As distâncias entre o ARTISTA do
INTERIOR e o da CAPITAL.
"O direito permanente à pesquisa estética; a atualização da
inteligência artística brasileira; e a estabilização de uma consciência
nacional [..] A novidade fundamental, imposta pelo
movimento, foi a conjugação dessas três normas num todo orgânico da consciência
coletiva” propostas de Mário de Andrade[1] para a UNE, em 1942.
[1] -
ANDRADE, Mario O movimento modernista: Conferência lida no salão
de Conferências da Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores do Brasil
no dia 3 de abril de 1942. Rio de Janeiro :Casa do Estudante do Brasil,
1942, p.45.
Fig. 01 – A
artista VERA TEMPESTADE escolheu o interior do Rio Grande do Sul para continuar
a sua produção e pesquisa estética iniciada no Rio de Janeiro e consolidada em
Paris. A sua obra encontrou neste AMBIENTE GEOGRÁFICO, na sua GENTE um TEMPO para o amadurecimento e uma
concretude que permitiu uma autonomia própria. Não se trata de uma mimese com o
meio, mas simplesmente o seu ENTE coerente com o seu modo de SER artista.
A atualização da inteligência
artística brasileira, sul-rio-grandense torna-se cada vez mais efetiva e quase
instantânea, mesmo nos seus mais longínquos interiores. A pesquisa estética caminha
na direção contrária. O artista cria sua obra no seu PRÓPRIO LUGAR, na ECONOMIA
que o sustenta e para a sua própria SOCIEDADE. Ao artista criador é tarefa cada
vez mais difícil se inspirar e criar com TODA INFORMAÇÃO de que dispõe na ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL, senão impossível. Se o artista o tenta, a sua obra constituiu
um ato temerário e sem o menor sentido para a cultura global. As GRANDES
EXPOSIÇÕES UNIVERSAIS estão longe no TEMPO e levaram consigo os seus suportes
conceituais, sociais, econômicos e políticos. Suportes conceituais que na
maioria das vezes não passavam de um grosseiro COLONIALISMO mantido e insuflado
pelas fornalhas e pelas linhas de montagem triunfantes da ERA INDUSTRIAL.
Fig. 02 – A
artista Ruth SCHNEDER encontrou o se repertório e temas na periferia urbana de
PASSO FUNDO. A sua obra encontrou uma
decisiva aceitação e permanência nesta cidade. Com o apoio da UPF e da
prefeitura do município o museu que leva o seu nome é uma semente fértil. Como
foi fértil a ESCOLLINHA de ARTES na qual Cecília ZINGARO AMARAL plantou uma das
vertentes da Universidade de Passo Fundo
No Rio Grande do Sul as
distâncias e as barreiras entre o
ARTISTA do INTERIOR daquele da CAPITAL persistem tanto na atualização inteligência
como na pesquisa estética
Esta circulação da pesquisa - como na atualização reciproca da inteligência - é
entravada sob os efeitos e pela tradição da ERA INDUSTRIAL. Os efeitos das linhas de montagem, das suas
máquinas e da sua propaganda da ERA INDUSTRIAL possui apenas o sentido da CAPITAL para o ARTISTA do INTERIOR. Estas barreiras não respeitam
qualidade estética e nem erudição. Artistas
de alta erudição e qualidade estética, do interior do Rio Grande do Sul,
são ignorados na capital.
Fig. 03 – A
artista erudita Justina Maria KERNER PUHLMANN escolheu a cidade de Agudo no
fértil
vale do Rio Jacuí para semear a sua obra. O seu marido Aléxis PUHLMAN - médico e
com formação erudita em Artes Plásticas - não sentiu necessidade de interação com o
meio artístico de Porto Alegre enquanto expunha e vendia suas obras na EUROPA . Ambos pesquisaram, cada um a seu modo, o LUGAR GEOGRÁFICO, seu TEMPO e a SOCIDADE na qual viveram e produziram sua obra. Nestas circunstâncias .dimensionaram o seu ENTE e o tornaram coerente com o seu modo de SER artistas do interior do Rio Grande do Sul
vale do Rio Jacuí para semear a sua obra. O seu marido Aléxis PUHLMAN - médico e
com formação erudita em Artes Plásticas - não sentiu necessidade de interação com o
meio artístico de Porto Alegre enquanto expunha e vendia suas obras na EUROPA . Ambos pesquisaram, cada um a seu modo, o LUGAR GEOGRÁFICO, seu TEMPO e a SOCIDADE na qual viveram e produziram sua obra. Nestas circunstâncias .dimensionaram o seu ENTE e o tornaram coerente com o seu modo de SER artistas do interior do Rio Grande do Sul
O casal Justina Maria KERNER
(1846-1941) e Alexis Bruno Theodor PUHLMANN (1832-1923) figura nas anotações de
Ângelo Guido onde ele escreve que Alexis:
Nasceu em Berlim, em 1832. Formou-se
em medicina e, depois, em pintura, na Real Academia de Berlim. Estudou também
em Viena e na Itália Foi pintor de brilhante capacidade tendo conquistado
diversos prêmios em exposições de Viena e de Berlim. Casado com Justina Kerner,
também pintora, veio para o Rio Grande do Sul em 1883, fixando-se em Silveira
Martins. Dois anos depois passou para a Colônia de Santo Ângelo, hoje Agudo do
município de Cachoeira do Sul, onde permaneceu até a sua morte, ocorrida em
1923. Como clínico atendeu com dedicação os habitantes daquelas regiões
rio-grandenses, continuando a pintar paisagens locais que se distinguem pelos
estudos de tonalidades. Nunca teve contato com o meio artístico da capital,
onde esteve ignorado até bem pouco tempo.
Enciclopédia Rio-grandense. O RIO GRANDE do SUL ANTIGO Canoas-RS:
La Salle.1º vol. 1956, p. 262b
Fig. 04 – Uma
obra de Aléxis Bruno Theodor PUHLMAN (1832-1923) com formação artística em Berlim, Viena e em Roma escolheu o interior do Rio Grande do Sul para manter
na autonomia a sua PESQUISA ESTÈCA coerente om a SOCIEDADE, TEMPO e LUGAR que
encontrou em Agudo. Quase centenário solicitou que
seu corpo fosse enterrado sob uma árvore no fértil vale do Rio Jacuí.
Alexis enviava as suas
obras para o mercado de arte da Europa onde era conhecido e as suas obras bem
pagas. Com os valores monetários recebidos comprava remédios para os seus
pacientes pobres.
Fig. 05 – O artista Franz STEINBACHER também se fixou no Vale do Jacuí, na cidade de Santa Cruz. Deste ponto partia
para as as suas atividades estéticas com para a próxima cidade de Rio Pardo na
qual mostrou a sua competência nas pinturas da prestigiosa Igreja do Rosário . Atuou no amplo leque das Artes Visuais.
Neste leque estava a fotografia como
suporte d e seus estudos da sua terra de adoção.
O artista Franz
STEINBACHER (1887-1933) também possuía formação superior em artes visuais na
Europa. Estabeleceu-se em Santa Cruz da Sul. Dali aceitava encomendas para
igrejas do interior, e pintava retratos, nas horas e usava a fotografia como
forma de pesquisa visual da região.
Enciclopédia Rio-grandense. O RIO GRANDE do SUL ATUAL Canoas-RS:
La Salle. 3º vol. 1957, p,316 b
Fig. 06 – A
aquarela da pequena povoação de Irai é uma amostra da obra do artista
Franz STEINBACHER. Esta cidade estava recebendo na década
de 1930
o prédio do balneário projetado por Ernani Dias Correa
(1900-1982)
como funcionário da
prestigiosa Secretaria de Obras do Estado do Rio Grande do Sul
Já o artista Fernando
SCHLATTER, (*07.07.1870- +07.09.1949)[1]
tentou ser colono em Ijuí para financiar, com a agricultura, a autonomia para a
sua produção artística. A empresa não deu certo, e ele se mudou para a capital[2]
Esta polaridade
trabalhou e fez com uma soma imensa de
artistas, nascidos do INTERIOR do Rio Grande do Sul, migrassem para a CAPITAL.
Alguns preservaram e cultivaram a sua origem na formação seu o GRUPO de BAGÉ[3].
Seguiam o exemplo de Manuel Araújo que acrescento o gentílico Porto-alegre
quando se fixou na capital do império.
[2] MESSELE-WIESER, Sandra BRASIL:
FERDINAND SCHATTER: o pintor de Lindau no Rio Grande do Sul Würtburg:
Mediabarung 2013, 152 p. ISBN 978-3-88-394-5
[3] Grupo de O GRUPO de
BAGÉ: seu tempo, sua terra e
seu público. http://profciriosimon.blogspot.com.br/2015_03_01_archive.html
Fig. 07 – O artista Ênio PINALLI (1929-1990) partiu das sensações visuais que o ambiente do
vale do Rio Cai propiciava. Apoiando-se nos seus registros fotográficos
transpunha as suas sensações para as manchas que a técnica da aquarela. Domiciliado na cidade de Montenegro
contribuiu para que este AMBIENTE
GEOGRÁFICO, o seu TEMPO estivesse ao
serviço da sensibilidade e repertório de sua GENTE e onde se reconhecesse.
Entre os que se
mantiveram e produziram a sua obra no interior está Ênio PINALLI (1929-1990) ou
refluíram ao interior como Antônio GUTIERREZ (1934-2004).
Outros tentaram
constitui verdadeiras colônias de artistas como aconteceu em Caxias do Sul com
a geração dos ZAMBELLI[1],
Tarquínio (1854-1935), Michelangelo (1882-1940), Mario Zílio (1892-1948),
Rafael (1899 - 1918) e Estácio Frederico (1896-1967). Caxias do Sul cultivou
instituições próprias como seu Museu Municipal,
a Escola de Belas Artes e a Pinacoteca Aldo Locatelli. Este último
artista, junto com Emilio Sessa, apesar de sediados na capital, colheram os frutos de uma longa sementeira
cultural cultivada nas Colônias Italianas.
Nestas peregrinou Antônio CREMONESE (1890-1943)[2]
espalhando as suas obras por templos e casas. Na mesma senda está a memória da
obra de Ângelo LAZZARI (1898-1964) No ambiente artístico em Porto Alegre não há
registro de alguma obra destes dois pintores ou alguma interação com o meio
estético metropolitano.
Fig. 08 – Antônio
GUTIERREZ retornou para MAÇAMBARA numa
retirada radical do meio urbano após a
sua formação erudita no Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Exemplo
deautonomia estética e sem se dobrar aos caprichos dos centros artísticos
hegemônicos do seu TEMPO. A sua produção
encontrou - neste AMBIENTE GEOGRÁFICO
interiorano - o ritmo do TEMPO e da sua GENTE. O seu ENTE tornou coerente com o seu modo de SER uma atividade na qual o OLHAR é soberano e determinante.
Evidente que o esvaziamento e o silêncio que
se faz no interior do Rio Grande do Sul é uma realidade no século XXI, E deste
silêncio e solidão que o artista Antônio GUTIERREZ (1934-2004) se aproveitou, na
distante MAÇAMBARÀ, para criar a sua
obra plástica.
Em compensação a ruidosa Região da Grande
Porto Alegre briga um terço da população
deste Estado Brasileiro. No contraditório o avanço das conquistas tecnológicas
da Época Pós-industrial propiciam condições materiais, sociais e econômicas para
o retorno ao interior. É o aconteceu em Veneza quando esta cidade perdeu o
domínio e comercio das especiarias orientais. As grandes fortunas venezianas
retornaram ao interior do continente. Este retorno oportunizou o florescimento
das grandes expressões artísticas da Escola Veneziana.
É de se reconhecer a
criação, a manutenção de instituições próprias para as Artes como Escolas de
Artes[1],
arquivos e museu municipal e de Pinacotecas nos polos culturais mais
expressivos do Rio Grande do Sul. Nestas se está implementando uma interação
entre a iniciativa publica e a particular. Esta interação ganhou consistência e
visibilidade na cidade de Novo Hamburgo. A própria FEEVALE teve a sua origem
primeira numa Escolinha de Artes[2]
que se transformou em Curso Superior e se conjugou com cinco outras áreas.
Apesar dos poucos quilômetros que
separam Porto Alegre de Novo Hamburgo a dita capital do “Vale do Sapateiro” parece outro país para as artes visuais e com
cultura diferente[3].
Neste ambiente distinto surgiu Ernesto Frederico SCHEFFEL (1927-2015) que alçou voo para a Florença. Mas retornou,
em tempo, para criar, gerir e garantir a fundação que leva o seu nome[4].
Porém o “Vale do Sapateiro” abriga a memória e artistas visuais de diferentes
linhagens. Na memória está a obra do afro-sul-rio-grandense Carlos Alberto
OLIVEIRA (1951-2013)[5].
Estão em plenas atividades de criação artística como Claudia SPERB[6],
Flávio SCHOLLES[7]
e Marciano SCHMITZ[8].
Todos eles com nutrido currículo de realizações e dispostos a levar o seu
projeto estética nas artes visuais até as últimas consequências o que seu
LUGAR, GENTE e TEMPO permitem.
[1] - ESCOLAS de ARTES no RIO
GRANDE do SUL 2008 http://profciriosimon.blogspot.com.br/2010/03/centenario-da-escola-de-artes-do-ia_9581.html
[2] - Origem da FEEVALE http://profciriosimon.blogspot.com.br/2012/02/isto-e-arte-021.html
[4] - FUNDAÇÂO SCHEFFEL https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_Ernesto_Frederico_Scheffel
[6] - Claudia SPERB e OUTROS http://profciriosimon.blogspot.com.br/2014/10/096-isto-e-arte.html
[8] Marciano SCHMITZ http://www.marcianoschmitz.com.br/site/
Fig. 09 – A massiva
produção visual do interior do Rio Grande do Sul necessita ser visitada,
estudada e registrada como o fez Altamir MOREIRA na sua tese de doutoramento
desenvolvida e defendida no Programa de Pós Graduação em Artes Visuais do
Instituto de Artes da UFRGS Na obra
acima é o seu registro da obra de Antônio Cremonese (1890-1943) realizada na igreja matriz da
cidade de Flores da Cunha. Este município é um dos 159 que Altamir visitou para
elaborara a sua tese
A cidade de Passo Fundo
não só homenageou com o nome de Ruth
SCHNEIDER (1943-2003) o seu Museu de Arte[1],
mas mantém reuniu, estudou e mostra um acervo respeitável desta artista. O
interior de Vacaria é o refúgio da Vera TORMENTA com um profundo convívio com
uma geração expressiva dos artistas da antiga capital federal e uma estadia
produtiva em Paris. A cidade de Pelotas guarda uma carinhosa lembrança da
permanente interação e retorno constante de Antônio CARINGI (1905-1981) ao seu
local de origem e a sua sociedade. Esta mesma cidade possui na figura de Adail
BENTO COSTA (19081980) um nome ligado aos estudo, defesa e reabilitação do seu
rico e vasto patrimônio artístico
Fig. 10 – Numa
rápida e superficial visão fixa-se - no
mapa do interior do Rio Grande do Sul -
alguns nomes de artistas e siglas de instituições de ensino superior Nesta visão panorâmica restringe-se o TEMPO à ERA INDUSTRIAL ente-se a falta de um
arquivo confiável, como de estudiosos profissionais capazes de interagir
produtivamente com os recursos da rede mundial da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.
[Clique sobre o mapa para poder ler]
Os cursos superiores de
ARTES VISUAIS de BAGÉ[1],
de CACHOEIRA do SUL (Escola Santa Cecília)[2],
de MONTENEGRO (FUNDARTE)[3],
de PASSO FUNDO (UPF)[4],
de PELOTAS (UFPel)[5]
e de SANTA MARIA (CAL)[6]
cercaram-se de uma massa crítica e geraram prosélitos que ainda necessitam de
TEMPO, de ESTUDO e de ampla CIRCULAÇÃO pública para confirmar e consolidar os seus respectivos PROJETOS CIVILIZATÓRIOS
adequados ao seu TEMPO, SOCIEDADE e AMBIENTE. Certamente são preciosos índices
e instrumentos para dar corpo a uma IDENTIDADE LOCAL PRÓPRIA e, assim, ajudar a
GERAR elementos simbólicos e físicos que enriquecerão o PACTO e o PROJETO
sul-rio-grandense e brasileiro. Contribuem efetivamente para este TODO ORGÂNICA
de uma CONSCIÊNCUIA COLETIVA que nasce do PODER ORIGINÁRIO em direção a uma
identidade nacional e estadual. Nesta medida a CAPITAL METRIOPLITANA ganhará
sentido e condições para um diálogo efetivo e uma interação produtiva com o
interior do Rio Grande do Sul.
[2] - Escola Santa Cecília http://www.museucachoeira.com.br/index.php?area=artigos&id=1
[5] - ARTES VISUAIS UFPel http://portal.ufpel.edu.br/apicobalto/curso/1310
Fig. 11 – A maioria
dos municípios possui museus ou algum acervo mais ou menos público.
O município
de AGUDO não é diferente. Como esta atividade oficial é recente e os
profissionais
da arquivologia e museologia estão distantes e sem cargo e
salario definido pelo município
há necessidade de marketing, eventos e
propaganda que tenha por enfoque um ou outro aspecto
deste acervo. Na imagem algumas obras de Justina KERNER
convivem com matérias
bem mais recentes e de outa natureza do que a estética
A grande questão que se
necessita esclarecer - em relação às instituições de arte do Rio Grande do Sul – é que até que ponto possuem a
ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA ESTÈTICA no seu projeto e ate que ponto são
efetivos CENTROS INSTITCIONAIS de PESQUISA ESTÈTICA do seu LUGAR, TEMPO e da própria
SOCIEDADE.
Certamente cabe às
instituições de arte do Rio Grande do
Sul a tarefa prioritária da formação e educação. Porém esta tarefa necessita
ser exercida a partir do seu ambiente formativo e educacional, do local para o
universal e do repertório empírico para a abstração. A simples e pura
TRANSMISSÃO da INFORMAÇÃO ESTÉTICA de
outra SOCIEDADE, TEMPO e LOCAL geográfico é alienante e nada produz na
arte local. Por mais valiosa e universal que seja este tipo de INFORMAÇÂO
ESTÈTICA ela aliena e constitui apenas um instrumento de transmissão, senão de
colonialismo imaterial e imaterial.
Como CENTROS de PESQUISA
cabe às instituições de arte do Rio Grande
do Sul o papel da atenção, do estudo e da divulgação do pensamento não
só do artista, mas do seio social, econômico e regional que deram suporte
aos artistas regionais
As queixas do artista
sul-rio-grandense em relação à sua discriminação do centro geográfico
brasileiro são corretas e amplamente conhecidas. Porém estas queixas são
estéreis senão mera desculpas para NÂO PESQUISAR.
Fig. 12 – A ERA INDUSTRIAL deixou vestígios os mais diversos no interior do Rio
Grande do Sul. A sucata desta ERA é matéria prima na ÉPOCA PÒS-INDUSTRIAL – estão sendo
aproveitadas para a arte como aconteceu em Passo Fundo e ouros locais. Assim
estes descartes galgam os patamares de BENS SIMBÒLICOS FÌSICOS
e IMATERIAS marcando física e mentalmente
esta nova época e sentido.
O
monumento ao ferroviário da autoria de Paulo SIQUEIRA[1] é uma das referências da
antiga
estação ferroviária de Passo Fundo
O pedido de Mário de Andrade
da atenção, estudo e divulgação para a Literatura sul-rio-grandense ao mineiro
Guilhermino Cesar é exemplo também para as artes visuais.
Nesta atenção, estudo e divulgação não se trata de gerar um “NÓS GAÚCHOS” coletivo, e oco, destinado apenas ao marketing e propaganda da ERA INDUSTRIAL.
Trata-se de CONHECER, ESTUDAR e FAZER CIRCULAR as múltiplas faces das ARTE VISUAIS capazes de se ATUALIZAR sem deixar de PESQUISAR o seu próprio ENTE no seu modo próprio de SER. A autêntica OBRA de ARTE possui esta competência de lavar o MÁXIMO IMATERIAL de uma civilização no MÌNIMO de sua FORMA MATERIAL.
Nesta atenção, estudo e divulgação não se trata de gerar um “NÓS GAÚCHOS” coletivo, e oco, destinado apenas ao marketing e propaganda da ERA INDUSTRIAL.
Trata-se de CONHECER, ESTUDAR e FAZER CIRCULAR as múltiplas faces das ARTE VISUAIS capazes de se ATUALIZAR sem deixar de PESQUISAR o seu próprio ENTE no seu modo próprio de SER. A autêntica OBRA de ARTE possui esta competência de lavar o MÁXIMO IMATERIAL de uma civilização no MÌNIMO de sua FORMA MATERIAL.
FONTES
BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Mario O
movimento modernista: Conferência lida no salão de Conferências da
Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores do Brasil no dia 3 de abril de
1942. Rio de Janeiro :Casa do Estudante do Brasil, 1942, 56 p..
ENCICLOPÉDIA
RIO GRANDENSE
Volume I
Enciclopédia Rio-grandense. O RIO GRANDE do SUL ANTIGO Canoas-RS: La Salle.1º vol.
1956. 346 p.il col,
Volume III
Enciclopédia Rio-grandense. O RIO GRANDE do SUL ATUAL Canoas-RS: La Salle. 3º vol.
1957, 343 p, il col,
MESSELE-WIESER, Sandra BRASIL: FERDINAND SCHATTER: o pintor de
Lindau no Rio Grande do Sul- Würtburg:
Mediabarung 2013, 152 p. ISBN 978-3-88778-394-5
ZAMBELLI, Irma Buffon. A Arte nos primórdios de Caxias do Sul. Porto Alegre : EST/EDUCS, 1986, 146 p
_________. A
retrospectiva da arte ao longo de um século. Caxias do Sul : EDUCS,
1987, 220 p. il.
_________. Os
filhos da arte.: documentário de uma família de imigrantes. Caxias do Sul :
Ed.
Da Autora, 1990, 280 p.
FONTES NUMÉRICAS - DIGITAIS
COLONIA SANTO ÂNGELO: LIVRO de
WERLANG
CONCENTRAÇAO de RENDA no BRASIL
Alexis Bruno Theodor PUHLMANN
Memorial Alexis PUHLMANN _ Rincão
do DESPRAIADO Agudo R Memorial Alexis
justina marIa pohlman kerner
1846-1941 JUSTINA MARIA KERNER
Vera TORMENTA
Vídeos
Parque das CACHOEIRAS no interior
de VACARIA
ANTÔNIO CREMONESE
ANTÔNIO GUTIERREZ (1934-2004)–
Maçambará
Obras
Enfio PINALLI 1929-1990
Marciano SCHMITZ
Olegário TRIUNFO 1934-2001
STEINBACHER Franz August (1887-1933)
Altamir MOREIRA : a morte e o
além.
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