POTENCIALIDADES das
ARTES VISUAIS no RS em 2018:
Parque
MARINHA do BRASIL- Porto Alegre - em 12.12.2016
Fig. 01 – O “CENTRO
do MUNDO depende de onde de ONDE EU ME COLOCO” na concepção do coreógrafo Merce
CUNNINGHAM[1].
Assim O FORUM MUNDIAL de PORTOA ALEGRE colocou a capital do Rio Grande do
Sul no centro deste mundo. A mandala
formada com pedras trazidas de todas as partes do mundo materializou esta concepção
no Parque Marinha do Brasil de Porto
Alegre.
SUMÁRIO
01 – DISTINÇÕES entra
a ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA e da PESQUISA ESTÉTICA CONTINUADA nas ARTES no
RIO GRANDE do SUL 02 – ARTES
VISUAIS no RIO GRANDE do SUL como PESQUISA ESTÉTICA - 03 – DISTINÇÔES entre
o FAZER e o AGIR nas ARTES VISUAIS no
RIO GRANDE do SUL - 04 – POTENCIALIDADE da ÀREAS CRIATIVAS no RIO GRANDE do SUL 05 – A
DIFICULDADE da SER INTUITIVO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL- 06 – Nas ARTES VISUAIS NÂO EXISTE PERDÃO. 07
– O ARTISTA VISUAL do RIO GRANDE do SUL portador de um PROJETO de um PRINCIPE 08 – O PAPEL
de PROJETO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL 09 – O HOMEM de um LIVRO
SÓ num PROJETO nas ARTES VISUAIS do RIO
GRANDE do SUL. 10 – A OBRA de ARTE como
PRIMORDIAL num PROJETO nas ARTES VISUAIS
do RIO GRANDE do SUL -11 - FONTES
BIBLIOGRÁFICAS e NUMÈRICAS e DIGITAIS
01- DISTINÇÕES
entra a ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA e da PESQUISA ESTÉTICA CONTINUADA nas ARTES
no RIO GRANDE do SUL
O LUGAR, a SOCIEDADE e o
ANO de 2018 merecem a máxima atenção. O forte e continuado fluxo de informações, provenientes dos centros hegemônicos, necessita de um filtro marcado
pela AUTONOMIA no DELIBERAR e no DECIDIR
Os fundadores do Instituto de Belas Artes do Rio
Grande Sul (IBA-RS) tomaram esta direção de
autonomia, já nos primórdios do século XX, quando publicaram no jornal “A FEDERAÇÃO” , no dia
4 de abril de 1908, que:
“para a Europa, Rio da Prata e todo
o Brasil, onde existem estabelecimentos desta ordem foram pedidos prospectos,
programas, regulamentos, etc., bem como pedidos de preços de materiais
absolutamente necessários ao funcionamento do Instituto, afim de se fazerem os cálculos
todos, sem pessimismo ou optimismo”.
Certamente estes fundadores do IBA-RS não posuíam muitos
meios de comunicação instantânea, e em tempo real, como os atuais meios
tecnológicos permitem e oferecem. No entanto estavam expressando esta autonomia
de que o crivo, a seleção e implementação iriam serem realizados conforme a
SOCIEDADE, o TEMPO e o LOCAL no qual projetavam esta instituição de Arte.
Ao acompanhar passo a passio estas concretizações houve muitas e intempestivas intromissões, acelerações e temeridades que tiveram de serem pagas com alto preço e perdas significativas.
Ao acompanhar passo a passio estas concretizações houve muitas e intempestivas intromissões, acelerações e temeridades que tiveram de serem pagas com alto preço e perdas significativas.
[1] Merce
CUNNINGHAM e a sua estética https://elpais.com/cultura/2009/07/27/actualidad/1248645603_850215.html
Silvestre
PECIAR BASIACO -Monumento à Imigração no
trevo para Silveira Martins
Fig. 02 – No centro geográfico do Rio Grande do Sul a
cidade polo de Santa Maria e o a serie de cidades desta região possuem uma
identidade múltipla e aberta ao mundo . O escultor uruguaio PECIAR esteve
radicado ali para lecionar Escultura na
UFSM Nesta condição criou o monumento aos IMIGRANTES não Caminho para a cidade
SILVEIRA MARTINS
01- ARTES VISUAIS
no RIO GRANDE do SUL como PESQUISA ESTÉTICA
O INSTANTE é apenas um
PONTO em MOVIMENTO na concepção de LEONADO da VINCI (in ISAACSON, 2017, p.205. apud Códex
Arundel, 175r.) [1]
“O instante não contém tempo. O tempo
é feito a partir do movimento do
instante” . Ou ainda que nada é fixo ou permanente “Observe a luz. Pisque o olho e a observe novamente. Aquilo que você vê,
não estava lá antes, e o que estava antes, não está mais lá”
Certamente os gregos
já sabiam disto ao firmarem que “ninguém
se banha duas vezes no mesmo rio”. Esta informação e conhecimento são
RACIONAIS e resultantes da ATUALIZAÇÃO permanente da INTELIGÊNCIA
Fig. 03 – O MONUMENTO aos MUNDO VEGETAL - concebido e
realizado por Francisco STOCKINGER (1919-2009) - materializa esta simbiose
entre natureza onipresente e viva no Rio Grande do Sul Este monumento coloca PORTOA ALEGRE
colocou como um dos poucos no mundo a ter esta criação humana . O Parque Marinha do
Brasil, conquistado sobre as águas do
Guaíba, também responde assim aos anseios estéticos e não só aos postulados
utilitários.
03 - DISTINÇÕES entre o FAZER e o AGIR nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE
do SUL.
O projeto do Parque
Marinha do Brasil é a materialização do AGIR estético e ambiental predominando
sobre o FAZER utilitário e de consumo.
No campo de forças das artes visuais o AGIR da produção de obras no campo estéticas contrapõe-se ao FAZER acumulador do trabalho compulsivo e que é consumido. Para quem confunde TRABALHO e OBRA confunde também NATUREZA[1] com ARTE.
No campo de forças das artes visuais o AGIR da produção de obras no campo estéticas contrapõe-se ao FAZER acumulador do trabalho compulsivo e que é consumido. Para quem confunde TRABALHO e OBRA confunde também NATUREZA[1] com ARTE.
Os grandes mestres das
ARTES VISUAIS, de todos os tempos, sabiam do PAPEL PRIMORDIAL do TEMPO
tanto para a PRODUÇÃO como para ASSIMILAÇÃO de uma autêntica OBRA de ARTE. Esta OBRA, para realizar isto, necessita captar essência e a vida do LUGAR e SOCIEDADE com o objetivo de gerar um documento físico competente que seja útil ao PENSAMENTO de toda a espécie humana.
No Rio Grande do Sul
este TEMPO, e esta SOCIEDADE, já se constituíram em objeto preferencial para
numerosos pensadores das Artes Visuais[2]
Estes, foram competentes para mostrar que existe esta semente em germinação.
Pensadores que necessitam TEMPO e ENERGIAS para transcender este FAZER compulsivo
e auscultar OBRAS nas quais a essência
daquilo que PERMANECE e encaminha para o UNIVERSAL como documentos do seu LUGAR
e da sua SOCIEDADE de ORIGEM.
[1] FERNADO
PESSOA- LI HOJE... http://www.citador.pt/poemas/li-hoje-quase-duas-paginas-alberto-caeirobrheteronimo-de-fernando-pessoa
Uma JUSTIÇA
com OS OLHOS ABERTOS e VIGILANTES:
PORÉM, MESMO
ENXERGANDO, a REALIDADE NÃO LHE OBEDECE
ALVAREZ, Cícero – tese CORONA e FAYET – Palácio da
Justiça POA-RS
Fig. 04 – O APREENDER A VER exige uma aguda PERCEPÇÂO
distinta do OLHAR e do ENXERGAR NATURAL.. Neste APREENDER A VER inclui-se todo o REFERENCIAL CONCEITUAL de uma
CIVILIZAÇÂO Além da acuidade visual a conexão com o cérebro que seleciona,
hierarquiza e e decide em relação aos interesses desta civilização
04- POTENCIALIDADE das ÁREAS CRIATIVAS no RIO GRANDE do SUL.
A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
está assimilando e transfigurando os legados, os meios e os produtos da ERA
INDUSTRIAL no Rio Grande do Sul. No entanto este TEMPO e esta SOCIEDADE, mostram-se bastante esquivos sem um estudo condizente e replicável.
Evidente que governos e
governantes não possuem a ARTE como uma prioridade e nem está entre as suas prioridades algo do qual nada entendem ou querem entender. Prioridade inexistente devido à sua permanente confusão entre a
CULTURA e a ARTE[1],
entre o FAZER e o AGIR, entre a OBRA e o TRABALHO, entre a ECONOMIA e a POLÍTICA.
Fig. 05 – O MERCADO dos PRODUTOS do MUNDO SIMBÓLICO é meio humano na ÈPOCA PÓS-
INDUSTRIAL. O esforço físico foi suprido pelas máquinas das ERA INDUSTRIAL. A
rotina está sendo substituído pelo ROBÔS, COMPUTADORES e os meios numéricos
digitais. Assim desponta NÃO o apregoado ÔCIO CRIIATIVO. Porém trata-se das imponderáveis atividades simbólicas da
humanidade de todos os tempos, Potencialmente
a ARTE e a CRIATIVIDADE humana possuem o
seu lugar, No entanto estas atividades superiores não são apenas naturais. Caso
esta culturas não desejem retornar à SERVIDÂO e a o COLONIALISMO supõe PROJETOS próprios, REALIZAÇÔES
objetivas e OBRAS que testemunhem estes projetos regionais e
locais
[clique sobre o gráfico para ler]
Diante da falta deste
interessa e prioridade do governo e governantes, do Rio Grande do Sul, há
necessidade, neste momento de recorrer ao âmbito nacional. Existem alguns
esparsos mecanismos que se dedicam à coleta, ao
estudo, sistematização e publicação destes dados mas com interesses
marcados pelo mercado, patrimonialismo, propaganda e marketing. Os próprios
eventos das Artes Visuais do Rio Grande do Sul adotam oficial e contratualmente
esta estratégia[1]
[1] A BIENAL do MERCOSUL
escreveu no seu estatuto dos seus FINS como
Artigo 3. A ................................ é uma instituição de
natureza educacional e cultural, sem fins lucrativos, objetivando promover e
patrocinar eventos educacionais, artísticos e culturais, especialmente as ..................................................
Fig. 06 – O MUNDO CONTRATUAL foi a marca da ERA
INDUSTRIAL e o constante conflito entre ECONOMIA e POLÌTICA. Quando esta ECONOMIA TORNA-SE SIMBÓLICA as relações da POLÍTICA e respectivos CONTRATOS ainda estão distantes da realidade Rio Grande
do Sul e de PORTO ALEGRE. A
atomização os emissores e os seus
receptores são administrados por gigantescas
usinas de dados mantidos sob severo controle na medida em que afetam a
economia, a política e a logística dos meios de comunicação planetária
[clique sobre o gráfico para ler]
Os dados, apresentados
nos gráficos das figuras 05 e 06, referem-se
mais à produção e consumo em cada umas da unidades nacionais. Na realidade as
produções ideativas - como de um Vale do Silício nos Estados Unidos - possuem um
alto poder ECONÔMICO de exportação e imposição das suas concepções. Se Oswald de Andrade
falava em “POESIA BRASILEIRA de EXPORTAÇÂO” era
na crença de que a fantástica capacidade nacional era capaz de se tornar necessária além da fronteiras
nacionais.
Fig. 07 – A singela mensagem da garrafa entregue às
ondas, ao sabor das correntes oceânicas e os imponderável dos ventos, possui algo das
mensagens numéricas digitais da ÉPOCA PÓS INDUSTRIAL. Potencialmente as
OBRAS de ARTE e as sua MENSAGENS criadas no
Rio Grande do Sul possuem livre
curso na redes mundiais. No entanto no outro extremo destas redes mundiais
supõe-se a captura e decodificação
adequada da mensagem. Caso contrário é mais LIXO na PRAIA.Assim apesar da grande abrangência trata-se de uma
comunidade fechada sobre si mesmo como a própria garrafa
05 - A DIFICULDADE da SER INTUITIVO nas ARTES
VISUAIS do RIO GRANDE do SUL
A onda subliminar das
informações estéticas - disponíveis ou gerada pela ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL - dificilmente
permite que alguém seja intuitivo. O
bombardeio de índices estéticos, ainda na infância, não só acumula informações as mais
desencontradas. Este incessante bombardeio impõe concepções de mundo, ideologias e paradigmas desencontrados que
navegam na rede como garrafas ao sabor das ondas e ventos. De outra parte a
GUERRA de IDEIAS resulta do estatuto de “TODOS
SÃO ARTISTAS ATÈ PROVA em CONTRÁRIO” e envereda para acirrar uma competição pelo poder interno e externo
do campo estético
A pura e singela reação
intuitiva não produz nada além de ruído,
signos ocos e que não se sustentam como obra de arte.
Diante deste ACÚMULO,
DIVERGÊNCIAS e GUERRAS de IDEIAS, o próprio artista sente a necessidade de ir
para uma universidade. O crescente número de cursos superiores do de Artes do
Rio Grande do Sul[1]
é uma resposta numérica a este necessidade.
FORUM SOCIAL MUNDIAL em PORTO ALEGRE
Fig. 08 – A
convergência para PORTO ALEGRE do FORUM MUNDIAL de colocou a capital do Rio
Grande do Sul no CENTRO do MUNDO. No entanto como EVENTO de
PROPAGANDA e MARKETING não foi resultado do PODER ORIGINÀIO desta parte do
Planeta. As artes visuais foram eventualmente convocadas porém seguiram a sina
e as normas da antiga PROPAGANDA da FÈ, das BIENAIS e da
eventuais material\ações efêmeras .
06
- Nas ARTES VISUAIS NÂO EXISTE PERDÃO
Mesmo o ACÚMULO de OBRAS,
as DIVERGÊNCIAS, nas EXCOMUNHÕES
RECÍPROCAS e as GUERRAS de IDEIAS, não permitem ou justificam qualquer ERRO, INCAPACIDADE ou
INCONGRUÊNCIA INTERNA e EXTERNA das ARTES VISUAIS[1].
Quem fez a escolha pelo
CAMPO de FORÇAS ESTÉTICAS o FEZ POR LIVRE e ESPONTÂNEA VONTADE.
Evidente que acontece o
mesmo também em outros campos humanos Marc Bloch já assinalava para aquele que se
propõe ser historiador ao escrever que (2001, p, 44) que .
“será preciso desaconselhar a
prática da história a todos os espíritos capazes de serem mais bem utilizados
em outro lugar, ou é como conhecimento que a história terá de provar sua consciência limpa.” -
SANTO
ÂNGELO - Monumento à Colunas Prestes - projeto de Oscar Niemeyer
Fig. 09 – O Rio Grande do Sul foi não só ponto de
arrancada da REVOLUÇÂO NACIONAL de 1930. Antes dito a COLUNA PRESTES arrancou
de Santo Ângelo e fez do Brasil palco de uma MARCHA e de uma PREGAÇÂO pela
MUDANÇA POLÌTICA, ECONÔMICA e SOCIAL . Os
caminhos percorridos pela COLUNA PRESTES foram seguidos dos pioneiros das
marchas de sul-rio-grandeasses que durante décadas levaram, a agricultura, a
pecuárias e ass pequenas industrias que transfiguraram o oeste de Santa
Catarina, Paraná e Mato Grosso rumo ao Norte
atingindo,, recentemente, RORAIMA já na fronteira Norte do Brasil
07
- O ARTISTA VISUAL do RIO GRANDE do SUL é PORTADOR de um PROJETO de um PRINCIPE.
O PRÍNCIPE é AQUELE QUE PRINCIPA ALGO. A sina
do ARTISTA VISUAL do RIO GRANDE do SUL. sempre foi o de iniciar algo que outros
achavam impossível e sobre-humano. Estão ali as carreiras de uma Araújo
Porto-alegre, de Weingärtner, de um Oscar Boeira, de um Iberê Camargo, de um
Vasco Pardo e tantos outros. Todos são seres humanos que transformaram as suas próprias vidas num projeto
cotidiano no qual o sobre-humano e a superação daquilo que outros
achavam impossível.
Fernando Corona
(1895-1979), ciente dessa riqueza, resumiu a carência de agentes no Rio Grande
do Sul que se dedicam ao seu conhecimento e à sua reflexão, afirmando (1977 p. 166)[1] que :
“nunca tantos deverão
ficar ignorantes de tão poucos, pois a história na seara das Artes, ainda está
para ser contada desde Araújo Porto-alegre e Pedro Weingärtner até os últimos
talentos que despertam nas artes plásticas e na arquitetura”.
Colocados diante do
imenso painel no qual “TODOS SÃO ARTISTAS”
verifica-se que estes poucos são portadores de um PROJETO que não só transformaram as suas próprias
vidas. Além disto este seu projeto exige as circunstâncias na qual a sua obra faz sentido e ganha a devida
dimensão, Iberê Camargo quando
realizou a sua primeira exposição
oficial em Porto Alegre exigiu e conseguiu que ela tivesse como cenário o atual PALÁCIO PIRATINI.
Caso um novo ladrão
conseguisse furtar, outra vez, a Mona
Lisa do LOUVRE e se, ele, por acaso a
abandonasse pendurada num jerivá da Avenida Farrapos de Porto Alegre, o seu
destino, mais provável, seria ser recolhida por um caminhão do lixo. Assim a
museologia e seus cânone conferem, não só moldura para OBRA de ARTE, como lhe
emprestam novos sentidos e dimensões.
[1] CORONA,
Fernando (1895-1979). . Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto
Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241
CORREIO
do POVO ano 123, nº 310- .foto Alina Souza - 05.08.2018 - Orla Moacir SCLIAR
Fig. 10 – O GUAIBA como convergência e
passagem das águas foi para PORTO ALEGRE não só o motivo do nome mas o
endereço e domicilio de uma população que faz da Natureza o seu ponto de
transcendência e e instalação de uma civilização com seus costumes, convivência
e e sobrevivência,. Situada no
Paralelo 30 Sul e envolta pelos mantos
das evaporações recebe os raios solares num ângulo de 45 graus fazendo que se fragmentem
em todas as gamas das cores do arco íris
08 - O PAPEL de PROJETO nas ARTES VISUAIS do RIO
GRANDE do SUL.
Aceita-se, aqui, o SENTIDO de que uma cidade torna-se HISTÓRICA
na MEDIDA do SEU PROJETO. Segue-se o argumento do
arquiteto e historiado Carlo ARGAN[1].
“A
ideia de projeto – a ideia de desenho, porque evidentemente todo projeto é
desenho e todo desenho é ao menos virtualmente um projeto – leva
necessariamente a considerar a amplitude desta ideia de projeto arquitetônico.
É um pouco o símbolo ou o modelo de uma atividade de projeto, de uma vontade de
projeto que se manifesta, não somente nas artes, mas em todas as atividades
humanas, em toda a cultura”
.Neste sentido os casebres da Canudos do Antônio
Conselheiro, ou as favelas, os mocambos
ou as malocas resultam num amontoado desconexo como são desconexos os projetos
daqueles que promovem estes acumulados urbanos. A elas se opõe as claras
retículas das cidades filipina, ou as radias de George Eugene Haussmann[2]
de Paris, ou diagonais e radiais de Gerdá para Barcelona[3]
ou a remodelação comandado por Pereiras Passos no Rio de Janeiro ou claro ou
unívoco traçado urbano da Brasília nascido de uma mente ordenadora antes que o
caos brote por todos os lados.
[1] http://arquitetura.weebly.com/uploads/3/0/2/6/3026071/tex12_a_historia_na_metodologia_do_projeto.pdf
[3] PROJETO
CERDÁ para BARCELONA http://planocerda.blogspot.com/2007/05/o-plano-cerd-nova-barcelona-proposta_29.html
O PERTENCIMENTO e AUTONOMIA
do ARTISTAS VISUAIS no RIO GRANDE de SUL
Fig. 11 – A ASSOCIAÇÂO FRANCISCO LISBOA está chegando
aos OITENTA ANOS de com variadas e criativas formações sociais
que respondem aos seus repertórios, interesses os mais variados que se agitam
no CAMPO das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE
do SUL. . O seu POTENCIAL só cresce
e se expande com novas e sucessivas direções com projeto novos e que apontam para
a sua permanência por TEMPO INDETERMINADO
09
- O HOMEM de um LIVRO SÓ num PROJETO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE
do SUL.
Impossível ao HOMEM
firmemente convicto de que
TODA
VERDADE se encontra
nalguma sentença, frase ou parágrafo do seu
ÚNICO
LIVRO. É impossível ser dar conta das DIVERGÊNCIAS, das EXCOMUNHÕES RECUPROCAS, das GUERRAS de
IDEIAS e do ACÚMULADO de OBRAS da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL nesta mentalidade rígida, linear e unívoca.
No contraditório não é
possível condenar este mesmo HOMEM de um LIVRO SÓ devido
ao sagrado direito que ele possui de se autolimitar, de praticar uma severa
acesse no seu estreito espaço e projeto conceitual. Marcel DUCHAMP[1]
defende
“Sob
a aparência, estou tentado dizer sobre o disfarce, de um dos membros da raça
humana, o indivíduo é de fato sozinho e único e no qual as características
comuns a todos os indivíduos, tomados no conjunto, não possuem nenhuma relação
com a explosão solitária de um indivíduo entregue a si mesmo”.
No entanto este HOMEM
de um LIVRO SÓ necessita permanecer nas fronteiras
deste conhecimento que ele se impôs. Extrapolar destes limites não é só é ser expor
ao ridículo com permeia o exercício ilícito de outros saberes. Devido também a
isto não se justiça qualquer ERRO,
INCAPACIDADE ou INCONGRUÊNCIA INTENA e EXTERNA[2].
A frequência à
UNIVERSIDADE pode ser uma solução para este HOMEM de um LIVRO
SÓ na
medida que ele entra em contato com outros saberes.
[1] DUCHAMP.
Marcel “O artista
deve ir à universidade?”[1] in SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par
Michel Sanouillet Paris: Flammarrion, 1991, pp. 236-239
Fig. 12 – Uma
listagem das ARTES a partir dos SIGNOS SENSÍVEIS, das QUAIS ELAS se VALEM, para
MATERIALIZAR PENSAMENTOS, IDEIAS e
PROJETOS, Porém cada uma destas
manifestações é muito ciosa e exigente aos seus limites e são intolerantes para
invasões e subversões dos seu códigos específicos. Na realidade cada uma é um
projeto que exige vidas e gerações inteiras para atingir algum domínio formal
que os PENSAMENTOS, as, IDEIAS e os PROJETOS, de cada época, lugar e sociedade nas
quais se materializam
[clique sobre o gráfico para ler]
10 - A OBRA de ARTE como PRIMORDIAL num PROJETO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE
do SUL.
O artista é convidado a realizar - nos acertos e desacertos deste fluxo - as suas PESQUISAS ESTÉTICAS
PESSOAIS. Ele sabe, na sua mentalidade de PRÍNCIPE, que a sua OBRA de ARTE é PRIMORDIAL e
intransferível.
Por mais que outras
áreas do saber humano queiram vir em socorro, mais se convencem que a BRA de ARTE é INTRANFERÍVEL. Carlos
SCARINCI alertava que ele, como FILÓSOFO, dedicado a ESTEÈTICA, seria capaz de
escrever todo um TRATADO de ESTÉTICA sem jamais ter visto ou apreciado uma
única obra física de ARTES VISUAIS.
Na obra de KANT é legível esta ESTÉTICA -DISTANTE da OBRA de ARTE. HEGEL testa a ARTE e espreme, nos mecanismos da DIALÉTICA entre o EMPÌRICO e o CONCEITUAL Assim afirma (1945, p. 33)[1] que:
Na obra de KANT é legível esta ESTÉTICA -DISTANTE da OBRA de ARTE. HEGEL testa a ARTE e espreme, nos mecanismos da DIALÉTICA entre o EMPÌRICO e o CONCEITUAL Assim afirma (1945, p. 33)[1] que:
“Há dois métodos distintos e opostos para seguir na
indagação sobre Arte. Um é empírico e histórico: tenta obter do estudo das obras primas das
Artes as regras críticas e os princípios artísticos. O outro é racional e a priori: eleva-se imediatamente ao ideal e deduz dele
as leis gerais. Aristóteles e Platão representam ambos os métodos. O primeiro conduz a uma teoria estreita,
incapaz de compreender a Arte na plenitude. O segundo isolando-se nas alturas
da metafísica, não sabe descer de lá para se aplicar as artes particulares e
apreciar suas obras. O verdadeiro método consiste na reunião destes
procedimentos, na sua conciliação e emprego simultâneo. Ao conhecimento positivo das obras de Arte,
devem unir-se a reflexão filosófica e a capacidade de compreender suas
características e leis imutáveis”.
A síntese resultante da
prensa entre o SENSORIAL e CONCEITUAL evidente aponta para algo sem um final ou
definitivo.
[1] HEGEL Jorge
Guilherme Frederico(1770-1831). De lo Bello y sus formas (Estética)
Inroduccion -II – Método a seguir en la
inadagación filosófica de lo bello y
dela Arte – Buenos Aires : Esoasa Calpe
Argentina (Coelçaõ Austra – Volume extra) 1946, p. 33.
Regina
SILVEIRA Obra 2014 https://www.arteinformado.com/guia/f/regina-silveira-3512
Fig. 13 – Regina Silveira[1]
represente múltiplas conquistas das artes visuais brasileiras e
sul-rio-grandenses, A sua projeção
mundial - como a primeira dama da
pintura brasileira - não impedem a sua presença em Porto Alegre e com grande
qualidade. O seu aminho iniciou com o impulso da prestigiosa
equipe de professores nas Artes Visuais do IBA-RS constituída décadas de 1950. Porém não mitificou e nem se
negou a enfrenar mudanças, novos caminhos, técnicas e desafios que as ARTES
VISUAIS continuam a OFERECER mundo afora.
Nas ARTES VISUAIS a
distinção entre o ENXERGAR e o VER exige o
retorno o continuado enxergar e OBRA de ARTE como
PRIMORDIAL. Caso aconteça a fixação exclusivo de objetivos RACIONAIS estas ARTES VISUAIS acabam em
territórios teóricos alheios com perda
da sua autonomia específica e resultam em meras especulações do FAZER
metafísico. Nestas meras especulações do
FAZER metafísico, estas ARTES VISUAIS,
centram-se apenas na ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA. Será uma experiência
idêntica de que quer aprender uma língua
estrangeira apenas pela sua GRAMÁTICA. Isto se evidencia em
Roland Barthes ao firmar (1967, p.9) [17] que; “numa sociedade como a nossa, na qual
mitos e ritos tomaram a forma de uma razão, que dizer definitivamente - de uma palavra -, a linguagem humana
não é só o modelo do sentido, mas também o seu fundamento”.
É de pouco proveito este conhecimento gramatical e esta atualização da inteligência, na ausência da EXPERIMENTAÇÃO PERMANENTE na ARTE, senão a perda de TEMPO, mesmo para os muito BEM INTENCIONADOS.
FONTES BILIOGRAFICAS
BLOCH, Marc (1886-1944) APOLOGIA da
HISTÓRIA ou O Ofício de Historiador – Edição comentada por Étienne Bloch –
Prefácio Jacques le Goff – Rio da Janeiro: Jorge Zahar 2001 -159 p ISBN 978-85-7110-609-3
CORONA, Fernando (1895-1979). . Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto
Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241
DUCHAMP.
Marcel “O artista deve ir à universidade?”[2] in SANOULLET, Michel. DUCHAMP
DU SIGNE réunis et présentés par Michel Sanouillet Paris: Flammarrion,
1991, pp. 236-239 http://profciriosimon.blogspot.com.br/2015/05/estudos-de-arte-018.html
HEGEL Jorge Guilherme
Frederico(1770-1831). De lo Bello y sus formas (Estética)
Inroduccion -II – Método a seguir en la
inadagación filosófica de lo bello y
dela Arte – Buenos Aires : Esoasa Calpe
Argentina (Coelçaõ Austra – Volume extra) 1946, p. 33.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
ALVAREZ,
Cícero – tese CORONA e FAYET – Palácio da Justiça POA-RS
ESTUDO dos
PENSADORES das ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES.
SÍNTESE em
PROCESSOS da
LIC das ARTES VISUAOS 2018
CULTURA para
os candidatos PRESIDENCIASI de 2018
MAPEAMENTO da
INDÚSTRIA CRIATVA no BRASIL
INSTITUIÇÔES
SUPERIORES de ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL
EM ARTE NÃO
HÁ PERDÃO
FERNADO PESSOA-
LI HOJE...
Merce
CUNNINGHAM e a sua estética https://elpais.com/cultura/2009/07/27/actualidad/1248645603_850215.html
O PERTENCIMENTO e AUTONOMIA
do ARTISTAS VISUAIS no RIO GRANDE de SUL
POTENCIAL
ESPORTIVO de PORTO ALEGRE
PROJETO na
CONCEPÇÃO de CARLO ARGAN
http://arquitetura.weebly.com/uploads/3/0/2/6/3026071/tex12_a_historia_na_metodologia_do_projeto.pdf
Regina
SILVEIRA Obra 2014
Regina SILVEIRA no
MUSEU IBERÊ CAMARGO http://profciriosimon.blogspot.com/2011/03/isto-e-arte-01.html
Uma JUSTIÇA
com OS OLHOS ABERTOS e VIGILANTES:
PORÉM, MESMO
ENXERGANDO, a REALIDADE NÃO LHE OBEDECE
POTENCIALIDADES
do MUNDO DIGITAL El Mercúrio Chile 26.08.2018
ESTUDOS
de CASOS
1 – HISTÓRIA da SECRETARIA de CULTURA do RIO GRANDE do SUL
2 – CONSELHO
ESTADUAL de CULTURA – RS
3 –
POTENCIALIDADE da INSTITUCIONALIZAÇÃO das ARTES
a partir ATUAL CONSTITUIÇÂO do RIO GRANDE do SUL
[1] Regina SILVEIRA no MUSEU IBERÊ CAMARGO http://profciriosimon.blogspot.com/2011/03/isto-e-arte-01.html
[2] - Texto de uma
alocução em inglês pronunciada por Marcel Duchamp, num colóquio organizado em
Hofstra em 13 de maio de 1960. Consta em SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et
présentés par.. Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239
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