quarta-feira, 1 de julho de 2015

ARTE no RIO GRANDE do SUL - 06

O PROJETO ILUMINISTA OPÕE-SE à CONTRARREFORMA no RIO GRANDE do SUL


01. O SENTIDO do ILUMINISMO na ERA PÓS-INDUSTRIAL  01.1 -O  ARTISTA e o ILUMINISMO- 01.02 -O   ILUMINISMO e a POLÌTICA – 01.3 O  RIO GRANDE do SUL como LABORATÒRIO do ILUMINISMO -01.4 PERMANÊNCIA da MEMÓRIA  ILUMINISTA na ERA PÓS-INDUSTRIAL.

02. MOVIMENTO ILUMINISTA de CIMA PARA BAIXO  02.1-SOFISTICAÇÂO do REGIME COLONIAL e ESCRAVORATA -02.2- As ARTES e as IRMANDADES. 02.3 – A DESTRUIÇÂO das MISSÕES JESUÍTICAS

03. A CULTURA MATERIAL ILUMINISTA no RIO GRANDE do SUL  03.1- AGLOMERAÇÕES URBANAS dos ILHEUS AÇORIANOS. 03.2- DISTINÇÕES entre a CULTURA LITORÂNEA e a PAMPIANA.

04. O EXPERIMENTO ILUMINISTA TEMPORÃO no RIO GRANDE do SUL  04.1-  CARÊNCIA de um SUPORTE ECONÔMICO e SOCIAL  04.2 – AS ARTES EXPRESSARAM o PROJETO POLÌTICO ILUMINISTA04.3 - ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA


DETALHE da PLANTA RIO GRANDEL  Desenho do Coronel José Custódio de Sá 1763
Fig. 01 – Planta da PRIMEIRA CAPITAL do Rio Grande do Sul quando completava 25 anos de existência e estava prestes a ser tomada pelos espanhóis em 1763. Tomada que motivou a fixação da SEGUNDA CAPITAL em VIAMÃO e onde permaneceu at´1773 com a transferência para a TERCEIRA CAPITAL. Com a fixação da capital em Porto Alegre estava chegando ao fim o governo (1750-1777) do Marques de Pombal (1699-1782) e a estética complementar comandada pelas Luzes.
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01-              O SENTIDO do ILUMINISMO na ERA PÓS INDUSTRIAL

01.1 - O  ARTISTA e o ILUMINISMO

No âmbito do Iluminismo os artistas conquistaram a assinatura dos seus  nomes pessoais nas suas obas e os direitos autorais sobre-a sua produção. Ninguém mais contesta o direito á Imagem individual e pessoal.  As Artes Visuais reivindicam a sua autonomia como algo inalienável e intransferível para outros agentes. Ao mesmo tempo na Era Industrial a religião e a transcendência sedem os seus lugares  para as Artes. Estas e reforçam e se reforçam o sistema paralelo e autônomo da fábrica. O templo da Arte  serão os museus e sua socialização os salões paralelos e amodelo dos salões industriais. Na Era Pós Industrial todo este conjunto está migrando para espaços numéricos digitais e gerando comunidades de interesses planetários.
Fig. 02 – Uma placa da fachada da Igreja matriz (hoje catedral) da PRIMEIRA CAPITAL do Rio Grande do Sul indica a posse de Portugal e em nome do Rei José I. .  Na data, indicada na placa, estava em Vigência o Tratado de Madrid e, em andamento. a Guerra Guaranítica. As posses lusitanas reduziram a uma estreita língua de terras entre o Atlântico e a  Lagoa dos Patos. A resistência portuguesa fixou-se as margens do Guaíba e dos seus afluentes. Dom Ceballos, o comandate de retomada espanhola criou, em 1763,  a atua cidade de Sab carlos para onde deslocou grupos de famílias açorianas
San Carlos Uruguai
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01.02- O   ILUMINISMO e a POLÍTICA

Na política as distinções entre governo, nação e estado parecem consagradas o âmbito e que continuam vigentes inclusive na era Pós Industrial. No interior dos governos separou-se o legislativo, e este do executivo e ambos do judiciário. O governo distinguiu-se da religião. Estas distinções políticas iniciaram a sua formatação na era das Luzes e do Iluminismo[1]. E de forma coerente as Artes expressaram e materializaram este projeto politico.




[1] A própria logística da História se beneficiou com a circulação e a abundância da documentação escrita. Em grande parte devido à imprensa cada vez mais industrializada


Fig. 03 – Esta foto do inicio do século XX de uma das ruas da PRIMEIRA CAPITAL do Rio Grande do Sul  ostenta, no alinhamento da matriz de São Pedro com casas em fita e sem platibanda na fachada. O lado oposto já ostenta casas construídas ao longo do século XIX com  platibandas, elementos arquitetônicos de fachada de tendências neoclássicas e com estátuas importadas de Portugal

01.1 - O  RIO GRANDE do SUL como 
LABORATÓRIO do ILUMINISMO

Estas concepções iluministas tiveram no Brasil os seus territórios experimentais tanto o Rio Grande do Sul como no Pará. Nas Artes Visuais iniciaram as divergências entre a matriz Barroca e da Contrarreforma. Em ambos estes extremos do atual território brasileiro, as formas estéticas foram laboratórios de uma nova expressão e de Artes Visuais. Em Belém do Pará pontificou o arquiteto Antônio José Landi (1713-1791). A vinda deste arquiteto  italiano foi sob o olhar do governador do Pará e do Maranhão foi Francisco Xavier de Mendonça Furtado (1700-1769)  irmão do Marques de Pombal e demarcador do Rio Amazonas e fundador de Macapá Enquanto na região platina o arquiteto e militar Coronel José Custodio de Sá e Farias (  -- - 1792). Este último é pouco estudado e citado pela cultura lusitana que o considera um traidor na medida em que teve de ser refugiar ente os espanhóis de Buenos Aires e Montevidéu. Não há como omitir a potencial ameaça de ser  enforcado quando da “Viradeira” (1777) comandada por Dona Maria I e que transformou o pombalismo em heresia e traição. Em Montevidéu atribui-se à José Custódio o projetou a catedral[1].
Fig. 04 – A matriz de São Pedro da  PRIMEIRA CAPITAL do Rio Grande do Sul com traçado com régua, compasso e esquadro está despojada de qualquer ornato supérfluo. As suas sólidas paredes e raras aberturas e as torres vigias as inscrevem  na despojada lógica militar. No seu despojamento formal contrasta com os prédios barrocos que inclusive estavam se construindo em Minas Gerais neste mesma época.

As terras compreendidas entre o Atlântico Sul e Rio Uruguai foram transformadas pelas politicas pombalinas e do Rei Dom José I de Portugal. E um lado foram  num campo de guerras abertas para extirpar a Contrarreforma. De outro lado esta terras funcionaram como um laboratório a ser povoado pelos lusitanos e equipado com uma política irradiada pelas Luzes da RAZÃO. Para isto era necessário extirpar a EMOÇÃO manejada, com maestria, pela CONTRARREFORMA, PROPAGANDA da  e pelos JESUÍTAS.
 Além de conquistarem este território pelas novas armas industriais conseguiram não só a expulsão, mas execração e proibição da existência legal dos JESUÍTAS em todos os reinos católicos.
Fig. 05 –  A situação das posses da Coroa Lusitana no Rio Grande do Sul  em 1763 era reduzida e precária. A capital fora transferida, neste ano, para Viamão. A fortaleza de Rio Pardo resistindo ao avanço dos espanhóis que tomaram Rio Grande e toda a margem oeste da Lagoa dos Patos. Restava  aos lusitanos o caminho pela Estrada pelo litoral. As tropas de gado que partiam de Viamão, tinham as jornadas a partir dos pousos de  Gravataí (Nossa Senhora dos Anjos), Glorinha, Santo Antônio da Patrulha e Conceição do Arroio(Osório) rumo para Laguna, Piracicaba e Minas Gerais
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01.1- PERMANÊNCIA da MEMÓRIA  ILUMINISTA na ERA PÓS-INDUSTRIAL.

Estes feitos, vitórias e derrotas estão num passado longínquo e anteriores à soberania brasileira.  Porem derrotas, vitórias e feitos subjazem e estão presentes subliminarmente em juízos, ações e sentimentos cultivados no Rio Grande do Sul. Este embate ideológico e físico distingue o sul-rio-grandense de outros centros culturais brasileiros onde esta passagem entre BARROCO e NEO-CLÁSSICO se deu de outra forma e por mediação outros agentes.   
Marquês de Pombal com seu irmão Patriarca de Lisboa e seu irmão Francisco Xavier de Mendonça Furtado Governado do Pará
Fig. 06 – O Marques de Pombal (1699-1782)  comandou o governo lusitano como Primeiro Ministro entre  1750 e 1777 e que deu ocasião para uma estética das Luzes complementar de sua política centralista dos TIRANOS ILUMINADOS.  Porém, como TIRANO ILUMINADO permaneceu distante do PODER ORIGINÁRIO lusitano. Na imagem acima é visível  “a política em família”. Tanto na ”afetuosa” união entre o ESTADO e a IGREJA na pessoa de seu irmão Dom Paulo de Carvalho Mendonça (1702-1770), como na DELEGAÇÂO COLONIAL na pessoa de seu irmão governador do Grão Pará Francisco Xavier de Mendonça Furtado. Os traços desta  “política em família”  são facilmente encontrados antes e depois da “ÉPOCA das LUZES”.

02. MOVIMENTO ILUMINISTA de 
CIMA PARA BAIXO

02.1- SOFISTICAÇÃO do REGIME 
COLONIAL e ESCRAVOCRATA

 O Rio Grande do Sul lusitano nasceu no interior das severas compulsões coloniais portuguesas impostas pelos dominadores europeus. Sobre o  regime conduzido pelo Marques de Pombal pesa a acusação de se constituir num reforço oficial e legal para aprofundar  escravidão na colônia brasileira. Uma das causa da expulsão e erradicação dos jesuítas teria sido a constante denúncia desta ordem contra a prática da escravatura. Para esta condenação e expulsão da ordem de Portugal teria colaborado ativamente os irmãos do Marquês de Pombal na pessoa do Patriarca de Lisboa e do Governador do Pará
Estas compulsões coloniais e práticas centralistas e autoritárias são visíveis em especial na cultura que vegetou no Brasil nesta época. O colono português, estabelecido na América, não tinha qualquer direito a construir arquitetura individualista, muito menos acrescentar-lhe qualquer ostentação artística, doméstica ou urbana, ao contrário do colono inglês A única exceção eram as igrejas.
Saint Hilaire, de passagem por Porto Alegre, em 1820, atribui inclusive ao colonialismo a falta de aquecimentos das residências por mais bem providas e construídas que fossem .
Há aqui (Porto Alegre) grande número de casas muito bonitas, bem construídas e bem mobiladas, mas não há uma, sequer, que possua lareira ou chaminé. Os quartos são altos, as portas e janelas fecham-se mal; estas têm frequentemente as vidraças quebradas e há casas em que se não pode procurar um objeto sem primeiro abrir os postigos das janelas e até mesmo as portas. Essa falta de precaução contra o frio parece ter sido introduzida pelos portugueses, pois me asseguram que em Lisboa as chaminés são objeto de luxo (Sant-Hilaire, 1939, p. 62).
O retrato era permitido apenas para o culto e os representantes de Deus, como os reis, os bispos e dos provedores das Santas Casas.
ESTÂNCIA do LARANJAL PELOTAS a partir da década de 1760
Fig. 07– Quando Rio Grande caiu nas mãos castelhanas e com os deslocados da Colônia do Sacramento muitos destes habitantes se refugiaram no local que viria a ser Pelotas.  Com a retomada do controle de Portugal as terras mais férteis banhadas pela Lagoa dos Patos foram se pontilhando com estâncias de propriedades lusitanas O fundador da ESTÂNCIA do LARANJAL PELOTAS  foi um dos lusitanos deslocados da Colônia do Sacramento pelo território do Rio Grande dos Sul

02.2- As ARTES e as IRMANDADES

   As irmandades faziam o papel dos atuais clubes, bancos, hospitais, creches, sendo controladas ferreamente pelo Estado e pela Igreja. Eram essas irmandades que controlavam as encomendas de arte para as igrejas, como aconteceu com Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa 1730 – 1814), o Mestre Valentim (1745-1713). ou Mestre Ataíde (1762-1830). O controle das irmandades sobre a produção artística arrastou-se, no Rio Grande do Sul durante quase todo o século XIX[1].



[1]- O toreuta, José Couto e Silva  produziu a sua obra sob no interior do controle das encomendas das irmandades das igrejas das Dores e da Conceição  de Porto Alegre.

Fig. 08 – As distâncias continentais do Rio Grande do Sul tinham de ser percorridas em condições primitivas. Os comboios levavam todos os mantimentos para estas jornadas. Ainda em 1834 Arsène Isabelle descreve o trajeto de São Borja até Rio pardo e no qual demoraram mais de 60 dias. A arquitetura desta época ressente-se deste meio precário de transporte de matérias especialmente daqueles que iram trazidos de Lisboa e de outras capitais de além-mar. Com o bloqueio da barra  de Rio Grande  pelo espanhóis estes produtos toraram se proibitivos

02.3 – A DESTRUIÇÃO das MISSÕES JESUÍTICAS

  No Rio Grande do Sul, o reino da Razão, do Iluminismo e do Enciclopedismo fez uma aparatosa entrada por meio dos exércitos luso-ibéricos mandados (1755)[1], pelos Déspotas Esclarecidos para destruir as experiências da guildas medievais quase  autônomas das Missões[2]. Estas armas e equipamentos estrearam as amostras da primeira Era Industrial no Rio Grande do Sul. Estas armas foram exibidas na aparatosa campanha militar que veio destruir as Missões jesuíticas no Rio Grande do Sul. A primitiva da era industrial inglesa mandava as amostras das suas barulhentas máquinas que produziam, em série, os equipamentos e os tecidos dos uniformes militares. Nesta cultura Iluminista a arte passou a ter a função de gerar e preparar um público capaz de adquirir e de usar massivamente os produtos dessas máquinas. O seu primeiro produto foram os tecidos para as roupas, que a moda redesenhou a partir de  “tradições inventadas” com o objetivo de criar peças de vestuário que esbanjavam os tecidos produzidos pelos teares mecânicos ingleses[3].



[1] - GOLIN, 1998. 624 p.

[2] - Langer escreveu ( 1997 p. 86) que“  a destruição étnica do guarani e a imposição da cultura lusa, na sua acepção mais simples, tinham, como finalidade primordial, colocar o `índio missioneiro´ à serviço do fomento econômico de teor mercantil metropolitano português” .

[3] - Até as vestimentas dos escravos foram redesenhadas para  esse gasto suntuário que as roupas das baianas exibem até hoje. No Rio Grande do Sul se expressou de forma especial nas roupas das "prendas" e "peões" gaúchos.

Fig. 09 –  .  A igreja de Viamão–RS foi planejada e erguida ao longo dos 12 anos (1760-1772)  em que este lugar foi a 2ª capital da Província do Rio Grande do Sul. Templos erguidos com erário do poder público em lugares estratégicos este as desenhava com seteiras, ameias, poucas aberturas e com materiais capazes de resistir ao impacto dos tiros de canhão A íntima união entre Estado e Igreja também mantinha os clérigos como funcionários públicos com estreitas interações recíprocas..
“O arraial (de Viamão) compõe-se principalmente de duas praças contíguas e de formato irregular, em uma das quais se ergue a igreja. Depois de São Paulo ainda não tinha visto nenhuma igreja comparável a essa, possuindo duas torres, bem conservada, extremamente asseada, clara e ornamentada com gosto.  Pelas igrejas do Brasil pode-se aferir do quanto seria o brasileiro capaz se sua instrução fosse mais cuidada e se tivesse alguns bons modelos para orientar-se. Quem conhecer apenas as igrejas das aldeias de França, achará que as artes em nosso país estão ainda em sua infância, dado o mau gosto das obras, o estilo bárbaro dos ornatos, a violação das regras da arte, e tantos outros defeitos. Entretanto elas não são trabalhadas por artífices que desconheçam obras-primas de arquitetura e escultura... Mas eles não procuraram imitá-las, porque olharam-nas sem vê-las, sem poder compreender suas belezas. Não se pode concluir daí que os brasileiros possuem um maior e mais natural sentimento”. Saint-Hilaire, 1939, 46 P.47


02.4- A CULTURA AÇORIANA ocupa
 o ESPAÇO CONQUISTADO

 Após a passagem dos exércitos unidos de Portugal e da Espanha, o espaço que competia a Portugal, foi ocupado pelos  depauperados açorianos  tangidos pelas necessidades acumuladas nas suas pequenas ilhas vulcânicas. Na sua migração  ao Rio Grande do Sul eles foram privados dos seus suportes ideológicos, espirituais e culturais que os seus mosteiros masculinos e femininos representavam na sua cultura de origem. Nas plagas sul-rio-grandenses as prendas e as rendas, apreendidas pelas moças nos conventos e a formação de profissionais e lideranças na calma sombra dos mosteiros, foram relegadas ao esquecimento. O Iluminismo proibiu a instalação de conventos para esses imigrantes, da mesma forma com havia extirpado, a ferro e a fogo, a experiência das guildas autônomas medievais das Missões[1]. A lógica agora era o ensino, também industrial, ao modelo do exército, no qual o professor tinha um posto e um soldo coerente com a lógica de um Estado único[2].



[1] - “A intervenção do Estado na política missionária revela uma opção claramente favorável aos colonos e, em contrapartida, o alijamento das congregações religiosas dos aldeamentos “ in Lange, 1997, p. 69.

[2] - SIMON, Círio « O ensino das artes visuais no Brasil : iluminismo e academia». In Caminhos para a Liberdade : A
              Revolução Francesa e a Inconfidência Mineira (as Letras e as Artes). Porto Alegre : UFRGS/PUCRS pp. 98-110 1991

Fig. 10 – Os pousos das comitivas que rumavam para abastecer as minas de ouro de Minas gerais tinham de pernoitar em lugares seguros Santo Antônio da Patrulha formou-se ao redor de um pouso de comitiva. Simetricamente formou-se também o caminho das comitivas que vinham do nordeste brasileiro com pousios em caruru, Feira de Santana até atingirem Minas Gerais.

   Nos dias atuais a imigração açoriana ostenta ainda, com grande orgulho, os doces (de Pelotas), algumas festas (Divino) e o tom arrastado das cantorias açorianas (Reisados..). Esta cultura que se fixou no litoral, dependente da pesca e pequena agricultura das hortaliças[1], contrapõe-se a cultura extensiva do gado nos pampas[2]. Os homens e as mulheres açorianas, de fala calma e refletida, contrastam com o extrovertido e homem do pampa de fala alta e gestos comandados pela emoção e pela necessidade de encher, com a sua voz, o vazio que o cerca. O açoriano é originário de etnias nórdicas (Flandres), enquanto o pampiano tem uma complexa etnia originária do índio, do ibérico e africano.



[1] - LUPI. João et Suzana. São João do Rio Vermelho: memória dos açorianos em Santa Catarina. Porto Alegre : EST,  S/d. 95 p

[2] A tradicional divisão norte-sul do Rio Grande é realizada em função do modo de produção, da economia e da administração publica. Contudo a divisão será leste e o oeste se olharmos a formação, a tradição e os hábitos populares.
Como duas mãos teremos, uma das mãos formadas pelo litoral e outra a do pampa. O recheio que estas duas mãos seguram é formado pela cultura africana, alemã, italiana e tantas outras que mantém as duas mãos juntas e em constante interação no seu fazer.
 A mão do leste, do litoral é constituída pala cultura açoriana e os seus ossos procedem das profundezas da cultura do Flandres. É a mão do artesanato doméstico, da casas do cachorro sentado, do doce, da conversa e da canção coloquial e lírica.
A mão do oeste, dos pampas e do Rio Uruguai é constituída pela cultura Ibérica e os seus ossos são formados índio, bandeirante e comandero unidos de uma forma definitiva. É a mão do desbravador, de pousos em eventuais galpões coletivos, do sal, do grito e da canção épica.
Contudo esta divisão é realizada dentro de um continuo. Leonardo da Vinci afirmava que “tudo o que continuo pode ser realizada em infinitas partes”. Assim esta divisão do continuo “litoral e pampa” poderá abrigar infinitas outras divisões, incluindo a tradicional  “norte sul” ou os criativos “doze potreiros do Rio Grande do Sul” de Barbosa Lessa..

A antiga Matriz e o Palácio do Governador, os dois primeiros edifícios importantes da cidade, erguidos a partir da década de 1770. Aquarela de Herrmann Wendroth, c. 1851
Fig. 11 – A Matriz e o Palácio do Governo em Porto Alegre, a TERCEIRA CAPITAL do Rio Grande do Sul a partir de 1773 indica a mesma interação entre pode eclesiástico e estatal. Ambos os prédio foram  traçado com régua, compasso e esquadro e despojados de qualquer ornamento supérfluo. Situados no alto da colina e da qual podiam controlar tanto o movimento e terra como pelo Guaiba. Com espaços frontais livres e tanto para procissões como para desfiles militares

03. A CULTURA MATERIAL ILUMINISTA no 
RIO GRANDE do SUL

03.1- AGLOMERAÇÕES URBANAS dos
 ILHÉUS AÇORIANOS.

  As casas açorianas de porta e de janela (cachorro sentado), exprimidas em aglomerações urbanas, em ruas de ‘casas em fita, são locais de conversas coloquiais e divagações do grupo familiar[1]. As suas igrejas são escuras e cheias de mistérios onde moram inúmeras representações de santos.    O grande legado açoriano expressa-se nas aglomerações urbanas portuguesas de território sulino. A cidade de  Rio Grande[2] foi a primeira capital lusitana do território do Rio Grande do Sul[3]. As mesmas características são visíveis em Taquari, em Rio Pardo ou nas aglomerações que se ergueram ao redor da Lagoa dos Patos e seus afluentes. As margens desses cursos de água foram marcadas pela cultura açoriana. Com o passar do tempo, essa cultura foi se polarizando em Porto Alegre[4] constituindo-se na capital da região e a maior cidade mundial fundada pelos açorianos[5].



[1] - GARCIA, Maria Amélia Bulhões. «Arquitetura espontânea: uma proposta de estudo» in Estudos Tecnológicos. São Leopoldo : Unisinos. Vol. VI nº 20, pp. 11-17, 1982.
 
[2] - NEVES ALVES, Francisco. O discurso político-partidário sul-rio-grandense sob o  prisma da imprensa rio-grandina (1868     
            1895) Porto Alegre PUCRS, 1998  Tese.  750 f.

[3] -  No aspecto da formação histórica lusitana do Rio Grande do Sul, Pieta aceitou a data de 1737, ao tratar (1995: 41) da totalidade do campo cultural, como o início da fixação de dezenove núcleos que iniciaram latu sensu o primeiro espaço de relações significativas para a atual cultura do Rio Grande do Sul e que teve, em 1801, uma configuração geográfica estricto sensu.  No aspecto de sua formação a data de 1737 ganha significado especial na fundação da cidade de Rio Grande como capital e cuja evolução cultural foi estudada por Neves Alves (1998: 170/5) que depois examina os jornais editados na cidade portuária na passagem do Império para Republica. Nas particularidades jurídicas Ruth Gauer estudou (2001) a ação dos “Egressos de Coimbra” na intenção pombalina da formação do Estado nacional português, na qual se incluía o território do Sul do Brasil. A formação das instituições regionais teve características diferentes dos demais estados brasileiros. Vários autores se dedicaram ao estudo da experiência jesuítica-guarani. Entre eles, Tau Golin estudou (1998) a sua destruição da pelos exércitos ibéricos unidos (1750-1761). conforme Both que destacou (1993: 7) traços distintivos sulinos na educação institucional do RS. No aspecto cultural, as artes plásticas, até o início do século XX, tiveram pouca expressão nesse meio,  como demonstrou Athos Damasceno (1971).

[4] - MACEDO, Francisco Riopardense de.    Porto Alegre: história e vida da cidade. Porto Alegre : UFRGS, 241p.
____________. Porto Alegre: aspectos culturais. Porto Alegre : SMED/Div. De Cultura, 1982, 122 p.

[5] - FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre.: guia histórico. Porto  Alegre : UFRGS,  1983, 441 p.

Vila de SANTO AMARO-RS  - Foto de 1922
Fig. 12 – A vida gregária dos primeiros açorianos que se fixaram no Rio Grande do Sul criaram vivos contrastes entre as apertadas e superpovoadas do arquipélago das Ilhas dos Açores com os imensos e despovoados espaços da nova terra. A origem destes ilhéus na realidade mergulha as suas raízes na cultura dos Flandres também superpovoados e a cujos migrantes  Portugal ofereceu as ilhas que seus pescadores haviam descoberto no Atlântico Norte

03.2- DISTINÇÕES entre a CULTURA
 LITORÂNEA e a  PAMPIANA.
Diferente da cultura intimista açoriana, característica do litoral sul-rio-grandense, a cultura da campanha pampiana é épica.  Os grandes espaços abertos da Campanha convidam largos e ousados gestos. No ambiente da Campanha o galpão é de uso coletivizante e, no qual, cada indivíduo exibe as sua voz e usa roupas espalhafatosas. A indumentária e os objetos de grande valia, são criados para o homem nômade que tem de carregar todos os seus pertences pessoais no lombo do cavalo. O único a repartir com ele essa riqueza é esse cavalo com seu aparatoso artesanato personalizado. Assim as artes visuais do homem pampiano, concentram-se no seu corpo, na indumentária e na montaria. Enquanto a cultura açoriana é sedentária. Ela presa a sua casa de porta e janela, destinada ao uso estritamente familiar, as vozes  são discretas e as vestimentas sóbrias. 
Marques de Pombal 1699-1782 Louis-Michel_van_Loo et Claude Joseph Vernet
Fig. 13 – O retrato individual era permitido apenas para os representantes de Deus, para o culto dos reis, os bispos e dos provedores das Santas Casas. Com o Iluminismo e a era industrial o exercício do retrato individual e personalizado tornou-se um atributo da burguesia ascendente. Porém ainda são raros, caros e vistos com despeito aqueles que gozavam deste privilégio.


04. O  EXPERIMENTO ILUMINISTA TEMPORÃO 
no RIO GRANDE do SUL

04.1-  CARÊNCIA de um SUPORTE ECONÔMICO
 e SOCIAL
Os índices do PROJETO ILUMINISTA que tentou se afirmar no Rio Grande do Sul na Era Pombalina era uma experiência temporã. Se um lado era possível manter um clima teórico, intelectual e voluntarista no plano teórico faltava-lhe a infraestrutura de uma ERA INDUSTRIAL materializado numa linha de montagem com um sistema de entrada elaboração e saída. Isto estava acontecendo nos países de cultura anglo-saxã e que vendiam as aramas saídas desta primitiva e tateante linha de montagem   primitiva da era industrial inglesa mandava as amostras das suas barulhentas máquinas que produziam, em série, os equipamentos e os tecidos dos uniformes militares. Nesta cultura Iluminista a arte passou a ter a função de gerar e preparar um público capaz de adquirir e de usar massivamente os produtos dessas máquinas
Fig. 14 – A Era INDUSTRIAL tinha todos os argumentos e razões para ignorar o artesanato manual açoriano. Entre estes argumentos os  teares industriais e as linhas de montagem necetavam produzir em escala e de forma impessoal O artesanato açoriano era herança medieval dos mosteiros femininos de delicadas e trabalhosas urdiduras como da macramê.
Os primeiros produtos industriais foram os tecidos para as roupas, que a moda redesenhou a partir de  “tradições inventadas” com o objetivo de criar peças de vestuário que esbanjavam os tecidos produzidos pelos teares mecânicos ingleses[1]. presentes as crenças do estágio da cultural material humana que se confiou na linha de montagem, na padronização universal e num sistema regulado por um saber superior e externo. Estágio que se traduziu em normativas, procedimentos sistêmicos e sentimentos adotados como padrão de eficácia material e simbólica. A ruína das Missões como da Era Industrial escancararam um mundo de incertezas. Incertezas nas quais se debate a Era Pós Industrial.



[1] - Até as vestimentas dos escravos foram redesenhadas para  esse gasto suntuário que as roupas das baianas exibem até hoje. No Rio Grande do Sul se expressou de forma especial nas roupas das "prendas" e "peões" gaúchos.

Caxias do Sul - Coleção João Carlos  Leonardelli
Fig. 15 – O sul-rio-grandense algumas vezes é visto e descrito como alguém desinteressado no uso das suas mãos para produzir objetos e artesanato. De uma forma geral este tabu é cultivado pela classe dominadora e para quem interessa apenas o comando e o cultivo das letras e leis. Porém fora deste tabu é possível encontrar um intenso trabalho manual  f.


04.2 – AS ARTES EXPRESSARAM o PROJETO POLÍTICO ILUMINISTA

Houve distinções políticas que iniciaram a sua formatação na era das Luzes e do Iluminismo. E de forma coerente as Artes expressaram e materializaram este projeto político. No entanto não foram acompanhados pela evolução econômica. No lado social a mudança foi emperrada por largos e profundos interesses em manter uma cultura como estava.  Inclusive a  escravidão legal, se foi abolida em Portugal, no Brasil ela aprofundou-se e foi equipado juridicamente.
O movimento político da VIRADEIRA[1] -  contrario à politica pombalina e tudo que ele representava - não só tornou obsoleto estas experiências, as desqualificou e sufocou com medo de qualquer semente de soberania nacional brasileira. A tarefa da VIRADEIRA foi facilitada pela ausência de qualquer recurso econômico ou social que pudesse frear esta derrapada em direção do Antigo Regime monocrático lusitano.  A Revolução Francesa e a fuga da corte para o Brasil foram necessárias para sacudir este torpor e criar uma trava neste retorno ao paradigma medieval. Porém esta mesma corte preferiu retomar o classicismo e o Neoclassicismo na vertente hegemônica napoleônica reimportada com a Missão Artística Francesa de 1816.  



[1] - VIRADEIRA com  DONA MARIA I  - https://pt.wikipedia.org/wiki/Viradeira
GRAVATAI: Sobrado erguido, em 1877, por Antônio Dias Fialho
Fig. 16 – Este solar  evidencia a permanência da “casa grande” sobre a “senzala” um século após a era pombalina. Um arremedo de pilastras de tendência Neoclássica “coladas” na fachada e as janelas abertas nos quatro lados, podem serem vistos como algumas concessões à passagem do tempo. Este prédio - preservado na era Pós Industrial para fins culturais - denuncia a transformação de sua utilidade primeira para fins simbólicos e indenitários da Aldeia Nossa Senhora dos Anjos[1] a atual Gravataí-RS. Projeção de um  legado material e arquitetônico de  uma das localidades dos primeiros assentamentos lusitanos no Rio Grande Sul. No aspecto material constitui um índice das rudes e severas condições de origem lusitana. No lado poético é matéria prima para  Mario Quintana, saudoso do passado que não teve. Na sua singeleza e pureza formal é índice projetado de  um universo primitivo unitário coerente com as condições possíveis no tempo, lugar e sociedade dos primeiros habitantes da cultura lusitana no Rio Grande do Sul.

04.3 - ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA e PESQUISA ESTÉTICA

Todas as ATUALIZAÇÕES da inteligência sul-rio-grandense são bem vindas e certamente são justas e coerentes. Contudo a PESQUISA ESTÉTICA supõe uma infraestrutura econômica e social além do puro VOLUNTARISMO teórico e politico. Mario da Andrade percebeu isto em relação ao Brasil e que se aplica a todas as nações que passaram pelo estágio do REGIME COLONIAL e cultiva ainda a ESCRAVIDÃO passiva e ativa.
ESCRAVIDÃO e REGIME COLONIAL que continuam sendo praticados enquanto a presente postagem foi criada logisticamente numa infraestrutura econômica e social da ERA PÓS-INDUSTRIAL e na qual circula.



[1] LANGER, Protásio Paulo. A Aldeia Nossa Senhora dos Anjos: a resistência do guarani  missioneiro no  processo de dominação do  sistema luso. Porto Alegre: EST, 1997, 128 p

A CASA GRANDE

Mário Quintana.

... mas eu queria ter nascido numa dessas casas de meia água
com telhado descendo logo após as fachadas
só de porta e janela
e que tinha, no século, o carinhoso apelido
de cachorros sentados.
Porém nasci em um solar de leões
(escadarias, corredores, sótãos, porões, tudo isso..)
Não pude ser um menino da rua..
Aliás, a casa me assustava mais que o mundo, lá fora.
A casa era maior que o mundo!
E até hoje
- mesmo depois que destruíram a casa grande –
até hoje eu vivo explorando os seus esconderijos...
DO CADERNO H [1]


FONTES BIBLIOGRÁFICAS
DAMASCENO,  Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, 520 p.

FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre.: guia histórico. Porto  Alegre : UFRGS,  1983, 441 p.

GARCIA, Maria Amélia Bulhões. «Arquitetura espontânea: uma proposta de estudo» in Estudos Tecnológicos. São Leopoldo: Unisinos. Vol. VI nº 20, pp. 11-17, 1982.
 
GAUER, Ruth Maria Chittó. A construção do Estado-nação no Brasil: a  contribuição dos egressos de Coimbra . Curitiba: Juruá. 2001. 336 p

GOLIN, Tau. A Guerra Guaranítica: como os exércitos de Portugal e Espanha destruíram os Sete Povos dos
        jesuítas e índios guaranis no Rio Grande do Sul. (1750-1761).  Passo Fundo: PUF e Porto Alegre UFRGS,   1998, 624 p.

LANGER, Protásio Paulo. A Aldeia Nossa Senhora dos Anjos: a resistência do guarani  missioneiro no  processo de dominação do  sistema luso. Porto Alegre: EST, 1997, 128 p

LUPI. João et Suzana. São João do Rio Vermelho: memória dos açorianos em Santa Catarina. Porto Alegre: EST,  S/d. 95 p

MACEDO, Francisco Riopardense de.   Porto Alegre: história e vida da cidade. Porto Alegre : UFRGS, 241p.
____________. Porto Alegre: aspectos culturais. Porto Alegre: SMED/Div. De Cultura, 1982, 122 p.

NEVES ALVES, Francisco. O discurso político-partidário sul-rio-grandense sob o  prisma da imprensa rio-grandina (1868 - 1895) Porto Alegre PUCRS, 1998  Tese.  750 f.

SAINT-HILAIRE, Auguste (1776-1853). Viagem ao Rio Grande do Sul (1820-1821) tradução Leonam de Azevedo Pen (2ª ed.) São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1939,  404 p

SIMON, Círio « O ensino das artes visuais no Brasil: iluminismo e academia». In Caminhos para a Liberdade: A Revolução Francesa e a Inconfidência Mineira (as Letras e as Artes). Porto Alegre : UFRGS/PUCRS 1991, pp. 98-110

VOLKMER José Albano (1942-2007) et ERTZOGUE, Marina Hiszenreder – José Custódio de S´[a e Faria; 200 anos de sua morte. Estudos Tecnológicos, São Leopoldo: Unisinos, 1993, arquitetura 22, Vol. XVI

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS.
ANTONIO JOSÉ LANDI (1713-1791)

COLONIA do SACRAMENTO atual URUGUAI


CORONEL JOSÉ CUSTÓDIO de SÁ e FARIA (  - 1792) desenho dos mapas e arquiteto  classicista

DOCUMENTOS (289)  relativos aos LIMITES do BRASIL MERIDIONAL entre 1699-1843

Dom Paulo de Carvalho Mendonça (1702-1770),- irmão do Marquês de Pombal

FORTALEZA JESUS MARIA JOSÉ de RIO GRANDE


FORTALEZA JESUS MARIA JOSÉ de RIO PARDO

http://fortalezas.org/?ct=fortaleza&id_fortaleza=391


FORTE de SÂO MIGUEL – URUGUAI

FORTE de SANTA TECLA BAGÉ


FORTE de SANTA TERESA – URUGUAI

Francisco Xavier de Mendonça Furtado

MACAPÁ

MARQUÊS de POMBAL Sebastião José de Carvalho Mello (1699-1782)

URUGUAI – Poema  - Basílio da Gama

VIRADEIRA com  DONA MARIA I  -

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Viradeira



SÉRIE de  POSTAGENS ARTE no RIO GRANDE do SUL

[esta série desenvolve o tema “ARTE no RIO GRANDE do SUL” disponível em http://www.ciriosimon.pro.br/his/his.html  ]
123 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 01
GUARDIÕES das  SEMENTES das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL

124 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 02
DIACRONIA e SINCRONIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL nos seus ESTÁGIOS PRODUTIVOS.

PRIMEIRA PARTE
125 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 03
Artes visuais indígenas sul-rio-grandenses

126 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 04
O projeto civilizatório jesuítico e a Contrarreforma no Rio Grande do Sul

127 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 05
Artes visuais afro--sul-rio-grandenses

128 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 06
O projeto iluminista contrapõe-se ao projeto da Contrarreforma no Rio Grande do Sul.

129 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 07
A província sul-rio-grandense  diante do projeto imperial brasileiro

130 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 08
A arte no Rio Grande do Sul diante de projeto republicano

131 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 09
Dos primórdios do ILBA-RS e  a sua Escola de Artes até a Revolução de  1930

132 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 10
A ARTE no RIO GRANDE do SUL  entre 1930 e 1945

133 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 11
O  projeto da democratização da arte após 1945.

134  – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 12
A ARTE e a ARQUITETURA em AUTONOMIA no RIO GRANDE do SUL

135  – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 13
A ARTE no RIO GRANDE do SUL entre 1970 e 2000


SEGUNDA  PARTE

Iconografia e Iconologia das artes  visuais de diferentes projetos políticos do Rio Grande do Sul.

136– ARTE no RIO GRANDE do SUL - 13
As obras das artes visuais indígena do atual território do o Rio Grande do Sul.

137 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 14
Obras das artes visuais afro-sul-rio-grandense

138 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 15
Obras de arte dos Sete Povos das Missões Jesuíticas como metáfora da Contrarreforma

139 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 16
A “casa do cachorro-sentado” como índice açoriano no meio  cultural do Rio Grande do Sul .

140 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 17
Obras de Manuel Araújo Porto-alegre

141 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 18
Obras de Pedro Weingärtner

142 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 19
Obras de Libindo Ferrás

143 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 20
Obras de Francis Pelichek

144 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 21
Obras de Fernando Corona

145 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 22
Obras de Ado Malagoli

146 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 23
Obras de Iberê Camargo



[1] - QUINTANA, Mário «A Casa Grande » in  CORREIO do POVO –Porto Alegre: Companhia Caldas Júnior. Caderno de Sábado,
             Volume CVI, Ano VIII, no  606,  p.2,  08/03/1980

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Referências para Círio SIMON








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