sábado, 3 de outubro de 2020

ESTUDOS de ARTE nº 288


UM SÉCULO de ASSOCIAÇÕES dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES

- 1ª parte: décadas de 1890 até 1930 -

Fig. 01 A PROFISSIONALIZAÇÂO dos ARTISTAS VISUAIS acompanhou, de perto, as mostras e das exposições da INDÚSTRIA e do COMERCIO. Os SALÔES de ARTE - ao adquirirem uma autonomia em relação às mostras industriais e comerciais - eram realizados de dois em dois anos, daí o termo “BIENAIS de ARTE”.  Estas BIENAIS caíram sob a tutela do empresariado e que as realizam pelo mundo afora até os dias atuais.  A EXPOSIÇAO BRASILEIRA-ALEMÂ foi realizada no Rio Grade do Sul, em 1881, ainda no Império, Ela gerou motivações, um modelo e um desafio crescente, observável na exposição de 1901 e em especial da EXPOSIÇÂO do CENTENÀRIO FARROUPILHA. Os artistas visuais tinham espaços específicos, compareciam, expunham, interagiam, eram premiados e vendiam as suas obras nestas grandes mostras.

Os DESAFIOS da PROFISSIONALIZAÇÃO de ARTISTAS VISUAIS no RIO GRANDE do SUL 

As FORMAS de ASSOCIAÇÃO e de PROFISSIONALIZAÇÃO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES são desconexas, obscuras e pouco documentadas, pesquisadas e divulgadas.

Diante do acúmulo documental, deste tema em outros centros culturais, o período de um século destes registros locais é curto, mas desconhecido da maioria. Os documentos destes outros centros culturais pouco ajudam no Rio Grande do Sul no tempo presente, pois são de outra sociedade, circunstâncias e lugar.

No espaço simbólico das ARTES antes de terem condições de autonomia é necessário considerar sede fato as necessidades básicas humanas foram supridas do RIO GRANDE DO SUL No contraditório as MISSÔES JESUÍTICAS demonstraram que as NECESSIDADES BÁSICAS HUMANAS podem andar lado a lado com o simbólico da ARTE.

Também é necessário considerar que qualquer veleidade estética no BRASIL COLÔNIA era patrulhada e tolhida pela raiz. Eram tolerados tão somente  festejos alienantes e ´potencialmente NÂO  questionadores do PODER POLÌTICO do COLONIZADOR. Neste patrulhamento os materiais de arte eram artigos de luxo e com impostos proibitivos o que desanimava qualquer potencial artista. Além disto qualquer retrato individual, nome de artista ou algo considerado luxo residencial, eram tolhidos por administradores lusitanos natos. O nativo do Brasil não podia ir além de soldado raso no exército.

Na ANTÍTISE, desta TESE, impõe reconhecer os atos, escolhas e as realizações dos pioneiros - a praticar o ASSOCIATIVISMO, a PERTENCIMENTO e o  NOME INDIVIDUAL nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL - demoraram e foram muito difíceis de iniciar e de manter vivo por tempo indeterminado.

A maioria destes pioneiros foi obscurecida pelo enorme desafio de se oporem a estes atos coloniais, os parcos resultados e absoluta falta de um público capaz de ver um pouco além deste brete estético colonial.

Imagem Revista HORIZONTE -  Porto Alegre - Outubro – novembro  de 1952  nº 9  capa Vasco Prado

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Fig. 02 As FORMAS de atingir o público, atrair observadores e comparadores de suas obras começaram a se tornar mais comuns para os ARTISTAS VISUAIS. Estas FORMAS acompanharam, de perto, as mostras e as exposições da INDÚSTRIA e do COMERCIO.  No Rio Grade do Sul, no plano mundial, estas formas estiveram num caminho próximo. A “VERNUISSAGEM” de Francis PELICHECK evidencia uma forma de fazer conhecida, observada e adquirida pelos pioneiros dos colecionadores e obras de artes visuais do Rio Grande do Sul. Sempre é bom DIFERENCIAR que os produtos da INDUSTRIA e do COMERCIO são destinados ao CONSUMO e para a OBSOLESCÇENCIA. .Enquanto as OBRAS de ARTE são para a PERMANÊNCIA e a VALORIZAÇÂO na MEDIDA da PASSAGEM do TEMPO.

 

A NATUREZA do PERTENCIMENTO dos 

ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES

 

O ARTISTA VISUAL ocidental proclamou a sua autonomia e isolou-se no seu próprio ATELIER. O seu pertencimento a UM GRUPO é diferente do MÚSICO com a sua orquestrar ou o ATOR com a sua trupe.

Numa visão de longa duração este ARTISTA VISUAL passou, na Idade Média, pelas GUILDAS que possuíam identidade própria, protocolos e hierarquias ao paradigma das ordens religiosas e da atual maçonaria.

No Renascimento italiano o pertencimento, deste mesmo ARTISTA VISUAL passou a referendar-se, nas ACADEMIAS de ARTES PLÁSTICAS dos mais variados matizes.

Com a ERA INDUSTRIAL o PERTENCIMENTO, dos ARTISTAS VISUAIS, desembocou nas universidades na medida que estes artistas procuravam produzir suas obras como resultado de projetos mentais. A IDENTIDADE do ARTISTA VISUAL passou, nesta mesma ERA INDUSTRIAL,  a ser regida pela MARCA singular e única expressa pelo NOME próprio separado. Na sua AUTONMIA POÉTICA e muitas vezes de FAVELA, ele começou a praticar as ARTES NOBRES sem utilidade imediata e em hierarquia. O SISTEMA INDUSTRIAL reagiu - a esta SOBERANIA INDIDUAL -  trouxe o ARTISTA VISUAL de retorno ao pertencimento ao MERCADO de ARTE compulsório, seduziu-o com TÌTULO de GÊNIO, HIRARQUZOU a categoria separada em PRÊMIOS nos SALÕES de ARTE   e o transformou as  ARTES NOBRES em valiosos produtos simbólicos .

No Rio Grande do Sul estas fases - de uma visão de longa duração - são muito confusas muito difíceis da aplicar e serem recebidas. Estas etapas gerais não foram superadas e continuam a funcionar numa espécie de MUSEU VIVO.  A ERA AGRICOLA PASTORIL é vigente até os duas atuais e DETERMINANTE da MENTALIDADE de produtores e apreciadores das ARTES VISUAIS.  A tateante ERA INDUSTRIAL virou sucata antes de esgotar o seu tempo. A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL empréstimo cujos protocolos das franquias foram impostas de FORA para DENTRO e de CIMA para BAIXO;

No contraditório a vigência simultânea delas, no RIO GRANDE do SUL, permite encontrar formas de pertencimento em plena vigência e de todas estas etapas. Nos CTG’S está nitidamente viva e cultivada a sua memória e os seus mitos AGRÍCOLAS PASTORIS. A ERA INDUSTRIAL congrega praticantes ativos de consagração fundados no SISTEMA das ARTES TAYLORISTAS. Os fugazes momentos de PERTENCIMENTO e de IDENTIDADE característicos da ÉPOCA PÓS INDUSTRIAL materializam-se pontualmente nas BIENAIS de ARTES VISUAIS sustentadas por atualizações da inteligência e com obras entregues imediatamente para a obsolescência programada.

 

AUTONOMIA do ARTISTA e o seu PERTENCIMENTO.

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2013/05/004-expressoes-de-autonomia-na-arte.html

 

Imagem: José de  FRANCESCO (1889-1967) -  Ciranda -  1956 - ACERVO do MARGS

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Fig. 03 O REGIME REPUBLICANO providenciou uma legislação flexível e suficientemente criativa para os ARTISTAS VISUAIS estivessem no pleno gozo de sua liberdade criadora, profissional e social Este REGIME REPUBLICANO abriu espaço, no Rio Grade do Sul, para constituição de sociedades e associações. Estas elaboravam os seus próprios estatutos e os depositavam em CARTÓRIOS de REGISTROS tornando-os legais, públicos, transparentes e eficientes para os fins que se propunham.

 

FORMAS PRIMORDIAIS de PERTENCIMENTO, de SOCIALIZAÇÂO e de PROFISSIONALIZAÇÂO dos  ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES

 

Os GRÊMIOS REPUBLICANOS, atingirem o seu ÊXITO e TRIUNFIO na IMPLANTAÇÃO de seu REGIME no RIO GRANDE do SUL.  Trataram logo de criar instrumentos legais e jurídicos para que a sociedade civil pudesse organizar-se e pleitear um lugar de cidadania. Esta cidadania republicana foi contemplada pelo art. 72, ;§ 3º da CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA de  1891, Este artigo foi  regulamentado por meio da Lei nº 173 de 10 de setembro de 1893. O caput desta LEI previa  a “REGULAMENTAÇÃO , ORGANIZAÇÃO , ASSOCIAÇÕES , DENOMINAÇÃO , OBJETIVO , MORAL , RELIGIÃO , ATIVIDADE CIENTIFICA , ATIVIDADE ARTISTICA , ATIVIDADE CULTURAL , PESSOA JURIDICA , SOCIEDADE ANONIMA

No RIO GRANDE do SUL esta sintética, mas abrangente, Lei federal de nº 173  forneceu as bases jurídicas  para a criação dos CURSOS SUPERIORES, Para organizar o seu PODER ORIGINÀRIO, também nas ARTES a ex província - agora ESTADO - já possuía e era competente com uma Constituição própria, aprovada e promulgada no dia 14 de julho de 1891, com  LEGISLATIVO, EXECUTIVO  e JUDICIÀÁRIO. Na época da CAPIUTANIA e DEPOUIS PROVÌNCIA esta iniciativa necessitava o beneplácito do TRONO REAL ou IMPERIAL

A Lei nº 173 de 10 de setembro de 1893 foi o suporte a base legal para criação da COMISSÃO CENTRAL do INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL, no dia 22 de abril de 1908. A Lei federal nº 173 de 10. 09. 1893 REGULAMTAVA, ORGANIZAVA, DENOMINAVA as ASSOCIAÇOES das ATIVIDADES ARTÍSTICAS. Esta mesma lei constitui a extensão para todo território do ESTADO para a criação de 64 COMISSÕES REGINAIS com mesma finalidade e suportes da COMISSÂO CENTRAL

Na década de 1890 foram plantadas as sementes e os suportes civis das ATIVIDADES ARTÌSTICAS SUL-RIO- GRANDENES. No aspecto prático OLINTO de OLIVEIRA conseguiu um lugar público para que os artistas individuas e com nome próprio pudessem expor as suas obras  A origem da Galeria na Loja “AO PREÇO FIXO PORTO ALEGRE” foi  relatada por Damasceno (1971,  p. 448)

“Em 1893, por sugestão e empenho seu. Inaugura-se nas Ruas dos Andradas, em amplo compartimento envidraçado do bazar O Preço Fixo, de propriedade de Pedro Porto, a primeira Galeria de Artes Plásticas de Porto Alegre, destinada a expor peças s de pintura e escultura de autores famosos”

No aspecto conceitual e de comunicação pública das ARTES VISUAIS o CRONISTA de ARTE,  do Correio do Povo,  OLINTO de OLIVEIRA exercia uma critica da alto nível. Com assinatura de Maurício Bœhm, podem ser citados os textos ‘Romualdo Prati’ (12.07.1896) ‘Litran’ (20.11.1896), ‘Libindo Ferrás’(13.02.1897, ‘Bellas Artes – Pedro Weingärtner’ (Domingo 03.07.1898) e ‘Pedro Weingärtner’ (11.12.1898).  O pensamento e as crônicas de Olímpio Olinto de Oliveira estão sendo resgatados  e sistematizados pela pesquisadora Cláudia Maria Gonçalves, do programa de pós-graduação de Música do Instituto de Artes da UFRGS sob a orientação da Profª Drª Maria Elizabeth Lucas. Para Maurício Bœhm ver Damasceno (1971, p.239).

No aspecto INSTITUCIONAL OLINTO de OLIVEIRA lançou, em 1897 ou INSTITUTO de ARTES que foi continuado, até 1967 pelo CLUBE HAIDN. No entanto foi a semente para o INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL com o beneplácito e ajuda do governo Carlos Barbosa e efetivado em 22 de abril de 1908

Estas FORMAS EMBRIONÁRIAS e PRIMÓRDIAIS de PERTENCIMENTO, SOCIALIZAÇÂO e PROFISSIONALIZAÇLÂO dos ARTISTAS VISUAIS, do século XIX, irão num crescendo de afirmação e de permanência ao longo do século XX no Rio Grande do Sul Numa visão panorâmica é necessário acompanhar, também, as 64 COMISSÕES REGIONAIS de 1908 que criaram o INSTITUTO de BELAS ARTE, Em cada um desta comunidades vislumbram-se  referências para numerosos artistas visuais espalhados pelo território do Rio Grande do Sul.

 

DAMASCENO. Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre: Globo, 1971, 520 p 

SIMON, Cirio  - Origens do Instituto de Artes da UFRGS: etapas entre 1908-1962 e contribuições nas constituição de expressões de autonomia dos sistema de artes visuais no Rio Grande do Sul Porto Alegre : Orientação KERN, Maria Lúcia Bastos .PUC - RS, 2003—570 p..

Disponível digitalmente:

https://lume.ufrgs.br/handle/10183/2632 

AUTONOMIA do ARTISTA e o seu PERTENCIMENTO.

BLOC ISTO é ARTE -  POSTAGEM nº 066

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2013/05/004-expressoes-de-autonomia-na-arte.html

Lei nº 173 de 10 de setembro de 1893

https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1824-1899/lei-173-10-setembro-1893-540973-norma-pl.html

 

O PENSAMENTO de  OLYMPIO OLINTO de OLIVEIRA

nas ARTES do RIO GRANDE do SUL. 0-207 – ESTUDOS de ARTE

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2017/06/0-207-estudos-de-arte.htm

Imagem “AO PREÇO FIXO”

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ao_Pre%C3%A7o_Fixo

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https://www.flickr.com/photos/fotosantigasrs/11014513845

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Capa do Catálogo da EXPOSIÇÃO de 1901em PORTO ALEGRE

Fig. 04  A iniciativa da INDÚSTRIA e do COMERCIO deram oportunidade e espaço para o COMPARECIMENTO, EXPOSIÇÂO e PROFISSIONALIZAÇÂO dos ARTISTAS VISUAIS do RIO GRANDE do SUL na sombra da JOVEM REPÚBLICA.  Estes artistas visuais, ao receber espaços específicos, compareciam, expuseram, interagiam, foram premiados e venderam  somando-se aos demais pavilhões da indústria e comércio

ARTISTAS VISUAIS SU L-RIO-GRANDENSES:

na SOMBRA da JOVEM REPÚBLICA BRASILEIRA  na DÈCADA de 1900

Na  PRIMEIRA DÉCADA do SÉCULO XX os ARTISTAS VISUAIS continuaram sob o SIGNO e SOMBRA da JOVEM REPUBLICA BRASILEIRA

 Eles COLHIAM os frutos daquilo que haviam plantado desde a proclamação e da instalação do REGIME REPUBLICANO na  ÚLTIMA DÉCADA do SÉCULO XIX. A data do 15 de novembro sempre foi a afirmação, referência e feriado para eventos do REGIME REPUBLICANO. Como pano de fundo, este  REGIME REPUBLICANO, estava na memória, nos gestos e realizações do Rio Grande do Sul desde o 20 de setembro de 1835. Na primeira década do século XX eram regidos pela Constituição do 14 de julho de 1891

A memorável EXPOSIÇÃO COMERCIAL e INDUSTRIAL - realizada em Porto Alegre, entre os dias 21 de fevereiro até 02 de julho de  1901 - abriu, com chave de ouro, o novo século no Rio Grande do Sul. As ARTES VISUAIS estiveram presentes com  o pavilhão das Belas Artes onde estavam expostos trabalhos de Ângelo FAEL, Francisco MARIA, Virgilio CALEGARI, Otto SCHÖNWALD, Augusto AMARETTI, Jacinto FERREIRA, Romoaldo PRATTI, Pedro WEINGÄRTNER entre outros  destina a comemorar a CARTA MAGNA da REPUBLICA promulgada no dia 24 de fevereiro de 1891. Esta SALÃO de ARTES VISUAS ficou famosos pelo julgamento do pediatra OLINTO de OLIVEIRA que achou que PEDRO WEINGÄRTNER já era um “ADULTO” na sua ARTE e que as “CEINÇAS” iniciantes e pouco conhecidas, deveriam se estimuladas e levar as MEDALHAS (Damasceno 1971, pp.429—444)

Nas Letras começou a funcionar, no dia 01 de dezembro de 1901 a ACADEMIA SUL-RIOGRANDENES de LETRAS nos moldes da ACADEMIA BRASILEIRA de LETRAS, também do período republicano

A fulgurante exposição de ARTES VISUAIS,  promovida pela GAZETA do Arthur Pinto da ROCHA reuniu entre 1º a 24 de março de 1903 . (Damasceno 1971, pp.453-—490)

Os ânimos dos ARTISTAS VISUAIS  ganharam um apoio oficial ao longo do governo estadual de 1908 até 1913. Um dos primeiros passos deste governo foi entrar na política das ARTES. CARLOS BARBOSA concretizou este ingresso do ESTADO  no campo das ARTES por meio de uma INSTITIÇÃO fortemente apoiado pelo PODE EXECUTIVO e LEGISLATIVO estadual. Valeu-se da experiência, tirocínio e anuência do médico pediatra OLYMPIO OLINTO de OLIVEIRA Sob a sua dinâmica iniciativa ele nomeou, constitui e recebeu o apoio 64 COMISSÔES REGIONAIS espalhadas em todo o território do RIO GRANDE do SUL, Na COMISSÃO CENTRA da CAPITAL  Convidou e recebeu anuência das mais diferentes profissões superiores para constituir um PROJETO POR TEMPO INDETERMINADO. Estes líderes reuniram-se no dia 22 de  abril de 1908 para cimentar as bases do INSTITUTO LIVRE da BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL. Esta instituição ganhou o mundo prático com o CONSERVATÒRIO de MUSICA instalado  JULHO de 1909 e a ESCOLA de ARTES no dia 10 de fevereiro de 1910

Na primeira década do século XX  URBANISMO de PORTO ALGRE ganhou nova feição para se constituir na “SALA de VISITAS do RIO GRANDE do SUL” na expressão de Margarete BAKOS, A ARQUITETURA renovou-se com o início das obras do novo PALACIO do GOVERNO condigno com a “SOBERANIA do ESTADO do RIO GRANDE do SUL confirme o decreto nº 01 da REPÚBLICA do dia 15 de novembro de 1889. A ESCULTURA viu-se prestigiada e atualizadas pela encomenda do MONUMENTO a JÙLIO de CASTILHOS, colocada na ACRÓPOLE da capital num praça redesenhada e sob a nova  titularidade do MARECHAL DEODORO.

 

DAMASCENO. Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre: Globo, 1971, 520 p

 

Álbum da EXPOSIÇÂO ACRICILA MERCANTIL  de 1901

 

ALEGRE de 1901

https://pt.wikipedia.org/wiki/Exposi%C3%A7%C3%A3o_Agropecu%C3%A1ria_e_Industrial_do_Rio_Grande_do_Sul_de_1901

 

ACADEMIA SUL-RIOGRANDENES de LETRAS

https://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_Rio-Grandense_de_Letras

DIPLOMA da EXPOSIÇÂO AGRÍCOLA INDUSTRIAL de PORTA ALEGRE 1901

https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/39937 

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Fig. 05  A FORMAÇAO de um CORPO de AGENTES ESPECIALIZADOS de ARTISTAS VISUAIS passa pela existência de INSTITUIÇÕES PERMANENTES e por TEMPO INDETERTIMINADO. A ESCOLA de ARTES do INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL, apesar de sua FRAGILIDADE, das suas flagrantes deficiências e desvios -  oferecia um espaço público específico e alguns docentes para garantir o processo. Em compensação trouxe para o seu meio ARTISTAS VISUAIS de RENOME, que ela não podia remunerar, mas que não se negavam a socializar, neste ambiente, as suas experiências. Permitiam luzes para esta nova geração conhecer e avaliar, a partir de sua própria experiência, o que este corpo externo  poderia contribuir para ampliar e consolidar, no Rio Grade do Sul, os artistas visuais interagir, socializar, expor,  ter espaços específicos e formas de se sustentarem com a sua profissão e que os visitantes já exerciam

A FORMAÇÂO de um CORPO PERMANENTE de 

ARTISTAS VISUAIS na DÉCADA de 1910

A SEGUNDA DÉCADA do SÉCULO XX assistiu a FORMAÇÂO, em PORTO ALEGRE de um CORPO PERMANENTE de ARTISTAS VISUAIS e um LUGAR PÙBLICO de encontros físicos, de referências e de trabalho coletivo

A efetiva criação da ESCOLA de ARTES, no dia 10 de fevereiro de 1910, que ainda continua em plena atividade e expansão um século depois no DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS. Dotado de um corpo diretivo e docente ganhava, em 1915, um espaço exclusivo e equipado para as práticas das ARTES VISUAIS.

Por minúsculas e frágeis que fossem estas duas iniciativas acopladas era uma semente com potencial de se REPRODUZIR e RESISTIR por “TEMPO INDETERMINADO” Isto era possível por meio de um projeto, por meio de contratos impessoais e por normas aceitas e praticadas.

 Na sua retaguarda estava o projeto e sombra da jovem república brasileira cujo ÊXITO e TRIUNFO era sensível na IMPLANTAÇÃO deste REGIME no RIO GRANDE do SUL.  Projeto entregue a personagens identificado pelo “GOSTO pela ARTE” contornava as armadilhas da burocracia, do personalismo e do patrimonialismo reducionistas

Para se ter uma ideia do que era possível, entre 1910 e 1920 no Rio Grande do Sul, vale o  RELATÓRIO de Olympio OLINTO de OLIVEIRA do ano de 1912 onde ele escreveu em relação na ESCOLA de ARTE que

 No anno corrente os cursos abriram-se a 15 de março, com 11 alumnos matriculados, sendo 5 do 1° anno, 2 do anno e 4 do 3° anno.

Continúa como professor dos três annos o Sr. Libindo Ferrás, que com o augmento das horas de trabalho necessaias para attender a todos os cursos, passou a perceber 250$000 de honorarios.

Este competente professor tem se mostrado incansavel na direcção do departamento que lhe foi confiado, tanto mais quanto, não estando o Instituto em condições de contractar outros artistas, em vista de numero reduzido de alumnos que procuram esta escola, todo o trabalho de ensino technico propriamente recáe sobre elle.  No fim do anno passado apresentou o professor Libindo uma modificação do seu programma, baseada na experiencia adquirida, e nas condições especiaes do nosso meio. O novo programma já começou a ser observado este anno.

Por proposta do mesmo professor, encommendei para a Europa, em 1910, as seguintes obras de gesso para servirem de modelo nas aulas:

Venus de Milo (Louvre) – estatua inteira

Apollo de Belvedere (Vaticano) – estatua inteira

Niobe (Florença) – busto

Ájax (Roma) – busto

Venus (Acropole) – cabeça

Cabeça de rapaz (Tarento) – cabeça

Duas mãos e dous pés.

As duas estatuas, copias do tamanho dos respectivos originaes, são magnificos modelos de esculptura, perfeitamente reproduzidos, e que impressionam a quantos tem occasião de contemplal-os.  Os bustos e cabeça são egualmente boas reproducções de arte antiga. Andou toda a despeza com esta encommenda, inclusive despachos e armazenagem, em 1:333$850.

De accordo ainda com o mesmo professor e com o intuito de iniciar a formação da galeria de pintura desta Escola, autorisei-o no começo deste anno, por occasião da exposição do pintor brazileiro  A. Parreiras, a adquirir uma das telas do mesmo. Foi escolhido o quadro intitulado Christo, cedido pelo autor pela quantia de 700$000 rs. Na mesa occasião também foi adquirido um primoroso quadro do pintor hespanhol Barbazan, Crepúsculo, pela somma de 900$000 rs. Auxiliou-nos gentilmente na escolha destas telas o Sr. Carlos Torelly, distincto artista patricio aqui residente.  Seria de grande vantagem para a difusão do gosto pela verdadeira arte, e para a educação artistica do publico, que o Instituto continuasse, na medida de suas forças, a formar as suas galerias de pintura e de esculptura, adquirindo boas copias de gesso, copias de obras typicas da arte classica de pintura, e telas originaes modernas, entre as quaes algumas das de P. Weingärtner, A. Freitas (rio-grandenses) e outros artistas nacionaes.

Na mesma ordem de idéas cogito já há tempos de levar a effeito uma exposição de pintura exclusivamente com elementos já existentes no Rio Grande. Penso que poderia reunir uns 60 quadros de mestre, entre os quaes alguns de não pequeno valor.

Nesta instituição desfilaram, ao longo da segunda década do século XX, os diversos artistas já consagrados para constituírem bancas externas dos estudantes ali matriculados. Além disto,  ao longo da I GUERRA MUNDIAL, uma série de artistas da capital federal vieram ao Rio Grande do Sul. O seu ponto de encontra era na ESCOALA de ARTES do IBA-RS

A par disto acontecem alguns ensaios de congraçamento entre ARTISTAS VISUAIS e o seu PÚBLICO. É possível entrever o círculo de amizades de Pedro Weingärtner  no registro de Doberstein  (1999, fl. 91) “em novembro de 1913, no salão nobre do Correio do Povo formou-se o Centro Artístico, uma associação que tinha por finalidade ‘desenvolver o gosto pelas artes ’em nosso meio. Estavam presentes na reunião de formação os senhores Victor Silva, Benjamin Flores, Emílio Kemp, Mansueto Bernardi, Leonardo Truda, Raul Totta, Pedro Weingärtner, Dr. Fábio Barros, Irineu Trajano Lima, Lauro de Oliveira e Dr. Mario Totta”. Esse Centro de Artes promoveu uma exposição de Weingärtner, que vendeu quinze das trinta e três obras oferecidas, segundo as pesquisas de Doberstein. É de supor que aqueles que adquiriram essas obras pertenciam a esse Centro. Mansueto Bernardi, Leonardo Truda, Fábio de Barros e Mário Totta eram na época, ou serão depois, membros ativos da CC-ILBA-RS

Fora destes círculos as formas de PERTENCIMENTO e SOCIALIZAÇÃO davam-se, ao longo da segunda década do século XX, via TRABALHO COLETIVO em prédios públicos e particulares, em oficinas de escultura,  de pintura, de serralheria e de estetização de ambientes externos e internos de prédios. Disto são  testemunha as pesquisa de Arnoldo W DOBERSTEI e diversas monografias e livros

DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Porto Alegre 1900-1920: estatuária e ideologia.

        Porto Alegre : Secretaria Municipal de Cultura, 1992, 102 p. il.

____________.  Porto Alegre(1898-1920): estatuária fachadista e

        monumental, ideologia e sociedade. Porto Alegre : PUC-IFCH, 1988, Dissert 208 f..

_____________. Rio Grande do Sul (1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre : PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999, Tese 377 f. 

MESSELE-WIESER, Sandra  BRASIL: FERDINAND SCHATTER: o pintor de Lindau no Rio Grande do Sul Würtburg: Mediabarung 2013, 152 p. ISBN 978-3-88-394-5

http://www.thalia.de/shop/home/artikeldetails/brasilien_brasil/sandra_messele_wiese/ISBN3-88778-394-8/ID37137081.html

OLINTO de OLIVEIRIA, Olympio (1866-1956) Relatórios de 1909-1912 do INSTITIUTO de BELAS ARTES do Rio Grande do Sul. Porto Alegre; Oficinas Gráficas da Livraria do Globo- 1912

KARL FERDINAND SCHLATTER (1870-1949). ISTO é ARTE nº  88 –

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2014/06/88-isto-e-arte.html 

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Fig. 06  A motivação coletiva de uma BAILE do CARNAVAL em Porto Alegre, no inicio do ano de 1925 ,deflagrou um centelha de uma identidade entre os ARTISTAS VISUAIS envolvidos. Baile preparado e realizado no Theatro “REPÚBLICA” e sob o pretexto da “PHILOSOFPHIA” era monitorado pelo “GRUPO dos 13” que se reunia o BAR BINTER e de lá para os SALÔES NOBRES da PREFEITURA de PORTO ALEGRE para o SALÂO de OUTONO de 1925.  Este movimento não foi suficiente para gerara uma ASSOCIAÇÂO por TEMPO INDETERMINADO, não teve forças para realizar o II SALÂO de OUTONO e nem os BAILES de CARNAVAL da “PHILOSOPHIA”. No entanto e experimento focou na memória da cidade, nos registros fotográficos e impressos e um desafio para as novas gerações dos artistas visuais interagir, comparecer, expor em  espaços específicos e buscar formas, de se profissionalizar e viver de sua arte. 

Ensaio de AUTONOMIA dos ARTISTAS VISUAIS  e MOMENTOS de CONGRAÇAMENTO na DÉCADA de 1920

 A TERCEIRA DÉCADA do SÉCULO XX assistiu a vários  MOMENTOS  de ensaios e expressões  de AUTONOMIA e de CONGRASSAMENTO dos ARTISTAS VISUAIS  no Rio Grande do Sul

 Um dos eventos mais marcantes foi o SALÃO de OUTONO de 1925 de Porto Alegre. Este evento resultou de uma intensa movimentação coletiva dos ARTISTAS VISUAIS que PRODUZIAM individualmente nos seus ateliers e residências, sem que se conhecessem os resultados e as obras destas pesquisas solitárias.

A emoção desta descoberta permaneceu com Fernando Corona um dos mais ativos participantes deste movimento coletivo e ele registrou no seu diário (1925, fls.227-228) que 

numa tarde memorável do mês de maio de 1925 era inaugurado o “Salão de Outono” com mais de trezentos trabalhos de pintura, desenho, escultura e arte decorativa. –Havia no Rio Grande do Sul mais artistas do que imaginávamos e foi para todos nós uma surpresa agradável.

Era a primeira vez que havia em Porto Alegre um movimento coletivo dessa natureza. A nossa Escola de Artes era bastante precária com apenas dois ou três professores a lecionar. O ambiente não era favorável e o único pintor com algum sucesso era Libindo Ferraz, apenas paisagista. Augusto Luiz de Freitas tinha vindo de Roma trazer para o Palácio do Governo dois ou três quadros históricos, ou por essa época ele levaria a encomenda, não tenho certeza. Afonso Silva era apenas paisagista fazendo exposições individuais como Libindo e nada mais. Em escultura havia muito menos. A não ser uma exposição de Pinto do Couto, interessado no monumento ao Senador Pinheiro Machado e a vinda de Eduardo de Sá para fazer o monumento ao Barão de Santo Ângelo, nada mais havia. A primeira exposição de escultura realizada em Porto Alegre foi a de Jesus Maria Corona, meu pai, com bustos de Silveira Martins, Pinheiro Machado, General Bento Gonçalves, Cav. Virgilio Calegari relevos de Mario Cinco Paus e do Cônsul italiano Venerini.

Se o Salão de Autores não primou pela qualidade em pintura e escultura devido à grande mistura entre profissionais e amadores, sua realização marcou um momento histórico nas Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. Despertou sem duvida talento adormecidos num meio um tanto refratário ou quem sabe lá inocente em conhecimentos de artes visuais.

Os bastidores da formação deste coletivo de ARTISTAS VISUAIS em Porto Alegre foi registrado de forma bem pessoal por Fernando Corona no seu Diário no ano anterior (1924, fls 224-225) onde consta: 

eu havia modelado a cabeça de João Sant’ana e a máscara “Fauno Brasileiro” que era o retrato de Helios Seelinger. Fiz uma porção de desenho pensando expô-los no próximo Salão de Outono. Este salão de arte foi crescendo nas tertúlias do Bar Binter. Nosso entusiasmo era bom e eficaz.  Cada um dava uma opinião até chegarmos a conclusões positivas. O salão não distribuiria prêmios e não haveria seleção de valores. Podiam participar inclusive amadores. Como era a primeira iniciativa em nosso meio, achamos mais conveniente saber quantos éramos profissionais e quantos amadores. Escolhemos o jornalista Alfredo Guimarães para fazer a cobertura do salão, pedindo a ele que não fosse exigente com os aficionados. Quanto aos profissionais podia escrever o que bem entendesse, sem ferir susceptibilidade. Durante meses trabalhamos na confecção de cartazes e ampla publicidade nos jornais. Como em Porto Alegre não havia um salão no centro da cidade, conseguimos a Sala de Honor da Prefeitura Municipal. Tudo foi programado com antecedência pois era uma experiência inédita em o nosso meio.

    Em tempo eu modelei em barro a capa do catalogo. Tratava-se de um pórtico barroco, rico, com figuras simbólicas. Assim, a capa seria uma reminiscência  da arte brasileira tradicional sem que tivesse outro objetivo a não ser a fotografia e o cliché fotogravado”.

O Salão de Outono de 1925 foi fruto de uma associação efêmera, que nasceu dos preparativos do baile de  carnaval da Sociedade de Filosofia (Scarinci, 1982: 35) e que se tentou institucionalizar (Revista Máscara, ano VII, no 7, jun 1925). Nesta associação estavam vários membros do ILBA-RS como Fábio Barros e Manuel André da Rocha, além de professores da época do Instituto, como Pelichek, ou futuros, como Fernando Corona.

Este grupo tentou institucionalizar-se numa associação. No entanto ainda não era hora para grupos autônomos constituir-se por TEMPO INDETERMINADO.

A década de 1920, em Porto Alegre, deu lugar para vivos protestos contra o REGIME REPUBLICANO. Este TRANFORMOU-SE rapidamente na VELHA REPUBLICA macaqueando  o REGIME MONÁRQUICO. Retornaram privilégios e títulos transfigurados nominalmente que na essência continuou o triste cortejo DECAIDO.

Esta insatisfação, com esta corrupção, foi expressa, em 1926, pelos articulistas da revista Madrugada[1] que escreveram:

 “a mudança do regime monárquico foi apenas, entre nós, uma substituição de accento grave por agudo, na personagem governativa, o que vale dizer uma pura questão gramatical.....passamos do governo dos reis ao império dos reis, entidades perfeitamente concretas, bem soantes, amadas e poderosas....Sucedendo à aristocracia complicada dos brasões com Coroa, os aristocratas do dinheiro formam um núcleo de cabeças ocas e barrigas fartas enchendo as ruas das mesmíssimas carruagens doiradas e vistosas nas quais os condes de antanho descansavam a indiscutível nobreza dos seus assentos’”.

  Esta frustração - com as peregrinas virtudes prometidas  pela JOVEM REPÚBLICA - levou estes atores  a buscar argumentos e ações opostas a esta corrupção. No entanto nenhum destes articulistas, da REVISTA MADRUGADA, chegou ao NÚCLEO deste sistema CENTRAL BRASILEIRO. No seu lugar surgiram outros grupos, mais treinados e vividos, que efetivaram a conquista do PODER CENTRAL do BRASIL. A parte visível e sonora deste movimento foi a REVOLUÇÃO de 1930 e a contra REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA de 1932.

Os artistas visuais perceberam, no meio destas lutas pelo PODER POLÌÍTICO, novos espaços para se comunicarem, organizarem e constituir outras formas de PERTENCIMENTO e CONGRASSAMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES ensaio de e MOMENTOS de.

 A década seguinte, a de 1930, foi muito rica nestes ensaios de AUTONOMIA dos ARTISTAS VISUAIS apesar do severo controle do ESTADO NACIONAL e o seu INTERVECIONISMO nas SOBERANIAS dos ESTADS FEDERADOS. Contudo neste mesmo argumento do CENTRALISMO e ARBÍTRIO do ESTADO NACIONAL valeu sempre a essência do Decreto 170 de 10 de setembro de 1893.

As ASSOCIAÇÕES de ARTISTAS VISUAIS  ganharam impulso, na quarta década do século XX, apesar das ecléticas e frouxas visões estéticas do ESTADO NACIONAL. Movido pelos ARGUMENTOS POPULISTAS em voga no BRASIL como em todo mundo, estruturou na sua feição aa VIDA SINDICAL NACIONAL Esta janela legal foi aproveitada pelos ARTISTAS VISUAIS se articularem ao seu modo.

Revista Madrugada Porto Alegre, ano 1, nº 5. Dia 04 de Dezembro 1926 (sem paginação).

 

Revista MÁSCARA. Porto Alegre,  Ano 7, Nº 7, jun. 1925 – Salão de Outono

 

SCARINCI, Carlos. A gravura no Rio Grande do Sul (1900-1982). Porto Alegre  : Mercado Aberto, 1982, 224 p. il. Color

 

AUTONOMIA do ARTISTA e o seu PERTENCIMETO.

BLOG ISTO é ARTE POSTAGEM nº 066

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2013/05/004-expressoes-de-autonomia-na-arte.html

 

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[1]  Revista Madrugada Porto Alegre, ano 1, nº 5. Dia 04 de Dezembro 1926 (sem paginação).

Fig. 07  A imagem busca uma síntese provisória das questões que precedem, envolvem e motivam o PERTENCIMENTO, a SOCIALIZAÇÃO e a PROFSSIONALIZAÇÂO dos ARTISTAS VISUAIS.  No entanto é necessário entender o que foi possível no Rio Grade do Sul para, os artistas visuais interagir, comparecer, expor em espaços específicos e comercializar as suas obras 

De mesma forma como não houve constância, solidez e formas de PERTENCIMENTO, SOCIALIZAÇÃO e PROFISSIONALIZAÇÃO do ARTISTAS VISUIAS do RIO GRANDE do SUL também as NECESSIDADES BÁSICAS HUMANAS também eram FRAGEIS, INSEGURAS e DESEQUILIBADAS.

No entanto não faltaram, aos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES, MOMENTOS de CONGRASSAMENTO, de PERTENCIMENTO onde perceberam novos espaços para se comunicarem, organizarem e constituir outras formas para destas iniciativas como é visível no quadro acima,

Na essência experimentaram as amplas competências do Decreto nº 170 de 10 de setembro de 1893 para dar um primeiro  impulso para as ASSOCIAÇÕES de ARTISTAS VISUAIS  Esta janela legal foi aproveitada pelos ARTISTAS VISUAIS se articularem ao seu modo.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PORTO_ALEGRE_-_Confeitaria_Rocco_-_banquete.jpg

https://pt.wikipedia.org/wiki/Confeitaria_Rocco

Fig. 08  A SOCIALIZAÇÃO, o PERTENCIMENTO e a PROFISSIONALIZAÇÂO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES deu-se no contexto de uma SOCIEDADE que possui os seus momentos culminantes e celebrações em CLUBES, ASSOCIAÇÔES e na PROLIFERAÇÂO de ambientes como a CONFEITARIA ROCCO  No Rio Grade do Sul este modo de vivências pessoais e de interação direta passaram a ser mediadas pelas formas industriais do CINEMA, dos TIMES de FUTEBOL e mediados pelo tem e depois pelo automóvel individual com deslocamentos ao campo e depois ao litoral. Os ARISTAS VISUAIS tiveram de acompanhar este processo e criar outros formas de  PROFISSIONALIZAÇÂO, de PERTENCIMENTO e de  SOCIALIZAÇÃO de sua OBRAS 


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