O PROJETO
CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA pela ARTE:
José de FRANCESCO,(1895-1967) Paço da Matriz -em1800 óleo s tela 1937 ..
76,0 x 96,0 cm
Fig. 01 – A
organização e a manutenção do ESTADO NACIONAL foi particularmente difícil no
RIO GRANDE do SUL. Os grandes aparatos e gastos militares deixaram um instável
e minguado espaço para o PODER ORIGINÁRIO SUL-RIO-GRANDENSE e por consequência
para a prática da ARTE social e coletivamente aceita. . As
atuais ruas e calçadas, tomadas de vendedores, são uma constante desde a origem de Porto Alegre. Tanto no
passado como no presente são raros os momentos de um trânsito e de um espaço
público coerente com uma civilização
SUMÁRIO
01
– LOGÍSTICA para um NÚCLEO CRÍTICO de uma SÚMULA UNIFICADA das ARTES
VISUAIS no RIO GRANDE do SUL. . 02 – O PESO do COLONIALISMO nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL 03 - MITOS e FALÁCIAS nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL. 04 - As questões novas suscitadas nas ARTES VISUAIS no RIO
GRANDE do SUL. 05 – A VIOLÊNCIA NECESSÁRIO ao ESTADO COMO DELEGAÇÃO dos
CIDADÃOS 06- COMPENSAÇÂO pelo PROJETO CIVILIZATÒRIO das ARTES no RIO GRANDE do SUL. 07 -
A CONSTRUÇÃO de uma CONSCIÊNCIA COLETIVA peas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL 08 - A ÉPOCA em que
TODOS são EMISSORES nas ARTES VISUAIS no
RIO GRANDE do SUL. 09
- POTENCIALIDADES nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL na ÉPOCA PÓS INDUSTRIAL 10 - NINGUÉM é
MAIOR do que o SEU MUNICIPIO nas ARTES VISUAIS
no RIO GRANDE do SUL PROJETOS
FEDERAIS das ARTES no RS: -11 - Culturas originais no Rio Grande do Sul - FONTES BIBLIOGRÁFICAS e DIGITAIS
Luís
Carlos XAVIER, e Vasco PRADO - monumento
do sesquicentenário da imigração - 21.12.1974 -SÃO LEOPOLDO
Fig. 02 – Os autores do monumento de São Leopoldo -erguido da praça em comemoração dos 150 anos da IMIGRAÇÃO ALEMÃ no RIO GRANDE do SUL - buscaram e usaram signos plásticos que remetem ao potencial do PODER ORIGINÁRIO. No entanto, este monumento, obteve parca repercussão
pública, pois as formas escolhidas não
constavam no repertório de um público habituado com estereótipos tradicionais
como o monumento ao LAÇADOR e próprio Monumento à IMIGRAÇÂO erguido na mesma cidade..
01 - LOGÍSTICA para um NÚCLEO CRÍTICO de uma SÚMULA
UNIFICADA das ARTES VISUAIS no RIO
GRANDE do SUL.
Não faltam signos que indicam tanto os
acertos como desacertos na busca de obras materiais que expressam o todo
sul-rio-grandense. Nos desacertos consta a queima da bandeira do Rio Grande do
Sul, em pira pública, no dia 19 de novembro de 1937, junto com a rigorosa
proibição do hino estadual pelo Estado Novo. Nos acertos, a vigorosa reação, após
1947, contra estes desatinos do ESTADO NACIONAL TOTALITÁRIO. Esta reação sul-rio-grandense,
nas artes visuais, ainda está para ser estudada. Entre tanto outros seria rever
o trabalho e o ambiente do dito “GRUPO
DE BAGÈ”[1].
Nos desacertos, posteriores a 1947, os
movimentos tradicionalistas fugiram rapidamente do controle dos seus criadores.
Não se renovaram. Ao contrário em vez de buscar signo coerente com o novo
TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE concreta, voltaram-se para um passado mítico, buscado
no Uruguai, que só existiu na imaginação
de alguns.
A feroz reação de Glaucos da Fonseca SARAVA
veio no seu “Manual do Tradicionalismo” no qual fez constar no mítico ano de
1968 (p. 222)[2] o seu incontido desabafo:
“que dispam as bombachas
aviltadas pela indiferença, os palas de seda multicolorida de narcisismo, os
tiradores pintados de bazófia, para encobrir a culpa de omissão nas injustiças
sociais. Que apeiem dos mastros o glorioso Tricolor Farroupilha para com ele
tapar a vergonha de um Estado em decadência e de um povo envelhecido sem
reações, traindo sua História, sua Terra e o futuro dos seus filhos”
Este forte texto valeu, ao seu autor, uma espécie de limbo branco e poucos estudam a sua obra. Esta obra
mereceria muito mais atenção, especialmente no que concerne à LÚDICA INFANTIL[3] coletada por SARAIVA. Este acervo traduz, em objetos, o mundo lúdico do "faz de conta" dos portadores do repertório infantil do LUGAR, do TEMPO, da SOCIEDADE de quem os concebeu e com eles viveu.
[1] OS QUATRO de
BAGÉ
[2] SARAIVA Glaucus da Fonseca (1921-1983) Manual do tradicionalista: orientação geral para
tradicionlistas e centros de tradições gaúchas. Porto Alegre : Sulina,
1968, Coleção Meridional nº 09
[3] SARAIVA Glaucus da Fonseca (-Mostra de Folclore unfanto-juvenil – catálogo em prosa e verso –
Porto Alegre: Instituto Gaúcho de tradição e Folclore – 1960, 111 p. Il, col
Fig. 03 – Os
mais variados meios de a criança ensaiar a sua própria expressão foram colecionados por Glaucos SARAIVA. Esta
coleção é um índice da alta cultura que o autor do “Manual do tradicionalista: orientação geral para
tradicionalistas e centros de tradições gaúcho” estava
embutido frente à manifestações estéticas
do PODER ORIGINÀRIO sul-rio-grandense.
O problema começa quando o adulto não é capaz
de superar esta fase embrionária da inteligência, vontade e sensibilidade
humana e a projeta, ao longo do resto da sua vida, como a “SUA ÚNICA e ABSOLUTA VERDADE”. Assim carrega estereótipos, meias
verdades e hábitos infantis que há muito deixaram de serem funcionais tanto no
mundo simbólico como no material. O pior acontece quando estes hábitos, meias
verdades e estereótipos, derivam para o
autoritarismo, a hierarquia e, por final, a deslavada e brutal ortodoxia única
e excludente de qualquer “HERESIA”
Esta ortodoxia - única e excludente - é a porta
aberta para o COLONIALISMO INTERNO de um estado sitiado por seus próprios caciques
e coronéis que fazem de tudo para não PERDEREM
o seu PODER MATERIAL e SIMBÓLICO. Evidente que este COLONIALISMO INTERNO
inibe qualquer INTERAÇÃO EXTERNA com outras culturas, povos e movimentos
estéticos.
.
02 - O PESO do COLONIALISMO nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL.
O amortecimento das eventuais
expressões regionais deve-se ao longo, pesado e alienante regime colonial aplicado por Portugal ao BRASIL. A permanência subliminar deste COLONIALISMO
soma-se com a SERVIDÃO – impostos com um modo de SER padronizado e alienado - que foi
maléfica tanto ao ESCRAVO como aos seus DONOS. Num contextos destes a ARTE passa a ser mero ENFEITE e usado para tampar a SERVIDÃO subliminar e o COLONIALISMO REQUENTADO por
novas metrópoles hegemônicas. Porém, admitir isto, seria um tiro no pé destes
rio-grandenses em disponibilidade e com as desculpas para NÃO assumirem a
criação original e superior.
Diante disto o que se quer é o inovador e criativo e uma respeitável distância de um COLONIALISMO REQUENTADO e a SERVIDÃO VOLUNTÁRIA admitida para receber migalhas que caem da mesa dos DONOS do PODER
Fig. 04 – O
monumento ao EXPEDICIONÀRIO BRASILEIRO- erigido na Praça da Redenção de Porto Alegre -
foi a ocasião para o escultor Antônio
Caringi modelar uma VITÒRIA na forma de ATENAS ADULTA, VESTIDA e GUERREIRA . Por ironia da sorte este mesmo artista
havia estudado com Arno Brecker o escultor número um do nazismo e a sua VITÒRIA não é outra coisa do que um VALQUÍRIA GERMÂNICA. Enquanto isto o monumento queria
celebrar o triunfo dos EXPEDICIONÀRIOS
BRASILEIROS sobre esta ideologia.. Nesta contradição se acentua a força
subliminar do COLONIALISMO provocado pelo marketing e propaganda de uma
ideologia alheia à identidade sul-rio-grandense com raros retardatário da
História.
O passo seguinte - deste
COLONIALISMO REQUENTADO - é admitir tudo como verdades, menos aquela que está
diante dos olhos e do nariz. Este estado mental confuso deriva para um ECLETISMO cujas barreiras críticas foram
derrubadas, porém mantem agrilhoados os seus mentores em plena luz do Sol e para escárnio de todos. Para estes o inovador e o criativo
são tabus e cuidadosamente evitados e classificados como aberrações, mitos e
falácias.
Fig. 05 – O objetivo clara de obter a PAZ para todos sempre
foi o objetivo de qualquer vigilância e exercício da VIOLÊNCIA MILITAR no RIO GRANDE do SUL. O lema latino ”SI
VIS PACEM PARA BELLUM”[1] constou na paredes de um quartel do centro de
Porto Alegre. Esta vigilância militar esteve, e continua sempre presente, nas
ARTES sul-rio-grandense. O exercício desta vigilância, autonomia e prontidão
para as guerras simbólicas, sempre caracterizou aqueles que tiveram de travar guerras
a favor da civilização, da cultura e da arte. Esta prontidão é perceptível em artistas
como Iberê Camargo ou Vasco Prado. A vigilância está presente nos agudos observadores como o autodenominado “Barão de Itararé ou refinados como o poeta Mario
Quintana, Assim, nas artes, esbanjam autonomia os aguerridos administradores
institucionais como Olinto de Oliveira ou eTasso Corrêa.
03 - MITOS e FALÁCIAS nas ARTES VISUAIS no RIO
GRANDE do SUL.
A
vigilância, a autonomia e a prontidão para as guerras simbólicas - que os
artistas e administradores das instituições de arte sul-rio-grandenses - tiveram
de travar, a favor da civilização, da cultura e da arte- não tem nada a ver com inimigos imaginários. Inimigos imaginários só existem em narrativas
distorcidas e fabricadas
por mentalidades doentias e herdados das
falácias guerreiras de alguns raros gaúchos em
disponibilidade forçada.
Carece
de qualquer fundamento a tese de que o Rio Grande do Sul estava em permanente
guerra e que toda a arte estava nos quarteis, marchas e hinos triunfais. O
poeta Athos Damasceno escreveu com ironia (1971, p.449) [2] que: :
“certamente,
as lutas que tivemos de sustentar desde os tempos recuados da Colônia, na defesa
de nosso território e na fixação de suas fronteiras, em muito entorpeceram e
retardaram nosso processo cultural. Não, porém, tanto quanto seria natural que
ocorresse, uma vez evidenciada historicamente a belicosidade crioula, arrolada
por aí, com um abusivo relevo, entre virtudes que nos compõem a fisionomia
moral. Nossa história está realmente pontilhada de embates sangrentos. Mas
lutas e guerras não foram desencadeadas por nós, senão que tivemos de
arrostá-las compelidos pelas circunstâncias. Nunca deixamos de ser um povo
amante da paz. E, em nossos anseios de construção, sempre desejosos dela.
Tropelias e bravatas de certos gaúchos em disponibilidade forçada, não têm o
menor lastro Histórico: pertencem aos domínios da anedota que os
próprios rio-grandenses exploram, com malícia, para a desmoralização daqueles
que o fazem, com malignidade”.
No contraponto é necessário verificar que
muitos povos e nações tiveram guerras, bem mais severas e amiudadas, do que
aquelas tropelias das
bravatas das falácias guerreiras de certos gaúchos em
disponibilidade forçada. Nações e povos que aproveitavam qualquer
instante de paz para expressar o seu ENTE nas suas ARTES.
As
outras nações, especialmente as limítrofes, são as primeiras a reconhecer o
valor e o sentido de uma obra de arte autêntica dos seus vizinhos. No lado
interno do RIO GRANDE do SUL foi particularmente difícil a organização e a
manutenção do ESTADO NACIONAL ÍNTEGRO. O RIO GRANDE do SUL, com DUAS FONTEIRAS
internacionais distintas, sempre exigiiu aguda vigilância interna e externa com grandes
aparatos e gastos militares desconhecidos em outros estados.
[2]
DAMASCENO,
Athos. Artes plásticas no Rio Grande do
Sul (1755-1900) Porto Alegre :
Globo, 1971. 540p.
Fig. 06 – O
aguerrido Loureiro da Silva foi prefeito nomeado de Porto Alegre ao ,longo do
ESTADO NOVO. Usou as funções do seu cargo para realizar profundas cirurgias urbanas na
capital de estado do RIO GRANDE do SUL Ardoroso defensor do partido único da
NAÇÂO, Loureiro impôs a lógica
industrial na qual o nacionalismo, da
época, encontrava a sua inspiração e
expressão
04 - As novas questões suscitadas nas ARTES VISUAIS no RIO
GRANDE do SUL.
O Rio Grande do Sul é
herdeiro direto da falácia e do mito da cultura ocidental da superioridade
masculina. Assim é bem recente a entrada feminina no âmbito das ARTES ditas NOBRES.
Ariadne DECKER
- Missões Jesuíticas do Brasil - Tribo atual
Fig. 07 – As silenciosas
e longas jornadas indígenas, na busca da
TERRA SEM MAL, mantém viva a sua identidade[1] mesmo na
capital de estado do RIO GRANDE do SUL Avessos
à escravidão à propriedade privada e monetarista são um contraponto vivo NAÇÂO, ai consumismo predatório à poluição e
ao atrelamento político Os arquétipos formais indígenas inspiraram artistas
eruditos como Cláudio Afonso MARTINS COSTA (1932-2005).
Na medida em que a
mulher conquistou, com grandes méritos seus, emergem numerosas vertentes novas nas ARTES ditas NOBBRES.
A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
trouxe ferramental e mentalidade
coerente para afirmação feminina. Nesta mentalidade, e com este ferramental
novo, ”todos são artistas” nas posições teóricas
de Joseph BEUYS 1621-1986) e praticadas,
no Rio Grande do Sul, pela ação e obra de Iberê Camargo.
Destas vertentes teóricas
e práticas nascem, progridem e se
agitam grupos, instituições e geram
obras de arte. Instituições, grupos e
artistas muito distantes das normas canônicas que eram inquestionáveis na lógica linear e unívoca do sistema de arte
derivado da lógica e meios da ERA INDUSTRIAL.
05 - A VIOLÊNCIA NECESSÁRIA ao ESTADO como
DELEGAÇÃO do CIDADÃO.
O cidadão se abstém de praticar e fazer justiça com as próprias mão e meios. Ele delega, ao seu
ESTADO, o EXERCÍCIO desta VIOLÊNCIA.
No entanto, caso o
ESTADO APENAS PRATICA a VIOLÊNCIA, que lhe delegam, ele se torna um ENTE
POLICIAL, e gera aversão e medo generalizado.
Como o ESTADO também SABE que "TODOS SÃO ARTISTAS POTENCIAIS" e que igualmente existem ARTES SOCIALMENTE ACEITAS como o contrário, ARTES DELETÁRIAS e CONDENÁVEIS.
Nesta dualidade cabe ao ESTADO
OFERECER ARTES SOCIALMENTE ACEITAS como bases eficientes e qualificados PROJETOS CIVILIZATÓRIOS COMPENSADORES da sua
VIOLÊNCIA. Se OFERECER APENAS VIOLÊNCIA terá de multiplicar ao infinito e sustentar PRESIDIOS,
TRIBUNAIS e transformar a cidade num campo de CONTROLE, de ESPIONAGEM e de
DELAÇÔES SEM FIM.
06 - A
COMPENSAÇÃO pelo PROJETO CIVILIZATÓRIO das ARTES no RIO GRANDE do SUL.
No Rio Grande do Sul é recente
a implementação de PROJETOS CIVILIZATÒRIOS COMPENSADORES da sua VIOLÊNCIA. O estado - herdeiro de aguerridas tradições do exercício individual ou grupal da violência e da justiça buscadas com as mãos e as armas - percebe esta lógica disseminada em milícias, facções, criminosas.
Porém isto não significa e basta que este
ESTADO contemple e forneça garantias para a monetarização desenfreada e assegure a
lógica dos lucros a qualquer preço inclusive na CULTURA e na ARTE. Esta solução simplista leva para a grande e inútil discussão se
reduz ao maniqueísmo entre ESTADO MÌNIMO e o ESTADO MÀXIMO. Esta mentalidade
perde a possibilidade de perceber, estudar e implementar um ESTADO COERENTE,
PROPORCIONAL e EFICIENTE.
No Rio Grande do Sul as ARTES constituem um ótimo índice deste maniqueísmo entre ESTADO MÌNIMO e ESTADO MÀXIMO. No ambiente do ESTADO MÍNIMO o ARTISTA PERDE QUALQUER ESPERANÇA. Enquanto no ESTADO MÀXIMO, o ARTISTA, NÃO PASSA de UM BUROCRATA.
No Rio Grande do Sul as ARTES constituem um ótimo índice deste maniqueísmo entre ESTADO MÌNIMO e ESTADO MÀXIMO. No ambiente do ESTADO MÍNIMO o ARTISTA PERDE QUALQUER ESPERANÇA. Enquanto no ESTADO MÀXIMO, o ARTISTA, NÃO PASSA de UM BUROCRATA.
Nesta direção Ado
MALAGOLI possuía razão ao afirmar que “ARTISTA
RICO é APENAS MAIS UM RICO”. Isto ocorre quando ele perde inspiração, criatividade e
ousadia nas malhas da FAMA, da lógica
dos lucros a qualquer preço, da burocratização, da monetarização desenfreada e do patrimonialismo
acumulativo de sua obra.
[1] RESISTÊNCIAS MBYA GUARANI http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141990000300004
Fig. 08 – A acelerada
e forçada urbanização no RIO GRANDE do SUL provocou uma coletivização social
que não foi acompanhada por uma consciência coletiva. Antes, ao contrário,
gerou uma ambiciosa disputa do singular, da autobiografia e do gênio do
momento. Misturaram-se mentalidades de fazendeiros, de agricultores, de proletários e
comerciantes A população desfavorecida
criou uma centena de favelas[1], mocambos e malocas enfiadas
em bairros de classe média e mesmo abastada.
07 - A CONSTRUÇÃO de uma CONSCIÊNCIA COLETIVA pelas
ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL.
O projeto oficial da
CONSTRUÇÃO de uma CONSCIÊNCIA COLETIVA, a
partir do PODER ORIGINÁRIO do Rio Grande do Sul, é bem recente e com poucos resultados objetivos perceptíveis.
Na cultura brasileira Mário de Andrade propunha
, em 1942[2], para a UNE:
“o direito permanente à
pesquisa estética; a atualização da inteligência artística brasileira; e a
estabilização de uma consciência nacional [..] A novidade fundamental, imposta
pelo movimento, foi a conjugação dessas três normas num todo orgânico da
consciência coletiva”.
Esta conferência evocava os resultados culturais da
Semana de Arte Moderna de 1922. Mário da Andrade havia sido uma das figuras
centrais desta Semana. Ele se indispusera em 1938 com o Estado Novo. A
conferência ocorria no auge desta ditadura que entrava em guerra com o Eixo.
A
noticia, desta proposta, repercutiu no Rio Grande do Sul mas tardou em se
tornar fato e direito. Nesta direção de “QUE TODOS SÂO ARTISTAS” ganhou força
com as investidas de Iberê CAMARGO e as respostas de grupos como o “BODE PRETO”
Ganhou institucionalização com o ATELIER LIVRE de PORTO ALEGRE, com as ESCOLINHAS
de ARTE e proliferação de CURSOS SUPERIORES de ARTES VISUAIS.
No contraponto o Rio Grande do Sul é herdeiro
direto da falácia e do mito da cultura ocidental de um ECLETISMO ESTÈTICO ACOMODATÍCIO.
Contra este ECLETISMO
elevou-se a voz (1955, fl. 13] de Mário de Andrade fustigava, em 1938[3], na época do Estado Novo como “acomodatício e máscara de todas as covardias”.
Mário coloca, em 1942, a nacionalidade como primeiro
principio. Porém nos registros de 1938, já se precavera
contra ,a SERVIDÃO e o COLONIALISMO SUBLIMINAR. COLONIALISMO e SERVIDÂO que mistura
tudo, intencionalmente, para estragar tudo e não servir a NINGUÉM. Os DONOS do PODER ESTRAGAM TUDO com esta exibição do ECLETISMO. Neste ECLETISMO buscam apenas, e tão somente, ressaltar a sua
ONIPOTENCIA inconteste, ONISCIÊNCIA sem sombra de dúvidas, ONIPRESENÇA em tida
mídia e ETERNIDADE garantida pela hereditária da POSSE dos CARGOS.
[1] MAPA das FAVELAS de PORTO ALEGRE https://portoimagem.wordpress.com/2010/11/07/mapa-da-pobreza-em-porto-alegre/
[2] - ANDRADE, Mario O
movimento modernista: Conferência lida no salão de Conferências da
Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores do Brasil no dia 3 de abril de
1942. Rio de Janeiro :Casa do Estudante do Brasil, 1942, p.45.
Esta
conferência evocava os resultados culturais da Semana de Arte Moderna de 1922.
Mario da Andrade havia sido uma das figuras centrais desta Semana. Ele se
indispusera em 1938 com o Estado Novo. A conferência ocorria no auge desta
ditadura que entrava em guerra com o Eixo.
Mário
coloca a nacionalidade como primeiro principio os concluía com busca da
construção de uma consciência coletiva.
[3] ANDRADE, Mario Curso de Filosofia
e História da Arte. São Paulo: Centro
de Estudos Folclóricos, 1955. 119
fls.
Edgar
KOETZ (1913-1969) - Churrascaria Modelo
- xilogravura
Fig. 09 – A socialização
sob o da urbanização forçada no RIO GRANDE do SUL encontrou meios de se
expressar em todos os níveis econômicos, culturais e etário O bar da esquina serve o churrasquinho como
cardápio, as conversas sobre as condições miseráveis substituem os discursos da ágora clássica Os
temas são pautados pelos ídolos dos
esportes como as grandes figura desta civilização e a música improvisada e
popular ocupa o espaço da erudita. As artes visuais estão presentes nas
estampas impressas
08 - A ÉPOCA em que TODOS são EMISSORES nas ARTES
VISUAIS no RIO GRANDE do SUL.
O potencial humano, no Rio
Grande do Sul, possui as mesmas forças e energias do que em qualquer cultura ou
civilização.
O inverso não é verdadeiro, ou seja, querer transplantar
qualquer civilização, ou cultura, ao Rio Grande do Sul. Neste transplante se disseminam apenas obras, pensamentos e hábitos alheios e
nascidos em outra SOCIEDADE, TERRA e TEMPO. O transplante não é a fonte que
reside em “QUEM PRODUZ a ARTE”. Os hábitos, pensamentos e obras alheias são
projeções senão plágios e furtos subtraídos de “QUEM PRODUZ a ARTE”. De outra
parte o TEMPO tornou-se relativo e repercute em todas as direções conforme Marc
Bloch ao afirmar (1976, p.42)[1]
que: .
“é tal a força da
solidariedade das épocas que os laços da inteligibilidade entre elas se tecem
verdadeiramente nos dois sentidos. A incompreensão do presente nasce fatalmente
da ignorância do passado. Mas talvez não seja mais útil esforçar-nos por
compreender o passado se nada sabemos do presente” .
O
potencial de uma obra de arte - de carregar no “MÍNIMO de sua FORMA MATERIAL o
MÁXIMO de sua CIVILIZAÇÂO de ORIGEM” - permite ao ser humano do Rio
Grande do Sul auferir as mesmas forças e energias desenvolvidas em qualquer cultura ou civilização,
Este
potencial cresce na medida em que artistas estrangeiros consagrados atravessam
fronteiras e como portadores de “QUEM PRODUZ a ARTE” disseminam obras e
mentalidades cultivadas na sua civilização. A quem recebe artista, obras e a
sua mentalidade, cabe a autonomia de
escolher o que é coerente com a sua TERRA, SOCIEDADE e TEMPO.
[1]BLOCH, Marc
(1886-1944) . Introdução à História.[3ª ed] Conclusão de Lucian FEBVRE -
.Lisboa :Europa- América 1976 179 p.
Fig. 10 – A
erudição nas ARTES de Porto Alegre ganhou ATELIR LIVRE da PREFEITURA em 1960.
Diversas gerações passam por ele renovando
a sua crença de que TODOS SÂO ARTISTAS
POTENCIAIS. Bastam as condições e a
ocasião para que esta potencialidade se materialize De outra parte esta crença já estava em Aristóteles
que afirmava que a “AARTE ESTÁ em QUEM PRODUZ e não no que PRODUZ”
09 - POTENCIALIDADES nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL na ÉPOCA PÓS -INDUSTRIAL .
Quando
”todos são artistas”, na concepção de Joseph BEUYS, abre-se a ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL. Esta ÉPOCA trouxe para as ARTES VISUAIS do Rio Grande do Sul um
ferramental e uma mentalidade nova.
O
que se evidencia é a falta de uma normativa linear e unívoca de um SISTEMA de
ARTE comandado por demiurgos de plantão. A falta destes demiurgo onipotentes permite uma pesquisa estética e um experimentalismo nas artes visuais
jamais visto no Estado. Se estão confusas aqueles que estão de fora do campo de forças
estéticas, em compensação os produtores de ARTES VISUAIS pouco
se importam desta incompreensão, crítica ou indiferença. Os produtores de ARTES
VISUAIS prosseguem suas pesquisas estéticas sem proselitismo, desespero do
vencer ou morrer pela Arte.
No
contraditório esta autonomia do artista necessita pagar o preço do perigo de
ficar FALANDO SOZINHO, exercer a AUTONOMIA da FAVELA ou não mais receber feedback de sua obra. A
altaneira posição do “SEI ERRAR SOZINHO” marca estas perigosas fronteiras da
arte praticada na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.
Fig. 11 – A visão
do artista italiano Aldo LOCATELLI em relação à origem de Porto Alegre. Ao
mesmo tempo reforça as diversa etnias que concorreram para as bases de
civilização no RIO GRANDE do SUL A imagem registra esta formação de
um núcleo cultural e, plena expansão
10 – NINGUÉM é
MAIOR do que o SEU MUNICIPIO nas ARTES VISUAIS
no RIO GRANDE do SUL
A atomização - dos
emissores de arte no Rio Grande do Sul - faz retornar a criatura humana à sua
verdadeira dimensão. Vários artistas sul-rio-grandenses estão voltando ao
simples ENTE no seu PRÓPRIO MODO de SER de ARTISTAS VISUAIS.
Evidente que, neste
retorno ao MODO de SER no MUNDO, não
existe nenhuma segunda intenção além daquela cultivar as ARTES VISUAIS com
autonomia.
Quanto a AUTONOMIA sul-rio-grandense o estrangeiro,
o escultor, professor e arquiteto espanhol Fernando Corona (1895-1979)
acompanhou, a partir de 1912, na intimidade e partilhou a vida, no dia-a-dia – em
particular da criatura humana de Porto Alegre A imagem que ele captou está em seu diário(1937, fl 373). Ali ele anotou:
“Porto Alegre
como capital do Estado é a cidade mais democrática de todas, dando exemplo de
fidalguia a qualquer um. A sua riqueza foi conquistada com o trabalho de seus
habitantes. Porto Alegre republicana foi sempre, desde sua formação
democrática. Não tenho lembrança de ter visto na capital – milionários viver de
rendimentos, a não ser o produto do seu trabalho. Desde que aqui cheguei notei
que um simples pedreiro ou carpinteiro já era proprietário de seu chalé mesmo
que fosse de tábua. A riqueza em Porto Alegre é muito dividida e os grandes
industriais cresceram com o trabalho. A influência das colonizações estrangeiras contribuiu muito para a
democratização, pois, ao iniciarem o trabalho da estaca zero, o braço do patrão
suou a lado do braço do operário. Sempre defendi esse principio, pois todos tem
direito e um dever que se crescer na medida do progresso”.
Este retorno ao MODO de
SER no SEU MUNDO aporta dificuldades ao
cronista, ao curador, ao critico e do historiado de arte. Estes necessitam se despir de todo o seu
arsenal logístico, estratégico e tático da ERA INDUSTRIAL para não destruírem o objeto do seu trabalho
situado na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Em síntese, estes profissionais necessitam reinventar-se
e assumir também o seu ENTE no seu próprio modo de SER. O contrato entre o
artista que está dobrado sobre seu ENTE com os seus OBSERVADORES qualificados, pode significar oposições antíteses e ferozes críticas recíprocas. Estas excomunhões
recíprocas evidenciam as energias, os campos de forças polarizadas pelos
extremos. Em ambos os lados ardem os fogos alimentados pela LOGÍSTICA para sustentar
NÚCLEOS CRÍTICOS. Estes divergem, convergem e, com estas atrações e atritos, iluminam
o espaço intermediário das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL. Os cronistas, os
curadores, os críticos e os historiadores de arte extraem uma SÚMULA UNIFICADA
com a ajuda desta luz de atritos
continuados.
Carlos
Alberto do OLIVEIRA “CARLÃO” – (1951- 20013) - futebol
Fig. 12 – O carteiro
afrodescendente Carlos Alberto do OLIVEIRA abriu por seus próprios meios e
méritos o caminho das artes no meio de uma comunidades predominantemente de
origem germânica A sua estética
alimentou-se das sua vivências pessoais
11
– Culturas originais no Rio Grande do
Sul
O
direito à pesquisa estética na qual “TODOS SÂO ARTISTAS” vai acumulando pensamentos, obras e eventos cada
vez mais coerente com a sua TERRA, com o seu TEMPO e com a sua SOCIEDADE na
qual são produzidos.
As
ARTES VISUAIS materializam esta profunda necessidade humana de estar no mundo e ali se afirmar.
A
ARTE - INSITA, PRIMITIVA ou NAIF - reinventa este mundo, ao seu modo, contornando
CÂNONES, TIPOLOGIAS ou ORTODOXIAS alheias ao seu MODO de SER no mundo. Estes
artistas, mesmo que conheçam e respeitem NORMATIVAS, TIPOLOGIAS ou CÂNONES não pertencem ao seu MODO de SER no mundo. Contornam o mercado, zombam de juízes e da
influência de atravessadores. Zombam de si mesmos não se deixando classificar e
nem desejam oferecer uma leitura unívoca e linear de sua obra.
Num
termo a OBRA de ARTE é PRIMORDIAL. Nela cabe aos juízes, atravessadores e curadores
reunir vestígios do seu modo destes artistas. A sua OBRA de ARTE é primordial, mesmo que os
seus autores estejam numa outra aventura ou habitem apenas na memória coletiva.
Com
certeza o ECLETISMO e a PATEURIZAÇÃO da OBRA de ARTE estragam
tudo neste seu reino. Constitui um atentado contra a ARTE querer impor julgamentos canônicos, normativas eruditas ou modos de
ser e de agir ortodoxos, para aqueles que possuem
o “DIREITO PERMANTE de PESQUISA". Da mesma forma, no polo oposto, decretar modos de pensar e agir infantis, primitivos e naifas, também aniquila, reduz e
corrompe qualquer autonomia ou pesquisa estética autêntica e consequente.
Assim
seria absurda a gaveta dos “ARTISTAS
VISUAIS PRIMITIVOS DO RIO GRANDE do SUL” com característica próprias legíveis,
únicas. Na contramão não há nada mais
universal, na espécie humana, do que as obras dos artistas PRMITIVOS de cada
cultura ou civilização. A diferenciação inicia com projetos singulares de cada
cultura a partir dos seus PRMITIVOS.
José de Francesco (1895-1967)Acervo MARGS http://www.margs.rs.gov.br/catalogo-de-obras/J/16863/
Fig. 13 – O
artista visual José de Francesco teve
formação erudita. Porém isto não ofuscou a sua percepção de mundo. Distribuidor
de fitas de cinema, dono de duas revistas e
cartazista dos filmes das fachadas dos cinemas. Deixou a sua mentalidade em letra de
forma num livro[1]
no qual registrou, ao se modo, os artistas, administradores culturais e as suas
ações que conheceu ao longo de sua carreira.
Aos diversos estudiosos, cronistas, a curadores, críticos e historiadores da arte ínsita sul-rio-grandense, como Dante LAYTANO e Glaucos SARAIVA seria possível acrescentar os estudos
brasileiros e s publicações de Cecília Meireles, Leila Coelho Frota e Luís
Roberto Vilhena. Estes - para se
aproximarem deste campo de forças- necessitaram
se despir de todo o seu arsenal logístico, estratégico e tático da erudição convencional para reinventá-lo coerente e eficiente nesta aproximação, estudo e
registro.
Assim, também na arte ínsita, primitiva e naif sul-rio-grandense não faltam signos, que indicam a busca pensamentos e
obras materiais que expressem o MODO de SER do TODO no mundo sul-rio-grandense.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Mário. O movimento modernista:
Conferência lida no salão de Conferências da Biblioteca do Ministério das
Relações Exteriores do Brasil no dia 3 de abril de 1942. Rio de Janeiro :Casa
do Estudante do Brasil, 1942, p.45.
--------- Curso de Filosofia e História da Arte.
São Paulo: Centro de Estudos Folclóricos, 1955. 119 fls.
BLOCH, Marc (1886-1944) . Introdução à História.[3ª ed]
Conclusão de Lucian FEBVRE - .Lisboa :Europa- América 1976
179 p.
FRANCESCO, José de. Reminiscências de um artista. Porto Alegre; s/editora. 1961.
FROTA, Leila Coelho (1936 - 2010 )[2] -
Mitopoética de 9 artistas brasileiros: vida, verdade e arte Rio de
Janeiro: FUNARTE 1978, 127 p. il http://www.acervodpilon.com.br/peca.asp?ID=890987
LAYTANO Dante de (1908-2000). - Festa de Nossa Senhora dos Navegantes
Estudo de uma tradição das populações
Afro-Brasileiras de Porto Alegre. Porto Alegre: UNESCO- Instituto
Brasileiro Ciência e Cultura- Comissão Estadual de Folclore do Rio Grande do
Sul - 6º Vol. 1955, 128 p. il
MEIRELES, Cecília (1901-1964). Artes populares. Rio de Janeiro:
Tecnoprint, 1968, 156. p.
SARAIVA Glaucus
da Fonseca
(1921-1983) Manual do tradicionalista: orientação geral para
tradicionlistas e centros de tradições gaúchas. Porto Alegre : Sulina,
1968, Coleção Meridional nº 09.
--------Mostra de Folclore unfanto-juvenil – catálogo em prosa e verso –
Porto Alegre: Instituto Gaúcho de tradição e Folclore – 1960, 111 p. Il, col
VILHENA, Luis Rodolfo (1963-1997)[3]. Projeto e Missão: o movimento
folclórico brasileiro 1947-1964. Rio de
Janeiro : Funarte 1997. 332p.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS.
Sementas das Artes Visuais do RS – 23.05.2015
postagem nº 123 ARTE no RIO GRANDE do
SUL
MAPA das
FAVELAS de PORTO ALEGRE https://portoimagem.wordpress.com/2010/11/07/mapa-da-pobreza-em-porto-alegre/
OS QUATRO de BAGÉ
RESISTÊNCIAS
MBYA GUARANI
SI VIS PACEM PARA BELLUM”
ESTUDOS de CASOS
1 – DIVERSAS CULTURAS ORIGINAIS do ESTADO do RIO GRANDE do SUL – SANTA
ROSA – FESTA das ETNIAS
2 – CULTURAS HEGEMÔNICAS e SUBALTERNAS
2;2 - na América Latina http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-71831998000200103&script=sci_arttext&tlng=en
2.3- no BRASIL e no
RIO GRANDE do SUL
3 – TRAÇOS
CULTURAIS herdados da ESCRAVIDÃO no RIO GRANDE do SUL http://marilindafernandes.adv.br/instituto-akanni-promoveu-debate-sobre-rumos-da-democracia-a-partir-do-olhar-da-mulher-negra/
4 - O RIO GRANDE do SUL na ótica do atual
imigrante ESTRANGEIRO
.
[1] FRANCESCO,
José de. Reminiscências de um artista.
Porto Alegre; s/editora. 1961.
[2] - Leila Coelho
FROTA https://pt.wikipedia.org/wiki/Lélia_Coelho_Frota
[3] - Homenagem a Luís Rodolfo VILLHENA
http://www.overmundo.com.br/banco/homenagem-a-obra-de-luis-rodolfo-vilhena-1963-1997
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