quarta-feira, 21 de agosto de 2013

007 – EXPRESSÕES de AUTONOMIA na ARTE

Porto Alegre e
a administração municipal 
das Artes Visuais.  


LOCATELLI Aldo (1912-1962) – Transferência da Capital para Porto Alegre - 1960  -óleo sobre tela  260 x 440 cm – FIERGS – Foto Eduardo Achutti
Fig. 01 -  Ao escolher Porto Alegre, como capital, Dom  Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda ou José Marcelino Figueiredo (1735-1814) percebeu,  em 1772, as suas características de uma sólida base estratégica, politica, econômica, simbólica no Continente de São Pedro. A etnia indígena, africana, europeia e brasileira, de todas as latitudes confluíram -  para o paralelo 30 Sul, num lugar de confluência de cinco rios -  para ali se harmonizarem, fixar domicílio e construíram  mais uma experiência humana, cultural e econômica neste rico lugar.

A presente postagem pretende esboçar apenas uma narrativa minúscula do que considera a política e a administração das Artes Visuais, praticadas pela prefeitura de Porto Alegre. Minúscula, pois  ela exige um trabalho maiúsculo de coleta, de elaboração e de divulgação. Para tanto é necessário separar e distinguir o nosso objeto. De um lado ocorrem no território de Porto Alegre, projetos institucionais de natureza e de administração federal, estadual, e municipal além aqueles da sociedade civil organizada. Internamente há necessidade de distinguir a Cultura das Artes e, nestas, as Artes Visuais.


DE SÁ Eduardo (1866-1940) – Busto do Barão de Santo Ângelo (Manuel Araújo Porto-alegre) – 1913  -na Praça da Alfândega POA_RS
Fig. 02 -  Manuel Araújo Porto-alegre (1806-1879) incorporou ao seu próprio nome o gentílico da capital sul-rio-grandense, lugar no qual fez a sua primeira base externa ao seu lar para  conquistar o seu  mundo. Nascido em Rio Pardo, onde estão hoje seus despojos mortais, fez de Porto Alegre a porta de entrada para a capital imperial e depois para a Europa.  A sua multifacetada obra, a sua personalidade e sua ação  administrativa resumem múltiplas características de um cidadão que teve sua formação básica em Porto Alegre e ali faz as suas escolhas decisivas. A cidade reconheceu nele estas características todas e retribuiu com uma herma num lugar de grande circulação popular.

O ente municipal é o limite, base física, política e administrativa do Estado brasileiro[1]. Um município triplica a sua responsabilidade política, econômica e simbólica ao abrigar, no seu território, os entes da administração de diversos órgãos estaduais, federais e civis. Tal município transfigura o seu mundo simbólico, imaterial e civilizatório.  Ao abrigar a capital do Estado o seu mundo material,  a sua política e a sua administração são modificados. As manifestações da Arte revestem-se de dimensões simbólicas próprias e, em particular, as formas visuais. A sua visibilidade transcende em relação aos demais municípios.


[1] - Art. 18 da Constituição Brasileira de 1988 - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm    


Fig. 03 -  O solar Lopo Gonçalves - que  abriga o Museu Municipal José Joaquim Felizardo, o primeiro secretário da Cultura de Porto Alegre – preserva  o visual de uma das numerosas residências que cercavam a cidade no período imperial. A Casa Grande esta assentada sobre a Senzala hermética fechada e com minúsculos respiradouros. A escravidão e a preservação dos hábitos coloniais contaminaram o império e se projetaram adiante para interior da republica. As casas e os prédios ocupados pelos originários da Casa Grande estão cercados, eletrificados e guarnecidos. Enquanto isto nenhum observador pode ignorar o visual oferecido pelas favelas que cercam sistematicamente as cidades brasileiras. Este visual materializa a continuidade da escravidão econômica e a renovação dos hábitos coloniais inclusive em Porto Alegre.

As Artes Visuais possuem uma materialidade particular e insubstituível para os sentidos humanos. São competentes para revelar e evidenciar uma civilização na sua política, na sua mentalidade e nos seus valores intangíveis. As Artes Visuais são ultimas testemunhas físicas a desaparecer de uma civilização. 

Em nenhuma das instâncias ativas em Porto Alegre a Arte possui um ministério, uma secretaria ou um órgão autônomo. O assunto da distinção entre Cultura e Arte foi sustentado de 1947 até 1958 por Tasso Corrêa com o projeto de Universidade das Artes e o Ministério das Artes.


Fig. 04 -  Dois vestígios visuais da época em que era vigente o Regime Imperial em Porto Alegre. Em primeiro plano as estátuas que cercavam o chafariz da Praça da Matriz. Ao fundo a Igreja da Conceição inaugurada em 1858. As estátuas faziam parte de uma fonte erguida próxima a primeira hidráulica de Porto Alegre no terreno onde se ergue, em 2013, o prédio da Assembleia Legislativa. Fazia parte de uma série de fontes que formavam uma das tentativas para marcar também visualmente a cidade além de sua função. As funções religiosas necessitam de templos. A igreja da Conceição é do tempo em que Igreja e Estados se reforçam política, econômica também simbólica e visualmente.

É possível ver nesta ‘não intervenção oficial’ um espaço para perseguir o ideal do cidadão no exercício da  autonomia do artista, do apreciador e do administrador. Em Arte também vale o ditado “antes só do que mal acompanhado”. Em outros termos a criação ao ser mediada, tutelada, ou sujeita a constantes intervencionismos fatalmente tomba na heteronomia. De outra parte a situação periférica - em relação ao eixo Rio – São Paulo - necessita de projetos, de reforços e de ações  efetivas. Ações, reforços e projetos, inclusive do Poder Publico, para que as Artes Visuais locais, no exercício constante da potencia da sua autonomia, possam fazer frente aos tradicionais e já consagrados centros hegemônicos. Trabalho diferenciado em razão de não contar com um sistema comercial em escala e concorrencial. Certo é que estes centros hegemônicos trabalharam para ocuparem esta posição mundial privilegiada. Mas, acima de tudo, estudaram, entenderam e respeitaram o poder que lhes deu oportunidade e origem.


Fig. 05 -  O visual da Praça da Matriz( Marechal Deodoro)  numa foto obtida da torre deste templo, na passagem do regime imperial  para o republicano. Um terreno era aberto e reservado, no Regime Imperial em Porto Alegre, para as Festa do Divino, paradas militares e procissões. O prédio do Teatro São Pedro e o  prédio denominado Forte Apache  (memorial do Ministério Público) ainda estão de pé e são vestígios visuais da época desta foto. Em primeiro plano o chafariz com as estátuas que a cercavam e que estão na fig. 04 desta postagem. Da esquerda desta imagem um ângulo da primeira hidráulica de Porto Alegre e uma casa de diversões populares denominada de “Bailanta”. Os dois estão no terreno onde se ergue, hoje, o prédio da Assembleia Legislativa. Entre os dois prédios gêmeos (Teatro e Tesouro eTribunal)  se abre a Rua da Ladeira (General Câmara) que dava para a Praça  da Alfandega, rua da Praia e o porto da cidade. 
Porto Alegre supõe um projeto especifico e coerente com o seu poder estético originário devido à sua distância do centro do Brasil. Este projeto não separa das  Artes Visuais nacionais.  Mas gera um diferencial que enriquece o todo, ao ser incluído ao centro do país e do mundo, por meio de uma ativa e coerente conexão. Os diferentes entes da administração dos diversos órgãos estaduais, federais e civis tornam-se viáveis num projeto capaz de harmonizá-los e respeitar assuas diferenças. Coerentes com este projeto podem praticar a circulação dos seus poderes específicos de forma sistemática, continuada e sustentável. Este projeto torna-se viável na medida em que ele se origina de uma sólida base politica, econômica e simbólica que o município abriga. Neste projeto levado ao mundo prático vai um traço característico do sul-rio-grandense e do porto-alegrense em particular. A visão de Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda ou José Marcelino Figueiredo já possuía esta característica ao perceber, em 1772, no terreno de Porto Alegre a possibilidade de conferir corpo físico a este projeto. Ao escolher Porto Alegre como capital - após Rio Grande e Viamão - ele a vislumbrou como uma sólida base estratégica, politica, econômica, simbólica no Continente de São Pedro para circulação do poder colonial por terra e pelos rios confluentes no Guaíba.


Fig. 06 -  Nesta imagem destaca-se o contraste entre o prédio da prefeitura de  Porto Alegre, carregado se um mundo simbólico, contrasta com a vida ativa dos cidadão, cada qual cuidando dos seus interesses num espaço público adequado para a sua circulação pedestre. A interação entre a Arte e a Vida é possível sem que os mediadores, os atravessadores ou os tutelares do espaço público a cobrarem pedágio e que atrapalhem mais de que ajudem esta interação geradora de uma civilização própria e universal.

No período imperial este traço da visibilidade integradora foi expresso também no mundo simbólico na biografia de Manoel Araújo Porto-alegre. O pintor artista Pedro Weingärtner (1853-1929) oscila do regime imperial para o republicano.  Eles tiveram a sua base inicial e Porto Alegre e levaram este entendimento ao Brasil e o mundo por meio das suas obras e como expressões de sua autonomia pessoal madura e consequente. Os retornos, no final da vida de Pedro Weingätner e de Iberê Camargo (1914-1994) para o seu porto de partida certamente são emblemáticos. Iberê assistiu a concretização de sua memória numa fundação e depois no museu que levam o seu nome. Na contrapartida é necessário ressaltar que nenhum destes três artistas visuais recebeu cargo, encomenda ou aquisição de obra direta e pessoalmente da administração municipal de Porto Alegre. Esta autonomia certamente confere a estes três um valor maior e os afasta de qualquer sombra de heteronomia das suas vontades.

José de Aguiar Leitão MONTAURY   pintura do Museu Joaquim José Felizardo
Fig. 07 - O engenheiro José de Aguiar Leitão MONTAURY (1858-1939) foi  intendente (prefeito) de Porto Alegre de 1897 até 1924. Se um lado é possível estranhar o longo período desta pessoa na frente da administração municipal, de outra é necessário atentar ao fato que o ente  municipal, nesta época, não tinha as mesmas atribuições e responsabilidades que lhe conferiu a constituição de 1988. De outro lado, o poder presidencial de Borges de Medeiros era quem nomeava, intervinha e controlava, de muito perto, este cargo e as suas funções.
No aspecto político para uma democracia a rotatividade de um personagem num cargo não é determinante. Regimes, como ‘REI por um DIA’, ou anual, como Atenas, ou vitalício nas monarquias, por si mesmos não são determinantes da felicidade da paz da prosperidade de um reino, de uma cidade ou dos cidadãos que neles vivem. A estrita relação de José de Aguiar Leitão MONTAURY com os seu cargo e as suas funções legais, também aparecem no seu visual sem pompa e circunstância comum a que ocupa este ou outros cargos. É a imagem do cidadão comum. A imagem do cidadão comum esteve proibida no Brasil ao longo de 300 anos do regime colonial. No império era para classe abastada. No Brasil a imagem do indivíduo singular só recebeu evidência a partir do Regime Republicano..

O Regime Republicano ao repassar o poder à sociedade civil organizada encontrou no município de Porto Alegre uma resposta,  que carece de estudos, especialmente no item das Artes Visuais

Na sua origem republicana estes estados regionais, antes províncias imperiais,  receberam a sua SOBERANIA:

  Art 3º - Cada um desses Estados, no exercício de sua legítima soberania, decretará oportunamente a sua constituição definitiva, elegendo os seus corpos deliberantes e os seus Governos locais’ [1].

A lei precede o fato no âmbito artificial do Estado Brasileiro. No governo e administração de Porto Alegre, esta soberania, significava que a sua sede física teria toda convivência e legitimidade em ostentar os símbolos de capital de um estado soberano. Esta situação política perdurou de 1889 até 1937, com o Estado Novo, que queimou as bandeiras regionais e nomeou seus interventores.

Certamente “o estado soberano do Rio Grande do Sul” não foi a causa para que Porto Alegre recebesse tratamento diferenciado como sua capital. No entanto foi uma motivação política, econômica e social para que as repartições públicas, as empresas e as instituições investissem no aspecto visual das suas sedes em Porto Alegre. Assim superariam e mostrariam visualmente a sua hierarquia diferenciada aos demais municípios sul-rio-grandenses. Este projeto de destaque visual quase sempre vigorou de fato e de direito[2] .


[1] - Decreto nº 01 da REPÚBLICA do BRASIL  http://www.jurisway.org.br/v2/bancolegis1.asp?idmodelo=2117

[2] - Esta diferenciação ainda é visível, no dia 20 de agosto de 2013, quando da destinação de verbas maiores para Porto Alegre no seu  patrimônio construído a ser preservado:  http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=505804


Salão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre - cerca de 1900 - já no prédio histórico da fig. 06.
Fig. 08 – Contrastando - e realçando  a imagem do cidadão comum - o lugar do exercício do  poder público ostenta os sinais visuais da  circunstância e da pompa necessárias para ressaltar as funções dos cargos públicos  Cabe ao cidadão não personalizar e manter a estrita relação do seu cargo e as suas funções legais. Pompa e circunstâncias que induzem os mais preparados e os melhores aspirem e desempenhem estes cargos. Na época, desta foto, o exercício da função do vereador não era remunerado.

Especificamente o prédio da  Intendência Municipal de Porto Alegre, construído entre 1898 e 1901[1], recebeu os símbolos visuais e físicos que ostenta até o presente. Por sua vez a presidência do Estado do Rio Grande do Sul foi muita ativa em dotar a sua sede com palácios, sedes dos seus órgãos de toda a pompa e circunstâncias possíveis na época. As repartições federais não ficam lhe devendo. Assim o poder do município de Porto Alegre precedeu, passou a estimular  e agir e foi modelar. A construção de sua sede administrativa mereceu a máxima atenção de todos. O prédio da Intendência  - atual prefeitura histórica- tornou-se uma sede suntuosa do poder legislativo, executivo e judiciário com delegacia e presidio. Externamente está carregado de uma enciclopédia visual no seu fachadismo simbolista estudado por Arnoldo Doberstein. Internamente foi decorado por imponentes símbolos do poder municipal e pelas pinturas de Ferdinand Schlatter, o mesmo artista da Biblioteca Publica do Estado. O esplendoroso e impar período administrativo de 1908-1913 liderados pelo presidente Carlos Barbosa Gonçalves e do seu secretário de Fazenda e Obras Publicas Cândido José de Godoy transformaram a capital do Estado em verdadeira “sala de visitas” na expressão de Margarete Marchiori Bakos.

Fig. 09 – O prédio histórico da prefeitura de Porto Alegre aparece no ângulo esquerdo inferior, na moldura de um mapa da cidade do ano de 1906. Faz companhia  a outros prédios já concluídos e em projeto e que,  de fato foram construídos, com outra visualidade como o do Palácio do Governo.
 O mapa da cidade mostra e identifica uma série de logradouros, ruas e bairros. Enquanto isto o Arroio Dilúvio descrevia curvas caprichosas e que periodicamente se transformava num único lençol de água, dando sentido pleno ao seu nome.

Porto Alegre sediou o primeiro curso superior de Urbanismo especifico do Brasil por iniciativa do IBA-RS. Este curso trouxe para Porto Alegre o uruguaio Maurício Cravotto (1958-1964) e Ildefonso Areztegui (1916-1988) e teve como paraninfo Oscar Niemeyer (1907-2012) numa das suas raras visitas a porto Alegre. Um dos seus formandos foi Francisco Rio-pardense de Macedo (1921-2007) cujas obras e pesquisas são fundamentais como verdadeiros marcos para a pesquisa erudita de vários aspectos da visibilidade da Arte em Porto Alegre.

MÁSCARA Revista. Porto Alegre,  Ano 7, Nº 7, jun. 1925, s/p. – Salão de Outono
Fig. 10 – A imagem mostra a sala dos vereadores do prédio histórico da prefeitura de Porto Alegre ostentando as obras do Salão de Outono de junho de 1925. Exposição planejada a partir da experiência visual do Carnaval deste ano e dos seus integrantes e que constituíram uma associação para este salão. A administração municipal conseguiu juntar a sua executiva, o legislativo, que cedeu o seu lugar,  e um dos mais atuantes juristas na pessoa do desembargador Manuel André da Rocha (1860-1942) realizou o discurso da inauguração solene deste evento das Artes Visuais.

As vias públicas e os logradouros de Porto Alegre traçaram a visibilidade básica urbana de Porto Alegre. A Rua da Praia - a mais tradicional de Porto Alegre - que sempre se reinventou, se desfez gerando uma típica visibilidade em Porto Alegre. O mesmo pode ser dito da Rua da Matriz, da Ponte e do Arvoredo. Nelas inclusive a visibilidade noturna foi uma preocupação da administração municipal deste os primórdios da capital.

As fontes e chafarizes respondiam por uma necessidade básica que marcaram, também, os logradouros e as ruas de Porto Alegre. Imprimiam uma visibilidade própria a antiga malha urbana de Porto Alegre. A sua memória e os seus vestígios visuais - deslocados pela introdução dos encanamentos subterrâneos - foram estudados e publicados em obra de José Francisco Alves. A administração municipal mapeia, tomba e cuida destes vestígios dispersos em diversas praças publicas e ao encargo da sua Secretaria Municipal de Meio Ambiente.


PELICHEK, Francis (Frantisek) - 1896 - 1937 Cartaz de Exposição AGRÍCOLA  1931

Fig. 11 – Porto Alegre foi palco de continuadas exposições que destinavam a visualizar a produção agra pastoril do estado da qual é capital. Ao mesmo tempo o próprio município teve - e possui - uma intensa produção agrícola ao estilo da praticada nas ilhas açorianas das quais seus primeiros habitantes procediam.  A imagem é de pôster para um destes eventos, que se realizavam tradicionalmente no Parque do Menino Deus. O artista tcheco Francis PELICHEK, radicado desde 1922 em Porto Alegre, captou muito eventos e as transformou em imagens digno de um estrangeiro que percebe com olhares diferentes o seu novo domicílio e que os nativos consideram naturais. Assim percebe registra na sua imagem a minúscula urbanização contra os imensos espaços agrícolas e pastoris que o Rio Grande do Sul ostentava nesta época.

Estas mesmas vias públicas e praças receberam um grande número de esculturas de diversas temáticas, técnicas, tendências estéticas. Como obras públicas e a maioria entregue as cuidados e competências da administração de Porto Alegre foram objeto de estudo e de publicação escultor de José Francisco Alves. Eles sofrem, são furtados, pichados por um vandalismo originário de um colonialismo e de uma escravidão assimilada que se vinga desta situação por meio destas agressões. Legalmente é difícil definir o estatuto jurídico em contratos lavrados, nem sempre claros entre os seus mentores, construtores e financiadores e o ente municipal  Mais complexa ainda é vandalismo de que são vítimas contumazes.


Fig. 12 –  A era industrial mostrou a imagem das suas potencialidade na exposição que comemorou o Centenário da Revolução Farroupilha em setembro de 1935. No seu recinto Integrava desde o prédio do Instituto de Educação - concebido para a formação intensiva do magistério - até os pavilhões dos demais Estados Brasileiros mais adiantados e que se integravam ao concerto nacional no antigo Parque da Redenção do Porto Alegre.  No recinto desta exposição abriu-se a primeira churrascaria - em estilo industrial e comercial - que prosperou depois Brasil e mundo afora. Pratica em linha industrial tipicamente gaúcha que leva a imagem da união possível entre a produção pastoril e industrial forjada no âmbito de  Porto Alegre.

Em abril de 1908 a prefeitura de Porto Alegre associou-se com aos demais municípios sul-rio-grandense para integrar-se às 65 Comissões Regionais e dar sustento político e econômico inicial da Comissão Central do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul (CC-IBA-RS). A capital, como sede da Comissão Central do IBA-RS, coube ao intendente José - de Aguiar Leitão Montaury (1858-1939), no cargo e nas funções, de 1897 até1924,  ocupar uma das 25 cadeiras da CC-IBA-RS.  Esta Comissão Central colocou no mundo prática, em 1909,   o seu Conservatório de Música. Em 1910 foi a vez da Escola de Artes dedicada às Artes Visuais. Este compromisso foi honrado anualmente pelo município de Porto Alegre através de um orçamento específico para o funcionamento efetivo do IBA-RS mantenedora das duas escolas, inclusive com seus respectivos cursos superiores.


Fig. 13 – A ativa colônia espanhola ofereceu e materializou sua perfeita integração em Porto Alegre por meio da doação da Fonte de Talavera. Inteligentemente a associou  às comemorações do Centenário da Revolução Farroupilha em setembro de 1935. Colocada no marco zero do Estado não escapou do vandalismo generalizado e teve de ser refeita posteriormente. Este vandalismo lembra e é índice também dos tristes acontecimentos que - no ano seguinte à sua inauguração - enlutaram a nação espanhola e suas tristes consequências totalitárias que não combinam, de forma alguma, com este povo trabalhador, integrado por tantas origens, e ao qual Porto Alegre tanto deve nas suas variadas expressões.

A administração da Prefeitura de Porto Alegre constituiu o seu Atelier Livre na década de 1960. Passou a funcionar efetivamente com um grande número dos formandos provenientes desta parceria de meio século com o IBA-RS. Certamente este fato revela mais uma faceta pouco conhecida e divulgada da política da prefeitura de Porto Alegre. O ideal no IBA-RS, cultivado com tanto esforço e persistência, orientou a persistência daqueles que trabalharam no esforço do projeto do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre e retribuíram com a sua qualificação e  experiência o investimento monetário do município.

O Salão de Outono de Porto Alegre, de junho e de julho de 1925, foi promovido pela iniciativa civil constituída em sociedade. As obras e eventos foram acolhidos no Salão Nobre do Prédio da Intendência municipal.


Fig. 14 – O viaduto Otávio Rocha, da Av. Borges de Medeiros,  é um índice visual das profundas cirurgias urbanas necessárias para  Porto Alegre que havia sido planejada para o pedestre e vagarosos veículos  de tração animal. As lojinhas - ao abrigo da arcada dos pedestres- constituem uma espécie de bazar muito anterior aos centros comerciais da atualidade.  O  visual dos viadutos, elevadas e vias expressas ainda carecem ainda  de um estudo abrangente e sério de sua estética, dos autores dos projetos,  recepção e uso pela população de Porto Alegre.

O artista plástico Francisco Bellanca (1895-1974) ingressou no quadro funcional da Prefeitura de porto Alegre antes deste Salão. Ele era estudante formado pela Escola de Artes do IBA-RS. O seu trabalho visual dar forma visual à prédios e as pontes do Arroio Dilúvio. Porém que idêntica qualquer papel prédio, serviço  ou simples documento é escudo de porto Alegre que ele desenhou.


Fig. 15 – A história da origem da heráldica de Porto Alegre, do seu uso e a fortuna da sua circulação, dizem muito da índole, da cultura e  dos interesses da média da população porto-alegrense. Poucos conhecem o nome dos seus autores, poucos questionam o seu uso obrigatório para identificações oficiais.   Poucos o associam aos Francisco Bellanca e Walter Spalding (1901-1976) como autores do desenho e escolha dos elementos visuais consagrada, em 1953,  pelo prefeito Ildo Meneghetti (1895-1980). Artista e historiador integram, em 2013, a massa anônima dos demais cidadãos. Eles não elaboraram este símbolo como obra para projetar, lucrar para os nomes individuais e o queriam coletivo como é usado e circula na atualidade. A maior polêmica surge quando alguém para e começa a se questionar em relação ao lema “Leal e Valerosa Cidade de Porto Alegre” com o qual o regime imperial distinguiu a cidade na sua resistência ao movimento Farroupilha. A polêmica não é menor na escolha e no uso  dos signos visuais e das próprias cores. Porém estas controvérsias, contradições e a sua administração são integrantes da índole, da cultura e  dos interesses do cidadão porto-alegrense. Ele  sempre possui o seu próprio contraditório quando alguém lhe apresenta uma tese, uma ideologia ou um projeto de qualquer natureza.

Não existe ainda uma documentação segura da produção visual daqueles egressos da Escola de Artes do IBA-RS e que atuaram na administração do município de Porto Alegre.  Labor visual como professores, técnicos administrativos com cargo efetivo ou contratados temporariamente.  Labor desenvolvido no âmbito do Centro Cultural do Atelier Livre da Prefeitura, na Usina do Gasômetro, no Museu do Trabalho, no Museu José Joaquim Felizardo além do magistério das Artes Visuais na rede de Ensino do município.

Fig. 16 – A  Praça Província de Shiga da cidade de Porto Alegre foi doado e mantido  pela silenciosa, operativa e alta civilização nipônica. Ele possui a ativa colaboração e presença dos técnicos administrativos da SMAM que o administram como um museu a céu aberto. Com horário de visitação, com uma vegetação de sua origem ele é cercado e protegido de eventuais vandalismos.  O seu usufruto remete ao mundo oriental no qual a Vida e a Arte trabalham num projeto de interação entre tempo e lugar e encontram equilíbrios entre contrários.

A intervenção foi também de projetos pessoais apoiados pela prefeitura de Porto Alegre.  É o caso de um outro egresso do IA-UFRGS, o artista Jorge Hermann, que desenvolveu um projeto no Parque da Redenção de profunda interação visual simbólica com os usuários deste espaço mantido pela Prefeitura. Neste ponto a experiência do Brique da Redenção é uma unanimidade dupla, tanto aos sábados como no domingo. Ali gostos multivariados, costumes discrepantes e economias de todos os níveis dos porto-alegrenses interagem com indígenas, artesanato, arte primitiva antiquários. Eles compõem, todos os fins de semana, um rico bazar a céu aberto e assim dão vida à metáfora de Platão relativa à democracia com suas tendinhas de todos os tipos de governo e que convivem em paz com as diferenças de todas as visualidades imagináveis. A Secretaria Municipal de Indústria e Comercio (SMIC) configura uma lógica visual no Bric da Praça da Redenção (Parque Farroupilha) em cujo terreno cria uma imagem destinada á uma comunicação coletiva eficaz para todos.

Porto Alegre é uma cidade de praças com os visuais mais variados e visualmente exóticos como aquela da Província de SHIGA. A Secretaria do Meio Ambiente mantém técnicos administrativos que trabalham em sintonia e acompanhamento do Consulado Japão.


Fig. 17 – A passagem da era industrial pela cidade de Porto Alegre deixou vestígios, ruinas e e signos que vão sendo reciclados para funções coerentes com a pós-modernidade. As artes visuais ganharam destaque neste processo. Na passagem da indústria para a pós-modernidade as artes visuais ganharam espaço e abrigo nestes lugares agora mais voltado para serviços. A antiga Usina de Eletricidade, o cais do Porto e o Museu do Trabalho próximos -  operantes na linha de montagem taylorista, que trabalhavam com o obsolescência programada de objetos, ferramentas e profissões humanas - agora estão reconvertidos para a vida, o lazer e a cultura. Esta passagem entre as duas infraestruturas produz dúvidas, ansiedades e experimentos que caracterizam qualquer mudança mais profunda que a humanidade enfrenta  ao longo do processo da transformação da Natureza em civilização. As incertezas sobre o novo caminho, os sobressaltos e o as recaídas na antiga mentalidade sã inerentes  a este processo.

A prefeitura de porto Alegre, por meio de sua Secretaria Municipal de Cultura (SMC) esta conferindo vida às Pinacotecas Aldo Locatelli e Ruben Berta. Ambas possuem acervos próprios e com espaços climatizados e periodicamente mostrados com curadorias temáticas. Os porões - da antiga prisão da delegacia de polícia que funcionou no prédio histórico - abrigam exposições com os representantes da novas gerações convidadas e promovida pelas Pinacotecas.

A administração da SMC pratica um ato simbólico e de estimulo reciproco ao destacar, por meio de uma comissão que confere o Prêmio Açorianos - para ações, obras e personagens de Porto Alegre. O ente municipal promove, assim, uma saudável circulação de valores sem se por como juiz de valores. Ao entregar isto à comunidade de artistas, críticos constrói uma oportunidade para que estes produtores culturais possam praticar o que Pierre Bourdieu perceber de que o verdadeiro público do artista é o seu concorrente. O mesmo estímulo vale para o concurso Sioma Breitmann, mantido e administrado pelo  poder legislativo da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Neste concurso público os profissionais de arte fotográfica e público poderão conhecer e avaliar as obras dos seus concorrentes.  Para socializar esta produção esta Câmara conta a galeria consagrada ao artista visual Clébio Sória (1934-1989)


Fig. 18 –  Um mural do artistas Carlos Scliar (1920-2001) encomendados e colocados no prédio histórico da Prefeitura de Porto Alegre. Encomendas de obras visuais encomendados pela administração municipal. Scliar lamentava,  em colóquio com o autor deste blog, a interrupção e falta de concursos com consequentes e continuadas encomendas que pudessem sustentar o projeto de dotar a cidade de uma visualidade, humanização e demonstrações de carinho para o espaço coletivo urbano.
Em Porto Alegre o enfrentamento da sua  Natureza entrópica necessita gerar, em primeiro lugar, um projeto civilizatório, digno deste nome. Esta Natureza rebela-se e ataca qualquer política, economia ou cultura incipiente. Esta rebelião e ataques ao  projeto civilizatório causa  sobressaltos e rupturas de projetos na sua raiz. Em segundo lugar a persistência e as renovadas investidas de culturas que se consideram hegemônicas encontram um terreno fértil na escravidão estética e vontade. Como se consideram eternos padrões do pensar, do sentir e do agir sempre estão prontos e dispostos a se associar com o primeiro mediador, atravessador e tutelador do poder local para exibir uma luzidia imagem construída, que constitui máscara e esconde mais uma dominação colonial. Porto Alegre nunca está livre destes dois males nas suas quatro  formas de administração da artes visuais.

Na visão de conjunto as Artes Visuais praticadas em Porto Alegre possuem as suas variadas origens, nos níveis e graus culturais mais ou menos elevados, os gostos estéticos e valores cultuais são provenientes de todas as etnias e de todo o planeta.  Diante deste rico conjunto seria um absurdo buscar - ou pior ainda - tentar realizar, uma unificação e linearidade eclética que este imenso conjunto. O maior elogio que as Artes Visuais podem receber é se constituírem em legitimas EXPRESSÕES da sua AUTONOMIA também na ARTE. Desconhecer ou desconsiderar esta condição seria cair numa administração homogênea que impõe um discurso e uma narrativa por cima e por fora. O agente municipal - que lida com as Artes Visuais - necessita de uma aguda atenção, de trabalho redobrado e meios adequados para a circulação desta maneira múltipla de harmonizar Vida e Arte praticadas em Porto Alegre.


Fig. 19 – A cidade  de Porto Alegre ficou conhecida mundialmente pelas imagens do seu Fórum Mundial agitando a utopia de um Mundo Melhor Possível.  Os seus organizadores encontraram multidões que aderiram espontaneamente e desinteressadamente a este projeto. Sem personalizar, sem estrelismos e  profunda paixão coletiva certamente constituem o rumo de um planeta que  pode abrigar cada vez mais gente. Evidente que este projeto está além da Natureza dada à criatura humana. Este projeto coletivo não nasce - nem prospera e nem se reproduz - sem que cada qual o conheça, o eleja como seu e passe  a agir nele de uma maneira coerente.

Mesmo o autor, da presente narrativa, não pode furtar-se ao cultivo  do hábito da integridade intelectual para não resvalar para uma narrativa por cima e fora. Ele necessita reconhecer que textos - como este mesmo que o leitor esta conferindo agora - são abomináveis quando possuem a ambição de serem narrativas gerais. Não passam de molduras. Contudo traçam limites e competências. Competências que ressentem do autêntico e da carência do empírico e da especificidade. Na posição contrária é necessário concordar com quem possui o geral possui também uma condição privilegiada para apreciar o sentido da especificidade e do particular que compõe a visão de conjunto. Ao mesmo tempo,  por limitado e restrito que seja o objeto das Artes Visuais, elas sempre carregam um imenso universo das quais  possuem origem e das quais são tributárias no seu pequeno e frágil mundo material. O autor deste blog também reconhece eventuais equívocos, esquecimentos e reducionismos próprios de conceitos inerentes e veiculados a este processo numérico digital. Diante destes argumentos e limites vai o convite ao eventual leitor para que ele refaça, critique e complete aquilo de que as obras das artes visuais são portadoras. Busque dominar nas suas narrativas gerais, o halo que numa obra de arte não aparece e que pode reduzi-la a um objeto carente de um sentido civilizatório.


Fig. 20 –  No palco do Teatro Renascença do Centro Cultura os contemplados com o prêmio Açorianos Saiu ganhando o arista, os seus coletivos, o júri e a própria administração da Prefeitura de porto Alegre não ficou indiferente as esforços daqueles que teimam em dar o melhor de si mesmos.
Assim esta postagem convida o seu leitor a despir-se de todos os preconceitos adquiridos em culturas alheias e que praticam a hegemonia estética. Livre desta heteronomia o convite se dirige ao espectador a conferir caso a caso, com os próprios olhos e mente aberta, aquilo que o poder municipal de Porto Alegre já realizou e continua a propor e a realizar.

Esta compreensão, diálogo é um convite -  tanto para o apreciador como o produtor de arte em Porto Alegre  - perceber-se como cidadãos e passarem a circular livremente por tão diversificados ambientes, obras e personalidades. Muitos e variados estudos já foram realizados no passado como estão pleno curso que possuem como foco política e a administração das Artes Visuais, praticadas pela prefeitura de Porto Alegre. Estes estudos buscam a essência do projeto civilizatório deste município. Estudos que, na sua forma propositiva, conferem uma oportunidade para os ambientes, as obras e os agentes - envolvidos nesta política municipal voltada para as Artes Visuais – tornam-se históricos.


Fig. 21 – Contraste entre a civilização e a barbárie em Poro Alegre em julho de 2013. Enquanto civilizados pedestres, apreciadores e de pintores de rua expõe as obras são visíveis os sinais da barbárie nos vidros resultantes dos impactos de objetos jogados contra um prédio situado na Rua da Praia. Uma civilização, uma política e um estado resultam de um projeto que ultrapasse a Natureza dada e entrópica. A criatura natural sentirá um mal estar em qualquer lugar e tempo se erguer uma forma de civilização humana. O porto-alegrense  sabe destes abismos que o cercam e busca entendê-los e reagir da forma mais coerente possível.

Em resumo é possível afirmar que o ente municipal de  Porto Alegre  possui e reproduz nas artes visuais que administra a origem do seu poder que é o seu cidadão. Este ente sabe encontrar o denominar comum na diversidade visual, estética e econômica deste cidadão. Sabe também de que a arte está em quem a produz. Esta produção encontra-se em constantes mudanças, motivações e acúmulos que são administrados no compete ao ente municipal sem que este os racionalize e a fixe num tipo único e que ele impõe de forma linear com peso do seu poder. É evidente também que em Porto Alegre proliferam e continuam a imperar exemplos em contrário. Exemplo contrário que resultam dos profundos hábitos da heteronomia colonial e das aparentes facilidades da escravidão voluntária cultivada. No entanto o paradigma do bazar com que Platão caracterizou o regime democrático ainda impera também nas artes visuais de Poro Alegre. Democracia visual que desespera os totalitários e os marqueteiros. Estes adoram um tipo visual único e que trabalham, com todas as suas energias, para  reproduzi-lo por meio de num molde linear, unívoco e eterno.

Fig. 22 – A mesma urgência do pedestre, da fig. 06, diante do prédio histórico da prefeitura de Porto Alegre que ostenta o banner da exposição da pintora Magliani. Esta artista levou ao Centro do país as experiências e as urgências adquiridas na sua formação erudita e trabalho em Porto Alegre  A Pinacoteca Aldo Locatelli em parceria com o marchand Renato Rosas produziram uma bela retrospectiva na qual 51 colecionadores reuniram da obra da artista e lançaram o catálogo:
ROSA, Renato et  alii .MAGLIANI A solidão do corpo Porto Alegre : Pinacoteca Aldo Locatelli-Prefeitura de Porto Alegre   2013 , s/p. il col.


As fontes bibliográficas e virtuais, a seguir, são apenas uma despretensiosa tabuleta de algumas sendas já exploradas entre as muitas a serem visitadas, avaliadas e transformadas em mapas e documentos universais.

Fontes bibliográficas sobre

ARTES VISUAIS em PORTO ALEGRE

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--------------- Fontes d’Art no/au Rio Grande do Sul. Porto Alegre : Artfolio, 2009, 210 p. : Il



ATELIER LIVRE: 30 anos. Porto Alegre : secretaria municipal de cultura/  Coordenação de Artes Plásticas.    

       1992, 100p

DAMASCENO. Athos. Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, 520 p

 __________Colóquios com minha cidade. Porto Alegre : Globo, 1974,  203 p..

-------------------Jornais críticos e humorísticos de Porto Alegre no século XIX -  1944

-------------------Fotógrafos em Porto Alegre no século XIX  1947

-------------------Imprensa caricata do Rio Grande do Sul no século XIX  1962

-------------------O Carnaval porto-alegrense no séc. XIX 1971



DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Porto Alegre 1900-1920: estatuária e ideologia. Porto Alegre : Secretaria Municipal de Cultura, 1992, 102 p. il.

__________Porto Alegre(1898-1920): estatuária fachadista e monumental, ideologia e sociedade. Porto Alegre : PUC-IFCH, 1988, Dissert 208 f..

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GUIDO Ângelo (GNOCCHI) (1893-1969). «Pedro Weingärtner, pintor romântico» in Revista do Globo: Porto  

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       Canoas : La Salle, 2º vol, pp.115-141.



KRAWCZYK , Flavio O espetáculo da legitimidade: os salões de artes plásticas em Porto Alegre 1875-1995 Porto Alegre: programa de Pós Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS Dissertação orientação Avamcini, José Augusto Costa, 1997, 416 – Bibliografia fls 387-416

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PETTINI Ana Luz e KRAWCZYK, Flávio Pinacotecas ALDO LOCATELLI e RUBEN BERTA:  acervo artístico da Prefeitura de Porto Alegre - Porto Alegre : Pallotti, 2008, 216 p.il color



PRESSER, Décio et ROSA, Renato.  Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do 

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          contribuições na constituição de expressões de autonomia no sistema de artes visuais do Rio Grande do Sul. Porto Alegre : PUCRS: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Tese 2002. 561 f.



TELLES, Leandro Silva. Manual do patrimônio histórico. Porto Alegre :  EST/UCS. 1977 123 p.


Fontes numéricas digitais sobre

ARTES VISUAIS em PORTO ALEGRE.



ARTES VISUAIS em PORTO ALEGRE imediatamente anteriores da REVOLUÇÃO de 1930




ARTES VISUAIS em PORTO ALEGRE entre 1930- 1945




ARTES VISUAIS em PORTO ALEGRE após1945




ASSOCIAÇÃO ARAÚJO-PORTO - AAPA




ASSOCIATIVISMO dos ARTISTAS VISUAIS em PORTO ALEGRE




BAKOS Margaret Marchior i -Marcas do Positivismo  no governo municipal de  porto Alegre




CÂNDIDO JOSE de GODOY 1958-1946 e o período 1908-1913 da URBANIZAÇÂO de Porto Alegre




CARLOS BARBOSA GONÇALVES: o PALÀCIO  PIRATINI e MONUMENTO a JÚLIO de CASTILHOS





CRAVOTTO e o URBANISMO em PORTO ALEGRE

http://www.anparq.org.br/dvd-enanparq/simposios/34/34-311-1-SP.pdf



CURSOS SUPERIORES de ARQUITETURA e URBANISMO do IBA-RS







ILDEFONSO AREZTEGUI (1916-1988) arquiteto




INSTITUTO CULTURAL EMÌLIO SESSA - ICES




INSTITUTO de ARTES – UFRSG Arquivo e Acervo Pinacoteca




Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda – José Marcelino Figueiredo 1735-1814




MINISTÈRIO das ARTES




MUSEU do TRABALHO




PALÁCIO PIRATINI e o CICLO do NEGRINHO dos PASTOREIO de Aldo LOCATELLI




Parque da REDENÇÂO e o artista Jorge Hermann







PINACOTECAS ALDO LOCATELLI e RUBEN BERTA


PINACOTECA COMO DEVE SER:




PODER LEGISLATIVO memorial e a visualidade de PORTO ALEGRE


História e atribuições municipais


Concurso Sioma Breitmann




Praça Província da SHIGA




PRÊMIO AÇORIANOS




PRIMEIRA HIDRÁULICA de PORTO ALEGRE




 Revista Máscara




Tasso Bolívar TASSO CORREA




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