O CENTENÁRIO de
Aldo LOCATELLI.
Aldo LOCATELLI.
(*18 de agosto de 1915 - + 03 de setembro de 1962)
“Sob a aparência, estou
tentado dizer sobre o disfarce, de um dos membros da raça humana, o indivíduo é
de fato sozinho e único e no qual as características comuns a todos os
indivíduos, tomados no conjunto, não possuem nenhuma relação com a explosão
solitária de um indivíduo entregue a si mesmo”.
DUCHAMP. Marcel “O
artista deve ir à universidade?”
in SANOULLET,
Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par Michel Sanouillet
Paris: Flammarrion, 1991, pp. 236-239
Aldo LOCATELLI -
Duas Figuras 1961 - Óleo sobre tela 94 x 192 cm Acervo Pinacoteca Barão
da santo Ângelo IA-UFRGS
Fig. 01 – Uma das últimas pinturas de Aldo Locatelli
é índice e documento de um verdadeiro testamento de um personagem e de uma
época que estão se preparando para mergulhar no caos primordial. O autor
busca a essência no meio de suas dúvidas e indagações sobre a vida e arte. Distribuição da tinta sobre uma superfície que
ele ocupa por meio de duas figuras
humanas apenas esboçadas. Simplicidade e
parcos recursos que disfarçam um profundo conhecimento plástico e um amor a
vida.
Na presente postagem busca-se
situar Aldo Locatelli no seu tempo de Brasil e os seus observadores. Não se
trata de uma biografia, de uma análise estilística de sua obra e muito menos de
mais um panegírico. Sua biografia, suas
obras e os eventuais depositários de sua obra são bem conhecidos e foram objetos
de numerosas narrativas. Entre elas impõe-se a atenção e leitura das narrativas
de Brambatti (2008), de Trevisan e Gomes (1998 ) e Zattera (1990) com o tema da
biografia dr Aldo Locatelli e da sua obra
O foco da presente postagem será a logística do seu estudo, de sua
analise e o problema desta memória nos próximos séculos. Trabalha-se na
perspectiva das expressões de autonomia no campo das artes visuais em Porto
Alegre e com a janela logística do abrigo institucional. Expressões da
autonomia que são constantes na obra, no pensamento e na vida do artista.
Expressões que custaram caro ao muralista. Espera-se que o centenário de nascimento de
Aldo Locatelli não seja uma pedra sobre a memória destas expressões de
autonomia, um evento de um segundo enterro de luxo ou um monumento formal e hermético
para os pósteros.
O tema do presente estudo pauta-se pelo TEMPO (ZEITGEIST) de Aldo
Locatelli no Brasil (WELTGEIST) e do seu público (VOLKSGEIST) e a logística para
uma narrativa relativa a sua pessoa, a sua obra e ao seu pensamento.
Logística que enfrenta o
problema de que sua obra, sua pessoa e o seu pensamento até o
presente não geraram uma instituição, uma fundação e um ambiente de
cultivo específico exclusivo. Ambiente institucional no qual profissionais
qualificados se dediquem em tempo
integral a estudar, sistematizar e trazer ao público contemporâneo e aquele do
porvir a memória deste material físico e simbólico. Sem estes profissionais de
tempo integral, sem uma mantenedora com estatuto e fontes técnicas, científicas
e econômicas seria mais uma tentativa vã, alienante e dispersiva entre os mais
de 3.000 mil museus do Brasil. No fim uma instituição desta natureza não
passaria de mais uma lápide com uma bela, emocionante e entusiástica epigrafe.
Documentos, obras do próprio artista e seu pensamento necessitam de
profissionais de História, de Arquivologia e de Museologia. Estes profissionais
necessitam serem amparados por meios técnicos, conceituais e econômicos capazes
de estudar, atualizar e divulgar de uma forma constante e coerente com o mundo
cultural vivo e em constante reelaboração.
Se a obra, a pessoa e o pensamento de Aldo Locatelli forem apenas
objeto de mitificação, de propaganda e eventos de marketing pessoal ou ao
contrário de naturalização só atrapalham e aceleram o funeral definitivo e não
ajudam em nada. Mitificação, propaganda e eventos atrapalham o necessário salto
de qualidade para o mundo do pensamento, de uma construção simbólica coerente
com um projeto civilizatório. Mitificação ou naturalização que oferecem seus
flancos para os ataques da entropia, do desgaste e constroem o túmulo
definitivo a ser olvidado pelas novas gerações e para aqueles que não pertencem
ao que se pretende mitificar ou naturalizar. Mitificação, propaganda e eventos
atrapalham uma visita atenta e atenciosa para o pensamento, a obra e memória de
Aldo Locatelli.
Fig. 02 – O
tema aversivo do “Ébrio” na obra de Aldo Locatelli que expõe o lado
oposto dos temas da mitificação pelas quais era contratado. Esta obra intimista
e trágica foi retirado do olhar público
da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Como obra intimista e
pessoal - não destinado ao mercado de
arte - revela as profundas frustações e desesperos da criatura humana
entregue a si mesma. O tema aversivo disfarça um profundo conhecimento plástico
e um amor a vida mesmo neste ponto de degradação e miséria humana. Não deixa de
ser pintura, devido a. distribuição da
tinta sobre uma superfície. Os centros deslocados a favor da PROPORÇÃO ÁUREA criam tensão plástica
subliminar necessário ao tema. .A figura
humana ocupa a linha áurea do lado
esquerdo do quadro enquanto a mão está sobre um dos pontos da sua média e
extrema razão . Na cultura brasileira responde ao filme e a canção do “Ébrio”
de Vicente Celestino., .
As análises narrativas orais, escritas ou visuais - realizadas na
ausência de profissionais qualificados e específicos - comprometem, de fato, o pensamento, as obras e
a memória de Aldo Locatelli tanto para a cultura local interna como aquela que
se quer mostrar ao mundo externo. Narrativas que formam um lúgubre cortejo
fúnebre definitivo e irreversível do pensamento, da obra e da memória de Aldo
Locatelli.
O estudo e a percepção do TEMPO (ZEITGEIST) de Aldo Locatelli no
Brasil estão balizados entre o ano de 1946 da redemocratização ESTADO NOVO e ano
de 1964 do GOLPE. Tempo brasileiro cuja expressão maior e mais evidente foi o
governo (1956-1961) de Juscelino Kubitschek com a mudança da capital para
Brasília. No Rio Grande do Sul o governo (1959-1963) de Leonel Brizola marcou este dinamismo e vontade de mudança que atingiu sua culminância
política com o movimento da Legalidade (1961). Na Universidade Federal a
legendária administração reitoral (1952-1964) de Eliseu Paglioli (1889-1985)
para quem Locatelli pintou, em 1958, o
mural que preside, até os dias atuais, as sessões Conselho máximo desta
Universidade.
Fig. 03 – O reitor Eliseu Paglioli acompanhou
pessoalmente a execução desta obra no atelier do artista situado na Rua Dario
Pederneiras Nº 513, de Porto Alegre. Ele aparece de pé no lado esquerdo de
quem olha o quadro. Sentado ao centro esta Manuel André da Rocha primeiro Reitor da
URGS e vice presidente do IBA-RS. O próprio artista se representou, de pé, no grupo central e com a cor de terra O médico Olinto de Oliveira, fundador do IBA- RS esta de pé neste grupo
e portando as vestes talares e barrete de sua titulação doutoral. A obra é testemunho das interações acadêmicas
do ano de 1958 quando o IBA-RS estava fora da URGS. Esta expressão de autonomia
e a compreensão da Universidade desta condição do campo de forças da arte
valorizam o momento e exaltam o PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR desenvolvido em ambas as
Instituições.
O mestre tinha urgência, percebia e
expressava otimismo no que outros enxergavam como obstáculos
intransponíveis. Assim era incisivo na sua tese que não teve tempo de vida para
defender publicamente. Locatelli urgia, neste esboço de 1962, para que os
artistas sul-rio-grandenses assumissem
um pensamento de autonomia estética, intelectual e agir prático:
“Assim é,
consequentemente, neste clima que o Brasil, o nosso mesmo Rio Grande do Sul tão
pródigo em vocações artísticas, vivem internacionalmente no mesmo valor de
Paris, Roma, Tóquio, Nova York e de Moscou. Estamos errados se pensamos que os
centros de maior tradição e movimento artístico devem ser os nossos guias,
absorvendo-nos com teorias resultantes de ambientes bem diferentes e
preocupados de não repetir-se nos exemplos de uma grande tradição. Ao
contrário, nós vivemos no princípio da nossa formação de civilização e devemos
tentar expressá-la nos nossos próprios valores”.
Ao mesmo tempo não perdia a ocasião para alertar em relação a qualquer
sentimento menor ou a espera por alguém ao qual devia se submeter e viver na
sua sombra e numa heteronomia servil.
Aldo Locatelli cultivava a sua autonomia da mesma forma do que os
mestres italianos viviam profissionalmente do seu ofício por meio de contratos
profissionais. Autonomia expressa no pertencimento a entidades nas quais era
reconhecido e admirado pelo seu trabalho e dedicação de tempo integral. As
instituições nas quais eventualmente lecionava aproveitavam mais do seu
currículo do que as parcas retribuições e garantias que ofereciam ao seu
professor. No próprio IBA-RS não ia
muito longe a memória de que os próprios diretores não importunaram mestres
como Pedro Weingärtner, envergonhados das parcas retribuições salariais e as
garantias profissionais que estas escola podia oferecer a este potencial
professor.
http://www.emiliosessa.com.br/ci/arquivos/mostra_foto/40
Obra executada por Locatelli, Emílio Sessa e Attílio Pison.
Foto de Luís Eduardo Achuttii
Fig. 04 – Uma das primeiras obras de Aldo Locatelli em
Porto Alegre exalta um WELTGEIST posterior a guerra cuja tecnologia estava
sendo sublimado para a paz e bem estar humano O autor cercou-se de um verdadeira missão artística
para continuar o grupo de muralistas com os quais havia trabalhado na Itália.
O estudo do WELTGEIST deste período está no contexto da Guerra Fria.
Guerra Fria que não só se expressou numa corrida armamentistas de grandes
projeções, mas numa guerra de ideias, de
ideologias maniqueístas e de
circulações cada vez mais avançadas e eficazes. Se de um lado o WELTGEIST deste
período abria portas e janelas em todas as direções, estas mesmas portas
traziam e impunham mesquinharias, regionalismos economicamente triunfantes e arcaísmos
de toda ordem. Uma cultura brasileira- na qual 0,019% da sua população estava
frequentando universidades – dificilmente tinha uma massa crítica para fazer frente a este tsunami de projeções alheias caducas e ainda carregadas com
as mais profundas motivações colonialistas. Aldo Locatelli percebeu a
temeridade desta abertura para uma cultura parada no tempo ao escrever que:
“Compreendemos
que a noção em Arte está em crise, é o resultado sempre mais fácil da difusão
das culturas e das civilizações. Também a expressão da coletividade moderna,
nós a sentimos viva e emocionante no mundo, no próprio país só se reflete.
Gentes e homens, elementos expressivos gerados das secretas dificuldades da
vida, dos eventos heroicos para os quais o anônimo se imola para o cumprimento
de um dever cívico ou para defesa de um princípio espiritual que inspirará os
artistas de muitas épocas e de nacionalidades diferentes, hoje fazem parte de
uma civilização cujas premissas e esperanças abraçam todo o mundo”.
As próprias universidades entravam na rota deste projeto de
heteronomia do mais forte e competente aceitando, ruminado e se alimentando de
produtos de civilizações caducas e em franca entropia.
Fig. 05 – Um dos projetos de Aldo Locatelli cujo
tema sofreu violenta intervenção de quem o encomendou devido a imagem massiva de “marginais e sofredores” num tema
sacro. Uma das suas últimas obras em Porto Alegre cuja execução definitiva
o pintor não conclui desmotivado por esta falta de autonomia na sua arte. O motivo
da censura foi que o seu projeto
exaltava um VOLKSGEIST que prenunciava e motivava os severos controles sociais,
simbólicos e econômicos que se seguiram ao golpe de 1964 . O autor foi vitima de um expurgo indireto no momento em que o
seu cargo de professor na UFRGS foi declarado vago devido à morte precoce do candidato e sem a defesa
pública de sua tese.
O público e o repertório comum (VOLKSGEIST) na
obra de Locatelli eram, além do religioso, aqueles das instituições públicas
estatais e privadas. No período de 1946
até 1964, o público brasileiro estava descobrindo horizontes para além dos estreitos
limites do controle que, antes, o ESTADO NOVO (1937-1945) havia imposto com a proibição
dos símbolos regionais e a queima das bandeiras dos Estados Regionais
brasileiros. Neste movimento ganharam impulso as manifestações do saber e
cultura local. Este se materializou e criou corpo nos Centros de Tradições
Gaúchas. As obras de João SIMÕES LOPES NETO (1865-1916), de João CEZIBRA JAQUES
(1848-1922) e de Alfredo FERREIRA RODRIGUES (1865-1942) foram visitadas. O mundo empírico - vindo das expressões
populares sul-rio-grandenses - ganhava reforços mais recentes em Manuelito de
ORNELLAS (1903-1969) e de Dante Laytano (1908-2000).
Laytano estava trazendo os reforços internacionais da UNESCO. Tentava superar as contradições e tornar complementares com aquilo que estava sendo naturalizado e
atropelado pelos valores imaginados por meio do “TIPO” único e hegemônico no Rio
Grande do Sul. Tipo expresso na obra do
escultor Antônio CARINGI (1905-1981)[1]
e do próprio ORNELLAS o representante máximo do DIP no ESTADO NOVO.
Foto de Luís Eduardo Achuttii
Fig. 06 – Aldo Locatelli criou uma síntese de
etnias, rostos, condições técnicas e de vestimentas nesta pintura cujo tema se
inspira nos primórdios de Porto Alegre. Convergência de nobres e de plebeus
brancos, índios e africanos é índice e é documento de uma época (1960) onde
este tema do VOLKSGEIST estava ganhando contornos políticos, econômicos e
sociais. Os seus estudantes inscreverem o seu autor como “UM DOS SEUS
AMIGOS”.. A força e o poder provenientes
de baixo desta base em direção ao vértice foram violentamente interrompidos e
invertidos com o golpe de 1964, ano no qual o nome do artista foi excluído da
lista dos docentes da UFRGS apesar de ter falecido em 1962..
Como erudito Aldo Locatelli, no sentido em que Marcel Duchamp
apregoava na época nos Estados Unidos, trabalhava para livrar-se da heteronomia
que o ESTADO FASCISTA ITALIANO lhe havia imposto a sua formação e as penosas experiências militares. O espírito de busca de
liberdade do Pós Guerra, tanto na sua pátria natal como na adotiva, sublimava, o mais rápido
possível, os resultados deste intervencionismo estatal em todas as esferas.
Esta autonomia exercida num pais com fortes traços coloniais e com a
escravidão - passiva como a ativa – comprometiam uma obra tanto de quem a
recebia como de quem encomendava.
Aldo cercou-se de companheiros experientes para se contrapuser e
suportar estas pressões indevidas e desproporcionais para um indivíduo isolado.
O historiador Doberstein está se cercando de profissionais da História e
animando o Instituto Cultural Emílio
Sessa (1913-1990) e publicando ( 2012) os resultados destas buscas. Junto com o
companheiro Attilio Pisoni formavam uma espécie de Missão Artística Italiana no
Rio Grande do Sul.
Fig. 07 – O ódio, a discriminação e a exploração do
trabalho alheio são temas recorrentes
nesta série de quadros que compõe uma autêntica Via Sacra do Negrinho do
Pastoreio. Nesta obra o artista busca o essencial no meio de suas dúvidas e
indagações sobre a vida e sobre arte. Cria
uma obra que disfarça o seu profundo conhecimento plástico e o seu amor a vida. Como pintor distribui a tinta
sobre uma superfície na qual ele ocupa o
essencial por meio de suas figuras
humanas apenas esboçadas
A obra de Locatelli celebra esta liberdade e a contrasta com os
efeitos da opressão estatal, ideológica e econômica. Na sua obra não pinta temas
da guerra e de batalhas, mas as suas consequências da intolerância de toda
ordem. Numa obra didática - e facilmente legível pelo seu público - exalta a
união, o triunfo da civilização distante dos meios opressivos. Para se comunicar com seu público buscava uma temática do repertório comum (VOLKSGEIST).
Ele escreveu na sua tese:
“O
artista deverá encontrar no mundo estético a verídica força de expressão; mas a
temática, a ideia, o assunto, nunca poderão influir negativamente na criação e
sim como elemento positivo, porque leva o observador a entender a
transfiguração da forma natural em favor dos valores plásticos que determinam a
mensagem estética”.
Fig. 08 – A glória e o reconhecimento das vítimas
ocupam uma das salas nobres do Palácio Piratini. Esta obra
de Aldo Locatelli pode ser entendida como uma gloriosa culminância da Via Sacra dos padecimentos, das frustrações
e da morte do Negrinho do Pastoreio. Para tanto concorre a figueira ancestral, os ritos dos despachos
das religiões afro-brasileiras e a força d o tropel das cavalhadas de todos os
tempos repercutem e animam esta culminância plástica colocada no centro do
poder do Estado do Rio Grande do Sul.
Os meios materiais deste
artista não passam da tinta sobre a parede na longa tradição pictórica de sua
pátria de origem. Tragicamente foi vítima das tintas como também foi Cândido
Portinari.
A maior recompensa para este artista, vitimado pelo seu amor a arte, é
que seus observadores, estudiosos e divulgadores alimentem e renovem as bases
logísticas do estudo da analise e da divulgação
da sua memória. Bases logísticas para tornar fecundo e renovadora o pensamento, as obras e a memória de Aldo
Locatelli para os próximos séculos. A fortuna de uma frágil obra de arte
depende da sua competência para ser portadora dos problemas, das dúvidas e dos projetos de um ser humano condicionado pelo seu TEMPO, pelo seu LUGAR e pelo
seu POVO.
FONTES
BIBLIOGRÀFICAS
ARTISTAS
PROFESSORES da UFRGS - obras do acervo da Pinacoteca Barão de Santo
Ângelo. Porto Alegre : Ed. UFRGS, 2002. 127 p.
BRAMBATTI, Luiz Ernesto. Locatelli em Caxias – Porto Alegre : Metrópole,
2003 96 p.
-----------------
Locatelli
no Brasil . Caxias do Sul-RS : Belas Letras, 2008, 240 p. ISBN
978-85-60174-29-4
DOBERSTEIN, Arnoldo
Walter. Emilio Sessa, Pintor, Primeiros tempos.
Porto Alegre; Gastal&Gastal, 2012 160 p. ISBN 978-85-64916-01-2
DUCHAMP. Marcel “O
artista deve ir à universidade?”[1]
in SANOULLET,
Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par Michel Sanouillet
Paris: Flammarrion, 1991, pp. 236-239
GOMES Paulo et TREVISAN. Armindo O
mago das cores: Aldo Locatelli. Porto Alegre : Marpon et CEEE,
1998c 144 p
Il. Color.
LAGEMANN Eugênio et BONI Flávia – Palácio Piratini - Porto Alegre : IEL, 2010, 144 p. il, col
LOCATELLI, Aldo “MURAL” ANÁLISE – CONSIDERAÇÕES,
MÉTODO E PENSAMENTOS (Tese de concurso para
o provimento efetivo da cadeira de composição decorativa dos cursos de pintura
e escultura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul – Porto Alegre,
1962) in CORREIO DO POVO, Caderno de
Sábado. Volume X, ano V, nº 232, 22.
Jul. 1972
ROSA, Renato et PRESSER, Décio. Dicionário
de Artes Plásticas no Rio Grande do
Sul. (2a
ed) Porto Alegre : Editora da Universidade/ UFRGS, 2000, 527 p.
SIMON, Círio. ORIGENS
DO INSTITUTO DE
ARTES DA UFRGS: etapas entre 1908-1962
e
contribuições na constituição de
expressões de autonomia no sistema de artes visuais do Rio Grande do Sul. Porto
Alegre : PUCRS: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Tese 2002. 561 f.
TREVISAN, Armindo. «O
Instituto de Artes da UFRGS». Veritas.:
Porto Alegre, PUCRS Vol. 39, nº 156,
pp.
687-696 dez. 1994.
Fig. 09 – O ano de 2015 rememora o centenário de nascimento
de Aldo Locatelli torna-se ocasião da consagração municipal. Reconhecimento de Porto Alegre pela obra, pela
dedicação e pela vida deste mestre que escolheu a capital do Rio Grande do Sul
como base de sua produção artística. O decreto nº 18.919 do dia 18 de janeiro de 2015 publicado no Diário Oficial do Município de Porto Alegre- Ano XIX
edição nº 4.940 – quinta feira - dia
05 de fevereiro de 2015 reconhece e oficializa
este reconhecimento.
FONTES
NUMÉRICAS DIGITAIS
2015 – Ano de Aldo LOCATELLI em PORTO ALEGRE
ACADEMIA CARRARA - História – Bérgamo - Itália
ARTE
e FOLCLORE.
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2014/12/estudos-de-arte-001.html
Escola Andrea FANTONI – Bergamo - Itália
Eliseu PAGLIOLI
GOVERNO JUSCELINO KUBITSCHK
GOVERNO LEONAL BRIZOLA do Rio Grande do Sul
IGREJA São PEREGRINO e EMÌLIO SESSA
João CEZIMBRA JAQUES (1848-1922)
João SIMÔES LOPES NETO (1865-1916)
NEGRINHO do PASTOREIO – murais da Aldo Locatelli no Palácio Piratini
PROPORÇÃO ÁUREA de um QUADRO
SÃO PEREGRINO Caxias do Sul
SIMON,
Cirio - Origens
do Instituto de Artes da UFRGS: etapas entre 1908-1962 e contribuições nas
constituição de expressões de autonomia dos sistema de artes visuais no Rio
Grande do Sul Porto Alegre : Orientação KERN, Maria Lúcia Bastos .PUC -
RS, 2003—570 p..- Disponível em
DOMÍNIO PÚBLICO
VÍDEOS
LOCATELLI, Aldo Danielle (1915-1962) centenário em
18.ago.2015
Aldo Locatelli - Igreja São Peregrino - Círio Simon
https://www.youtube.com/watch?v=oIMaRZ-7wqI&feature=youtu.be
Itajai - SC
Palácio Piratini
Zero Hora
INSTITUIÇÕES
com MEMÓRIA de ALDO LOCATELLI.
Acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo IA-UFRGS
ARQUIVO do INSTITUTO de ARTES da UFRGS
Catedral São Francisco de Paula Pelotas –RS
Instituto Cultural Emilio Sessa
Igreja São Peregrino Caxias do Sul - RS
Museu de Arte do Rio Grande do Sul e Aldo Locatelli
PINACOTECAS ALDO LOCATELLI e RUBEN BERTA
PINACOTECA APLUB- Porto Alegre - RS
SALA de ARTE de JORGE KARAM – Porto Alegre - RS
Relação
de LOCATELLI com o IA- UFRGS: O CTA-IBA faz tratativas entre 22.12.1950 até 10.02.1951
para trazer Locatelli para o Instituto. Locatelli responde em correspondência
de 20.02.1951 aceitando o convite para lecionar Arte Decorativa. Irá ocupar interinamente a cadeira de José Lutzenberger que está
doente e falece em 02.08.1951 Locatelli responde de Pelotas (rua Benjamin
Constant, 412) e irá receber Cr$ 8.400,00 mensais
Em 31.05.1952 o IBA pelo oficio nº
484/52, solicita que Locatelli se naturalize.
Em 24.09.1954 recebe o atestado nº
15.240 da 3º categoria militar
Em 29.09.1954 é publicado no DO a
naturalização de Locatelli
Em 03.11.1955 é autorizado a ocupar o
cargo interino de professor catedrático padrão O da cadeira de Arte Decorativa
no Curso de Artes Plásticas. (publicado
no DO de 07.11.1955)
No dia 22.11.1955 Locatelli toma posse
do cargo
No mês de fevereiro de 1958 pinta o
painel do 8º andar do Instituto de Artes
1960-1961 Escreve a tese «Mural – Análise, considerações, método e
pensamento»
Em 31.07.1962 escreve para um amigo de
POA sobre o estado precário de sua saúde
Em 23.08.1962 pede licença para
tratamento de saúde para A Diretora Aurora Desidério
Em 27.08.1962 recebe licença de trinta
dias da 7ª delegacia Federal de Saúde
Leciona até o
meio dia deste dia e promete ir ao
médico
Em 03.09.1962 falece
Em 23.09.1964 é exonerado do Instituto e da Universidade pelo Diário
Oficial de
Fontes do Arquivo do IA: pasta nominal de
Aldo Locatelli.
[1][1] - Texto de uma alocução em inglês pronunciada por
Marcel Duchamp, num colóquio organizado em Hofstra em 13 de maio de 1960. Consta em SANOULLET, Michel. DUCHAMP
DU SIGNE réunis et présentés par.. Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239
Este material possui uso restrito ao apoio do processo
continuado de ensino-aprendizagem
Não há pretensão de lucro ou de apoio financeiro
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Este material é editado e divulgado em língua
nacional brasileira e respeita a formação histórica deste idioma.
Referências para Círio SIMON
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