terça-feira, 29 de outubro de 2019

274 ISTO é ARTE

A pintura no Rio Grande de Sul 
entre 1910 e 1930

Fig. 01 – O quadro  “MARICÁS” no pântano .de Pedro WEINGARTNER em 1911 , pode ser uma metáfora da gloriosa estagnação da REPÚBLICA VELHA . Os “MARICÁS NÃO FLORIDOS” no pântano o artista consegue extrair desta estagnação uma  sensação de SILÊNCIO de AUSÊNCIA  de qualquer sinal de PROGRESSO  A perpetuação de BORGES de MEDEIROS  no PODER - sustentado pela CONSTITUIÇÃO do PARTIDO REPUBLICANO RIOGRANDENSE-  garantiu aos se sócios a tranquilidade de NÃO PRECISAR MUDAR  a ESTAGNAÇÃO num PÂNTANO SEM  FIM.

 SUMÁRIO da AULA de Círio Simon -  Dia 21/11/2019 . ----  15h00-16h00
01 – PROBLEMA:  a contradição CONSERVAR MELHORANDO -  02 – A  RITMO  que era possível na PINTURA o Rio Grande do Sul entre 1910 e 1930 - 03– As urgências externas : as vanguardas europeias e Semana de Arte Moderna de São Paulo   04–  O CONFLITO  entre ATUALIZAÇÃO das INTELIGÊNCIAS e o DIREITO à PESQUISA ESTÉTICA nas  ARTES VISUAIS :  - 05  ARTISTAS  PINTORES  na AUTONOMIA  constroem sua carreira no RIO GRANDE do SUL  . 06 –  Os PINTORES ARTISTAS  BUSCAM SOCIALIZAR a sua atividade e fazer individual entre 1910 e 1930   07 – Os MOVIMENTOS PAULISTAS da SEMANA de ARTE MODERNA   e lenta assimilação da mudança no Rio Grande do Sul    - 08 DOIS SALÕES EMBLEMÁTICOS da DÉCADA de 1920:  O SALÃO de OUTONO (1925) e SALÃO da ESCOLA de ARTES (1929) 09 – Os OLHARES RETROSPECTIVOS  na busca de identidade e se inscrever num continuam de PESQUISA ESTÉTICAS    . 10 – QUEBRA da BOLSA de NOVA YORK e a REVOLUÇÃO de 1930 e os reflexos na PINTURA do RIO GRANDE do SUL 11  – Os PRIMÓRDIOS  da ascensão dos ESTADOS ONIPRESENTES e  TOTALITÁRIOS com os seus projetos na PINTURA MURAL e dos GRANDES ESPAÇOS PÚBLICOS   
Fig. 02 – A vida da REPÚBLICA VELHA esteve impregnada com  longa projeção de Júlio Castilhos e seu mito triunfante  que reina tranquilo sobra os seus barulhentos, ativos e divididos inimigos. Os artista consegue extrair desta estagnação u  sensação de SILÊNCIO sinais da  ausência de qualquer  PROGRESSO ESTÈTICO visto como inimigo da ORDEM mantida por  todos os meio inclusive da armas, com em 1923 


01 – PROBLEMA: “CONSERVAR MELHORANDO”.
 O projeto político ambíguo e reducionista pregado por  Augusto COMTE[1] na sua RELIGIÃO da HUMANIDADE[2] do “PROGREDIR é CONSERVAR MELHORANDO” dominou as mentalidade sul-rio-grandenses entre 1910 e 1930 Este projeto sempre vencia o marasmo, as mesmice  e falta de imaginação e, por consequência, qualquer mudança esbarrava no CONSERVADORISMO. Projeta-se nos dias atuais[3] havendo quem defenda   mesmo aquilo o que havia nascido das ideias mais audaciosas num passado  e que ali deram certo[4]
Este CONSERVADORISMO se manifestou nos intermináveis anos do domínio de Borges de Medeiros[5], Prolonga-se no presente e projeta-se no presente para o futuro num TRADICIONALISMO inventado para “PROGREDIR CONSERVAR MELHORANDO”.
  Getúlio Vargas tentou ignorou estes HÁBITOS, como  presidente estadual, entre  1928 e 1930. HÁBITOS  formados pela  recente acumulação do tempo do CASTILHISMO, mantidos pelo BORGISMO e perpetuados pela FALTA de ÂNIMO para INOVAR.
 HÁBITOS que ainda dependem e se alimentam do substrato das MENTALIDADES COLONIAIS do passado e da FUGA do TRABALHO com as MÃOS dos ESCRAVOS estão presentes e agem nas mentes, nos corações e nas vontades tanto do PINTOR como do seu público.
Os HÁBITOS COLONIAS que continuavam com a dependência ESTÉTICA de CULTURAS ALHEIAS que se querem HEGEMÔNICAS e continuam no MUNDO ATUAL. A FUGA do TRABALHO com as MÃOS  do PINTOR, visto como “VEXAME”  e como próprio do ESCRAVO.
No entanto a raiz mais profunda - e diretamente ligado à PINTURA no RIO GRANDE do Sul -  é que ela é herdeira  na cultura lusitana que Miguel Ângelo já diagnosticava em 1540 quando afirmou (Holanda, 1955, p. 66)[6] que 
nesta nossa terra [Itália] até os que não estimam muito a pintura a pagam muito melhor que em Espanha e Portugal os que muito a festejam, por onde vos aconselho, como a filho, que não vos devíeis partir dela, por que hei medo que, não o fazendo, vos arrependereis”
Esta herança lusitana - da pouca importância econômica, simbólica e de identidade da PINTURA - perpassou séculos de dominação ibérica do BRASIL. Nesta herança portuguesa o nome do artista, a sua obra e a sua recepção sempre foram vistos e tratados como produtos espúrios de  súditos especializados. A obra do pintor  tinha algum sentido vago  numa eventual encomenda controlada para  a corte ou para um tema sacro de um igreja da elite e com objetivo de projeção de QUEM a ENCOMENDAVA obra.
02 –  RITMO que era possível na PINTURA o Rio Grande do Sul entre 1910 e 1930 –

Apesar da CRESCENTE POTENCIALIDADE da ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA a PESQUISA ESTÉTICA patinava, no RIO GRANDE do SUL, no “CONSERVAR MELHORANDO.
Uma ruptura estética, intelectual e da vontade significaria não só era uma temeridade como uma obra quixotesca fora da sociedade, do lugar e do tempo,
 As frouxas e deslocadas comparações - feitas por críticos nativos com tendências europeias -  mais afasta e atrapalha a atenção da PINTURA que se praticava no Rio Grande do Sul ente 1910 e 1930. Comparações que cegam o estudioso e desorientam o observador no ato de se defrontar, de interrogar e de observa aquilo que está diante dos seus olhos
Uma atenta observação do fazer e pensar da PINTURA de PEDRO WEINGÄRTNER ou de um OSCAR BOEIRA evidencia a impregnação, a consciência e responsabilidade moral e estética destes MESTRES.
De outro lado um critico ou observador estrangeiro está envolvido com a sua própria SOCIEDADE, LUGAR e TEMPO e pouco tempo e vontade lhe restam para aqueles de além de suas fronteiras, povo e História. Assim a PINTURA pratica no RIO GRANDE do SUL muito pouco pode dizer além de um despótico “PEQUENOS MESTRES” perdido na FLORESTA e nos PÂNTANOS BRASILEIROS como Albet CAMUS descreveu Porto Alegre em 1947.


[4] A REVOLUÇÃO CUBANA e o CONSERVADORISMO https://ardotempo.blogs.sapo.pt/79583.html?thread=16863

[5] Prédio e monumentos  sob inspiração do CONSERVAR MELHORANDO positivista de Porto Alegre

[6] HOLANDA, Francisco de (1517-1584) Diálogos de Roma: da pintura antiga. Prefácio de Manuel Mendes. Lisboa : Livraria Sá da Costa, 1955, 158 p.

Fig. 03 – O lema do “CONSERVAR  MELHORANDO” é nítido na paisagem urbana da capital do Rio Grande do Sul. Programa que consistiu na estetização urbana para Porto Alegre ser a “ SALA de VISITA do ESTADO”  Além do fachadismo, com recursos as tendências arquitetônicas e escultóricos da História da Arte, o monumento que o Regime Republicano ergueu ao Barão Rio Branco significava a homenagem a alguém que foi “CONSERVADO’ pelo REGIME REPUBLICANO nas mesmas funções, títulos e homenagens que havia rex=cedido no REGIME IMPERIAL


03 – As urgências externas: as vanguardas europeias e Semana de Arte Moderna de São Paulo.   

 Não se examinou, ainda, o conteúdo e as limitadas  formas da ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA que chegavam e eram assimiladas no RIO GRANDE do SUL, entre 1910 e 1930. Formas  e conteúdo vigentes na PINTURA de outras culturas e tendências estéticas dominadas por INFORMAÇÕES, OBRAS e ARTISTAS estrangeiros.
Entre 1910 e 1930 não havia SUPORTE e PUBLICO no Rio Grande do Sul para acompanhar as TESES e as ANTÍTESES de CULTURAS MAIS EXPERIMENTADAS com algumas exceções. De outra parte a RECEPÇÃO destas INTRIGAS pouco dizia para uma cultura próxima da NATUREZA e das NECESSIDADES BÁSICAS.  As OBSOLESCÊNCIAS FORÇADAS - praticadas e não resolvidas em CULTURAS MAIS EXPERIMENTADAS e ESTRUTURADAS estavam carregadas de GUERRAS ALHEIAS, de EXCOMUNHÕES RECÍPROCAS de POUCO SENTIDO para a PINTURA PRATICADA no Rio Grande do Sul
Não se nega estas INGERÊNCIAS EXTERNAS. Mas aceitá-las e cultivá-las, como próprias,  seria se meter em GUERRAS ALHEIAS por MERO QUIXOTISMO.
Mesmo as URGÊNCIAS ESTÉTICAS socializadas pela SEMANA de ARTE MODERNA e que pautava em estéticas das quais era impossível transportar ao BRASIL para torná-las fecundas.

Fig. 04 – A presença de Eugênio LATOUR (1874-1942) em Porto Alegre ao longo da I Guerra  Mundial e as suas aulas na ESCOLA DE ARTES  contribuíram para o conservadorismo na PESQUISA ESTÈTICA SUL-RIO-GRANDENSE enquanto chegavam enxurradas de noticias de atualização das inteligências. No entanto esta ATULIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA não encontrava, no Rio Grande do Sul,  suportes sociais, econômicos e muito menos instrucionais para orientar uma  PESQISA ESTÈTICA diferente daquela que se prtativava em Porto Alegre daquela época

04–  O CONFLITO  entre ATUALIZAÇÂO das INTELIGÊNCIAS e o DIREITO à PESQUISA ESTÉTICA nas  ARTES VISUAIS :

As fontes potenciais presentes no Rio Grande do Sul necessitavam ir além do “CONSERVAR MELHORANDO”. Necessitava MUDAR PARADIGMAS, vencer PRECONCEITOS e especialmente serem coerentes com o seu  ambiente,  com  o repertório cultural da sua sociedade e do sua época.
Necessitava da solidariedade com o passado onde tinha a sua origem e a capacidade de MUDAR em DIREÇÃO ao FUTURO por meio de uma OBRA CONSISTENTE, VERDADEIRA e ÚNICA..
 Qualquer vacilação neste projeto ressuscitava a velha formula positivista do “CONSERVAR, MELHORANDO” 
Poucos entendiam esta necessidade do CONFORTO ONDE NASCERAM e procuram se perpetuar. Qualquer proposta de MUDANÇA despertava um voluntarioso  exército de “SATISFEITOS com o sistema vigente, ACOSTUMADOS e ENCASTELADOS num PASSADO GLORIOSO e FAVORÁVEL” que se viam ameaçados no seu CONSERVADORISMO HEREDITÁRIO.


[1] PINACOTECA BARÃO de SANTO ÂNGELO Instituto de Artes – UFRGS CATÀLOGO GERAL 1910-2014  Organização Paulo Gomes et alii- Porto Alegre: Editora UFRGS - 2015 -  2v - 688p. il. 21 x 28 cm     ISBN 978-85-386-0268-2 –

Fig. 05 –Luís Augusto de FREITAS  Libindo FERRÁS (da esquerda para direita de pé) e Francis PELICHECK (sentado) reunidos na ESCOLA de ARTE da Instituto de Belas Artex. Eles   foram três artistas fundamentais das ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSE da década de 1920. PELICHEK entrou na Escola em 1925 enquanto FREITAS sai da Escola no início de 1925  em conflito com Libindo FERRÀS


Ninguém desejava a “PAZ dos CEMITÈRIOS” . Porém é pedir demais quando se impõe a RUPTURA EPISTÊMICA e ESTÉTICA, Pedido e prática que implica na renúncia à certeza equivocada de “TER CHEGADO ATÉ a SABEDORIA”  na frase SÊNECA Da tranquilidade do ânimo, p. 08
Penso que muitos poderiam ter atingido a sabedoria, se não se tivessem imaginado ter chegado até ela, se não se tivessem fingido certas coisas em si mesmos, se não passassem por outras com os olhos fechados [1]
Para o autor desta frase implicou na sentença de morte de SÊNECA da parte do seu aluno Nero do qual p mestre  pedia mudança de mentalidade e conduta.
No período de 1910 e 1930 as excomunhões recíprocas, as desqualificações e a pura eliminação de cenário de PINTURA do Rio Grande do SUL não foram menos cruéis e duradouras do que as pena capital aplicada a Sêneca.
Excomunhões recíprocas, desqualificações e a pura eliminação de cenário de PINTURA é o que verificou, na prática, no conflito entre Libindo FERRÃS e Luís  Augusto de FREITAS[2]  que foi viver, produzir  e fazer carreira em Roma.


[2] Os respingos, de um destes conflitos, foram registrados no Livro de  Atas da Comissão Central dessa forma:  (Renato Costa – secretário do Instituto, solicitado pelo Dr. Sarmento Leite) ‘leu o Ofício do professor Libindo Ferraz, director da Escola de Artes sobre o professor Augusto Luis de Freitas, relatando incidente entre os dous professores, offício esse archivado na Secretaria do Instituto e do ofício do professor A. L. de Freitas solicitando exoneração por não poder trabalhar com o professor Libindo Ferraz. O dr. Renato Costa, a propósito desse incidente, relatou a Comissão Central que ouvio os dous professores e que o professor A.L. de Freitas confirmou tudo quanto aleggou o diretor Libindo Ferraz, motivo pelo qual entende dever ser concedida a referida exoneração. A Comissão Central approvou a exoneração concedida e lamentou a perda, archivando-se na secretaria os papeis relativos a este incidente”. Livro das Atas nº I, da CC-ILBA-RS ,  f. 34f,  sessão do dia 14.10.1925. 


Fig. 06 – Na década de 1920 a obra e a personalidade de Oscar BOEIRA (1883-1943) são singulares na  PINTURA SUL-RIO-GRANDENSE. A sua obra é estritamente PNTURA com uma técnica digna deste nome. Quanto à sua personalidade é uma encarnação da frase de Aristóteles de que “ARTE ESTÀ em QUEM PRODUZ” Assim a sua PINTURA  está carregada com seu gosto refinado pela PINTURA.  Não pintava para VENDER  e raramente mostrava a sua obra. Não cobrava as aulas como docente e a ESCOLA de ARTE e  muito menos as  banca do Instituto de Belas Artex . Presente nas exposições coletivas como a pintura dos arrabaldes de PORTO ALGRE presente na EXPOSIÇÂO de novembro de 1929  a convite da ESCOLA de ARTE

05  - ARTISTAS  PINTORES  na AUTONOMIA  constroem sua carreira no RIO GRANDE do SUL 

Na década de 1920 vários artistas permaneciam ou  vinham para ficar o Rio Grande do Sul. Enfrentaram EXCOMUNHÕES, PATRULHAMENTOS  e DESQUALIFICAÇÕES para  produzir para si mesmos, para a sociedade e o local de sua escolha.
Diante das obras destes artistas qualquer simplificação e projeção de tendências externas consegue estragar e corromper este GOSTO pela ARTE cultivado pelos  produtores de PINTURA que começam a se instalar e se desenvolver em obras.
O retorno de Pedro WEINGÄRTNER e a sua permanência, em Porto Alegre, soma-se com a vinda, em 1922,  do tcheco Francis PELICHECK[1] e, aqui,  começa a produzir intensamente na PINTURA, Desenho e Artes Gráficas soma-se ao seu ensino na Escola de Artes até 1937.


[1] KERN, Maria Lúcia Bastos. «Les origines de peinture ‘moderne’ au Rio Grande do Sul – Brésil» Paris  Université de Paris I Panthéon Sorbone, 1981 tese 435 fl.
_________. Francis Pelichek. Porto Alegre : Caixa Econômica   Federal 1998.

Diário de FRANCIS  PELICHEK 1896-1937- Album 1920-1930

Fig. 07–  Afinal ALGUÉM  DISPOSTO a MUDAR.  Francis PELICHEK praticou o ato heroico de deixar, aos 24 anos,  o conforto e uma carreira na Europa e a temeridade de fazer a América.  Na Escola de Artes do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul ele agitou e animou e enriqueceu  o meio artístico local. Entre a sua chegada em 1922 e a sua morte precoce, em 1937, esteve intensamente associada às  ARTES NOBRES possíveis  no ambiente de sua escolha.

 Tanto PELICHEK como WEINGÄRTNER  agiram no perfeito exercício da autonomia como PRÍNCIPES - ou aqueles que principiam algo novo e inédito - no meio local que ainda estava entrega à confortável  mentalidade  do “CONSERVAR MELHORANDO”;

06 –  Os PINTORES ARTISTAS  BUSCAM SOCIALIZAR a sua atividade e seu fazer individual entre 1910 e 1930.

O trabalho e a criação individual dos ARTISTAS PINTORES  passou pelas GUILDAS MEDIEVAIS, se refugiou nas templos, ganhou o abrigo como SÚDITO dos REIS e dos PRÍNCIPES nos  no palácios    As bases destas formas coletivas se evaporaram com a AUTONOMIA, CIDADÃO, com NOME PRÓPRIO e com o artista empresário de si mesmo.
Uma CLASSE só existe na medida do TRABALHO em COMUM. No Brasil este TRABALHO em COMUM nas ARTES foi possível se articular oficialmente por meio  as SOCIEDADES para FINS ARTÍSTICOS regulados pela Lei 173 do dia 10 de setembro de 1893. Esta lei serviu para retirar do PODER CENTRAL o controle que o trono exercia na províncias  e embasar os fundamentos legais do INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL[1] onde o artista entrava como assalariado e subordinado. A ORGANIZAÇÂO dos artistas em SOCIEDADES COMANDADOS POR ELES MESMOS irá tomar formas mais seguras e legíveis após 1930 com a criação de SINDICATOS de ARTISTAS PINTORES.
A década de 1920 assistiu a criação da “Sociedade de Cultura Artística” que reuniu um agrupamento de artistas com o objetivo da realização do SALÃO de OUTONO de 1925 e reapareceu em 1930 para homenagear Pedro WEINGÄRTNER[2]. Este agrupamento nasceu de um BAILE de CARNAVAL para o qual os PINTORES CRIARAM os CENÁRIOS.  Quando este agrupamento tentou sondar e reunir os pintores artistas de Porto Alegre  gerou o espanto pelo numero de pintores que produzia individualmente sem expor ou comercializar as suas obras
Na  década de 1920 o RIO GRANDE do SUL conheceu   vários artistas locais ou que vinham para ficar e produzir para si mesmos, para a sociedade e o local de sua escolha


[1] SIMON, Círio.« A Escola de Artes e a profissionalização de seu aluno» in Porto Arte. Vol. 1 nº 2. Pp. 7-15  nov. 1990.
_________  Libindo Ferrás. Porto Alegre : Caixa Econômica Federal. 1998
_________  ORIGENS   DO   INSTITUTO   DE  ARTES  DA  UFRGS: etapas entre   1908-1962  e  contribuições na constituição de expressões de autonomia no sistema de artes visuais do Rio Grande do Sul. Porto Alegre : PUCRS: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Tese 2002. 561 f

[2] GUIDO Ângelo (GNOCCHI) (1893-1969). «Pedro Weingärtner, pintor romântico» in Revista do Globo: Porto    Alegre, ano 2,  no  1 (025o fascículo) jun. 1931 s/p.
_________. Pedro Weingärtner. Porto Alegre : Divisão de Cultura- SEC/RS –1956, 228 p.

Público da exposição de Sotero  Cosme[1]

Fig. 08 – O ambiente, as obras e a sociedade presente numa das exposições de Sotero COSME Esta sociedade é imantada pela presença deo Desembargador Manuel André da ROCHA ( de bengala e chapéu). Entr as obras é visível o estudo da cabeça de BETHOVEN de que o desembargador tinha uma larga coleção de discos para os amadores da musica. O próprio Sotero era exímio músico e irmão do notável  Luís COSME de projeção nacional. Não possível identificar a galeria desta exposição

07 - DOIS SALÕES EMBLEMÁTICOS da DÉCADA de 1920:  O SALÃO de OUTONO (1925) e SALÃO da ESCOLA de ARTES (1929)

Os SALÕES de ARTES no RIO GRANDE do SUL foram - antes de qualquer CONSAGRAÇÃO[2] - um ponto de convergência de artistas silenciosos num ato de estímulo recíproco contra impasses, limitações e falta de um público ávido de novidades,
Artistas, que produziam as suas obras,  numa terra nova e inculta estavam distantes daqueles momentos gloriosos descritos por Stefenn ZWEIG numa república renascentista
 Se todos os escultores e pintores da Itália se reúnem em Florença no século XVI, não é porque ali estão os Médici, que os patrocinam com dinheiro e encomendas, mas porque para todo povo a presença dos artistas era o seu orgulho, porque  cada novo quadro se torna um acontecimento, mais importante do que política e negócio, e porque assim cada artista se vê obrigado a constantemente ultrapassar e superara o outro
O SALÃO de OUTONO de 1925[3]  tentou despertar, reunir e fortalecer o campo das forças das ARTES VISUAIS ativas no RIO GRANDE do SUL[4]. O evento revelou muitos artistas  que produziam isolados  e sem se conhecerem reciprocamente tiveram uma oportunidade de socializar suas obras, Um dos membro do júri de seleção foi Fernando Corona[5] que passou a produzir uma série de registros - não só em relação aos nomes dos artistas presentes no evento -  em relação ao clima cultural posterior a este Salão.


[2] KRAWCZYK , Flavio O espetáculo da legitimidade: os salões de artes plásticas em Porto Alegre 1875-1995 Porto Alegre: programa de Pós Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS Dissertação orientação Avamcini, José Augusto Costa, 1997, 416 – Bibliografia fls 387-416

[3] MÁSCARA Revista. Porto Alegre,  Ano 7, Nº 7, jun. 1925, s/p. – Salão de Outono de 1925

[4] SALÃO de OUTONO de 1925 – Lista  de jurados e de artistas

[5] CORONA, Fernando (1895-1979).«Cem anos de forma plásticas e seus autores» in Enciclopédia Sul-Rio-Grandense. Canoas : La Salle.2º vol. Pp.141-161, 1968.
___________. Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241

Fig. 09 – Logo da capa do catálogo do Salão da Escola de Artes do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul inaugurado no dia 15 de novembro de 1929. Da autoria de Libindo Ferras (1877-1951), o diretor da Escola.. A  escolha da imagem de capa  é outra perfeita ilustração visual do “CONSERVAR MELHORANDO” Este SALÂO foi objeto de uma longa reportagem da Revista do Globo Ani nº 23 do dia 14 de dezembro de 1929 das pp, 04 até 07 .


08 – Os MOVIMENTOS PAULISTAS da SEMANA de ARTE MODERNA  e a lenta assimilação da mudança no Rio Grande do Sul 

Sempre houve trocas estéticas entre o SUL e o CENTRO do BRASIL. O RIO GRANDE do SUL sempre este de pé pelo BRASIL apesar de negado, desprezado ou simplesmente ignorado pelos próprios sul-rio-grandenses.
As trocas, as viagens e as vivências reciprocas nunca cessaram. Disto são testemunhos o nomes que constam no Dicionário da Artista Plástico da autoria do carioca CAVALCANTI e do sul-rio-grandense  AYALA[1]. O mesmo vale para a obra de Roberto PONTUAL[2]. Vale a consulta ao Dicionário de ROSA e PRESSER[3]  especificamente para os artistas pintores do Rio Grande do Sul
Na contramão desta atração pelo centro do Brasil Porto Alegre e o estado conheceram vários artistas que vinham para ficar e produzir para si mesmos, para a sociedade e o local de sua escolha.
A inteligência e a cultura do Rio- Grande do Sul não participou ou interagiu com a Semana de Arte Moderna de São Paulo de 1922. No entanto num exame mais profundo encontram-se índices[4] que preservaram a autonomia da Pintura sul-rio-grandense que filtrou o de fato era significativa para as sua época, sua sociedade e o seu lugar. Não adianta enfiar “goela abaixo” aquilo que o organismo é incapaz de assimilar, mesmo com o maior esforço e repugnância.
Certamente a grande lição da SEMANA de ARTE MODERNA veio após o estardalhaço de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Nesta posteridade valeu a descoberta das CIDADES HISTÓRICAS de MINAS GERAIS e da BAHIA. Valeu o mergulho na índole indígena brasileira ou a descoberta do vigor das obras dos mulatos afrodescendentes, do caboclo e da arte ínsita. Estes mergulhos também poderiam ser buscadas no Rio Grande do Sul.


[1] CAVALCANTI, Carlos e AYALA Walmir.  DICIONÀRIO BRASILEIRO de ARTISTAS PLÀSTICOS. .Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973,  4 volumes

[2] PONTUAL., Roberto. Dicionário das Artes Plásticas no Brasil. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 1969, 559 p.

[3] ROSA, Renato et   PRESSER, Décio .Dicionário das Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. (2ª ed r) Porto Alegre : UFRGS, 2000, 527 p. ISBN 85-7025-522-5


[4] CHIAPINI MORAES LEITE, Lígia. Modernismo no Rio Grande do Sul: materiais para o seu estudo. São  Paulo : Instituto de Estudos Brasileiros, 1972, 358p.


Capa da Revista do Globo Ano II nº 01 em 11 de janeiro de 1930

Fig. 10 –  “TOMANDO MATE” de Francis PELICHEK[1] é uma das obras expostas no  Salão da Escola de Artes do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul inaugurado no dia 15 de novembro de 1929. Da autoria de Libindo Ferras (1877-1951), o diretor da Escola
09 – Os OLHARES RETROSPECTIVOS  na busca de identidade e se inscrever num continuam de PESQUISA ESTÉTICAS

O período de 1910 a 1930 serviu também para lançar um olhar retrospectivo e se solidarizar com as obras, as carreiras e  a socialização potencial que adivinham no futuro.
A “SOCIEDADE e CULTURA ARTÍSTICA” havia sido criada para trazer ao mundo o Salão de Outono de 1926 de Porto Alegre.  Em 1930 esta SOCIEDADE  tomou a si uma homenagem póstuma a:
Pedro Weingärtner
A Sociedade de Cultura Artística tomou a si a nobre iniciativa  de render à memória de Pedro Weingärtner uma  alta e significativa homenagem. Em verdade, até agora, depois da morte  desse eminente artista do pincel, nada  se havia feito entre nós que fosse digno dos seu méritos excepcionais. Trata-se,  pois, de uma dívida de gratidão e de justiça para com aquele que foi, pelo seu talento, uma perfeita gloria, não só da pintura rio-grandense, como da brasileira.
Paizes estrangeiros que foram pioneiros da arte pictórica, como a Italia, e outros como os Estados Unidos, que disputam com frenesi e enthusiasmo, as  verdadeiras obras de arte, já teriam tributado a este nome ilustre os applausos posthumos a que ele. mais do que outro qualquer, tem direito, Conta-se aliás, que no tempo em que Weingärtner residia na Cidade Eterna, a sua casa era, muitas vezes, objeto de uma verdadeira romaria de italianos e americanos que iam ali adquirir das suas mãos as suas ultimas produções artísticas
É de calcular, pois, em quantas pinacotecas notáveis de velho e do novo continente devem figurar as telas do pintor insigne, a quem, agora,  o Rio Grande vae prestar a primeira homenagem consagradora.
Estão a frente desse movimento os srs. Angelo Guido[2], Francisco Pelicheck, Fernando Corona e outros nomes do nosso mundo artístico.
A homenagem consistirá em realizar na Casa Jamardo, uma exposição do maior número possível de telas de Pedro Weingärtner, bem como uma serie de conferências sobre a sua personalidade.
Pra tornar effectivo esse desideratum, foi nomeada uma commissão, de que fazem parte aquelles artistas. Já estão. Igualmente, os promotores desta iniciativa,  dirigindo cartas a todas as pessoas que possuam telas de Weingärtner, solicitandolhes a sua cooperação para maior brilho da exposição a que alludimos e que se deverá realizar na Casa Jamardo

(Revista do Globo – Porto Alegre Ano II nº 12, p,02,, em 28 de maio de 1930 HOMENAGEM a PEDRO WEINGÄRTNER na CASA JAMARDO)

Esta homenagem foi precedida pelo tema principal da  Revista do Globo, (Ano II nº 01) em 11 de janeiro de 1930, logo após o falecimento do pintor no dia 26 de dezembro de 1929.  Eram duas realizações de três personagens das ARTES VISUAIS. Eles buscavam um nome, do passado recente, digno de figurar na memória coletiva da PINTURA do Rio Grande do Sul e na busca de constituir uma identidade coletiva. Miravam construir com este personagem e na materialidade desta obra como algo digno de ser preservado no mundo simbólico para orgulho das gerações futuras


[1]FRANCIS PELICHEK – TOMANDO MATE
 https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Francis_Pelichek_-_Velho_chimarreando.JPG
[2] SILVA, Úrsula Rosa da - A critica de arte em Ângelo Guido. Curitiba: Appris, 2017 247p ISBN 978-85-473-0833-9

João FAHRION -  Gilda MARINHA obra presente no SALÂO de 15 de Novembro de 1929 Propriedade de ASPAROTTO

Fig. 11 –  GASTAR ALÉM da CONTA em caprichos e futilidades levou para a I GUERRA MUNDIAL e se repetiu em 1929, Em ambas as ocasões a PINTURA teve de recuar para retornar à sua lógica e verdade interna de ser TINTA SOBRE uma SUPERFÌCIE. A catástrofe econômica de outubro de 1929  silenciaram a publicidade e as vendas do    Salão da Escola de Artes do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul ide 15 de novembro de 1929
.
10 – A   QUEBRA da BOLSA de NOVA YORK e a REVOLUÇÃO de 1930 e os reflexos na PINTURA do RIO GRANDE do SUL

A DURA REALIDADE da QUEBRA da BOLSA de NOVA YORK em outubro de 1929 encerrou um ciclo de esperanças e modos de ver e viver o mundo. De outro lado acendeu a luz verde para que os ESTADOS NACIONAIS agirem. No Brasil esta ação se dirigiu contra a “SOBERANIA” dos Estados Regionais. A intervenções do comando central vieram com a Revolução de 1930 e se radicalizaram  com o ESTADO NOVO que queimou as bandeiras e proibiu os  hinos dos Estados Regionais.
A crise econômica da quebra da Bolsa de Nova York e subsequente  Revolução de 1930  estimularam muitas mentes e pinceis da Pintura do Rio Grande do Sul  . O resultado apareceu na Exposição Farroupilha de 1935[1] com um salão dos artistas locais  sob a curadoria de Ângelo Guido[2] realizado no prédio do Instituto de Educação[3] construído para a ocasião numa estética que certamente é uma projeção do “CONSERVAR, MELHORANDO” assimilado pelos ESTADOS TOTALITÁRIOS da época.


[2] ÂNGELO GUIDO na EXPOSIÇÃO do CENTENÁRIO  FARROPULHA http://profciriosimon.blogspot.com/2017/09/213-estudos-de-arte.html

[3] O PRÉDIO DO INSTITUTO de EDUCAÇÃO como SEDE da EXPOSIÇÂO do CENTENÀRIO FARROUPILHA
Lucílio ALBUQUERQUE (U1877-1939)– Os Lanchões de Garibaldi 1918 óleo sobre tela 395 x 620 cm Instituto de Educação Flores da Cunha – Porto Alegre[1]

Fig.  –12   O IMENSO e DESAJEITADO ESTADO NACIONAL despertou repentinamente  o interesse, os esforços coletivos em diversas etapas da civilização humana. E
Com a QUEBRA da BOLSA de NOVA YORK e as catastróficas  consequências da MERCADO REGULAR as si mesmo pela LEI da OFERTA e da PROCURA deu LUGAR ao PROTAGONISMO do ESTADO NACIONAL. As ARTES seguira este mesmo impulso e foram  convocadas para dar visibilidade e publicidade para este projeto comandado pelo ESTADO NACIONAL .

11  – Os PRIMÓRDIOS  da ascensão dos ESTADOS ONIPRESENTES e  TOTALITÁRIOS com os seus projetos na PINTURA MURAL e dos GRANDES ESPAÇOS PÚBLICOS.
   .
Os ESTADOS NACIONAIS se apropriaram, a partir da década de 1930,  dos componentes logísticos provenientes da ECONOMIA INDUSTRIAL e da LÓGICA da LINHA de MONTAGEM das FÁBRICAS[2]. Na PINTURA do RIO GRANDE do SUL significou uma condensação  e um impulso para ASSOCIAÇÕES, SINDICATOS, galerias, atelies e uma gradativa AUTONOMIA nas expressões estéticas como da GRAVURA[3].
Um público começou a perceber o que significava levar uma CARREIRA na PINTURA. Publico que compreendeu o sentido de  algumas experiências, acertos e fracassos.
CARREIRA na PINTURA no Rio Grande do Sul que -  apesar de não se configurar num SISTEMA DE ARTE strictu senso da ERA INDUSTRIAL, com uma entrada, desenvolvimento e saída - propiciou espaço para o surgimento de um AMBIENTE mais denso e consolidado do que o anterior.  AMBIENTE com cronistas avulsos, críticos vindos de outros saberes eruditos e com os primórdios das curadorias improvisadas e amadoras.   


[1] CONTEXTO da OBRA e Lucílio ALBUAQUERQUE  dos LANCHÔES de GARIBALDI

[2] RAMOS, Paula  A modernidade impressa: artistas ilustradores da Livraria do Globo- Porto Alegre. UFRGS EDITORA, 2016, 656 p , 1368 il. Color  ISBN 978-85-386-0300-9

[3] SCARINCI, Carlos. A gravura no Rio Grande do Sul (1900-1982). Porto Alegre  : Mercado Aberto, 1982,  224 p. il. Color

Fig.  –13   O MOVIMENTO que ANTECEDEU a REVOLUÇÃO de 1930 mitificou, conservou e o adaptou ao LUGAR e SOCIEDADE   da ÉPOCA E evidente expressão e projeção do CONSERVAR MELHORANDO impediu perceber, explorar e MUDAR para algo mais criativo do que “AMARRAR OS CAVALOS no OBELISCO do RIO DE JANEIRO” . Além de não ter nada a ver com o PROJETO DE MUDANÇA EM MOVIMENTO esta façanha infeliz deu margem ao ridículo e a exposição pública do vazio de um tempo que se aproximava


A ARTE sempre foi um lenitivo em épocas de crises e um estímulo para recomeçar em outra base.
Na PINTURA praticada no RIO GRANDE do SUL entre 1910 a 1930 percebe-se, num olhar retrospectivo,  a continuidade da política e a tranqueiro do “CONSERVAR MELHORANDO”.
No contraditório este  mesmo peso e estagnação serviu para acumular energias  para a etapa posterior do ESTADO NACIONALISTA, ESTADO NOVO e o retorno da DEMOCRACIA após a II GUERRA MUNDIAL..

FONTES  IBLIOGFICAS
CAVALCANTI, Carlos e AYALA Walmir.  DICIONÀRIO BRASILEIRO de ARTISTAS PLÀSTICOS. .Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973,  4 volumes

CHIAPINI MORAES LEITE, Lígia. Modernismo no Rio Grande do Sul: materiais para o seu estudo. São  Paulo : Instituto de Estudos Brasileiros, 1972, 358p.

CORONA, Fernando (1895-1979).«Cem anos de forma plásticas e seus autores» in Enciclopédia Sul-Rio-Grandense. Canoas : La Salle.2º vol. Pp.141-161, 1968.
___________. Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241

GUIDO Ângelo (GNOCCHI) (1893-1969). «Pedro Weingärtner, pintor romântico» in Revista do Globo: Porto    Alegre, ano 2,  no  1 (025o fascículo) jun. 1931 s/p.
_________. Pedro Weingärtner. Porto Alegre : Divisão de Cultura- SEC/RS –1956, 228 p.

HOLANDA, Francisco de (1517-1584) Diálogos de Roma: da pintura antiga. Prefácio de Manuel Mendes. Lisboa : Livraria Sá da Costa, 1955, 158 p.

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MÁSCARA Revista. Porto Alegre,  Ano 7, Nº 7, jun. 1925, s/p. – Salão de Outono de 1925

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PONTUAL., Roberto. Dicionário das Artes Plásticas no Brasil. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 1969, 559 p.

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ROSA, Renato et   PRESSER, Décio .Dicionário das Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. (2ª ed r) Porto Alegre : UFRGS, 2000, 527 p. ISBN 85-7025-522-5

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SILVA, Úrsula Rosa da - A critica de arte em Ângelo Guido. Curitiba: Appris, 2017 247p ISBN 978-85-473-0833-9

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ZWEIG, Stefen – “O mundo Insone e Outros Ensaios”- Apresentação Alberto Denis. São Paulo: Zahar, 2013,  312 p

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

REGIÂO da HUMANIDADE

ATUALIDADE do POSITIVISMO

Prédio e monumentos  sob inspiração do CONSERVAR MELHORANDO positivista de Porto Alegre

SÊNECA Da tranquilidade do ânimo

CENTRO CASTILHISTA

1911 - O CENTENÁRIO de uma PINTURA - 2011

INDICES do SALÃO de 1929
LATOUR

 CASA JAMARDO IRMÃOS

GALERIA de ARTE CASA das MOLDURAS
Exposição Francisco LISBOA 1938

 SALÃO de OUTONO de 1925 – Lista  de jurados e de artistas

PREDIO LIVRARIA do GLOBO ARMANDO BONI (1886-1945)

SOTERO COSME

CONTEXTO da OBRA e Lucílio ALBUAQUERQUE  dos LANCHÔES de GARIBALDI

FRANCIS PELICHEK – TOMAMDO MATE


ANGELO GUIDO na EXPOSIÇÂO do CENTENÀRIO  FRRROPULHA http://profciriosimon.blogspot.com/2017/09/213-estudos-de-arte.html

O PREDIO DO INSTITUTO de EDUCAÇÂO como SEDE da EXPOSIÇÂO do CENTENÀRIO FARROUPILHA

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