O ESTADO NOVO e a ARTE em
PORTO ALEGRE.
“- Quem ficar com o programa dos partidos é contra o Estado”
Loureiro da Silva in Diário de Noticias Ano XIII nº 230 p.24 POA- RS 28 de novembro de 1937
Fig. 01 – Um ALTAR da PÁTRIA armado na entrada do prédio do IBA-RS no dia de sua inauguração em 01 de julho de 1943. A imagem de Getúlio Vargas - o CHEFE SUPREMO da NAÇÃO - ocupa o eixo central deste altar. Ao seu lado os fundadores Carlos Barbosa Gonçalves e Olimpio Olinto de Oliveira
Os agentes do ESTADO NOVO tentaram jogar a nação brasileira na crença absoluta nos aparelhos estatais. Para tanto reduziram o conceito da nação para caber num partido único, suspenderam e perseguiram qualquer outra sigla partidária, ideologia e até língua diferente da que eles praticavam. Com este objetivo os seus agentes vigiaram, desqualificaram e puniram toda força e a energia que pudesse brotar de forma espontânea do PODER ORIGINÁRIO da nação brasileira.
A ARTE tinha a opção de ser a FAVOR ou CONTRA este ESTADO NOVO totalitário. Para as manifestações da ARTE cabia o elogio ou então o silêncio, a perseguição ou a pura aniquilação.
Um regime totalitário faz de tudo para se apropriar, exercer e reproduzir o PODER central como proprietário único e exclusivo. Para tanto se apresenta, ao PODER ORIGINÁRIO como a única via possível. Toma todos os meios para que o mundo e a opinião pública acreditem neste seu projeto onisciente, absoluto e inquestionável. Reage a tudo e todos que possam duvidar e por em risco estes seus projetos reducionistas. Nesta direção os agentes do o ESTADO NOVO calaram o LEGISLATIVO e ignoraram o JUDICIÁRIO. Qualquer discordância ou oposição era silenciada em “nome do bem coletivo e para a felicidade geral da nação” ou e era eliminada simples e fisicamente. Os agentes do ESTADO NOVO brasileiro tinham como objetivo não só a unidade nacional, mas o controle dos mecanismos do Estado. Ultrapassaram amplamente os limites governamentais ao exemplo dos agentes dos demais estados totalitários de sua época. O ESTADO NOVO brasileiro se infiltrou, controlou e intimidou, por todos os meios, o PODER ORIGINÁRIO da nação. Mostrava e impunha a si mesmo como único destino, segurança e salvação possíveis.
O REGIME TOTALITÁRIO também sabe que o ESTADO recebeu o contrato do EXERCÍCIO da VIOLÊNCIA SIMBÓLICA e FÍSICA e sempre exerceu esta função. O ESTADO NOVO brasileiro começou a exercer a violência simbólica ao queimar as bandeiras dos estados regionais e a violência jurídica ao nomear interventores para seu controle e que dispensavam assembleias e judiciário. Não se eximiu de exercer a violência física pela eliminação do bando de Lampião entre tantos outros. Assim os agentes do ESTADO NOVO arrogaram para si as leis, o seu exercício e o julgamento sumário. Ao ingressar na II Guerra Mundial o ESTADO NOVO juntou a violência simbólica e física.
Os agentes do ESTADO NOVO conseguiram um silêncio obsequioso e constrangido do intelectual brasileiro. Conseguiram não só este silêncio conceitual, mas esperavam dele os elogios e a defesa rasgada, como se percebe pela frase de Loureiro da Silva que abre esta postagem. Os agentes do ESTADO NOVO aproveitavam-se do recurso ao arsenal simbólico da nação brasileira, conferindo uma aparência civilizada voluntária e por aquilo que eles denominavam “arte”. Fora desta concepção do que parecia útil ao ESTADO NOVO tratou de eliminar tudo que lhe parecia suspeito. Para conseguirem um cooptação sensorial e para substituir e fazer passar subliminarmente a mensagens que interessavam ou eram favoráveis ao regime os agentes do ESTADO NOVO valeram-se da indústria cultural. Aproveitavam a porta larga e usada pela maioria dos regimes totalitárias da época. O que não cabia na indústria cultural era visto como o resto. Nesta condição a arte - que não se calava ou não se dobrasse aos desígnios dos regimes totalitárias da época - era tratada como ARTE DEGENERADA, obsoleta ou sucata. Como não se discute ou argumenta como uma imagem os agentes do ESTADO NOVO armavam uma intensa e aplastrante narrativa visual, de preferência subliminar. Esta pesada maquinaria marqueteira e propagandista industrial do ESTADO NOVO, se não servia para outra coisa, ao menos procurava, por meio dela, sufocar, silenciar e extirpar qualquer contraditório possível.
O regional era o caminho oposto e contrário ao ESTADO NOVO. Assim os agentes do ESTADO NOVO tiveram de investir contra o regional, desqualificar e queimar todo o acervo simbólico que os estados regionais brasileiros haviam acumulado ao longo da sua História. O estado do Rio Grande do Sul foi particularmente visado pelos agentes do ESTADO NOVO BRASILEIRO devido a sua História forte, singular e regional.
A ARTE tinha a opção de ser a FAVOR ou CONTRA este ESTADO NOVO totalitário. Para as manifestações da ARTE cabia o elogio ou então o silêncio, a perseguição ou a pura aniquilação.
Um regime totalitário faz de tudo para se apropriar, exercer e reproduzir o PODER central como proprietário único e exclusivo. Para tanto se apresenta, ao PODER ORIGINÁRIO como a única via possível. Toma todos os meios para que o mundo e a opinião pública acreditem neste seu projeto onisciente, absoluto e inquestionável. Reage a tudo e todos que possam duvidar e por em risco estes seus projetos reducionistas. Nesta direção os agentes do o ESTADO NOVO calaram o LEGISLATIVO e ignoraram o JUDICIÁRIO. Qualquer discordância ou oposição era silenciada em “nome do bem coletivo e para a felicidade geral da nação” ou e era eliminada simples e fisicamente. Os agentes do ESTADO NOVO brasileiro tinham como objetivo não só a unidade nacional, mas o controle dos mecanismos do Estado. Ultrapassaram amplamente os limites governamentais ao exemplo dos agentes dos demais estados totalitários de sua época. O ESTADO NOVO brasileiro se infiltrou, controlou e intimidou, por todos os meios, o PODER ORIGINÁRIO da nação. Mostrava e impunha a si mesmo como único destino, segurança e salvação possíveis.
O REGIME TOTALITÁRIO também sabe que o ESTADO recebeu o contrato do EXERCÍCIO da VIOLÊNCIA SIMBÓLICA e FÍSICA e sempre exerceu esta função. O ESTADO NOVO brasileiro começou a exercer a violência simbólica ao queimar as bandeiras dos estados regionais e a violência jurídica ao nomear interventores para seu controle e que dispensavam assembleias e judiciário. Não se eximiu de exercer a violência física pela eliminação do bando de Lampião entre tantos outros. Assim os agentes do ESTADO NOVO arrogaram para si as leis, o seu exercício e o julgamento sumário. Ao ingressar na II Guerra Mundial o ESTADO NOVO juntou a violência simbólica e física.
Os agentes do ESTADO NOVO conseguiram um silêncio obsequioso e constrangido do intelectual brasileiro. Conseguiram não só este silêncio conceitual, mas esperavam dele os elogios e a defesa rasgada, como se percebe pela frase de Loureiro da Silva que abre esta postagem. Os agentes do ESTADO NOVO aproveitavam-se do recurso ao arsenal simbólico da nação brasileira, conferindo uma aparência civilizada voluntária e por aquilo que eles denominavam “arte”. Fora desta concepção do que parecia útil ao ESTADO NOVO tratou de eliminar tudo que lhe parecia suspeito. Para conseguirem um cooptação sensorial e para substituir e fazer passar subliminarmente a mensagens que interessavam ou eram favoráveis ao regime os agentes do ESTADO NOVO valeram-se da indústria cultural. Aproveitavam a porta larga e usada pela maioria dos regimes totalitárias da época. O que não cabia na indústria cultural era visto como o resto. Nesta condição a arte - que não se calava ou não se dobrasse aos desígnios dos regimes totalitárias da época - era tratada como ARTE DEGENERADA, obsoleta ou sucata. Como não se discute ou argumenta como uma imagem os agentes do ESTADO NOVO armavam uma intensa e aplastrante narrativa visual, de preferência subliminar. Esta pesada maquinaria marqueteira e propagandista industrial do ESTADO NOVO, se não servia para outra coisa, ao menos procurava, por meio dela, sufocar, silenciar e extirpar qualquer contraditório possível.
O regional era o caminho oposto e contrário ao ESTADO NOVO. Assim os agentes do ESTADO NOVO tiveram de investir contra o regional, desqualificar e queimar todo o acervo simbólico que os estados regionais brasileiros haviam acumulado ao longo da sua História. O estado do Rio Grande do Sul foi particularmente visado pelos agentes do ESTADO NOVO BRASILEIRO devido a sua História forte, singular e regional.
Diário de Noticias – Porto Alegre – 07 de janeiro de 1939
Fig. 02 – A Congregação do IBA_RS reunida no dia 06 de janeiro de 1939 . O eixo central desta foto é ocupado por Tasso Bolívar Dias Corrêa. Ao seu lado os integrantes do Conselho Teánico Administrativo (CTA) do IAB-RS
A obra de arte, na sua autonomia e na sua essência, não se envolve, não toma partido e nem salta para a arena política ou ideológica. Porém nada melhor do que esta obra de arte para mostrar o regional como complementar, diferente e até contrário ao sentido do que é nacional. Na obra de arte se acumulam - no seu mínimo material - o máximo do seu TEMPO e LUGAR e que ela transmite de geração em geração. Para cumprir esta sua natureza a obra de arte não pode obedecer a leis estranhas na sua autonomia. Esta autonomia iria desaparecer completamente da face da terra, na concepção de Platão, e ela se metamorfoseariam em outra coisa.
“Veríamos desaparecer completamente todas as artes, sem esperança alguma de retorno, sufocada por esta lei que proíbe toda pesquisa. E a vida que já é bastante penosa, tornar-se-ia então totalmente insuportável” ( Platão, Diálogos, 1991, p.417)
Porém a arte - mesmo silenciada e ausente - indica eloquentemente para o seu lugar vago e não renuncia desta liberdade e desta força do seu campo. A arte do ESTADO NOVO reflete e espelha as circunstâncias a que ela foi forçada ao longo da II GUERRA MUNDIAL na qual a VIDA NÃO VALIA NADA. As obras de arte produzidas nesta época - triste e perigosa para a humanidade - ganham um sentido especial e único. Na sua gratuidade, a arte possui este papel de se constituir, por meio de expressões sensoriais, o corpo físico de um PROJETO da humanidade. Vale tanto o que conseguiram dar corpo e forma, como, no contraditório, tudo aquilo que ela teve de calar, e não puderam dizer na concepção do 7º aforismo de Wittgenstein.
“Veríamos desaparecer completamente todas as artes, sem esperança alguma de retorno, sufocada por esta lei que proíbe toda pesquisa. E a vida que já é bastante penosa, tornar-se-ia então totalmente insuportável” ( Platão, Diálogos, 1991, p.417)
Porém a arte - mesmo silenciada e ausente - indica eloquentemente para o seu lugar vago e não renuncia desta liberdade e desta força do seu campo. A arte do ESTADO NOVO reflete e espelha as circunstâncias a que ela foi forçada ao longo da II GUERRA MUNDIAL na qual a VIDA NÃO VALIA NADA. As obras de arte produzidas nesta época - triste e perigosa para a humanidade - ganham um sentido especial e único. Na sua gratuidade, a arte possui este papel de se constituir, por meio de expressões sensoriais, o corpo físico de um PROJETO da humanidade. Vale tanto o que conseguiram dar corpo e forma, como, no contraditório, tudo aquilo que ela teve de calar, e não puderam dizer na concepção do 7º aforismo de Wittgenstein.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gustavo_Capanema
Fig. 03 – Parte dos agentes e intelectuais que comandaram MESP na época ( 1934-1945) do ministro [3] Gustavo Capanema (1900-1985. Entre outros o educador [1] Lourenço Filho, o médico e radialista [2] Roquete Pinto, o poeta [9] Manuel Bandeira, o intelectual [11] Alceo Amoroso Lima e o religioso [13] Helder Câmara. Era uma nova geração que entrava em cena na área da cultura e educação formal brasileira. Porem era uma ilha no meio dos outros setores da vida política brasileira ainda movida pela força da inércia da Velha República.
Mário de Andrade fustigava, em 1938, o ECLETICISMO , na época do ESTADO NOVO como “acomodatício e máscara de todas as covardias”. - [in Andrade 1955, fl. 13] Insurgia-se assim contra aqueles agentes do ESTADO NOVO aceitavam e defendiam o partido único. Partido único que no Rio Grande do Sul significava colocar, no mesmo ambiente e liderança, tanto “maragatos” como “chimangos”. Este ecleticismo prolongou-se tempo afora apesar deste protesto e desqualificação, lançados contra ele, pelo autor do Macunaíma. Esta projeção no TEMPO BRASILEIRO do ESTADO NOVO é visível na geração na obra de muitos artistas que produziram durante a II GUERRA e que tiveram de enfrentar as fúrias do Regime Militar de 1964-1979.
Esta projeção no TEMPO atinge, no presente ainda, a geração dos atuais artistas sul-rio-grandenses que não estão livres da heteronomia estética e do colonialismo virtual. Assim quem quiser produzir a obra de arte no presente e pretende ser coerente com um projeto CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR necessita tomar corpo e figura na contraposição ao neo-terrorismo e ao colonialismo virtual que se escancara em todo planeta. Projeto CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR que possui a sua plena realização naquele que o recebe, recria e o reproduz.
Esta projeção no TEMPO atinge, no presente ainda, a geração dos atuais artistas sul-rio-grandenses que não estão livres da heteronomia estética e do colonialismo virtual. Assim quem quiser produzir a obra de arte no presente e pretende ser coerente com um projeto CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR necessita tomar corpo e figura na contraposição ao neo-terrorismo e ao colonialismo virtual que se escancara em todo planeta. Projeto CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR que possui a sua plena realização naquele que o recebe, recria e o reproduz.
ANTES do ESTADO NOVO.
As mentalidades, costumes e técnicas foram profundamente afetados pela catástrofe da Quebra da Bolsa de outubro de 1929. Esta insegurança financeira do mundo justificou investimentos massivos nas linhas de montagem, busca de emprego a qualquer custo e mudanças de sensibilidade, costumes e hábitos inéditos. Estas medidas confluíram para regimes que justificavam a tomada dos aparelhos estatais. No Brasil esgotou a economia do “café (paulistas) com leite (mineiros)” pois não havia mais para quem vender estes produtos. Foi a ocasião para a Revolução de 1930.
Os revolucionários tinham pressa e enveredaram para o Estado Gerente com toda preparação necessária para viver esta realidade. Nas sucessivas subidas de tom dos oposicionistas, aos que haviam empolgado o poderem 1930, os revolucionários viram-se “no tudo ou nada” em 1937. Qualquer diferença entre partidos, congresso, judiciário teve de silenciar no dia 09 de novembro de 1937. Estava começando o ESTADO NOVO BRASILEIRO. Este adotou o nome do regime que vigorava, em Portugal, desde 1933.
A arte, no Brasil, estava cindida visível e implacavelmente em dois caminhos e tendências. Este duplo caminho se escancarou no Salão Modernista de 1931, realizado pelo jovem Lúcio Costa, diretor da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) do Rio de Janeiro. Este Salão apontava para o caminho daqueles que vinham do ideário e da estética do modernismo manifestado na Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo. Este bateu de frente com as ideias, práticas e gostos da mentalidade, dos hábitos e da estética acomodatícia e eclética. O jovem Lúcio foi defenestrado do seu posto pela tradição dos antigos catedráticos provenientes da estética hegemônica da Velha República.
O ministro Carlos Capanema levou ao aparelho estatal brasileiro as tendências modernizantes, Ele assumiu o Ministério de Educação e Suade Pública (MESP) dia 23 de julho de 1934 e, se manteve no cargo até 30 de outubro de 1945. O pediatra Dr. Olímpio Olinto de Oliveira (1866-1956), fundador do IBA-RS, atuava na direção da área da Saúde Infanto-Materna do MESP. O prédio modernista do MESP foi iniciado em 1936.
No lado da conservação foi criado o Museu Nacional de Belas Artes no dia 13 de janeiro de 1937 e foi extinto o Conselho Nacional de Belas Artes As suas antigas funções passaram para o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) Neste mês e ano Lucilo de Albuquerque foi nomeado diretor do ENBA onde permaneceu até março de 1938
No Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul (IBA-RS) de Porto Alegre Ernani Dias Corrêa (1900-1982) foi contratado, no dia 15 de maio de 1936, como professor Interino de Arquitetura Analítica. Ali iniciou as suas aulas no dia 28 deste mês e ano. Na ENBA ele havia sido colega de turma de Lúcio Costa e Atílio Corrêa. Ângelo Guido foi contratado, na mesma data de Ernani, como professor interino de História das Artes e Estética. Ele iniciou as suas aulas no dia 30 de maio de 1936. João Fahrion ingressou como docente na Escola de Arte do IBA-RS no ano de 1937 para substituir Francis Pelichek, falecido em 01 de agosto de 1937. No mesmo ano foi convidado Fernando Corona para iniciar o ensino formal de Modelagem e de Escultura. O músico Antônio Corte Real estava no Rio de Janeiro no dia 18 de agosto de 1937 para estudar os modelos do Instituto Nacional de Música e na ENBA. Este professor sofreu severas represálias ao longo do Estado Novo e, no início de 1939, foi afastado das suas funções, no IBA-RS.
Nas vésperas do Estado Novo a Lei Estadual Nº 781, de outubro de 1937, criou cargos e fixou despesas para o IBA-RS. Manuel André da Rocha, o primeiro reitor da UPA, renunciou ao seu cargo, em 03 de novembro de 1937, diante de eminente ameaça do inicio do Estado Novo e da pouca interação da unidades acadêmicas. Enquanto isto a UPA foi subordinada a recém-criada Secretaria Estadual de Educação e Saúde.
Fig. 04 – Sob o comando e supervisão direta do interventor José Antônio FLORES da CUNHA (1880-1959) foi construído, em 1934, o INSTITUTO de EDUCAÇAO que leva hoje o se nome. Com nítidas tendências das obras de Albert Speer seguia a tendência estilística dos Estado Totalitários. Dotava a educação da mocidade em escolas com estéticas unívocas, lineares e exemplares vindas de cima para baixo do regime – Este prédio, antes de ser entregue para suas funções, abrigou, durante os festejos do Centenário Farroupilha, alguns acervos científicos e estéticos que se consideravam exemplares para a época. Projeto do arquiteto prático Fernando Corona se inspirou no historicismo das tendências jônicas
Na ausência de um autêntico pacto nacional brasileiro tanto os modernizantes como os conservadores sentiram-se a vontade para levar adiante os seus projetos tanto de mudança ou de conservação. O aparelho estatal permaneceu vigilante sobre os dois grupos. Não intervinha enquanto nenhum dos dois lados questionasse, propusesse ou mantivesse qualquer confronto visível com a mentalidade, a prática ou ação do PODER POLÍTICO instaurado pelos agentes do ESTADO NOVO. Estes cercaram este aparelho estatal de uma legislação editada pelo executivo e multiplicaram os aparelhos estatais de vigilância, social, cultura e policial. Nesta sua ação nunca lhes faltou cooptação e colaboração entusiástica tanto de um lado como do outro.
Fig. 05 – Num flagrante contraste com prédio do Instituto de Educação os pavilhões da Exposição Farroupilha de 1935 adotaram não só as tendências estéticas da era industrial, como se valiam dos materiais descartáveis que esta produziam massivamente nas suas linhas de montagem. De outro lado a confluência , num mesmo evento e num mesmo espaço, de produtos dos Estados Regionais preludiavam o centralismo que caracterizou a unidade monolítica e totalitária do Estado Novo.
O Centenário Farroupilha.
A propaganda dos regimes totalitários e as suas radicais prepararam o cenário para a implantação efetiva, propagação e reprodução do Estado Novo. Ao mesmo tempo exibiam estéticas, modo de pensar e agir diametralmente opostos preparando o terreno para violentos confrontos retóricos e que gradativamente foram se infiltrando no “modus vivendi” do Estado Brasileiro entre 1937 e 1945.
Este contraste entre estéticas antagônicas salta aos olhos para quem contempla as imagens da Comemoração do Centenário Farroupilha aberto no dia 20 de setembro de 1935.
Fig. 06 – Tendências antagônicas do Urbanismo, da Arquitetura, da Propaganda do Estado, da Educação, da Arte e da Ciência estavam presentes em todos os recantos da Exposição Farroupilha de setembro de 1935. Enquanto o Estado Novo - totalitário e centralista - se fechava sobre si mesmo, nas artes visuais preservou esta diversidade na medida em que elas não interferiam neste equilíbrio político.
DURANTE o ESTADO NOVO.
O Estado Novo ganhou foros oficiais no dia 10 de novembro de 1933 com um decreto de Getúlio Vargas. No dia16, deste mês e ano, deixou de circular o Jornal a Federação. No dia 19, Dia da Bandeira, houve a solenização da 1ª queima das bandeiras estaduais.
Fig. 07 – A imagem de uma das encenações da queima ritual das bandeiras dos estados regionais enquanto e hasteada a Bandeira Nacional como única possível. No dia 19 de novembro de 1937 o Estado Nacional central brasileiro encenava, em praça pública, a fase totalitária que baniu as identidades oficiais, as constituições e hinos regionais. Terminava no fogo o período instaurado pelo decreto nº 1 da Proclamação a República no dia15 de novembro de 1889 que prometia a soberania dos Estados.
Em Porto Alegre a reitoria da UPA foi assumida por Aurélio de Lima Py que permaneceu no cargo até 25 de abril de 1939. Este reitor confirma cargos de docentes no Curso Superior de Música do IBA-RS e fixa vencimentos pela Lei nº. 7.162, de 14 de janeiro de 1938. No dia 25 de abril de 1938 começou a funcionar o Conselho Técnico Administrativo (CTA) do IBA-RS com 3 membros de Música e 3 de Artes Plásticas, presididos pelo diretor. Nesta reunião tratou-se do contrato dos professores Luís Maristany de Trias (1885-1964), Joseph Seraph Lutzenberger (1882-1951) e Fernando Corona (1896-1979), havendo grande divergência deste último que tinha cursado apenas a 4ª série primária. Entre novembro d e dezembro houve as inscrições para concurso público dos professores Ângelo Guido (1893-1969), Fernando Corona, José Lutzenberger e Luís Maristany de Trias pagando cada um 300$000.
Porém, neste meio tempo, o reitor da UPA Aurélio de Lima Py relatou negativamente a situação do IBA-RS na UPA. Como efeito este Instituto e desanexado da Universidade de Porto Alegre no dia 05 de janeiro de 1939 pelo Decreto Estadual nº 7.672.
Com o recrudescimento dos Estados centralistas e totalitários a tarefa era facilitada pelos vestígios evidentes de escravidão e colonialismo, e sem grandes problemas, para reunir e manter uma unidade nacional numa população dispersa e quase analfabeta. Esta tarefa seguia a rotina do controle pelos instrumentos de repressão e abafamento de eventuais surtos da autonomia da vontade e dos sentimentos nativos novos. O resultado foi o retorno aos instrumentos do colonialismo, da escravidão, da gostosa e da irresponsável heteronomia intelectual.
Fig. 08 – O jurista potiguar Manuel André da Rocha (1864-1942) ,professor de Getúlio Vargas foi um dos primeiros a pressentir o arbítrio, o centralismo e Estado Novo totalitário. Diante deste quadro politico e administrativo ele renunciou, em 03 de novembro de 1937, ao cargo de primeiro ocupante de reitor da recém-fundada Universidade de Porto Alegre.
A sua vida nas artes de Porto Alegre e o seu currículo são relevantes. Membro da Comissão Central do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Nesta Comissão, ocupou o cargo de Vice-Presidente e foi eleito para a sua Presidência. André da Rocha foi uma das figuras centrais da organização do Salão de Outono de Porto Alegre em1925. Na Música erudita tinha um acervo grande de gravações cujas audições compartilhava com um público variado. Na Música popular ficou conhecido pelo seu apoio irrestrito, como Diretor da Faculdade de Direito de Porto Alegre. ao músico Lupicínio Rodrigues seu servidor. As suas sábias orientações abriram, em 1939, a possibilidade jurídica aos professores do IBA-RS assumirem a direção e administração desta instituição.
A sua vida nas artes de Porto Alegre e o seu currículo são relevantes. Membro da Comissão Central do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Nesta Comissão, ocupou o cargo de Vice-Presidente e foi eleito para a sua Presidência. André da Rocha foi uma das figuras centrais da organização do Salão de Outono de Porto Alegre em1925. Na Música erudita tinha um acervo grande de gravações cujas audições compartilhava com um público variado. Na Música popular ficou conhecido pelo seu apoio irrestrito, como Diretor da Faculdade de Direito de Porto Alegre. ao músico Lupicínio Rodrigues seu servidor. As suas sábias orientações abriram, em 1939, a possibilidade jurídica aos professores do IBA-RS assumirem a direção e administração desta instituição.
Com controle próximo da imprensa e das tecnologias industriais emergentes o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) era algo atrativo para quem estava procurando emprego e não tinha pejo em ser cooptado pelo Aparelho Governamental do Estado Novo.
Os excluídos deste Aparelho Governamental do Estado Novo eram convidados - no contraditório e no desafio - a se organizarem em sindicatos facilmente controláveis pelo sistema estatal totalitário. Estes sindicatos de profissionais brotavam na sombra e sob o impulso e propaganda governamental. Se no inicia da República, pela lei nº 173 de 10 de setembro de 1893, as associações bastavam depositar os seus estatutos em cartório público, no Estado Novo os sindicatos representavam o meio termo entre esta liberdade republicana e o totalitarismo oficial. Os sindicatos não podiam existir e operar sem a sanção e beneplácito oficial.
Associação Francisco Lisboa
No caso dos artistas plásticas percebiam o estreito, demorado e reciprocamente controlado ambiente dos cargos e funções da única escola de artes de Porto Alegre. Do outro as excomunhões recíprocas, o controle ideológico e estético impediam qualquer expressão de autonomia. A Associação Francisco Lisboa de Artes Plásticas do Rio Grande do Sul teve a sua origem, em 1938, neste contexto e com estas circunstâncias em plena vigência do Estado Novo. As moças que participaram desta associação tinha cursado o ensino superior na Escola de Artes do IBA-RS. Os rapazes vinham de formações profissionais paralelas ou próximas das artes plásticas. Se a crença no Estado Nacional surgia de um lado, no contraditório o preço da sua adesão cobrava altos tributos intelectuais e morais que se refletia na arte. Ainda que a Arte fosse estimulada, como em todos os regimes totalitários da época, estava bem presente, aos olhos de todos, a intervenção nazista eu tabu que lançara, em 1937, contra o que denominava de “Arte Degenerada”. Em contrapartida a permanência de Picasso na Paris ocupada pelos alemães mostrava como lidar com este Estado totalitário e intervencionista.
Fig. 09 – A Associação Rio Grandense de Belas Artes -ARBA - tentou reunir, em Porto Alegre e antes do Estado Novo e da Associação Francisco Lisboa a - profissionais da Música, das artes Plásticas e intelectuais d. Conforme depoimento do Diário de Fernando Corona (abril de 1936 -folhas 364/5) faltou empenho para levar adiante este projeto.
Alguns artistas visuais, músicos e intelectuais tentaram reunir-se, em 1936, ao redor do critico de arte e professor Ângelo Guido. Entre eles estavam Olyntho San Martin, Ovidio Chaves, Walter Spalding, João Schwartz, Jose Lutzenberger, Olga Pereira, Tasso Corrêa. Os Estatutos e regulamento da ARBA couberam à Comissão presidida por Ângelo Guido e integrada por Francis Pelichek, Antônio Caringi, Oscar Boeira, Francisco Bellanca, Olga Pereira, Adoffo Fest, Ernani Corrêa, Monteiro Netto e Fernando Corona Porém este projeto não vingou.
Fig. 10 – O músico e jurista Tasso Bolívar Dias Corrêa (1901-1977) foi discípulo de Manuel André da Rocha na Faculdade de Direito de Porto Alegre. A sua formação erudita havia ocorrido no Rio de Janeiro, no Instituto Superior de Música Como professor do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul ,assumiu nominalmente a sua direção na época da integração na UPA e se tornou efetivo a partir de 06.01.1939 até outubro de 1958.
Muito poucos profissionais da comunicação e propaganda tinham condições de resistir e seguir caminho próprio e fora destes convites e cooptações estatais. Muito menos ainda aqueles que tinham condições de oferecer o contraditório, a discordância, a crítica aberta e pública.
No dia 06 de janeiro de 1939 a Comissão Central do IBA-RS se auto extinguiu e repassou a propriedade e a responsabilidade para a Congregação dos Professores. Dez dias depois, em 16 de janeiro realizou-se a 1ª sessão do CTA com presenças dos docentes das Artes Plásticas, Ângelo Guido, Fernando Corona e João Fahrion. Entre os temas estava a criação dos cursos técnicos de Arquitetura e Artes Plásticas do IBA-RS. Ato contínuo Tasso Correa estava na Capital Federal tratar da aprovação dos dois cursos do Instituto de Belas Artes. Tratou diretamente no MESP sem a sombra ou interveniência da administração da reitoria da UPA. Transformava a desvantagem, ou o Tabu, da expulsão da universidade regional em vantagem e totem para interagir diretamente com o poder central do Estado Brasileiro. A recém-criada Universidade de Porto Alegre não entendeu o campo de forças da arte e esta teve de calar, e a arte não pode dizer o que lhe competência desta frágil instituição universitária. Restava para estas forças estéticas viver e se afirmar na sua autonomia. Nesta autonomia começava a funcionar, no inicio do ano escolar de 1939, os cursos técnicos de Artes Plásticas e Arquitetura. Este último contava com Iberê Camargo entre os seus 12 alunos.
No dia 03 de abril de 1939 há o registro (Livro de ATAS do CTA I p..26v) da oferta de Dante Laytano (1908-2000) para lecionar gratuitamente adisciplina de Folclore. Entre os dias 22 a 29 de agosto de 1950 será Dante Laytano que irá liderar a III Semana Nacional de Folclore realizada em Porto Alegre, com apresentações do recém criado CTG 35.
Fig. 11 – O Francisco Bellanca (1895-1974) foi o primeiro estudante e professor formado, em 1919, no Curso Superior Escola de Artes do IBA-RS, sendo seu professor até 1922 com a vinda e Francis Pelichek. O seu lugar de trabalho foi a Prefeitura de Porto Alegre para a qual desenhou várias obras. .A sua criação mais conhecida é o Escudo de Porto Alegre e sob a orientação de Walter Spalding. A sua interação com o lugar de formação ainda estava viva 20 anos após a sua formatura como prova o documento acima.
No dia 25 de maio de 1939 o C.T.A. aprovou a comissão organizativa do Salão de Belas Artes do Rio Grande do Sul indicando Ângelo Guido. Ernani Dias Corrêa, João Fahrion, Luís Maristany Trias. O júri deste Iº Salão de Belas Artes do Rio Grande do Sul foi indicado pelo o C.T.A. no dia 03. 11. 1939 e composto por Ernani Dias Corrêa e José Lutzenberger. Esta salão 1º Salão do Instituto de Belas Artes foi aberto, no dia 15 de novembro de 1939, para celebrar os 50 anos da Proclamação da República.
O Departamento de Imprensa e Propaganda [D.I.P] foi criado pelo Estado Novo ao final ano, em 27 de dezembro de 1939.
O IBA-RS buscou intensamente meios para se vincular à sociedade civil depois de excluído da Universidade local. Para tanto o C.T.A constituiu a Legião Pró-Construção e a Legião dos Benfeitores de Honra e Beneméritos (Livro de Atas nº I fls. 42f-43f). Lançou a Campanha Pró Construção de um Novo Edifício, em 17 de julho de 1940, constituiu as categorias de contribuintes voluntários locais e nacionais.
O Departamento de Imprensa e Propaganda [D.I.P] foi criado pelo Estado Novo ao final ano, em 27 de dezembro de 1939.
O IBA-RS buscou intensamente meios para se vincular à sociedade civil depois de excluído da Universidade local. Para tanto o C.T.A constituiu a Legião Pró-Construção e a Legião dos Benfeitores de Honra e Beneméritos (Livro de Atas nº I fls. 42f-43f). Lançou a Campanha Pró Construção de um Novo Edifício, em 17 de julho de 1940, constituiu as categorias de contribuintes voluntários locais e nacionais.
Fig. 12 – Um dos carnês que não foi pago do Legionário do prédio do IBA-RS de nº 557 e que se encontra no Arquivo do IA-UFRGS. Com a troca da moeda de “Mil Reis” para o “Cruzeiro”, em 01 de novembro de 1942 ele foi atualizado com o carimbo correspondente. O apelo para a sociedade civil ainda é vigente em 2014 mesmo em países com apoio já consagrado do seu Estado Nacional com a França
No ano de 1940 o Curso de Artes Plásticas possuía um curso preparatório para o Vestibular exigido pelo estatuto do Curso Superior de Artes Plásticas, que sucedeu a antiga Escola de Artes do IBA-RS. Na metade do ano C.T.A registrou, em 10 de junho de 1940, a homenagem que o I.B.A recebeu no Salão de Maio do Rio de Janeiro.
Na mesma reunião acusou (Livro I do C.T.A fls. 41v e 42f) o recebimento um oficio da Prefeitura de Porto Alegre que regulava e autorizava as despesas do 2º Salão de Belas Artes. No dia 02 de outubro de 1940, C.T.A escolheu (Livro nº II Atas do C.T.A) o júri do IIº Salão de Belas Artes composto por Oscar Boeira, Ernani Dias Corrêa, José Rasgado Filho, Fernando Corona e José Lutzenberger. Não houve participação da Escultura. A abertura ocorreu em novembro deste mesmo ano.
Fig. 13 – O cartaz do Salão do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, elaborado pelo artista-professor João Fahrion (1898-1970). Com o apoio financeiro da Prefeitura de Porto Alegre, agora sob o comando de Loureiro da Silva revela modelo da sua mantenedora vinculada ao Estado Brasileiro como parte do projeto civilizatório compensador da violência tem por missão de exercer e no lugar da possível violência individual e personalizada do cidadão. Certamente o apoio efetivo para a criação estética é uma das vertentes deste projeto.
Os estatutos da Universidade de Porto Alegre (UPA) foram reconhecidos pelo Conselho Nacional de Educação no Decr. Nº 6.627 de 18 de dezembro de 1940. Nestes estatutos da UPA não consta Instituto de Belas Artes. Em compensação o mesmo Conselho Nacional de Educação aprovava por unanimidade, no dia 30 de abril de 1941, os dois cursos superiores mantidos pelo Instituto de Belas Artes. Este reconhecimento embasava o Decreto Federal nº 7.197, de 20 de maio de 1941, que “reconhece os cursos de Música e Artes Plásticas do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul” além de aprovar o Centro de Artes do Ceará (D.O. De 07.10.1941). Novamente ficava comprovado o centralismo do Estado Brasileiro que se queria competente para tratar diretamente com os seus agentes e com o mínimo de mediação. A recompensa, para estes agentes do ESTADO NOVO era o aumento da crença no Estado Centralista Totalitária. Crença que consolidava os seus cargos e suas funções. Estes agentes do ESTADO NOVO haviam aprendido e praticavam as estratégias e as táticas da reprodução dos seus próprios cargos por meio deste regime
Esta confiança e a crença no Estado passaram ao mundo dos projetos práticos. Assim no dia 25 de junho de 1941 o C.T.A conheceu o projeto do novo prédio (Livro II Atas do C.T.A p 1v). Para concretizar este projeto os cursos do IBA-RS são transferidos, no início do segundo semestre de 1941, para o 1º andar do prédio nº 1.511 da rua da Praia. O antigo prédio começo a ser demolido no dia 04 de setembro de1941. Neste mesmo local foi lançada a pedra fundamental, do novo prédio, no dia 14 de novembro de 1941. Antes disto, em 21 de setembro de 1941, o arquiteto e professor José Lutzenberger indicou a firma José Maria Carvalho para construção do novo prédio, após ser convocado pelo C.T.A i. (Livro nº II Atas, p.4f)
A perspectiva do intercâmbio nacional de estudantes recebeu, do C.T.A do IBA-RS, no dia 31 de outubro de 1941 (Livro II de Atas p.5v), o projeto que aprovava as viagens dos estudantes de Artes Plásticas ao exemplo da circulação discente e docentes praticada em outros centro do pais e do mundo. Na mesma ocasião o C.T.A formulava convite formal ao fundador do IBA-RS para estar presente no lançamento da Pedra Fundamental do novo edifício.
Esta confiança e a crença no Estado passaram ao mundo dos projetos práticos. Assim no dia 25 de junho de 1941 o C.T.A conheceu o projeto do novo prédio (Livro II Atas do C.T.A p 1v). Para concretizar este projeto os cursos do IBA-RS são transferidos, no início do segundo semestre de 1941, para o 1º andar do prédio nº 1.511 da rua da Praia. O antigo prédio começo a ser demolido no dia 04 de setembro de1941. Neste mesmo local foi lançada a pedra fundamental, do novo prédio, no dia 14 de novembro de 1941. Antes disto, em 21 de setembro de 1941, o arquiteto e professor José Lutzenberger indicou a firma José Maria Carvalho para construção do novo prédio, após ser convocado pelo C.T.A i. (Livro nº II Atas, p.4f)
A perspectiva do intercâmbio nacional de estudantes recebeu, do C.T.A do IBA-RS, no dia 31 de outubro de 1941 (Livro II de Atas p.5v), o projeto que aprovava as viagens dos estudantes de Artes Plásticas ao exemplo da circulação discente e docentes praticada em outros centro do pais e do mundo. Na mesma ocasião o C.T.A formulava convite formal ao fundador do IBA-RS para estar presente no lançamento da Pedra Fundamental do novo edifício.
Fig. 14 – Na véspera do dia da República, de1941, Tasso Corrêa fala na cerimônia do Lançamento da Pedra Fundamental do novo prédio do IBA-RS. Ao lado direito, de Tasso, está Victor Bastian Vice- presidente da gestão do fundador do IBA-RS, Dr Olimpio Olinto de Oliveira a quem representava nesta cerimônia. A cerimônia ostenta todas as insígnias, índices visuais e presenças caraterísticas do Estado Novo Brasileiro.
A confiança e a crença no Estado estimulavam a praticar atos heroicos e que certamente pouco comuns. No dia 02 de outubro de 1941 alguns professores assinam no 5º cartório de Porto Alegre hipoteca de suas próprias casas para a Caixa Econômica Federal como caução e garantia de levantar fundos para a construção do prédio do Instituto de Belas Artes. Assim passa ao mundo dos projetos práticos.
Em março de 1942 o IBA-RS promoveu a 1ª Exposição Nacional de obras de Arte em benefício do Instituto de Belas Artes. O leilão destas obras rendeu 34.000$000 (trinta e quatro contos de reis) (Livro de Atas do C.T.A. II fl.10). Em 23 de setembro o IBA-RS abriu a 2ª exposição com 100 obras presentes para em benefício do Instituto de Belas Artes. No início do ano de 1943 houve outra exposição beneficente na Casa de Molduras.
Em março de 1942 o IBA-RS promoveu a 1ª Exposição Nacional de obras de Arte em benefício do Instituto de Belas Artes. O leilão destas obras rendeu 34.000$000 (trinta e quatro contos de reis) (Livro de Atas do C.T.A. II fl.10). Em 23 de setembro o IBA-RS abriu a 2ª exposição com 100 obras presentes para em benefício do Instituto de Belas Artes. No início do ano de 1943 houve outra exposição beneficente na Casa de Molduras.
Fig. 15 – A perspectiva do novo edifício do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul num cartaz elaborado pelo artista-professor Fernando Corona (1895-1979) e destinado a promover, no início de 1943, uma exposição de obras dearte. Esta iniciativa não consta nos salões do IBA-RS e representava o apoio da iniciativa privada numa época de extremas incertezas e dificuldades de toda ordem. O Brasil havia declarado guerra ao EIXO, no dia 21 de agosto de 1942.
O C.T.A. registrou no dia 15 de setembro de 1942 (Livro de Atas do C.T.A. II. Fls 16v e17f) que os estudantes do IBA-RS, Tito Alberto Gobato e Adherbal Livi d'Avila, participaram do Congresso da UNE e com a missão de convidar integrantes do MESP para os atos da Inauguração do Novo prédio. Supõem-se que eles tenham participado da Conferência da Mário da Andrade realizada no Congresso da UNE e formulado o convite para que esta intelectual estivesse em Porto Alegre na inauguração do edifício. Enquanto se construía este prédio o Instituto obteve o Decreto Estadual Nº 561, de 23 de junho de 1942, que instituía o Salão Estadual de Belas Artes. Este decreto estadual permitiu em 1943 que C.T.A escolhesse Ângelo Guido, Luís Maristany Trias, Ernani Dias Corrêa, João Fahrion e Fernando Corona, no dia 14 de junho de 1943, para o júri do 3º Salão de Belas Artes. Este foi aberto no dia 01 de julho de 1943 para marcar e solenizar a inauguração do novo edifício aberto oficialmente neste dia.
No mesmo ano de 1943 era inaugurado novo prédio do MESP concebido por uma equipe que contava com Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e a participação inicial de Le Corbusier.
Fig. 16 – O professor Fernando Corona foi designado pelo do IBA-RS CTA para ser o orador na solenidade da inauguração do novo edifício no dia 01 de julho de 1943. Corona, além de ser um dos que hipotecou a sua residência particular, foi o ativo projetista do prédio. Para esta solenidade haviam sido convidados oficialmente Castro Filho, Mário de Andrade e Lopes Gonçalves..
A confiança e a crença no Estado também se refletiam internamente. No dia 15 de abril de 1942 o IBA-RS contratava como professor o artista espanhol Benito Mazon Castañeda (1885-1955). A Escola de Arte havia contado com apenas dois professores entre os anos de 1910 e 1936. Agora o quadro se ampliava e esta ampliação ganhava perspectivas mais amplas com da criação do Curso Superior de Arquitetura no I.B.A numa proposta do Conselheiro Ernani Dias Corrêa estudada pelo C.T.A no 27 de maio de 1942 (Livro II p. 13f)
Acervo de Glorinha Garcia guardado pela sua sobrinha
Fig. 17 – A capa de uma carteirinha, de 1942, da estudante Glorinha Garcia, do Curso de Artes Plásticas do IBA-RS e associada à Federação dos Estudantes das Escolas Livres de Porto Alegre (FELPA) a quem estava associado o Centro Acadêmico do IBA-RS. As Escolas Livres foram uma das primeiras criações do Regime republicano no Brasil - Decreto Federal nº 1.232 permitiu,1891, a criação de Escolas Livres.
De outra parte C.T.A congratulava-se, na sessão de 15 de abril de 1942, com a posse do Reitor da UPA Edgar Luiz Schneider que administrou até 07 de setembro de 1943. No dia 29 de setembro, deste ano, assumiu a reitoria o Prof. Antônio Saint-Pastous de Freitas que ocupou o cargo até 14 de junho de 1944. Esta acelerada rotatividade na cadeira reitoral contrastava com a continuidade da administração do IBA-RS. Esta recondução continuada no cargo de direção era facultada desde que o candidato à recondução obtivesse a maioria dos votos na Congregação da Unidade. O reforço à posição de Tasso Corrêa no IBA_RS veio com o apoio O Centro Acadêmico do Instituto de Artes (C.A.I.B.A.) passou denominar-se, no dia 28 de abril de 1943, Centro Acadêmico Tasso Corrêa (CATC).
Fig. 18 – O Centro Acadêmico do IBA-RS encarregou a estudante Alice Soares (1917-2005) a realizar o retrato ao vivo de Tasso Corrêa o homenageado com o nome .Nesta adoção do nome seguia a tradição dos demais Centros Acadêmicos de Porto Alegre de conferir o seu nome a alguém da casa que queriam distinguir. Mas esta prática refletia o culto ao nome e à imagem do líder característico do Estado Novo e dos demais regimes políticos da época ganhava um reforço. No IBA-RS o fato foi documentado pela prestigiosa Revista do Globo de circulação nacional. Além da imagem acima o n 342, de 26 de junho de 1943, fazia uma extensa reportagem, nas páginas 19 até 21, da vida interna do IBA-RS na véspera de sua inauguração oficial no dia 01 de julho de 1943 .
No caso da UPA o Prof. Oscar Machado propôs, em 12 de abril de 1943, a Faculdade de Filosofia como centro da Universidade. Seria uma forma de grande abrangência conceitual e impessoal para conferir um contínuo contra o FAZER meramente administrativo e burocrático. A posição de Oscar Machado reforçada em 29 de outubro de 1943 pela voz do Prof. Elpidio Pais que juntos pediram nova ordem após a Guerra. Evidente que esta proposta era o paradigma antagônico a toda a heteronomia das vontades, das inteligências e sensibilidades provocadas pelos Estados Totalitários. Os agentes do ESTADO NOVO eram os visados a desaparecerem - conceitual e pessoalmente - junto com esta montagem personalista institucional.
Neste clima o CTA do IBA pediu, na sua sessão de 04 de outubro de 1943, o reingresso na Universidade de Porto Alegre. Este pedido foi aprovado formalmente no CONSUN as UPA no dia 05 de janeiro de 1944. Mas na prática nada aconteceu, apesar do artigo elogioso ao IBA-RS publicado por Moises Velhinho no dia 10 de janeiro de 1944. O Reitor Egydio Hervé assumiu em 15 de junho de 1944 permanecendo no cargo até 07 de dezembro de 1945.
O IBA-RS voltou-se para uma expansão no interior do estado. Tasso Corrêa narrou ao CTA, em 04 de fevereiro de 1944, que empresário Pedro Grendene ofereceu terreno em Farroupilha ao Instituto para construção de uma Colônia de Férias para o Instituto de Belas Artes. Esta compra foi aprovada pelo CTA em 15 de junho de 1944.
Neste clima o CTA do IBA pediu, na sua sessão de 04 de outubro de 1943, o reingresso na Universidade de Porto Alegre. Este pedido foi aprovado formalmente no CONSUN as UPA no dia 05 de janeiro de 1944. Mas na prática nada aconteceu, apesar do artigo elogioso ao IBA-RS publicado por Moises Velhinho no dia 10 de janeiro de 1944. O Reitor Egydio Hervé assumiu em 15 de junho de 1944 permanecendo no cargo até 07 de dezembro de 1945.
O IBA-RS voltou-se para uma expansão no interior do estado. Tasso Corrêa narrou ao CTA, em 04 de fevereiro de 1944, que empresário Pedro Grendene ofereceu terreno em Farroupilha ao Instituto para construção de uma Colônia de Férias para o Instituto de Belas Artes. Esta compra foi aprovada pelo CTA em 15 de junho de 1944.
Fig. 19 – O Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul nasceu pela intervenção direta e simbólica de 64 municípios do Estado. Realizou este ideal de diversas maneiras. A mais comum foi pela formação superior de agentes que, que após esta formação, intervinham nas comunidades criando novas instituições que adaptavam ao tempo e à cultura local o que haviam aprendido no seu Curso Superior realizado no IBA-RS. Nisto eram apoiados diretamente pelos seus professores que os cotiavam a apoiar e orientar. Porém foi rara a intervenção direta da administração do IBA-RS no interior por espécie de franquia institucional. Um exemplo foi a expansão para cidade e Farroupilha por meio da Colônia de Férias “Francis Pelichek”..
A Pinacoteca do IBA-RS realizou, na metade do ano de 1944, uma retrospectiva de artistas do Rio Grande do Sul no Instituto de Belas Artes. Era uma alternativa para o 4º Salão programado para o ano e que não pode ser realizado devido a impossibilidade de realizar devido a guerra impossibilitar o transporte das obras de arte, conforme o C.T.A que registrou 15 de junho de 1944.
Porém o passo acadêmico mais audacioso e temerário foi dado pelo CTA que aprovou, no dia 21 de setembro de 1944, os Cursos Superiores de Arquitetura e de Urbanismo do IBA-RS. Esta aprovação foi referendada pela Congregação no dia 27 do mesmo mês e ano. Era tudo o que faltava para o IBA-RS entrar em confronto com a Escola de Engenharia da UPA que estava oferendo, aos seus formandos, um curso de especialização em Arquitetura com a duração de dois anos. Enquanto isto o Curso do iBA-RS era específico. Diante deste confronto houve outra exclusão pelo Decreto Lei nº 736 no dia 30 de dezembro de 1944 assinado pelo Interventor Ernesto Dornelles. Este assinou a desincorporação do Instituto de Belas Artes da Universidade de Porto Alegre e conferia autonomia a UPA. Este ato foi modificado posteriormente pelo Decreto-lei nº 1.054 de 17 de janeiro de 1946. O início do ano de 1945 o CTA aprovou, no dia 17 de janeiro a nominata dos professores do Curso de Arquitetura. O vestibular deste curso aconteceu no mês de abril deste ano e que iniciou as aulas efetivas no dia 07 de maio de 1945.
A Universidade de Porto Alegre continuava não entender o campo de forças da arte. Nesta frágil instituição universitária a arte não pode dizer o que era, mostrar a sua competência e teve de continuar a sua ausência institucional e calar. Em contrapartida estas forças estéticas viveram e se afirmaram na sua autonomia como nunca se podia prever na sua primeira expulsão da UPA no dia 05 de setembro de 1939. As artes atingiram, em cinco anos, o nível de excelência universitária e contavam, em 1944, com um invejável patrimônio imobiliário e didático. O campo das forças da arte realizou tudo isto apesar do ESTADO NOVO e das dificuldades da II GUERRA MUNDIAL.
Porém o passo acadêmico mais audacioso e temerário foi dado pelo CTA que aprovou, no dia 21 de setembro de 1944, os Cursos Superiores de Arquitetura e de Urbanismo do IBA-RS. Esta aprovação foi referendada pela Congregação no dia 27 do mesmo mês e ano. Era tudo o que faltava para o IBA-RS entrar em confronto com a Escola de Engenharia da UPA que estava oferendo, aos seus formandos, um curso de especialização em Arquitetura com a duração de dois anos. Enquanto isto o Curso do iBA-RS era específico. Diante deste confronto houve outra exclusão pelo Decreto Lei nº 736 no dia 30 de dezembro de 1944 assinado pelo Interventor Ernesto Dornelles. Este assinou a desincorporação do Instituto de Belas Artes da Universidade de Porto Alegre e conferia autonomia a UPA. Este ato foi modificado posteriormente pelo Decreto-lei nº 1.054 de 17 de janeiro de 1946. O início do ano de 1945 o CTA aprovou, no dia 17 de janeiro a nominata dos professores do Curso de Arquitetura. O vestibular deste curso aconteceu no mês de abril deste ano e que iniciou as aulas efetivas no dia 07 de maio de 1945.
A Universidade de Porto Alegre continuava não entender o campo de forças da arte. Nesta frágil instituição universitária a arte não pode dizer o que era, mostrar a sua competência e teve de continuar a sua ausência institucional e calar. Em contrapartida estas forças estéticas viveram e se afirmaram na sua autonomia como nunca se podia prever na sua primeira expulsão da UPA no dia 05 de setembro de 1939. As artes atingiram, em cinco anos, o nível de excelência universitária e contavam, em 1944, com um invejável patrimônio imobiliário e didático. O campo das forças da arte realizou tudo isto apesar do ESTADO NOVO e das dificuldades da II GUERRA MUNDIAL.
EDIFICIO GUASPARI inaugurado em 19.11.1937 Revista do Globo nº218 27 nov.1937 p. 021
Fig. 20 – O Prédio das lojas e fábrica Guaspari no centro de Porto Alegre, inaugurado no dia 19 de novembro de 1937, assimilou e transferiu para um prédio definitivo vários elementos visuais presentes também nos pavilhões da Exposição Farroupilha de 1935. Obra projetada por Fernando Corona que projetou, em 1934, o prédio do Instituto de Educação e que irá projetar o prédio do IBA-RS As suas soluções plásticas e da Art Decô se expandiram, posteriormente para os novos prédios das avenidas Farrapos e André do Rocha
.http://acervojoaoalberto.blogspot.com.br/2012/08/ed-guaspari.html
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No plano nacional o Decreto Estadual nº 758 de 28 de fevereiro de 1945 tornava gratuito o ensino superior. No dia 29 de outubro o Decreto Lei nº 8.153 organizava Salão Nacional de Belas Artes Na UPA- em 25 de junho de 1945 foi criado o Departamento Cultural de Extensão Universitária da Faculdade de Filosofia. Neste espaço institucional se originou o Departamento de Arte Dramática integrado deste a Reforma Universitária de 1968. Ao Instituto de Artes. Inicialmente se destinava para solenizar as formaturas da universidade.
No crepúsculo do Estado Novo o Instituto de Belas Artes do RS autoriza o funcionamento do Curso de Arquitetura e Urbanismo Decr. Fed. Nº 19.991 de 26 de novembro de 1945.Este decreto federal foi uma das razões do Decreto Lei Estadual . nº 976 de 04 de dezembro de 1945 que “reincorpora à Universidade de Porto Alegre o Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul”. A resposta veio pronta, no dia seguinte quando o C.T.A. e a Congregação decidem manter com recursos próprios os seus cursos técnicos de Arquitetura, Música e Artes Plásticas. Do lado da UPA a questão tonou-se insustentável para manutenção da autonomia universitária. Assim, no dia 07 de dezembro de 1945, o reitor Egydio Hervé renunciou devido a intervenção do Estado pelo Decreto Lei nº 976.o Estado do Rio Grande do Sul aceitou a renúncia mas regulou situação financeira do Instituto pelo Decreto Est. nº.s 1.002 e 1.017 f de 12 de dezembro de 1945. Para a UPA este o Estado nomeou o Reitor Armando Pereira Câmara em meio a crise dos dois cursos de Arquitetura na Universidade (IBA e Engenharia).Ele assumiu na véspera de Natal de 1945. Este reitor se empenhou para excluir de novo IBA-RS o que conseguiu ao comunicar ao CONSUN no dia 09 de janeiro de 1946 a desanexação do Instituto de Belas Artes pela UPA. Este comunicado transformou-se no Decreto Lei nº 1.058 de 21 de janeiro de 1946 que “Altera o Decr.Lei nº 976 de 04.12.1945” tornando sem efeito a reincorporação do IBA a UPA. Neste meio tempo o IBA-RS conseguira no primeiro de 146 ter a criação dos seus cargos docentes e técnico-administrativos no IBA devido ao Decreto nº 976. Esta estrutura administrativa permitiu ao C. T. A. tratar da realização do IVº Salão de Belas Artes no dia 02 de julho de 1946. Na mesma sessão foi aprova a criação do Museu estadual de Belas Artes incorporando-se, para tal, a parte superior par dos prédios da Rua Senhor dos Passos. Neste terreno construir, em 1952, o seu 2º bloco do prédio.
O evento desta nova desanexação do IBA-RS confirmou que Universidade de Porto Alegre continuava, apesar de seu primeiro decênio de existência, a não entender o campo de forças da arte. A arte, em vez de se calar, investia na expressão e materialização da sua competência de seu PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR. Realizava este projeto apesar das desconsiderações, das violências simbólicas que a cercavam por todos os lados e esperando novo tempos. Nesta espera investia nas forças estéticas para viver e se afirmar na sua autonomia. Certamente isto era muito mais urgente do que resolver burocraticamente um pertencimento forçado e que significava uma heteronomia para as forças do campo de forças das artes.
Logo que Estado Novo foi desfeito o Decreto Lei nº 8.393, de 17 de dezembro de 1945, concedia Autonomia para uma das suas universidades que era a Universidade do Brasil. Ainda que pontual e limitadíssima esta autonomia era um índice e um golpe contra o intervencionismo de um Estado totalitário, centralista e uniforme. Servia de aviso aos agentes do ESTADO NOVO que o seu tempo tinha passado. Avisava também que sua montagem institucional personalista estava em vias de extinção conceitual e prática.
No crepúsculo do Estado Novo o Instituto de Belas Artes do RS autoriza o funcionamento do Curso de Arquitetura e Urbanismo Decr. Fed. Nº 19.991 de 26 de novembro de 1945.Este decreto federal foi uma das razões do Decreto Lei Estadual . nº 976 de 04 de dezembro de 1945 que “reincorpora à Universidade de Porto Alegre o Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul”. A resposta veio pronta, no dia seguinte quando o C.T.A. e a Congregação decidem manter com recursos próprios os seus cursos técnicos de Arquitetura, Música e Artes Plásticas. Do lado da UPA a questão tonou-se insustentável para manutenção da autonomia universitária. Assim, no dia 07 de dezembro de 1945, o reitor Egydio Hervé renunciou devido a intervenção do Estado pelo Decreto Lei nº 976.o Estado do Rio Grande do Sul aceitou a renúncia mas regulou situação financeira do Instituto pelo Decreto Est. nº.s 1.002 e 1.017 f de 12 de dezembro de 1945. Para a UPA este o Estado nomeou o Reitor Armando Pereira Câmara em meio a crise dos dois cursos de Arquitetura na Universidade (IBA e Engenharia).Ele assumiu na véspera de Natal de 1945. Este reitor se empenhou para excluir de novo IBA-RS o que conseguiu ao comunicar ao CONSUN no dia 09 de janeiro de 1946 a desanexação do Instituto de Belas Artes pela UPA. Este comunicado transformou-se no Decreto Lei nº 1.058 de 21 de janeiro de 1946 que “Altera o Decr.Lei nº 976 de 04.12.1945” tornando sem efeito a reincorporação do IBA a UPA. Neste meio tempo o IBA-RS conseguira no primeiro de 146 ter a criação dos seus cargos docentes e técnico-administrativos no IBA devido ao Decreto nº 976. Esta estrutura administrativa permitiu ao C. T. A. tratar da realização do IVº Salão de Belas Artes no dia 02 de julho de 1946. Na mesma sessão foi aprova a criação do Museu estadual de Belas Artes incorporando-se, para tal, a parte superior par dos prédios da Rua Senhor dos Passos. Neste terreno construir, em 1952, o seu 2º bloco do prédio.
O evento desta nova desanexação do IBA-RS confirmou que Universidade de Porto Alegre continuava, apesar de seu primeiro decênio de existência, a não entender o campo de forças da arte. A arte, em vez de se calar, investia na expressão e materialização da sua competência de seu PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR. Realizava este projeto apesar das desconsiderações, das violências simbólicas que a cercavam por todos os lados e esperando novo tempos. Nesta espera investia nas forças estéticas para viver e se afirmar na sua autonomia. Certamente isto era muito mais urgente do que resolver burocraticamente um pertencimento forçado e que significava uma heteronomia para as forças do campo de forças das artes.
Logo que Estado Novo foi desfeito o Decreto Lei nº 8.393, de 17 de dezembro de 1945, concedia Autonomia para uma das suas universidades que era a Universidade do Brasil. Ainda que pontual e limitadíssima esta autonomia era um índice e um golpe contra o intervencionismo de um Estado totalitário, centralista e uniforme. Servia de aviso aos agentes do ESTADO NOVO que o seu tempo tinha passado. Avisava também que sua montagem institucional personalista estava em vias de extinção conceitual e prática.
Fig. 21 – A arte praticada. em Porto Alegre, antes, durante e após Estado Novo, necessita da leitura nos três eixos X-Y-Z. Na diacronia segue na linha do TEMPO (Zeitgeist) No eixo da sincronia vincula-se ao SOCIAL na qual inscreve a sua simultaneidade de outras culturas e povos (Volksgeist). O LUGAR marca a territorialidade (Weltgeist) que o distingue de outros centros culturais e estéticos. Porém estre três eixos constituem apenas coordenadas em três dimensões para orientações e que permite distinções a quem se aproxima do campo de forças da arte. O reducionismo deste imenso campo e tão próximo da vida e da cultura humana só pode conduzir ou para o mito e a teologia trilateral ou então á mais crassa naturalização do complexo campo das e forças da arte
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2011/11/isto-e-arte-015.html
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SEQUELAS e LIÇÕES do ESTADO NOVO na ARTE.
A toda ação corresponde outra igual e contrária. O Estado Novo cultivou o acentuado fechamento estatal, o centralismo das decisões unitárias e ao autoritarismo e sua imposição de cima para baixo. A reação posterior foi a retomada das tendências que privilegiam as forças que emergem da cidadania, do regionalismo que emerge de uma tradição e que buscam formas democráticas e contratuais. Este período foi de curta duração, pois os países hegemônicos e vencedores da II Guerra Mundial cindiram o mundo em dois e iniciaram a Guerra Fria. Cada lado impôs a hegemonia de sua cultura. O Brasil foi devastado pela indústria cultural comandada pela cultura norte-americana. Certamente as combalidas forças democráticas e contratuais brasileiras não aproveitaram abertura democrática de 1946 para afirmar a sua identidade e autonomia. Os agentes do ESTADO NOVO estavam atentos e aproveitaram o 1º abril de 1964 para renovar e impor os seus anos de chumbo em nome das forças armadas.
Fig. 22 – Francisco Luís da Silva Campos (1891-1968) foi um ativo agente na Revolução de 1930, foi peça essencial e central do Estado Novo de 19377 e se projetou vigorosamente nos desdobramentos jurídicos do Golpe de 1964 através da redação dos Atos Institucional (AI) O Diário de Noticias Ano XIII nº 214 POA- RS o apresenta na capa do 10 de novembro de 1937 3 como comandante da “Legião de Outubro” , em 1931, em Minas Gerais. Nesta Legião ele combatia “o predomínio a política do personalismo no qual residiam os males mais graves do nosso sistema político”.. Parece que contraditoriamente o remédio, para este mal, era criar personalidades aplastrantes, olímpicas e inquestionáveis para comandar este ” ESTADO DESPERSONALIZADO” que ele sonhava e no qual ele não podia ser dispensado e colocado num segundo plano...
Assim, em abril de 1964, recomeçou o Brasil o ciclo totalitário. A maioria dos militares - que agiram ente 1964 e 1979 - teve a sua formação militar e início de carreira no ESTADO NOVO. Porém não faltaram civis que foram agentes ativos e proeminentes tanto no ESTADO NOVO como foram peças chaves nos período de rupturas constitucionais entre 1964 a 1979. No Brasil colonial as ações aversivas - para a manutenção da ordem e da segurança - sempre couberam aos militares e para as suas fortalezas e quarteis.
Fig. 23 – O busto de José Loureiro da Silva (1893-1964) do escultor Antônio Caringi (1905-1981). Antes de qualquer juízo - ou exercício de maniqueísmo redutor- é necessário lembrar que o “Ente e o seu Ser”. O ENTE do ex-prefeito de Porto Alegre conseguiu assimilar o Estado Novo para a sua primeira administração (1937-1943) sem escutar partidos ou clamor popular que suscitou ao abrir as obras viárias para o carro industrial que necessita estradas que continuam a lógica linear e única da linha de montagem taylorista. O escultor foi discípulo de Arno Brecker com o qual bebeu na fonte simbólica da força totalitária do TIPO IDEAL. TIPO ÚNICO POSSÍVEL perseguido pela arte praticada e tolerada pelo regime nazista..
Este ecleticismo forçado - transposto ao mundo da arte - podia significar que eram mero detalhe semântico as distinções e as brigas entre “modernos” e “tradicionais”. Alguns artistas de Porto Alegre podiam - em nome deste ecleticismo - realizar, em 1942, uma exposição que eles denominavam de ‘moderna’. Contudo a sua intenção era exatamente o contrário o de mostrar e escrachar e aniquilar o termo. Por outros meios repetiam a intenção da exposição da “Arte Degenerada” do regime totalitário nazista.
Repete-se e sublinha-se Mário da Andrade - que estava esteticamente muito além deste pequeno mundo conceitual - e qu fulminava o ecleticismo, em 1938, como “acomodatício e máscara de todas as covardias”. A denuncia deste ecletismo era forçar a admitir aquilo que poderia arrancar inesperadamente a máscara, as defesas e o ganha pão destes intrigantes profissionais, e forçá-los a reconhecer a verdade simples de Aristóteles1 (1983: 243 114a 10) de que “toda a arte está no que produz, e não no que é produzido”. Aceitar isto - e transpô-lo ao mundo da arte - era pedir humildade demais para estes ecléticos militantes. A obrigação do “PARTIDO ÚNICO da NAÇÃO BRASILEIRA” - imposta pelo ESTADO NOVO - forçava este ECLETICISMO com refugio de sobrevivência das mais estranhas ideologias, estéticas e práticas cotidianas.
A corrupção dos ótimos, sempre é péssima. O intelectual se corrompe quando se transforma no “Homo Faber” de Hannah Arendt. O intelectual se corrompe quando as suas ideias e luzes são transformadas em projetos e motores. O comtismo de Augusto Comte é corrompido quando transformado em projetos POSITIVISTAS ou quando o marxismo de Carl MARX é transformado em projeto COMUNISTA. As ideias originais do intelectual se corromperam ao se transformarem em puros cânones dos FAZER por FAZER. O dogmatismo, o maniqueismo e a intolerância guarda só o rótulo, a forma e o pregão das suas ideias e luzes.
O intelectual se corrompe pela intempestiva passagem do mundo das IDEIAS para o mundo do FAZER. O intelectual se corrompe quando suas ideias não admitem a implementação em pequena escala, se jogam para o TUDO ou NADA e contornam a fase de experimentação no mundo intuitivo.
Talvez o oceânico Nietzsche tenha encontrado limites aceitáveis do intelectual face ao mundo prático, aos projetos e ao fazer. Ele delineou no seu texto o futuro das nossas escolas’ (2000, p.27) o que se PODE ESPERAR e o que NÃO PODE e NEM se DEVE ESPERAR de um intelectual quando solicitou “....: 1) - deve ser tranqüilo e ler sem pressa; 2) - não deve fazer intervir constantemente sua pessoa e a sua cultura, e 3) - não tem direito de esperar – quase como resultado – projetos”. Contrariando este projeto e os limites ditados por Nietzsche, o ditador salta por cima destes na arena política ao se nomear intelectual dos seus próprios projetos. Este intelectual já está corrompido pelo FAZER e ACONTECER. FAZER e ACONTECER que - ele e os seus sectários - transformam em MARKETING incisivo e de PROPAGANDA barulhenta, como se percebeu ao longo de todo o período do ESTADO NOVO BRASILEIRO
O intelectual, da mesma forma como o artista, se corrompe quando deixa contaminar suas ideias e suas obras quando devem admitir um ECLETICISMO inconfessável e contraditório em todas as dimensões possíveis. Todos os paradigmas são íntegros e integrais e todo ECLETICISMO é condenável conforme Mário de Andrade.
Ninguém colocaria em dúvida Johann G. Fichte, Heidegger ou Hannah Arendt se eles tivessem permanecido no limite do mundo das suas ideias. No contraditório é possível afirmar que as ideias, os gestos e sentimento que provocaram estão profundamente entranhados da cultura contemporânea a tal ponto que é difícil ao cidadão comum distinguir os limites e as competências atuais destes pensamentos, gestos e sentimentos.
Para o cidadão de Porto Alegre o pensamento, os gestos e os sentimentos que emergiram e se afirmaram no Estado Novo se reproduzem até os dias atuais. O melhor caminho é o conhecimento do esforço, o discernimento e a descoberta do empenho da vontade que foram necessários para superar este estágio. Sem esquecer a sintonia dos sentimentos com o que já foi realizado e com aquilo que ainda falta. Falta ainda expor e evidenciar - ao PODER ORIGINÁRIO BRASILEIRO - o legado das forças do repertório ainda ativo do Estado Novo. Falta criar e tomar os remédios adequados ao colonialismo, escravidão e totalitarismo que ameaça rebrotar no Brasil de geração em geração.
As artes sempre foram um espelho e um bom índice destas condições coloniais, de servidão e do totalitarismo para quem estiver atento, sabe discernir e distinguir. Na sua autonomia e na sua essência elas não se envolvem, não tomam partidos e nem saltam para a arena política ou ideológica. A arte, praticada ao longo do Estado Novo brasileiro, confere corpo ao pensamento de Platão que ela iria desaparecer completamente da face da terra e se metamorfoseariam em outra coisa. Porém neste seu distanciamento e neutralidade as artes praticadas ao longo do Estado Novo brasileiro, documentam do que possível ao artista neste tempo e lugar. As artes deste tempo e lugar também carregam, no mínimo de sua forma física, o máximo de testemunho de sua origem.
Para não confundir o índice - e o aceitar como o todo do seu TEMPO e LUGAR - é necessário exercer muita a atenção, discernimento e distinções. Esta atenção é necessária para discernir e distinguir as poderosas forças oceânicas e telúricas que arrastam toda a civilização humana. As obras de arte, as violências contra os regionalismos locais e os ícones de alguns agentes do ESTADO NOVO brasileiro são índices perceptíveis de forças e de algo bem mais profundo, poderoso, porém, imperceptíveis ao primeiro olhar. Há necessidade de examinar a explosiva taxa de natalidade da época, a indústria cultural e as técnicas de que a humanidade teve de se valer para satisfazer as suas necessidades básicas. Técnica que se expressava e materializava numa cultura linear. Cultura que se justificava as suas soluções do reducionismo de uma mentalidade movida pelo padrão único, linear e impositivo. Silêncio que não tolerava nada distinto, particular desta lógica material em que jogaram a humanidade nome da pressão demográfica. No entanto a teleologia imanente dos agentes do ESTADO NOVO BRASILEIRO era manter em suas mãos tanto o poder político, o econômico e o simbólico. O retomaram em 1964.
Estas OBRAS de ARTE do ESTADO NOVO BRASILEIRO não podem ser ignoradas, desqualificadas ou descartadas. Na sua falta haveria menos índices perceptíveis destas forças poderosas subterrâneas, imperceptíveis e cujas manifestações materiais vão se distanciando do nosso TEMPO e LUGAR. Estas OBRAS de ARTE revelam o ENTE o seu SER no TEMPO do ESTADO NOVO BRASILEIRO mesmo estando elas dispersas e imponderáveis ao olhar distraído. Para continuar a leitura do presente texto recomenda-se Heidegger. Um filósofo que esteve no olho do furacão do regime totalitário nazista e - as vezes - é confundido com aquelas forças obscuras desta ÉPOCA e LUGAR. O seu texto - numa primorosa tradução de Fausto Castilho para o idioma português - mostra o que podia ser dito e aquilo que deveria ser calado. Nesta arte de “calar e dizer apenas aquilo que era podia ser dito” remete-se também Wittgenstein outra testemunha desta ÉPOCA e LUGAR. Ambos abrem outros caminhos para a leitura e para a compreensão da obra arte do ESTADO NOVO BRASILEIRO.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS de APOIO TEÓRICO do TEXTO
ARENDT, Hannah (1907-1975) Condition de l’homme moderne. Londres: Calmann-Lévy 1983.
ARISTÓTELES (384-322). Tópicos. 2.ed. São Paulo: Abril Cultural. 1983, pp.5-156.
FICHTE, Johann Gottlieb (1762-1814) «Introdução à teoria do Estado» in .Fichte. (2ª).ed. São Paulo: Abril Cultural, 1984, pp. 295-313.
HEIDEGGER, Martin (1889-1979) .Ser e tempo. Tradução de Fausto Castilho. Campinas, SP: Editora da Unicamp – Petrópolis, RJ: Vozes. 2012. Texto bilíngue, 1199 p. ISBN 978-85-268-0963-5 (Unicamp) e ISBN 978-85-326-4340-7 (Vozes)
NIETZSCHE, Federico Guillermo (1844-1900).Sobre el porvenir de nuestras escuelas. Barcelona: Tusquets, 2000. 179 p.
PLATÃO(427-347)DIÁLOGOS (5ª ed.)São Paulo: Nova Cultural,1991 (Os pensadores)
http://pt.scribd.com/doc/12868010/Colecao-Os-Pensadores-Platao
WITTGENSTEIN, Ludwig. Tractatus lógico-philosophicus. São Paulo: EDUSP 1993. 281p.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_degenerada
http://obviousmag.org/archives/2008/04/arte_degenerada.html
1939 - PAVILHÃO de NOVA YORK de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2010/05/niemeyer-em-porto-alegre-02.html
1940 - PROJETO do PRÉDIO do IPE de OSCAR NIEMEYER em PORTO ALEGRE
http://www.ipe.rs.gov.br/80anos/menu/232/9
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2010/05/niemeyer-em-porto-alegre-02.html
1942 – Ordem de APERTAR CINTOS
http://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/rhs/article/view/130
1944 - PROJETO do PRÉDIO da VFRGS _ ARQUITETURA no RS
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.040/652
1944 - Dia mais quente de Porto Alegre
http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/metroclima/default.php?reg=8&p_secao=12
AVENIDA INDEPENDÊNCIA ou AVENIDA FLORES da CUNHA
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/vivaocentro/default.php?reg=6&p_secao=17
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DEIP- Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda
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SIQUEROS em BUENOSAIRES 1933
http://www.elportaldemexico.com/arte/artesplasticas/muralsiqueirosenargentina.htm
VITRAIS EDUARD PEUCKERT 1939
http://anunciosteutobrasileiros.blogspot.com.br/2013_04_01_archive.html
VITRAIS HANS VEIT
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