O PROJETO ILUMINISTA OPÕE-SE à CONTRARREFORMA no RIO
GRANDE do SUL
01. O SENTIDO do ILUMINISMO na ERA PÓS-INDUSTRIAL 01.1 -O
ARTISTA e o ILUMINISMO- 01.02 -O
ILUMINISMO e a POLÌTICA – 01.3 O
RIO GRANDE do SUL como LABORATÒRIO do ILUMINISMO -01.4 PERMANÊNCIA da
MEMÓRIA ILUMINISTA na ERA PÓS-INDUSTRIAL.
02. MOVIMENTO ILUMINISTA de CIMA PARA BAIXO
02.1-SOFISTICAÇÂO do REGIME COLONIAL
e ESCRAVORATA -02.2- As ARTES e as IRMANDADES. 02.3 – A DESTRUIÇÂO das MISSÕES
JESUÍTICAS
03. A CULTURA MATERIAL ILUMINISTA no RIO
GRANDE do SUL 03.1- AGLOMERAÇÕES
URBANAS dos ILHEUS AÇORIANOS. 03.2- DISTINÇÕES entre a CULTURA LITORÂNEA e a
PAMPIANA.
04. O EXPERIMENTO ILUMINISTA TEMPORÃO no
RIO GRANDE do SUL 04.1- CARÊNCIA de um SUPORTE ECONÔMICO e
SOCIAL 04.2 – AS ARTES EXPRESSARAM o
PROJETO POLÌTICO ILUMINISTA04.3 - ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA
DETALHE da PLANTA RIO GRANDEL Desenho do Coronel José Custódio de Sá 1763
Fig. 01
– Planta da PRIMEIRA CAPITAL do Rio
Grande do Sul quando completava 25 anos de existência e estava prestes a ser
tomada pelos espanhóis em 1763. Tomada que motivou a fixação da SEGUNDA CAPITAL
em VIAMÃO e onde permaneceu at´1773 com a transferência para a TERCEIRA CAPITAL. Com a fixação da capital em Porto Alegre estava chegando ao fim o
governo (1750-1777) do Marques de Pombal (1699-1782) e a estética complementar
comandada pelas Luzes.
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01-
O SENTIDO do ILUMINISMO na ERA PÓS
INDUSTRIAL
01.1 - O
ARTISTA e o ILUMINISMO
No âmbito do Iluminismo os
artistas conquistaram a assinatura dos seus nomes pessoais nas suas obas e os direitos
autorais sobre-a sua produção. Ninguém mais contesta o direito á Imagem
individual e pessoal. As Artes Visuais
reivindicam a sua autonomia como algo inalienável e intransferível para outros
agentes. Ao mesmo tempo na Era Industrial a religião e a transcendência sedem
os seus lugares para as Artes. Estas e
reforçam e se reforçam o sistema paralelo e autônomo da fábrica. O templo da
Arte serão os museus e sua socialização
os salões paralelos e amodelo dos salões industriais. Na Era Pós Industrial
todo este conjunto está migrando para espaços numéricos digitais e gerando
comunidades de interesses planetários.
Fig. 02
– Uma placa da fachada da Igreja matriz
(hoje catedral) da PRIMEIRA CAPITAL do Rio Grande do Sul indica a posse de
Portugal e em nome do Rei José I. . Na
data, indicada na placa, estava em Vigência o Tratado de Madrid e, em andamento.
a Guerra Guaranítica. As posses lusitanas reduziram a uma estreita língua de
terras entre o Atlântico e a Lagoa dos
Patos. A resistência portuguesa fixou-se as margens do Guaíba e dos seus
afluentes. Dom Ceballos, o comandate de retomada espanhola criou, em 1763, a atua cidade de Sab carlos para onde
deslocou grupos de famílias açorianas
San Carlos Uruguai
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01.02- O
ILUMINISMO e a POLÍTICA
Na política as distinções entre governo, nação e estado
parecem consagradas o âmbito e que continuam vigentes inclusive na era Pós
Industrial. No interior dos governos separou-se o legislativo, e este do
executivo e ambos do judiciário. O governo distinguiu-se da religião. Estas
distinções políticas iniciaram a sua formatação na era das Luzes e do
Iluminismo[1].
E de forma coerente as Artes expressaram e materializaram este projeto politico.
[1] A própria
logística da História se beneficiou com a circulação e a abundância da documentação
escrita. Em grande parte devido à imprensa cada vez mais industrializada
Fig. 03
– Esta foto do inicio do século XX de
uma das ruas da PRIMEIRA CAPITAL do Rio Grande do Sul ostenta, no alinhamento da matriz de São Pedro
com casas em fita e sem platibanda na fachada. O lado oposto já ostenta
casas construídas ao longo do século XIX com
platibandas, elementos arquitetônicos de fachada de tendências
neoclássicas e com estátuas importadas de Portugal
01.1 - O RIO
GRANDE do SUL como
LABORATÓRIO do ILUMINISMO
Estas concepções
iluministas tiveram no Brasil os seus territórios experimentais tanto o Rio
Grande do Sul como no Pará. Nas Artes Visuais iniciaram as divergências entre a
matriz Barroca e da Contrarreforma. Em ambos estes extremos do atual território
brasileiro, as formas estéticas foram laboratórios de uma nova expressão e de Artes
Visuais. Em Belém do Pará pontificou o arquiteto Antônio José Landi (1713-1791).
A vinda deste arquiteto italiano foi sob
o olhar do governador do Pará e do Maranhão foi Francisco Xavier de Mendonça
Furtado (1700-1769) irmão do Marques de
Pombal e demarcador do Rio Amazonas e fundador de Macapá Enquanto na região platina
o arquiteto e militar Coronel José Custodio de Sá e Farias ( -- - 1792). Este último é pouco estudado e
citado pela cultura lusitana que o considera um traidor na medida em que teve
de ser refugiar ente os espanhóis de Buenos Aires e Montevidéu. Não há como
omitir a potencial ameaça de ser enforcado quando da “Viradeira” (1777)
comandada por Dona Maria I e que transformou o pombalismo em heresia e traição.
Em Montevidéu atribui-se à José Custódio o projetou a catedral[1].
Fig. 04
– A matriz de São Pedro da PRIMEIRA CAPITAL do Rio Grande do Sul com traçado
com régua, compasso e esquadro está despojada de qualquer ornato supérfluo. As
suas sólidas paredes e raras aberturas e as torres vigias as inscrevem na despojada lógica militar. No seu
despojamento formal contrasta com os prédios barrocos que inclusive estavam se
construindo em Minas Gerais neste mesma época.
As terras compreendidas entre o Atlântico Sul e Rio Uruguai
foram transformadas pelas politicas pombalinas e do Rei Dom José I de
Portugal. E um lado foram num campo de guerras abertas para
extirpar a Contrarreforma. De outro
lado esta terras funcionaram como um laboratório a ser povoado pelos lusitanos
e equipado com uma política irradiada pelas Luzes da RAZÃO. Para isto era
necessário extirpar a EMOÇÃO manejada, com maestria, pela CONTRARREFORMA,
PROPAGANDA da FÉ e pelos JESUÍTAS.
Além de conquistarem este
território pelas novas armas industriais conseguiram não só a expulsão, mas
execração e proibição da existência legal dos JESUÍTAS em todos os reinos
católicos.
Fig. 05
– A situação das posses da Coroa Lusitana no Rio
Grande do Sul em 1763 era reduzida e
precária. A capital fora transferida, neste ano, para Viamão. A fortaleza de
Rio Pardo resistindo ao avanço dos espanhóis que tomaram Rio Grande e toda a
margem oeste da Lagoa dos Patos. Restava
aos lusitanos o caminho pela Estrada pelo litoral. As tropas de gado que partiam de Viamão, tinham as jornadas a
partir dos pousos de Gravataí (Nossa
Senhora dos Anjos), Glorinha, Santo Antônio da Patrulha e Conceição do Arroio(Osório)
rumo para Laguna, Piracicaba e Minas Gerais
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01.1- PERMANÊNCIA da MEMÓRIA ILUMINISTA na ERA PÓS-INDUSTRIAL.
Estes feitos, vitórias e derrotas estão num passado longínquo e
anteriores à soberania brasileira. Porem
derrotas, vitórias e feitos subjazem e estão presentes subliminarmente em
juízos, ações e sentimentos cultivados no Rio Grande do Sul. Este embate
ideológico e físico distingue o sul-rio-grandense de outros centros culturais
brasileiros onde esta passagem entre BARROCO e NEO-CLÁSSICO se deu de outra
forma e por mediação outros agentes.
Marquês de Pombal com
seu irmão Patriarca de Lisboa e seu irmão Francisco
Xavier de Mendonça Furtado Governado do Pará
Fig. 06
– O Marques de Pombal (1699-1782) comandou o governo lusitano como Primeiro
Ministro entre 1750 e 1777 e que deu
ocasião para uma estética das Luzes complementar de sua política centralista
dos TIRANOS ILUMINADOS. Porém, como
TIRANO ILUMINADO permaneceu distante do PODER ORIGINÁRIO lusitano. Na imagem
acima é visível “a política em família”.
Tanto na ”afetuosa” união entre o ESTADO e a IGREJA na pessoa de seu irmão Dom
Paulo de Carvalho Mendonça (1702-1770), como na DELEGAÇÂO COLONIAL na pessoa de
seu irmão governador do Grão Pará
Francisco Xavier de Mendonça Furtado. Os
traços desta “política em família” são facilmente encontrados antes e depois da
“ÉPOCA das LUZES”.
02.
MOVIMENTO ILUMINISTA de
CIMA PARA BAIXO
02.1-
SOFISTICAÇÃO do REGIME
COLONIAL e ESCRAVOCRATA
O Rio Grande do Sul lusitano nasceu no
interior das severas compulsões coloniais portuguesas impostas pelos
dominadores europeus. Sobre o regime
conduzido pelo Marques de Pombal pesa a acusação de se constituir num reforço
oficial e legal para aprofundar
escravidão na colônia brasileira. Uma das causa da expulsão e
erradicação dos jesuítas teria sido a constante denúncia desta ordem contra a prática
da escravatura. Para esta condenação e expulsão da ordem de Portugal teria
colaborado ativamente os irmãos do Marquês de Pombal na pessoa do Patriarca de
Lisboa e do Governador do Pará
Estas compulsões coloniais
e práticas centralistas e autoritárias são visíveis em especial na cultura que
vegetou no Brasil nesta época. O colono português, estabelecido na América, não
tinha qualquer direito a construir arquitetura individualista, muito menos
acrescentar-lhe qualquer ostentação artística, doméstica ou urbana, ao
contrário do colono inglês A única exceção eram as igrejas.
Saint Hilaire, de
passagem por Porto Alegre, em 1820, atribui inclusive ao colonialismo a falta
de aquecimentos das residências por mais bem providas e construídas que fossem .
“Há aqui (Porto Alegre) grande número de casas muito bonitas, bem construídas e bem mobiladas,
mas não há uma, sequer, que possua lareira ou chaminé. Os quartos são altos, as
portas e janelas fecham-se mal; estas têm frequentemente as vidraças quebradas
e há casas em que se não pode procurar um objeto sem primeiro abrir os postigos
das janelas e até mesmo as portas. Essa falta de precaução contra o frio parece
ter sido introduzida pelos portugueses, pois me asseguram que em Lisboa as
chaminés são objeto de luxo”
(Sant-Hilaire, 1939, p. 62).
O retrato era permitido
apenas para o culto e os representantes de Deus, como os reis, os bispos e dos
provedores das Santas Casas.
ESTÂNCIA
do LARANJAL PELOTAS a partir da década de 1760
Fig. 07–
Quando Rio Grande caiu nas mãos
castelhanas e com os deslocados da Colônia do Sacramento muitos destes
habitantes se refugiaram no local que viria a ser Pelotas. Com a retomada do controle de Portugal as
terras mais férteis banhadas pela Lagoa dos Patos foram se pontilhando com estâncias
de propriedades lusitanas O
fundador da ESTÂNCIA
do LARANJAL PELOTAS foi um dos lusitanos deslocados da Colônia do
Sacramento pelo território do Rio Grande dos Sul
02.2-
As ARTES e as IRMANDADES
As irmandades faziam o papel dos atuais clubes, bancos, hospitais,
creches, sendo controladas ferreamente pelo Estado e pela Igreja. Eram essas
irmandades que controlavam as encomendas de arte para as igrejas, como
aconteceu com Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa 1730 – 1814), o Mestre
Valentim (1745-1713). ou Mestre Ataíde (1762-1830). O controle das irmandades
sobre a produção artística arrastou-se, no Rio Grande do Sul durante quase todo
o século XIX[1].
[1]- O toreuta, José Couto e
Silva produziu a sua obra sob no
interior do controle das encomendas das irmandades das igrejas das Dores e da
Conceição de Porto Alegre.
Fig. 08
– As distâncias continentais do Rio
Grande do Sul tinham de ser percorridas em condições primitivas. Os comboios
levavam todos os mantimentos para estas jornadas. Ainda em 1834 Arsène Isabelle
descreve o trajeto de São Borja até Rio pardo e no qual demoraram mais de 60
dias. A arquitetura desta época ressente-se deste meio precário de
transporte de matérias especialmente daqueles que iram trazidos de Lisboa e de
outras capitais de além-mar. Com o bloqueio da barra de Rio Grande
pelo espanhóis estes produtos toraram se proibitivos
02.3
– A DESTRUIÇÃO das MISSÕES JESUÍTICAS
No Rio Grande do Sul, o reino da Razão, do
Iluminismo e do Enciclopedismo fez uma aparatosa entrada por meio dos exércitos
luso-ibéricos mandados (1755)[1],
pelos Déspotas Esclarecidos para
destruir as experiências da guildas medievais quase autônomas das Missões[2].
Estas armas e equipamentos estrearam as amostras da primeira Era Industrial no
Rio Grande do Sul. Estas armas foram exibidas na aparatosa campanha militar que
veio destruir as Missões jesuíticas no Rio Grande do Sul. A primitiva da era
industrial inglesa mandava as amostras das suas barulhentas máquinas que
produziam, em série, os equipamentos e os tecidos dos uniformes militares.
Nesta cultura Iluminista a arte passou a ter a função de gerar e preparar um
público capaz de adquirir e de usar massivamente os produtos dessas máquinas. O
seu primeiro produto foram os tecidos para as roupas, que a moda redesenhou a
partir de “tradições inventadas” com o objetivo de criar peças de vestuário
que esbanjavam os tecidos produzidos pelos teares mecânicos ingleses[3].
[1] - GOLIN, 1998. 624 p.
[2] - Langer escreveu ( 1997 p.
86) que“
a destruição étnica do guarani e a imposição da cultura lusa, na sua
acepção mais simples, tinham, como finalidade primordial, colocar o `índio
missioneiro´ à serviço do fomento econômico de teor mercantil metropolitano
português” .
[3] - Até as vestimentas dos
escravos foram redesenhadas para esse
gasto suntuário que as roupas das baianas exibem até hoje. No Rio Grande do Sul
se expressou de forma especial nas roupas das "prendas" e "peões"
gaúchos.
Fig. 09 – . A
igreja de Viamão–RS foi planejada e erguida ao longo dos 12 anos
(1760-1772) em que este lugar foi a 2ª
capital da Província do Rio Grande do Sul. Templos erguidos com erário do
poder público em lugares estratégicos este as desenhava com seteiras, ameias,
poucas aberturas e com materiais capazes de resistir ao impacto dos tiros de
canhão A íntima união entre Estado e Igreja também mantinha os clérigos
como funcionários públicos com estreitas interações recíprocas..
“O arraial (de Viamão) compõe-se principalmente de
duas praças contíguas e de formato irregular, em uma das quais se ergue a igreja.
Depois de São Paulo ainda não tinha visto nenhuma igreja comparável a essa,
possuindo duas torres, bem conservada, extremamente asseada, clara e
ornamentada com gosto. Pelas igrejas do
Brasil pode-se aferir do quanto seria o brasileiro capaz se sua instrução fosse
mais cuidada e se tivesse alguns bons modelos para orientar-se. Quem conhecer
apenas as igrejas das aldeias de França, achará que as artes em nosso país
estão ainda em sua infância, dado o mau gosto das obras, o estilo bárbaro dos
ornatos, a violação das regras da arte, e tantos outros defeitos. Entretanto
elas não são trabalhadas por artífices que desconheçam obras-primas de
arquitetura e escultura... Mas eles não procuraram imitá-las, porque
olharam-nas sem vê-las, sem poder compreender suas belezas. Não se pode
concluir daí que os brasileiros possuem um maior e mais natural sentimento”. Saint-Hilaire, 1939, 46 P.47
02.4-
A CULTURA AÇORIANA ocupa
o ESPAÇO CONQUISTADO
Após a passagem dos exércitos unidos de
Portugal e da Espanha, o espaço que competia a Portugal, foi ocupado pelos depauperados açorianos tangidos pelas necessidades acumuladas nas
suas pequenas ilhas vulcânicas. Na sua migração
ao Rio Grande do Sul eles foram privados dos seus suportes ideológicos,
espirituais e culturais que os seus mosteiros masculinos e femininos
representavam na sua cultura de origem. Nas plagas sul-rio-grandenses as
prendas e as rendas, apreendidas pelas moças nos conventos e a formação de
profissionais e lideranças na calma sombra dos mosteiros, foram relegadas ao
esquecimento. O Iluminismo proibiu a instalação de conventos para esses
imigrantes, da mesma forma com havia extirpado, a ferro e a fogo, a experiência
das guildas autônomas medievais das Missões[1].
A lógica agora era o ensino, também industrial, ao modelo do exército, no qual
o professor tinha um posto e um soldo coerente com a lógica de um Estado único[2].
[1] - “A intervenção do Estado na política missionária revela uma opção
claramente favorável aos colonos e, em contrapartida, o alijamento das
congregações religiosas dos aldeamentos “ in Lange, 1997, p. 69.
[2] - SIMON, Círio « O ensino das artes visuais no Brasil :
iluminismo e academia». In Caminhos
para a Liberdade : A
Revolução Francesa e a Inconfidência Mineira (as Letras e as Artes).
Porto Alegre : UFRGS/PUCRS pp. 98-110 1991
Fig. 10
– Os pousos das comitivas que rumavam
para abastecer as minas de ouro de Minas gerais tinham de pernoitar em lugares
seguros Santo Antônio da Patrulha formou-se ao redor de um pouso de
comitiva. Simetricamente formou-se também o caminho das comitivas que vinham do
nordeste brasileiro com pousios em caruru, Feira de Santana até atingirem Minas
Gerais.
Nos dias atuais a imigração açoriana ostenta
ainda, com grande orgulho, os doces (de Pelotas), algumas festas (Divino) e o
tom arrastado das cantorias açorianas (Reisados..). Esta cultura que se fixou
no litoral, dependente da pesca e pequena agricultura das hortaliças[1],
contrapõe-se a cultura extensiva do gado nos pampas[2].
Os homens e as mulheres açorianas, de fala calma e refletida, contrastam com o
extrovertido e homem do pampa de fala alta e gestos comandados pela emoção e
pela necessidade de encher, com a sua voz, o vazio que o cerca. O açoriano é
originário de etnias nórdicas (Flandres), enquanto o pampiano tem uma complexa
etnia originária do índio, do ibérico e africano.
[1] - LUPI. João et Suzana. São João do Rio Vermelho: memória dos
açorianos em Santa Catarina. Porto Alegre : EST, S/d. 95 p
[2] A tradicional divisão norte-sul
do Rio Grande é realizada em função do modo de produção, da economia e da
administração publica. Contudo a divisão será leste e o oeste se olharmos a
formação, a tradição e os hábitos populares.
Como duas mãos teremos, uma das mãos formadas pelo litoral
e outra a do pampa. O recheio que estas duas mãos seguram é formado pela
cultura africana, alemã, italiana e tantas outras que mantém as duas mãos
juntas e em constante interação no seu fazer.
A mão do
leste, do litoral é constituída pala cultura açoriana e os seus ossos procedem
das profundezas da cultura do Flandres. É a mão do artesanato doméstico, da
casas do cachorro sentado, do doce, da conversa e da canção coloquial e lírica.
A mão do oeste, dos pampas e do Rio Uruguai é
constituída pela cultura Ibérica e os seus ossos são formados índio,
bandeirante e comandero unidos de uma forma definitiva. É a mão do desbravador,
de pousos em eventuais galpões coletivos, do sal, do grito e da canção épica.
Contudo esta divisão é realizada dentro de um continuo.
Leonardo da Vinci afirmava que “tudo o
que continuo pode ser realizada em infinitas partes”. Assim esta divisão do
continuo “litoral e pampa” poderá
abrigar infinitas outras divisões, incluindo a tradicional “norte
sul” ou os criativos “doze potreiros
do Rio Grande do Sul” de Barbosa Lessa..
A antiga Matriz e o Palácio do Governador, os dois
primeiros edifícios importantes da cidade, erguidos a partir da década de 1770.
Aquarela de Herrmann
Wendroth, c. 1851
Fig. 11
– A Matriz e o Palácio do Governo em
Porto Alegre, a TERCEIRA CAPITAL do
Rio Grande do Sul a partir de 1773 indica a mesma interação entre pode
eclesiástico e estatal. Ambos os prédio foram
traçado com régua, compasso e esquadro e despojados de qualquer
ornamento supérfluo. Situados no alto da colina e da qual podiam controlar
tanto o movimento e terra como pelo Guaiba. Com espaços frontais livres e tanto
para procissões como para desfiles militares
03.
A CULTURA MATERIAL ILUMINISTA no
RIO GRANDE do SUL
03.1- AGLOMERAÇÕES URBANAS dos
ILHÉUS AÇORIANOS.
As casas açorianas de porta e de janela (cachorro sentado), exprimidas em
aglomerações urbanas, em ruas de ‘casas em fita’, são locais de conversas coloquiais e divagações do grupo
familiar[1].
As suas igrejas são escuras e cheias de mistérios onde moram inúmeras
representações de santos. O grande
legado açoriano expressa-se nas aglomerações urbanas portuguesas de território
sulino. A cidade de Rio Grande[2]
foi a primeira capital lusitana do território do Rio Grande do Sul[3].
As mesmas características são visíveis em Taquari, em Rio Pardo ou nas
aglomerações que se ergueram ao redor da Lagoa dos Patos e seus afluentes. As
margens desses cursos de água foram marcadas pela cultura açoriana. Com o
passar do tempo, essa cultura foi se polarizando em Porto Alegre[4]
constituindo-se na capital da região e a maior cidade mundial fundada pelos
açorianos[5].
[1] - GARCIA, Maria Amélia
Bulhões. «Arquitetura espontânea: uma proposta de estudo» in Estudos Tecnológicos. São Leopoldo :
Unisinos. Vol. VI nº 20, pp. 11-17,
1982.
[2] - NEVES ALVES, Francisco. O discurso político-partidário
sul-rio-grandense sob o prisma da
imprensa rio-grandina (1868
1895) Porto Alegre PUCRS, 1998 Tese.
750 f.
[3] - No
aspecto da formação histórica lusitana do Rio Grande do Sul, Pieta aceitou a
data de 1737, ao tratar (1995: 41) da totalidade do campo cultural, como o
início da fixação de dezenove núcleos que iniciaram latu sensu o primeiro espaço de relações significativas para a
atual cultura do Rio Grande do Sul e que teve, em 1801, uma configuração
geográfica estricto sensu. No aspecto de sua formação a data de 1737
ganha significado especial na fundação da cidade de Rio Grande como capital e
cuja evolução cultural foi estudada por Neves Alves (1998: 170/5) que depois
examina os jornais editados na cidade portuária na passagem do Império para
Republica. Nas particularidades jurídicas Ruth Gauer estudou (2001) a ação dos
“Egressos de Coimbra” na intenção pombalina da formação do Estado nacional
português, na qual se incluía o território do Sul do Brasil. A formação das instituições
regionais teve características diferentes dos demais estados brasileiros.
Vários autores se dedicaram ao estudo da experiência jesuítica-guarani. Entre
eles, Tau Golin estudou (1998) a sua destruição da pelos exércitos ibéricos
unidos (1750-1761). conforme Both que destacou (1993: 7) traços distintivos
sulinos na educação institucional do RS. No aspecto cultural, as artes
plásticas, até o início do século XX, tiveram pouca expressão nesse meio, como demonstrou Athos Damasceno (1971).
[4] - MACEDO, Francisco
Riopardense de. Porto Alegre: história e vida da
cidade. Porto Alegre : UFRGS, 241p.
____________. Porto Alegre: aspectos culturais. Porto Alegre : SMED/Div. De
Cultura, 1982, 122 p.
[5] - FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre.: guia histórico.
Porto Alegre : UFRGS, 1983, 441 p.
Vila
de SANTO AMARO-RS - Foto de 1922
Fig. 12
– A vida gregária dos primeiros açorianos
que se fixaram no Rio Grande do Sul criaram vivos contrastes entre as apertadas
e superpovoadas do arquipélago das Ilhas dos Açores com os imensos e
despovoados espaços da nova terra. A origem destes ilhéus na realidade
mergulha as suas raízes na cultura dos Flandres também superpovoados e a cujos
migrantes Portugal ofereceu as ilhas que
seus pescadores haviam descoberto no Atlântico Norte
03.2- DISTINÇÕES entre a CULTURA
LITORÂNEA
e a PAMPIANA.
Diferente da cultura
intimista açoriana, característica do litoral sul-rio-grandense, a cultura da
campanha pampiana é épica. Os grandes
espaços abertos da Campanha convidam largos e ousados gestos. No ambiente da
Campanha o galpão é de uso coletivizante e, no qual, cada indivíduo exibe as
sua voz e usa roupas espalhafatosas. A indumentária e os objetos de grande
valia, são criados para o homem nômade que tem de carregar todos os seus
pertences pessoais no lombo do cavalo. O único a repartir com ele essa riqueza
é esse cavalo com seu aparatoso artesanato personalizado. Assim as artes
visuais do homem pampiano, concentram-se no seu corpo, na indumentária e na montaria.
Enquanto a cultura açoriana é sedentária. Ela presa a sua casa de porta e
janela, destinada ao uso estritamente familiar, as vozes são discretas e as vestimentas sóbrias.
Marques de Pombal 1699-1782 Louis-Michel_van_Loo et
Claude Joseph Vernet
Fig. 13
– O retrato
individual era permitido apenas para os representantes de Deus, para o culto dos
reis, os bispos e dos provedores das Santas Casas. Com o Iluminismo e a era
industrial o exercício do retrato individual e personalizado tornou-se um
atributo da burguesia ascendente. Porém ainda são raros, caros e vistos com despeito aqueles que
gozavam deste privilégio.
04.
O EXPERIMENTO ILUMINISTA TEMPORÃO
no RIO
GRANDE do SUL
04.1- CARÊNCIA de um SUPORTE ECONÔMICO
e SOCIAL
Os índices do PROJETO ILUMINISTA que tentou se
afirmar no Rio Grande do Sul na Era Pombalina era uma experiência temporã. Se
um lado era possível manter um clima teórico, intelectual e voluntarista no
plano teórico faltava-lhe a infraestrutura de uma ERA INDUSTRIAL materializado
numa linha de montagem com um sistema de entrada elaboração e saída. Isto
estava acontecendo nos países de cultura anglo-saxã e que vendiam as aramas
saídas desta primitiva e tateante linha de montagem primitiva
da era industrial inglesa mandava as amostras das suas barulhentas máquinas que
produziam, em série, os equipamentos e os tecidos dos uniformes militares.
Nesta cultura Iluminista a arte passou a ter a função de gerar e preparar um
público capaz de adquirir e de usar massivamente os produtos dessas máquinas.
Fig. 14
– A Era INDUSTRIAL tinha todos os
argumentos e razões para ignorar o artesanato manual açoriano. Entre estes
argumentos os teares industriais e as
linhas de montagem necetavam produzir em escala e de forma impessoal O
artesanato açoriano era herança medieval dos mosteiros femininos de delicadas e
trabalhosas urdiduras como da macramê.
Os primeiros produtos industriais foram os tecidos
para as roupas, que a moda redesenhou a partir de “tradições inventadas” com o objetivo de
criar peças de vestuário que esbanjavam os tecidos produzidos pelos teares
mecânicos ingleses[1].
presentes as crenças do estágio da cultural material humana que se confiou na
linha de montagem, na padronização universal e num sistema regulado por um
saber superior e externo. Estágio que se traduziu em normativas, procedimentos
sistêmicos e sentimentos adotados como padrão de eficácia material e simbólica.
A ruína das Missões como da Era Industrial escancararam um mundo de incertezas.
Incertezas nas quais se debate a Era Pós Industrial.
[1] - Até as vestimentas dos
escravos foram redesenhadas para esse
gasto suntuário que as roupas das baianas exibem até hoje. No Rio Grande do Sul
se expressou de forma especial nas roupas das "prendas" e "peões"
gaúchos.
Caxias do Sul - Coleção João
Carlos Leonardelli
Fig. 15 – O sul-rio-grandense algumas vezes é visto e descrito como alguém
desinteressado no uso das suas mãos para produzir objetos e artesanato. De uma
forma geral este tabu é cultivado pela classe dominadora e para quem interessa apenas
o comando e o cultivo das letras e leis. Porém fora deste tabu é possível
encontrar um intenso trabalho manual f.
04.2 – AS ARTES EXPRESSARAM o PROJETO POLÍTICO ILUMINISTA
Houve distinções
políticas que iniciaram a sua formatação na era das Luzes e do Iluminismo. E de
forma coerente as Artes expressaram e materializaram este projeto político. No
entanto não foram acompanhados pela evolução econômica. No lado social a
mudança foi emperrada por largos e profundos interesses em manter uma cultura
como estava. Inclusive a escravidão legal, se foi abolida em Portugal,
no Brasil ela aprofundou-se e foi equipado juridicamente.
O movimento político da
VIRADEIRA[1]
- contrario à politica pombalina e tudo
que ele representava - não só tornou obsoleto estas experiências, as
desqualificou e sufocou com medo de qualquer semente de soberania nacional
brasileira. A tarefa da VIRADEIRA foi facilitada pela ausência de qualquer
recurso econômico ou social que pudesse frear esta derrapada em direção do
Antigo Regime monocrático lusitano. A
Revolução Francesa e a fuga da corte para o Brasil foram necessárias para
sacudir este torpor e criar uma trava neste retorno ao paradigma medieval.
Porém esta mesma corte preferiu retomar o classicismo e o Neoclassicismo na
vertente hegemônica napoleônica reimportada com a Missão Artística Francesa de
1816.
GRAVATAI:
Sobrado erguido, em 1877, por Antônio Dias Fialho
Fig. 16
– Este solar evidencia a permanência da “casa grande”
sobre a “senzala” um século após a era pombalina. Um arremedo de pilastras de
tendência Neoclássica “coladas” na fachada e as janelas abertas nos quatro
lados, podem serem vistos como algumas concessões à passagem do tempo. Este
prédio - preservado na era Pós Industrial para fins culturais - denuncia a
transformação de sua utilidade primeira para fins simbólicos e indenitários da Aldeia
Nossa Senhora dos Anjos[1]
a atual Gravataí-RS. Projeção de um
legado material e arquitetônico de
uma das localidades dos primeiros assentamentos lusitanos no Rio Grande
Sul. No aspecto material constitui um índice das rudes e severas condições de
origem lusitana. No lado poético é matéria prima para Mario Quintana, saudoso do passado que não
teve. Na sua singeleza e pureza formal é índice projetado de um universo primitivo unitário coerente com as
condições possíveis no tempo, lugar e sociedade dos primeiros habitantes da
cultura lusitana no Rio Grande do Sul.
04.3 - ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA e
PESQUISA ESTÉTICA
Todas as ATUALIZAÇÕES da
inteligência sul-rio-grandense são bem vindas e certamente são justas e coerentes.
Contudo a PESQUISA ESTÉTICA supõe uma infraestrutura econômica e social além do
puro VOLUNTARISMO teórico e politico. Mario da Andrade percebeu isto em relação
ao Brasil e que se aplica a todas as nações que passaram pelo estágio do REGIME
COLONIAL e cultiva ainda a ESCRAVIDÃO passiva e ativa.
ESCRAVIDÃO e REGIME
COLONIAL que continuam sendo praticados enquanto a presente postagem foi criada
logisticamente numa infraestrutura econômica e social da ERA PÓS-INDUSTRIAL e
na qual circula.
[1] LANGER, Protásio Paulo. A Aldeia Nossa Senhora dos Anjos: a
resistência do guarani missioneiro
no processo de dominação do sistema luso. Porto Alegre: EST, 1997, 128 p
A
CASA GRANDE
Mário Quintana.
... mas eu queria ter nascido numa dessas casas de meia água
com telhado descendo logo após as fachadas
só de porta e janela
e que tinha, no século, o carinhoso apelido
de cachorros sentados.
Porém nasci em um solar de leões
(escadarias, corredores, sótãos, porões, tudo isso..)
Não pude ser um menino da rua..
Aliás, a casa me assustava mais que o mundo, lá fora.
A casa era maior que o mundo!
E até hoje
- mesmo depois que destruíram a casa
grande –
até hoje eu vivo explorando os seus
esconderijos...
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
DAMASCENO, Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto
Alegre : Globo, 1971, 520 p.
FRANCO, Sérgio da
Costa. Porto Alegre.: guia
histórico. Porto Alegre : UFRGS, 1983, 441 p.
GARCIA, Maria Amélia
Bulhões. «Arquitetura espontânea: uma
proposta de estudo» in Estudos
Tecnológicos. São Leopoldo: Unisinos. Vol. VI nº 20, pp. 11-17, 1982.
GAUER, Ruth Maria
Chittó. A construção do Estado-nação no Brasil: a contribuição dos egressos de Coimbra
. Curitiba: Juruá. 2001.
336 p
GOLIN, Tau. A
Guerra Guaranítica: como os
exércitos de Portugal e Espanha destruíram os Sete Povos dos
jesuítas e índios guaranis no Rio
Grande do Sul. (1750-1761). Passo Fundo: PUF e Porto Alegre UFRGS, 1998, 624 p.
LANGER, Protásio Paulo. A Aldeia Nossa Senhora dos Anjos: a resistência do guarani missioneiro no processo de dominação do sistema luso. Porto Alegre: EST, 1997, 128 p
LUPI. João et Suzana. São João do Rio Vermelho: memória dos
açorianos em Santa Catarina. Porto Alegre: EST,
S/d. 95 p
MACEDO, Francisco
Riopardense de. Porto
Alegre: história e vida da cidade. Porto Alegre : UFRGS, 241p.
____________. Porto Alegre: aspectos culturais. Porto
Alegre: SMED/Div. De Cultura, 1982, 122 p.
NEVES ALVES, Francisco. O discurso político-partidário
sul-rio-grandense sob o prisma da
imprensa rio-grandina (1868 - 1895) Porto Alegre PUCRS, 1998 Tese.
750 f.
SAINT-HILAIRE, Auguste (1776-1853). Viagem ao Rio Grande do Sul
(1820-1821) tradução Leonam de Azevedo Pen (2ª ed.) São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 1939, 404 p
SIMON, Círio « O ensino das artes visuais no Brasil:
iluminismo e academia». In Caminhos
para a Liberdade: A Revolução Francesa e a Inconfidência Mineira (as Letras
e as Artes). Porto Alegre : UFRGS/PUCRS 1991, pp. 98-110
VOLKMER José Albano (1942-2007) et ERTZOGUE,
Marina Hiszenreder – José Custódio de S´[a e Faria; 200 anos de sua morte. Estudos Tecnológicos,
São Leopoldo: Unisinos, 1993, arquitetura 22, Vol. XVI
FONTES NUMÉRICAS
DIGITAIS.
ANTONIO
JOSÉ LANDI
(1713-1791)
COLONIA
do SACRAMENTO atual URUGUAI
CORONEL JOSÉ CUSTÓDIO de SÁ e FARIA
( - 1792) desenho dos mapas e
arquiteto classicista
Catedral
de Montevidéu - https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_Metropolitana_de_Montevidéu
DOCUMENTOS (289) relativos aos
LIMITES do BRASIL MERIDIONAL entre
1699-1843
Dom Paulo de Carvalho
Mendonça (1702-1770),- irmão do Marquês de Pombal
FORTALEZA JESUS MARIA JOSÉ de
RIO GRANDE
FORTALEZA JESUS MARIA JOSÉ de
RIO PARDO
http://fortalezas.org/?ct=fortaleza&id_fortaleza=391
FORTE de SÂO MIGUEL – URUGUAI
FORTE de SANTA TECLA BAGÉ
FORTE de SANTA TERESA – URUGUAI
Francisco Xavier de Mendonça Furtado
MACAPÁ
MARQUÊS de POMBAL Sebastião José de
Carvalho Mello (1699-1782)
URUGUAI – Poema - Basílio da Gama
VIRADEIRA
com DONA MARIA I -
https://pt.wikipedia.org/wiki/Viradeira
SÉRIE
de POSTAGENS ARTE no RIO GRANDE do SUL
[esta série desenvolve o tema “ARTE no RIO
GRANDE do SUL” disponível em http://www.ciriosimon.pro.br/his/his.html ]
123 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 01
GUARDIÕES das SEMENTES das ARTES
VISUAIS do RIO GRANDE do SUL
124 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 02
DIACRONIA e SINCRONIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL nos seus
ESTÁGIOS PRODUTIVOS.
PRIMEIRA PARTE
125 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 03
Artes visuais indígenas sul-rio-grandenses
126 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 04
O projeto civilizatório jesuítico e a Contrarreforma
no Rio Grande do Sul
127 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 05
Artes visuais afro--sul-rio-grandenses
128 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 06
O projeto iluminista contrapõe-se ao projeto da
Contrarreforma no Rio Grande do Sul.
129 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 07
A província sul-rio-grandense diante do projeto imperial brasileiro
130 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 08
A arte no Rio Grande do Sul diante de projeto
republicano
131 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 09
Dos primórdios do ILBA-RS e a sua Escola de Artes até a Revolução de 1930
132 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 10
A ARTE no RIO
GRANDE do SUL entre 1930 e 1945
133 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 11
O projeto da
democratização da arte após 1945.
134 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 12
A ARTE e a ARQUITETURA em AUTONOMIA no RIO GRANDE do SUL
135 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 13
A ARTE no RIO
GRANDE do SUL entre 1970 e 2000
SEGUNDA PARTE
Iconografia e Iconologia das artes visuais de diferentes projetos políticos do
Rio Grande do Sul.
136– ARTE no RIO GRANDE do SUL - 13
As obras das artes visuais indígena do atual
território do o Rio Grande do Sul.
137 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 14
Obras das artes visuais afro-sul-rio-grandense
138 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 15
Obras de arte dos Sete Povos das Missões Jesuíticas
como metáfora da Contrarreforma
139 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 16
A “casa
do cachorro-sentado” como índice açoriano no meio cultural do Rio Grande do Sul .
140 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 17
Obras de Manuel Araújo Porto-alegre
141 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 18
Obras de Pedro Weingärtner
142 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 19
Obras de Libindo Ferrás
143 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 20
Obras de Francis Pelichek
144 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 21
Obras de Fernando Corona
145 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 22
Obras de Ado Malagoli
146 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 23
Obras de Iberê Camargo
[1] - QUINTANA, Mário «A Casa Grande » in CORREIO
do POVO –Porto Alegre: Companhia Caldas Júnior. Caderno de Sábado,
Volume CVI, Ano VIII, no 606,
p.2, 08/03/1980
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restrito ao apoio do processo continuado de ensino-aprendizagem
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idioma.
Referências para Círio SIMON
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