segunda-feira, 27 de agosto de 2018

241 – ESTUDOS de ARTE.


POTENCIALIDADES das ARTES VISUAIS no RS em 2018:
Parque MARINHA do BRASIL- Porto Alegre - em 12.12.2016
Fig. 01 –   O “CENTRO do MUNDO depende de onde de ONDE EU ME COLOCO” na concepção do coreógrafo Merce CUNNINGHAM[1]. Assim O FORUM MUNDIAL de PORTOA ALEGRE colocou a capital do Rio Grande do Sul  no centro deste mundo. A mandala formada com pedras trazidas de todas as partes do mundo materializou esta concepção no  Parque Marinha do Brasil de Porto Alegre.

SUMÁRIO
01 – DISTINÇÕES entra a ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA e da PESQUISA ESTÉTICA CONTINUADA nas ARTES no RIO GRANDE do SUL   02 ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL como PESQUISA ESTÉTICA - 03 – DISTINÇÔES entre o  FAZER e o AGIR nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL - 04 – POTENCIALIDADE da ÀREAS  CRIATIVAS no RIO GRANDE do SUL 05 – A DIFICULDADE da SER INTUITIVO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL-  06 – Nas ARTES VISUAIS  NÂO EXISTE PERDÃO.  07 – O ARTISTA VISUAL do RIO GRANDE do SUL portador de um PROJETO de um PRINCIPE 08 – O PAPEL de PROJETO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL 09 – O HOMEM de um LIVRO SÓ  num PROJETO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL. 10 – A OBRA de ARTE como PRIMORDIAL  num PROJETO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL -11 -  FONTES BIBLIOGRÁFICAS e NUMÈRICAS e DIGITAIS

01- DISTINÇÕES entra a ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA e da PESQUISA ESTÉTICA CONTINUADA nas ARTES no RIO GRANDE do SUL

O LUGAR, a SOCIEDADE e o ANO de 2018 merecem a máxima atenção. O forte e continuado fluxo de informações, provenientes dos centros hegemônicos,  necessita  de um filtro marcado pela AUTONOMIA no DELIBERAR e no DECIDIR
Os  fundadores do Instituto de Belas Artes do Rio Grande Sul (IBA-RS) tomaram esta direção de autonomia, já nos primórdios do  século XX, quando publicaram no jornal “A      FEDERAÇÃO” , no dia  4 de abril de 1908, que:
para a Europa, Rio da Prata e todo o Brasil, onde existem estabelecimentos desta ordem foram pedidos prospectos, programas, regulamentos, etc., bem como pedidos de preços de materiais absolutamente necessários ao funcionamento do Instituto, afim de se fazerem os cálculos todos, sem pessimismo ou optimismo”.
Certamente estes  fundadores do IBA-RS não posuíam muitos meios de comunicação instantânea, e em tempo real, como os atuais meios tecnológicos permitem e oferecem. No entanto estavam expressando esta autonomia de que o crivo, a seleção e implementação iriam serem realizados conforme a SOCIEDADE, o TEMPO e o LOCAL no qual projetavam esta instituição de Arte. 
Ao acompanhar passo a passio estas concretizações  houve muitas e intempestivas intromissões, acelerações e temeridades que tiveram de serem pagas com alto preço e perdas significativas.
Silvestre PECIAR BASIACO  -Monumento à Imigração no trevo para Silveira Martins
Fig. 02 –   No centro geográfico do Rio Grande do Sul a cidade polo de Santa Maria e o a serie de cidades desta região possuem uma identidade múltipla e aberta ao mundo   . O escultor uruguaio PECIAR esteve radicado  ali para lecionar Escultura na UFSM Nesta condição criou o monumento aos IMIGRANTES não Caminho para a cidade SILVEIRA MARTINS  

01- ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL como PESQUISA ESTÉTICA

  O INSTANTE é apenas um PONTO em MOVIMENTO na concepção de LEONADO da VINCI  (in ISAACSON, 2017, p.205. apud Códex Arundel, 175r.) [1] O instante não contém tempo. O tempo é  feito a partir do movimento do instante” . Ou ainda que nada é fixo ou permanenteObserve a luz. Pisque o olho e a observe novamente. Aquilo que você vê, não estava lá antes, e o que estava antes, não está mais lá” 
          Certamente os gregos já sabiam disto ao firmarem que “ninguém se banha duas vezes no mesmo rio”. Esta informação e conhecimento são RACIONAIS e resultantes da ATUALIZAÇÃO permanente da INTELIGÊNCIA


[1] ISAACSON, Walter 1952 Leonardo da Vinci. ( 1ª ed.) Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017, 614 p.


Fig. 03 –   O MONUMENTO aos MUNDO VEGETAL - concebido e realizado por Francisco STOCKINGER (1919-2009) - materializa esta simbiose entre natureza onipresente e viva no Rio Grande do Sul  Este monumento coloca PORTOA ALEGRE colocou como um dos poucos no mundo a ter esta criação humana . O  Parque Marinha do Brasil,  conquistado sobre as águas do Guaíba, também responde assim aos anseios estéticos e não só aos postulados utilitários.   

03 -  DISTINÇÕES entre o  FAZER e o AGIR nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL.
O projeto do Parque Marinha do Brasil é a materialização do AGIR estético e ambiental predominando sobre o FAZER utilitário e de consumo. 
No campo de forças das artes visuais o AGIR da produção de obras no campo estéticas contrapõe-se ao FAZER acumulador do trabalho  compulsivo e que é consumido. Para quem confunde TRABALHO e OBRA confunde também NATUREZA[1] com ARTE.
Os grandes mestres das ARTES VISUAIS,  de todos os  tempos, sabiam do PAPEL PRIMORDIAL do TEMPO tanto para a PRODUÇÃO como para ASSIMILAÇÃO de uma autêntica OBRA de ARTE. Esta OBRA, para realizar isto, necessita captar essência e a vida do LUGAR e SOCIEDADE com o objetivo de gerar um documento físico competente que seja útil ao PENSAMENTO de toda a espécie humana.
No Rio Grande do Sul este TEMPO, e esta SOCIEDADE, já se constituíram em objeto preferencial para numerosos pensadores das Artes Visuais[2] Estes, foram competentes para  mostrar que existe esta semente em germinação. Pensadores que necessitam TEMPO e ENERGIAS para transcender este FAZER compulsivo e auscultar OBRAS nas quais a  essência daquilo que PERMANECE e encaminha para o UNIVERSAL como documentos do seu LUGAR e da sua SOCIEDADE de ORIGEM. 
Uma JUSTIÇA com OS OLHOS ABERTOS e VIGILANTES:
PORÉM, MESMO ENXERGANDO, a REALIDADE NÃO LHE OBEDECE
ALVAREZ, Cícero – tese CORONA e FAYET – Palácio da Justiça POA-RS
Fig. 04 –   O APREENDER A VER exige uma aguda PERCEPÇÂO distinta do OLHAR e do ENXERGAR NATURAL.. Neste APREENDER A VER inclui-se todo o REFERENCIAL CONCEITUAL de uma CIVILIZAÇÂO Além da acuidade visual a conexão com o cérebro que seleciona, hierarquiza e e decide em relação aos interesses desta civilização

04-  POTENCIALIDADE das ÁREAS  CRIATIVAS no RIO GRANDE do SUL.

A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL está assimilando e transfigurando os legados, os meios e os produtos da ERA INDUSTRIAL no Rio Grande do Sul. No entanto este TEMPO e esta SOCIEDADE, mostram-se bastante esquivos sem um estudo condizente e replicável.
Evidente que governos e governantes não possuem a ARTE como uma prioridade e nem está entre as suas prioridades algo do qual nada entendem ou querem entender. Prioridade inexistente devido à sua permanente confusão entre a CULTURA e a ARTE[1], entre o FAZER e o AGIR,  entre a OBRA e o TRABALHO, entre a ECONOMIA e a POLÍTICA. 
Fig. 05 –   O MERCADO dos PRODUTOS do  MUNDO SIMBÓLICO é meio humano na ÈPOCA PÓS- INDUSTRIAL. O esforço físico foi suprido pelas máquinas das ERA INDUSTRIAL. A rotina está sendo substituído pelo ROBÔS, COMPUTADORES e os meios numéricos digitais. Assim desponta NÃO o apregoado ÔCIO CRIIATIVO. Porém trata-se  das imponderáveis atividades simbólicas da humanidade de todos os tempos,  Potencialmente a ARTE e a CRIATIVIDADE humana possuem  o seu lugar, No entanto estas atividades superiores não são apenas naturais. Caso esta culturas não desejem retornar à SERVIDÂO e a o COLONIALISMO  supõe PROJETOS próprios, REALIZAÇÔES objetivas  e OBRAS  que testemunhem estes projetos regionais e locais

[clique sobre o gráfico para ler] 


Diante da falta deste interessa e prioridade do governo e governantes, do Rio Grande do Sul, há necessidade, neste momento de recorrer ao âmbito nacional. Existem alguns esparsos  mecanismos que se dedicam à  coleta, ao  estudo, sistematização e publicação destes dados mas com interesses marcados pelo mercado, patrimonialismo, propaganda e marketing. Os próprios eventos das Artes Visuais do Rio Grande do Sul adotam oficial e contratualmente  esta estratégia[1]


[1] A BIENAL do MERCOSUL escreveu no seu estatuto dos seus FINS como  Artigo 3. A ................................ é uma instituição de natureza educacional e cultural, sem fins lucrativos, objetivando promover e patrocinar eventos educacionais, artísticos e culturais, especialmente as   ..................................................

Fig. 06 –   O MUNDO CONTRATUAL foi a marca da ERA INDUSTRIAL e o constante conflito entre ECONOMIA e POLÌTICA. Quando esta ECONOMIA TORNA-SE SIMBÓLICA as relações da POLÍTICA e respectivos CONTRATOS  ainda estão distantes da realidade Rio Grande do Sul  e de PORTO ALEGRE. A atomização os emissores e os  seus receptores são administrados por gigantescas  usinas de dados mantidos sob severo controle na medida em que afetam a economia, a política e a logística dos meios de comunicação planetária  

[clique sobre o gráfico para ler] 


Os dados, apresentados nos gráficos das figuras 05 e 06,  referem-se mais à produção e consumo em cada umas da unidades nacionais. Na realidade as produções ideativas - como de um Vale do Silício nos Estados Unidos - possuem um alto poder ECONÔMICO de exportação e imposição das suas concepções. Se Oswald de Andrade falava em “POESIA BRASILEIRA de EXPORTAÇÂO” era  na crença de que a fantástica capacidade nacional era capaz  de se tornar necessária além da fronteiras nacionais.
Fig. 07 –   A singela mensagem da garrafa entregue às ondas, ao sabor das correntes oceânicas e os  imponderável dos ventos, possui algo das mensagens numéricas digitais da ÉPOCA PÓS INDUSTRIAL. Potencialmente as OBRAS de ARTE e as sua MENSAGENS criadas no   Rio Grande do Sul  possuem livre curso na redes mundiais. No entanto no outro extremo destas redes mundiais supõe-se a  captura e decodificação adequada da mensagem. Caso contrário é mais  LIXO na PRAIA.Assim apesar da grande abrangência trata-se de uma comunidade fechada sobre si mesmo como a própria garrafa 
  
05 -  A DIFICULDADE da SER INTUITIVO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL

A onda subliminar das informações estéticas - disponíveis ou gerada pela ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL - dificilmente permite que alguém seja intuitivo.  O bombardeio de índices estéticos, ainda na infância, não só acumula informações as mais desencontradas. Este incessante bombardeio impõe concepções de mundo, ideologias e paradigmas desencontrados que navegam na rede como garrafas ao sabor das ondas e ventos. De outra parte a GUERRA de IDEIAS resulta do estatuto de “TODOS SÃO ARTISTAS ATÈ PROVA em CONTRÁRIO” e envereda para  acirrar uma competição pelo poder interno e externo do campo estético 
A pura e singela reação intuitiva  não produz nada além de ruído, signos ocos e que não se sustentam como obra de arte.
Diante deste ACÚMULO, DIVERGÊNCIAS e GUERRAS de IDEIAS, o próprio artista sente a necessidade de ir para uma universidade. O crescente número de cursos superiores do de Artes do Rio Grande do Sul[1] é uma resposta numérica a este necessidade.


[1] INSTITUIÇÔES SUPERIORES de ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL

FORUM SOCIAL MUNDIAL em PORTO ALEGRE
Fig. 08 –  A convergência para  PORTO ALEGRE  do FORUM MUNDIAL de colocou a capital do Rio Grande do Sul  no CENTRO  do MUNDO. No entanto como EVENTO de PROPAGANDA e MARKETING não foi resultado do PODER ORIGINÀIO desta parte do Planeta. As artes visuais foram eventualmente convocadas porém seguiram a sina e as normas  da  antiga PROPAGANDA da FÈ, das BIENAIS e da eventuais  material\ações efêmeras .

   06 -  Nas ARTES VISUAIS  NÂO EXISTE PERDÃO 

Mesmo o ACÚMULO de OBRAS, as DIVERGÊNCIAS,  nas EXCOMUNHÕES RECÍPROCAS e as GUERRAS de IDEIAS, não permitem ou justificam qualquer ERRO, INCAPACIDADE ou INCONGRUÊNCIA INTERNA e EXTERNA das ARTES VISUAIS[1].
Quem fez a escolha pelo CAMPO de FORÇAS ESTÉTICAS o FEZ POR LIVRE e ESPONTÂNEA VONTADE.
Evidente que acontece o mesmo também em outros campos humanos  Marc Bloch já assinalava para aquele que se propõe ser historiador ao escrever que (2001, p, 44) que .
  será preciso desaconselhar a prática da história a todos os espíritos capazes de serem mais bem utilizados em outro lugar, ou é como conhecimento que a história  terá de provar sua consciência limpa. -  
SANTO ÂNGELO - Monumento à Colunas Prestes - projeto de Oscar Niemeyer
Fig. 09 –   O Rio Grande do Sul foi não só ponto de arrancada da REVOLUÇÂO NACIONAL de 1930. Antes dito a COLUNA PRESTES arrancou de Santo Ângelo e fez do Brasil palco de uma MARCHA e de uma PREGAÇÂO pela MUDANÇA POLÌTICA, ECONÔMICA e SOCIAL  . Os caminhos percorridos pela COLUNA PRESTES foram seguidos dos pioneiros das marchas de sul-rio-grandeasses que durante décadas levaram, a agricultura, a pecuárias e ass pequenas industrias que transfiguraram o oeste de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso rumo ao Norte  atingindo,, recentemente, RORAIMA já na fronteira Norte do Brasil

07 -  O ARTISTA VISUAL do RIO GRANDE do SUL é PORTADOR de um PROJETO de um PRINCIPE.
 O PRÍNCIPE é AQUELE QUE PRINCIPA ALGO. A sina do ARTISTA VISUAL do RIO GRANDE do SUL. sempre foi o de iniciar algo que outros achavam impossível e sobre-humano. Estão ali as carreiras de uma Araújo Porto-alegre, de Weingärtner, de um Oscar Boeira, de um Iberê Camargo, de um Vasco Pardo e tantos outros. Todos são seres humanos  que transformaram as suas próprias vidas  num projeto  cotidiano no qual o sobre-humano e a superação daquilo que outros achavam impossível.
Fernando Corona (1895-1979), ciente dessa riqueza, resumiu a carência de agentes no Rio Grande do Sul que se dedicam ao seu conhecimento e à sua reflexão, afirmando (1977 p. 166)[1] que :
nunca tantos deverão ficar ignorantes de tão poucos, pois a história na seara das Artes, ainda está para ser contada desde Araújo Porto-alegre e Pedro Weingärtner até os últimos talentos que despertam nas artes plásticas e na arquitetura”. 
Colocados diante do imenso painel no qual “TODOS SÃO ARTISTAS” verifica-se que estes poucos são portadores de um PROJETO  que não só transformaram as suas próprias vidas. Além disto este seu projeto exige as circunstâncias na qual  a sua obra faz sentido e ganha a devida dimensão, Iberê Camargo quando  realizou  a sua primeira exposição oficial em Porto Alegre exigiu e conseguiu que ela  tivesse como cenário o atual PALÁCIO PIRATINI.
Caso um novo ladrão conseguisse furtar,  outra vez, a Mona Lisa do LOUVRE e se, ele,  por acaso a abandonasse pendurada num jerivá da Avenida Farrapos de Porto Alegre, o seu destino, mais provável, seria ser recolhida por um caminhão do lixo. Assim a museologia e seus cânone conferem, não só moldura para OBRA de ARTE, como lhe emprestam novos sentidos e dimensões.


[1] CORONA, Fernando (1895-1979). . Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241


CORREIO do POVO ano 123, nº 310- .foto Alina Souza - 05.08.2018  - Orla Moacir SCLIAR
Fig. 10 –   O GUAIBA como convergência  e  passagem das águas foi para PORTO ALEGRE não só o motivo do nome mas o endereço e domicilio de uma população que faz da Natureza o seu ponto de transcendência e e instalação de uma civilização com seus costumes, convivência e  e sobrevivência,. Situada no Paralelo 30 Sul  e envolta pelos mantos das evaporações recebe os raios solares num ângulo de 45 graus fazendo que se fragmentem em todas as gamas das cores do arco íris 

08 -  O PAPEL de PROJETO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL.
Aceita-se, aqui,  o SENTIDO de que uma cidade torna-se HISTÓRICA na MEDIDA do SEU PROJETO. Segue-se  o argumento  do arquiteto e historiado Carlo ARGAN[1].
A ideia de projeto – a ideia de desenho, porque evidentemente todo projeto é desenho e todo desenho é ao menos virtualmente um projeto – leva necessariamente a considerar a amplitude desta ideia de projeto arquitetônico. É um pouco o símbolo ou o modelo de uma atividade de projeto, de uma vontade de projeto que se manifesta, não somente nas artes, mas em todas as atividades humanas, em toda a cultura
.Neste sentido  os casebres da Canudos do Antônio Conselheiro, ou as favelas,  os mocambos ou as malocas resultam num amontoado desconexo como são desconexos os projetos daqueles que promovem estes acumulados urbanos. A elas se opõe as claras retículas das cidades filipina, ou as radias de George Eugene Haussmann[2] de Paris, ou diagonais e radiais de Gerdá para Barcelona[3] ou a remodelação comandado por Pereiras Passos no Rio de Janeiro ou claro ou unívoco traçado urbano da Brasília nascido de uma mente ordenadora antes que o caos brote por todos os lados.
O PERTENCIMENTO  e AUTONOMIA do ARTISTAS VISUAIS no RIO GRANDE de SUL 
Fig. 11 –   A ASSOCIAÇÂO FRANCISCO LISBOA está chegando aos OITENTA ANOS  de  com variadas e criativas formações sociais que respondem aos seus repertórios, interesses os mais variados que se agitam no  CAMPO das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL.  . O seu POTENCIAL só cresce e se expande com novas e sucessivas direções com projeto novos e que apontam para a sua permanência por TEMPO INDETERMINADO

 09 -  O HOMEM de um LIVRO SÓ  num PROJETO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL.

Impossível ao HOMEM firmemente convicto de que TODA VERDADE se encontra nalguma sentença, frase ou parágrafo do seu   ÚNICO LIVRO.  É impossível ser dar conta das DIVERGÊNCIAS,  das EXCOMUNHÕES RECUPROCAS, das GUERRAS de IDEIAS e do ACÚMULADO de OBRAS da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL nesta mentalidade rígida, linear e unívoca.
No contraditório não é possível condenar este mesmo HOMEM de um LIVRO SÓ  devido ao sagrado direito que ele possui de se autolimitar, de praticar uma severa acesse no seu estreito espaço e projeto conceitual. Marcel DUCHAMP[1] defende
Sob a aparência, estou tentado dizer sobre o disfarce, de um dos membros da raça humana, o indivíduo é de fato sozinho e único e no qual as características comuns a todos os indivíduos, tomados no conjunto, não possuem nenhuma relação com a explosão solitária de um indivíduo entregue a si mesmo.
No entanto este HOMEM de um LIVRO SÓ  necessita permanecer nas fronteiras deste conhecimento que ele se impôs. Extrapolar destes limites não é só é ser expor ao ridículo com permeia o exercício ilícito de outros saberes. Devido também a isto não se justiça  qualquer ERRO, INCAPACIDADE ou INCONGRUÊNCIA INTENA e EXTERNA[2].
A frequência à UNIVERSIDADE pode ser uma solução para este HOMEM de um LIVRO SÓ  na medida que ele entra em contato com outros saberes.


[1] DUCHAMP. Marcel O artista deve ir à universidade?[1] in SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par Michel Sanouillet Paris: Flammarrion, 1991, pp. 236-239

Fig. 12     Uma listagem das ARTES a partir dos SIGNOS SENSÍVEIS, das QUAIS ELAS se VALEM, para MATERIALIZAR PENSAMENTOS,  IDEIAS e PROJETOS,  Porém cada uma destas manifestações é muito ciosa e exigente aos seus limites e são intolerantes para invasões e subversões dos seu códigos específicos. Na realidade cada uma é um projeto que exige vidas e gerações inteiras para atingir algum domínio formal que os PENSAMENTOS, as,  IDEIAS e os PROJETOS, de cada época, lugar e sociedade nas quais se materializam 
[clique sobre o gráfico para ler] 


10 -  A OBRA de ARTE como PRIMORDIAL  num PROJETO nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL.

 O artista é convidado a realizar - nos acertos e desacertos deste fluxo - as suas PESQUISAS ESTÉTICAS PESSOAIS. Ele sabe, na sua mentalidade de PRÍNCIPE, que a sua OBRA de ARTE é PRIMORDIAL  e intransferível.
Por mais que outras áreas do saber humano queiram vir em socorro, mais se convencem que a BRA de ARTE é INTRANFERÍVEL. Carlos SCARINCI alertava que ele, como FILÓSOFO, dedicado a ESTEÈTICA, seria capaz de escrever todo um TRATADO de ESTÉTICA sem jamais ter visto ou apreciado uma única obra física de ARTES VISUAIS. 
Na obra de KANT é legível esta ESTÉTICA -DISTANTE da OBRA de ARTE. HEGEL testa a ARTE e espreme, nos mecanismos da DIALÉTICA entre o EMPÌRICO e o CONCEITUAL Assim afirma (1945, p. 33)[1]  que:
Há dois métodos distintos e opostos para seguir na indagação sobre Arte. Um é empírico e histórico:  tenta obter do estudo das obras primas das Artes as regras críticas e os princípios artísticos.  O outro é racional e a priori:  eleva-se imediatamente ao ideal e deduz dele as leis gerais. Aristóteles e Platão representam ambos os métodos.  O primeiro conduz a uma teoria estreita, incapaz de compreender a Arte na plenitude. O segundo isolando-se nas alturas da metafísica, não sabe descer de lá para se aplicar as artes particulares e apreciar suas obras. O verdadeiro método consiste na reunião destes procedimentos, na sua conciliação e emprego simultâneo.  Ao conhecimento positivo das obras de Arte, devem unir-se a reflexão filosófica e a capacidade de compreender suas características e leis imutáveis.
A síntese resultante da prensa entre o SENSORIAL e CONCEITUAL evidente aponta para algo sem um final ou definitivo.


[1] HEGEL Jorge Guilherme Frederico(1770-1831). De lo Bello y sus formas (Estética) Inroduccion  -II – Método a seguir en la inadagación filosófica de  lo bello y dela Arte – Buenos Aires  : Esoasa Calpe Argentina (Coelçaõ Austra – Volume extra) 1946, p. 33.

Fig. 13     Regina Silveira[1] represente múltiplas conquistas das artes visuais brasileiras e sul-rio-grandenses, A  sua projeção mundial  - como a primeira dama da pintura brasileira - não impedem a sua presença em Porto Alegre e com grande qualidade.   O seu  aminho iniciou com o impulso da prestigiosa equipe de professores nas Artes Visuais do IBA-RS constituída  décadas de 1950. Porém não mitificou e nem se negou a enfrenar mudanças, novos caminhos, técnicas e desafios que as ARTES VISUAIS continuam a OFERECER mundo afora.

Nas ARTES VISUAIS a distinção entre o ENXERGAR e o VER exige o  retorno o continuado enxergar e OBRA de ARTE como PRIMORDIAL. Caso aconteça  a fixação exclusivo de objetivos  RACIONAIS estas ARTES VISUAIS acabam em territórios teóricos alheios com  perda da sua autonomia específica e resultam em meras especulações do FAZER metafísico.  Nestas meras especulações do FAZER metafísico, estas ARTES VISUAIS,  centram-se apenas na ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA. Será uma experiência idêntica de que  quer aprender uma língua estrangeira apenas pela sua GRAMÁTICA. Isto se evidencia em Roland Barthes ao firmar  (1967, p.9) [17]  que; “numa sociedade como a nossa, na qual mitos e ritos tomaram a forma de uma razão, que dizer definitivamente - de uma palavra -, a linguagem humana não é só o modelo do sentido, mas também o seu fundamento”.
 É de pouco proveito este conhecimento gramatical e esta atualização da inteligência, na ausência  da EXPERIMENTAÇÃO PERMANENTE na ARTE, senão a perda de TEMPO, mesmo para os muito BEM INTENCIONADOS.

FONTES BILIOGRAFICAS 
BARTHES, Roland.  Système de la mode. Paris : Seul, 1967. 327p.
BLOCH, Marc (1886-1944) APOLOGIA da HISTÓRIA ou O Ofício de Historiador – Edição comentada por Étienne Bloch – Prefácio Jacques le Goff – Rio da Janeiro: Jorge Zahar 2001 -159 p   ISBN 978-85-7110-609-3
CORONA, Fernando (1895-1979). . Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241 
DUCHAMP. Marcel “O artista deve ir à universidade?”[2] in SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par Michel Sanouillet Paris: Flammarrion, 1991, pp. 236-239 http://profciriosimon.blogspot.com.br/2015/05/estudos-de-arte-018.html
HEGEL Jorge Guilherme Frederico(1770-1831). De lo Bello y sus formas (Estética) Inroduccion  -II – Método a seguir en la inadagación filosófica de  lo bello y dela Arte – Buenos Aires  : Esoasa Calpe Argentina (Coelçaõ Austra – Volume extra) 1946, p. 33.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

ALVAREZ, Cícero – tese CORONA e FAYET – Palácio da Justiça POA-RS

ESTUDO dos PENSADORES das ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES.
SÍNTESE em

PROCESSOS da LIC das ARTES VISUAOS 2018

CULTURA para os candidatos PRESIDENCIASI de 2018

MAPEAMENTO da INDÚSTRIA CRIATVA no BRASIL

INSTITUIÇÔES SUPERIORES de ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL

EM ARTE NÃO HÁ  PERDÃO

FERNADO PESSOA- LI  HOJE...


O PERTENCIMENTO  e AUTONOMIA do ARTISTAS VISUAIS no RIO GRANDE de SUL 

POTENCIAL ESPORTIVO de PORTO ALEGRE

PROJETO na CONCEPÇÃO de CARLO ARGAN

Regina SILVEIRA Obra 2014


Uma JUSTIÇA com OS OLHOS ABERTOS e VIGILANTES:
PORÉM, MESMO ENXERGANDO, a REALIDADE NÃO LHE OBEDECE

POTENCIALIDADES do MUNDO DIGITAL El Mercúrio Chile 26.08.2018

ESTUDOS de CASOS
1 – HISTÓRIA da SECRETARIA de CULTURA do RIO GRANDE do SUL
2 – CONSELHO ESTADUAL  de CULTURA – RS

3 – POTENCIALIDADE da INSTITUCIONALIZAÇÃO das ARTES  a partir ATUAL CONSTITUIÇÂO do RIO GRANDE do SUL


[2]  - Texto de uma alocução em inglês pronunciada por Marcel Duchamp, num colóquio organizado em Hofstra em 13 de maio de 1960. Consta em SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par.. Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239
               

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