domingo, 29 de agosto de 2010

ARTE em PORTO ALEGRE APÓS 1945 – 08.04.

A UNIVERSIDADE das ARTES em PORTO ALEGRE:

uma idéia a frente do seu tempo.


Origem da imagem: Arquivo do Instituto de Artes-UFRGS

Fig. 01 - Projeto do conjunto da UNIVERSIIDADE das ARTES

Perspectiva de Fernando Corona– julho de 1947



As forças do campo das artes ganham visibilidade e sentido na medida das suas expressões de autonomia que conseguem representar para si mesmas e que as fazem circular no ambiente social e cultural.. O Instituto de Belas Ares do Rio Grande do Sul manteve vivas as expressões da universidade e do ministério das artes, ao longo de uma década,.


A universidade é uma das raras criações da cultura ocidental, conforme Max Weber. A universidade, apesar de sua origem humanista, cresceu e se expandiu na carona do mundo tecnológica da era industrial e agora vive e encontra-se face à era pós-industrial. A universidade girou e foi movida pelo cultivo das Ciências, ao longo da era industrial, motivada pela lógica da linha de montagem que exigia Tecnologias apropriadas para nascer, desenvolver-se e reproduzir-se. Este fato gerou o seu alinhamento em núcleos profissionalizantes. A era pós-industrial fragmentou este núcleo da linha de montagem e as motivações lineares e unívocas. Esta fragmentação recentemente impôs especificidades cada vez mais diferenciadas abrindo espaço para a criação, manutenção e reprodução das universidades de arte [1].


O notório o atraso da constituição da universidade para todo o território da nação brasileira.


A década de 1920 assistiu a lenta gestação de novos paradigmas para existência dos cursos superiores brasileiros no meio de inúmeras efervescências políticas, militares, econômicas, técnicas e artísticas. No final, esse ideal ganhou forma de associações com o objetivo de gerar a consciência universitária. Em nível nacional o movimento universitário foi desencadeado e sustentado pela Associação Brasileira de Educação (ABE) que realizou dois congressos para essa finalidade. Olinto de Oliveira foi consultado para expor as suas concepções para criar a nova realidade dos cursos superiores. Ele gozava de grandes competências para este parecer, pois era o fundador da Faculdade de Medicina, do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul de Porto Alegre e, em 1928,residindo na capital federal.

No Rio Grande do Sul a iniciativa foi da Federação Acadêmica de Porto Alegre constituída no dia 14 de julho de 1930. No Instituto de Belas Artes, os membros da Comissão Central e que eram docentes favoráveis à criação da Universidade, começaram a introduzir lentamente elementos que levariam o Instituto na direção da Universidade. Ao ler o Estatuto aprovado no dia 16 de dezembro de 1927 é possível surpreender elementos que são característicos da universidade getulhista e distintos do Estatuto de 1908. Assim foi nomeada e está explicita a Congregação dos Professores além de uma estrutura administrativa que lembra o futuro Conselho Técnico Administrativo (C.T.A.). Um dos juristas lúcidos, que senta a mesa para redigir esse estatuto é o Desembargador Manoel André da Rocha, que será, dez anos após a elaboração desse estatuto, o primeiro reitor da Universidade de Porto Alegre. O dedo de outro jurista não pode ser afastado foi o de Getúlio Vargas. O estatuto de 1927 estava sendo redigido apressadamente para o seu antecessor. O objetivo era incluir Antônio Borges de Medeiros entre os beneméritos do Instituto, ao lado de Carlos Barbosa e Olinto de Oliveira. Como patrono e protetor[2] do Instituto, Getúlio seria o candidato natural para a próxima inclusão do seu nome.




[1] O Brasil não será o pioneira nas universidades de artes, pois na Inglaterra ela já existe existe, na prática, a partir de 1986 e possível acessar em http://www.worldlingo.com/ma/enwiki/pt/University_of_the_Arts_London


[2] - Getúlio Vargas, como presidente do Estado, foi escolhido como paraninfo em 1928 dos formandos do Instituto e participou efetiva-mente, como tal, das cerimônias de colação de grau no Theatro São Pedro. A imagem faz parte do quadro de formatura.



Fig. 02 - Logo da UFRJ[1]


A universidade brasileira surgiu sob os efeitos de Revolução de 1930, como forma de reagir à pressão dos novos tempos, diante de uma nova política e da criatividade necessária em momentos de crises e contradições. Com as dores dessa crise ela nasceu do cérebro latejante de Zeus inteira, guerreira e na busca da verdade. O caso do surgimento da USP é exemplar nesta forma de transformar o tabu da derrota da Revolução Constitucionalista de 1932, em totem do saber.


Muito antes da Revolução de 1930, o vice-presidente do Estado do Rio Grande do Sul já havia escrito e publicou, no dia 22 de abril de 1908, que o Instituto de Belas Artes era:

“resultado lógico do evoluir da civilização rio-grandense, o Instituto pairava latente na ordem natural das cousas. [...] Tínhamos já a escola de engenharia, a faculdade de medicina e mais a de direito. [...] E o complemento necessário das ciências, como é sabido, são as letras e as belas artes. [...] A primeira diz respeito as concepções fundamentais que guiam o exercício universal da razão humana e a segunda refere-se às faculdades de expressão [...] A arte em geral é a tradução sensível do estado do espírito, feita de um modo exato, perfeito e belo, pela atividade filosófica do mesmo espírito. [...] As belas artes dirigem-se de preferência ao sentimento e suas obras tem por objeto satisfazer o gozo de uma contemplação especulativa. [...] A fundação do Instituto, tendo a dita de ver desde logo amparada pelos melhores elementos da sociedade gaúcha tão louvável iniciativa semente selecionada que um solo feraz e abençoado recebe, fecunda e germina com amor, para desdobrar amanhã, em vasta fronde benfazeja...[...], juntamos os nossos aplausos humildes às palmas que por todos os recantos da terra ilustre de Araújo Porto Alegre, reboam uníssonos, em torno do notável empreendimento”.

TOPSIUS [ Pseudônimo de Juvenal Miller[2]] Correio do Povo – Porto Alegre, dia 22 de abril de 1908.


Neste texto percebe-se que o paradigma universitário brasileiro não era indiferente ao ensino, a criação e a difusão da arte. De fato, a arte não escapou ao modelo universitário, apesar das históricas diferenças dos demais cursos superiores que esse paradigma desejava incorporar. As diferenças iniciavam nos próprios concursos de ingresso. O Instituto de Belas Artes repetia as exigências mínimas como aquelas vigentes já em 1855 na Academia Imperial

Os alunos que pretendiam ingressar na Academia precisavam apenas saber ler, escrever e contar, conforme os Estatutos de 1855. A razão, dessas diferenças, está no fato do ensino das belas-artes, não garantir aos formandos o privilégio de ocuparem cargos na burocracia do Estado, nem exercerem profissões liberais controladas por entidades corporativas

Cunha, 1980, p. 105


Evidente não era a universidade escolástica medieval, onde a arte designava uma série de saberes[3], menos a arte praticada por pintores, escultores ou arquitetos. As instituições, reformuladas ou criadas a partir dessa data, forçam os seus agentes a adotar a linha de montagem na formação dos novos agentes de arte contra o velho estamento manipulando o poder simbólico e proveito de sua própria estética, sobrevivendo à mudança do regime imperial para o republicano.

“A Academia Imperial de Belas Artes, Escola Nacional de Belas Artes após a República.. , como outras instituições criadas ou reformuladas no período .. foram modernizações institucionais que garantiam a permanência no poder, das oligarquias do Império até 1930. As alterações, no ensino artístico com a república também tiveram esta característica, adotaram inovações técnicas, mas o ensino continuou fundamentado em normas clássicas”

Arantes do Vale, 1997, pp.362/3


A Revolução de 1930 quando chegou ao Rio de Janeiro, colocou à frente da ENBA o jovem arquiteto-urbanista Lúcio Costa com as conseqüências conhecidas. Esses conflitos visualizam e reforçaram as velhas e consagradas oligarquias administrativas do campo artístico.

Em Porto Alegre a Comissão Central do IBA-RS, apesar da ‘solidariedade do Instituto na hora memorável’ a Getúlio Vargas, continuou a apostar e agir na lógica da inércia do sistema que tinham criado, para o seu controle, em 1908 e que, certamente imaginavam durar por tempo indeterminado’. O Instituto Livre de Belas Artes, que a Comissão Central do IBA-RS mantinha, tornou-se uma amostra acabada contra as alterações institucionais que a Revolução de 1930 e que a sua universidade, vinha trazer ao cenário da institucionalização da arte.

Deve-a também à Revolução de 1930, a reunir os mais diversos saberes, que até aquele momento viviam separados e autônomos na figura de uma única universidade e sob uma única lei. Esta lei geral (Decreto nº 19851 de 11 de abril de 1931), abria também uma larga porta para a iniciativa privada,.


Para o atraso, encontra-se um cortejo de explicações e de desculpas. Com este atraso é natural que semente plantada em 1931 demorasse muito para nascer, crescer e frutificar em todos este vasto, desconcertante e diferenciado território nacional


Além do mais esta lei praticava a façanha de incluir a arte na sua estrutura, talvez pela novidade do terreno e de arrojo de que estava plantando esta semente. Esta semente, 16 anos após a efetiva criação do paradigma da universidade para o Brasil, estava se cogitando, em Porto Alegre na criação da Universidade das Arte.


O IBA-RS propõe a UNIVERSIDADE das ARTES.


O sonho de maior envergadura da administração Tasso Corrêa foi da Universidade de Artes do Rio Grande do Sul, que ficou evidentemente no plano das virtualidades.






[2] TOPSIUS - Juvenal Octaviano Miller (*Rio Grande, 13 de outubro de 1866 + Rio de Janeiro, 9 de setembro de 1909) foi um político, militar e escritor brasileiro. Fundou a Escola de Engenharia de Porto Alegre. Em sua vida literária redigiu a “Denúncia”., órgão republicano da Escola Militar. Colaborou com a Revista Acadêmica da mesma escola. Escreveu para o Correio do Povo sob o pseudônimo de Dr. Topsius. Publicou em 1898, uma novela intitulada “Professor” que teve grande aceitação na época. Carlos Barbosa o indicou, em 1908, como Vice-Presidente do RS vindo a falecer no ano seguinte

[3] - “As artes, no contexto da universidade medieval, eram a Medicina, Filosofia, Astrologia e Matemática” Souza Campos, 1954, p.91


Origem da imagem: Arquivo do Instituto de Artes da UFRGS

Fig. 03- Projeto da Reitoria por Fernando Corona– julho de 1947

Direção, docentes, estudantes no Sem


Tasso traduziu nesse projeto, em mais uma expressão de autonomia do campo das artes. Ao longo de toda a sua gestão Tasso deu visibilidade aos muitos projetos com que ele alimentou para dar corpo à teleologia imanente do Instituto. O diretor do Instituto foi ajudado pelo professor Fernando Corona que elaborou detalhadas de plantas e perspectivas do prédio dessa Universidade de Artes. Ela ocuparia todo o lado par superior da rua Senhor dos Passos e tendo ao centro e, como âncora, o prédio inaugurado em 1943, funcionando como uma reitoria. A parte inferior da rua seria ocupada por um Auditório–Teatro, sendo proposto como o “teatro municipal” de Porto Alegre para 1.800 cadeiras e com um palco de 180 m2, com a boca de 20 metros e a ser construído e administrado pela Prefeitura Municipal. Em correspondência ao governador[1] da época, Tasso escrevia “Esclareço a V. Excia, que a segunda parte da ampliação prevista – que se refere ao ‘Auditório – Teatro’ será proposta à Prefeitura Municipal, de vez que se trata de empreendimento de interesse imediato para a cidade”.


O lado par superior da rua deveria ser ocupado por uma Pinacoteca e pelo Museu de Arte do Rio Grande do Sul[2]. O prédio da rua Riachuelo n° 1.285, abrigaria a Escola de Dança e de Bailados[3], segundo um projeto de Ernani Dias Corrêa.




[1] - Correspondência do dia 24.09.1947 de Tasso Corrêa para Walter Jobim


[2] - Ante-projetos da ampliação do IBA-RS

[3] - IBA: Ernani Corrêa: prédio: Riachuelo, nº 1285 e IBA: Ernani Corrêa: prédio: Riachuelo, no1285CD-ROM - Disco 6 - IMAGENS. .


Origem da imagem: Arquivo do Instituto de Artes da UFRGS

Fig. 04 - PROJETO da UNIVERSIDADE de ARTES -1947.

Planta de localização com as linhas de bondes


. Fernando Corona escreveu, em relação ao ano de 1947, no seu Diário (folhas 549 a 553)

Volta a Porto Alegre e recomeço de aulas no mês de março Tasso Correa havia conseguido no Ministério da Educação uma subvenção de 2 milhões de cruzeiros. Nossa idéia imediata foi a de comprar a velha casa de nº 256 com 8.80 m. de frente pelos metros de frente da nossa sede construída e inaugurada em 1943, com 8.40 m. de frente. Era muito estreito e precisávamos de expansão. Fiz o projeto de ligação interna e a mesma sequência arquitetônica externa. Iniciamos a obra logo com a firma José Maria Carvalho e o Eugemiro Moreira nossos amigos e cálculos de Ivo Wolff. Enquanto isso eu sonhei mais longe. Imaginei uma obra desapropriando 4 casas velhas para a esquerda da Rua Senhor dos Passos até encostar na velha Igreja Protestante. Para esta parcela de terreno imaginava eu um Grande Teatro Auditório com capacidade para 2.000 pessoas, com salas de ensaios camarins e todo o conforto e técnica moderna para uma grande sala de espetáculo. Não satisfeito só com isso imaginei subir para a direta. Para a esquerda a área de terrenos seria aproximadamente de 1.400 m² das casas nº 214, antiga sede de uma Sociedade Alemã e agora propriedade do Estado e os nºs 228, 230, 232 e 240, esta ao lado do IBA. Em direção à Praça Dom Feliciano, existiam as casas de nº 256, 264 e 280, esta até a esquina com entrada pelo nº 14. O total em área seria de 620 metros aproximadamente. Para este lado, à direita do Instituto, alem da ampliação em 8.80m para o ensino da Escola, imaginei um Museu de Belas Artes com muita luz e salas de restauração e laboratórios. Estudei bem o projeto e fiz uma perspectiva das fachadas vistas da Praça Dom Feliciano. Tasso Corrêa ficou entusiasmado e tratou que fosse aprovado pela Congregação da Escola. O que foi feito. Tasso se apropriou da idéia a passou a ser dele embora o sonho fosse meu. Eu não me importei porque toda a minha vida foi de desprendimento e de sonho com a única ambição de ver o sonho realizado. Tasso tratou logo de fazer publicidade. Chamou um repórter do Correio do Povo e sem poder precisar o dia em quase meia página foi publicada a reportagem acompanhada de um chichê das fachadas em perspectiva com esta legenda ao pé: “Uma eloquente visão das futuras instalações do Instituto de Belas Artes. O projeto, da autoria do Prof. Fernando Corona, consta de três corpo distintos, formando um harmonioso conjunto de linhas modernas. Ao centro, a Escola, que terá juntamente o dobro da atual edificação: ao fundo, ao lado da Igreja, o grande Teatro-Auditório; e no primeiro plano o Museu de Belas Artes, com três galerias e frente para a Praça Dom Feliciano. Para a execução desse importante empreendimento, de elevado sentido cultural, o IBA conta com o apoio dos poderes públicos.” Palavras de Tasso ao jornalista: “Presentemente o Instituto de Belas Artes é uma verdadeira universidade de Belas Artes, reunindo quase todo o ensino artístico, com seus cursos completos de música, pintura, escultura, Arquitetura e Urbanismo*, com uma frequência de cerca de 600 alunos. A não ser a duplicação da escola conseguida com recursos do governo federal, nem o Teatro – Auditório nem o Museu não puderam ser construídos por falta de desapropriação dos prédios velhos: A Secretaria das Obras Públicas do Estado alegou falta de recursos e pouco interesse ouve pelo titular Dr. Eng. José Batista Pereira. O sonho desmoronou. Embora o projeto tivesse parecer favorável dos técnicos da Secretaria da Educação e Secretaria das Obras Públicas do Estado para imediata desapropriação, esta não chegou a ser consumada. Guardo comigo originais e copia do grandioso projeto, porta aberta para uma futura universidade de Artes onde além da Musica, Pintura, Escultura, Arquitetura, Urbanismo, ja em plena função poderiam ser criados outros cursos como Balet, Arte dramática, orquestras de Câmera. Orfeões e Coros etc. com difusão através da Radio, Televisão e outros meios de expansão cultural. O sonho aí ficou enterrado mas ficou em mim a satisfação de haver pensado bem com meu companheiro de lutas Tasso Corrêa, ele, diretor e executor de idéias aparentemente ilusórias mas no fim idéias de cultura das artes em geral. Diariamente juntos conspirávamos em favor dos outros em termos de desprendimento, mais eu do que ele, pois, economicamente Tasso era e é homem rico enquanto eu viví sempre com os minguados haveres dos meus vencimentos de professor e algum que outro projeto de arquitetura sempre mal pago. Para mim não havia problema pois sabia viver honestamente sem ambições de dinheiro. Eu sim tinha ambições outras: as de poder realizar as obras por mim sonhadas. Apenas isso. Segui um lema que jamais reneguei. Primeiro os outros, depois eu. Ou este: É melhor dar do que pedir” .

Origem da imagem: Arquivo do Instituto de Artes da UFRGS

Fig. 05 - Projeto da Escola de Arte Dramática e Dança de

Ernani Dias Corrêa– julho de 1947

Em terreno do IBA_RS na Rua Riachuelo nº 1,285 Porto Alegre - RS[1]

Clique sobre a imagem para ampiá-la

Na véspera do dia da República em 14.11.1947, o jornal Correio do Povo estampava as intenções de Tasso Corrêa que constitui mais um precioso fragmento das expressões de autonomia que se busca nesse trabalho da presente tese. Diz ele “se o Instituto de Belas Artes não voltar para a Universidade [...] promoveremos a sua transformação em Universidade de Belas Artes[2]. No dia seguinte, Ernani Corrêa, retomou, no mesmo jornal, o tema da Universidade de Belas Artes, onde ele recapitulava a história ocidental da institucionalização do ensino da arte e da arquitetura:

“Percebe-se que houve um transporte dos conhecimentos seculares de arquitetura, desde a velha Europa, transmitidos pela Missão Francesa no Rio de Janeiro e daí por intermédio da Escola Nacional de Belas Artes ao Rio Grande do Sul, veiculados pelo Instituto de Belas Artes que no dizer de notáveis estrangeiros que nos visitam, é uma verdadeira Universidade de Belas Artes pela razão de abranger o ensino superior de Música, da Pintura, da Escultura, da Arquitetura e do Urbanismo”

(CORRÊA, Ernani,15.11. 1947[3],).


Essa proposta distinguiu arte em relação à cultura e à educação, sendo mais coerente que a eclética e xifópaga estrutura que reuniu educação, cultura e arte no Ministério que se denominou de Educação e Cultura (MEC), a partir de 1953[4]. Essa proposta de Tasso Corrêa, não foi arroubo de um instante, em 1947. Ele acalentou por mais de uma década este projeto. Pois, até 1958, ao lado do 1º Salão Pan-Americano de Arte[5], Tasso cultivou a idéia, quando a proposta da Universidade de Belas Artes, irá figurar como tese central do Primeiro Congresso de Arte[6] e foi lançada para todo o Brasil e que propunha como mantenedora estatal, a criação do Ministério das Artes.


A referência legal e a efetiva existência de um Ministério das Artes evitaria que esta planejada Universidade das Artes pudesse evitar as históricas armadilhas dos centros universitários, faculdades e Institutos nos quais as Artes vivem na heteronomia de saberes alheios ao seu campo de forças, ou, se não, na maior histilidada velada ou aberta. Administrações nas quais a Arte percebe-se constrangida a se constituir em irmã xifópaga ao estilo das numerosas escolas de "arte e comunicação", ou de "letras e artes"...etc.. Esta típica solução formal, da época da ditadura militar de 1964, não só caçou, na raiz, as imaginadas possibilidades subversivas de que a arte sempre veio carregada, mas, tolhida mesmo naquilo que os estreito limites que estas estruturas xifópagas permitem.


A "COLÔNIA de FÉRIAS FRANCIS PELICHEK" do IBA-RS


Enquanto o IBA-RS gozava de sua autonomia, ele planejou e iniciou as tratativas para a constituição de um Núcleo de Férias do Instituto de Belas Artes. O seu projeto foi elaborado pelos arquitetos Luis Fernando Corona e João José Vallandro para o Núcleo de Ferias do Instituto de Belas Artes na cidade de Farroupilha Este tema chegou ao CTA. desta forma:


“ No dia 04 de fevereiro de 1944 havia comunicado ao Conselho Técnico Administrativo do Instituto de Belas Artes que Pedro Grendene oferecera um terreno na cidade de Farroupilha ao Instituto para a construção de uma Colônia de Férias para o Instituto de Belas Artes ao modelo do núcleo de Barbison do século XIX na França e das práticas de Pedro Weingärtner e Francis Pelichek no Rio Grande do Sul. O negócio se efetivou depois. Os professores Tasso Corrêa e Fernando Corona possuíam casas de veraneio em Farroupilha

II - Núcleo de Férias - O senhor Presidente levou ao conhecimento do plenário que o senhor João Dico de Barros já havia lhe autorizado a receber parte d quantia de Cr$ 300.000,00 (trezentos mil cruzeiros) que prometia ofertar ao Instituto para a construção do “Núcleo de Férias do IBA” no município de Farroupilha e o Conselho aprovou a indicação do nome do professor Luis Fernando Corona para elaborara, sem ônus para o estabelecimento, o projeto dêsse Núcleo que deverá ser orientado de acordo com o seguinte programa : “Terreno acidentado: 50 X 60 metros. Salão com 120 metros quadrados para concerto, conferências, exposições etc..- lareira e Bar - Cozinha - Despensa - “Hall” comunicando com o Salão e Dormitório para moças - Dormitório com 10 camas (beliches) para moças - banho -rouparia - 2 (dois) apartamentos , digo , - Dormitório com 5 (cinco) camas (beliches) para 10 moços ( no porão) - banhos -rouparia - Dois apartamentos com saleta, quarto e banho - Parte coberta e terraço ao ar livre – Adega e churrascaria, no pavimento inferior – Apartamento para Zelador ( no porão) - Os beliches deverão ter armários individuais”

Livro III da ATAS do CTA reunião de 19.071955 f. 58v.





[1] - Este terreno foi depois alienado pelo IBA-RS ao Estado do Rio Grande do Sul que o continua usando – em 2010- como garagem dos veículos que servem as repartições publicas que estão situadas nos arredores da Praça Marechal Deodoro ( Matriz)

[2] - Tasso Corrêa in Correio do Povo 14.11.1947, p.7 (Recorte doa CATC).


[3] - Ernani Corrêa in Correio do Povo, 15.11.1947 (recorte arquivo do CATC).


[4] - Antes, em 1930, MESP – Ministério de Educação e Saúde Pública e depois MES Ministério de Educação e Saúde.


[5] - Catálogo do Iº Salão Pan – Americano de Arte abril-1958-maio + Catálogo do 7º Salão do Instituto de Belas Artes, Ata livro nº IV do Cons. Técnico Administrativo (CTA) do IBA – Conferir no: Arquivo do Instituto de Artes da UFRGS.

[6] - Boletim nº 1 do 1º Congresso Brasileiro de Arte, Boletim nº 2 do 1º Congresso Brasileiro de Arte, Boletim nº 3 do 1º Congresso Brasileiro de Arte, 1º Congresso Brasileiro de Arte: recortes L Arquivo do Instituto de Artes da UFRGS)



Recorte do jornal Correio do Povo – Porto Alegre - existente: Arquivo do Instituto de Artes da –UFRGS

Fig. 06 - Projeto da Colônia de Férias Francis Pelichek

por Luis Fernando Corona– julho de 1947


O projeto – e a aquisição do terreno na cidade serrana de Farroupilha- precedeu em três anos a proposta formal da Universidade das Artes. Contudo permitem avalia o grau de autonomia do campo das artes e mentalidade que a sustentava.


Estes projetos não chegaram ao mundo prático, tanto por fatores externos, na oposição que lhe fizeram os intelectuais do centro do país, como internamente, onde o próprio Ernani irá propor, nesse meio tempo, a solução pela qual se separava Arquitetura de Arte, através da criação da Faculdade de Arquitetura, sob a vigilância dos engenheiros e da iniciativa da URGS.



Sentido atual de uma Universidade das Artes e do

Ministério das Artes


Fazem sentido cada vez mais atual as propostas do Ministério das Artes e da respectiva Universidade das Artes.


Este senti nasce do fato de que dificilmente o campo das artes não toca, ou se sobrepõe ou é própria alma de muitos saberes superiores de uma Universidade. A Medicina, o Magistério e as Letras, como tantos outros, são campos que se motivam destas forças criativas humanos e cujos limites estão muito longe de serem traçados.


O Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul surgiu, em Porto Alegre, pela concorrência e soma de todos os saberes ativos em 1908 e que haviam sido institucionalizados nos primeiros anos de 1ª República Brasileira.


Com a democratização dos saberes o número cada vez maior de universitários há condições de criar e manter instituições com vocação cada vez mais específica. A Universidade de Artes, com este especificidade não só pode centrar as suas energias num saber específico, mas escapar das sombras e heteronomia que os outros saberes lhe impõe como a eclética geléia formada pela simples justaposição formal de saberes.


Com atual implementação dos Institutos Tecnológicos autônomos e o seu profundo vínculo com os fazeres anteriores à ao 3º grau, a Arte possui condições para reconquistar a sua ênfase que a formação da arte acompanha a criatura humana do berço ao final da vida. Nesta perspectiva o Instituto de Artes da UFRGS nunca deixou de ter o seu próprio vestibular. As artes necessitam, mais do que qualquer outra área que o seu saber seja cultivada em todos os instantes da existência humana


Numa honesta contabilidade, em relação às universidades brasileiras, o que se percebeu, até o momento, é falta total de interação do Ministério da Cultura com elas, mesmo com aquelas que possuem na sua competência as artes.


O evidente fracasso do Ministério da Cultura- reforçada pelo nítido cabresto que lhe imposto pela Indústria Cultural - o aproximou mais à uma secretaria do Ministério da Indústria e Comércio, do que ao legítimo campo criativo das Artes.


O pretendido Ministério das Artes permitiria distinguiu a arte em relação à cultura e à educação, sendo mais coerente que a eclética e xifópaga estrutura que reuniu educação, cultura e arte no Ministério que se denominou, a partir de 1953, de Educação e Cultura (MEC)[1].

Deve-se concordar que a proposta de Tasso Corrêa, não foi arroubo de um instante, em 1947. Ele acalentou por mais de uma década este projeto. Pois ele cultivou a idéia até 1958, quando a proposta da Universidade de Belas Artes, irá figurar como tese central do Primeiro Congresso de Arte e foi lançada para todo o Brasil e que propunha como mantenedora estatal, a criação do


Chega-se à conclusão de que a universidade e o ministério das artes constituíram exercícios de expressão de autonomia do IBA-RS. Se esta mentalidade foi atropelada por necessidades primárias, estas decorrem do estágio primitivo de nossa sociedade que ainda não usufruiu um projeto nacional e ainda não teve tempo, luzes e energia para costurar um contrato coletivo.


Contudo não há como deixar de reconhecer que o projeto explícito de uma a universidade e o ministério das artes foram, ao seu tempo e lugar, expressões provenientes da mentalidade necessárias às forças do campo das artes que assim podem usufruir de visibilidade e de sentido ao longo de uma década.



FONTES aqui CITADAS


ARANTES do VALE, Vanda. «Academia Imperial de Belas Artes - Escola Nacional de Belas Artes» In. 180 anos de Escola de Belas Artes. Anais do Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : EBA-UFRJ, 1997. 347 – 363.


CUNHA, Luiz Antônio, Universidade temporã : o ensino superior da Colônia à Era Vargas. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira. 1980, 295p.


WEBER, Max. Sobre a universidade. São Paulo : Cortez, 1989. 152 p.




[1] - Antes, em 1930, MESP – Ministério de Educação e Saúde Pública e depois MES Ministério de Educação e Saúde.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

ARTE em PORTO ALEGRE APÓS 1945 – 08.03

TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA:

um líder das forças do campo das artes coerente com seu tempo e lugar.


Foto-composição de Myra GONÇALVES

Fig. 01 – MURAL 8º ANDAR do IA-UFRGS por Aldo Locatelli - 1958.

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Em várias ocasiões foi mencionado, neste blog, o nome e as ações de Tasso Bolívar Dias Corrêa (*25.121901.Uruguaiana .+07.07.1977.Porto Alegre). Contudo, como toda grande figura ainda não se possui distanciamento suficiente para avaliar todas as suas dimensões, em especial a importância de suas ações. No entanto a sua figura parece incontornável na institucionalização das artes no RS e, em especial, após 1945. O seu nome é mencionado em todos os caminhos da arte deste tempo.


Foto Círio SIMON 1985

Fig. 02 - Tasso Bolívar DIAS CORRÊA no MURAL 8º ANDAR do IA-UFRGS por Aldo Locatelli - 1958.



Nestes caminhos o nome de Tasso Corrêa pode ser incluído entre as lideranças, na linha de Olinto de Oliveira[1] e de Manuel André da Rocha[2], que animaram a administração do Instituto de Belas Artes. Como eles exerceu uma liderança que marcaram o Instituto profunda e definitivamente.







Fig. 03 – A família DIAS CORRÊA

Oscar e Rosina : pais – de pé. Tasso Bolívar e Ernani: filhos - sentados [1]. .

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A administração no IBA-RS consagrou Tasso Corrêa como líder inconteste no Instituto. Para tanto ele foi reeleito por unanimidade, mandato após mandato, entre 1936 e 1958. O Instituto foi projetado, a partir desta base, ao primeiro plano entre as instituições nacionais voltadas para as artes.






[1] Conferir o texto: "Mãe de proprietário deu nome ao bairro" O primeiro proprietário de que se tem notícia, da área onde hoje fica a Vila Rosina foi Tasso Bolivar Dias Corrêa.em http://www.rnews.com.br/textos.asp?codigo=8644 Vila Rosina Bairro: VILA ROSINA Cidade: CAIEIRAS Estado: SP CEP: 07700-000 Prefeitura Município Caieiras R. Albert Hanser, Caieiras - SP, 07700-000, Brazil (0xx)11 4442-3703


Arquivo do IA-UFRGS

Fig. 04 – DIPLOMA da SOCIEDADE BRASILEIRA de BELAS ARTES conferido a

Tasso Bolívar DIAS CORRÊA



Ele é agente de uma seqüência de realizações sistemáticas, que em si mesmas poderiam ser objeto de várias pesquisas com enfoques diferentes. Renovou o ensino, implantando novos cursos, contratou para eles profissionais qualificados, construiu nova sede, implementou salões e que abastecem até o presente o sistema de artes do Rio Grande do Sul. Criou instrumentos através dos quais articula o Instituto com a cultura local, nacional e internacional. Concluiu a sua administração com um ambicioso Iº Salão Pan-Americano, Iº Congresso Brasileiro de Arte onde aprovadas propostas do Ministério da Cultura e da Universidade de Artes.



O administrador profissional das artes


Se a geração anterior de administradores do campo artístico foi dos homens solenes e imperiais, contra os quais Tasso se opôs, ele, na sua administração institucional. Para tanto encarnou o agente e o empresário da arte e da cultura coerente com a nova era industrial. Agente ativo e sintonizado com o Estado nacionalista e toda a sua implementação política, ele foi buscar a motivação para a sua ação na arraigada formação republicana, herdada do seu pai o engenheiro de Portos e Rios Oscar DIAS CORRÊA e nos ambientes culturais vividos em pontos tão dispersos do território nacional como Uruguaiana, São Paulo e Fortaleza. Na capital federal, onde se formou com brilho no curso superior de música aos 20 anos de idade ele também se iniciou nas Ciências Jurídicas, estabelecendo uma rede de amizades e de relações pessoais que lhe serão de extrema valia quando inicia em 1922, seus próprios conservatórios de música em Rio Grande e Porto Alegre. Essa experiência de uma rede cultural lhe será fundamental para a continuidade do sucesso da direção.


Diário de Noticias de Porto Alegre em 11.01.1939 ond Ângelo Guido era cronista e crítico de arte

Fig. 05 – TASSO CORRÊA preside CONGREGAÇÂO do IBA-RS em 09.01.1939

Fernando Corona [1]; João FAHRION [2]; Ângelo GUID [3]; Tasso CORRÊA [4]

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Homem profundamente vinculado ao meio cultural sul-rio-grandense, foi pessoa de confiança dos interventores federais que se seguiram no Palácio Piratini. Conheceu na intimidade e por laços familiares, esses personagens e os mimetisa na sua ação administrativa no interior do Instituto de Belas Artes. De outro lado, o homem social, conseguiu traduzir em gestos populistas as suas iniciativas, quando se tratava de construir o novo prédio da instituição sem um orçamento definido e sem uma mantenedora. Se lhe cabe alguma crítica, ela deve ser formulada no interior da cultura sul-rio-grandense e brasileira, nas décadas de 1920 e 1930, da qual Tasso constitui uma amostra exemplar. A ação administrativa de Tasso realizou-se praticamente toda fora da Universidade de Porto Alegre, mas direcionada para a arte dentro do paradigma universitário da Lei n.º 19.851 de 11 de abril de 1931. Paira assim um enigma sobre essa ambigüidade ou distinção da natureza da sua administração. A interrogação, que tenta decifrar, esse enigma, de manter o Instituto as portas da universidade e ao mesmo tempo implementar o modelo da dessa mesma universidade, pode significar muito para apreender o processo de autonomia e das necessidades de negociação recíprocas para adequar para esse convívio a instituição voltada às artes e a universidade. Ele certamente levou ao túmulo a resposta das razões das suas recusas de integrar o Instituto à Universidade de Porto Alegre, que em várias ocasiões, lhe foram oferecidas, ou impostas.


Acervo da Pinacoteca do IA-UFRGS [1]

Fig. 06 - A equipe do Curso de Artes Plásticas do IBA-RS c.1944.

João FAHRION [1 autor do desenho] ; Benito CASTAÑEDA [2]; Tasso CORRÊA [3]; Ângelo Guido [4]; José LUTZENBERGER [5]; MARISTANY de TRIAS [6] Ernani DIAS CORRÊA [7}; Fernando CORONA[8]



Certamente, a competência administrativa de Tasso Corrêa, não nasceu no dia 27 de abril de 1936 quando foi designado pelo decreto estadual nº 6.193 do governo estadual para exercer a direção do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Ao contrário ele já exercera essa competência em 1922 em Pelotas como agente de eventos artísticos. No mesmo ano ele foi convidado para ser professor de Piano no Instituto de Belas Artes. No ano seguinte, com 22 anos, foi nomeado diretor interino para o cargo que pertencera a Araújo Vianna, enquanto seu titular na época, Guilherme Fontainha, foi estudar na Europa. Na volta desse, os dois fundaram, e fazeram funcionar no dia 10 de março de 1924, o Conservatório de Música da cidade de Rio Grande[2] e na qual Fontainha será diretor com a intervenção de vários músicos locais. No dia 04 de dezembro de 1926 Tasso estava oferecendo o seu curso superior de Piano em Porto Alegre através da revista Madrugada. Nesse mesmo número o seu irmão mais velho, Ernani Corrêa[3], oferecia a sua empresa de arquitetura e de construção na Rua Dr. Flores.

[3] - Ernani havia feito a sua formação superior na ENAB na turma de Lúcio Costa e Atília Correa. Ver a biografia deste último em em "http://pt.wikipedia.org/wiki/At%C3%ADlio_Correa_Lima" e do pai deste em http://www.dezenovevinte.net/bios/bio_cl.htm



Detalhe de foto do ARQUIVO do IA-UFRGS [1]

Fig. 07 – A equipe do IBA-RS sob a direção de Tasso Bolívar DIAS CORRÊA [16]

Fernando CORONA [1] Benito CASTAÑEDA [2] Ângelo GUIDO [4] José LUTZENBERGER [16]

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Um lider da universiade brasileira da época de sua concepção.

Com revolução de 1930, e em especial com os decretos sobre a universidade, ele aprofundou as suas concepções administrativas enquanto ia concluindo o seu curso de Direito. Assim ele engajou vários colegas, em 1932, no estudo das novas potencialidades do paradigma da universidade para os campos das artes. No dia 24 de outubro expõe-se perigosamente quando enfrentou a Comissão Central. Aproveitou o ensejo da sua escolha como paraninfo da turma de piano e tem ocasião de expor publicamente, as suas novas convicções sobre o campo artístico a ser implementado no Instituto. O presidente desse o expulsa no mesmo dia. Readmitido pelo presidente seguinte do Instituto, por meio da pressão dos seus alunos e colegas. Em 1934 Tasso reuniu os seus colegas de Conservatório para redigir um estatuto provisório para o Instituto com o objetivo de o Instituto pertencer a planejada Universidade de Porto Alegre. Nomeada a comissão de estudos desse projeto, Tasso está ao lado de Manoel André da Rocha. O projeto não chegou a ser aprovado pela Comissão Central do IBA-RS. Em vez disto, no dia 20 de novembro de 1934, esta Comissão aprovou a inclusão do Instituto de Belas Artes (IBA-RS) na Universidade de Porto Alegre (UPA).


[1] - Confira a imagem original em http://www6.ufrgs.br/artes/arquivo/galerias/displayimage.php?album=lastcom&cat=0&pos=53


Detalhe de foto do Arquivo do IA_UFRS [1]

Fig. 08 – Tasso CORRÊA e a sua equipe

Ernani DIAS CORRÊA [9]; Luis Fernando CORONA[10]; Fernando CORONA[11]; Tasso Bolívar DIAS CORRÊA [18]; Ilsa DAUT COORRÊA [19].

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Logo após a nomeação do reitor dessa Universidade, Tasso Corrêa estava presente no dia 16 de abril de 1936 na reunião do Conselho Universitário da UPA como representante do Instituto. No dia 27, desse mesmo mês, pelo Decreto Estadual nº 6.193, o governo o designou para o cargo efetivo da direção do Instituto de Belas Artes.

Contudo, não se conseguiu esclarecer, se esse decreto que nomeava Tasso Corrêa, foi o efeito de uma eleição de lista tríplice conforme o decreto nº 19.851 de 11.04. 1931 no seu artigo nº 27[2], ou se foi um ato do interventor apoiado por um nome indicado pelo Conselho Universitário. Tasso Corrêa acumulou em suas mãos uma grande soma de cargos que antes estavam dispersos na diretoria e nas escolas do Instituto.


Seguindo o conselho de André da Rocha eliminou as direções do Conservatório e da Escola. Ele acumulou os cargos de Presidente e de Vice da antiga diretoria da Comissão Central. O C.T.A que demorou dois anos para sair do papel. Quando foi instalado no dia 25 de abril de 1938, esse Conselho explodiu em conflitos sobre os quais Tasso reinou absoluto durante o seu primeiro mandato, legitimando todos os atos por ele antes praticados ad-referendum. Apoiava-se na plenária da Congregação dos Professores[3] antes que o Instituto fosse eliminado da Universidade no dia 05 de janeiro de 1939. Nessa data, teoricamente, o primeiro mandato de Tasso Corrêa já estaria findando se seguirmos ao pé da letra o estatuto da UPA aprovado no dia 28.11.1934 que diz no seu Art. 27... § 3º O diretor terá exercício pelo prazo de três anos e só poderá figurar na lista tríplice seguinte pelo voto de dois terços da Congregação ou Conselho Universitário” .



[1] - Veja a foto original em http://www6.ufrgs.br/artes/arquivo/galerias/displayimage.php?album=lastcom&cat=0&pos=43


[2] - “ Art. 27 - O Diretor dos institutos universitários, órgão executivo de direção técnica e administrativa dos institutos, será nomeado pelo Governo, que escolherá de uma lista tríplice, na qual serão incluídos os nomes de dois professores catedráticos, eleitos por votação uninominal pela respectiva Congregação, e outro professor do mesmo instituto, eleito pelo Conselho Universitário

[3] - Essas plenárias eram, de fato, apenas sessões solenes e que referendava os atos da Comissão Técnica Administrativa do IBA-RS.


Detalhe de foto do Arquivo do IA-UFRS [1]

Fig. 09 – A equipe do IBA-RS sob a direção de Tasso Bolívar DIAS CORRÊA [09]

Ernani DIAS CORRÊA [4], Irmão José Otão [6], Fernando CORONA [7], José LUTZENBERGER [8] Ângelo GUIDO [11] Ney CHRISÓSTOMO [14].



Tasso instaurou, no IBA-RS, um paradigma diferente da política da 1ª República Brasileira


Existe uma distinção fundamental entre as ações de Tasso Corrêa e as ações da Presidência da Comissão Central. Nesta, a Presidência era a última instância de uma pirâmide. Enquanto Tasso Corrêa é um burocrata cuja autoridade é uma delegação que procede de uma instância superior que é o Estado nacionalista, patrimonialista e intervencionista.

“O regime de 1937-45 não se explica como mistificação de cúpula, como mistificação de cúpula não foi o Império. Suas bases permanentes, que os interregnos de 1889-30 e de 34-37 apenas dissimulam, - porque neles vigem as vigas mestras da estrutura – traduzem a realidade patrimonialista, na ordem estatal centralizada”

Faoro, 1975, p. 725



Na linha do autoritarismo do Estado Novo outro enigma é quanto aos estatutos e aos regulamentos Instituto de Belas Artes. Existe uma versão do regulamento, com 227 artigos, homologado no dia 17 de junho de 1938 pelo Conselho Técnico Administrativo. Contudo este regulamento não chegou a ser homologada pela Congregação do Instituto ainda incorporado a Universidade de Porto Alegre. Esse regulamento deveria seguir para a homologação do Conselho Universitário. Isso não chegou a acontecer, pois o Instituto foi eliminado da UPA no dia 05.01.1939.


[1] - Veja a foto original em http://www6.ufrgs.br/artes/arquivo/galerias/displayimage.php?album=lastcom&cat=0&pos=42


Diário de Noticias de Porto Alegre em 11.01.1939 onde Ângelo Guido era cronista e crítico de arte

Fig. 10– TASSO CORRÊA [4] e os três membros do CTA do Curso de Artes Plásticas do IBA-RS:

Fernando CORONA [1] João FAHRION [2] e Ângelo GUIDO [3] [Detalhe da fig.05]


A Congregação ratificou, nos dias 07 e 23 de janeiro de 1939, aquele homologado em junho de 1938 e do qual foi publicado um extrato na imprensa local no daí 12 de outubro de 1939. O que deveria ser o regulamento para do Instituto para a UPA, tornou-se o regulamento para o Instituo no dia 24 de março de 1939, aprovado nessa data pela Congregação dos Professores, retirando-se, do seu caput, apenas a referência a UPA.

O enigma está na demora em se submeter esse regulamento à Universidade. As dificuldades de sua aprovação já eram previsíveis? Foi mais uma das causas da eliminação do Instituto da UPA?


Desenhos de Fernando CORONA –a Arquivo do IA-UFRGS

Fig. 11 – Fachadas dos prédios do IBA-RS - Histórico

Prédio 1909-1941 [1]; Prédio inaugurado em 01.07.1947[2]; Projeto, em 1947, do prédio da Universidade das Artes.[3]

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Com as comemorações do cinquentenário do Instituto de Belas Artes Tasso Corrêa chegou ao apogeu do seu ambicioso projeto traçado em 1933 no seu discurso no Theatro São Pedro para Instituto de Belas Artes. Nesse ano posicionou-se claramente contra uma administração estática e burocrática.

Projeto de Fernando CORONA –Arquivo do IA-UFRGS

Fig. 12 – PROJETO da UNIVERSIDADE das ARTES - Localização

Teatro[1] Reitoria e aulas [2] Museu e Pinacoteca [3]


Em 1958 ele estava no posto mais alto dessa administração. Ali ele foi capaz de propor, articular e ativar mecanismos, do interior dessa instituição de artes, coerentes com as regras do campo da arte no qual se inscreve com a proposição de serem nacionais.


Prova da foto que se encontra no Arquivo do IA-UFRGS

Fig. 13- Tasso CORRÊA preside banquete a ele oferecido na Pinacoteca do Instituto.

Tasso Corrêa recebe a homenagem de um banquete na Pinacoteca do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul por ocasião do 20o .aniversário da ADMINISTRAÇÃO TASSO CORRÊA. Oferecido na noite de 19.06.1956 – Terça feira[1]

1 –Cel. Pandolfo, 2-Tasso Corrêa 3 –Ilsinha Daudt Corrêa 4 –Irmão José Otão [da Esquerda do observador para Direita]



A esperança e aposta de Tasso no Estado Nacional.



Tasso Corrêa apostou todas as suas fichas no tipo de Estado Nacionalista que começou a se configurar a partir de 1930. Estado do qual ele passa a ser um forte propagandista por meio do projeto da universidade brasileira. Tasso traduz essa universidade para o campo artístico do Brasil. Com a sua expulsão do Instituto em 1933, parece que esse seu projeto naufragaria. Mas já em 1936 tornou-se sua autoridade máxima exatamente no modelo da universidade brasileira de 1931. Em 1939 recebeu o patrimônio e administração do Instituto das mãos do severo João Fernandes Moreira, presidente que o expulsara do Instituto[2].




[1] - Em Díário de Notícias. Porto Alegre: dias 15.06.1956, 17.06,1956 e 22.06.1956

A Hora. Porto Alegre, dias 12.0.1956, 13.06.1956 e 15.06.1956

Correio do Povo. Porto Alegre, 23.06.1956, p.4

O Jornal. Rio de Janeiro, Sábado, 23.06.1956 (Recortes dos periódicos sem noe página da pasta de Tasso Corrêa)



[2] - A entrega do patrimônio e da administração aos docentes do Instituto é assinada por nove membros da Comissão Central. Entre as nove assinaturas dessa comissão, está ironicamente a de João Fernandes Moreira presidente que expulsara Tasso Corrêa do Instituto de Belas Artes no dia 24.10.1933.


Prova da foto que se encontra no Arquivo do IA-UFRGS

Fig. 14- Algumas presenças na noite de 19.06.1956 no banquete oferecido a Tasso Corrêa na Pinacoteca pelo 20 anos de sua administração.

Aldo LOCATELLI [1] Bruno KIEFER [2] João FAHRION [3]

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Com sua dinâmica barulhenta e conseqüente atividade conseguiu obscurecer a estática e silenciosa administração da Comissão Central. Nos eventos do cinqüentenário que planejou e presidiu, propôs, provocou, mas não precisa mais tripudiar. A administração de 22 anos ensinara-lhe, na prática os seus limites e as suas competências face a instituição e do sistema de arte no qual se move. Na última sessão do Conselho Técnico Administrativo que Tasso Corrêa presidiu no dia 19 de setembro de 1958, está em pauta o IIº Salão Pan-Americano.

Ordem do Dia, consta dos seguintes itens – 1º) – 2º Salão Pan-Americano: O Snr. Diretor, inicialmente, põe o Conselho a par das providências já tomadas pela Direção com referência a realização, em 1960, do 2º Salão Pan-Americano solicitando depois aos conselheiros Fernando Corona, Ernani Dias Corrêa e João Fahrion a elaboração do anteprojeto de regulamento para o concurso de cartazes, referente a esse salão, bem como a apresentação de anteprojeto para o regulamento definitivo dos salões pan-americanos".

Livro de atas nº III do C.T.A, sessão do dia 19.09.1958’ f. 90f



Mas o seu tempo já havia passado. Alguns dias depois não obtém mais da Congregação a costumeira unanimidade de votos para mais um mandato[1]. Diante disso retirou-se intempestivamente do recinto e a seguir solicita a sua aposentadoria. Pagou assim o alto preço do intelectual cooptado: a sua competência foi-lhe imposta pelo Estado. Fora dali não possui competência (Favero, 1980 : 48). Assim a sua candidatura, a um posto eletivo na política regional, não tinha sustentação e vida própria.

O ator retira-se do palco da política pública.


Como um ator e líder que possui o sentimento do seu tempo de se retirar do palco quando a sua ação passou e é a vez de outros atores e outras idéias, Tasso se recolheu para a vida privada como haviam feito os líderes do Instituto, Olinto de Oliveira e Libindo Ferrás. Conscientes e cientes do valor de suas idéias sobre a autonomia do campo das artes também sabiam os limites e as competências de cada geração. Alimentaram com milhares de informações o Arquivo do IA-UFRGS como De Masi (1997 : 20) colocando como característica de um bom líder. “Atento em alimentar a memória e a histórias do grupo com notas biográficas, cartas, fotografias, documentação meticulosa; capaz de transformar os conflitos em estímulos para a idealização e a solidariedade


Assim também Tasso passou para a inatividade, deixando em mãos de novos agentes os seus pleitos de autonomia para o campo das artes, sem imiscuir-se nos novos tempos que o sucediam. De outra parte muitos dos seus sonhos e os caminhos de sua realização desembocaram no seu túmulo em 7.7.1977. Assume assim outra faceta do líder que segundo De Mais (1997 : 200) se sente ‘inconscientemente inclinado a comportar-se quase como se desejasse que a organização por ele criada morresse com ele’.




[1] - Segundo o Decreto Lei n.º 19.851 de 11.04.1931 o diretor poderia ser reeleito contanto que obtivesse 2/3 dos votos

Art. 27 – O diretor dos institutos universitários, órgão executivo da direção técnica e administrativa dos institutos, será nomeado pelo Governo, que o escolherá de uma lista tríplice ....

§ 3º - O diretor terá exercício pelo prazo de três anos e só poderá figurar na lista tríplice seguinte pelo voto de dois terços da Congregação ou do Conselho Universitário”.

Tasso Corrêa esperava a costumeira unanimidade de votos nessa eleição de 1958 ...o que de fato não mais se concretizou Apesar de obter a maioria dos sufrágios necessária para a sua reeleição, houve alguns votos em outro nome que não dele. Isto causou profunda irritação em Tasso que se retirou da sala abandonando todas as suas pretensões.

(Depoimento ao autor de Luis Carlos Maciel – presidente do CATC. presente e que tempos depois seria diretor do IBA-RS)


MURAL 8º ANDAR do IA-UFRS por Aldo Locatelli - 1958Foto Círio SIMON 1985

Fig. 15 – Os irmãos Ernani e Tasso DIAS CORRÊA encimados pela figura da João FAHRION

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Tasso Bolívar DIAS CORRÊA

(*25. 12.1901: Uruguaiana-RS + 07. 07.1977. Porto Alegre- RS )



Cronologia de algumas relações de Tasso CORRÊA com o Instituto de Artes:

  • 1922 é convidado para ser professor de Piano do Instituto de Belas Artes
  • 1923 é o diretor interino do Conservatório do IBA-RS no afastamento de Guilherme Fontainha
  • 1925 organiza audição de Piano no Teatro São Pedro com palestra de Eduardo Guimarães
  • 03.06.1932 Tasso Corrêa, como estudante da faculdade de Direito, ajuda a instalar “Grêmio dos Estudantes do Conservatório de Música”[1] que será Centro Acadêmico do Instituto de Artes(C.A.I.B.A.) de todos os estudantes do IBA-RS e em 28. 04.1943 passa denominar-se Centro Acadêmico Tasso Corrêa (CATC) [2] .
  • 24.10.1933 Tasso atacou a administração da Comissão Central em pleno Theatro São Pedro

  • 16.04. 1936 nomeado Diretor do Instituto de Belas Artes da Universidade de Porto Alegre

  • 06.01.1939 recebeu a administração e propriedade da Comissão Central com presidente da Congregação do IBA-RS
  • 15.11.1939 abre o 1º Salão de Artes do Rio grande do Sul

  • 1941 até 1943 lidera a campanha nacional dos Legionários para a construção do novo prédio
  • 02. 10. 1941 Tasso Corrêa junto com 3 professores[3] do IBA-RA assina hipoteca de suas casas, no 5º cartório de Porto Alegre, para a Caixa Econômica Federal com o objetivo de levantar fundos para a construir o prédio do Instituto de Belas Artes
  • 14.11. 1941 o Instituto passou a funcionar num prédio alugado na rua da Praia, nº 1.511[4] , 1º andar.

  • 01.07.1943 inauguração oficial[5] do bloco central do Instituto de 8 andares[6].

§ 06.09.1946 - Tasso Corrêa é nomeado para o Conselho Estadual de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul[7] como membro nato na qualidade de diretor do IBA-RS


  • 1952, inicia a construção do bloco das Artes Plásticas, com os ateliês voltados para o Sul[8].

  • 22.04.1958 promove o 1º Congresso Brasileiro de Arte e o 1º Salão Pan-Americano de Artes.
  • 17.10.1958 Tasso Corrêa passa à profª Alayde Pinto Siqueira o seu cargo de Diretor, pelo Oficio nº 1086/58,

  • 1970 recebe, junto com Fernando Corona, o título de Professor Emérito da UFRGS.

Outros dados:

  • Estudou e em 1921 formou-se no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro.
  • 1922 organizou concertos em Rio Grande e Pelotas
  • Em fevereiro de 1924 criou o Conservatório Rio-Grandino de Música juntamente com Guilherme Fontainha

  • 4.12.1926 oferece na revista Madrugada nº 5 o Curso Superior de Piano que criou em Porto Alegre

  • 1933 forma-se em Ciências Jurídicas da Faculdade de Direito de Porto Alegre.

· Constitui duas imobiliárias (ver nota da fig.03) e integra direção de bancos de Porto Alegre.



·

ALGUMAS FONTES para a BIOBRAFIA de TASSO CORRÊA



Tese :ORIGENS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS disponível em http://www.ciriosimon.pro.br/aca/aca.html Personagens do Instituto de Artes da UFRGS . Pesquisa e texto relatório da tese de doutoramento de Círio SIMON 1995 –2002



Fontes do Arquivo do IA:

  • Atas da Comissão Central do Instituto Livre de Belas Artes
  • Atas do CTA do Instituto de Belas Artes

  • Atas da Congregação do Professores do Instituto
  • Catálogos de realizações e Pasta funcional de Tasso Corrêa

Veja alguns documentos em http://www6.ufrgs.br/artes/arquivo/icaatom/web/index.php/?sf_culture=pt


Obras de arte no Acervo da Pinacoteca do IA-UFRGS imagens disponíveis em http://www6.ufrgs.br/acervoartes/modules/mastop_publish/



Outras fontes:


  • Prospecto do Instituto Nacional de Música de 08.1919
  • Prospecto do Concurso do Instituto Nacional de Música de 31.12.1922

  • Correspondência Tasso e Fontainha

  • Prospecto do Conservatório Rio-Grandino de 23.02.1924.
CORRÊA dos SANTOS, Nayá. Tasso Corrêa: uma vida uma obra de arte. Porto Alegre : Evangraf, 2001, 32





[1] - Livro de Atas nº 2 da CC-IBA pp.33f e 33v . O fato havia sido comunicado no dia 03 . 05 à CC-IBA



[2] - Livro de Atas do Centro Acadêmico Tasso Corrêa 1940-1945 p. 15f



[3] - Livro de Atas nº 2 do CTA p.6 f“ Fernando Corona escreve no seu Diário de, ano de 1941, fl. 425 “No dia dois de Outubro assinamos na Caixa Econômica o empréstimo de quinhentos contos de reis. Para que constasse a legalidade da hipoteca, assinaram conosco as nossas esposas. Os fiadores fomos: Tasso Corrêa, Enio de Freitas e Castro, Oscar Simm e eu Fernando Corona”.

[4] - Atelier na rua da Praia com Cristina Balbão, Corona, Fahrion. CD-ROM - Disco 6 - IMAGENS. .

[5] - Tasso Corrêa fala no lançamento da pedra, Fernando Corona fala na inauguração do prédio e Altar cívico. Carlos Barbosa, Getúlio e Olinto. CD-ROM - Disco 6 - IMAGENS.

[6] - Inauguração do Novo Edifício: 1º de julho de 1943 Solenidades comemorativas da inauguração do novo edifício

[7] - Decreto no 2.018 de 06.09.1946 do Interventor Federal do Rio Grande do Sul, publicado no Diário Oficial do Estado no dia 10.09.1946



[8] - IBA: Corona: fachada da ampliação prédio e ampliação 52/53, do Instituto de Belas Artes:. Os ateliers foram orientados para luz vinda do lado sul através de janelas que ocupam toda a parede, graça aos pilotis. CD-ROM - Disco 6 - IMAGENS. .