terça-feira, 8 de dezembro de 2009



ICONOGRAFIA SUL-RIOGRANDENSE de PLÍNIO BERNHARDT –


o livro.

10 de dezembro de 2009 , às 17h


Lançamento do livro Iconografia Sul-Riograndense de Plínio Bernhardt, com seminário sobre a obra.Auditório Barbosa Lessa, no 4º andar do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV), Rua dos Andradas, 1223, Centro Histórico.

A entrada é franca para o seminário e o lançamento

No seu conjunto, o livro não é uma obra eventual e nem obedece aos mandamentos do simples marketing da indústria cultural. Trata-se de uma obra amadurecida tanto no conteúdo, como nas fotos, a preparação gráfica e impressão. Evidente que esta escolha pagou o preço da popularidade imediata.


O livro é coerente com as obras de Plínio que são testemunhas de paisagem, do homem e dos seus hábitos. A obra e o livro não se deixaram seduzir pelos estereótipos da industria cultural quando ela registra o mundo empírico e o produz apenas pensando em agradar ao viajante apressado e superficial.


Há necessidade de decodificar lentamente o caráter da criatura humana sul-riograndense. Este caráter foi gerado graças ao confronto do frio, ao mergulho nas imensas planícies desproporcionais à presença da figura humana, a falta de produtos de fácil pilhagem e o constante alerta contra intrusos indesejados e saqueadores dos produtos do árduo labor humano nestas contrariedades. Quem olhar com atenção para a obra de Plínio será arrastado para estes universos de contrariedades que o pintor conseguiu transpor para o universo da poética e torná-los universais sem ter o projeto supremo de simples querer agradar a todos. Nesta lenta e segura maturação, fazem justiça a uma geração de autênticos artistas sul-riograndeneses, fiéis à sua terra e o que pode oferecer para quem se debruçar sobre ela, a acarinha e trabalha na mais absoluta integridade intelectual e sensorial.


Resumindo pode-se afirmar que a vida, a trajetória e a obra de Plínio são índices incontornáveis daquilo que um cidadão podia realizar, por seus próprios meios e sem grandes encomendas, no campo das artes plásticas em Porto Alegre na metade do século XX.


O livro nos fornece esta lição de autonomia e do bem querer à sua terra. Ele constitui uma conexão entre o presente e as possibilidades estéticas da parte de quem realizou estas escolhas numa vida que se encontra num passado definitivo. A obra de arte constitui, no mínimo de sua forma, uma ponte que carrega o máximo de informações do passado para o nosso presente e ruma para um futuro de tempo indeterminado. O livro possui asas para esta tripla tarefa.



Mais informações em:

ICONOGRAFIA SUL-RIOGRANDENSE de Plínio BERHARDT

http://www.cccev.com.br/site/template_011.asp?campo=368&secao_id=7

Revisão ortográfica deste texto de Yvonne BERNHARDT.

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