ÍNDICES do SALÃO de 1929
“A
investigação histórica admite, desde os primeiros passos, que o inquérito tenha
já uma direção. De início está o espírito. Nunca, em ciência alguma, foi
fecunda a observação passiva. Supondo, aliás, que seja possível”. Marc Bloch 1976, pp. 60/61.[1].
Na busca de índices e
vestígios do Salão da ESCOLA de ARTES do
IBA-RS de 1929 - e de qualquer narrativa de ordem estética - é necessário
admitir que esta investigação possui a direção do exame das suas circunstâncias
culturais políticas e econômicas. No âmbito econômico necessário admitir que
ele deu-se quando o mundo se retorcia nos efeitos que se seguiram ao colapso da Bolsa de Nova York. Quebradeiras econômicas que provocaram
mudanças políticas pelo mundo afora e não pouparam o Rio Grande do Sul e o
Brasil. Esta amplidão histórica
certamente ajuda na intenção de encontrar os seus vestígios do Salão da ESCOLA de ARTES. Ao mesmo
tempo, permite ganhar dimensões diferentes do que se restringisse apenas
aqueles de ordem estética. Porém na presente narrativa se evita a mitificação
do evento e do outro a sua naturalização
determinista.
[1] BLOCH, Marc
(1886-1944) . Introdução à História.[3ª ed] Conclusão de Lucian FEBVRE -
.Lisboa :Europa- América 1976 179 p.
CAPA
do CATÀLOGO e da REVISTA da GLOBO -Ano I
- nº 23 14.12.1929
Fig.
01 – Logo da capa do catálogo do Salão da Escola de Artes do Instituto de Belas
Artes do Rio Grande do Sul inaugurado no dia 15 de novembro de 1929. Da autoria
de Libindo Ferras (1877-1951), o diretor da Escola.
Porto Alegre estava sob os efeitos políticos
do governo de Getúlio Vargas como seu presidente estadual entre 1928 e 1930. Estes efeitos políticos acenavam
para a renovação. Contudo os hábitos formados nos intermináveis anos do domínio
de Borges de Medeiros não podiam ser rompidos pelos agentes de todas as esferas.
Assim um Salão de Belas Artes na capital
do Rio Grande do Sul era um índice de algo novo. Porém poucos o perceberam
assim e quase nada indicava esta mudança. Uma nova visão de mundo era filtrado pelo borgismo como uma
expressão regional e na sendo de um castilhismo levado exaustão para.
Contudo o Rio Grande
do Sul preparava a derrubada da República Velha junto com uma série de outros
estados motivados por tendências
políticas, sociais, técnicas e estéticas inéditas e ainda sem nome
Fig.
02 – Os primeiros quarenta anos do
Regime Republicano instalado no Rio
Grande do Sul esteve preso aos paradigmas de Júlio de Castilhos (1860-1903- no
centro da imagem) e Borges de Medeiros (1863-1961a esquerda da imagem) enquanto
Getúlio Vargas realizou a transição não só do regional como liderou Brasil afora
as forças diferentes desta matriz. Porém último repercutiu, entre 1930 e 1945,
de forma alta e sonoro no cenário nacional carregando a escola e repertório político e cultural de suas origens.
A intelectualidade
sul-rio-grandense tinha um ponto de convergência naquilo que naquele momento, a
Editora e Livraria do Globo. Nela fluía aquilo que ela podia carrear para Porto
Alegre. Carga que circulava no Rio Grande do Sul e no Brasil antes de iniciar a
era rádio. Era uma das últimas expressões
da indústria cultural e anterior a sua
massiva socialização dos meios eletrônicos tomaram conta da mente e da
vontade popular. A Revista do Globo materializou no papel quinzenal. Ela surgiu dez meses antes
de crise de 1929. Sobreviveu à quebra da bolsa de Nova York evitando o destino das revistas Mascara(1926), Kodak
(1912-1923) e Máscara (1918-1928). Ao contrário, aproveitou este ambiente e não
só sobreviveu, mas se difundiu pelo
Brasil afora, mantendo-se ativa até 1967.
ILUSTRAÇÂO COLORIDA AVULS A do CATÀLOGO e da REVISTA da GLOBO -Ano I - nº 23 14.12.1929
Fig.
03 – A velha ponte sobre o Arroio Dilúvio numa interpretação de autoria de Libindo Ferras, o diretor da
Escola de Artes. O Instituto de Belas
Artes do Rio Grande do Sul foi concebido e criado nos moldes e nas leis
republicanas. Por esta razão o dia 15 de novembro de 1929 representava os 40 anos deste regime brasileiro. A ponte pode ser vista como metáfora desta busca. Porém
pesada, estreita e arcaica para o novo
trânsito urbano, era remetida para o museu a ceu aberto como são todas as obras
que guardam a forma mas perderam a sua função primeira e original.
O Salão que a Escola de Arte do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do
Sul promoveu no foyer do Theatro São Pedro foi uma das últimas manifestações
do Velho Regime prestes a cair. A sua realização e divulgação clamavam para uma
nova estética, um outro modo de fazer política. O esquecimento e o silêncio que
tombaram sobre este evento é um dos numerosos índices da fragilidade da memória
de uma cultura periférica fascinada e magnetizada por estéticas provenientes
dos centros culturais hegemônicos. No seu conjunto constitui uma amostra das
Ates Visuais possíveis esteticamente no meio
do ambiente de Porto Alegre no final da
década de 1920.
Foto Fernado ZAGO
FOTO do ORIGINAL REVISTA da GLOBO -Ano I - nº
23 14.12.1929 e capa
Fig.
04 – Outro tema tratado é a passagem do velho e hospitaleiro sul-rio-grandense
para outras maneiras de ser. O artista
Francis Pelichek (1896-1937) percebeu melhor do que os nativos na sua condição
de estrangeiro esta passagem social e cultural. As cores cinzentas e sombrias
foram vistos e registrado como uma 4expressão do mundo eslavo. Contudo naõ é
possível esquecer que os tchecos eram fornecedores de tecnologia e armas que os
revolucionários de 1930 precisavam para
se impor sobre os militares que apoiavam e defendiam o “Regime do Café
com Leite”. Esta imagem foi larga longamente reproduzida. O seu criador
elaborou uma serie de imagens que circulavam como iconografia desta Revolução
de1930 e que liquidou a República Velha.
O Salão que a Escola de Arte do Instituto de Belas Artes do Rio Grande
do Sul de 1929 deixou indiferente a maioria da população que não guardou e
cultivou a sua memória. Esta indiferença
e falta de cultivo da memória podem serem interpretados como aborrecimento pelo
oficialismo que queria ver o mais rápido possível num passado irremediável e
pelo qual não se guarda saudade. Indiferença e esquecimento voluntários
nutridos por índices de uma política que se revelava falha, na maioria dos seus
aspectos do final desta década. Para quem 84 anos busca os seus vestígios deste
salão só possui noticias e índices mediados e filtrados a sei respeito. Esta
filtragem e mediação continuam a
provocar juízos abruptos, lineares e definitivos. Uma narrativa já possui
conclusão quando do seu início. Se inicia pelo juízo já formado ou, pior ainda,
pela admissão da força da intriga. O desenvolvimento da sua narrativa - a
respeito do tema e da tese a sustentar -
serão orientados pelo formalismo ou pela
busca de argumentos aptos para sustentar esta intriga.
FOTO do ORIGINAL CONSTA na REVISTA da GLOBO -Ano I - nº 23 14.12.1929
Fig.
05 – Oscar Boeira (1883-1943) foi um
mestre da pintura sul-rio-grandense. Ele
foi competente para registrar os mais
fugidios e ricos tons da atmosfera e dos ambientes da gente de Porto Alegre.
Competência que demonstrada nos limites naturais da tinta sobre uma superfície.
Ele lecionava a sua arte eventual e gratuitamente na Escoa de Artes. Esta não o
podia injuriar ao lhe pagar estas preciosas aulas sem preço como declarou o
único professor contratado desta Escola. A obra da imagem pertence ao acervo do
MARGS e esteve exposta no Salão de1929.
Assim o objetivo da presente narrativa irá sustentar o seu tema na medida em que a
logística do retorno possível aos poucos índices e documentos que sobreviveram
após 1930. Estratégica e taticamente esta narrativa busca afastar
preliminarmente os galhos da coivara conceitual que impediram este retorno ao
campo aberto da dúvida, da argumentação ampla fundada em documentos. Argumentação
comprometida e abreviada pela constatação de Paixão Cortes sentenciou (1984
p.7) de que "o brasileiro fala muito, documenta pouco, analisa menos e conclui
definitivamente, a sua moda, na hora que interessa”. Constatação que revela uma das causas desta heteronímia e
cujos efeitos enfraquecem ou aniquilam a memória local e entre eles a memória
estética. Falta de memória que debilitam a formação de uma identidade a partir
deste e do conjunto de ainda de um sem número de índices.
Foto Fernando ZAGO
Judith
FORTES “Retrato” - s/data..-..TÉCNICA
pastel seco...DIMENSÕES 53,0 x 42,0 cm
Fig. 06 – Judith
FORTES(1892- ?) foi uma vigorosa figura profissional de artista feminina de
Porto Alegre. Não temos imagem das três
obras que ela apresentou no Salão da
Escola de 1929. A obra acima,que pertence ao acervo da Pinacoteca Ruben Berta,
permite avaliar o seu domínio técnico dos meios estéticos e narrativos. Ela
mantinha atelier na frente do prédio da Escola. Ali dava aulas, preparava
candidatos para o vestibular da Escola e aceitava encomendas de trabalhos.
O material do Salão da ESCOLA de ARTES do IBA-RS de 1929
está disponível apesar de seu esquecimento e falta de cultivo continuado. De um
lado está disponível ao pesquisador atento um catalogo especifico. De outro as
páginas da Revista da Globo que foi editado e circulou no período do final de ano e festas natalinas. Nas
páginas deste número da revista alternem-se dois excelentes críticos. Eles realizaram
textos em cima do evento e que o público poderia ler e decodificar.
Decodificação de obras expostas e a serem conferidas num espaço público e
gratuito. A recepção destes textos evidente dependia de um publico de poucos letrados. Público que ainda
necessita ser conferido estudado e caracterizado junto com o seu interesse
cultural desta época. O critico Ângelo Guido traçou uma narrativa panorâmica
deste Salão. Como ele também expunha obras, o seu colega Fabio Barros
(1881-1952) escreve um texto sobre as obras do pintor e crítico.
Porém o vestígio mais
importante deste Salão da ESCOLA de
ARTES do IBA-RS de 1929 são as obras expostas. Muitas delas ainda em franco trânsito no meio
cultural como é possível conferir nas imagens que acompanham a presente
narrativa. Estas obras tornaram-se verdadeiros totens neste trânsito para
indicar alguns dos artistas referências desta época e deste lugar cultural.
FOTO
do ORIGINAL CONSTA COMO ILUSTRAÇÂO a
REVISTA da GLOBO -Ano I - nº 23
14.12.1929
Fig.
07 – O silencioso e observador João Fahrion (1898-1970) enviou ao Salão a obra
que o se catálogo intitula como “Traje Espanhol”. Esta obra circulou depois
com retrato de Gilda Marinho. Como
falecimento em 1937 de Francis Pelichek
- um dos dois únicos professores da Escola de Artes - foi contratado João
Fahrion. Além de suas atividade de ilustrador das obras da Editora da Globo ele
tornou-se o retratista da sociedade emergente em Porto Alegre.
Entre os parcos vestígios
localizados, nesta BUSCA de um Salão da
ESCOLA de ARTES do IBA-RS de 1929 em PORTO ALEGRE, há evidente necessidade
de um grande trabalho continuado de sua ampliação quantitativa e sua apreciação
qualitativa. Trabalho de pesquisa de material logístico, de sua reunião, do seu
estudo em paradigmas conceituais coerentes
com o seu tempo e o seu lugar.
Trabalho continuado que não pode ser confiado ao trabalho escravo de estagiários
e nem ao estudante na busca de sua aprovação escolar. Obtida esta aprovação ele
interrompe qualquer projeto e sepulta as suas pesquisas e conclusões na massa
cinzenta e bolourada. Os eventos pontuais ou as eventuais bolsas de estudo
possuem o mesmo efeito e destino.
Círio SIMON - 2013
Fig.
08 – A segunda parte do catálogo do
Salão da Escola de Artes do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul
inaugurado no dia 15 de novembro de 1929 registra o nome dos seus expositores,
o nome das obras, seu número de seu código e endereço do artista. A primeira
parte registra as fotos das autoridades da época e uma longa e extemporânea
descrição de atas da Camara dos Vereadores de Rio Grande. O gancho é uma obra de Libindo Ferras de uma
ruina de um templo religioso cuja pintura vem registrada num foto de página
inteira e com a indicação de que o
artista esteve na cidade no início de 1928. Não há indicação de oficina da
impressão.
Um dos índices do Salão da ESCOLA de ARTES do IBA-RS de 1929 e um catálogo que se supõe que seja projeto
gráfico de Libindo Ferrás, diretor da Escola de Artes, promotor e curador do
evento. Não existem textos críticos do evento, dos seus objetivos ou problemas
que deseja enfrentar. Este espaço gráfico é ocupado pelas figuras oficiais na
parte final constam as magras lista dos artistas e nomes dos seus quadros
expostos. O catálogo intercala entre estes dois extremos uma imagem impressa em
cores plenas de uma obra em aquarela de autoria do diretor da Escola. Segue-se uma ilustração e um texto relativo a uma obra
que ele realizou na primeira capital do Rio Grande do Sul. Esta obra é pretexto
para a transcrição de atas de 1865 de uma visita do Imperador á cidade
IMAGEM que
CONSTA como ILUSTRAÇÂO do TEXTO da
REVISTA da GLOBO -Ano I - nº 23
14.12.1929
Fig.
09 – A Revista do Globo nº 23 reproduz
uma obra pictórica de Ângelo Guido (1893-1969)
cujo paradeiro do original não foi possível localizar. Contudo a contribuição
capital deste artista foi o longo artigo
descritivo do Salão da ESCOLA de ARTES do IBA-RS de 1929. A apreciação críticas
das dezenas de obras pictóricas deste artista, foi realizada pelo médico
psiquiatra Fabio Barros. Este era crítico de Arte no Correio do Povo onde
comparecia com o pseudônimo “Vitoriano Serra”.
Entre as ausências
certamente estão a obras de Pedro Weingärtner (1853-1929) que residia em Porto
Alegre, mas inativo devido a doença da qual viria a a falecer no final do salão, no dia 26 de dezembro de
1929. Também estava ausente Francisco Bellanca (1895-1974). Toda a Escultura e
que só viria a ser implementada na
Escola dez anos depois por Fernando Corona. Assim estava ausente a obra de Antônio
Caringi (1906-1981).
Fig.
10 – O artista Martin OBERMAYER, que expunha no Salão de 1929 com arte
decorativa, passou a trabalhar em oficinas de vitrais e de cerâmica artística de Porto Alegre. João Fahrion confiou-lhe a execução de um
mural que figura no bar do prédio inaugurado em 1943 e aqui aparece a assinatura do artista.
Fahrion comentava que a execução transferiu para este azulejo todos os pontos e trações que estavam no
original realizado com bastões coloridos de pastel oleoso. A vida e a obra Martin
OBERMAYER constam nos estudos das
oficinas de vitrais e de azulejos que se
desenvolveram em Porto Alegre entre 1920 e 1980.
O Salão da Escola de
Artes de 1929 pode servir como índice da profissionalização e da carreira como
artista visual em Porto Alegre. Se Oscar
Boeira não buscava e não precisava desta profissionalização par viver da sua arte como Pedro Weingärner, a grande
maioria dos que expunha se apoiavam no magistério. Este era o caso dos dois
únicos professores da Escola Libindo Ferrás e Francis Pelichek. Judith Fortes
mantinha atelier na Frente do prédio da Escola. Ali aceitava encomendas de
trabalhos como que é visível na Santa Casa e onde Martin Obermayer – um dos
expositores - transformou em vitral um das suas obras. Estas foram estudadas
(2009) por Mariana Wertheimer
IMAGEM que
CONSTA como ILUSTRAÇÂO do TEXTO da
REVISTA da GLOBO -Ano I - nº 23
14.12.1929
Fig.
11 – A obra de Francis Pelichek reproduzida no nº 23 da Revista do Globo, estava, no dia 15 de novembro de 1929,
presente as doze qu enviou ao Salão da Escola de Artes do IBA-RS. Devido á sua
pouca saúde o artista se refugiava na Serra Gaúcha e de onde trazia registros
pictóricos. Além de sua criteriosa ação pedagógica na Escola e sua atividade
gráfica, produzia obras pictóricas que expunha
e colocava ao alcance do seu público em concorridas vernissagens anuais
O ambiente estético será sacudida indiretamente um ano apos Salão da ESCOLA de ARTES do IBA-RS de 1929.
Porem a sacudida estética direta deveria esperar o 24 de outubro de 1933. Esta
sacudida foi encenada com a crítica ácida e direta do jovem pianista Tasso Bolívar
Dias Corrêa (1901-1977)[1].
Ele aproveitou o ensejo do cenário do palco do Theatro São Pedro onde estavam
sentadas as emplumadas autoridades que se julgavam serem o seu domínio absoluto
total, ao estilo da Republica Velha. Esta
autoridades não havia entendido, ou não queriam entender o recado do 24 de outubro de 1930. Na
contramão das intenções do jovem pianista também foi jogada pela janelão logo após os 22 anos que permaneceu no
comando absoluto do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Para começar
a sua obra defenestrou o diretor da Escola e sepultou a memória do seu Salão da ESCOLA de ARTES do IBA-RS de 1929.
Instituiu salões oficiais deste instituto e iniciou a sua numeração pelo nº 1
como sendo esta uma nova e absoluta criação sua. Apagou toda a memória daquilo que aconteceu antes dos
eventos de sua administração. Em consequência jogou pela janela a agua suja que
encontrou junto com a criança.
IMAGEM e
TEXTO que CONSTAM como ILUSTRAÇÂO do CATÀLOGO do SALÂO
da ESCOLA de ARTES de 15.11.1929
Fig.
12 – O Salão da Escola de Artes teve um alerta
solitário e temporão da preservação do patrimônio cultural do Rio Grande do
Sul. Esta obra de Libindo Ferras consta
também no catálogo deste Salão junto com a transcrição de atas de 1865 da
Câmara de Vereadores de Rio Grande, a primeira capital da Província de São
Pedro. , fundada em 1737. O diretor da Escola de Artes também desempenhava as
funções de “CONSERVADOR” desde a fundação do Instituto de Belas Artes em 1908.
Não suspeitava que a sua própria obra fosse vista como ruína pela direção que
se seguiu neste mesmo Instituto.
As busca dos índices do Salão da ESCOLA de ARTES do IBA-RS de 1929
revelam um conjunto de fontes que continuam a jorrar entre as suas ruinas.
Fontes competentes para evidenciar, conectar, criar e reproduzir uma imensidade
permanente e inesperada de índices e vestígios de seu tempo e lugar. A obra de
arte possui esta potencialidade de gerar dimensões diferentes e que vão muito
além daqueles de ordem estética. A obra de arte carrega - no mínimo da sua
materialidade- o máximo da
imaterialidade de uma civilização. Esta
amplidão histórica certamente ajuda na
intenção de encontrar os vestígios da civilização que a produziu. Ao mesmo tempo continua a produzir e reproduzir - no aqui e no agora
- a verdade, a justiça e o belo dos quais ela é a portadora material.
FONTES em OBRAS
IMPRESSAS
BARROS, Fábio Pintor da Vida. Porto
Alegre REVISTA da GLOBO -Ano I - nº 23
14.12.1929, pp 06-07
Catalogo
do Salão da ESCOLA de ARTES do IBA-RS de 1929. Porto Alegre: Instituto de Belas
Artes do Rio Grande do Sul, 1929,s/ editora e paginação
GUIDO Ângelo O Salão da Escola de Artes
– Porto Alegre: REVISTA da GLOBO
-Ano I - nº 23 14.12.1929 pp.04-06
KERN, Maria Lúcia
Bastos. Les origines de la peinture
"Moderniste” au Rio Grande do Sul - Brésil. Paris : Université de
Paris I- Panthéon.Sorbonne , tese, 1981.
435 fls
.KRAWCZYK, Flávio. O espetáculo da legitimidade: os salões
de artes plásticas em Porto Alegre.
Porto Alegre : Programa de Pós Graduação em Artes Visuais, 1997. 526 fls..
(dissertação)
PAIXÃO CORTES, João Carlos. Aspectos da música e fonografias gaúchas. Porto Alegre:
Repressom 1984 117p.
PELICHEK,
Francis Gaúcho Chimarreando Porto
Alegre :REVISTA do GLOBO, ano II, nº 01
- 11 de janeiro de 1930 – Capa
PETTINI, Ana Luiza et KRAWZYK, Flavio – Pinacotecas Aldo Locatelli e Rubem Berta:
acervo artístico da Prefeitura de Porto Alegre. Porto Alegre: Pallotti 208, 216
color.
REVISTA do GLOBO. Porto
Alegre : Editora Globo, Ano I nº 001- 04 de janeiro de 1929 – Capa de
Sotero Cosme e uma página sobre a EA do ILBA-RS.
FONTES NUMÈRICAS
DIGITAIS.
ACERVO da PINACOTECA
BARÃO de SANTO ÂNGELO – IA-UFRGS
ASSOCIAÇÔES de ARTISTAS
em PORTO ALEGRE
FÁBIO de BARROS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Libindo_Ferr%C3%A1s
http://pt.wikipedia.org/wiki/Libindo_Ferr%C3%A1s
LIBINDO
FERRÀS
PINACOTECAS
ALDO LOCATELLI e RUBEN BERTA
WERTHEIMER, Mariana - Estudo do Patrimônio de
Vitrais produzidos em Porto Alegre no período de 1920-1980 – Porto
Alegre: Mitra Arquidiocesana - apoio
Petrobras - 2009 – DVD.
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