Fig. 01 – O grupo de artistas visuais, denominado BODE PRETO, buscou contrariar o denominado “BOM GOSTO” VULGAR
e explorar alternativas estéticas para a cultura e
arte sul-rio-grandense Não só se posicionou contra e os extremos estéticos, da época, que eram a
escolha MANIQUEISTA ente o FIGURATIVO ou NÂO FIGURATIVO. O GRUPO BODE PREO com
o objetivo de propôs alternativas para as
ARTES VISUAIS começou demolindo. No contraditório a esta demolição
buscou caminhos estéticos mais coerentes com
a identidade do Rio Grande do Sul.
O
CONFLITO entre “ISTO é ARTE” e “ISTO NÃO
É ARTE”
01
– PROBLEMA: o MANIQUEÍSMO ESTÉTICO - 02 – ARTE
com ENTE PRIMITIVO do DISCURSO, 03 – Nem
todas as culturas possuem e cultivam o ENTE PRIMITIVO da ARTE - 04–
A COLONIZAÇÃO das culturas que NÃO possuem o ENTE PRIMITIVO da ARTE 05– Não existe da ARTE: EXISTEM
MANIFESTAÇÕES que se aproximam deste ideal 06 – Um agudo
SENTIMENTO de AUTO CRÍTICA a guerra estética consigo mesmo 07
– O ARTISTA com PRÍNCIPE na GUERRA ESTÉTICA
-08 –
As EXCOMUNHÕES RECÍPROCAS dos PRÍNCIPES 09 – As ARTES
NOBRES e a GUERRA ESTÉTICA 10 – MOMENTOS
de LUCIDEZ no MEIO da GUERRA ESTÉTICA. 11 – PERSONAGENS
LÚCIDOS no MEIO da GUERRA ESTÉTICA 12 O Rio Grande do Sul como
laboratório das GUERRAS ESTÉTICAS
. 13 – LOGÍSTICA do PRESENTE TEXTO
SARAIVA Glaucus (1921-1983) Mostra de Folclore Infanto-juvenil: catálogo em prosa e
verso Glaucus Saraiva – Porto Alegre:
Instituto Gaúcho de tradição e Folclore 1980 111 p. Il. Co
Fig. 02 – O retorno para o mundo infantil no qual convivem ainda todas as formas
de expressão estética põe tabua rasa entre as veleidades eruditas e MANIQUEÍSMO longamente cultivados na cultura e na
arte sul-rio-grandenses Era a proposta das ESCOLINHAS de ARTE e as
expressões ínsitas numa determinada população com códigos, repertórios e
competências que não só são lhes próprias, mas que a universaliza na humanidade.
1 – PROBLEMA: o MANIQUEÍSMO ESTÉTICO
O MANIQUEÍSMO[1]
está presente e ativo na ARTE nos discursos e concepções pessoais.
Este
MANIQUEÍSMO é uma estratégia de PODER,
de CONQUISTA e DOMÍNIO de certos CAMPOS das FORÇAS ESTÉTICAS. Estas FORÇAS ESTÉTICAS
empreendem BATALHAS, AVANÇOS e RECUOS para a conquista de PROSÉLITOS, CLIENTES
e CRENTES favoráveis ou contrários à CERTAS MANIFESTAÇÕES que se convencionou
de denominar de ARTE.
Na
maioria das vezes este MANIQUEÍSMO ESTÉTICO É fruto de LONGAS INCULCAMENTOS
SUBLIMINARES, Estas INCULCAMENTOS não passam de condicionamentos coloniais e de treinamento
cultura de outro LUGAR, TEMPO e TEMPO.
No
Rio grande do Sul o exemplo clássico são as manifestações estéticas das
REDUÇÕES dos GUARANIS, que não adquiriram identidade própria e que abandonaram
toda esta carga estética exógena, logo que desapareceram os seus mentores.
Ruth SCHNEIDER –
(1943-2003) - obra da artista no Museu de Passo Fundo com seu nome
Fig. 03 –A SOCIEDADE, o TEMPO e o LUGAR fornecem os mais amplos estímulos e meios
estéticos para que uma população possa EXERCER O SEU DIREITO de PESQUISA ESTÉTICA
Ruth SCHNEIDER (1943-2003) incendiou o seu imaginário com o tema do
“CASSINO DA MAROCA” que ela traduziu em instalações e imagens visuais mesmo sem
jamais ter vivido diretamente a experiências
02 – ARTE como ENTE PRIMITIVO do DISCURSO.
Evidente
que ARTE NÃO EXISTE. Existem MANIFESTAÇÕES mais aproximados ou distantes deste
IDEAL. Este IDEAL da ARTE é um ENTE PRIMITIVO necessário ao DISCURSO, à RETÓRICA
e à GRAMÁTICA que ninguém consegue definir de uma forma unívoca e universal.
Este ENTE PRIMITIVO da ARTE nem existe em muitas culturas.
Assim
o artista está livre para recorrer ao seu imaginário pessoal ou coletivo para
as manifestações em obras físicas que são testemunhos apesar estarem distantes
do mundo mimético da Natureza.
É
o caso das manifestações da arte sacra que constitui 80% das manifestações das
artes plásticas. Neste plano as tendências religiosas possuem os mais radicais
conflitos à semelhança do movimento Iconoclasta ou as radicais tabus que
proíbem ou desviam de todas as expressões estéticas que envolvem ou se inspiram
no ENTE PRIMITIVO do sagrado.
De
outra parte estas crenças podem apagar ou proibir qualquer tentativa estética
com medo do encantamento, receio do furto da alma ou pela incapacidade de lidar
com qualquer tendência estética devido ao fato que as necessidades básicas
humanas ainda não foram satisfeitas.
20 de setembro de 2011 - DIÁRIO POPULAR de
PELOTAS
Fig. 04 – O conflito entre o campo da erudição e a população mais intuitiva, não
encontrou ainda condições de uma RUPTURA ESTÉTICA e muito menos de um PONTO de
EQUILÍBRIO HEMOSTÁTICO. Enquanto a erudição sul-rio-grandense[1]
projeta e se aferra um atrelamento e um colonialismo ao modo da REDUÇÔES GUARANIS
a população deixa-se fascinar pelo que lhe proposto com pronto, resultante de
uma pseudo-tradição de uma única etnia[2],
Em ambos os lados é notório o MANIQUEÍSMO interno[3] e externo e confrontos
surdos e um de costas para o OUTRO.
03
– Nem todas as culturas possuem e cultivam o ENTE PRIMITIVO da ARTE
Nas
culturas nas quais existe o ENTE PRIMITIVO ARTE travam-se GUERRAS ESTÉTICAS no
plano dos DISCURSOS com profundas repercussões no IMAGINÁRIO tanto dos
produtores como dos seus observadores. O conflito é entre “o QUE PERTENCE é ARTE” e do resto que “NÃO é ARTE”. Este conflito beira
o MANIQUEISMO que NÃO ADMITE meios TONS e nem possíveis MATIZES.
Nestas
GUERRAS ESTÉTICAS leva sempre o MELHOR quem elaborou, internalizou e dispõe dos
meios logísticos no mundo real para projetar e sustentar estes DISCURSOS. Desta
forma torna-se competente para motivar
e mover o IMAGINÁRIO coletivo e
fertilizar a NOVA ETAPA.
O
despreparado, o surpreendido e o dorminhoco leva sempre o PIOR. Este PIOR vale
também tiver tudo racionalizado e mitificado como VERDADE ABSOLUTA e IMUTÁVEL.
A
ITÁLIA acordou para a ARTE ao se rebelar contra a ARTE BIZANTINA. Assim os
primitivos italianos tiveram de realizar uma RUPTURA ESTÉTICA como os padrões
externos à sua cultura e ao se modo de viverem, de falar e sentir o MUNDO QUE OS
CERCAVAM. Levaram três séculos até atingir este ideal original e coerente com
seu MUNDO, seu TEMPO e a sua SOCIEDADE.
[1] - UNIVERSIDADE
FÁBRICA de PROSÉLITOS https://www.facebook.com/photo.php?fbid=830727170709770&set=a.705103509938804&type=3&theater
[2] SARAIVA Glaucus (1921-1983) Manual do tradicionalista: orientação geral para tradicionistas e
centros de tradições gaúchas. Porto Alegre : Sulina, 1968, Coleção
Meridional nº 09
[3] A ESCOLHA da PRESIDENTE do MTG está na JUSTIÇA
Gastão TESCHE (1932-2005) -São Miguel das Missões
A ausência de um projeto estético próprio mais consistente e consciente
de sua identidade levou as populações indígenas do Rio Grande do Sul a aderir a
um projeto fortemente consciente de si mesmo e com largas experiências nas
GUERRAS ESTÉTICAS europeias. No entanto esta experiência e capacidade de criação
autônoma não foram repassadas ao hábil guarani. Este GUARANI não tinha um lugar
e um nome para a ARTE além do artesanato que não fazia mais sentido na ausência
do colonizador. Assim o GUARANI voltou ao seu mundo no qual a ARTE não fazia
sentido. Os arqueólogos tem dificuldade em perceber ARTE nos vestígios da arte indígena
sul-rio-grandense anteriores aos europeus
04– A COLONIZAÇÃO das culturas que NÃO possuem a ARTE como ENTE PRIMITIVO.
Não
se contamina pela COLONIZAÇÃO aquele que souber impor o seu IMAGINÁRIO e a sua
GRAMATICA ESTÉTICA inédita, elaborada numa preparação prévia longa e minuciosa.
Esta autonomia não é dada ao dorminhoco, ao surpreendido e ao despregado.
A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL se caracteriza pelo trabalho
com o MUNDO SIMBÓLICO no qual a ARTE é EXPRESSÃO SUPERIOR. No entanto esta
ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL só faz sentido para quem equacionou e é competente no uso
das conquistas anteriores da ERA INDUSTRIAL e a ERA AGRÍCOLA.
As
OBRAS de ARTE únicas da ERA AGRÍCOLA estão nos museus da ERA INDUSTRIAL.
É impossível o salto para a
ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL para
as culturas que NÂO possuem a ARTE como ENTE
PRIMITIVO. Resta a COLONIZAÇÃO e viver dos restos dos
descartes de CULTURAS HEGEMÔNICAS. Chega-se a esta condição de “FAZ de CONTA” pela
falta de uma memória e de uma identidade Nestas áreas reina a OBSOLESCÊNCIA de
PRODUTOS e da ARTE de. Em outros termos tornam-se SIMPLES COLÔNIAS ESTÉTICAS,
Assim também se compreende
as GUERRAS ESTÉTICAS em permanente alerta contra imposições vindas de fora
mesmo que seja sob a forma de ATUALIZAÇÕES das INTELIGÊNCIAS
Luís Carlos XAVIER,
e Vasco PRADO - SÃO LEOPOLDO monumento
do sesquicentenário da imigração 21.12.1974
Fig. 06 – As ALTAS ESFERAS e CÍRCULOS SUSPENSOS orientam e dão sentido às multidões em movimento da conquista de uma
nova terra para ser transformada em civilização, num novo lar seguro. Atos círculos e esferas suspensas e
inalcançáveis nas que orientam, racionalizam os esforços coletivos e as ações
individuais.
05– Não existe ARTE: EXISTEM MANIFESTAÇÕES
que se aproximam deste ideal.
Um dos instrumentos das IMPOSIÇÕES ESTÉTICAS, vindas de fora, acontece na forma
de ATUALIZAÇÕES das INTELIGÊNCIAS dos potenciais
colonizáveis,
A confusão e o engodo tornam-se perfeitos quando
esta ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA se limita a apresentação de PRODUTOS e OBRAS
prontas.
O recurso contra este engodo e imposição colonial
está na
concepção de Aristóteles[1] (1973: 243
114a 10 ) que afirmava que “toda a arte
está no que produz, e não no que é produzido”.
O ARTISTA está no CAMINHO
de algo que lhe exige todas as energias do seu ENTE no seu MODO de SER mesmo que estas cintilações das MANIFESTAÇÕES
apenas se aproximem do ideal que se denomina ARTE. De outra parte ele sabe que os “CAMINHOS
MARGS em 07.08.2019 - Foto de Luís Eduardo Robinson ACHUTTI
Fig. 07 – A volumosa obra de Francisco STOCKINGER (1919-2009)[1]
possui “O GUERREIRO” de PÉ e VIGILANTE por tema central. Esta PRONTIDÂO distingue
FAZER e do AGIR. No FAZER é pratica-se a LUTA ABERTA e IMPREVISÍVEL. No AGIR
pratica-se a “ARTE de VENCeR a GUERA SEM
LUTAR”[2] Assim STOCKINGER venceu a guerra com os
seus GUERREIROS prontos para lutar no sentido do ditado romano “SI VIS PACEM
PARA BELUM”
06 – Um agudo SENTIMENTO de
AUTO CRÍTICA e a guerra consigo mesmo
A
formação na UNIVERSIDADE é NECESSÁRIA ao artista. Para que o artista SAIBA
RESISTIR e se MOVER no MEIO das GUERRAS ESTÉTICAS Marcel DUCHAMP [3]
lhe aconselhava:
“Dotado de uma formação universitária, o artista
não precisa temer o assalto de complexos
nas relações com os seus contemporâneos. Graças a esta educação, ele terá ao
seu dispor ferramentas adequadas para opor-se a estas questões materialistas
por meio do EU cultivado no quadro dos valores espirituais”..
Trata-se
da FORMAÇÃO e NÂO da SINGELA ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA e da RAZÃO. Existe um
abismo entre INTELIGÊNCIA e SABEDORIA que se adquire pela FORMAÇÃO.
De
outra parte esta FORMAÇÃO ARTÍSTICA não CONHECE FORMATURA, FOLGA, FÉRIAS, FIM de SEMANA ou
APOSENTARIA. A falta de EXERCÍCIO CONSTANTE reconduz o artista rapidamente de volta para a NATUREZA e a ENTROPIA
UNIVERSAL
Cada exposição publica, socialização e
enfrentamento dos seus concorrentes é um exercício de formação e um ATO de GUERRA
CONSIGO MESMO. Trazem a quebra da ONIPOTÊNCIA, da ONISCIÊNCIA, do sentimento
de ETERNIDADE e de ONIPRESENÇA.
Para Max WEBER a razão de o artista procurar a
UNIVERSIDADE cujo valor máximo é cultivo
do HÁBITO da INTEGRIDADE INTELECTUAL. Ele afirmou (1989:
70) [4] que
“O único elemento, entre todos os “autênticos” pontos
de vista essenciais que elas (as universidades) podem,
legitimamente, oferecer aos seus estudantes, para ajudá-los em seu caminho pela
vida afora, é o hábito de assumir o dever da integridade intelectual; isso
acarreta necessariamente uma inexorável lucidez a respeito de si mesmos”
O HÁBITO da INTEGRIDADE INTELECTUAL, de Max WEBER. conjuga-se também com a
INTEGRIDADE ESTÉTICA e MORAL Esta INTEGRIDADE lhe fornece as competências de um
PRÍNCIPE.
Evidente que NÃO se trata do lugar burocrático,
com o título de fachada de UNIVERSIDADE e de fato uma fábrica de prosélitos[5],
na qual a ARTE possui pequeno sentido e prática ainda mais restrita. A
UNIVERSIDADE BRASILEIRA é de criação recente e foi imposta de cima para baixo e
tardiamente[6].
Nesta sua precariedade é incapaz de cultivar o HÁBITO da INTEGRIDADE
INTELECTUAL, MORAL e ESTÉTICA. Deste lugar o candidato a artista só leva
ilusões, heteronomia e perda de tempo.
[1] ALVES de Almeida, José Francisco (1964). STOCKINGER
– Vida e obra . Porto Alegre : MultiArte 2012 - 308 p. il
[2] ZUN TZU- A ARTE da GUERRA https://laparola.com.br/65-ensinamentos-de-sun-tzu-no-livro-a-arte-da-guerra
[5] A UNIVERSIDADE: a FÁBRICA de PROSÉLITOS.
[6] CUNHA, Luiz
Antônio,
Universidade temporã : o ensino superior da Colônia à Era Vargas. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira. 1980, 295p
Iberê Bassani CAMARGO
- (1914-1994) – autorretrato
Fig. 08 – Iberê CAMARGO (1914-1994) foi uma das expressões vivas do “PRINCIPE nas
ARTES”. Conduzindo a sua vida e sua obra como uma GUERRA DIÁRIA, consigo e com
o mundo, impregnou cada gesto, fala e pensamento com o cheiro da pólvora e da
explosão solitária do seu ENTE no seu MODO de SER. Esta constante
vigilância e prontidão permanente para a LUTA tornou certamente Iberê CAMARGO o
artista sul-rio-grandense com maior projeção nacional internacional
07 – O ARTISTA com PRÍNCIPE
na GUERRA ESTÉTICA
O
conceito de ARTES NOBRES foi introduzido no Brasil pela Missão Artística
Francesa[1]
que vinha ao Brasil depois de perder a GUERRA ESTÉTICA da era de NAPOLEÃO BONAPARTE, No Brasil este conceito de ARTES NOBRES contrapunha-se com a falta
de autonomia dos artistas brasileiros, sem direito ao nome e inteiramente
dependentes e dominados por uma estética colonial que os reduzia a artesões para
copiar ou se fechar em normas estéticas impostas pelo Estado e pela Igreja
unidos. Os ensinamentos desta Missão
Artística foram fundamentais para Manuel Araújo Porto-alegre que além de
conduzir as suas pesquisas como um PRÍNCIPE contra todos os hábitos colônias e
escravocratas. Estas atitudes de PRÍNCIPE das LETRAS e das ARTES foram
reconhecidas pelo Estado Imperial Brasileiro que lhe conferiu o título nobiliárquico
de BARÃO de Santo Ângelo..
Como
pessoa, da qual provém a ARTE, Marcel DUCHAMP conferiu[2] ao
artista esta qualidades de QUEM PRINCIPIA ALGO NOVO e INÉDITO. Assim escreveu
que:
“sob a aparência, estou tentado dizer sobre o disfarce, de um dos membros
da raça humana, o indivíduo é de fato sozinho e único e no qual as
características comuns a todos os indivíduos, tomados no conjunto, não possuem
nenhuma relação com a explosão solitária de um indivíduo entregue a si mesmo”.
O
artista, na solidão da sua criação original, deve abdicar preliminarmente de
qualquer onisciência, onipotência, onipresença e sentimento postiço de
eternidade. Nietzsche é radical este
despojamento de qualquer empréstimo de qualquer recurso postiço quando afirma(2000, p.134)[3]
que:
“a arte não pode ter sua
missão na cultura e formação, mas seu fim deve ser alguém mais elevado que
sobre passe a humanidade. Com isso deve satisfazer-se o artista. É o único
inútil, no sentido mais temerário”
Porém
na medida em que o artista abdica da parafernália externa cresce a sua
capacidade de se aceitar como PRÍNCIPE, ou seja, aquele que é competente para
PRINCIPIAR da ESSÊNCIA e da ORIGEM da ARTE, pois a ARTE ESTÁ em QUEM PRODUZ.
[1] Carta de LEBRETON ao CONDE da BARCA
[2] - Texto de uma alocução em inglês pronunciada por
Marcel Duchamp, num colóquio organizado em Hofstra em 13 de maio de 1960.
Consta em SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par.. Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239
[3] NIETZSCHE, Frederico Guillermo
(1844-1900) Sobre
el porvenir de nuestras escuelas. Barcelona: Tusquets, 2000. 179.
MISSÕES - São Miguel
-140 cm - acervo do IAP da Unisinos
Fig. 09 –A figura policromada do ARCANJO SÃO MIGUEL, proveniente das MISSÕES JESUÍTICAS, evidencia a
concepção MANIQUEÍSTA e expressa LUTA
entre o BEM e MAL numa das etapas da cultura e da arte sul-rio-grandenses Materializa
o mundo imaginário da PROPAGANDA da FÉ levado por uma ordem religiosa
decorrente das concepções militares de conquista das ALMAS e do MEIO FÍSICO no
qual vivem estas ALMAS
08 – As EXCOMUNHÕES RECÍPROCAS dos PRÍNCIPES
O permanente traçado de COMPETÊNCIAS e de LIMITES
de “QUEM PRODUZ ARTE” supõe a renuncia de qualquer traço de súdito, de
proselitismo.
Isto
significa alerta constante de projeções de concepções e obras de OUTROS PRÍNCIPES
em formação e expansão.
A
segurança em si mesmo não permite a menor projeção de sobra, ecletismo ou qualquer
outra subordinação estética, intelectual e moral. Assim são naturais as guerras
estéticas
entre PRÍNCIPES expressos em EXCOMUNHÕES RECÍPROCAS.
De outra parte estas EXCOMUNHÕES RECÍPROCAS
confirmam a ideia de Pierre BOURDIEU de que o “ARTISTA PRODUZ PARA O SEU
CONCORRENTE”. Este outro, na sua autonomia, reconhece imediatamente o que é
original e diferente e reage na forma de uma EXCOMUNHÃO do concorrente. Ou em
outros termos reconhece QUEM NÃO é do seu caminho.
Fig. 10 – As movimentadas figuras
posteriores ao monumento a Júlio de Castilhos da PRAÇA da MATRIZ de PORTO
ALEGRE são contrastadas pela figura hierática
Justiça obra de Maximiliano FAYETH (1930-2007)[1]. Este contraste é índice das intensas
lutas estéticas que ocorrem no Rio Grande do Sul De outra parte a FIGURA da
JUSTIÇA de FAYET foi oportunidade de intensas lutas estéticas. No entanto “A
JUSTIÇ” em si mesma teria a função de arbitrar e equilibrar os CONFRONTOS e,
inclusive, as GUERRAS ESTÉTICAS
09 – As ARTES NOBRES e a GUERRA ESTÉTICA.
Em
toda guerra, por mais difusa que seja, existem os vanguardeiros e os líderes
estratégicos e logísticos.
As
assim ditas ARTES NOBRES fazem este papel. Em principio são ARTES NOBRES
aquelas que NÃO possuem aplicação e utilitária imediatas. Nesta condição elas
possuem disponibilidade para o novo, o autêntico e o eficaz sem se comprometer
com o descartável e o resultado do simples TRABALHO com obsolescência imediata.
Ninguém
mais perde tempo em discutir ARTES MAIORES e MENORES. POTENCIALMENTE “TODOS SÂO
ARTISTAS” e capazes de empreender os CAMINHOS da ARTE.
No
entanto poucos avançam muito nestes caminhos de superação edas LUTAS
SOBRE-HUMANAS entrevistas por NIETZSCHE,
Como no esporte a maioria possui o seu destino
na torcida na arquibancada. Os que entram e campo são raros e experimentados
atletas capazes de se imporem aos seus concorrentes graças à conjugação
harmoniosa entre o seu preparo físico, emocional e técnico.
Carlos
Alberto do OLIVEIRA; “O CARLÃO” – (1951 –
2013) Fábrica de Sapatos
Fig. 11 – A liberdade da criança e do artista - que conduz a sua obra física
dentro de um repertório do qual domina as competências e conhece os limites –
propiciam preciosos momentos de lucidez e que instauram estéticas não
bloqueadas por conflitos e patrulhadas por MANIQUEÍSMOS. A LIBERDADE da CRIANÇA é a proposta das
ESCOLINHAS de ARTE enquanto o ARTISTA INTUITIVO está imune às GUERRAS ESTÉTICAS, ou as contorna sem maiores cerimonias,.
10 – MOMENTOS de LUCIDEZ no
MEIO da GUERRA ESTÉTICA.
As
sucessivas GUERRAS ESTÉTICAS, as EXCOMUNHÕES RECIPROCAS continuadas e as CRISES
SEM FIM, constituem o combustível e a oportunidade
de encontrar o que é sólido e corre o perigo de desmanchar no meio de intrigas,
atritos e queimas de etapas. No Brasil este papel coube a Mario de ANDRADE que
nunca perdeu tempo em atravessar o oceano e prestar vassalagem aos antigos e
empedernidos colonizadores e escravocrata
Ele
descreveu, em 1942, os
VETORES de uma autêntica ARTE BRASILEIRA numa conferência para a UNE[1],.
“O direito permanente à
pesquisa estética; a atualização da inteligência artística brasileira; e a
estabilização de uma consciência nacional [..] A novidade fundamental, imposta
pelo movimento, foi a conjugação dessas três normas num todo orgânico da
consciência coletiva”
Esta proposta de Mário de Andrade foi feita no
âmbito da agitação para resolver o dilema “se o BRASIL DEVERIA, ou NÃO participar da II
GUERRA MUNDIAL”. Ao mesmo tempo ele era uma das mais consequentes expressões da
SEMANA de ARTE MODERNA de SÃO PAULO na oportunidade que este evento completava
20 anos da sua realização.
Mário de Andrade não se limitou a historiar,
criticar ou revelar bastidores do evento de 1922, Ele foi direto ao que interessava e em pleno
ESTADO NOVO.
O
DIREITO À PESQUISA ESTÉTICA sempre foi contornado e especialmente no âmbito do
ESTADO NACIONALISTA, com tendência a um PARTIDO ÚNICO e HEGEMÔNICO da NAÇÃO e
DEPOIS da QUEIMA das BANDEIRAS ESTADUAIS e da proibição dos seus HINOS.
No
BRASIL sempre foi soberana a ATUALIZAÇÃO as INTELIGÊNCIA com a ARTE da CULTURA dos
PAÍSES HEGEMÔNICAS. Esto os estrangeiros percebiam como MACAQUICES BIZARRAS e
SEM FUNDAMENTOS e SEM FUTURO.
Evidente
que a SERVIDÃO e o COLONIALISMO imprimem e conduzem para uma falsa formação da
CONSCIÊNCIA COLETIVA que se expressa em EVENTOS, FOLGUEDOS e em ALIENAÇÕES de
TODA ORDEM. O BRASIL NUNCA TEVE TANTAS e CONTINUADAS FESTAS como ao longo do
PERÍODO COLONIAL, Festas celebradas para encobrir o saque e dependência
colonial.
[1] - ANDRADE, Mario O movimento modernista:
Conferência lida no salão de Conferências da Biblioteca do Ministério das
Relações Exteriores do Brasil no dia 3 de abril de 1942. Rio de Janeiro :Casa
do Estudante do Brasil, 1942, p.45.
Esta conferência
evocava os resultados culturais da Semana de Arte Moderna de 1922. Mario da
Andrade havia sido uma das figuras centrais desta Semana. Ele se indispusera em
1938 com o Estado Novo. A conferência ocorria no auge desta ditadura que
entrava em guerra com o Eixo.
Mário coloca a
nacionalidade como primeiro principio os concluía com busca da construção de
uma consciência coletiva.
Busto
de Araújo Porto-alegre e estátua equestre Osório na Praça da Alfândega de PORTO
ALEGRE- RS
Fig. 12 – Araújo PORTO-ALEGRE e OSÓRIO foram dois SUL RIOGRANDENSES que estiveram
de “PÉ PELO BRASIL” Um de pé no mundo
simbólico da construção ESTADO BRASILEIRO outro pela VIGILÂNCIA e DEFESA de sua
Pátria No entanto para decidir se a homenagem das propostas do busto a Manuel Araújo
Porto-alegre[1]
era para o LITERATO ou para o ARTISTA VISUAL não deixou de ser uma intensa
batalha conceitual[2]
11 – PERSONAGENS LÚCIDOS no
MEIO da GUERRA ESTÉTICA
Existem alguns NICHOS ESTÉTICOS que são
impenetráveis e que não se comunicam fora de sua competência. São os GRUPOS
HERMÉTICOS do ELOGIO RECÍPROCO. Outros buscam a HEGEMONIA por meio da
PROPAGANDA e do MARKETING com o objetivo de angariar o maior número possível de
prosélitos e de colonizados.
Outros
que permitem que PERSONAGENS LÚCIDOS se desenvolvam e produzem a sua obra independente.
Para tanto tornam-se surdos às mais
estridentes e ruidosas GUERRAS ESTÉTICAS
Vasco
Prado[3]
foi um dos artistas plásticos sul-rio-grandenses que soube fazer o seu caminho
sem se importar como as intrigas e as guerras estéticas, Os seus guerreiros
também são aqueles da resistência à qualquer heteronomia externa à ARTE.
Esta lucidez não é fácil diante do PAPEL ambíguo
do ESTADO e do seu GOVERNO diante da ARTE e da cultura[4].
Certamente
a LEI PRECEDE os fatos de uma civilização e de uma cultura. Porém diante da
autonomia do artista é necessário escutar Platão quando afirmou[5]
( Diálogos, 1991, p.417) que “veríamos desaparecer completamente todas
as artes, sem esperança alguma de retorno, sufocada por esta lei que proíbe
toda pesquisa. E a vida que já é bastante penosa, tornar-se-ia então totalmente
insuportável” Esta
posição de príncipe foi reforçada (2000, p.134) [6]
pela voz radical de NIETZSCHE já se viu.
Este
é o território da AUTONOMIA do ARTISTA onde transitam muito poucos
privilegiados e lúcidos do que querem, e no qual ninguém pode erguer um lugar
perene de CONFORTO e de INSTALAÇÃO DEFINITIVA.
[1] Uma obra de Manuel Araújo Porto-alegre
[2] PINTO de COUTO, Rodolfo (1888-1945) O
MONUMENTO ao BARÂO de SANTO ÂNGELO : algumas notas, e informações do caso das maquetes. Rio de Janeiro:
Pimenta de Melo, 1918, 102 p
[3] VASCO PRADO e a
sua CIRCUNSTÂNCIA da ARTE e LIBERDADE em PORTO ALEGRE
[5] PLATÃO ( 427-347) DIÁLOGOS – (5ª ed.) São Paulo : Nova
Cultural, 1991 – (Os pensadores)
[6]NIETZSCHE, Frederico Guillermo (1844-1900) Sobre el porvenir de nuestras escuelas. Barcelona: Tusquets, 2000. 179.
Helios SEELINGER
(1878-1965) – “RIO GRANDE de PÉ PELO BRASIL” pintura- 1925
Fig. 13 – O quadro intitulado “O RIO GRANDE de PÉ pelo BRASIL” antecipa o lema da REVOLUÇÃO de 1930 na qual o Rio Grande do Sul teve um papel predominante e
decisivo. No entanto esta obra de
arte é apenas uma das expressões estéticas, ao lado de ideologias, políticas e
condicionamentos econômicos em profundo conflito e guerra contra os eternos
GOVERNOS CAFÉ com LEITE, da primeira república brasileira e continuadores das
mentalidades imperiais
12 – O Rio Grande
do Sul como laboratório das GUERRAS ESTÉTICAS
Como
toda cultura de periferia os atritos, as fissuras e as GUERRAS ESTÉTICAS se
tornam mais perceptíveis nela. Na maioria das vezes estes ABALOS, ATRITOS e
REPERCUSSÕES possui como causa os ATRITOS, os ABALOS e as GUERRAS ESTÉTICAS dos
PAÍSES e de CULTURA que se julgam HEGEMÔNICAS, CULTURAS que abalam, desqualificam
e atritam culturas de periferia nas quais procuram impor, muito além das suas
fronteiras e competências, a sua ARTE e a sua CULTURA como naturais e inquestionáveis
O
Rio Grande dos Sul tornou-se conhecido pelas resistências redundantes a estas
hegemonias que se julgam naturais e inquestionáveis. Esta resistência muitas
vezes lhe valeu a pecha de conservador, de retrógrado e, por cúmulo, como
espírito belicoso e agressivo,
No contraditório a este espírito
belicoso e agressivo concorda-se com a
expressão de Athos Damasceno (1971, p.449) [1] de que:
“certamente, as lutas que tivemos de sustentar desde os tempos recuados
da Colônia, na defesa de nosso território e na fixação de suas fronteiras, em
muito entorpeceram e retardaram nosso processo cultural. Não, porém, tanto
quanto seria natural que ocorresse, uma vez evidenciada historicamente a
belicosidade crioula, arrolada por aí, com um abusivo relevo, entre virtudes
que nos compõem a fisionomia moral. Nossa história está realmente pontilhada de
embates sangrentos. Mas lutas e guerras não foram desencadeadas por nós, senão
que tivemos de arrostá-las compelidos pelas circunstâncias. Nunca deixamos de
ser um povo amante da paz. E, em nossos anseios de construção, sempre desejosos
dela. Tropelias e bravatas de certos gaúchos em disponibilidade forçada, não
têm o menor lastro Histórico: pertencem aos domínios da anedota que os
próprios rio-grandenses exploram, com malícia, para a desmoralização daqueles
que o fazem, com malignidade”.
Esta
experiência guerreira física, do passado, migrou cedo para o mundo simbólico
sul rio-grandense transformando-se e alimentando uma série de expressões
culturais e inclusive na ARTE. Isto não impediu o desenvolvimento das
polaridades que raiam o MANIQUEÍSMO. Traços comuns deste MANIQUEÍSMO são
perceptíveis na política, nas ideologias, no esporte e na ARTE
sul-rio-grandense. Traços deste
MANIQUEÍSMO evoluem dando origem a EXCOMUNHÕES RECIPROCAS CONTINUADAS.
No contraditório o artista como príncipe é
competente para vivenciar da DIALÉTICA entre a VIDA e a MORTE, entre “O que É ARTE” e a NEGAÇÃO “DO que NÃO É ARTE”. Este artista
percorre, na sua autonomia, o caminho da TESE- ANTÍTESE – SÍNTESE para ser
competente para sacudir todo torpor de um MITO CRIADO para CONSUMO LOCAL, para
um determinado REPERTÓRIO e uma CULTURA ESPECÍFICA. Não os despreza ou condena
como produto inferior. Ergue-se como o expressão do seu ENTE no seu MODO de SER
No entanto a ARTE “COMO ENTE PRIMITIVO” não se
deixa aprisionar por nenhuma IDEOLOGIA, se desvia de QUALQUER POSSE ou MITO
CONGELADO no TEMPO. “NADA é TRANSMISSÍVEL. a não ser o PENSAMENTO”[2].
Contanto que este PENSAMENTO não seja mitificado ou adorado como um FETICHE
repetido mecanicamente. De outra parte a ARTE deve se preparar para a GUERRA,
pois os GRANDES CONFLITOS ESTÉTICOS, a seu respeito, travam-se no MUNDO do
PENSAMENTO.
COMO sempre a “BELEZA como o ESPLENDOR da VERDADE”, necessita de outra parte, o
TESTE, o CONTRADITÓRIO e a GUERRA ESTÉTICA travada no MUNDO do PENSAMENTO.
Caso
não houvesse estas lutas, guerras e atritos seriam garantia para o retorno para
a NATUREZA, para a ENTROPIA UNIVERSAL e para o “ECLETISMO, acomodatício e máscara de todas as covardias” na
expressão de Mário de Andrade[3]
13 – LOGÍSTICA
do PRESENTE TEXTO
As
frequentes ESTRATÉGIAS para PENETRAR no TERRITÓRIO das GUERRAS ESTÉTICAS,
participar delas ou procurar contornar ou ignorá-las, supõe um ARSENAL LOGÍSTICO
de experiências, conhecimentos e recursos adequados e coerentes com todas as
GUERRAS ESTÉTICAS, Em primeiro lugar é necessário reconhecer que existem, como
se comprova no presente texto. Em segundo lugar supõe a capacidade da avaliar a
sua força, a sua persistência e os meios de que se valem. Em terceiro lugar ser
portador de UM PROJETO CIVILIZATÓRIO competente para fazer frente a elas. Não se
trata de PROCESSO CIVILIZATÓRIO PASSIVO, mas de um PROJETO ATIVO, NOVO e
COERENTE com os MEIOS LOGÍSTICOS oferecidos pelas suas circunstâncias.
FONTES
BIBLIOGRÁFICAS
ALVES de Almeida,
José Francisco (1964). STOCKINGER – Vida e obra . Porto
Alegre : MultiArte 2012 - 308 p. il
ANDRADE, Mário.
O movimento modernista. Rio de Janeiro: Casa do Estudante do Brasil, 1942, 81 p.
----Curso de Filosofia e História da
Arte. São Paulo: Centro de Estudos Folclóricos, 1955. 119 f.
ARISTÓTELES (384-322). Ética a Nicômano. São Paulo: Abril Cultural1973. 329p
CUNHA, Luiz
Antônio,
Universidade temporã : o ensino superior da Colônia à Era Vargas. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira. 1980, 295p.
DUCHAMP.
Marcel “O artista deve ir à universidade?”[4]
in SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par
Michel Sanouillet Paris: Flammarrion, 1991, pp. 236-239
MACHADO, Antonio
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PLATÃO ( 427-347) DIÁLOGOS
– (5ª ed.) São Paulo : Nova Cultural, 1991 – (Os pensadores)
SARAIVA Glaucus (1921-1983) Manual do tradicionalista: orientação geral para tradicionlistas e
centros de tradições gaúchas. Porto Alegre : Sulina, 1968, Coleção
Meridional nº 09
---------- Mostra de Folclore Infanto-juvenil: catálogo em prosa e verso Glaucus Saraiva – Porto
Alegre: Instituto Gaúcho de tradição e
Folclore 1980 111 p. Il. Col
WEBER, Max. Sobre a universidade. São Paulo : Cortez, 1989. 152 p.
FONTES
NUMÉRICAS DIGITAIS
GUERRA ESTÈTICA JOGOS de GUERRA
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=832461953869625&set=gm.2496508870567302&type=3&theater&ifg=1
MANIQUEISMO.
¿ O ESTADO é MAU ADMINISTRADOR ?.
PESQUISA ESTÈTICA ONG SALADERO
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=832461953869625&set=gm.2496508870567302&type=3&theater&ifg=1
Os REQUINTES do COLONIALISMO
EUOPEU.
UNIVERSIADE FÁBRICA
de PROSÉLITOS https://www.facebook.com/photo.php?fbid=830727170709770&set=a.705103509938804&type=3&theater
Carta de
LEBRETON ao CONDE da BARCA
Uma obra de
Manuel Araújo Porto-alegre
A ESCOLHA da
PRDESIDENTE do MTG está na JUSTIÇA
HELIOS SEELINGER- “O RIO GRANDE de PÉ pelo BRASIL”
A obra “JUSTIÇA” de Justiça de Maximiliano
FAYETH
ZUN TZU- A ARTE
da GUERRA
VASCO PRADO e a sua CIRCUNSTÂNCIA na ARTE e LIBERDADE em PORTO ALEGRE
MARCEL DUCHAMP¿ O artista deve ir para a
universidade ?[1]
A UNIVERSIDADE: a FÁBRICA de
PROSÉLITOS.
[1]“Nada é transmissível
, a não ser o pensamento” Le Corbusier[1] in Boesiger, 1970, p.168.
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2012/08/isto-e-arte-043.html
mx/cultura/emilio-lezama- escribe-de-la-posmodernidad
UMA ÉPOCA QUE NÃO ACEITA CONTRADIÇÔES
https://www.eluniversal.com.
[1] -DAMASCENO, Athos. Artes
plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900)
Porto Alegre : Globo, 1971. 540p.
[3] ECLETISMO que Mário de Andrade fustigava em 1938,
na época do Estado Novo como “acomodatício
e máscara de todas as covardias”. - [in Andrade 1955, fl. 13]
ANDRADE, Mário. Curso
de Filosofia e História da Arte. São Paulo: Centro
de
Estudos Folclóricos, 1955. 119 f.
[4] - Texto de uma alocução em
inglês pronunciada por Marcel Duchamp, num colóquio organizado em Hofstra em 13
de maio de 1960.
Consta em SANOULLET, Michel. DUCHAMP
DU SIGNE réunis et présentés par.. Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239
Traduzido para Victor Hugo Guimarães
Rodrigues - professor da FURG - por
Círio Simon em 27 de junho de 2004 no contexto do 1o Colóquio dos
Dirigentes das Instituições Superior de Arte do Rio Grande o Sul realizado
entre 24 e 26 de junho de 2004 no Instituto de Artes da UFRGS.
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