segunda-feira, 5 de outubro de 2020

ESTUDOS de ARTE nº 289

UM SÉCULO de ASSOCIAÇÕES dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES

- 2 ª parte: décadas de 1930 até -1990

Os ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES no CAMINHO da REPÚBLICA  ADULTA e GUERREIRA.

 Fig. 01 As figuras e as obras de Mário TOTTA, de Francis PELICHEK,  de Sotero COSME e de  Helios SEELINGER  foram fundamentais para a INTERAÇAO, PERTENCIMENTO e  PROFISSIONALIZAÇÂO de  ARTISTAS VISUAIS nos circuitos estaduais, nacionais e internacionais. O encontro destes personagens deu suporte para a entrada na DÈCADA de 1930. O quadro de Hélio SELINGER “O RIO GRANDE de PÈ PERLO BRASIL” foi um dos lemas da Revolução de 1930

 

 O PERTENCIMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:

EXPRESSÕES de AUTONOMIA dos

ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÈCADA de 1930

 

A  QUARTA DÉCADA do SÉCULO XX foi aberta, no BRASIL, pela ruidosa, longamente preparada e vitoriosa REVOLUÇÃO de 03 a 24 de outubro de 1930

A VOZ FIRME, CALCULADA e LONGANENTE PREPADADA de TASSO CORREIA reivindicou FRUTOS desta REVOLUÇÂO nas ATES do RIO GRANDE do SUL,. Ele reivindicou, alto e bom som,  o MANDO das AÇÕES dos ARTISTAS no seu CAMPO de FORÇAS, a ADMINISTRAÇÃO . O discurso ressoou e repercutiu exatamente na data doo terceiro aniversário da epopeia dos “GAÙCHOS AMARRAR os CAVALOS no OBELISCO da REPOÚBLICA”, Tasso Correa desnudou enfático e direto, a situação de submissão dos artistas no Rio Grande do Sul quando afirmou:

   Os professores, aqueles que são os verdadeiros sustentáculos deste Instituto, pelo seu trabalho profícuo e honesto - pouca gente sabe disto - não tem garantia de espécie alguma dentro desta casa. Nós os professores, não temos a menor interferência, nem na administração, nem na parte técnica. O Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul é uma instituição dirigida por médicos, advogados, engenheiros, comerciantes, etc. Daí se verifica que o Instituto, sendo uma organização destinada á difusão do ensino artístico no Rio  Grande do Sul, é orientado por cavalheiros de alta distinção, mas que infelizmente, na sua grande maioria, nada entende de Arte. Para demonstrar o absurdo da nossa organização administrativa lembraria o seguinte: uma Faculdade de Medicina, dirigida por uma comissão de músicos, pintores e escultores...

 Esta voz fez-se ouvir em PLENO THEATRO SÂO PREDRO LOTADO, diante da MESA da DIREÇAO da COMISSÂO CENTRAL.

No entanto este foi um evento e que encontrou grandes obstáculos a vencer. O primeiro foi a expulsão sumária de Tasso Correa do INSTITUTO de BELAS ARTE e a posterior sua recondução. Em 1936 ele assumiu a direção do IBA no contexto de uma improvisada e fragilizada  UNIVERSIDADE de PORTO ALEGRE (UPA) com seis unidades doas quais uma dele era o IBA-RS. TASSO era membro honorário da SOCIEDADE BELAS ARTES do RIO de JANEIRO

Neste ano houve a tentativa da formação da ASSOCIAÇÃO RIOGRANDENSE de BELAS ARTES – ARBA . Fernando CORONA registrou, no ano de 1936 do seu Diário, esta tentativa onde  consta, entre as páginas 262 e 263, que:

      . Lá pelo mês de abril, não sei quem teve a ideia, procurou reunir uns quantos amigos com a intensão de criar uma agremiação de artistas para o amparo e divulgação das artes em geral. Reunidos no Instituto de Belas Artes foi nomeada uma diretoria provisória que iria iniciar um trabalho até então esquecido. Esta comissão estava assim constituída: Olyntho San Martin, Ovidio Chaves, Walter Spalding, João Schuwartz, Jose Lutzenberguer Olga Pereira, Tasso Corrêa, Francisco Bellanca. Houve novas reuniões até que foi escolhida uma Comissão para redigir o regulamento, que foi a seguinte: Comissão de Estatutos: Ângelo Guido, Francis Pelichek, Antônio Carangi, Oscar Boeira, Francisco Bellanca, Olga Pereira, Adoffo Fest, Ernani Corrêa, Monteiro Netto, e eu, Fernando Corona. Não foi brilhante a atuação desta Associação. Parece que faltou um pouco de sacrifício de seus componentes, e se mal não me lembro, não chegou a durar um ano. As coisas de arte na nossa cidade nunca tiveram amparo oficial e os artistas, muito individualistas, puxavam cada um para sua sardinha.

O que de fato deve ter pesado, nesta inércia coletiva, foi reunir as LETRAS, MÚSICA, ARTES VISUAS, ARQUITETURA no mesmo projeto. Todas estas expressões estéticas possuem o seu “MODUS VIVENDI” coletivo. As LETRAS possuem um mercado na produção  para indústria cultural do múltiplo que são os LIVROS e os PERIÒDICOS impressos. O MÚSICO possui na sua orquestra a sua socialização e pertencimento. Na retaguarda do ARQUITETO encontra-se a INDÚSTRIA e o COMÉRCIO dos MATERAIS de CONSTRUÇAO. Enquanto isto o ARTSITA VISUAL trabalha na solidão do seu ATELEIR com raros momentos de interação social, e econômica

Esta especificidade das ARTES VISUAI .foi corrigida pela ASSOCIAÇÂÃO FANCISCO LISBOA renovada e atuante até os dias atuais Esta nasceu em agosto de 1938 e foi a de maior continuidade[1]. Na política Carlos  Scarinci percebeu intenções coerentes com o ESTADO NOVO quando afirmou (1980, p.8, col.1) que  “Os objetivos da nova entidade não podem ser definidos como uma  tomada de posição de classe, mas sua criação coincide quase com a transformação da Associação Paulista de Belas Artes em Sindicato dos artistas políticos(1937) que coincide  também com as orientações sindicalistas do Estado Novo recentemente implantado

Na prática a razão dos seus integrantes era fazer do seu ofício a sua união como trabalhadores especializados.  Essa intenção Kern registrou (1981, ff. 112 e 113). um grupo de jovens artistas: João Faria Vianna, Carlos Scliar, Mário Mônaco, Edla Silva, Nelson Boeira Faedrich e Gaston Hofstetter. Nesse mesmo ano ingressam Guido Mondin, João Fontana, Arnildo Kuwe Kindler, João Fahrion. Judith Fortes, José Rasgado Filho, Gustav Epstein, Mário Berhauser, Júlia Felizardo e Romano Reif. A Associação Francisco Lisboa foi fundada com o objetivo de reunir os artistas que se encontram isolados e que tem dificuldades para se fazer conhecer seus trabalhos”.

Ao acompanhar a nominata dos seus fundadores constata-se a presença significativa de integrantes do IBA-RS. Na lista acima verifica-se que todas as artistas frequentaram a Escola de Artes do ILBA e ali concluíram o curso superior. Assim, Judite Fortes o concluiu  em 1922,  tendo ingressado em 1916. Exerceu o papel de professora substituta em várias ocasiões e de membro das bancas de final de ano. Em dezembro de 1938 ela deve ter enfrentado um sério problema profissional no IBA-RS, pois o seu nome foi preterido na cadeira de Anatomia Artística face ao de Luiz Maristany de Trias

 

KERN, Maria Lúcia Bastos. «Les origines de peinture ‘moderne’ au Rio Grande do Sul – Brésil» Paris :  Université de Paris I Panthéon Sorbone, 1981 tese 435 fl.

 

 SCARINCI, Carlos. A gravura contemporânea no Rio Grande do Sul (1900-1980). Porto Alegre : MARGS,

        1980 27 fl

_________ A gravura no Rio Grande do Sul (1900-1982). Porto Alegre  : Mercado Aberto, 1982,

        224 p. il. Color.

----------«Da Francisco Lisboa ao Pseudo-Salão Moderno de 1942» in Correio do Povo, Caderno de Sábado, Volume CVI, Ano VIII,  no 606, 08.03.1980,   pp 8/9

 

A UNIVERSIDADE BRASILEIRA e a ARTE no PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA  Blog Isto é Arte nº 165

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/04/165-o-pensamento-de-tasso-correa.html

 

Imagem Reunião da CONGREGAÇAO do IBA-RS no dia 06.01.1939 – Foto  Diário de Noticias dia 08.01.1939

 

FACE BOOK

https://www.facebook.com/photo?fbid=1011944542588031&set=gm.2705141686370685



[1] - SCARINCI, Carlos «Da Francisco Lisboa ao Pseudo-Salão Moderno de 1942» in Correio do Povo, Caderno de Sábado, Volume CVI, Ano VIII,  no 606, 08.03.1980,   pp 8/9.

 


Fig. 02 Os integrantes da ASSOCIAÇÂO ARAÚJO PORTO-ALEGRE (AAPA) em visita, no verão de 194, às cidades históricas do estado de MINAS GERAIS. A  AAPA vinha de uma temporada de trabalhos e exposições em SALVADOR, na BAHIA, Nas Alterosas peregrinou de cidade em cidade sob o patrocínio do governador e, em retribuição realizaram uma exposição, de suas obras sem Belo Horizonte. No retorno, a Porto Alegre, mostraram o que haviam produzidos na sua viagem de estudos e pesquisa

 

O PERTENCIMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:

EXPRESSÕES de  AUTONOMIA dos

ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÈCADA de 1940

 

A   DÉCADA de 1940 até 1950 pode ser dividida, no Brasil, em duas partes diametralmente opostos. Na primeira parte, de 1940 até 1945 os trágicos anos da II GUERRA MUNDIAL no plano externo. No plano interno pleno curso dos PESADOS ANOS de CHUMBO do ESTADO NOVO. Na segunda parte, de 1945 até 1950, a euforia da VITÓRIA ALIADA, significou o fim da ditadura Vargas, a veemente condenação de fachada do ESTADO TOTALITÁRIO e a aparente retomada do REGIME DEMOCRÁTICO.

No Rio Grande do Sul deu margem para a DESFORRA pela queima da bandeira do Estado e a proibição de qualquer símbolo regional. Isto significou o surgimento do REGIONALISMO requentado, a busca das reconexões do poder civil com o BRASIL RENOVADO e a avalanche das conexões internacionais incontroláveis para uma frágil e requentada identidade de empréstimo.

Nas ARTES VISUAIS foi a abertura para torrentes das mais variadas e contraditórias estéticas do mundo inteiro. Favorecido pelos meios de comunicação - cada vez mais intensos, instantâneos e volumosos - o seu recurso foi apresentar e cultivar massivas manifestações regionais sem grandes pesquisas estéticas.  Isto significava jogar-se num frenético FAZER por FAZER no torvelinho da INDUSTRIAL CULTURAL avassaladora de outros centros culturais, bem equipados alimentado por massivos aportes financeiros

No contraditório, da aparente liberdade individual, houve a criação, expansão e cultivo de rígidos protocolos expressas em normas populistas de fácil leitura e compreensão. Esta CONTRADIÇÃO gerava COMPLENTARIEDADES MASSIVAS expressas em MITOS alimentados pela INDÚSTRIA CULTURAL, pelo RÀDIO, pelo CINEMA e pela volumosa produção gráfica cada vez mais colorida e de parcas reflexões. Tudo destinado á OBSOLESCÊNCIA IMEDIATA. Os grandes trustes da MÌDIA geravam ídolos, mitos e u pensamento linear, unívoco e sem consequência no dia seguinte.

Nos limites também é necessário ressaltar que para as competências das associações, dos clubes e dos núcleos de artistas sul-rio-grandenses pouco significa a sua projeção ou exportação para culturas de outros estados e muito menos para fora do país. O mesmo pode ser dito do inverso. As projeções, de fora para dentro, de culturas, mesmo as hegemônicas são pouco proporcionais, correntes e fecundos para as ASSOCIAÇÕES de ARTISTAS. Qualquer tentativa de    ASSOCIAÇÃO é derrotada pelo dia seguinte no qual a incerta origem dos seus fundamentos, contratos unilaterais  e as frágil realizações tornam-se descartáveis, desqualificadas e disfuncionais. Permanecem, e são cultuadas, as vetustas matrizes incoerentes com a SOCIEDADE vigente e LUGAR PRESENTE

. As ruínas das missões jesuíticas talvez sejam uma das numerosas e melhores ilustrações da inutilidade e frustração trazida por estes projetos exógenos, implantados por um voluntarismo incoerente e a revela do Poder Originário local.

Para as associações, grupos e núcleos de artistas visuais são tão danosos a mitificação de uma autonomia caricata, como a sua naturalização primária pela procrastinação da solução do problema da coerência entre competências e limites. A autonomia, reduzida ao maniqueísmo entre os extremos da solidão e da multidão, provoca a mesma esterilidade desde a origem de associações, de grupos e de núcleos de artistas visuais.

Existem infinitas divisões no contínuo da prática da autonomia.  A autonomia do artista não constitui a busca do solipsismo, pelo que viu acima. De outra parte a autonomia - conceituada como competências e limites – potencializa o contínuo da sua energia interna que se expande nos limites de um grupo. A autonomia potencializa as suas competências na medida em que elas são comuns para múltiplos agentes deste grupo de dentro. Este “ser comum” também não significa mesmice na arte. Ao contrário: “o artista produz para o seu concorrente” na concepção de Pierre Bourdieu. Serve a metáfora da torcida num jogo no qual o torcedor é alguém que gostaria de estar em campo, jogando para o seu time.

Nesta tentativa de jogar no mesmo time, a  ASSOCIAÇÃO ARAÚJO PORTO ALEGRE (AAPA) mostrava que nessa época a profissionalização em arte era considerada como possível. A resolução do jovem Iberê Camargo, concluinte do Curso Técnico de Arquitetura no IBA-RS, foi tomada, em 1941, ao proclamar ‘vencer ou morrer pela arte[1]. Ele expressava o contexto de confrontos extremos de uma guerra real em andamento. O indivíduo isolado deveria fazer opções reais e definitivas entre forças antagônicas que se materializavam em figuras da fachada  sorridentes, benevolentes e triunfantes. O Estado totalitário apontava o rumo, onde ele incluía a arte. No Brasil, essa política tomou o nome de Gustavo Capanema que na análise de Williams (2000: 251/69) acumulava simultaneamente as funções de administrador, de ideólogo e de mecenas das artes. A reprodução da arte era possível, no rumo que o Estado apontava.

A Associação Araújo Porto-Alegre Associação Araújo Porto Alegre, após o ESTADO NOVO intervencionista e na euforia da redemocratização, não esqueceu que “A LEI PRECEDDE os FATOS”. Nesta euforia fez as tramitações legais dos seus estatutos, publicação como o seu registro.  A  Associação Araújo Porto - Alegre foi inscrita no Registro Civil de Pessoas Jurídicas de Porto Alegre na folha 19 sob o número de ordem 900 no livro A número 3 no Registro de Documentos com Protocolo 50022 no livro nº 4 em 02 de abril de 1948 com assinatura de Othelo Rosa . (Esta pesquisa deve-se  Sérgio Sakikabara)

Com este instrumento público e legal nas mãos,  pleiteou ajuda oficial dos Estados do Rio Grande do Sul,  Bahia como de Minas Gerais e que recebeu afetivamente. As suas visitas eram divulgadas  em releases aos principais órgãos de imprensa nos três estados visitado e onde trabalharam intensamente e produziram as suas OBRAS, Na comprovação objetiva dos gastos do erário público preparava e divulgava as exposições de obras produzidas na AAPA, tanto em SALVADSOR, BELO HORIZONTE e PORTO ALEGRE. 

 No entanto a Associação Araújo Porto-Alegre  também estavam sob o império do GOSTO EFÊMERO, do DESIGN do descartável que transforma a tudo e todos em KITSCH, ou “QUE NASCE CONSUMIDO” na concepção de Umberto ECO. Na Filosofia, na época, fazia moda a tendência EXISTENCIALISTA. Porto Alegre recebeu, no final, década a visita de Albert CAMUS. (Revista do Globo ano XXI, nº 490, 03.09.1949 pp. 40-41)

Ao longo da quinta década do século XX surgiram outros grupamentos de artistas plásticos no Rio Grande do Sul. Porém o seu registro e ações também não prosperaram ou vieram ao conhecimento do grande público.

Uma da derradeira manifestações públicas da Associação Araújo Porto-Alegre ocorreu  no NORDESRA BRASILEIRO onde trabalharam coletivamente expuseram, no dia 21 de fevereiro de 1952, em  RECIFE

AUTONOMIA do ARTISTA o seu PERTENCIMENTO.

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2013/05/004-expressoes-de-autonomia-na-arte.htm

ASSOCIAÇÂO ARAUJO PORTO ALFRE 1947-1950AAPA

http://profciriosimon.blogspot.com/2010/08/arte-em-porto-alegre-apos-1945-0801.html

ORIGEM e AÇÔES da ASSOCIAÇÂO ARAÚJO PORTO -ALEGRE - AAPA

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2010/08/arte-em-porto-alegre-apos-1945-0801.html

Albert CAMUS em Porto Alegre

http://profciriosimon.blogspot.com/2010/01/camus-quando-o-intelctual-ainda-falava.html

Conferir «Associação Araújo Porto Alegre» in Correio do Povo. Caderno de Sábado. Volume XCVI, ano VIII no 596,  29.12.1979,  pp. 8/10. 

FACE BOOK

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[1] - Depoimento informal ao autor de Carlos Petrucci sobre o gesto do seu colega na Secretaria de Obras Públicas do Estado. Petrucci foi enfático em relação a intensidade e a veracidade da  expressão “vida ou morte” que acompanhou  a escolha pela arte realizada por Iberê Camargo.


http://iberecamargo.org.br/exposicao/os-quatro-grupo-de-bage/

Fig. 03 Glênio BIANQUETTI, Glauco Otávio de CASTILHOS RODRIGUES, Carlos SCLIAR e  Danúbio VILAMIL GONÇALVES ,  - “GRUPO dos QUATRO  de BAGÈ” geram um identidade a partir do TRABALHO em COMUM  como ARTISTAS VISUAIS. Projetaram a sua obra aparti do interio do Rio Grande do Sul ganharam a capital e intargiram intensamente co o cento do Brasil

 

O PERTENCIMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:

EXPRESSÕES de AUTONOMIA dos

ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÈCADA de 1950

A SEXTA  DÉCADA, do século XX, permaneceu na memória pela estrepitosa derrota do BRASIL pelo URUGAI, no novo Maracanã.

A sucessão dos anos de 1950 até 196o  oscilou entre o requentado retorno de Getúlio Vargas e o seu suicido. No sentido contrário surgiu e a fulgurante figura do mineiro Juscelino KUBITSCHEK que levou o BRASIL para o INTERIOR e para o OESTE. Esta marcha e euforia significou a proliferação de CENTROS CULTURAIS, MUSEUS e de ASSOCIAÇÕES de ARTISTAS e novas universidades. De outro as conexões entre eles tonaram-se cada vez mais tênues representando uma verdadeira HISTORIA CULTURAL BRASILEIRA em MIGALHAS.

O clima da GUERRA FRIA - entre as duas potências nucleares hegemônicas e antagônicas -  foi,  e continua sendo, energia ativa e radioativa  ativa do maniqueísmo e a trituração da memória sul-rio-grandense em migalhas Qualquer tentativa estética estava sujeita a ser triturada e, pelo maniqueísmo, levar nas costas  o alfinete de ou CAPITALISTA ou alfinete do COMUNISTA.

Assim qualquer ASSOCIAÇÂO não escapava de um ou outro alfinete e sua respectiva classificação em UM ou OUTRO dos dois QUADROS antagônicos.

Numa visão panorâmica pode-se enumerar os primórdios da expansão dos movimentos dos Centros de Tradições Gaúchas e que ganhou reforços nacionais com a realização da III SEMANA NACIONAL do FOLCLORE em Porto Alegre nos quadros da recém UNESCO.

 O CLUBE de GRAVURA de PORTO ALEGRE apostou no quadro da popularização da arte por meio de recursos da multiplicação de obras. Nesta tentativa cruzou ,em diversas ocasiões, com a temática do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Deste ambiente destacou-se a ação e as obras dos 4 artistas visuais  que se denominaram de “GRUPO de BAGE” e interagiu com a cultura sul-rio-grandense e do Centro do Brasil.

Na origem da BIENAL de São Paulo um grupo de artistas sul-rio-grandenses foi convidado pessoalmente, em 1950 por Cecilo MATARAZZO para integrarem nesta amostra internacional da ARTE de 1951. Já no 4º Centenário de São Paulo de 1954 o Pavilhão do Rio Grande do sul não ostro uso o o Monumento doa Laçador, mas a presença de figuras da tradição, da indústria e do comercio do Rio Grande do Sul. Enquanto isto as CHURRASCARIAS tradicionais do Rio Grande do Sul ganhavam o mundo e ainda no modelo e franquia gratuita da CHURRASCARIA de EXPOSIÇÃO FARROUPILHA de 1935.

Na metade da década de 1950 os artistas visuais começaram a ter o abrigo, suporte e estimulo do MUSEU de ARTE do RIO GRANDE do SUL. Este estímulo positivo era por tempo indeterminado, coerente e plenamente justificável no âmbito do PROJETO CIVILIZATÒIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA que ESTADO NECESSITA exercer por delegação e contrato com os sues cidadãos

A ASSOCIAÇÃO do EX-ALUNOS do IBA-RS criou, entre 1954 e 1955, a ‘Sociedade de Amigos da Arte’. a (SOCIBA). Scarinci registra (1982: 106) a experiência da Sociedade de Cultura do IBA  (SOCIBA), constituída no aniversário do Instituto em 1953 que  nos documentos do AGIA-UFRGS descobre-se como uma interface entre a instituição e a sociedade civil, aos  moldes de uma “fundação”. A SOCIBA  foi  desativada em 1958, dando  lugar à ‘Associação Cultural dos Ex-Alunos do IBA-RS”, que foi responsável pela experiência da Escolinha de Artes do Instituto. Esta experiência trouxe ao Rio Grande do Sul as experiências de AUGUSTO RODRIGUES implementada na educação no Rio de Janeiro e inspirado nas experiências de Herbert READ das escolas de arte inglesas oferecidas a crianças inglesas s ao longo da II GUERRA MUNDIAL

. Entre os estudantes de arte surgiu o Grupo BODE PRETO cm reiteradas e agressivas investidas contra padrões estéticos arcaicos. Fernando Corona analisou e publicou (1977, pp.85 e 91) duas crônicas sobre este movimento estudantil. Renato Rosa realiza um proveitosa síntese (2000, pp.116 e 17) onde regista origem, exposições e integrantes do Grupo

No final da década de 1950 a dinâmica administração (1959-1962) de Leonel BRIZOLA povoou o interior do Rio Grande do Sul com as BRIZOLETAS e, em PORTO ALEGRE,  efêmero “MATA BORRÃO” que acolheu  e propagou diversas iniciativas  deste governo e exposições  de ARTISTAS VISUAIS. Enquanto isto BRASILIA estava chamando a atenção e levando levas de sul-rio-grandenses par o PLANALTO CENTRAL do BRASIL e continua na marcha para o OESTE e INTERIOR BRASILEIRO.

Nas ARTES VISUAIS do Rio Grande do Sul não é possível passar ao largo, sem ao mesmo mencionar o I SALÂO PANAMERICANO de ARTE e a realização do I CONRESSO BRASILEURO de ARTE promovidos e simultâneos à ocasião da passagem do Cinquentenário do IBA-RS no dia 22 de abril de 1958. Ambos visavam congregar os artistas e avançar na direção de um MINISTÉRIO das ARTES e criação da UNIVERSIUDADE das ARTES. Ambas foram consideradas temporãs e não aceitas pelo Congresso sob o argumento da potencial burocratização.

Evidente que esta simples enumeração necessita ainda muitas pesquisas, documentação ensaios e divulgações.

FONTES

CORONA, Fernando (1895-1979).«. Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 243

ROSA, Renato et   PRESSER, Décio .Dicionário das Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. (2ª ed r) Porto Alegre : UFRGS, 2000, 527 p. ISBN 85-7025-522-

 SCARINCI, Carlos. A gravura no Rio Grande do Sul (1900-1982). Porto Alegre  : Mercado Aberto, 1982, 224 p. il. Color

 

III SEMANA NACIONAL do FOLCLORE em Porto Alegre

http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=114774&pagfis=2373&url=http://memoria.bn.br/docreader#

https://www.traca.com.br/livro/43367/iii-semana-nacional-de-folclore

 

SOCIBA

http://profciriosimon.blogspot.com/2013/05/004-expressoes-de-autonomia-na-arte.html

- FONTE  Atas da SOCIBA Sociedade de Cultura do Instituto de Belas Artes  (22/04/1953 – 1958)  SOCIBA: Programas e estatutos   - 1953 – 1958 – Arquivo IA-UFRSG

 

Escolinha de Artes e Iara Rodrigues

https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/URGS_c83e5b7413f333f953b0830272e28224

- Fonte Entrevista informal com o autor, em 17.12. 2001, com Iara de Mattos Rodrigues que estagiou na Escolinha de Artes do Rio de Janeiro de Augusto Rodrigues, financiada pela Associação de Ex Alunos do IBA-RS. Além dos diversos textos pedagógicos produzidos por  Iara Mattos Rodrigues, para conhecer os vínculos institucionais da Escolinha de Arte, mantida pela Associação Cultural dos Ex-Alunos do Instituto de Artes da UFRGS, pode-se compulsar o processo  dirigido ao Reitor Tuiskon Dick e que recebeu o n.o 23078.028061/91-44 no Protocolo Geral da UFRGS no dia 24.06.1991 as 11h24min.

GRUPO PODE PRETO e WALDENY ELIAS

https://estado.rs.gov.br/obra-do-pintor-waldeny-elias-esta-no-centro-cultural-erico-verissimo

e Leo EDEXHEIMER

http://www.margs.rs.gov.br/midia/anotacoes-a-margem-de-uma-obra-leo-dexheimer/

 

O GRUPO de BAGÉ

https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_de_Bag%C3%A9

+

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2015_03_01_archive.html

+

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2015/03/estudos-de-arte-010.html

 

I SALÃO PANAMERICANO de ARTE

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento81112/1o-salao-pan-americano-de-arte

Catálogo https://www.traca.com.br/livro/163364/

I CONGRESSO BRASILEIRO de ARTE

http://profciriosimon.blogspot.com/2010/04/um-salao-de-festas-das-artes-03.html

Boletim  informativo

https://www.budanoleiloeiro.com.br/peca.asp?ID=2543826

Relatório

https://books.google.com.br/books/about/1o_Congresso_Brasileiro_de_Arte.html?id=xw7ntAEACAAJ&hl=en&output=html_text&redir_esc=y

 

Administração de Leonel BRIZOLA do RS

http://repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/3756

MATA BORRÂO

https://www.webpoa.com/memoria/o-mata-borrao/

 

ASSOCIAÇÂO FRANCISCO LISBOA presente no dia 24 de agosto de 1954 sem nada a ver com o CAOS

https://historiahoje.com/getulio-vargas-da-crise-ao-suicidio/


FACE BOOK

https://www.facebook.com/photo?fbid=1013536732428812&set=gm.2706896229528564

Fig. 04 As periódicas vindas a Porto Alegre de Iberê Camargo eram oportunidades para se cercar de gente que gostava de praticar ARTE em grupos. No início de ano, de 1960, Iberê foi cercado por um grupo de jovens artistas visuais e que passaram a amiudar os seus encontros até desencadearem o processo da formação institucional do ATELIER LIVRE da PREFEITURA de PORTO ALEGRE


O PERTENCIMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:

EXPRESSÕES de AUTONOMIA dos

ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÉCADA de 1960

 

 DÉCADA, de 1960 iniciou sob a intensa expectativa de mudanças e da esperança da NOVA CAPITAL BRASILIA. TERMINOU com retrocesso para uma feroz ditadura monocrática e autoritária  expressa pelo AI 05 de dezembro de 1968,Esta sepultava de vez as breves conquistas democráticas

A RENÙNCIA de Jânio QUADROS, a LEGALIDADE, sucedido por um breve período PARLAMENTARISTA seguido polo GOLPE de 1º de abril de 1964. Esta entrada intervencionista militar deixou pouco espaço para os ARTISTAS VISUAIS CRIAREM ASSOCIAÇÔES DURÁVEIS ou ter autonomia e criatividade nos ANOS DE CHUMBO. Foi lhes oferecida  a alternativa maniqueísta e  fulminante de “AME-O ou DEIXE-O”.

Assim qualquer organização civil, da época, caiu sob suspeita ou foi infiltrada por informantes da própria organização cooptados ou coagidos a delatar, denunciar e concorrer aos cargos centrais de comando desta agrupamentos.

No contraditório este período autoritário e monocrático, serviu para sacudir e provar aqueles de fato são convictos das ARTES e com projetos coerentes e seguros, Ocorreu algo semelhante com a da REPÚBLICA de VICHI que foi um filtro entre os confiados em quimeras e aqueles que ainda tinha capacidade de distinção e algum reação ao algoz.

 O ATELIER LIVRE da PREFEITURA de Porto Alegre constituído  na entrada da década de 1960  foi  dos centros que teve esta capacidades de distinguir quimeras de competências possíveis. Provou isto nas ARTES VISUAIS  nas piores privações e. de atividades  A inciativa teve uma fase de implementação nos cursos livres que Iberê CAMARGO ministrou nas dependências do Theatro São Pedro. As suas sucessivas migrações e levaram ao ABRGO dos BONDES da Praça XV, aos altos do MERCADO PÚBLICO, para a Rua Lobo da CISTA nº 291 e finalmente pra a sua casa própria no CENTRO MUNICIPAL de CULTURA Ali se cultivaram traços de resistência com projetos coerentes com a sociedade, tempo e lugar.

O quadro do ANOS de CHUMBO não foi revertido e levado a bom termo, certamente, pela longa e injusta lista dos expurgados e o perseguidos. Estes tornaram-se MITOS e HEROIS. A tarefa objetiva, desta reversão, coube aqueles que resistiram silenciosos, eficazes e competentes para entender, querer e sentir-se interagindo com o PODER ORIGINÁRIO da ARTE e da CULTYRA. Competentes para lidar tanto com as MULTIDÕES como com a sua produção como ARTISTAS PESQUISADORES da ARTES VISUAIS.

Evidente que houve lugares, como Salvador, onde foi fechada a II BIENAL da BAHIA, em 13 de dezembro de 1968, dia de decretação do AI-5 e os músicos passaram a ser   censurados, presos e exilados

II BIENAL da BAHIA

https://atarde.uol.com.br/cultura/noticias/50-anos-do-golpe-2a-bienal-da-bahia-foi-fechada-157688

+

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bienal_da_Bahia

 

INQUÉRITO de CAETANO VELOSO

https://brasil.elpais.com/cultura/2020-09-14/a-ditadura-brasileira-contra-caetano-veloso-os-arquivos-completos-da-repressao.html

 

ATELIER LIVRE da PREFEITURA de PORTO ALEGRE

http://profciriosimon.blogspot.com/2018/11/253-estudos-de-arte_4.html

Apresentado ao GRUPO de PESQUISA da AAMARGS, no dia 01 de novembro de 2018, por Rosemari Sarmento

FACE BOOK

https://www.facebook.com/photo?fbid=1014396215676197&set=gm.2707767509441436


ARTISTAS PLÁSTICOS – R  Revista - MANCHETE - nº 966 de 24.10.1970 -  p. 148.

Fig. 05 As manifestações artísticas da década de 1970 mostram a problemática dos “anos de chumbo” do Regime Militar que não interveio diretamente no campo estético na medida em que estre se abstinha de qualquer questão concernente ao poder do Estado Brasileiro. De outra parte demonstra a pouca consistência deste regime em simplesmente “TOLERAR” as manifestações estéticas das quais não tinham a menor competência, entendimento e vontade de interagir. Para o artista foi a condenação à sua “AUTONOMIA de FEVELA” na qual sempre viveu no Brasil. Como nos demais movimentos desta época pouco registro dos resultados permanentes para a sociedade e cultura brasileira e muito menos parar os artistas,

 

O PERTENCIMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:

EXPRESSÕES de AUTONOMIA dos

ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÉCADA de 1970

 

 OITAVA DÉCADA do SECULO XX passou-se mergulhada nos ANOS de CHUMBO e que se derreteram a partir de 1979, com a frágil e confusa ABERTURA POLITICA

Graças aos ANOS de CHUMBO esta década assistiu a um expressivo número de FUNDAÇÕES de UNIVERSIDES, de INSTUTOS e de CURSOS TOCADOS pelo FORMALISMO LEGALISTA e ECLETISMO. Contava a QUANDIDADE e onde a QUALIDADE era encoberta pelo FORMALISMO BUROCRÁTICO. Bastava preencher rígidos protocolos controlados pelo PODER CENTRAL BUROCRATICO e LEGALISTA

Uma amostra desse FORMALISMO BUROCRÁTICO são os CENTROS, INSTITUTOS e CURSOS XIPÓFAGOS. Nelas a ARTES VUSUAIS não AUTONOMIA, IDENTIDADE e é INVADIDO por disciplinas e conteúdos que pouco ter a ver com a FORMAÇÂO e o EXERCICIO de uma PESQUISA ESTÈTICA coerente com seu TEMPO e a sua SOCIEDADE LOCAL

Para encontrar alguma vida é necessário procura-la fora dos quadros oficiais que passaram a década de 1970 sob a sina do intervencionismo dos aparelhos repressivo do ESTADO NACIONAL dominado pela militarização da vida civil. Esta MILITARIZAÇÃO reduziu as instituições, que de uma outra forma estavam a seu alcance, em mero reprodutores burocráticos.

Uma delegação de artistas visuais sul-rio-grandenses foi um divisor de águas entre duas correntes que se formaram logo no início da década de 1970. Alguns transformaram o TABU do ESTADO TOTALITÁRIO da REPRESSÃO em TOTEM. Estes  aceitaram o convite para irem expor no núcleo do poder central. Na corrente contrária outros se recusaram terminantemente integrar este contorno.

Fora do alcance destes dos aparelhos repressivo do ESTADO NACIONAL a vida continuou de diversas formas. Nas ARTES VISUAIS. Uma delas foi o surgimento de GALERIAS de ARTE como desde 1971 a ESPHERA GALERIA de ARTE ou a DELHOS GALERIA de ARTE desde 1974 e uma série de outras inciativas dicionarizadas em Renato ROSA e descritas por Maria Helena WEBSTER ao registrar a sua experiência adquirida e divulgada na GALERIA CAMBONA que continuou por meio da GALERIA GESTUAL  . Com  aparentes objetivos comerciais foram celebradas feiras livres como o BRIQUE da REDENÇÂO.

Na questão da formação de um de ACERVOS particulares e nos LEILÔES de ARTE firmou-se um publico fiel

A educação estética - de um novo público - procurou formas extra oficiais como  ESCOLINHAS de ARTE. Houve também o deslocamento para o interior em e eventuais agrupamentos como a “CASA VELHA: CONVÍVIO” de HAMBURGO VELHO desde 10 de abril de 1977.

Na capital o ESPAÇO N.O. esteve ativo de 1979 até 1982 sob a liderança de Vera CHAVES BARCELLOS

 

ROSA, Renato et   PRESSER, Décio .Dicionário das Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. (2ª ed r) Porto Alegre : UFRGS, 2000, 527 p. ISBN 85-7025-522-5

WEBSTER, Maria Helena et alii. Do passado ao presente.: as artes plásticas no Rio Grande do Sul . Porto

        Alegre : Cambona s/d. 83 p.

 

BRIQUE da REDENÇAO nas ARTES PLÁSTICAS

https://briquedaredencao.com.br/artes-plasticas/

 

CASA VELHA CONVÍVIO NOVO HAMBURGO

https://www.jornalnh.com.br/2017/07/entretenimento/2148391-exposicao-casa-velha-40-anos-recebe-novos-artistas-no-espaco-cultural-albano-hartz.html

 

ESPAÇO N.O. 1979-1982

https://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_N.O.

 

ESPHERA GALERIA de ARTE desde 1971

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento356753/esphera-galeria-de-arte-exposicao-inaugural-1971-porto-alegre-rs

 

DELPHOS GALERIA de ARTE desde 1974

https://www.delphusgaleria.com.br/

+

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/instituicao261696/esphera-galeria-de-arte-porto-alegre-rs

 

Formação da PINACOTECA APLUB desde 1975

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pinacoteca_APLUB#:~:text=Criada%20por%20iniciativa%20de%20Rolf,do%20Rio%20Grande%20do%20Sul.

 

GALERIA CAMBONA

https://enciclopedia.itaucultural.org.br/instituicao259931/cambona-centro-de-artes-porto-alegre-rs

GESTUAL

 http://www.gestual.com.br/

 

Imagem ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO- GRANDENSES expõe em BRASÍLIA in Revista MANCHETE n.966 de 24.10.1970 p. 148

FACE BOOK

https://www.facebook.com/photo?fbid=1015157432266742&set=gm.2708612936023560

Fig. 06 - No período, de 1882 e 1983,  Iberê CAMARGO transformou o seu ATELIER em LABORATÓRIO de IDEIAS e OBRAS  especialmente no episódio das “DIRETAS JÁ”. O ambiente era um convite para a interação, atualização da inteligência e culminavam em pesquisas individuas. O objetivo maior sempre foi o de enfrentar a formação de uma consciência coletiva mno qual faziam sentido estas obras.

 

O PERTENCIMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:

EXPRESSÕES de AUTONOMIA dos

ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÉCADA de 1980

 

 A DÉCADA de 1980 decorreu, no BRASIL,  no meio da lenta e sofrida retomada da vida DEMOCRÁTICA até atingir um certo grau de coerência para enfrentar uma nova ORDEM JURÍDICA. Esta  ORDEM culminou na CONSTITUIÇÃO de 1988. A BUSCA de uma NOVA ORDEM JURÍDICA iniciou nos anos de 1982-1983 pelo movimento social das “DIRETAS JÁ“. Esta BUSCA teve profundos engajamentos de ARTISTAS de diferentes TENDÊNCIAS e correntes ESTÉTICAS

A Constituição do Estado do Rio Grande do Sul foi promulgada no dia 03 de outubro de 1989 pela Assembleia Estadual Constituinte. Portanto ela completa 31 ano de vigência ativa, na data da publicação desta página. Esta constituição estadual foi um salutar reforço legal para as FORÇAS do campo da CULTURA e da ARTE e que compromete o governo do Estado com este campo simbólico.

Antes desta CONSTITUIÇÃO ESTADUAL surgiu, em 1983, a ASSOCIAÇÃO de AMIGOS do MUSEU de ARTE do RIO GRANDE do SUL (AAMARGS). A sua criação  é simultânea ao  Movimento das “DIRETAS JÁ”. Neste movimento somaram-se artistas visuais de relevo como Iberê CAMARGO que abriu o seu atelier dar suporte a esta “ABERTURA POLÍTICA”.

Nesta somatória de SENTIMENTOS, de INTELIGÊNCIA e das VONTADES, ganharam relevo e sentido antigas associações. Algumas chegaram, na década de 1980 ao final de sua proposta inicial para abraçar novas propostas mais coerentes com a ABERTURA POLÍTICA, Foi o caso ESPAÇO N.O. que continuou sob outras formas de PESQUISAR e de se ATUALIZAR

Surgiram outras, como o GRUPO VERTICE de vida intensa porém efêmera devido aos múltiplos outros projetos e espaços que brotavam em atelieres particulares ou em grupos solidários na prática das Artes Visuais.

Mais perene foi o movimento que constituiu  o MUSEU do TRABALHO iniciado em 1982 e que continua a sua proposta interagindo com diversas mantenedoras. Dotado de oficinas e de espaços expositivos convive com outras manifestações artísticas

No mesmo ano de 1982 o governo municipal desapropriou o antigo Solar LOPO da COSTA, o restaurou e lhe conferiu o nome de Museu José Joaquim FELIZARDO. Neste museu os fotógrafos ganharam um acervo de imagens de suas obras. O térreo é uma das poucas senzalas preservadas em Porto Alegre.

Entre 1987 e 1989 ocorreram as tratativas para constituir o PROGRAMA de PÓS GRADUAÇÂO em ARTES VISAUAS do Departamento de ARTES VISUAIS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS.

No final da década houve o movimento para apropriar a antiga Usina da CEEE e transformá-la em lugar cultural. Este movimento ganhou ênfase a partir de 1988. No que se conhece  como USINA do CAZÔMETRO as Artes Visuais ganharam vários espaços

 O antigo Hotel Majestic foi tombado em 1990 e transformado no Casa de CULTURA MÁRIO QUINTANA. Sob a responsabilidade estadual tornou-se sede de galerias, escolinha de Arte e MUSEU de ARTE CONTEMPORÂNEA (MAC) em 1992

O Regime Republicano, com o seu lema ORDEM e PROGRESSO, completava, no dia 15 de novembro de 1989, um século de vigência. Certamente este lema é inadequado para analisar as ARTES que se desenvolveram no Brasil durante este século. Em ARTES não houve PROGRESSO, porém um ACUMULADO de EXPERIMENTOS, PESQUIUSAS e FORMAÇÃO de AGRUPAMENTOS de civis com maior ou menor comprometimento do GOVERNO do REGIME REPUBLICANO. Esta FORMAÇÃO de AGRUPAMENTOS pode ser lida e interpretada como uma expressão de uma IDENTIDADE ao redor e a partir da ARTE. Indubitável que houve PESQUISA estética apesar da constante tentação de dar ouvidos e deixar-se seduzir pela simples e singela ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA. Esta ainda paga tributos ao magnetismo COLONIAL e ESCRAVAGISTA. Esta dependência da INTELIGÊNCIA tropeça na constante ACUMULAÇÃO de EXPERIMENTOS impulsionado pelas falências que não chegam a bom termo. A singela criação e multiplicação de museus não passa muito além de depósitos a espera da ação do tempo que deteriora e aniquila algo realizado sem identidade, sem segurança e plena coerência interna.

 Durante este PRIMEIRO SÉCULO do REGIME REPUBLICANO no BRASIL não houve um CENTRALISMO EXAGERADO como nos REGIME ANTERIORES colocando sob suspeita e controle qualquer agrupamento civil. Evidente que houve recaídas lamentáveis como o ESTADO NOVO que QUEIMOU e PROIBIU as BANDEIRAS dos ESTADOS ou o AUTORITARISMO MONOCRÁTICO MILITARISTA como de 1964 até 1979.

Certamente também não cabe o termo ORDEM. EXPRESSÕES pontuais de AUTONOMIA, de CRIATIVIDADE e de RENOVAÇÃO são termos mais convenientes. Na RENOVAÇÃO o ARTISTA VISUAL amiúda e aumenta o volume de sua produção simbólica. Na CRIATIVIDADE busca o seu próprio potencial e capacidade autoral de nome próprio. Na AUTONOMIA desfaz-se de amarras conceituais, sociais e passa a projetor o seu ENTE nos eu MODO de SER.

  Esta mentalidade produziu a um adensamento, ao longo do período de 1889 até 1989, perceptível  na produção de obras autorais e uma diástole pela qual a VITALDADE se difundiu por todo território nacional. No Rio Grande do Sul que acalentava este projeto desde 1835 ela ganhou intensidade e se cristalizou em realizações republicanas perceptíveis na MAIOR EXPOSIÇÃO e EVENTO que o CENTENÁRIO FARROUPILHA

Esta sequência termina neste ponto a espera de alguém que queira examinar as três décadas seguinte

DIRETAS, JÁ 1982-1983

https://www.todamateria.com.br/diretas-ja/

DIRETAS JÁ e IBERÊ CAMARGO

http://profciriosimon.blogspot.com/2016/10/188-iconografia-sul-rio-grandense.html

 

As ARTES VISUAIS INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE do SUL e a LEGISLAÇÃO.

http://profciriosimon.blogspot.com/2018/07/234-estudos-de-arte.html

ESPAÇO N.O. até 1982

https://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_N.O.

ORIGEM do PROGRAMA de ARTES VISUAIS do DEPARTAMENTO de ARTES VISUASI do INSTITUTO de ARTES da UGFRS

https://sabi.ufrgs.br/F/JS8ES3JLSMR3EV5KE73G8R4NP44I1G56AG565EH8RLPFAGSHBQ-07664?func=find-acc&acc_sequence=001446682

 

AAMARGS em 1983 ate o PRESENTE

http://profciriosimon.blogspot.com/2018/10/253-estudos-de-arte.html

 

INSTITUIÇÔES e GRUPAMENTOS de ARTISTA VVISUAI da

http://profciriosimon.blogspot.com/2018/09/248-estudos-de-arte.html

GRUPO VÉRTICE - Porto Alegre – RS -  1989-1990

Postagem nº 01  http://profciriosimon.blogspot.com.br/2012/08/isto-e-arte-039.html  04.08.2012

Postagem nº 02  http://profciriosimon.blogspot.com.br/2012/08/isto-e-arte-040.html  07.08.2012

Postagem nº 03  http://profciriosimon.blogspot.com.br/2012/08/isto-e-arte-041.html  09.08.2012

Postagem nº 04  http://profciriosimon.blogspot.com.br/2012/08/isto-e-arte-042.html. 10.08.2012

 

MUSEU do TRABALHO PORTO ALEGRE de 1982

https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_do_Trabalho

+ galeria

https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g303546-d2365614-i178421872-Museu_do_Trabalho-Porto_Alegre_State_of_Rio_Grande_do_Sul.html

ROCHELE COSTI no MUSEU do TRABALHO

https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/artes/noticia/2018/10/rochelle-costi-faz-resgate-da-porto-alegre-dos-anos-1980-em-mostra-no-museu-do-trabalho-cjnovm54r087q01pi1alt8cki.html

 

MISSÔES (COMO CONTRUIR CATEDRAIS) 1987 de CILDO MEIRELES

https://redesina.com.br/missao-missoes-como-construir-uma-catedral-obra-de-cildo-meireles/

+

https://www.youtube.com/watch?v=xLotZr4SpN4

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http://gravuracontemporanea.com.br/cildo-meireles-um-artista-alem-da-imaginacao/

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file:///C:/Users/Cirio/Downloads/4956-Texto%20do%20artigo-16599-1-10-20141226%20(1).pdf

 

USINA do GAZOMETRO a partir de 1988

https://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_do_Gas%C3%B4metro

 

MUSEU JOSE´JOAQUIM FELIZARDO 1982

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smc/default.php?reg=195&p_secao=86

 

FACE BOOK

https://www.facebook.com/photo?fbid=1015930078856144&set=gm.2709470505937803

 


https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/206715/001112638.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Fig. 07 – A obra “MISSÕES: COMO se CONTROI CATEDRAIS’ de Cildo MEIRELES integra um projeto raro no qual um grupo de artistas  do centro da Brasil deixa-se impregnar e produz obras com temática sul-rio-grandense. O grupo destes artistas visuais era formado Cildo MEIRELES, Carlos FELIZARDO Danlel SENISE, Ester GRINSPUN, Jacques BEDEL, Lívio ABRAMO, Luiz Rafael FRANÇA, Maurício BENTES, Maurício BAUMSTEIN e Vera CHAVES BARCELOS As suas obras foram expostas, em 1987,  na REITORIA da UFRGS. Obra de Cildo MEIRELES teve  repercussões internacionais e  foi adquirido por um colecionado da SUIÇA.

 

RECAPITULANDO:  1ª parte: décadas de 1890 até 1930 -

https://profciriosimon.blogspot.com/2020/10/estudos-de-arte-n-288.html


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DISSERTAÇÃO: A Prática Democrática

http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/1445

TESE: Origens do Instituto de Artes da UFRGS

http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/2632

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