sábado, 8 de setembro de 2018

244 – ESTUDOS de ARTE


PORTO ALEGRE e suas REPRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS. Os ARTISTAS que muito ou POUCO  “OLHARAM” para a CIDADE.
Fig. 01 –   A pratica da PINTURA ao AR LIVRE ou “PLEIN AIRE”[1] em PORTO ALEGRE por uma turma da ESCOLA de ARTES do IBA-RS posicionada onde hoje é o Hospital Espirita conforme o testemunha de Olga Paraguassu uma das participantes deste experiência Esta foto faz parte da Matéria da REVISTA da GLOBO ano 1 nº 001  de05.01 1929

SUMÁRIO
01 –  A "IMAGO"no LUGAR daquilo que NÃO EXISTE MAIS    . 02 – A  PAISAGEM NASCE TARDIAMENTE nas ARTES VISUAIS de PORTO ALEGRE   03  – CARACTERÍSTICAS da PAISAGEM  de PORTO ALEGRE   . 04 Os PINTORES de PORTO ALEGRE anteriores à FOTOGRAFIA  - 05 O ATELIER RECEBE a FOTOGRAFIA e a PINTURA torna-se AUTÔNOMA–06- ? De que  PORTO ALEGRE estamos falando?. 07 A PINTURA ao AR LIVRE em PORTO ALEGRE  08 –  Os TEMAS RECORRENTES dos PINTORES de PORTO ALEGRE 09 -  -  Os PINTORES de DOMINGO de  PORTO ALEGRE. 10 – A PAISAGEM de PORTO ALEGRE entre o “OLHAR” e o “VER”  11 - Com a IMAGEM NÃO SE DISCUTE  : -12 –A LOGISTICA da MEMÒRIA da PAISAGEM de PORTO ALEGRE-  FONTES BIBLIOGRÁFICAS e DIGITAIS

01 A  “IMAGO” no LUGAR daquilo que NÃO EXISTE MAIS.
 A “IMAGO” era aquela tabuleta pintada, na técnica de encáustica, com o retrato do falecido romano e que substituía a tradição egípcia dos caros e demorados processos de embalsamento dos mortos quando Roma conquistou o vale do rio NILO.
No caso da PINTURA da PAISAGEM ocorre algo semelhante.  A OBRA VISUAL FIGURATIVA substitui algo que não existe daquilo que meio urbano transformou e já não existe mais  do mundo natural.
Assim a PINTURA da PAISAGEM por si mesma  e com estatuto autônomo é algo recente posterior ao Renascimento italiano e paralela à crescente urbanização europeia que destruiu a paisagem rural.


[1] A pintura « PLEIN AIR »  https://es.wikipedia.org/wiki/Plenairismo

Fig. 02 –   A paisagem de PORTO ALEGRE de Jean Baptiste DEBRET e que ele denominou como sendo PARANAGUÀ.. O equivoco foi desfeito por várias pesquisas como a de  MELLO[1]  

02 – A  PAISAGEM NASCE TARDIAMENTE nas ARTES VISUAIS  de PORTO ALEGRE.

Em Porto Alegre não existem registros de PAISAGENS até a época da independência do Brasil. A sua prática se instalou com passagem e a vinda de pintores europeus. No Brasil a Missão Artística Francesa  a introduziu gradativamente com  as lições, técnicas e obras e a legitimou como um dos "gêneros" nos Salões oficiais de Artes Visuais.
De outra parte a prática do “PLEIN AIRE” ganhou impulso com as tintas fornecidas em bisnagas comerciais principalmente a partir do Impressionismo Francês, um movimento estético que se originou  e se afirmou com a PINTURA ao AR LIVRE.


[1] MELLO, Bruno César Euphrasio deA cidade de Porto Alegre entre 1820 e1890: as transformações físicas da capital a partir das impressões dos viajantes estrangeiros” [ dissertação: Orientação de SOUZA, Célia Ferraz de} Porto Alegre: Faculdade de Arquitetura das UFRGS. 2010, 213 fl. Il. 30 cm https://www.archdaily.com.br/br/01-8843/lancamento-do-livro-porto-alegre-1820-a-1890-aspectos-urbanisticos-atraves-do-olhar-dos-viajantes-estrangeiros-de-bruno-cesar-euphrasio-de-mello-porto-alegre-rs

Fig. 03 –   Francis PELICHEK praticando a pintura da paisagem ao AR LIVRE  .. Ao mesmo tempo pede que alguém  capte a cena numa imagem numa câmara fotográfica da sua propriedade .  Pelichek foi aluno da Escola  de Arte de Praga, foi ator de filmes mudos  tchecos e em Porto Alegre, ganhava a vida como ilustrador de revistas e de livros, além de professor da Escola de Arfes  Nas horas vagas pintava, expunha  e vendia suas pinturas e desenhos.

A antiga e tradicional CÂMARA ESCURA deu origem gradativamente fotografia. Esta se tornou estável  quando a Química desenvolveu  produtos foto-sensíveis que emulsionavam chapas de vidro. As primeiras imagens fixadas, por este processo, são paisagens rurais e urbanas.
Os primeiros estúdios fotográficos de Rio Grande e Porto Alegre são também ateliers de pinturas. Assim estes ateliers irão fixar aspectos importantes da paisagem urbana de Porto Alegre da segunda metade do século XIX[1].  


[1] DAMASCENO. Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, 520 p
--------------------Fotógrafos em Porto Alegre no século XIX  1947

Fig. 04 –   O quadro de  Pedro WEINGÄRTNER, do ano de 1911, denominado de “ MARICÀS  faz uma espécie de arqueologia da paisagem ANTES de PORTO ALEGRE. No entanto além das primorosas qualidades pictóricas desta obra ela chama atenção para  tema e a paisagem  do PARQUE do ESTUÁRIO formado pelas ILHAS FONTEIRAS da cidade são pouco notadas e incluídas  no repertório da PAISAGEM da capital sul-rio-grandense.

03  – CARACTERÍSTICAS da PAISAGEM de PORTO ALEGRE .
 Albert Camus denominou Porto Alegre como mais um  LUGAR de uma CIVILIZAÇÂO num BANHADO”. Ele havia feito uma palestra no Instituto de Belas Artes[1], em 1947, vindo de um giro pela América do Sul.
Aparentemente como um desabafo de um francês existencialista, cansado da viagem, ele inclui Porto Alegre entre cidades como Veneza, Amsterdam, Londres, Hamburgo ou São Petersburgo.
Muito antes de Camus o pintor Pedro WEINGÄRTNER pintou, em 1911,  os seu quadro “MARICÁS[2]. A união entre a ATMOSFERA, a ÁGUA e A VEGETAÇÃO compõe as  CARACTERÍSTICAS PAISAGÍSTICAS de PORTO ALEGRE.  A ATMOSFERA  saturada de vapores suspensos no ar formam um prisma no qual os raios solares se fragmentam em milhares e inesperadas gamas de cores


[2]MARICÁS”,1911 - O CENTENÁRIO de uma PINTURA  http://profciriosimon.blogspot.com.br/2011/12/isto-e-arte-016.html
Fig. 05 –   A luz solar incide num ângulo inclinado sobre a paisagem de PORTO ALEGRE. A densa atmosfera, carregada de umidade, faz o papel de prisma que separa as cores desta luz solar.. Assim esta densa atmosfera de Porto Alegre - situado no paralelo 30º Sul e carregado da evaporação das águas que cercam a cidade - propicia uma atmosfera com matizes em constante mutação e que chegam aos espetaculares nascer e Por do Sol. 

Este prisma gera os múltiplos e inesperados os decantados espetáculos do NASCER e do POR do SOL em Porto Alegre. Porém um olhar atento e acostumado percebe estas mesmas nuances nas sombras coloridas, nos reflexos e num SOL atenuado por estas camadas de ATMOSFERA saturada de umidade. Se há queixas com os ardores estivais de Porto Alegre e dias frios e úmidos de inverno, existe a compensação do espetáculo das luzes, dos reflexos das cores e seus matizes de infinitas cambiantes.
Fig. 06 –   A  atmosfera de PORTO ALEGRE facilita  e medeia o reflexo e projeção das cores sobre superfícies de objetos que lhe são adjacentes . Estes reflexos são capazes, inclusive,  de tornar azuis celestes as águas do GUAIBA normalmente carregadas de detritos das erosões dos  cursos de agua que escorrem entre o arquipélago das ilhas preservadas.

A ÁGUA  abriga todas as formas primárias da vida e as alimenta de uma forma constante e continuada. A VEGETAÇÂO dos MARICÁS e a VIDA se levando e se expandindo para além deste condicionamento.
           Na verdade o atual terreno de Porto Alegre era o fundo de um lago cujas aguas escoavam para o oeste em direção o Rio Uruguai até o momento de se romper a barreira de elevações e cujos vestígios são visíveis nos morros que estreitam o canal do Itapuã. O centro de Porto Alegre está numa cota de 4 metros acima do nível do mar
Giovanni FALCONE, - Professor da Escola de Agricultura e Viticultura de Taquari - Guaíba-S/d. ..óleo sobre tela 95,0 x 197,0 cm
Fig. 07 –  A  paisagem de PORTO ALEGRE por Giovanni FALCONE[1]  Athos Damasceno dedica ao  italiano um estudo (1971, pp,302- 305)[2] muito atento.  Como professor ensinou  em várias escolas inclusive teria sido convidado para o primeiro curso superior do  Rio Grande do Sul que foi a Faculdade no de Agronomia de Taquari cuja estrutura institucional nunca chegou  a prosperar[3]

04       Os PINTORES de PORTO ALEGRE anteriores à FOTOGRAFIA

Não há registro de paisagens de Porto Alegre ao longo do REGIME COLONIAL.
Com a Abertura dos Portos, em 1808 , com a MISSÃO ARTISTICA FRANCESA, em 1816, os sucessivos viajantes científicos, comerciais, militares, curiosos, repórteres e pesquisadores começaram a ter POTO ALEGRE como  um dos seus pontos nos roteiros. Entre eles estavam artistas que procuravam mercado para a sua produção artesanal e  na busca de transmitir algo para eventuais interessados.
São estes que o jovem Manuel Araújo encontra em Porto Alegre e com os quais começa os rudimentos da perspectiva e do desenho além de cenários, pinturas decorativas para uma eventual atividade cênicas ou peça teatral.
Os gravadores que a Missão Artística trouxeram conhecimentos e técnicas  de Paris que começaram a usar para multiplicar as obras originais dos seus mestres.


[2] DAMASCENO. Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, 520 p

[3] Escola Superior da AGRICULTURA e VITICULTURA de TAQUARI http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/escagtaq.htm

Otto DINGER (1860-1928)  As lavadeiras da Praia do Riacho, óleo sobre tela, 1899.
Fig. 08 –   As lavadeiras na desembocadura do Riacho Dilúvio no final do século XIX faziam parte da  paisagem de PORTO ALEGRE desde a vinda dos primeiros casais açorianos em 1752. Juntavam-se aos primeiros abrigos do Porto do Ornelas  Com o aterro esta parte é o local da Avenida Loureiro da Silva entre Colégio Parobé  e os prédios que vão até Câmara Municipal

04– O ATELIER RECEBE a FOTOGRAFIA e a PINTURA torna-se AUTÔNOMA
Os artistas procuravam mercado em PORTO ALEGRE  para a sua produção artesanal acolheram a MÁQUINA FOTOGRÁFICA com a qual buscavam transmitir algo para eventuais interessados[1].
Manuel Araújo Porto-alegre veio conhecer Jean Baptiste DEBRET cujas obras originais foram multiplicados por meio da GRAVURA IMPRESSA  que os gravadores que a Missão Artística haviam trazido de Paris. Foi o próprio Manuel Araújo que fez, em 1857, o elogio da fotografia na condição de diretor da Imperial Academia de Belas Artes. Interrogava, além disto,  o que os artistas fariam se a fotografia s tornasse colorida o que de fato ocorreu, em 1863, com as pesquisas de Maxwell.
As ARTES VISUAIS encontraram o caminho de  retorno da “PINTURA como COISA MENTAL”. O Impressionismo, o Pós-Impressionismo e principalmente as tendências estéticas, do inicio do século XX, estava voltados para “PINTURA como COISA MENTAL”.. Com o conceito da “TINTA sobre uma SUPERFICIE”, esta “SUPERFÌCIE como SUPORTE de CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS" ou então esta “SUPERFICIE como SUPORTE de SIGNOS ONÍRICOS  reconduziram para retorno para sua origem.
VEECK, Marisa - Caixa Resgatando a Memória. Fotos Fernando ZAGO Porto Alegre : Caixa Econômica Federal, 1998,  163 p.
Fig. 09 –   A obra de Oscar BOEIRA (1883-1943) fixa os arrabaldes de Porto Alegre e a atmosfera colorida que envolve esta paisagem de PORTO ALEGRE. Talvez o artista sul-rio-grandense mais sensível a estes matizes e tons e competente para construir uma sólida obra plástica com a sua palheta coerente com as suas aguçadas percepções visuais

Em síntese é possível afirmar que a FOTOGRAFIA deu condições para a PINTURA se tornar autônoma e livre
Esta liberdade e autonomia repercutiram em Porto Alegre na obra de Oscar Boeira. Este transcendeu a imagem mecânica da MÁQUINA FOTOGRÁFICA por meio das suas preciosas tintas sobre a superfície de um quadro coberto com os mais surpreendentes matizes. 
A paisagem, a atmosfera, as suaves elevações, a vegetação e as intervenções e a própria figura humana receberam em Porto Alegre permitiram as mais variadas expressões sobre a superfície de um quadro. No início do século XX o deputado italiano, Vittorio Buccelli em visita a Porto Alegre, encantou-se especialmente com a paisagem de Belém Velho e sua periferia que ele recomendou como um novo tema aos pintores italianos e alternativa das sua obras batidas e repetidas.

BUCCELLI, Vittório (1861-1929) - Uma Viagem ao Rio Grande do Sul; .Brasília:  Senado Federal Conselho Editorial, 2016,  580 p.
04– ? De que  PORTO ALEGRE estamos falando ?.

 Antes de prosseguir há ‘necessidade de perguntar  ? De que  PORTO ALEGRE QUERMOS FALAR e VER a sua IMAGEM?. Temos a Porto Alegre urbana e rural, a dos morros e das planícies secas e dos banhados,  a das rochas e a aquática, a de 1929 e 2018, além das 100 favelas, mocambos e malocas  intercaladas nos bairros nobres..
Fig. 10 –   A diversidade da paisagem de PORTO ALEGRE apresenta contrastes flagrantes entre áreas rurais, áreas preservadas e as urbanas intensamente ocupadas  Assim é sempre importante salientar de que PORTO ALEGRE estamos falando. Além do mais a capital do Rio Grande do Sul conta com uma centena de favelas[1], mocambos ou malocas[2] horizontais e verticais.   

Além desta variedade da paisagem, de Porto Alegre, ela recebeu as mais intensas e variadas expressões pessoais dos artistas. Expressões que testemunham as vivências, as percepções e as competências dos artistas em dar FORMA a estes níveis conceituais, os repertórios e as vivências pessoais dos seus autores.
Assim a paisagem Porto Alegre teve interpretes de altíssimos níveis intelectuais e estéticos se confrontando as mais ingênuas, intuitivas e diretas.  
Planta geral do município de Porto Alegre: João Moreira Maciel, ano de  1919.
Fig. 11 –   Os distritos  de PORTO ALEGRE do ano de 1919 mostram no lado leste do Guaíba a parte da região urbana (círculo amarelo) a área indústria ( circulo vermelho) a área rural ( círculo marrom) e a área preservada (círculo verde) No lado Oeste estão o 7º, 8º e 9º distritos que atualmente são ocupados pelos município de Guaíba, Barra do Ribeiro entre outros

Os altíssimos níveis intelectuais e estéticos de Oscar Boeira (fig. 09)   conduziram as práticas das preciosas tintas sensíveis aplicadas em  pinceladas para constituir uma imagem de uma paisagem cheia de uma transcendência estética universal sem perder a sua referência local. Esta obra se confronta com uma legião de pintores de domingo que  produzem paisagens de Porto Alegre com os meios mais ingênuos, intuitivos e diretos que indicam o simples prazer de pintar, de gravar ou usufruir do gosto de materializar um tema que lhes é caro e familiar ao se repertório. Assim uma gravura de Anestor TAVARES (fig. 18)    ganha força própria,  sentido e legitimidade na ARTE . 


04- A PINTURA ao AR LIVRE em PORTO ALEGRE.

A prática da PINTURA ao AR LIVRE ou  “PLEIN AIRE” teve plena vigência  em PORTO ALEGRE  Praticada isoladamente ou grupos tinha função em si mesma ou eram apontamentos para trabalho posterior no atelier. Para muitos um simples passatempo. Para outros uma forma profissional com posterior exposição pública e mercado de Arte.
Fig. 12 –   A vida do pintor paisagem nem sempre era silenciosa e segura.  O artista Francis Pelichek - que se orgulhava das armas de fogo produzidas pelos se patrícios tchecos - registrou, nos seus diários[1],  um momento em que o gaiato a tira das suas concentração estética. .. Evidente que o artista gostava do barulho, da boemia e das intrigas que ele transformava em propaganda, marketing e projeção de sua obra.

O pintor profissional e erudito Francis PELICHEK levou o “PLEIN AIRE” mais longe em Porto Alegre. Este pintor tcheco com formação acadêmica em PRAGA,  percorreu o Rio Grande do Sul levando esta prática de Porto Alegre para Torres e para a serra sul-rio-grandense e fixando as suas  paisagens.
Fig. 13 –   A paisagem ampliada do artista Libindo FERRÁS exposta num parque  de PORTO ALEGRE.. Instalação de rua  típica da ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL cuja característica é o espaço simbólico e a memória alimentados pelo marketing e a propaganda,, Esta operação se vale tanto dos produto da ERA INDUSTRIAL como do artesanato da ERA AGRÍCOLA

08 -  Os TEMAS RECORRENTES dos PINTORES de PORTO ALEGRE

 Na afirmação do fazer artístico o estimulo reciproco fez com que os PINTORES de PORTO ALEGRE buscassem TEMAS RECORRENTES nos QUAIS buscavam tanto um repertório comum como também podiam medir as diferenças conceituais, técnicas e estéticas.
Fig. 14 –   Francis PELICHEK já no primeiro ano de sua estadia em  PORTO ALEGRE descobriu a PONTE de PEDRA  .  Assim a registrou entre aguadas e pinceladas de gauche. Obtém por estes meios visuais a junção entre terra, água e  atmosfera  nos quais situa a vegetação,  prédios, barcos e gente.

Assim o tema da PONTE do RIACHO DILÚVIO foi realizado com tinta á óleo, aquarela, lápis ou então  nos enquadramentos os mais insuspeitos e criativos. Se para estes artistas o tema da PONTE era comum a todos,  as variantes estéticas deveriam pautar a originalidade. As fluidas manchas cromáticas de alguns era contraposto pela construções lógicas como a Ponte da obra de Ado Malagoli  (fig. 16).
Fig. 15 Libindo Ferrás expõe no Salão da ESCOLA de ARTES do IBA-RS de 1929[1]  outra versão da Ponte de Pedra vista praticamente do mesmo lugar da obra de 1922 de PELICHEK. Esta pintura de Libindo constou como  ILUSTRAÇÂO COLORIDA  AVULSA  no CATÀLOGO da Exposição  e capa da  REVISTA da GLOBO -Ano I - nº 23  14.12.1929

 As variadíssimas obras pictóricas da PONTE do RIACHO são testemunhos dessa afeição que estre equipamento urbano recebeu,  culminaram na  museificação” desta construção quando ela perdeu a sua função devido a retificação do Arroio Dilúvio deixou de passar entre os seus três arcos.
Fig. 16 –   O pintor e professor Ado MALAGOLI (1908-1994) construiu  a imagem da PONTE de PEDRA  com espessas camadas de pigmentos aglutinados com tintas a óleo. A superfícies de quadro  recebeu duras e solidas estruturas geométricas  com limitam a sua construção plástica. Estes elementos estéticos reforçam, certamente,  a percepção desta sólida obra urbanística e viária  

Outro elemento visual, que chamou a atenção dos artistas, foi o limite entre o mundo da  terra e o mundo da água em Porto Alegre. O  caprichos e em constante movimento da água gerou o forte e continuado fluxo das margens. Fluxo fixado no cais do porto e nos armazéns que tiveram os mais variados registros como do pintor catalão MARISTANY de TRIAS (fig. 17) ou pelo alemão Otto DINGER (fig. 08) em Porto Alegre
De outra parte a própria denominação “ Porto Alegre” induziu e motivou e preferir este tema para registra este limite entre o mundo da água e da terra firme.
Fig. 17 –   A paisagista Luís MARISTANY de TRIAS (1897-1964) era originário de Barcelona onde registrou, nas sua pinturas europeias,  uma atmosfera e as cores semelhantes  com as condições PORTO ALEGRE.. Dedicado a observar e registrar esta passagem entre a terra firme  o meio líquido envoltos numa luz que se quebra tanto na atmosfera saturada como  sobre qualquer objeto projetando e desenhando sombras coloridas

         No contraponto há necessidade de se dar conta de que em Porto Alegre há  TABUS VISUAIS que mereceram poucas imagens. De uma forma geral são os temas que cercam a doença, a morte ou do poder despótico daquilo que já vencido e se tornou obsoleto na memória publica. Assim não se encontra imagens do Pelourinho de Porto Alegre derrubado e escondido com a Independência do Brasil. Não há imagem da forca nem do cemitério que cercava a primitiva Matriz da capital. Como são muito raras as imagens de algum hospital como da Santa Casa ou da Roda dos Inocentes
VEECK, Marisa - Caixa Resgatando a Memória. Fotos Fernando ZAGO Porto Alegre : Caixa Econômica Federal, 1998,  163 p.
Fig. 18 –   A gravura de Anestor TAVARES (1919-2000) evoca fragmentos da paisagem de PORTO ALEGRE na  razão maior de ser da cidade expressa no movimento do ambiente do cais.  .. A capital do Estado do Rio Grande do Sul conquistou este equipamento e a o transformou ao nível  de um ativo porto oceânico como mostra a xilografia.

Sobram imagens que envolvem bens matérias, igrejas ou patrimônio inclusive fotos de lotes de escravos apresentados como “PEÇAS” para venda no mercado. “PEÇAS” que eram proibidas de sorrir para a lente do fotógrafo.
De outra parte o simples prazer do olhar, o voyeurismo[1] e a mimesis[2] enchem  papeis de desenhos, telas com as mais esplêndidas cores, paredes, gravuras e fotografias sem que estas expressões mereçam a categoria de “OBRAS de ARTE”. Assim Porto Alegre possui legiões de “PINTORES de DOMINGO” e cujas obras passam ao mundo do artesanato, da decoração e do “déjà vu[3].  Neste caso o “voyeurismo”, a “mimesis” e o “déjà vu” constituem FINS que impõem apenas FORMAS FÌSICAS VISUAIS que se  bastam a SI MESMAS.
Neste processo o artista - ou seu espectador - não possuem e nem exercem o direito de um filtro de AUTONOMIA para DELIBERAR e DECIDIR em relação a este fluxo de informações visuais. Fluxo que lhes é imposto pela tradição, pelo peso do mercado ou pela hegemonia de um curador onipotente. Tanto o pretenso artista, como o iludido  espectador e o malicioso curador transformam em mercadoria, fetiche ou instrumento de poder a pretensa obra de arte.
Fig. 19 –   José de FRANCESCO (1895—1967) foi um empresário de PORTO ALEGRE na distribuição de filmes no Rio Grande do Sul. Para tanto editava e imprimia duas revisitas e fazias os cartazes dos filmes  para as fachadas dos cinemas. Nas horas vagas pintava.. Assim interpretou um desfile militar e uma festa popular realizado na sua infância na Praça da Matriz de Porto Alegre [1]

04-  Os PINTORES de DOMINGO de  PORTO ALEGRE.

A separação entre PROFISSIONAIS e AMADORES da PINTURA DE PAISAGEM de PORTO ALEGRE concebeu a categoria dos “PINTORES de DOMINGO de  PORTO ALEGRE”. Este alfinete conceitual resultou de FILTRO CONCEITUAL que lhes foi imposto pela tradição de uma determinada época
No Brasil esta época resultou das lições, mal assimiladas, da MISSÃO ARTÍSTCA FRANCESA[2]. A PINTURA de PAISAGEM e da “NATUREZA MORTA” eram vistas, no breviário desta tendência estética, como PINTURA de gênero e inferior a PINTURA da HISTÓRIA[3].
 Este HEGEMONIA da PINTURA da HISTÓRIA explica por que muitos pintores e artistas visuais olhassem sem a menor motivação para paisagem de Porto Alegre. Envolvidos pela pintura histórica, sacra e utilitária poucas atrações encontravam na PAISAGEM de PORTO ALEGRE pois lhes aplicavam o alfinete de um gênero inferior de PINTURA.


[1] FRANCESCO, José de. Reminiscências de um artista. Porto Alegre; s/editora. 1961

[2] LEIA o TEXTO da CARTA de LE BRETON ao CONDE da BARCA  em::

Fig. 20 –    O pintor e historiador de Arte ÂNGELO GUIDO (1893-1969)  captando um dos momentos  da densa atmosfera de PORTO ALEGRE. Com o tema  do espetacular Por do Sol ele  registra nas sua “manchinha”  os matizes de uma atmosfera carregada da evaporação das águas que cercam a cidade em constante mutação e -situado no paralelo 30º Sul.

10-  Entre o “OLHAR” e o “VER” a PAISAGEM de PORTO ALEGRE.
 As técnicas, os equipamentos, e mesmo os conceitos, são relativos.  Existem verdadeiros desastres visuais tanto na PINTURA da PAISAGEM de PORTO ALEGRE como na GRAVURA ou FOTOGRAFIA.
Para superar estas catástrofes visuais vale o pensamento de Paul KLEE de que “A FORMA é MORTE da ARTE[1] na antítese da tese  de Herbert READ “A ORIGEM das FORMAS em ARTE[2]. Na síntese de que   a “ARTE ESTA EM QUEM PRODUZ  e NÃO QUE PRODUZ” na expressão de Aristóteles[3].
Evidente que a FORMA é o TESTEMUNHO SENSÍVEL da VIDA de QUEM PRODUZ a ARTE e do seu MEIO SOCIAL, ECONÔMICO e TÉCNICO. Dai o cuidado na FORMA como ÍNDICE eficiente e competente tanto na PRODUÇÃO como PERCEPÇÃO[4] daquilo que se pretende como OBRA de ARTE. No entanto esta FORMA não pode mentir ou iludir. Tanto para QUEM PRODUZ a OBRA de ARTE como aquele que a RECEBE vale o principio do HABITO da INTEGRIDADE INTELECTUAL, MORAL e ESTÉTICA.  QUEM PRODUZ ou APRECIA uma PINTURA não pode ser desviado da verdade de que se trata de uma superfície coberta ou não com TINTAS. Para QUEM elabora  ou aprecia um FILME sabe que são 24 IMAGENS por SEGUNDO ao longo de todo tempo. Para QUEM escreve ou aprecia MÚSICA sabe que se trata de  SONS, SILENCIOS em MOVIMENTO.
Neste sentido a pura e simples EMOÇÃO possui um papel secundário. Goethe afirmava que “uma novela banal o levava às lágrimas enquanto as peças clássicas do TEATRO não o EMOCIONAVAM” pois a construção e apreciação de peças clássicas do TEATRO tem a sua fonte na inteligência.
A popularização da FOTOGRAFIA DIGITAL sem um aperfeiçoamento  do “OLHAR” e a capacidade de “VER” a PAISAGEM de PORTO ALEGRE é um retorno para a NATUREZA, para o “voyeurismo”, a “mimesis” e o “déjà vu sem acrescentar nada para a INTELIGÊNCIA.
Platão já fazia esta distinção entre os ASTROS empíricos e o conceitual de ASTRONOMIA ao escrever (Platão,1985, 2º vol, p.128)[5] que:
Estudaremos a astronomia, assim como a geometria, por meio de problemas, e abandonaremos os fenômenos do céu, se quisermos aprender verdadeiramente esta ciência e tornar útil a parte inteligente de nossa alma, de inútil que era antes
Nesta “PARTE INTELIGENTE da PINTURA Da PAISAGEM de PORTO  ALEGRE” não importa o tema, a mensagem ou o ângulo de vista. No entanto quando esta paisagem não consegue se desvencilhar da hegemonia da COMUNICAÇÃO sobre  ARTE estamos de volta para a NATUREZA, para o “voyeurismo”, a “mimesis” e o “déjà vu sem acrescentar nada para a INTELIGÊNCIA.
Selecionar, captar o momento certo da “PARTE INTELIGENTE da PINTURA Da PAISAGEM de PORTO  ALEGRE” e construir um corpo estético coerente com “QUEM”  maneja o lápis, pincel ou equipamento fotográfico exige uma longa e árdua ascese. Ascese, que além de não permitir nesta paisagem a presença do menor ruído, esta obra é cimenta e não tolera comparações externas. Certamente “COM a IMAGEM NÃO SE DISCUTE”.


[3] Toda a arte está no que produz, e não no que é produzido”. Aristóteles[3](1973: 243 114a 10 )

[4] MARAGONI, Matteo (1876-1951)– APRENDER a VER. São Paulo:: IPE 1949, 284 p https://www.estantevirtual.com.br/arteeloy/matteo-marangoni-aprender-a-ver-84796462

[5] PLATÃO ( 427-347) – A REPÚBLICA – Tradução di J. Guinsburg  2º volume . São Paulo : Difusão Européia do Livro, 1985, 281 p.
Fig. 21 –       Carlos MANCUSO (1930-2010)- um discípulo, assistente e sucessor do historiador de Arte ÂNGELO GUIDO  - interpretando a paisagem e a densa atmosfera que envolve as cercanias de PORTO ALEGRE. Arquiteto e professor  ele confia as translucidas manchas da aquarela as cambiantes de uma paisagem carregada de água em suspensão. Ele encontrou uma atmosfera semelhante no Pantanal de Mato Grosso

11-  Com a IMAGEM NÂO SE DISCUTE  .
Uma vez que uma IMAGEM atinge os eu ESTATUTO de OBRA DE ARTE  ela se impõe por si mesma. . “Com a imagem não se discute”. Chartier, 1998 : 179[1]
A IMAGEM era temida pelos povos primitivos que julgavam que ela “ROUBAVA as suas ALMAS”. O mesmo acontecia com as religiões monoteístas que condenam a imagem da divindade como SACRILÉGIO a MAGEM da DIVINDADE.
Nas concepções da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL a IMAGEM perde qualquer aura como OBRA de ARTE devido a sua banalização, a sobrecarga de informações, ao ruído da redundância descabida  e especialmente pela falta de limites na sua competência intrínseca.
No contraditório é consenso a universal tendência do prazer do olhar, na imagem e no seu potencial de levar e enlevar a parte intelectual humana. Aristóteles descreve este enlevo humano diante da IMAGEM. Assim afirma no capítulo IV da sua “A ARTE POÉTICA e o seus diversos gêneros ” 5[2] que
Os seres humanos sentem prazer em olhar para as imagens que reproduzem objetos. A contemplação delas os instrui, e os induz a discorrer sobre cada uma, ou a discernir nas imagens as pessoas deste ou daquele sujeito conhecido
Estas concepções aristotélicas foram reforçadas por GOETHE, por Hannah ARENDT,  MAZZOCUT-MIS  e por CHARTIER. GOETHE argumenta (1945 : 1)[3] que “a  imagem desce ao coração da matéria penetrando ali na realidade do mundo”. Para Hannah ARENDT (1983 : 193)[4] a imagem possui poder pois opera a substituição de uma força exterior na qual uma força não aparece a não ser para aniquilar uma outra força numa luta de morte Já MAZZOCUT- MIS  confere (1994: 64)[5] aossignos de força nos quais sinais e índices, que não possuem necessidade de serem vistos, constatados, mostrados depois contados e recitados para que as forças, dos quais eles são o efeito, seja acreditadas”. No resumo CHARTIER dispara (1998: 179) repete-se, aqui,  tiro de misericórdia com a imagem não se discute”.
Resta a questão de, ao mesmo tempo, se livrar desta tirania do imagético sem deixar de estar equipada com as chaves e os códigos para acessar a PARTE INTELECTUAL e usar adequadamente e extrair da IMAGEM da PAISAGEM de PORTO ALEGRE. É o papel da logística na qual a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL está municiada pelos mais variados equipamentos, técnicas e “nuvens” de estocagem recuperáveis e reversíveis no momento, no lugar e na ocasião na qual a IMAGEM  faz sentido,
Há necessidade de advertir que mediações, contratos e curadorias, que, muitas vezes,  afastam mais da PERCEPÇÃO da OBRA de ARTE do aproximam de QUEM PRODUZIU a OBRA de ARTE. O apreciador da OBRA de ARTE cai na armadilha do inseto que segue apenas a luz que está do lado de fora e esbarra contra o vidro da janela e, assim, jamais chega onde pretende ir. Diderot, no final das suas críticas dos SALÕES de PARIS[6],  convidava o seu leitor a ir conferir pessoal e fisicamente as obras originais que ali estavam expostas.


[1]              -  CHARTIER,  Roger.   Au bord de la falaise:  l´histoire entre certitudes et inquiétude. Paris  : Albin Michel, 1998.  293p.

[3] GOETHE,Johann Wolfgang von.Teoria de los colores.Buenos Aires:1945. 466p

[4] ARENDT, Hannah (1907-1975) Condition de l’homme moderne. Londres: Calmann-Lévy 1983. 369 p.    https://fr.wikipedia.org/wiki/Condition_de_l%27homme_moderne

[5] MAZZOCUT-MIS, Madalena, « Pouvoir et limites de l´imagination» in Revue         d´esthétique : Esthétique en Chantier. Paris :Jean Micel Place, v.24, nº 93, jun. 1994, pp. 59/64.

PREDIOS REFERENCIAIS - MELHORAMENTOS de PORTO ALEGRE  -GRAVURA DE BALDUÍNO ROHRIG c.1860[1]
Fig. 22 –   A paisagem de PORTO ALEGRE cercada de imagens de  prédios urbanos da década de 1860 evidencia a consciência dos seus cidadão de sua identidade e os devidos referencias.. A capital do Rio Grande do Sul e os seus habitantes foram as vanguardas nacionais na Guerra do Paraguai  

12 –A LOGISTICA da MEMÓRIA da PAISAGEM de PORTO ALEGRE-
O que salva as PAISAGENS é o poder subliminar e objetivo da “IMAGEM INESQUECÍVEL e INCOFUNDÍVEL” defendida pelas concepções de ARISTÓTELES, GOETHE,  ARENDT,  MAZZOCUT- MIT  e por CHARTIER
No entanto esta operação possui o seu preço que significa  estudar, selecionar e construir objetos físicos dos quais se retira RUIDOS, REDUNDÂNCIAS e BANALIDADES que a confundem coam a NATUREZA que NÂO POSSUI NADA por DENTRO[2]. 
O ESQUECIMENTO NÃO significa a QUEIMA ou a DESTRUIÇÃO da MEMÓRIA[3]. Ao contrario é municiar a memória humana com a “PARTE INTELIGENTE da PINTURA aa PAISAGEM de PORTO  ALEGRE”. Este municiamento se dá pela PARTE LOGISTICA.  De um lado  o forte e continuado fluxo de informações, provenientes dos centros hegemônicos, necessita  de um filtro marcado pela AUTONOMIA no DELIBERAR e DECIDIR sobre a PARTE INTELIGENTE da PAISAGEM de PORTO ALEGRE.
De outro lado os EQUIPAMENTOS, as TÉCNICAS e as ESTRATÉGIAS disponíveis, na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL, permitem reforçar a MEMÓRIA, fazer circular documentos, imagens e comunicações interpessoais além LIVRÁ-LA do que é INUTIL para a INTELIGÊNCIA.
 Evidente que esta arte - de não GUARDAR e ACUMULAR CULTURA INÚTIL para INTELIGÊNCIA - reforça o conselho que “nesta ÉPOCA não é necessário SABER MUITA COISA, mas SABER ONDE ESTÀ e o MEIOS para chegar a ESTE SABER ÚTIL” Ninguém deve ter dúvida alguma que isto significa mais trabalho, muita atenção e um grande poder de discernimento.

FONTES BILIOGRÁFICAS

ARENDT, Hannah (1907-1975) Condition de l’homme moderne. Londres: Calmann-Lévy 1983. 369 p.    https://fr.wikipedia.org/wiki/Condition_de_l%27homme_moderne

ARISTÓTELES (384-322). Ética a Nicômano. São Paulo: Abril Cultural1973. 329p.

BUCCELLI, Vittório (1861-1929) - Uma Viagem ao Rio Grande do Sul; .Brasília:  Senado Federal Conselho Editorial, 2016,  580 p.
CHARTIER,  Roger.   Au bord de la falaise:  l´histoire entre certitudes et inquiétude. Paris  : Albin Michel, 1998.  293p.

DAMASCENO. Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, 520 p
--------------------Fotógrafos em Porto Alegre no século XIX  1947

FRANCESCO, José de. Reminiscências de um artista. Porto Alegre; s/editora. 1961

GOETHE,Johann Wolfgang von.Teoria de los colores.Buenos Aires:1945. 466p
MARAGONI, Matteo (1876-1951)– APRENDER a VER. São Paulo:: IPE 1949, 284 p https://www.estantevirtual.com.br/arteeloy/matteo-marangoni-aprender-a-ver-84796462

MELLO, Bruno César Euphrasio deA cidade de Porto Alegre entre 1820 e1890: as transformações físicas da capital a partir das impressões dos viajantes estrangeiros” [ disseratação: Orientação de SOUZA, Célia Ferraz de} Porto Alegre: Faculdade de Arquitetura das uFRGS. 2010, 213 fl. Il. 30 cm
https://www.archdaily.com.br/br/01-8843/lancamento-do-livro-porto-alegre-1820-a-1890-aspectos-urbanisticos-atraves-do-olhar-dos-viajantes-estrangeiros-de-bruno-cesar-euphrasio-de-mello-porto-alegre-rs
MENEGAT, Ronaldo ATLAS AMBIENTAL de PORTO ALEGRE (3ª ed.) `Porto Alegre: UGRS 2006 238 p.2006https://www.researchgate.net/publication/283345750_Atlas_Ambiental_de_Porto_Alegre_-_3ed  +  https://www.traca.com.br/livro/131327/

MIRANDA Luiz Porto ALEGRE ROTRIRO da PAIXÃO - Porto Alegre; Editora da Cidade 2007,, 69 p.

MAZZOCUT-MIS, Madalena, « Pouvoir et limites de l´imagination» in Revue     d´esthétique : Esthétique en Chantier. Paris :Jean Micel Place, v.24, nº 93, jun. 1994, pp. 59/64.

REVISTA da GLOBO ESCOLA de ARTES do IBA-RS, ano 01, nº 001,  dia 05.01 1929

PLATÃO ( 427-347) – A REPÚBLICA – Tradução de J. Guinsburg  2º volume . São Paulo : Difusão Europeia do Livro, 1985, 281 p. http://pt.scribd.com/doc/28055175/Platao-A-Republica-Vol-II-Do-V-ao-X-livro


VEECK, Marisa - Caixa Resgatando a Memória. Fotos Fernando ZAGO Porto Alegre : Caixa Econômica Federal, 1998,  163 p.


FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
  DISTRITO de PORTO ALEGRE e MALOCAS
A FORMA é a MORTE da ARTE
Múmias não são arte
ALBERT CAMUS em PORTO ALEGRE
Balduino ROHERING
Coleção Fernando Cacciatore de Garcia
DÉJÀ VU
DIÁRIOS de FRANCIS PELICHEK
DIDEROT e os SALÕES de PARIS
El olvido que seremos - DAVID RIEFF - y los dilemas da la memoria
Contra o sistema... A tentação do BEM é pior do que do MAL
Escola Superior da AGRICULTURA e VITICULTURA de TAQUARI http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/escagtaq.htm
Giovane FALCONE
IMAGENS de PORTO ALEGRE do SÉCULO XIX
ÍNDICES do SALÃO de 1929
FAVELAS de PORTO ALEGRE
Fernando PESSOA – Li hoje
LE BRETON CARTA ao CONDE da BARCA
MARICÁS”,1911 - O CENTENÁRIO de uma PINTURA
PINTURA HISTÓRICA.
PLEIN AIR” ou PINTURA ao AR LIVRE
ORIGEM das FORMAS em ARTE -Herbert READ
Otto DINGER e as LAVADEIRAS do RIACHO 1899
TORQUATO BASSI –vista de Porto Alegre
VOYEURISMO


[2] Fernando PESSOA – Li hoje http://arquivopessoa.net/textos/1188

[3] El olvido que seremos - DAVID RIEFF - y los dilemas da la memoria
Contra o sistema... A tentação do BEM é pior do que do MAL.


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