. O RIO GRANDE do SUL oferece, para as ARTES uma vasta e inexplorada LOGÍSTICA,  ESTRATÉGIAS e TÁTICAS sem FIM  absolutamente inexploradas.


[1] - GUIMARÃES ROSA,  João. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro : José Olympio, 1963, p. 18..

ANTONIO AUGUSTO BUENO na Pinacoteca RUBEN BERTA em 06.06.201
Fig. 03 –  A coleta das podas da árvores e  da vegetação urbana de Porto Alegre e matéria prima suficiente para que o artista visual ANTÔNIO AUGUSTO BUENO continuasse  o seu projeto de TRANSFORMAR GRAVETOS em OBRAS de ARTE  A sensibilidade, a organização coerente e o projeto físico  abrem oportunidades infinitas  na nova apropriação de algo com que qualquer percebe desse a origem da espécie humana,.  Evidente que por trás desta liberdade, autonomia e coragem do artista, existe toda uma vida, uma formação universitária e uma carreira nas Artes Visuais sem se dobrar ao elogio fácil , ao reducionismo ou qualquer outra veleidade. A ARTE ESTÀ em QUEM PRODUZ e  NÂO NO QUE PRODUZ.

02 – A LOGÍSTICA da PRODUÇÃO das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL.

Os TABUS nas ARTE desapareceram com a abertura das ARTES VISUAIS para o seu próprio LUGAR, SOCIEDADE e TEMPO. Tabus como aquele que as ARTES VISUAIS só podem ser feitas com materiais caros, preciosos e raros.  Coerente com TODOS são POTENCIAIS EMISSORES” Pablo Picasso usava o que lhe caía sob o olhar e mão para transformá-los em  OBRA de ARTE. Marcel DUCHAMP foi mais longe e com os seus “REDY MADE’S” apenas deslocava OBJETOS para RECINTOS CONSAGRATÓRIOS para nomeá-los como OBRAS de ARTES.
Evidente que qualquer imitação, cópia ou reprodução  de obras destes dois artistas, não passa de furto, plágio e kitsch. As obras destes dois artistas pertencem a LUGARES, à EPOCAS e à SOCIEDADES completamente diferentes da CULTURA do RIO GRANDE do SUL. O que permanece deles é o seu PENSAMENTO, AUTONOMIA e a VONTADE de pertencerem às suas circunstâncias.
Assim houve a distinção entre a CULTURA dos AMADORES da ARTE daqueles profissionais focadas no original, no próprio e do seu TEMPO, MEIOS e LUGAR.
Esta clivagem também se produziu entre CIÊNCIA e TECNOLOGIA ou na História entre PROFISSINAS e AMADORES como o historiador Evaldo Cabral de MELO distinguiu  (1995 p. 14) [1] a afirmar:
os amadores discutem estratégia mas os profissionais preferem falar de logística, bem se poderia dizer que os historiadores preferem falar de documentos, deixando a outros o cuidado de descobrir o sentido da história
Na ausência de tais distinções os perigos e as armadilhas são muitas. A ERA INDUSTRIAL fatiou, dividiu e reduziu todos os saberes para submetê-los ao regime da FÁBRICA e das MÁQUINAS. As ARTES não escaparam deste sistema de fatiamento, da especialização e do anonimato dominado por um demiurgo único, central e gênio inquestionável. 
            A CULTURA foi especialmente vítima e conduzida para este SISTEMA e de modo particular pela INDÚSTRIA CULTURAL que se confundiu com a lógica da FÁBRICA e das MÁQUINAS.
              Na periferia - dos CENTROS CULTURAIS HEGEMÔNICOS - domina a obsolescência programada por demiurgos de culturas bem distantes,  oniscientes, onipotentes e eternos


[1] - MELLO, Evaldo Cabral de (1936 - ) A fronda dos mazombos nobres contra mascates: Pernambuco 1666-1715. São Paulo : Companhia das Letras, 1995 530 p
Carlos TENIUS na rotula 3ª Perimetral com Av. Borges de Medeiros em Porto Alegre - RS 
Fig. 04–  O uso do aço industrial foi a matéria prima para Carlos TENIUS  concebesse e realizasse um dos monumentos mais significativos das artes visuais do Rio Grande do Sul. Obra resultante de milhares de horas de experimentos escolares com  este material sob a supervisão dos seu mestre Fernando CORONA que escreveu o memorial descritivo do MONUMENTO aos AÇORIANOS numa da rótulas da PRIMEIRA PERIMETRAL de PORTO ALEGRE Além dos seu simbolismo ressalta-se o EXPERIMENTALISMO na infraestrutura  e  do fazer técnico da ERA INDUSTRIAL apropriado pelo artista para as ARTES NOBRES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL e estudados e publicados em grande estilo por José Francisco Alves [1]  

03 – O DIREITO do ARTISTA no RIO GRANDE do SUL de EXPERIMENTAR.

O ARTISTA criador busca o TODO no qual possa EXPRESSAR o seu ENTE no seu MODO de SER. Neste seu MODO de SER o ARTISTA reivindica o DIREITO de EXPERIENTAR no SEU PRÓPRIO CAMPO de CRIAÇÃO  chancelado pelo seu PRÓPRIO NOME. Estes DIREITOS BÁSICOS do ARTISTA eram negados ao ESCRAVO do BRASIL COLÔNIA como ao PROLETÀRIO da ERA INDUSTRIAL.
Na contramão esta conquista foi muito lenta, silenciosa e sem uma consciência clara de um EFETIVO PROJETO, um CONTRATO SOCIAL e carente de uma CONSCIÊNCIA do seu OFÍCIOS. Porém não faltam notícias e índices  que estas circunstancias  possam serem contornadas no Rio Grande do Sul
O estrangeiro, o escultor e o arquiteto espanhol Fernando Corona (1895-1979) acompanhou, a partir de 1912, na intimidade e partilhou a vida, no dia-a-dia - da criatura humana vivendo as circunstâncias de Porto Alegre.  A imagem que ele captou está  em seu diário(1937,  fl 373). Ali ele anotou:
Porto Alegre como capital do Estado é a cidade mais democrática de todas, dando exemplo de fidalguia a qualquer um. A sua riqueza foi conquistada com o trabalho de seus habitantes. Porto Alegre republicana foi sempre, desde sua formação democrática. Não tenho lembrança de ter visto na capital – milionários viver de rendimentos, a não ser o produto do seu trabalho. Desde que aqui cheguei notei que um simples pedreiro ou carpinteiro já era proprietário de seu chalé mesmo que fosse de tábua. A riqueza em Porto Alegre é muito dividida e os grandes industriais cresceram com o trabalho. A influência das colonizações  estrangeiras contribuiu muito para a democratização, pois, ao iniciarem o trabalho da estaca zero, o braço do patrão suou a lado do braço do operário. Sempre defendi esse principio, pois todos tem direito e um dever que se crescer na medida do progresso.
Os registros de Corona mostram as experiências humanas e estéticas de um olhar de alguém que se realizou como ARQUITETO, ESCULTOR e PROFESSOR CATEDRÁTICO e m Porto Alegre. Ao mesmo tempo conviveu e repartiu experiências estéticas com um grande número de INTELECTUAIS SUL-RIO-GRANDENSES que  o prestigiavam e apoiavam nos seus voos conceituais.


[1] ALVES de Almeida, José Francisco (1964).  A Escultura pública de Porto Alegre – História, contexto e significado – Porto Alegre : Artfólio, 2004  246 p.
--------------- Fontes d’Art no/au Rio Grande do Sul. Porto Alegre : Artfolio, 2009, 210 p. : Il
--------------STOCKINGER – Vida e obra . Porto Alegre : MultiArte 2012 - 308 p. il


Fig. 05 -  O telurismo do PAMPA PLATINO do Rio Grande do Sul inspirou e orientou as pinceladas e as formas da obra de Oscar BOEIRA (1883-1943). O artista permaneceu fiel ao imenso espaço vazio e com raros e precário índices da presença humana além da vegetação rala sobre a qual reina soberano o  MINUANO É o império da  infraestrutura  da ERA PASTORIL e AGRÌCOLA da origem da cultura e dar civilização sul-rio-grandense celebradas  sem gritos, bravatas e agressões por esta obra de arte. Obra absolutamente   REGIONAL no entanto unindo-se ao universal  de tantos outros ambientes telúricos de muitas outras culturas e civilizações

No Rio Grande do Sul não faltam muitos exemplos daqueles que, conduziram até o último instante da vida  a sua OPÇÂO pelas ARTES VISUAIS. ENTES que experimentaram, produziram e realizaram as suas obras de arte e com isto tornaram verdadeiros paradigmas de que é possível fazer, viver a sua arte. Nesta fidelidade à ARTE enobreceram e elevaram toda a cultura su-rio-grande até um ponto que enche de orgulho e reconhecimento toda identidade local.   
Ado MALAGOLI Arlequim com Galo Preto 1956 Pinacoteca Barão de Santo ângelo
Fig. 06  O ARLEQUIM, o PIERRÔ e  o PALHAÇO é uma metáfora do ARTISTA que mesmo sabendo que,  numa cultura pragmática e utilitária é um TEMERÀRIO INUTIL, teima em  continuar o seu PROJETO de se CONSTITUIR como  ARTISTA a  SI MESMO. ARTISTA que insiste em transcender a NATUREZA e o MUNDO DADO e que não descansa de  levar adiante o seu projeto de constituir em  algo DIFERENTE e CRIATIVO HUMANO A obra de ADO MALOGOLI transfigura tano este projeto e estas intenções nas tintas, pinceladas, veladuras e cores sóbrias que transmitem profunda melancolia em flagrante contraste com o tema da obra. É a CONTRADIÇÂO - transformada em COMPLEMENTARIEDADE -  que prende a ATENÇAO do OBSERVADOR desta OBRA de ARTE. Estas concepções o catedrático Ado MALAGOLI defendeu numa primorosa tese[1]

04 –  ARTISTA como  TEMERÁRIO INÚTIL  no RIO GRANDE do SUL.
A ESCOLHA da CARREIRA de ARTISTA VISUAL no RIO GRANDE do SUL além da RENÚNCIA, do INESPERADO e da FALTA de RECONHECIMENTO esbarra na absoluta INUTILIDADE. Nesta direção Nietzsche não podia ser mais dramático  a afirmar   (2000, p.134)[2] que “a arte não pode ter sua missão na cultura e formação, mas seu fim deve ser alguém mais elevado que sobre passe a humanidade. Com isso deve satisfazer-se o artista. É o único inútil, no sentido mais temerário
O PROJETO de direcionar a sua vida, esperanças e potencialidades para a ARTE, mesmo sabendo das circunstâncias, que esta e estreita senda impõe, escancara o PROBLEMA MAIOR de ALGUÉM que, num dado momento da sua vida, delibera, decide  escolher este caminho. Por esta razão estes merecem atenção, respeito e admiração além de produzirem OBRAS que são documentos duradouros universais do seu TEMPO, seu LUGAR e SOCIEDADE.


[1] MALAGOLI, Ado (1908-1994) - TÉCNICA E EXPRESSÃO - considerações- Tese de concurso para o  provimento da cadeira de Pintura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: edição da autor, 1957 88 p, ilustr. pb.


[2] -  NIETZSCHE, Frederico Guillermo (1844-1900)  Sobre el porvenir de nuestras escuelas. Barcelona: Tusquets, 2000. 179.      
Fachada do antigo prédio dos CORREIOS e TELEGRAFOS atual MEMORIAL do RIO GRANDE do SU
Fig. 07 –  O escultor  Wenzel FOLBERG ( ? – 1915) veio ao Rio Grande do Sul numa leva de escultores, estucadores e arquitetos dedicados a transformar os prédios particulares e públicos  de Porto Alegre em verdadeiro museu a céu aberto[1]  Estas vocações das ARTES NOBRES valeram-se das artes e do fazer técnico dando  lugar para a emergência  de algo que dignificou e transformou a feição urbana em algo civilizado onde o cidadão se sentia bem e valorizado .

05 - ¿ QUEM está PINTANDO ou ESCULPINDO no RIO GRANDE do SUL?

 Para as ARTES VISUAIS VALE a mesma pergunta que se faz ao FALANTE “¿ QUEM ESTÀ FALANDO QUANDO VOCÊ FALA?”.
A apropriação do DISCURSO ALHEIO, da SUA GRAMÁTICA e da sua TERMINOLGIA,  desqualifica a ORIGINALIDADE, a AUTONOMIA. Assim não passa de um PASTICHE, de KITSCH ou de FURTO CRIMINOSO a sua pretensa OBRA. Esta é uma das razões pelas quais o ESTUDANTE NÃO FAZ ARTE. Ele está PINTANDO ou ESCULPINDO para se apropriar de linguagens, técnicas e modos pelos quais OUTROS deram corpo e  RESOLVERAM um PROBLEMA ESTÉTICO de sua época, lugar e sociedade
 Na realidade a apropriação do discurso, da maneira de pintar o esculpir alheio constitui “TRABALHO”, EXERCÍCIO e TREINAMENTO dos SENTIDOS e da MENTE HUMANA. Porém o projeto na ARTE é sempre dar  corpo para uma “OBRA” diferente e superior ao simples “TRABALHO”. Na concepção de Hannah ARENDT[2] o “TRABALHO” destina-se ao CONSUMO, para a OBSOLESCÊNCIA e para DESAPARECER sem deixar MEMÒRIA .   
O SOBRE-HUMANO é a “OBRA de ARTE que não é consumida pelo uso. Ao contrário, a  OBRA” de ARTE continua a projetar valores, sentidos e o novo na medida em que ela resistir a qualquer uso, utilidade imediata e ao consumo.
           As precárias questões de sobrevivência, da proximidade da NATUREZA do IMEDIATISMO  e de CONSUMO e  DESAPARECER sem deixar MEMÒRIA no Rio Grande do Sul. Este ambiente ainda o reino do  TRABALHO”, da MUDANÇA SEM MEMÓRIA e do INTUITIVO.
O ARTISTA PRIMITIVO e ÍNSITO busca razões, para a sua OBRA” de ARTE ,neste REINO próximo do INTUITIVO e da NATUREZA. Todas as civilizações começaram gradativamente a se descolar da  NATUREZA, do IMEDIATISMO  e do CONSUMO.


[1] DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Porto Alegre 1900-1920: estatuária e ideologia.
        Porto Alegre : Secretaria Municipal de Cultura, 1992, 102 p. il.

____________.  Porto Alegre(1898-1920): estatuária fachadista e
        monumental, ideologia e sociedade. Porto Alegre : PUC-IFCH, 1988, Dissert 208 f..

_____________. Rio Grande do Sul (1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre : PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999, Tese 377 f. 

-------------Emilio Sessa, Pintor, Primeiros tempos. Porto Alegre; Gastal&Gastal, 2012 160 p. ISBN 978-85-64916-01-2

[2] ARENDT, Hannah (1907-1975) Condition de l’homme moderne. Londres: Calmann-Lévy 1983. 369 p.    https://fr.wikipedia.org/wiki/Condition_de_l%27homme_moderne
Fig. 08 –  Esta paisagem Rio Grande do Sul de Oscar BOEIRA  busca o que existe de mais telúrico que o  ambiente natural pode oferecer neste espaço geográfico.  A ARTE sublima a resistência do último vegetal transformado em tintas, pinceladas e cores sóbrias   A imagem  está no lugar de ALGO QUE NÂO EXISTE MAIS. A paisagem  telúrica foi ocupada e destruída  pela infraestrutura  da ERA INDUSTRIAL. As ARTES NOBRES valem-se das suas competências e  dos limites  do seu fazer técnico,  para dar lugar a emergência a uma OBRA ao mesmo tempo profundamente regional e universal para a espécie humana e muitos outros lugares semelhantes

06 - O REGIONAL e UNIVERSAL nas ARTES no RIO GRANDE do SUL
O muralista, pintor e professor do IBA-RS Aldo LOCATELLI (1915-1962) na sua tese de cátedra[1] que a vida não lhe permitiu publicar e defender,  deixou anotado que:  
"compreendemos que a noção em Arte está em crise, é o resultado sempre mais fácil da difusão das culturas e das civilizações. Também a expressão da coletividade moderna, nós a sentimos viva e emocionante no mundo, no próprio país só se reflete. Gentes e homens, elementos expressivos gerados das secretas dificuldades da vida, dos eventos heroicos para os quais o anônimo se imola para o cumprimento de um dever cívico ou para defesa de um princípio espiritual que inspirará os artistas de muitas épocas e de nacionalidades diferentes, hoje fazem parte de uma civilização cujas premissas e esperanças abraçam todo o mundo".
Aldo LOCATELLI percebia como os nativos estavam curiosos em receberem a percepção e avaliação da cultura por um estrangeiro, que  vindo do mundo externa, pudesse servir de referencial para usar o que lhes é próprio e singular para abrir novos caminhos. Escreve para  estes que:  
assim é, consequentemente, neste clima que o Brasil, o nosso mesmo Rio Grande do Sul tão pródigo em vocações artísticas, vivem internacionalmente no mesmo valor de Paris, Roma, Tóquio, Nova York e de Moscou”.
Aldo LOCATELLI rematava e conclui a sua tese retornando para a sua frase preferida “SEJAM VOCÊS MESMOS” Assim afastava qualquer medo, constrangimento ou sentimento de inferioridade. Registrou que:
“estamos errados se pensamos que os centros de maior tradição e movimento artístico devem ser os nossos guias, absorvendo-nos com teorias resultantes de ambientes bem diferentes e preocupados de não repetir-se nos exemplos de uma grande tradição. Ao contrário, nós vivemos no princípio da nossa formação de civilização e devemos tentar expressá-la nos nossos próprios valores”.
 Assim LOCATELLI interpretava e reforçava a frase de Leon TOLSTÓI de que “SE VOCÊ QUER SER UNIVERSAL, PINTE a SUA ALDEIA”. Necessita-se admitir o direito de  outras culturas, civilização e tradições estéticas possuem o seu projeto próprio, os problemas atinentes e buscam maneiras e meios para compreendê-los, dar-lhes forma e criar uma CONSCIÊNCIA COLETIVA par lidar como os seus problemas. A singela e cândida transposição para o Rio Grande do Sul, destes projetos alheios, constitui pura alienação, procrastinação senão furto qualificado. Em outros termos, esta culturas mais conscientes de si mesmas, usam como armas de dominação, domesticação e colonizar periferias pouco  afeitas à AUTONOMIA, à LIBERDADE e à PESQUISAS ESTÈTICAS com seus próprio  meios, custos e riscos inerentes.  



[1] LOCATELLI Aldo (1915-1962) ANÁLISE – CONSIDERAÇÕES, MÉTODO E PENSAMENTOS -Tese de concurso para o provimento efetivo da cadeira de composição decorativa dos cursos de pintura e escultura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul – Porto Alegre, 1962 disponível no CORREIO DO POVO. Caderno de Sábado, 22.Jul.1972, p. 8-12.Revista e datilografada em outubro de 1962, M/Mitchell publicada no CORREIO DO POVO. Caderno de Sábado, 22 de julho de 1972,,  pp. 8-12.

VITRAL - Casa Genta - Pesquisa Mariana WERTHEIMER  http://slideplayer.com.br/slide/6113145/
Fig. 09 –  O vitral no Rio Grande do Sul teve um papel  relevante tanto na sua técnico como na apropriação das temáticas da ERA INDUSTRIAL A  infraestrutura  da ERA INDUSTRIAL valeu-se das artes e do fazer técnico e dando lugar a emergência de diversas vocações das ARTES NOBRES. Estas vocações deram lugar para que novos talentos tenham o respeito, o  estímulo e a coragem para se valerem da dos inumeráveis recursos, temas e concepções da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL

07 -  A CIDADANIA e o PODER PÚBLICO  nas ARTES no RIO GRANDE do SUL
A  OBRA de ARTE continua a projetar valores, sentidos e o novo na medida em que ela resistir a qualquer uso, utilidade imediata e ao consumo. Este é o patamar SOBRE-HUMANO característico da OBRA de ARTE que não é consumida pelo uso.
Neste patamar, de uma civilização em formação, cabe às obras de arte sinalizar o caminho no meio da barbárie.
A cidadania possui um sólido contrato com Estado no âmbito deste projeto civilizatório. O ENTE humano encontra, como cidadão, neste clima civilizatório, o seu modo de SER criativo, colaborador e realizar  seu ENTE  muito mais e melhor do que alhures. Qualquer civilização possui, nas OBRAS de ARTE geradas sob a sua influência, uma decidida materialização dos melhores documentos. Estas obras de arte garantem a  permanência dos seus  mais altos traços e  constituem os melhores apoios para sua memória que se projetam muito além do seu TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE.  O Estado, na sua aliança com o artista criador,  aufere a sua própria identidade, a sua projeção e a sua permanência.
Fig. 10 –  O artista Iberê Camargo (1914-1994)  talvez foi o artista visual que atingiu o mais alto grau de profissionalização e o mais e amplo reconhecimento de sua carreira de um sul-rio-grandense tanto no âmbito local  como no centro do Brasil. O museu, que leva o seu nome, ganhou projeção internacional para   Porto Alegre é uma instituição significativa para a ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL que possui a criatividade, a projeção midiática e a originalidade como alguns dos seus fundamentos e formas de avaliação.

08 -  POSSIBILIDADES de PROFISSIONALIZAÇÃO e de CARREIRA  nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL

Este SOBRE-HUMANO é a OBRA de ARTE que não é consumida pelo uso. Ao contrário, a  OBRA de ARTE continua a projetar valores, sentidos e o novo na medida em que ela resistir a qualquer uso, utilidade imediata e ao consumo.
A OBRA de ARTE cumpre esta missão civilizatória na medida em que que migra para instituições consagradoras. Esta consagração  acontece em eventos como exposições individuais, coletivas como em salões ou bienais de arte. Esta consagração  acontece no mercado de arte como na migração de coleções particulares de prestígio. Esta consagração  acontece, de forma mais perene, ao ser incluída em acervos com profissionais de preservação, restauro e arquivismo qualificados em museologia. Na parte administrativa contam com curadorias, com dirigentes e com aportes financeiros responsáveis e por tempo indeterminado.
No Rio Grande do Sul pode-se afirmar que o artista,  criador das ARTES VISUAIS, percebe o crescimento numérico e qualitativo destas condições. Percepção tangível  nas instituições e de mecenas que de fato gostam de Arte. O resultado é de poder contar um projeto civilizatório digno deste nome.
MEMORIAL ATELIER ZAMBELLI – Caxias do Sul – RS 
Fig. 11 –  Na existência, circulação e da sua nova vida  no MEMORIAL ATELIER ZAMBELLI [1] em Caxias do Sul. possui em cada uma destas obras  um FINANCIADOR individual ou coletivo. Esta cidade foi, e continua sendo, um dos polos da ERA INDUSTRIAL  no Rio Grande do Sul.  Todo este patrimônio está migrando para o universo simbólico e constituindo alavanca para a ÉPOCA-PÓS-INDUSTRIAL na qual a arte -  do passado remoto, ou recente - é uma  fonte de identidade, uma chave de pertencimento ao presente como para um futuro ainda ignorado. O certo que cada obra destas é um fragmento do imenso PROJETO CIVILZATÒRIO BRASILEIRO.

09 – ESTUDOS de CASOS de CARREIRAS EXITOSAS   nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL

O Rio Grande do Sul está atravessando dois séculos ininterruptos de CARREIRAS EXITOSAS  nas artes visuais.  CARREIRAS EXITOSAS  apesar das dificuldades,  do espirito de beligerante próprio do sul-rio-grandense e dos sempre parcos recursos financeiros. Plenamente exitosas algumas, outras levadas adiante por simples teimosia e de crença em si mesmo.
A percorrermos a obra fundamental de Athos Damasceno[1] nos deparamos com as mais variadas e criativas formas de marcar carreiras exitosas ao longo do século XIX[2] e primórdios do  regime republicano sul-rio-grandense.
Os QUATRO VOLUMES do DICIONÁRIO das ARTES PLÁSTICAS DO BRASIL[3] de Carlos CAVALCANTI-  continuado por Walmir AYALA[4],  um poeta e jornalista sul-rio-grandense – registram as mais variadas biografias  de artistas que permaneceram fieis ais seu chão de origem e aqueles que migraram sem nuca perder o contato com sua GENTE, TERRA e a sua cultura de origem. É o caso exemplar de Pedro WEINGÄRTNER[5], que compreendeu e praticou esta fidelidade para a sua ARTE como para o solo e cultura sul-rio-grandense. Nesta dupla fidelidade  elevou aos mais altos píncaros os parcos meios que ensejaram um  exemplar estudo por Ângelo GUIDO[6]
O mercado de arte, crônicas e a publicidade que as carreiras dos artistas sul-rio-grandenses mereceram, foram exaustivamente e belamente documentados no DICIONARIO DE ARTES PLÁSTICAS NO RIO GRANDE DO SUL[7] da dupla Renato ROSA e Décio PRESSER.  
Este SOBRE-HUMANO é a OBRA de ARTE que não é consumida pelo uso. Ao contrário, a  OBRA de ARTE continua a projetar valores, sentidos e o novo, na medida em que ela resistir a qualquer uso, utilidade imediata e ao consumo.



[2] DAMASCENO. Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, 520 p

[3] CAVALCANTI, Carlos e AYALA Walmir.  DICIONÀRIO BRASILEIRO de ARTISTAS PLÀSTICOS. .Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973,  4 volumes
O PENSAMENTO de Walmir Felix AYALA (1933-1991).
[5] GUIDO Ângelo (GNOCCHI) (1893-1969).  Pedro Weingärtner. Porto Alegre : Divisão de Cultura- SEC/RS –1956, 228 p 
[6] O PENSANDO as ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL SINCRONIZADO com ÂNGELO GUIDO
[7] ROSA, Renato et   PRESSER, Décio .Dicionário das Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. (2ª ed r) Porto Alegre : UFRGS, 2000, 527 p. ISBN 85-7025-522-5

DOM PEDRO II 1825-1891 retrato  1847 por Raymond Auguste QUINSAC MONVOISIN (1794-1870
Fig. 12 –  A montagem da imagem do Brasil cultural e civilizado contou com o decidido apoia e ajuda do de Dom Pedro II. No entanto ainda não se detalhou o papel do sul-rio-grandense Manuel Araújo Porto-alegre. Necessita-se conhecer, documentar e revelar, para o grande publico,  o papel do Barão de Santo Ângelo nas diversas missões diplomáticas brasileiras  desempenhadas pela Europa afora. Porém esta apoio imperial, visto desde o ano de 2018, revela que este suporte ao fazer nas Artes Visuais passou do Estado brasileiro se expandiu em direção aos ESTADOS REGIONAIS e deste para as MUNICIPALIDADES. Estas expansão foi em direção ao cidadão individual que compreendeu o seu papel de suporte aquilo que permanece como índice civilizatório ,

10 - ESTUDOS de CASOS de APOIOS EFETIVOS  para a CARREIRA   nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL


Aldo LOCATELLI – Mural no Salão Nobre do Palácio Piratini
Fig. 13 –  O cidadão avulso - identificado com sua TERRA, sua GENTE e o se TEMPO  - contribui decididamente,  não só com sua imagem, mas pela interação municipal, estadual e nacional. O Regime Republicano permitiu especialmente com esta interação horizontal entre cidadãos. Este regime propiciou a criação das primeiras instituições da  A ARTES VSUAIS no RIO GRANDE de do Sul e que não pararam de se expandir para os municípios e para a vida dos cidadãos avulsos. A vida, o cidadão e a obra de Aldo LOCATELLI (1915-1966) foram estudados sob vários prismas por Luís Ernesto BRAMBATTI[1]


O artista visual teve de buscar a sua autonomia e sustento na medida em que perdia gradativamente o apoio da IGREJA  e da NOBREZA. Estes NOBRES e CLERO  usavam o artista para sua propaganda, sua própria ideologia e para lacaio de mil e uma utilidades. Neste caso não é possível  falar em ARTE. Antes são índices de uma CULTURA com processos de dominação e domesticação 
A MISSÃO ARTISTICA FRANCESA trouxe ao BRASIL, uma nova mentalidade que também concederia suporte à ERA INDUSTRIAL. O interesse pela ARTE  e o apoio de ESTADO NACIONAL evoluiu paralelo ao conceito de LIVRE INICIATIVA. Interage no âmbito da cidadania.   Cidadania que se materializa  pelo CONTRATO entre as partes iguais e soberanas. O cidadão livre e avulso possui identidade e nome próprios. A LEI da OFERTA e da PROCURA passou a ser o norma também entre o ARTISTA VISUAL e o seu eventual COMPRADOR de sua OBRA 
A CARREIRA,  nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL, ainda carecem de um estudo, sistematização e publicidade.  Os ESTUDOS de CASOS de APOIOS EFETIVOS ainda escapam ao conhecimento e hábitos de uma população enfrentando a satisfação das NECESSIDADES BÀSICAS HUMANAS. A ARTE CERTAMENTE NÂO se encontra ENTRE ELAS. 
Até o momento as LEIS DE INCENTIVO à CULTURA e as RENÚNCIAS FISCAIS - tanto no plano federal, estadual e municipal-  estão mais voltados para a propaganda, marketing e a patrimonialismo. Não escapam à logica de OUTRAS DESIGNAÇÕES de um arcaico  apoio da IGREJA  e da NOBREZA. Portanto se inscrevem no dilatado quadro da CULTURA.
No contraditório a disseminação das ESCOLINHAS de ARTE, de ATELIERES  LIVRES MUNICIPAIS e de CURSOS SUPERIORES de ARTE... merecem pouca atenção de pesquisadores qualificados, patrocinadores e do público em geral. Assim ainda existe um abismo[1] entre e capital e o interior estado. Surpreende o número de ESCOLAS SUPERIORES de ARTE do Rio Grande do Sul e a disseminação em todo território estadual[2] 
Com a emergência das condições da ERA INDUSTRIAL, a  LEI da OFERTA e da PROCURA passou a ser a norma contratual também para o ARTISTA VISUAL. O CONTRATO - com seu eventual COMPRADOR de sua OBRA - levou ao associativismo dos PRODUTORES de ARTES VISUAIS[3] Algumas são efêmeras ou para eventos singulares. Outros grupos são de longo curso e se regem nas normas das ASSOCIAÇÔES REPUBLICANAS[4] para fins SOCIAIS, ARTPISTICAS e ESPORTIVAS. 
Assim a  OBRA de ARTE continua a projetar valores, sentidos e o novo na medida em que ela resistir a qualquer uso, utilidade imediata e ao consumo. 
Ao percorrer o tópico “ESTUDOS de CASOS de APOIOS EFETIVOS  para a CARREIRA   nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL” é que mais se evidencia a distinção entre ARTE e CULTURA . Os processos de dominação e de domesticação saltam  aos olhos como índices de CULTURA.  Consumo, a utilidade e uso não repugnam para a CULTURA.  Neste caso a ARTE está em  esfera que transcende o consumo, uso e utilidade. A OBRA de ARTE escapa do consumo e só tem a ganhar com a passagem do tempo. 
Com estes critérios em mente é possível visitar e percorrer a arte praticada no Rio Grande do Sul. Em muitas destas OBRAS se encontrará  - no mínimo de suas formas - o máximo do seu TEMPO, do seu LUGAR de origem e da SOCIEDADE que a conceberam e lhe deram FORMA sensível aos sentidos humanos.  



[1] As distâncias entre o ARTISTA do INTERIOR e o da CAPITAL

[2] Escolas ARTES no RIO GRANDE do SUL e seus endereços em 2010 –

[4] ASSOCIAÇÔES  REPUBLICANAS – Lei nº 173  de 10 de setembro de 1893LEI Nº 173, DE 10 DE SETEMBRO DE 1893

[1] PIETA., Marilene.  «O Grupo de Bagé e a modernidade das artes visuais no Rio Grande do Sul» in VEECK Marisa et alii  Caixa Resgatando a Memória. Porto Alegre : Caixa Econômica Federal, 1998 ,  pp.29/57

FONTES BIBIOGRÀFICAS

ALVES de Almeida, José Francisco (1964).  A Escultura pública de Porto Alegre – História, contexto e significado – Porto Alegre : Artfólio, 2004  246 p.
--------------- Fontes d’Art no/au Rio Grande do Sul. Porto Alegre : Artfolio, 2009, 210 p. : Il
--------------STOCKINGER – Vida e obra . Porto Alegre : MultiArte 2012 - 308 p. il
BRAMBATTI, Luiz Ernesto. Locatelli em Caxias – Porto Alegre : Metrópole, 2003   96 p.
----------------- Locatelli no Brasil . Caxias do Sul-RS : Belas Letras, 2008, 240 p. ISBN 978-85-60174-29

ARENDT, Hannah (1907-1975) Condition de l’homme moderne. Londres: Calmann-Lévy 1983. 369 p.    https://fr.wikipedia.org/wiki/Condition_de_l%27homme_moderne

CAVALCANTI, Carlos e AYALA Walmir.  DICIONÀRIO BRASILEIRO de ARTISTAS PLÀSTICOS. .Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973,  4 volumes

CORONA, Fernando (1895-1979)._. Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241

DAMASCENO. Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, 520p

DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Porto Alegre 1900-1920: estatuária e ideologia.
        Porto Alegre : Secretaria Municipal de Cultura, 1992, 102 p. il.
____________.  Porto Alegre(1898-1920): estatuária fachadista e
        monumental, ideologia e sociedade. Porto Alegre : PUC-IFCH, 1988, Dissert 208 f..
_____________. Rio Grande do Sul (1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre : PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999, Tese 377 f. 

-------------Emilio Sessa, Pintor, Primeiros tempos. Porto Alegre; Gastal&Gastal, 2012 160 p. ISBN 978-85-64916-01-

GUIDO Ângelo (GNOCCHI) (1893-1969).  Pedro Weingärtner. Porto Alegre : Divisão de Cultura- SEC/RS –1956, 228 p

GUIMARÃES ROSA,  João. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro : José Olympio, 1963, p. 18..

LOCATELLI Aldo (1915-1962) ANÁLISE – CONSIDERAÇÕES, MÉTODO E PENSAMENTOS -Tese de concurso para o provimento efetivo da cadeira de composição decorativa dos cursos de pintura e escultura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul – Porto Alegre, 1962 disponível no CORREIO DO POVO. Caderno de Sábado, 22.Jul.1972, p. 8-12.

MALAGOLI, Ado (1908-1994) - TÉCNICA E EXPRESSÃO - considerações- Tese de concurso para o  provimento da cadeira de Pintura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: edição da autor, 1957 88 p, ilustr. pb.

MELLO, Evaldo Cabral de (1936 - ) A fronda dos mazombos nobres contra mascates: Pernambuco 1666-1715. São Paul : Companhia das Letras, 1995 530 p

NIETZSCHE, Frederico Guillermo (1844-1900)  Sobre el porvenir de nuestras escuelas. Barcelona: Tusquets, 2000. 179.  

 ROSA, Renato et   PRESSER, Décio .Dicionário das Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. (2ª ed r) Porto Alegre : UFRGS, 2000, 527 p. ISBN 85-7025-522-5

FONTES NUMÉRICADS DIGITAIS

AFONSO CARLOS MARQUES dos SANTOS; Texto  PROJETO CIVILIZATÓRIO


JEAN BATISTE DEBRET como PROFESSOR de DESENHO em PARIS


Dom Pedro II por RAYMOND AUGUSTE QUINNSAC MONVOISIN




O PENSAMENTO de Walmir Felix AYALA (1933-1991).


O PENSAMENTO de ATHOS DAMASCENO FERREIRA


O PENSANDO as ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL SINCRONIZADO com ÂNGELO GUIDO


As distâncias entre o ARTISTA do INTERIOR e o da CAPITAL


Escolas ARTES no RIO GRANDE do SUL e seus endereços em 2010 –


AUTONOMIA do ARTISTA o seu PERTENCIMENTO


Uma GERAÇÂO de ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES no MEIO DIA das EXPRESSÕES de sua AUTONOMIA


ESCULTORES do RIO GRANDE do SUL SABEM FAZER a SUA HORA.


O Grupo de Bagé e a modernidade das artes visuais no Rio Grande do Sul. Marilene Burtet Pieta[1]


ASSOCIAÇÔES  REPUBLICANAS – Lei nº 173  de 10 de setembro de 1893

LEI Nº 173, DE 10 DE SETEMBRO DE 1893


ESTUDOS de CASOS

1 – ACERVOS de ARTES no Rio Grande do Sul

O SENTIDO dos ACERVOS de ARTE do RIO GRANDE do SUL



2 -  MUSEU SÃO MIGUEL das MISSÕES


3 – O MUSEU ANTROPOLÓGICO RS


ARQUEOLÓGICO de TAQUARA







[1] PIETA., Marilene.  «O Grupo de Bagé e a modernidade das artes visuais no Rio Grande do Sul» in VEECK Marisa et alii  Caixa Resgatando a Memória. Porto Alegre : Caixa Econômica Federal, 1998 ,  pp.29/


[1] BRAMBATTI, Luiz Ernesto. Locatelli em Caxias – Porto Alegre : Metrópole, 2003   96 p.
----------------- Locatelli no Brasil . Caxias do Sul-RS : Belas Letras, 2008, 240 p. ISBN 978-85-60174-29
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