O MARGS e o PENSAMENTO de JOÃO CARLOS TIBURSKY
(*1950 - +17.04.2011)
SUMÁRIO
0 – O PENSAMENTO no MARGS e a sua LOGÍSTICA...1 – Natureza do
PENSAMENTO de...
João Carlos TIBURSKY.......2 –
Obstáculos sociais e culturais que
João Carlos TIBURSKY teve de enfrentar no cultivo e na divulgação
de seu PENSAMENTO estético ...3 – O contexto
social, econômico e estético do PENSAMENTO de João Carlos TIBURSKY no Rio Grande do Sul. . .....4 – João Carlos
TIBURSKY afirma o seu PENSAMENTO e colabora na formação da consciência estética no contexto sul-rio-grandense apesar
das fragilidades, resistências e silêncio oficial. ...5 – Leituras e narrativas estilísticas do PENSAMENTO de João Carlos TIBURSKY... 6 – O
profissionalismo, a projeção e permanência
do PENSAMENTO de João Carlos TIBURSKY. .........7 – Etapas da transição do PENSAMENTO de João Carlos
TIBURSKY o mundo
prático e empírico. ......8 - Permanência do potencial do PENSAMENTO de João
Carlos TIBURSKY apesar da
sua ausência física, .......09 – O pensamento de João Carlos
TIBURSKY introduz outras
ESTRATÉGIAS para se tornar AUTÔNOMO do
MUNDO OFICIAL e assim ampliar o seu potencial do intelectual e esteta e se
aproximar da lógica da livre iniciativa da ERA INDUSTRIAL. ...10 - O PENSAMENTO
de João Carlos
TIBURSKY e o seu legado
institucional . . FONTES BIBLIOGRÁFICAS
relativas a João Carlos TIBURSKY......FONTES BIBLIOGRÁFICAS TEÓRICAS CITADAS......FONTES NUMÉRICAS
DIGITAIS....
Exemplar do Acervo do
Setor de Documentação e Pesquisa do MARGS
Fig. 01 – O
Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS)
constitui um ponto de convergência e
irradiação das ARTES tanto para o Estado como para o Brasil e o mundo... Este PENSAMENTO é o que permanece. Eventos,
exposições, visitas expressam ponto deste PENSAMENTO. Alguns destes PONTOS são fugazes
e outros permanecem. Examina-se aqui o que é permanente e é universal.
0 – O PENSAMENTO no MARGS e a sua LOGÍSTICA
A AUTONOMIA do PENSADOR das ARTES VISUAIS no RIO
GRANDE do SUL continua sendo uma ficção, em pleno século XXI.
Esta AUTONOMIA necessita ser CONQUISTADA de forma INDIVIDUAL, OCASIONAL e PONTUALMENTE. CONQUISTADA entre uma função, contrato ou simples subversão da ORDEM. A AUTONOMIA do PENSADOR das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL necessita ser conquistada com os maiores sacrifícios, cercada de renúncias e de condicionamentos sem fim.
Esta AUTONOMIA necessita ser CONQUISTADA de forma INDIVIDUAL, OCASIONAL e PONTUALMENTE. CONQUISTADA entre uma função, contrato ou simples subversão da ORDEM. A AUTONOMIA do PENSADOR das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL necessita ser conquistada com os maiores sacrifícios, cercada de renúncias e de condicionamentos sem fim.
A ORDEM de que “PATRÃO NÃO PAGA para PENSAR: quem pode PENSAR é aquele que
MANDA”, é rigorosa e religiosamente acatada e cumprida a risco.
Assim a AUTONOMIA do PENSADOR das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL é
conquistada nos vazios entre uma aula e
outra, uma pauta e outra, num fim de semana ou numa aposentadoria por invalidez
ou velhice.
Em resumo este é o
panorama que do caminho feito pelo jornalista,
editor e professor João Carlos Tibursky. São evidentes as suas revoltas, conhecidas as
agressões pessoais e a
busca de um mínimo de AUTONOMIA para o seu PENSAMENTO. A sua passagem meteórica
pelo Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) foi possível graças ao mínimo
contratual e uma heroica construção e manutenção do que se conhece como NÚCLEO de DOCUMENTAÇÃO e PESQUISA do MARGS.
Este NÚCLEO se constitui num dos equipamentos logísticos do Museu de Artes do Rio Grande do
Sul destinado ao ESPAÇO SIMBÓLICO de uma determinada cultura que recebe, acumula,
estuda e socializa valores significativos.
Etimologicamente a “CASA das MUSAS” constitui um lugar físico onde se cruzam
PASSADO, PRESENTE e FUTURO de um POVO, de uma TERRA e de um determinado TEMPO.
O MUSEU - como criação da ERA INDUSTRIAL - se materializa no seu ACERVO. No entanto esta
expressão PATRIMONIALISTA e CUMULATIVA só ganha sentido na medida do
PENSAMENTO, do ESTUDO e da ACESSIBILIDADE. Assim se mobilizam a TEORIA, a
PESQUISA e a INFORMAÇÃO, contanto que sejam bancados por aquele que realiza
estas funções.
O GRUPO de PESQUISADORES de ARTES VISUAIS do
RIO GRANDE do SUL
da AAMARGS agendou e realizou uma visita ao NÚCLEO DOCUMENTAL das ARTES VISUAIS e HISTÓRICO do MARGS ao longo da sua 14ª sessão que ocorreu no dia 12 de novembro de 2015. Esta visita ocorreu conforme agendamento
da presidente da AAMARGS Ilita PATRÍCIO. Aprovada a inclusão desta visita na
pauta da sessão o grupo se deslocou para
as salas do NÚCLEO DOCUMENTAL das ARTES VISUAIS e HISTÓRICO do MARGS e
BIBLIOGRÁFICO do MARGS como mais um objeto de investigação para introdução de
pesquisa coletiva. O grupo foi recebido por Maria Tereza SILVEIRA MEDEIROS,
coordenadora do NÚCLEO e diretora do ACERVO BIBLIOGRÁFICO e por Ana Maria HEIN do ACERVO HISTÓRICO DOCUMENTAL
de ARTES. Maria Tereza SILVEIRA MEDEIROS
iniciou a explanação no ambiente do ACERVO BIBLIOGRÁFICO. Destacou que
este ACERVO é anterior à primeira sede do MARGS. Entre 1954 e 1957 este
material estava numa casa próxima à
Santa Casa que era a SEDE da DIVISÂO da CULTURA da SCRETARIA de EDUCAÇÂO do Rio Grande do SUL Ali ficou a espera da reforma do foyer do Theatro São Pedro. Uma vez aberto
este espaço os livros e documentos estavam na sala da administração do MARGS. Depois passou ao EDIDIFICIO PARAGUAI na AV. Salgado Filho. Após a ocupação da antiga Delegacia Fiscal de Porto Alegre houve necessidade de
uma reforma do prédio e da sala a para abrigar e disponibilizar o ACERVO
BIBLIOGRÁFICO. Este foi acrescido por sucessivas doações e aquisições. Entre as
doações foram recebidas e instaladas as oitocentas (800) obras de Ado Malagoli,
patrono do Museu e como legado agendado pela sua viúva Ruth MALAGOLI. Ato
contínuo os presentes passaram ao ACERVO DOCUMENTAL HISTÓRICO das ARTES VISUAIS do MARGS. Maria Tereza SILVEIRA MEDEIROS continuou a explanação com a presença Ana
Maria HEIN. Passaram a mostrar os
diversos setores e subdivisões deste Acervo. Ele é constituído por uma HEMEROTECA, um CADASTRO das ARTES VISUAIS
e por um ACERVO HISTÓRICO do próprio MARGS. Para ilustrar estas divisões,
funções e operacionalizações, Maria Tereza SILVEIRA MEDEIROS passou, à mão do
coordenador do grupo, o MANUAL de
SERVIÇO da DOCUMENTAÇÂO e PESQUISA do MARGS – Porto Alegre: MARGS Secretaria
dos Negócios da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, 2011, 31 p. Após isto
mostrou os diversos meios logísticos com os quais a atual ARQUIVOLOGIA trabalha
dentro do limitado número de profissionais e recursos técnicos e financeiros.
Fig. 02 – As Artes
Visuais do Rio Grande do Sul devem
ao profissional das Letras, João Carlos Tibursky, uma abertura generosa para um espaço
qualificado de comunicação. Como editor dos periódicos “TRINTA
DIAS” e “Continente” que - em conjunto
de outros – tentou deflagrar e manter condições materiais de ações
institucionais do seu pensamento destinadas também para as ARTES VISUAIS do RIO
GRANDE do SUL
1 – Natureza
do PENSAMENTO de. João Carlos
TIBURSKY..
O pensamento de Tibursky ainda está para ser reunido, estudado e
divulgado junto com a sua tumultuada biografia.
Biografia que guardou as fortes origens do Rio Grande do Sul profundo. Descendente
de poloneses e carregando uma experiência e uma cultura coerente com estes
imensos vazios brasileiros desafiou os mais altos píncaros e mitos regionais.
Desafios que incluíram as instituições culturais e institucionais representado
pela universidade da qual se tornou catedrático e líder de uma nova geração.
Evidente que isto não foi um caminho de rosa, aplausos e recompensas. A
sua recompensa era o EXERCÍCIO INTEMORATO do HÁBITO de INTEGRIDADE INTELECTAL
do qual nenhum dos seus estudantes, colegas ou superiores escapava ou podia dissimular
ou fingir já ter adquirido ou ser porta voz vazio de conteúdo. Isto lhe rendeu
sinceros e coerentes adversários e que temiam as explosões de fúria. Das rosas
colheu especialmente os espinhos e uma vida de migrante e sem destino certo e
definitivo. Num olhar retrospectivo de sua existência pode se lhe aplicar os
versos da Antônio Machado “Os caminhos se fazem ao andar”[1]
Nunca mascarou ou mitificou a sua origem camponesa de imigrantes
poloneses. Ele declarou a uma das suas estudantes[2]:
“Polonês.
né, com avôs poloneses, morando na colônia.. e.. então eu trabalhava na roça.
Trabalhei até uns 9 anos na Roça e depois fui a Erechim morar com os meus pais.
A minha infância mesmo foi com animais: vacas, porco, tirando leite, e naquele
tempo criança não usava chinelo. Tinha umas alpargatas e chinelos de couro. Mas
a gente não usava no dia-a-dia. Quando eu tinha 5 anos, eu lembro que a gente
acordava, naqueles invernos antigos e rigoroso., quando a neve branqueava e
congelava açudes, e eu ficava de pé no
chão e de calça curta”
Assim o PENSAMENTO de Tibursky
contrariava a mitificação do gaúcho e mostrava uma imensa distinção do DOUTOR
FILHO de ESTANCIERO e e do BEM SUCEEDIDO EMPRESÀRIO URBANO. Certamente este
DESVIO TEMERÁRIO do PADRÃO INTELECTUAL TRADICIONAL SU-RIO GRANDENSE lhe custou
muito caro.
[1] MACHADO,
Antonio.
«De Campos de Castilla» in .Antología
poética. Madrid: Alianza. 1995.
pp.31 – 70
[2] Entrevista: Roberta Scheibe Fotos: Cláudio Tavares http://santasaliencia.blogspot.com.br/2007/04/as-histrias-ldicas-e-lbricas-de-joo.html
Exemplar do Acervo do
Setor de Documentação e Pesquisa do MARGS
Fig. 03 – A
produção de periódicos catálogos e releases jornalísticos e destinados prioritariamente às Artes Visuais do Rio Grande do Sul tiveram uma colaboração pontual do
profissional das Letras, João Carlos Tibursky.. Cumpriu este projeto alavancado com a sua experiência de editor dos
periódicos “TRINTA DIAS” e “Continente” que - em conjunto de outros - deflagrou condições
materiais de ações institucionais do seu pensamento
2 –
Obstáculos sociais e culturais que João Carlos TIBURSKY teve
de enfrentar no cultivo e na divulgação de seu PENSAMENTO estético
Ainda persiste o desafio, em 2017, de UMA narrativa CONJUNTA das
ETAPAS e da EVOLUÇÃO do PENSAMENTO , da PESQUISA e da CRIATIVIDADE nas
ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSE.
O acúmulo indiscriminado - de uma
gigantesca montanha de INFOMAÇÕES, de DADOS e de NARRATIVAS PONTUAIS relativas a
EVENTOS, OBRAS e ARTISTAS as ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL - constitui uma VERDADE ASUSTADORA. Porém estão
carentes de sem uma SINTESE inteligente e coerente. Estes DADOS constituem o
resultado do ACUMULO de ATUALIZAÇÕES APRESSADAS e SUPERFICIAIS da INTELIGENCIA
e desconhece, ou obscurece se ou contorna de uma AUTÊNTICA PESQUISA ESTÉTICA.
Acúmulos de ATUALIZAÇÕES APRESSADAS SUPERFICIAIS da INTELIGENCIA e MAL
DIGERIDOS de EVENTOS, de OBRAS e de VAIDADES de ARTISTAS que provocava a IRA, a
INDIGNAÇÂO a IRREVERÊNCIA do jornalista,
editor e professor João Carlos Tibursky. Esta situação foi comentada pelo cartunista Técio
Ricardo KNEIP[1]
num reação ao tomar conhecimento da morte do editor:
“Homem de
natureza simples, sem doblez nas palavras, rígido muitas vezes zombava do mundo intelectual em que vivia. Adorava
rir da vaidade dos vaidosos. Vivia deste mundo intelectual , mas sabia ser agudamente crítico com os vaidosos,
basicamente quando comiam de sua mão:
’São capazes de qualquer coisa para ter
um texto publicado’ dizia rindo”.
Certamente este PENSAMENTO livre, arejado e contundente arranjavam, para
João
Carlos TIBURSKY, montanhas de
obstáculos sociais e culturais que
teve de enfrentar no cultivo e na divulgação de suas PERCEPÇÕES
CONCRETAS do que o mundo da capital do Estado do Rio Grande do Sul lhe
oferecia.
Foto do Acervo do Setor
de Documentação e Pesquisa do MARGS
Fig. 04 – A
contundência, a temeridade e a coerência do PENSAMENTO do profissional das
Letras, João Carlos Tibursky encontra um paralelo na pessoa,, obra e pensamento
de Iberê CAMARGO. Ambos são filhos do interior profundo sul-rio-grandense
guardaram as energias e a seiva para entrega-las no cultivo das Artes Visuais
do Rio Grande do Sul. Tibursky deflagrou condições materiais de
ações institucionais do seu pensamento. Em conjunto de outros entregou suas energias, a
seiva e o trabalho com editor dos
periódicos “TRINTA DIAS” e “Continente” e a magistério como paixão com o
objetivo de repassar o seu PENSAMENTO-
3 – O contexto social, econômico e estético do
PENSAMENTO de João Carlos TIBURSKY no
Rio Grande do Sul.
É significativo que o menino de roça tenha buscado os títulos
universitários. É permitido pensar numa busca de IGUALDADE ao que recomendava
Marcel DUCHAMP[1]
para o artista frequentasse a Universidade
“Max Stirne estabeleceu claramente, no século XIX, esta distinção numa
obra notável denominada 'Der Einziger und Eigentum[2]',
e que, se de uma grande parte da educação se aplica ao desenvolvimento destas
características gerais, uma outra parte, tão importante, da formação
universitária desenvolve as faculdades mais profundas do indivíduo, do
auto-análise e do conhecimento da nossa herança espiritual. Estas são as
qualidades importante que o artista adquire na universidade e que lhe permitem
sustentar vivas as grandes tradições espirituais com as quais a própria
religião parece haver perdido o contato”.
O jornalista, editor e professor João Carlos Tibursky, alojado num dos APARELHOS IDEOLÓGICOS do
ESTADO[3],
resistiu e tentou resistir enquanto pode à avalanche da INDÚSTRIA CULTURAL
DESENFREADA e VAZIA de CONTEUDO O mesmo cartunista Técio Ricardo KNEIP[4]
historiou esta resistência até o extremo deste destemido editor:
"Nos
últimos dias de redação (tempos da CODECC) com a troca de governo fui ficando
meio desajeitado no cargo [...] Bati em retirada para o extremo Sul do Brasil [...] Ficam as
lágrimas como joia nesse adeus em nome
da simplicidade praticada apenas pela oportunidade de ter trabalhado ao seu lado na grande imprensa gaúcha. Nesse
período, em da liberdade de expressão a
imprensa oficial serviu como honesto contraponto aos jornalões. Jornalões que
ele criticava severamente, bradando os títulos universitários quando surgia
algum tema polêmico”.
Vencido - o jornalista e editor João Carlos Tibursky - assumiu a condição, a
trincheira e as funções do cargo professor
universitário. Funções nas quais fez uma legião de amigos e respeitosos
estudantes de jornalismo.
[1] Texto
de uma alocução em inglês pronunciada por Marcel Duchamp, num colóquio
organizado em Hofstra em 13 de maio de 1960.
Consta em SANOULLET, Michel. DUCHAMP
DU SIGNE réunis et présentés par.. Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239
[2] - O Único e as suas Propriedades.
[3] MATURANA R., Humberto
(1928- )e VARELA. Francisco
(1946-).El árbol del conocimiento:
las bases biológicas del conocimiento humano. Madrid: Unigraf. 1996, 219p.
[4] Tércio Ricardo KNEIP http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/2916117
Fig. 05 – A
presença de João Carlos Tibursky, de boné, numa sala de aula da UPF prestando uma
homenagem a um concorrente. Apesar de distante
do embate direto com a realidade das Artes Visuais do Rio Grande do Sul levou aos profissionais das Letras, uma abertura generosa para um espaço
qualificado de comunicação. Como editor dos periódicos marcou a importância
de um PENSAMENTO AUTÔNOMO e a criação de
periódicos digitais capazes de deflagrar
condições materiais de ações institucionais do PENSAMENTO daqueles que o
sucediam
4 – João Carlos TIBURSKY
afirma o seu PENSAMENTO e colabora na
formação da consciência estética no
contexto sul-rio-grandense apesar das fragilidades, resistências
e silêncio oficial.
Na trincheira e nas funções do cargo de professor universitário por meio
do qual fez uma legião de amigos e respeitosos estudantes de jornalismo João Carlos Tibursky assumiu a condição, a
trincheira. Na UNIVERSIDADE de PASSO FUNDO (UPF) assumiu laboratórios
experimentais de jornalismo[1].
Com o carinhoso apelido de “TIBA” ele
foi recordado por uma das suas alunas e agora professora da UPF
“’ O TIBA
como é conhecido, é, na verdade, o maior contador de histórias que já conheci
na vida’. escreveu a professora Roberta SCHEIBE, ex aluna de TIBA e um das suas
grandes amigas, em uma reportagem que ela fez com o professor”
Carregando uma invejável bagagem cultural João Carlos Tibursky tornou-se guia nas difíceis
e obstruídas veredas da realidade brasileira. Uma das suas alunas[2]
recordava das suas aulas:
“Muito
mais que um professor, um amigo, para muitos era o Pai do jornalismo. Grande
mestre, pessoa espetacular, inteligentíssimo, entendia de qualquer assunto. Ou
melhor dizendo de qualquer pauta. Como o Jacaré mesmo dizia: ‘Jornalista é um
articulador. E conhecimento é articulação. Quer dizer, não adianta saber uma
coisa uma coisa e não articular as duas. Na verdade a essência do jornalista e
ser um articulador’”
Evidente sabia do estado e das condições destas veredas brasileiras ele afirmava que “O BRASIL é um INFERNO e o
CAPINGUI um paraíso” se referindo ao seu sítio e desta forma realizou o
seu sonhado retorno para Natureza.
[1] UNIVERSIDADE de PASSO FUNDO Rrojeto PraLer e as Crônicas Faquianas.
http://nexjor.com.br/projetos-e-premios/
Fig. 06 – O
gestual de João Carlos Tibursky
dramatizava o se PENSAMENTO. O profissional das Letras provocava pelo seu
visual uma generosa abertura a para um
espaço qualificado de Comunicação integral do seu ENTE no seu modo de SER. Quebrando mitos e desfazendo meias
verdades abria caminho para a expressão mais pura do HÀBITO da INTEGRIDADE
INTELECTUAL e ESTÈTICA.[1]
5 – Leituras e narrativas estilísticas do PENSAMENTO de
João Carlos TIBURSKY.
Forjado nas duras e capciosas lides de jornalista, editor e professor José Carlos Tibursky dominava a
linguagem, a literatura e o seu instrumento de trabalho. Cassio TURRA[2],
um dos seus estudantes Evidenciou este
domínio.
“Viveu –
ô, e como experimentou seis décadas,
Escreveu – para ser justo, lapidou com afeto, seja ao criar ou ao editar
histórias. Nesta arte, e a observação é essencial, ele “é” – sim é, no presente
mesmo, não me corrijam ! alguém assim não morre, sempre “é” o mestre, Ensinou
aprendendo ler olhares – de tão
eficiente, mal precisava entrar na sala de aula. Endireitou sabe-se lá
quantos textos tortos e maçantes – entre eles, o meu. Foi impecável talento, e
compreensivo com a mediocridade – como tão definiu Ana, uma das suas tantas pérolas“
A vida tumultuada e os saltos de
João
Carlos TIBURSKY ainda estão a espera que o mundo intelectual e
acadêmico - entre elas Universidade de Passo Fundo - consolidem as leituras e
narrativas estilísticas deste PENSAMENTO fora da curva e do cânones já
consagrados.
Os impulso e reações emocionais, ao seu súbito desaparecimento necessitam migrar para o espaço lógico digital da ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL.
Jornal do MARGS – Ano
III - dezembro de 1995 - nº 03
Exemplar do Acervo do
Setor de Documentação e Pesquisa do MARGS
Fig. 07 – A capa de um dos jornais impressos do MARGS na lógica da ERA INDUSTRIAL e produzidos
em séries uniformes e comandados pela
lógica taylorista. A passagem João
Carlos Tibursky pelo campo das Artes Visuais
do Rio Grande do Sul se deu ao final e na culminância destas séries
uniformes.. Com a vigência dos meios eletrônicos e numéricos digitais da
ÉPOCA PÒS-INDUSTRIAL estas séries
uniformes - produzidas e comandadas pela
lógica taylorista - foram destinadas aos acervos bibliográficos e documentais.
6 – O profissionalismo, a projeção e
permanência do PENSAMENTO de João Carlos TIBURSKY.
Em muitos aspectos o jornalista, editor e professor João
Carlos Tibursky é o último exemplar de um jornalismo pessoal,
opinativo e na busca intransigente e divulgação de agressiva da “SUA” verdade.
Na direção oposta o seu exemplo e ensino forneceu argumentos, pautas e
discípulos para um JORNAISMO coletivo, impessoal e de busca de um consenso
preliminar.
Este profissionalismo contratual com o seu leitor, com o Estado e com a
tecnologia anterior a era digital, foi escrita por seu colegas Técio Ricardo
KNEIP[1]
“Tibursky
era editor do TRINTA DIAS de CULTURA e o CONTINENTE que pertenciam ao Governo
do Estado através da Secretaria do Estado da cultura. Época de cachorro quente,
mas não faltava entusiasmo, alegria, vontade de trabalhar. Escrevia, desenhava,
corrigia, procurava na rua material para
a publicação., dobrava jornais, etiquetava e levava de ônibus os originais até
a CORAG. Jornal quentinho, vinte e cinco mil exemplares. Pura felicidade. Cada
edição nos dava muita alegria. Tipo de alegria que só a imprensa feita de
papel, concretiza. Era uma equipe unida, bonita, e tudo fazia para que o jornal ficasse o melhor
possível”
Exemplar do Acervo do
Setor de Documentação e Pesquisa do MARGS
Fig. 08 – Outra
capa de um periódico impresso do MARGS e com tema preferencial das Artes
Visuais do Rio Grande do Sul. Enquanto se aguarda as condições da plena
vigência das condições da ÉPOCA PÒS-INDUSTRIAL se ensaia pautas, veículos de
comunicação instantânea coerentes com o AQUI, AGORA e a SOCIEDADE local e
internacional. Esta generosa abertura
para um novo meio qualificado de comunicação, para a sociedade e espaço inclui
toda a produção da ERA INDUSTRIAL digitalizada e disponibilizada 24 horas e todos os dias do ano tanto por eventuais curiosos com para os
pesquisadores mais sérios e consequentes
Tibursky tornou-se professor de jornalismo quando os recursos da ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL necessitaram incorporar todo este conhecimento, este “saber
fazer” e as motivações características da ERA INDUSTRIAL Migração direcionada para
o universo digital. As provas desta migração para a era digital estão na
sequência de publicações que este episódio de seu falecimento provocou. Os estudantes de Tibursky da Universidade de
Passo Fundo repassaram toda esta força, herdada do mestre, para este meio numérico digital.
Exemplar do Acervo do
Setor de Documentação e Pesquisa do MARGS
Fig. 09 – Apesar de as Artes Visuais do Rio Grande do Sul como em qualquer outa
parte cultura possuem uma relação diferente com o TEMPO. Elas constituem
desde as cavernas da mais profunda pré-história ate as pichações e os grafitos
atuais uma materialidade que resiste ao TEMPO. No entanto dependem de que alguém as aponte com o gesto
e as palavras “OLHE ISTO”. È o papel dos
profissionais das Letras, da comunicação
e da publicidade como João
Carlos Tibursky. O conjunto deste processo é o objeto do PENSADOR das Artes
Visuais
7 – Etapas da transição do PENSAMENTO de João Carlos
TIBURSKY o
mundo prático e empírico.
É estonteante a linha do tempo percorrida pelo jornalista, editor e
professor João Carlos Tibursky Se tomarmos, por ponto inicial, desta linha, o menino da roça e, no extremo oposto, a figura do professor
titular da UPF, teremos algo pouco comum entre os nossos PENSADORES.
A sua adolescência foi no meio urbano do interior sul-rio-grandense. Ele contou[1]
que
“Passei
minha adolescência em Erechim”. Na cidade. Naquele tempo tinha exame de
admissão no ginásios, que era um tipo de pré-vestibular. Eu passei e entrei na
Escola Técnica Caruso MCdonald[2].
Eu tinha turno integral. Tinha essa parte teóricas e ee de tarde eu fiz 4 anos de
mecânica e desenho técnico. Na verdade eu tenho uma formação técnica. Trabalhei
na mecânica da UNESUL, na Autolândia, na fábrica de gaitas MARINEL, trabalhei
de padeiro...Isso tudo até uns 16 anos. Eu sai da Padaria Popular e como lia muito,
já havia lido os clássicos, - eu tinha um irmão que fazia filosofia na UFRGS e
ele me mandava livros e tal – eu sempre lia muito. Já tinha lido Balzac,
Dostoievski, Nietzsche e o Don Quixote sempre foi o grande livro da minha vida”
O desafio de uma formação universitária o levou à Porto Alegre. Esta
etapa foi registrada também por Roberta SCHEIBE[3]
que publicou:
“eu
morava na famosa casa dos estudantes, ali na Riachuelo com Borges – a Aparício Cora de Almeida. Morei
anos lá. Foi a casa mais famosa de lá, tem muitas histórias. Dá 10 dedos de
histórias locas e de loucos. Teve de tido naquela casa. Aí eu estudei um 3
meses antes de sair. Mas antes eu trabalhei de estivador. Porque eu grande e
forte e camponês. Então arrumei um emprego e Porto Alegre – porque eu morava
nessa casa era só para gente bem pobre – e trabalhei uns três meses no porto do
Guaíba, coqueando farelo, sal, descendo pelas rampas. Era uma fila de gente
trabalhando que carregavam e
descarregavam do navio tudo na cabeça. Ali fiquei uns 3 meses , até passar no
concurso do Banco Nacional. Fiquei um tempo no banco trabalhando. Mas isto de
estivador foi logo com 18 anos. Mas aí om a confusão de 68 cada um foi par um
lado e fui para Vacaria”
Evidente estas mudanças, escolhas rápidas e definitivas moldaram um
PENSAMENTO e induziram ao EXPERIMETALISMO sem medo e sem remorsos pelas suas
sucessivas e fulminantes escolhas .
[1] Entrevista: Roberta Scheibe Fotos: Cláudio Tavares http://santasaliencia.blogspot.com.br/2007/04/as-histrias-ldicas-e-lbricas-de-joo.html
[2] Escola Técnica CARUSO MACdonald - 1957-1976 – Depois Escola Haidê Tedesco
Reali
[3] Entrevista: Roberta Scheibe Fotos: Cláudio Tavares http://santasaliencia.blogspot.com.br/2007/04/as-histrias-ldicas-e-lbricas-de-joo.html
Exemplar do Acervo do
Setor de Documentação e Pesquisa do MARGS
Fig. 10 – O acúmulo das Artes Visuais produzidas em todas as etapas políticas,
culturais e econômicas do Rio Grande do Sul foi confiado potencialmente ao
MARGS. Instituição que possui esta competência é delimitada pelas suas
fronteiras territoriais. Evidente esta
membrana é competente para receber continuadas atualizações e
contribuições externas além de remeter e interagir, de forma qualificada com o
mundo além de suas fronteiras geográficas. Esta qualificação se deve a
profissionais como João Carlos
Tibursky, uma abertura generosa para um espaço qualificado de comunicação.
8 -
Permanência do potencial do PENSAMENTO de João Carlos
TIBURSKY apesar da sua ausência física,
Quem não experimentaram, na própria vida, este ritmo
de mudanças, escolhas rápidas e definitivas comandadas pelo EXPERIEMTALISMO do jornalista, editor e
professor João Carlos Tibursky pode admitir
e acompanhar este PENSAMENTO.
Sem admitir esta problemática qualquer permanência do potencial do
PENSAMENTO de João Carlos
TIBURSKY apesar da sua ausência física,
Este pensamento - caso não for odiado e desqualificado - é mitificado com o rótulo do “SEL-MADE-MAN”
no extremo oposto. Não se trata nem do MITO e nem da desqualificação. Trata-se
da busca empreendia pelo obscuro ENTE no seu próprio MODO de SER. Este processo provoca reflexos ressonância no
ENTE que é competente para praticá-lo e se confunde com expressões de
REALIZAÇÃO, de FELICIDADE e RECOMPENSA implícita neste trabalho.
O resto são repercussões externas, aplausos, vaias, prosélitos ou
inimigos declarados. O próprio João Carlos
TIBURSKY traçou o perfil dos seus inimigos declarados.
“O grande
problema do jornalismo atual é a falta de investigação, da interpretação e da
opinião. E antigamente tinha crítica nos jornais, tinha polêmica – e hoje tem
laudação e louvação e puxação de saco e compadrismo. Se tu escreves um livro
que é um bosta tu sempre encontra um jornalista ou alguém que vai falar bem, vai escrever na
orelha.... aliás, como toda cultura e a sociedade. Em termos de densidade e das
pós-modernidade, ‘nada é sólido e desmancha no ar’ (fazendo alusão ao livro de
Marshall Bermann). Essa que é a verdade. Não há profundidade. E não há mais
tempo também... são tantos os papeis e tanto os bares e tantas as festas que o
aluno tem que ir....tanto trago e tanta maconha e tanta coisa que na verdade
não sobra muito tempo para ler, né. Porque esta coisa de ficar - o Cassiano Del Ré (professor de FAC) agora
deletou 165 páginas de e-mail que me mandaram nesses três anos, e eu não li
nenhum. Eu acho que posso entrara no Guinness Book. Eu não sei quantos quilos
dava de e-mail. Quando deletou o computador parecia que ei levitar”
Estes inimigos, declarados na entrevista, revelam e evidenciam as suas crenças, recompensas e
buscas. Entre estas revelações está a
distinção entre aquilo que constitui ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA e aquilo
que constitui a PESQUISA ESTÉTCA PERMANENENTE que ele conquistou entre
numerosas e duras escolhas pessoais.
Exemplar do Acervo do
Setor de Documentação e Pesquisa do MARGS
Fig. 11 – A socialização das Artes
Visuais do Rio Grande do Sul necessita
de profissionais qualificados e especializados. O ACERVO e o ACÙMULO de
OBRAS de ARTE é um dos objetivos de qualquer MUSEU de ARTE, Este acúmulo nada
significa se não gerar CONHECIMENTO, IDENTIDADE e INTERAÇÃO SUPERIOR de uma
INSTITUIÇÃO, de uma, REGIÂO ou de um ESTADO NACIONAL. O papel do PENSADOR é gerar este
CONHECIMENTO, IDENTIDADE e INTERAÇÃO ou ARTICULAÇÂO - nas palavras de TIBURSKY. Certamente aí cabe o papel que João
Carlos Tibursky apontou. Contudo cabe uma rigorosa ANTÍTESE para atingir a
SÍNTESE do seu PROJETO.
09 – O pensamento de João Carlos TIBURSKY
introduz outras ESTRATÉGIAS para se tornar
AUTÔNOMO do MUNDO OFICIAL e assim ampliar o seu potencial do intelectual e
esteta e se aproximar da lógica da livre iniciativa da ERA INDUSTRIAL.
A breve e tumultuada passagem de João
Carlos Tibursky pelo do
Museu de Artes do Rio Grande do Sul foi uma época na qual jornalistas,
pesquisadores editavam revistas, jornais e releases para a imprensa local. Esta
produção esta catalogada no ACERVO
DOCUMENTAL do NÚCLEO DOCUMENTAL e BIBLIOGRÁFICO
as ARTES VISUAIS do MARGS Ado Malagoli.
Evidente que este NÚCLEO
do ACERVO DOCUMENTAL BIBLIOGRÁFICO das ARTES VISUAIS e HITÓRICO do MARGS é
recente e pequeno diante de similares
mundo afora. No entanto é o que de
melhor o Rio Grande do Sul possui em termos ACERVO DOCUMENTAL do NÙCLEO
DOCUMENTAL e BIBLIOGRÁFICO as ARTES
VISUAIS.
Diante deste acervo o
conselho jornalista, editor e
professor José Carlos Tibursky ao seu discípulo que o entrevista
“Mas o livro
é sem dúvida Dom Quixote. Na verdade a gente tem que aprender a ler cada vez
menos e reler alguns livros. Reler, reler, rele. Ir mergulhando num lugar só”
Era o conselho que Celso
Loureiro Chaves repetia o desafio da Ângelo Guido o mestre da História da Arte “Todos sabem que você é capaz de nadar. ....Agora
queremos saber se sabe mergulhar”
Pelo pouco que se conhece do pensamento de
João Carlos TIBURSKY é
possível afirmar e provar que ele introduziu outras ESTRATÉGIAS para se tornar AUTÔNOMO do MUNDO OFICIAL e
assim ampliar o seu potencial do intelectual e esteta e se aproximar da lógica
da livre iniciativa da ERA INDUSTRIAL e prepara um contingente de estudantes competentes para ultrapassa-la na ÉPOCA PÓS- INDUSTRIAL
10 - O PENSAMENTO de João Carlos TIBURSKY e o
seu legado institucional
Evidente que a
experiência do jornalista, do editor e e do professor João
Carlos Tibursky é
impossível de ser replicada Permanece o seu PENSAMENTO e o HÁBITO da INTEGRIDADE
ESTÉTICA e INTELECTUAL. Critico acerbo e
feroz das corrupções, desvios e facilidades das instituições universitárias sabia
quanto lhe foi difícil atingir esta patamar erudito. Assim, quando se torna professor universitário, possui todas as motivações para evidenciar as
exigências, os rumos e os projetos corretos que esta escolha de vida implica.
Esta atenção necessita
ser redobrada quando se trata do mundo
simbólico. Mundo simbólico que
identifica uma pessoa, uma instituição, região ou pais. Isto devido ao fato de o mundo simbólico tratar daquilo que é mais nobre e
permanente das especulações, criações e obras físicas, Nesta direção ele se
perfila e a o mesmo tempo se distingue dos demais pensadores das ARTES VISUAIS
do RIO GRANDE do SUL.
CÁSSIO TURRA foi
um entre seus discípulos que se manifestaram no espaço dos meios da ÉPOCA PÓS INDUSTRIAL após o seu desaparecimento.
Cassio escreveu e publicou[1] que:
“nosso mestre foi-se no canto que
escolheu. E até neste momento mórbido enfiou fermento na contradição: o jacaré
mooeu na água. Do pai que foi aos que atenderam o significado da camisa aberta e do
– aparente – desleixo estereotipado, sua grandeza esbofeteou centenas de
crianças que desavisadas, esperavam a mesmice de uma ementa chapa branca. O tal
João, aquele muitas vezes considerado negligente por um eternos frustrados,
respondeu ao olhar raso indo embora enquanto milhares de discípulos,
cabisbaixos reescrevem sua história, e o fazem aqui, no bar, na sala de aula,
no ônibus. O Jacaré multiplicou a paixão que forjava nas palavras. A quem o
João conseguiu desequilibrar, ou mesmo plantar interrogações, fica o consolo de
que, existindo céu e inferno, acabou a mesmice nos periódicos além do plasma”
O conjunto e a qualidade
de narrativas, publicações e panegíricos dos seus DISCIPULOS a respeito do seu
mestre - que estão
circulando na internet - constituem uma evidente amostra
do legado institucional e a permanência do PENSAMENTO de
João Carlos TIBURSKY. De um
lado evidenciam este carinho, do outro lado demonstra que o mestre jornalista
TIBURKY se equivocou em relação a qualidade desta nova geração. Geração que é
apenas diferente daquela do seu tempo de
estudante que está investindo na sua
presença, criatividade e obras nas condições de ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL
Exemplar do Acervo do
Setor de Documentação e Pesquisa do MARGS
Fig. 12 – Clébio SÓRIA sempre expressou a mesma energia e disposição ao trabalho,
à pesquisa estética regional que animava João Carlos Tibursky. Ambos eram
procedentes do Rio Grande do Sul profundo e carregando toda a herança
telúrica. Se Clébio escolheu as Artes Visuais e Tibursky as Letras ambos foram
profissionais com uma abertura generosa
para um espaço qualificado de comunicação e iteração com o seu LUGAR, TEMPO e
SOCIEDADE.
FONTES
BIBLIOGRÁFICAS relativas a
João Carlos
TIBURSKY
MUSEU de ARTE do RIO GRANDE
do SUL ADO MALAGOLI
Núcleo de DOCUMENTAÇÂO
e BIBLIOGRAFIA
Produção de João Carlos Tiburski
Pesquisa de Maria Teresa MEDEIROS em 20.12.2017
- Produção e Planejamento Gráfico
Nº 9 (1983)
- Editoração, Redação e Planejamento Gráfico do Nº10 e Nº 11 (1983)
Nº 11 (1983) - Entrevista com Rute Gusmão pg. 18-20
- Editoração e Planejamento Gráfico do Nº 19 ao Nº 24 (de 1984 a 1985)
Nº 20 (1984) – “O mundo flutuante de Atget” pg. 3-5
“Um cronista de
Imagens” pg. 18-21
Nº 21 (1984) - “Sombras” pg. 6-8
Destaques do mês: Goeldi
pg. 22
Nº 24 (1985) - “A xilogravura na História da Arte Brasileira & o Rio
Grande do Sul na Xilogravura” pg. 3-4
“Litógrafos do Rio
Grande do Sul” pg. 10-11
- Editor e participante do Conselho Editorial do Nº 25 ao Nº 29 (de 1985 a 1986)
Nº 25 (1985) - Entrevista com Zorávia Bettiol pg. 5-6
“A pluralidade dos
Exercício” pg. 9-11
Nº 27 (1986) - Entrevista com Amélia Toledo, Romanita Disconzi, Tina
Presser e Maria Helena Webster pg. 2-5
Depoimento “Das Bananas à Abstração”, de
Antônio Henrique Amaral (editado por Tiburski) pg. 7-10
Nº 28 (1986) - Entrevista com Iberê Camargo, Carlos Martins, Eduardo
Subirats e Maria Lúcia Kern pg. 2-5
“Nakle: Arte
Carnavalizada” pg. 6-7
Nº 29 (1986) - Entrevista com Telmo Freire e Paulo Hübner pg. 2-6
“Arte na rua” pg. 8-10
- Editor, Conselho Editorial e Planejamento Visual Nº 30 e Nº 31 (1986)
Nº 31 (1986) - Entrevista com Dr. Cesar Bernardi, Dr. João Borges Fortes
e João Manoel Lopes pg. 3-7
“Os Salões de Arte
Permanecem Fascinantes e Enigmáticos” pg. 8-9
“Ver e Rever
Mensalmente” pg. 34
- Editor, Conselho Editorial e Planejamento Gráfico Nº 32 (1987)
Nº 32 (1987) - Entrevista com Magliani pg. 2-4
“Releitura e Criatividade” pg. 6-7
............
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
TEÓRICAS CITADAS..
ALTHUSSER,
Louis. Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado. Lisboa : Editorial
Presença Ltda., 1980. 120p.
DUCHAMP, Marcel. Alocução
em inglês pronunciada por Marcel Duchamp, num colóquio organizado em Hofstra em
13 de maio de 1960. in SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par..
Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239
MACHADO, Antonio. «De Campos de Castilla» in .Antología poética. Madrid: Alianza. 1995. pp.31 – 70.
MANUAL de SERVIÇO da DOCUMENTAÇÂO e
PESQUISA do MARGS
– Porto Alegre: MARGS Secretaria dos Negócios da Cultura do Estado do Rio
Grande do Sul, 2011, 31 p.
MATURANA R., Humberto
(1928- )e VARELA. Francisco (1946-).El árbol del conocimiento: las bases biológicas del conocimiento
humano. Madrid:
Unigraf. 1996, 219p.
WEBER, Max. Sobre a universidade. São Paulo:
Cortez, 1989. 152 p.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS relativas a
João Carlos
TIBURSKY (1950- 17.04. 2011)
Taiz REGININI
T
exto de CÁSSIO TURRA
Scola técnica
CARUSO MACdonald - 1957-1976 – Depois
Escola Haidê Tedesco Reali
REVISTA ECO DIGITAL
UNIVERSIDADE
de PASSO FUNDO
Rrojeto
PraLer e as Crônicas Faquianas.
http://nexjor.com.br/projetos-e-premios/
PROPOSTA de
ESTUDO dos PENSADORES das ARTES VISUAIS do RS
Estudado, no dia
24.08.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 03
Olinto Olympio de
OLIVEIRA (1866-1956)
Estudado, no dia
19.10.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 09
Fábio de BARROS
(1881-1951)
Estudado, no dia
28.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 07
Ângelo GUIDO GNOCCHI ( 1893-1969)
Estudado, no dia
21.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 06
Fernando CORONA (1895-1979)
Estudado, no dia
14.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 05
Tasso Bolívar Dias CORRÊA (1901-1977)
Estudado, no dia
05.10.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 08
Athos DAMASCENO
FERREIRA (1902-1975)
Estudado, no dia 31.08.2017,
pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 04
Herbert CARO
(1906-1991)
Estudado, no dia
26.10.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 10
Aldo OBINO
(1913-2007)
Estudado, no dia
09.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 11
Alice SOARES
(1917-2005)
Estudado, no dia
16.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 12
Francisco
Rio-pardense MACEDO (1921-2007)
Estudado, no dia
23.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 13
Frei Antônio do
Carmo CHEUICHE (1927-2009)
Estudado, no dia
07.12.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 15
Carlos SCARINCI (1932-2015)
Estudado, no dia
30.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 14
Walmir AYALA
(1933-1991)
Estudado, no dia
14.12.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 16
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VISUAIS do RS
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