A
ARTE no RIO GRANDE do SUL entre 1985 e 2015
01 – ARTE no
RIO GRANDE do SUL diante do SÉCULO XXI
01-1. A era pós-industrial afeta o pensar, o
agir e o sentir humano.
01-2
O papel do países hegemônicos criadores de mitos, tabus e totens.
01-3
A heteronomia estética, intelectual e tecnológica reforçada, no século
XXI, pelo hermetismo e discursos
cifrados.
02–
OLHAR RETROSPECTIVO da ARTE do RIO GRANDE do SUL
02-1 Sintomas e consequências deste olhar
retrospectivo.
02-2 O olhar retrospectivo nas artes no Rio
Grande do Sul estimulado pela iniciativa privada com vistas patrimonialistas.
02-3 Movimentos do olhar retrospectivo na competência municipal nas artes no Rio Grande
do Sul.
02-4 A iniciativa estadual nas artes no Rio
Grande do Sul.
02-5 A iniciativa federal nas artes no Rio
Grande do Sul.
03– OLHAR e ATENÇÃO com o PRESENTE PRIMORDIAL da ARTE
do RIO GRANDE do SUL
03-1 A distinção entre pesquisa e
atualização.
03-2 Pontos e nódulos da rede mundial de
convergência de expressões de arte.
03-3 Um projeto desarticulado de arte local.
04– OLHAR e ATENÇÃO com um FENÔMENO que CONTINUA
na ARTE do RIO GRANDE do SUL
04-1 Potencial longe de esgotamento ou exaustão
04-2
Coerência e identidade ainda no porvir de um pacto político, econômico e
social
04-3 A
Arte materializa em signos a identidade política, econômica e social de sua
origem e trânsito pelo mundo
05– As POTENCIALIDADES REGIONAIS da
ARTE no RIO GRANDE do SUL
05-1 A arte migra para centros
regionais na contramão do centralismo nacionalista e hegemonia mundial.
05-2 A disseminação e
fecundidade das instituições de Arte do interior
05-3 A Arte como expressão
coerente com a vida quem a produz
Antes de investigar os
dias atuais, e lhes impor uma narrativa linear, é necessária atender o aviso e a
concepção de Marc Bloch (1976, p.42.)[1]
de que:
“é tal a força da solidariedade das épocas que os
laços da inteligibilidade entre elas se tecem verdadeiramente nos dois
sentidos. A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do
passado. Mas talvez não seja mais útil esforçar-nos por compreender o passado
se nada sabemos do presente” .
Neste
entendimento é natural e compreensível a resistência de qualquer historiador em
se meter a ordenar a floresta viva do presente. O risco é que - devido às
árvores frondosas ou os prédios imponentes– seja não enxergar a floresta ou cidade. De outra
parte qualquer motivação de uma narrativa do presente pode ser desmentida pelo
acontecimento do dia seguinte. Anda longe a afirmação temerária do “FINAL da
HISTÓRIA”. Este FINAL foi desmentido ampla e contundentemente pelos fatos dos
primeiros anos do século XXI.
O
que leva este cronista a investigar os dias atuais - e lhes impor uma narrativa
- é o aviso e a concepção de Marc Bloch da motivação de sabermos do presente. A
atualidade possui um sem número de recursos logísticos. Estes mesmos recursos
estão em permanente mudança técnica e logística. Estes recursos logísticos, na
medida em se escuta Mc Luhan de que o “MEIO é a MENSAGEM”- exigem à recopilação
e a reescrita permanente a luz das motivações do AQUI e do AGORA.
[1] BLOCH, Marc (1886-1944) .
Introdução à História.[3ª ed] Conclusão de Lucian FEBVRE - .Lisboa :Europa-
América 1976 179 p.
Fig. 01 – A Associação Francisco Lisboa - numa das suas
reuniões na sua sede -
atenta à explanação da artista plástica Zorávia Betiol
ao centro da imagem.
No na de 2015 esta associação está mobilizando como os
seus meios e associados a sua
Primeira Bienal C – A última ao lado direito da
foto - e voltada para o público -
a sua operosa e dedicada presidente Káia
Costa[1]
[1] Katia Costa http://www.artistasgauchos.com.br/portal/?id=529
O
presente texto, em outros termos, não busca nenhuma motivação de uma narrativa
totalizante e muito menos definitiva. Em contrapartida este texto reivindica
uma amplidão social, intelectual e estética proporcional ao cidadão vivendo no
município. Nesta competência e neste estreito limite do espaço físico local ficam
suspensos (hpoke) os juízos sobre obras de arte que pontilham
este tempo, este ambiente humano e geográfico.
01
– ARTE no RIO
GRANDE do SUL diante do SÉCULO XXI
01-1 A era pós-industrial afeta o pensar, o agir e o sentir humano.
A Era Pós-industrial evidenciou
e se expressou, no século XXI, nas mais variadas esferas por meio do pensar, do
agir e do sentir humano. Neste sentir aguçou uma voracidade ilimitada pela
ATUALIZAÇÃO de experiências estéticas alheias e alienantes do sujeito deste pensar,
agir e sentir. Esta atualização das estéticas alheias e alienantes distanciou,
cada vez mais, este sujeito criador da PESQUISA e da inovação autóctone. As
culturas hegemônicas agradeceram e se valeram desta heteronomia em que se
meteram voluntariamente as culturas submissas a elas. As culturas hegemônicas aproveitaram
este espaço generoso, tempo e energias e transformaram as culturas autóctones
em usuários compulsivos dos seus produtos estéticos, técnicos e conceituais.
Fig. 02 – Os trinta anos, entre 1985 e 2015, foram marcados,
no Rio Grande Sul e no Brasil, por
diversos processos da redemocratização nos níveis e nas esferas políticas, sociais e
culturais. Restam dúvidas sobre redemocratização econômica e os seus limites diante do político e da arte. No
plano mundial é possível descartar qualquer FINAL da HISTÒRIA diante das
surpresas e emergência de atores imprevistos pela lógica da era industrial–
As artes permearam e expressaram - a sua maneira - estas dúvidas e suas obras
se libertaram da tutela de paradigmas que herdaram de um passado recente.
Hábitos que impregnam juízos, vontades e sentimentos alimentados por
persistente marketing e propaganda de um progresso linear e unívoco
[clique
sobre o gráfico para ler]
01-2 O papel do países
hegemônicos.
As culturas economicamente
consolidadas tornaram-se técnica, política e também culturalmente incontornáveis.
Tecnicamente, pois os aplicativos dos seus
equipamentos eletrônicos multiplicaram-se em escala tal que lhes permite
arrasar com um dilúvio de informações concorrentes e alienantes da pesquisa
estética regional. As culturas hegemônicas colocaram politicamente a seu favor
todas as inteligências e cooptaram as vontades capazes de eventualmente
expressar as culturas regionais. Culturalmente impuseram compulsivamente que a
criação - do novo coerente com o tempo, lugar e sociedade - era de sua
competência exclusiva. As culturas hegemônicas demonstraram este poder de
persuasão física e mediática nas duas Invasões o IRAQUE (1990-2003), nos
funerais da princesa Diana (1997), na dita PRIMAVERA ÁRABE (2011) e na
trucidação de Gaddafi (2011). Isto sem falar da midiatização da crise dos
refugiados dos países periféricos (2015) e da crise e desequilíbrios econômicos
ente os próprios países europeus (2011) A arte e a cultura dos países
periféricos e dependentes são submergidas por este dilúvio midiático
Fig. 03 – Cláudio Afonso MARTINS COSTA (1932-2005) orientou
gerações de escultores por meio da sua vida, dos ensinamentos personalizados e
pelas raras e exemplares obras. Vida dedicada à sua numerosa família e
constante contato com os descendentes dos primitivos habitantes do Rio Grande
do Sul. Na sua obra herdou e reforçou os arquétipos plásticos primitivos e
universais Deste contato e interação com
a cultura indígena. Como docente cultivou o hábito da integridade intelectual,
moral e estético e que repassou para gerações de escultores que reconhecem nele
um dos seus expoentes maiores.
01-3
A heteronomia estética, intelectual e tecnológica reforçada, no século
XXI, pelo hermetismo e pelo discursos cifrados.
As artes visuais do Rio
Grande do Sul tiveram, ao longo dos quinze últimos anos do século XX e dos primeiros
anos do século XXI, uma massiva atualização
estética, intelectual e técnica. No entanto a pesquisa estética, intelectual e técnica não acompanhou este ritmo.
Esta dessincronização é índice de uma profunda
heteronomia estética, intelectual e tecnológica. Porém este
desequilíbrio entre atualização e pesquisa estética não passou despercebida
pelas inteligências, vontades e sentimentos alertados e vivos. As artes visuais
do Rio Grande do Sul foram assumidas por mãos, olhos, inteligências e
sensibilidades que pouco se importam de discursos feitos a partir de centros
que se querem hegemônicos e proselitistas por natureza.
Fig. 04 – Uma imensa população migrou do Rio Grande do
Sul para se aventurar no interior do Brasil seguindo as picadas e os caminhos
abertos pela Coluna Prestes[1].
Esta população levava a sua prole e as economias que conseguiram modelar no
Estado Natal. O resultado desta presença de sul-rio-grandenses - instalada em seus novos domicílios, no século
XXI - evidenciou a multiplicação das
injeção de ânimo, de tecnologia e de múltiplos pequenos capitais que e
cresceram potencialmente ao tamanho da nação. Espera-se que este potencial
- que por enquanto esta garantindo as necessidades básicas humanas - atinja a
fase critica da cultura, da arte e base de uma nova civilização.
A reação não veio do Estado nacional. Este
Estado se mostra cada vez mais estéril, desgastado, e entrópico, em termos de
PESQUISA estética, intelectual e técnica autóctone e autônoma. Em consequência
desta evidente esterilidade o cidadão e o artista não acreditam neste estado
nacional tanto como nos séculos anteriores. O resultado desta descrença no
centralismo foi uma série de iniciativas nas artes visuais do Rio Grande do Sul
cultivadas, distantes e desconectadas com Brasília. Os episódios da entropia,
do centralismo e da rápida e silenciosa metástase das patologias ganham corpo
nos julgamento do dito “Mensalão” (2012) e de “Escândalo da Petrobras” (2015). Estes
eventos, que pontuam desacreditam o âmbito estatal nacional, confirmam o acerto desta descrença
individual e coletiva.
Fig. 05 – A obra de Gustavo NACKLE forma um cenário de
aprendizagem para uma nova geração. Não se trata de proselitismo personalista.
Trata-se de uma oportunidade de contato
com obras originais colocadas no espaço público. Recepção tão importante como a criação
artística. Recepção que marca, evidencia e gera uma cultura publica e educativa.
Cultura publica e educativa como aquela da Itália que Miguel Ângelo ressaltava,
em 1540, para o jovem lusitano Francisco de Holanda. Cultura publica que educa
pela presença continuada de obras de arte originais.
No contraditório é
necessário ressaltar que estes movimentos regionais são movimentos
patrimonialistas e museógrafas. Este formalismo institucional não contempla a
PESQUISA ESTÉTICA nova e coerente com as regiões distantes e desconectadas com
Brasília. A EXPORTAÇÃO da POESIA BRASILEIRA, proposta por Oswald da Andrade,
permanece um mito incerto devido a esta circunstância de heteronomia das
culturas hegemônicas.
No período, 1985 até
2015, neste movimento patrimonialista e museógrafo é possível enumerar só em
Porto Alegre a Casa de Cultura Mario Quintana (1990), Fundação Iberê Camargo
criada em 1995 e com sede própria em 2008 e prédio da Pinacoteca Ruben Berta
(2013). Isto só as mais visíveis e sem mencionar as numerosas surgidas em todo
território sul-rio-grandense.
No âmbito nacional
brasileiro este movimento patrimonialista e museógrafo são ainda mais denso e
contundente. Nele pode-se enumerar, entre outros, o Memorial da América Latina
(1989), a Reforma da Pinacoteca de São Paulo (1994), a construção do Museu de
Niterói (1996), o Museu Oscar Niemeyer de Curitiba (2002), em Minas Gerias o
Instituto de Inhotim (2004) e em Brasília o Museu Nacional ( 2006).
PASSO FUNDO - Monumento ao ferroviário- Paulo
SIQUEIRA[1]
Fig. 06 – O aço e o concreto passaram a ser incorporadas
nas obras de arte a partir da era industrial.
O uso em obras de arte da sucata desta era já indica o rumo da era
pós-industrial. Passo Fundo, cidade
de intensamente marcada pela ferrovia e da vida ao redor, este meio de
transporte da era industrial, recebeu este registro desta memória e concebido em concreto com sucata da era
industrial.
02– OLHAR RETROSPECTIVO da ARTE
do RIO GRANDE do SUL
02-1 Sintomas e consequências deste olhar retrospectivo.
O olhar retrospectivo
para os valores passados não é um movimento coletivo. Ele parte de olhares
singulares e diversificados. Este olhar retrospectivo se origina de alguém que
perdeu no passado algo que lhe fazia muito sentido já não o possui mais. A
ausência das Torres Gêmeas de Nova Iorque está estampada em imagens anteriores
ao dia 11 de setembro de 2001 e cultivada intensamente na memória mundial.
Fig. 07 – Elis Regina é um dos ícones mais fortes da
industrial cultural brasileira. Os grafiteiros do Túnel da Conceição de Porto
Alegre não esqueceram a sua imagem. A vida e as obras desta cantora falam
bem alto do apogeu da era industrial e a passagem para a era pós-industrial. De
outra parte evidenciam os limites culturais, sociais e econômicos do Rio Grande
o Sul nos quais esta personalidade não encontrou condições para plena expansão
de sua competência artística.
Assim este bem é uma
memória a ser cultivada como um valor. A “imagem
sempre está no lugar de algo que não existe mais” mesmo que esta imagem seja aquela captada a
um instante atrás e uma câmara de um
celular[1].
A humanidade começou a dar importância à paisagem quando a perdeu. Assim quando
a UNESCO declarou a imagem da paisagem local do Rio de Janeiro em 01 de julho
de 2012 como bem da humanidade. Esta iniciativa estava se referindo a um lugar
cuja imagem correu mundo especialmente em outros tempos como aquelas imagens registradas
por artistas e fotógrafos[2]
do passado. Em Novo Hamburgo os arquitetos e preservacionistas da cidade lutavam,
já na década de 1970, para tombar o horizonte de Hamburgo Velho, Buscavam
livrá-lo do avanço de “espigões” de concreto e cimento. Continuam, em 2015[3],
a manter o projeto deste horizonte sem “espigões”[4].
[1] Sentido e poder da IMAGEM conferir http://www.poder-originario.com/news/imagem/
[2] AS PRIMEIRAS CORES do RIO de JANEIRO em auto cromos da coleção Archives de la Planéte
Auguste LEON
Auguste
LEON fotos coloridas: c. 1910
[3] Exposição na FEEVALE sob tema imagem http://www.teatrofeevale.com.br/noticias.php?id=92
[4] Patrimônio de
Hamburgo Velho em 2015 http://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2015/07/noticias/regiao/194577-seminario-debate-o-tombamento-do-bairro-hamburgo-velho.html
Fig. 08 – A ativa e sorridente artista Maria Lúcia
CATTANI (1958-2015) ao lado do marido britânico Nick RANDS movimentaram a cena
artística sul-rio-grandense neste período de 1985 até 2015 que nos ocupa. Maria
Lúcia, além de sua produção plástica exercia o magistério no qual estimulava a
criatividade dos seus estudantes através do PROJETO VAGALUME[1] que contemplava a
produção, a exibição e os estudos da imagem em movimento.
.
02-2 O olhar retrospectivo nas artes no Rio Grande do Sul estimulado
pela iniciativa privada com vistas patrimonialistas.
O vazio provocado pela
descrença nos mitos centralistas, estatais e coletivizante, abriu espaço para
olhares, vontades e sensibilidades individuais ou grupos fechados sobre o seu
passado, presente e projeções futuras. O
espaço simbólico - no qual se movem, motivam e produzem estes indivíduos e
grupos - está desconectado do todo de uma civilização. São frequentes os casos
em que o artista age no anonimato, contrariando o mito industrial da fortuna
proveniente do gênio e do NOME do artista consagrado pela mídia e pela
propaganda. Estes olhares, vontades e sensibilidades individuais - ou grupos
fechados e herméticos - é tudo que mediadores e atravessadores necessitam para
anunciar uma “DESCOBERTA” e no instante seguinte “QUEIMAR” as suas vitimas no
fogo do esquecimento. Esta tutela obedece à lógica patrimonialista. Esta lógica
não perde nada nestas “DESCOBERTAS” como também é pouco sensível a eventuais
“QUEIMAS” de “SOBRAS” do SISTEMA de ARTE PATRIMONIALISTA. No Rio Grande do Sul
o índice deste SISTEMA de ARTE PATRIMONIALISTA está na multiplicação de
galerias de arte concorrentes, antiquários e de “sebos”. Estas iniciativas
dificilmente derivam ou dão suporte para a pesquisa estética, intelectual e
produção do novo e inédito.
[1] - PROJETO VAGALUME IA-UFRGS http://www.ufrgs.br/ufrgs/noticias/projeto-audiovisual-sem-destino-segue-em-exposicao-no-instituto-de-artes
Fig. 09 – Em 2015, o artista plástico Flávio SCHOLLES
está em plena atividade no seu atelier de Morro Reter. Originário de movimentos
coletivos com “Casa Velha ambiente de convívio de arte” busca motivos e
inspiração em motivos e temas de sua vida quotidiana. Nestes temas e
motivos passou pelo serialismo da era industrial, visível no seu monumento dedicado
a industrial calçadista de Novo Hamburgo, até os temas inspirados no trabalho
coletivo da era agrícola, ambiente no qual mantém o seu atelier.
Aquilo que é potencialmente
novo, coerente com a sociedade, o tempo e o lugar está sendo ocupado em Porto
Alegre pela I BIENAL C[1].
Mostra múltipla promovida e ordenada pela veterana e sempre renovada Associação
Francisco Lisboa (CHICO LISBOA). Fruto de uma rica e continuada história,
índice do potencial presente e promessa de realizações daqueles nos quais “está
a arte” na concepção aristotélica. Evidente que associações de artistas possuem
a tarefa de sublimar o conceito de democracia.
Isto apesar de Platão desqualificou a
democracia como “um grande bazar, no qual
se pode adquirir qualquer sistema”. Desqualificação também vale para uma “estética
que se queira democrática”. Na transformação desta desqualificação platônica e
sua transfiguração em totem é possível argumentar que “a arte está em que produz”. Totem competente para “expressar em si mesmo o todo” na
concepção de Mary Follet[2].
Fig. 10 – A artista plástica e ceramista Joyce SCHLENIGGER
continua produzindo, em 2015, nos Estados Unidos uma obra pessoal coerente com a sua origem no atelier de
escultura de Fernando Corona. Com primorosa técnica pessoal privilegia o
corpo humano do qual extrai expressões faciais e gestos das mãos que falam do ser humano do qual prescinde e omite
o conjunto
Diante disto está ainda
para ser comprovada a fecundidade e permanência na PESQUISA ESTÉTICA da arte do
Rio Grande do Sul dos eventos como das
10 Bienais do Mercosul, das exposições como das Missões no MARGS ou as
realizações da ENARTE de Santa Cruz do Sul. Certamente ninguém lhes nega a
fecundidade na ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA local. ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA que possui poder
semelhante ao da IMAGEM. No polo oposto a PESQUISA na ARTE é competente para
expressar, nas suas OBRAS, a totalidade do mundo, do tempo e da VIDA da sociedade
que a produz.
Fig. 11 – A obra singular Ruth SCHNEIDER (1943-2003)
recebeu acolhida, estudo e um museu da
cidade e da Universidade de Passo Fundo. Obra inspirada em fantasias urbanas
alimentadas por rumores, falas e comportamentos de personagens próximas e ao
mesmo tempo profundamente separadas e isoladas como a própria artista que se
privou de se aproximar fisicamente deste universo mental. A cidade foi coerente com o poder desta imaginação e ultrapassou as fronteiras
estaduais ao escolher a Literatura como mentora de festivais nacionais como
suas Jornadas Literárias[1] onde o livro é a sua materialização
Com a imagem não se discute afirma Chartier. Neste aspecto a
IMAGEM em MOVIMENTO do cinema sul-rio-grandense ganhou obras com “ANAHY de las MISSIONES” (1997) do diretor Sérgio Silva. A produtora
Otto Guerra lançou em 30 de outubro de 2014 o desenho animado “ATÉ que a
SBORNIA nos SEPARE” no contexto de
muitos outros títulos devidos ao grafismo de muitos dos seus ativos
profissionais da IMAGEM em MOVIMENTO
PECIAR BASIACO
Silvestre -Monumento à Imigração no
trevo para Silveira Martins
Fig. 12 – A obra do artista uruguaio Silvestre PECIAR BASIACO[1]
marca a confluência de artistas ao polo cultural de Santa Maria-RS[2].
Esta íntima relação entre a cultura uruguaia e sul-rio-grandense é de todos
os tempos. No século XVIII foi a terra de origem de Hipólito José da Costa No
século XIX transito de José Garibaldi em ambas as pátrias. No século XX foi a
matriz da cultura gauchesca intensa praticada e intelectualmente aceita como
matriz nacinal nas Províncias Orientais[3]. Esta dupla fonte é cultivada
no século XXI além de Peciar o artista Hélio Custódio Fervenza.
02-3 Movimentos do olhar
retrospectivo na competência municipal
nas artes no Rio Grande do Sul.
A totalidade do mundo,
do tempo e da VIDA da sociedade que a produz possui a sua proporção no cidadão.
No contraditório da onipotência, onisciência, eternidade q e onipresença -
almejados pela ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA -
nenhum cidadão é maior do que o seu município. As pequenas repúblicas do
Renascimento Italiano não passavam de municípios e de comarcas. A era
industrial, ao traçar - com régua e esquadro sobre os mapas mundiais - os
limites e fronteiras das nações contemporâneas ignorou o tamanho e a coerência
com o cidadão e a sua comunidade municipal. Ignorou a identidade como ignorou a
proporção da cidadania. Embaralho as etnias, as culturas locais colonialismo e pela
escravidão. A reação vem por meio de milhões de refugiados que vão buscar os
países e culturas hegemônicas que praticaram este traçado arbitrário.
Refugiados que buscam, em 2015, reparações mínimas do arbítrio praticado por
países e culturas hegemônicas um passado recente ou remoto. Refugiados que ganha
proporções de flagelo da humanidade em função de um colonialismo desenfreado e
uma servidão aviltante a que foram submetidos. O fracasso da VARIG desde 20 de
julho de 2006 - que manifestava pretensões planetárias - é testemunho, na
cultura local, desta ignorância da proporção da cidadania municipal e estadual.
[1] - Silvestre PECIAR BASIACO http://www.revistaovies.com/entrevistas/2010/11/silvestre-peciar-el-periodista/
[2] Escultores em Santa Maria – RS http://www.santamaria.rs.gov.br/index.php?secao=noticias&id=1218
[3] - Para perceber esta pratica
e estudo ver “ARTIGAS: La Redota” Filme Uruguai 2011 http://www.pandafilmes.com.br/artigas-la-redota/
Fig. 13 – A Associação de Escultores do Estado do Rio
Grande do Sul esteve frente a uma série de iniciativas que valorizam as
interações profissionais daqueles que escolheram este caminho da arte. Este
cartaz traduz uma busca de
representatividade e legitimidade nos pleitos coletivos e individuais dos seus
membros. Seguem a norma de Bourdieu de
que os únicos a compreender, de fato, suas obras são os seus concorrentes.
O Rio Grande do Sul está
próximo de meio milhar de municípios legalmente reconhecidos e em funcionamento
em 2015 . A potencialidade da arte praticada nestas 500 comunidades está longe
de superar as necessidades básicas humanas e se constituir num bem simbólico e
de identidade local. A arte não possui muito relevo se for examinada a
legislação derivadas das câmaras municipais, as ações empreendidas pelo
executivo ou as ações que chegam à comarcas judiciárias. A lei municipal nº
10.036, de 18 de agosto de 2006 de Porto Alegre[1]
abriu um espaço jurídico para as obras de arte em prédios como mais de 2.000 m²
quadrados. Evidente que este espaço jurídico não possui o menor sentido sem a
existência e ação decidida do PODER ORIGINÁRIO do município interessado em
ocupar este espaço ainda virtual. A ASSOCIAÇÃO ESTADUAL de ESCULTORES do Rio
Grande do Sul (AEERGS)[2]
na sua seccional de Porto Alegre confere sentido à sua própria existência em
ações interessadas e decididas no âmbito do PODER ORIGINÁRIO do município.
Seria possível percorrer
vagarosa e atentamente todo o território do estado. Entre tantos se destaca o
Museu Ruth Schneider[3]
que ocupa o antigo prédio da prefeitura de Passo Fundo e que está integrado à
Universidade de Passo Fundo (UPF).
02-4 A iniciativa estadual nas artes no Rio Grande do Sul.
O Governo do Estado do
Rio Grande do Sul era o mantenedor, no ano de 2015, de uma série de
instituições que correspondem às competências que lhes confere a Constituição
do Estado do Rio Grande do Sul[4].
Neste texto legal são exemplares os propósitos e as realizações no âmbito da
cultura e decorrentes dos artigos 220 até 231. O Conselho Estadual de Cultura[5]
mereceu uma atenção especial no artigo nº 225 desta Constituição.
[1] Lei de Porto
Alegre que exige obra de arte em construções com mais de 2.000 m² http://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=176965
[2] - AEERGRS http://aeergs.blogspot.com.br/
Escultura –
Mosaico e Escola Arlindo Pasqualini http://emefalbertopasqualini.blogspot.com.br/
[3] - Museu Ruth
SCHNEIDERS http://www.overmundo.com.br/guia/um-predio-dois-museus
[4] - Constituição
do Estado do Rio Grande do Sul 08.10.1989
http://www2.al.rs.gov.br/dal/LegislaCAo/ConstituiCAoEstadual/tabid/3683/Default.aspx
[5] - Conselho
Estadual de Cultura do RS http://www.conselhodeculturars.com.br/
Fig. 14 – A intensa
movimentação de 2 milhões de sul-rio-grandenses- que buscam e cultivam as tradições e projeções
contemporâneas do Folclore - possui variadas expressões. Uma delas acontece
na cidade de Santa Cruz do Sul que abriga o ENARTE ao lado das típicas
projeções bávaras da Oktoberfest e de outros costumes germânicos públicos e
domésticos. As danças locais receberam um tratamento coreográfico universal da
professora Nilva Terezinha DUTRA PINTO[1] .
Para manter a conexão entre Educação e Cultura
a Universidade do Rio Grande do Sul (UERGS) mantém convênios e polos regionais com
instituições superiores destinadas à formação nas artes. A UERGS criada o
governo de Olívio Dutra em 10 de julho de 2001 mantem convênio em Montenegro com
a FUNDARTE[2]
permanece um mito incerto devido a esta circunstância de heteronomia das
culturas hegemônicas. O sistema de Museus de Arte do Rio Grande do Sul[3]
busca reunir iniciativas individuais, de associações civis e municipais. Está
em curso em diversas universidades a constituição de um corpo profissional de
museólogos e de arquivistas diplomados a nível superior. Este corpo
profissional constitui a base logística
que os antigos cursos de História careciam. Cursos superiores consolidados de
História decorrentes da hoje fragmentada FILOSOFIA e CIÊNCIAS HUMANAS. Estes
cursos superiores mantém programas de
pós-graduação.
[1] - Nilva Terezinha DUTRA PINTO http://congressos.cbce.org.br/index.php/conbrace2011/2011/paper/view/3138
[2] - FUNDARTE +
UERGS MONTENEGRO RS Curso de pedagogia da Arte da Fundação de Artes de
Montenegro – UERGS
Rua Capitão Porfírio nº 2114
CEP 95.780-000 Montenegro-RS http://www.fundarte.rs.gov.br http://www.uergs.edu.br
[3] - Sistema de Museus do Rio Grande do Sul http://www.sistemademuseus.rs.gov.br/
Fig. 15 – A SEMANA
FARROUPILHA é uma extensão da SEMANA da PÁTRIA. Esta semana sul-rio-grandense
tematiza estudos, práticas e obras
visuais no ambiente de um ACAMPAMENTO que se concretiza nos terrenos
conquistado do GUAIBA Sem buscar centralismo ou soberania ele de fato é
decorrência de práticas municipais e locais que se verificam mais variados
recantos do estado e do Brasil afora .
02-5 A iniciativa federal nas
artes no Rio Grande do Sul.
A proposta e a
vigilância em relação a um PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA cabe
ao ente federal. Este ente necessita exercer esta violência como resulta da
delegação do cidadão que renuncia ao seu exercício pessoal e pontual. Violência
decorrente da natureza artificial que toda civilização artificial e humana. Os
movimentos políticos, sociais e econômicos são construções artificiais e
humanos do um período de 30 anos que
iniciaram em 1985 com a primeira eleição livre n Brasil. Neles se estampa a
criatividade humana capaz de lidar na autonomia e movido pelas forças humanas
da sua inteligência, vontade e sentimentos. Neste sentido e ente federal possui
um amplo leque de forças e freios da criatividade humana. Portanto este federal
não é algo neutro ou indiferente para as artes que se praticam no território
brasileiro ou sul-rio-grandense.
Fig. 16 – As projeções
das MISSÕES JESUÍTICAS buscam entender a natureza, os percalços e s razões
desta memória. Projeções que se somam com a Argentina e Paraguai como desta
exposição havida no MARGS nos meses de novembro e dezembro de do ano de 2000. A
imagem é de uma mostra que se tornou, itinerante percorrendo as capitais dos
países que tiveram o episódio das MISSÔES JESUÌTICAS nos seus atuais
territórios.
A iniciativa federal, no
território do Rio Grande do Sul, segue a mesma lógica estadual ao unir ARTE,
EDUCAÇÃO e CULTURA por meio de CURSOS SUPERIORES de ARTE mantidos nas suas
universidades federais. O dia 22 de abril de 2008[1]
marcou o centenário de uma destas instituições. O Instituto Livre de Belas
Artes do Rio Grande do Sul nasceu para todo o território do estado. Em 30 de
novembro de 1962 ele ingressou, via Brasília, para a UNIVERSIDADE do RIO GRANDE
do SUL (URGS) e que também passou definitivamente ao âmbito federal(UFRGS). A
URGS mantinha cursos superiores em cidade polos do estado do Rio Grande do Sul.
Estes cursos se tornaram autônomos e se federalizaram[2].
Em cada uma delas surgiram cursos superiores de arte mantidos pelo governo
federal. O que é necessário ressaltar e que todos possuem formatos e estruturas
autônomos. Não se trata, pois, de uma simples e coercitiva “franquia” federal.
03– OLHAR e ATENÇÃO com o PRESENTE PRIMORDIAL da
ARTE do RIO GRANDE do SUL.
03-1 A distinção entre pesquisa e atualização.
A pesquisa estética só é
possível de forma coerente com o TEMPO, com a SOCIEDADE e o LOCAL GEOGRÁFICO
nos quais ocorrem as expressões da arte. Qualquer tentativa de transferência
destas expressões da arte para outro TEMPO, SOCIEDADE ou LOCAL redunda em mera
COMUNICAÇÃO ou ATUALIZAÇÃO de inteligências, vontades e sentimentos alheios. No
contraditório esta COMUNICAÇÃO é competente para fecundar LOCAIS GEOGRÁFICOS
distintos, outras SOCIEDADES e TEMPOS diversos de sua origem. Fecundação
eficiente na medida em que esta ATUALIZAÇÃO ou COMUNICAÇÃO de inteligências, de
vontades e de sentimentos são universais humanos. Ainda mais admitindo que, as
civilizações e as culturas, são criações humanas e artificiais.
Evidente que o próprio
Estado do Rio Grande do Sul é uma criação artificial e resultante de múltiplos
encontros de outras culturas e civilizações. Contudo o amálgama resultante não
pode ser um hibrido estéril. A fecundidade da PESQUISA em ARTE ainda está no
porvir. Porém este porvir jamais chegará sem um projeto ou pacto social. No
contraditório deste pessimismo existem projetos individuais, de instituições e
diversas instâncias.
[1] - CENTENARIO do IA-UFRGS http://www.revista.brasil-europa.eu/116/Instituto-de-Artes-UFRGS.htm
[2] SANTA
MARIA : CENTRO de LETRAS e ARTES da UFSM -
http://coral.ufsm.br/cal/ + http://coral.ufsm.br/utilidadescal/
PELOTAS
CENTRO de ARTES UFPel - http://ca.ufpel.edu.br/ CONSERVATÓRIO de MÚSICA https://pt.wikipedia.org/wiki/Conservat%C3%B3rio_de_M%C3%BAsica_da_Universidade_Federal_de_Pelotas
Fig. 17– O Campo
ou Parque da REDENÇÃO - desde 1935 Parque
FARROUPILHA- é um dos pulmões verdes de
Porto Alegre. O artista visual Jorge HERRMANN dedicou um prolongado estudo e
depois desenhou e trabalhou manualmente as imagens que lhe pareceram mais
significativas para captar a vida que esta ambiente apresenta no século XXI. Transferiu
estas imagens para diversas mídias que acompanhavam as suas falas e interlocuções
com os usuários do Parque como aqueles que possuem algum repertório em relação
a este equipamento urbano
03-2 Pontos e nódulos da rede mundial de convergência de expressões de
arte.
Uma das contribuições da
ERA PÓS-INDUSTRIAL é a rede mundial que conecta entre si os nódulos urbanos
mais desenvolvidos e autossustentáveis. Em si mesmo não passa de mais uma
ferramenta de ATUALIZAÇÕES de INTELIGÊNCIAS. No contraditório é uma rede de apanhar
e amealhar informações relativas aos bens simbólicos de regiões periféricas e que
interessam a estes centros hegemônicos.
Aos locais submetidos -
e na heteronomia intelectual, da vontade e da estética - não resta alternativa
do que a atualização das informações provenientes das metrópoles. Esta
atualização chega na periferia onde são difundidas, muitas vezes, aquelas informações de pouco significado nas
matrizes deste pensamento de origem. Foi o caso do positivismo no Rio Grande do
Sul e no Brasil que tomou proporções desconhecidas no contexto do comtismo
parisiense.
Fig. 18 – O tema do trabalho nos galpões da fazendas foi
retomado, no século XXI, por Marciano SCHMITZ. Esta ambiente laboral foi objeto de intensos
estudos, observações e criações de obras visuais ao longo do século XX. O Clube
de Gravura e os denominados “QUATRO de BAGÉ” tematizaram esta vida e trabalho
neste o tema. Marciano, no entanto,
não permanece limitado ao registro visual empírico. O posiciona no âmbito do
TEMPO, da politica e da economia sul-rio-grandense.
MARCIANO e a REVOLUÇÃO
FARROUPILHA no FACE-BOOK
03-3 Um projeto político desarticulado de arte local.
Uma pesquisa estética é
coerente com o TEMPO (Zeitgeist), com a SOCIEDADE (Volksgeist) e o LOCAL GEOGRÁFICO (Weltgeist) e expressa e
que a obras de arte expressa. Evidente
que esta costura coerente com o LOCAL, a SOCIEDADE e TEMPO ainda estão no porvir o Rio Grande do
Sul.
No contraditório esta
mesma obra de arte é competente para evidenciar signos sensoriais e colaboram
significativamente para materializar este projeto e pacto coletivo. Evidente
que o contrário foi tentado, ostensiva e reiteradamente, pelas ditaduras em
todos os tempos. Ditaduras que impõem, de cima para baixo, manifestações
prontas e pré-fabricadas. Foi o caso da nazista e que desqualificou com “arte degenerada” o que não se enquadrava
nos seus paradigmas industriais.
Fig. 19– A Associação de Amigos do Museu de Arte do Rio
Grande do Sul (AAMARGS) é a contrapartida da iniciativa privada em relação à
política publica estadual do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS).
Acumulando o histórico de dezoito diretorias sucessivas a AMMARGS possui nos seus
quadros nomes dos nomes mais expressivos e de intensas e fecundas interações
com a sociedade local, estadual, nacional e internacional. Por sua parte o MARGS não possui nenhuma
adjetivo restringente em seu nome e a sua competência aponta para toda a Arte
praticada ou recebido no âmbito do Rio Grande do Sul
04– OLHAR e ATENÇÃO com um FENÔMENO que CONTINUA
na ARTE do RIO GRANDE do SUL
04-1 Potencial longe de esgotamento ou exaustão.
No Rio Grande do Sul não
falta potencial expressivo para contornar as ditaduras que impõem manifestações
e arte pronta e arbitrária. Especialmente numa região aberta a todas as
confluências de culturas e etnias. Evidente que é mais fácil - cômodo e de
fortuna imediata - eleger e mitificar uma das tantas culturas e etnias. Cultura
mitificada, arbitrada que se impõe de cima para baixo. Cultura que nasce consumida, imposta e com
intenso patrulhamento estético como aquela de todas as ditaduras em todos os
tempos e lugares.
Esta pseudo cultura é
coloca em questão as aceleradas comunicações e a circulação de bens materiais e
imateriais. A crescente e massiva urbanização pode trazer uma nostalgia do
campo e da vida rural perdida. De um lado o aumento da expectativa de vida da
população permite uma arte adequada à esta faixa etária que inclui esta
nostalgia. No contraditório, a nova vida
urbana, impõe outras formas de socialização e exige novas formas de expressão
inéditas e isenta desta saudade. Estas formas de expressão são visíveis em muitas
paredes dos prédios e muros urbanos e distantes da nostalgia rural. Tribos de
pichadores e de grafiteiros se porfiam em formas e recursos para marcar a sua
presença visual[1].
Tatuagens cobrem os corpos como uma 2ª pele e expressam sentimentos vacilantes
e ainda não codificados.
Modas e informações
importadas de centros hegemônicos. Contudo a sua aceitação e prática, cada vez
mais corrente, revelam uma potencial energia a ganhar outras formas de expressão
socialmente mais aceitas. A arte possui recursos e ideias que fecundam e
sublimam este fenômeno da busca de
pertencimento e aceitação no meio urbano
[1] GRAFITEIROS do TUNEL da CONCEIÇÂO – Março de
2014 - http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/grafiteiros-levam-arte-ao-tunel-da-conceicao-em-porto-alegre,27c0b8d664dc4410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html
Fig. 20 – As
atividades da Pinacoteca Ruben Berta são intensas e variadas. Em agosto de 2015, esta Pinacoteca ponteou
as atividades que marcaram as atividades do Centenário do nascimento de Aldo
Locatelli ensejadas pelo Decreto Municipal nº 18.919 de 19.01.2015 [1]. Na imagem Paulo Porcella,
um dos discípulos deste mestre Bergamasco, fala e interage com um grupo de
estudantes de uma escola de Porto Alegre diante de três de suas obras.
04-2 Coerência e identidade
ainda no porvir de um pacto político, econômico e social.
A obra de arte atinge um
determinado estilo na medida em que ela perpassa todo o processo criativo a
partir das suas origens. Na culminância deste processo a autêntica obra de arte
atinge uma coerência interna que manifesta clara e objetivamente na sua forma
simples e objetiva. São muito raros os momentos e as obras nas quais existe e
se manifestas aos sentidos e para a mente e sensibilidade humana esta coerência
interna e externa. A autêntica obra de arte carrega no mínimo de sua forma o
máximo de conteúdo do Zeitgeist[2],
do Volksgeist[3] e do Weltgeist[4]
de sua origem.
[1] - Decreto Municipal de Porto Alegre de nº 18.919 de
19.01.2015 http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cgi-bin/nph-brs?s1=000034557.DOCN.&l=20&u=/netahtml/sirel/simples.html&p=1&r=1&f=G&d=atos&SECT1=TEXT
[2] ZEITGEIST https://en.wikipedia.org/wiki/Zeitgeist
[3] VOLKSGEIST https://en.wikipedia.org/wiki/Volksgeist
[4] -WELTGEIST https://en.wikipedia.org/wiki/Geist
Fig. 21 – A obra de Hélio Custódio FERVENZA foi exposta,
em 2012, como convidado da Bienal de São
Paulo e em 2013 a convite da Bienal de Veneza. Este artista e a sua obra
estão distantes do mercado de arte e coerentes com as propostas de Marcel
Duchamp que mantinha esta mesma distância de um patrimonialismo e da
apropriação da obra e do nome. O mínimo que o artista lucra com esta posição
prática e sua mentalidade é sua autonomia. Autonomia na qual não e obrigado, pelo mercado de arte, a plagiar a si mesmo. Foge dos patrulhamentos
estéticos e conceituais e do alfinete classificatório nas costas.
Nesta direção mereceu
devido destaque a vida e a obra de Hélio Custódio Fervenza[1].
Obra que resulta de uma longa pesquisa distante do mercado de arte e de
motivações que não sejam os limites das potencialidades da arte. Asta ascese
estética também impregnam e sustentam as
obras Carlos Pasquetti, Mara Álvarez e de Carlos Krause. Os artistas que gravitam ao redor da Fundação
Vera Chaves Barcellos[2]
buscam a coerência entre as sua vida e sua obra e suas motivações são pautados,
de uma ou outra forma, por idêntico Zeitgeist, Volksgeist e Weltgeist.
[1] HELIO CUSTÓDIO FERVENZA convidado da Bienal de São PAULO (2012) VENEZA
(2013)
[2] FUNDAÇÂO VERA
CHAVES BARCELLOS (FVCB) http://fvcb.com.br/?page_id=15
Um dos resultados
das iniciativas do Grupo Nervo Ótico poder ser isto na obra – “Zona
Polisensorial” de Simone MICHELIN exposta
em 18. 12.1997 no saguão da Reitoria da Universidade do Rio de Janeiro
22 – A indústria do audiovisual no Rio Grande do
Sul foi alimentada e se motivou pelo
trabalho na música e nos palcos dos espetáculos “TANGOS e TRAGÉDIAS” encenados
pelos seus criadores Nico Nicolaiewsky e de Hique Gomes – A produção audiovisual
de desenho animado, denominada “Até que a
Sbornia nos Separe” é uma das
amostras dos artistas deste ramo ativos no Rio Grande do Sul nos primeiros anos
do século XXI
Tangos e tragédias
04-3 A Arte materializa em
signos a identidade política, econômica e social de sua origem e trânsito pelo
mundo.
A obra de Arte - no mínimo de sua forma e no
máximo de seu conteúdo - está carregada dos signos materiais e imateriais da
sociedade, da economia e do ambiente político o qual se plasmou. De outra parte esta manifestações artísticas
estão se dividindo onde cada manifestação de arte está ganhando um campo
próprio, diferenciado dos outros e com uma gramatica própria.
A Arquitetura tornou-se
autônoma das demais artes plásticas no Rio Grande do Sul. Na pintura as
manifestações visuais dos grafiteiros, dos os tatuadores e programadores
visuais ganharam adeptos, organizações e se carregam com energias e com
repertórios próprios. Cerâmica galgou uma identidade e reuniu forças
próprias e distas da Escultura.
Não se trata de artes
aplicadas, design ou expressões menores e subalternas. O Design sofreu uma
reciclagem na medida em linhas de montagem uniformes da era industrial deram
lugar para a produção de peças únicas e personalizadas por uma interferência no
programa das máquinas comandadas por robôs. O Design do Rio Grande do Sul
possui mestres de reconhecida fama internacional como Nelson PETZOLD[1].
[1] - DESIGN SUL-RIO-GRANDENSE Nelson PETZOLD recebe
titulo de Professor Emérito da UFRGS em 13.11.2001
No plano nacional convém
consultar em relação a design a obra
SOUZA Pedro Luiz Pereira de.
ESDI: biografia de uma ideia.
Rio de Janeiro: EdUERJ, 1996. 336p.
Fig. 23 – Vera
Chaves Barcellos teve uma sólida e continuada formação estética. Ela iniciou
cedo os processos de socialização desta
formação. Socialização que ela ampara sob diversos prismas conceituais e
logísticos. A Fundação Vera Chaves Barcelos (FVCB) é um dos resultados e da busca da projeção desta
socialização por tempo indeterminado. Numa das sedes, em Viamão, a FVCB
promove exposições, palestras e encontros enquanto mantém acervo, arquivo e um
corpo técnico administrativo permanente e qualificado.
05–
As POTENCIALIDADES REGIONAIS da ARTE no
RIO GRANDE do SUL.
05-1 A arte migra para centros regionais na
contramão do centralismo nacionalista e hegemonia mundial.
Se de um lado a
urbanização produziu megalópoles descomunais e desproporcionais à pessoa e à
cidadania em contrapartida as pequenas comunidades oferecem o sentimento de
pertencimento e de proporção humana[1].
Com as novas tecnologias o campo e a vida rural receberam o que existe de mais
avançado na informática. E por que não a arte?.
Os atelies encravados
na Natureza usufruem dela a paz, a proporção e a inspiração continuada. As artes sul-rio-grandenses são movimentadas
por experimentos, calma e motivação próximos ou encavados na Natureza. Estão
ali as experiências e as pesquisas estéticas de Cláudia Sperb[2],
Flávio Scholles[3],
Marciano Schmitz[4],
Ricardo Steffen[5]
e Jorge Herrmann[6].
Não se trata de um retorno para a
Natureza. Trata-se de levar a arte, a civilização e a cultura para a Natureza,
viver em harmonia com ela com sustentabilidade e interação. Não é por caso que
nesta Natureza sul-rio-grandense passaram
e interagiram vigorosamente os ecologistas[7].
Ecologistas que seguiam os passos de Henrique Luís Roesler (1896-1963), de
Balduino Rambo (1905-1961) e de José Antônio Lutzenberger (1926-2002) [8],
entre tantos outros.
[1] Morro Reuther e os seus artistas http://www.turismoemmorroreuter.com.br/p/caminho-das-artes.html
[2] - Claudia SPERB https://www.facebook.com/caludia.sperb?ref=ts&fref=ts
[3] Flávio SCHOLLES http://www.fscholles.net/site/
[5] - Ricardo STEFFEN https://www.facebook.com/ricardo.steffen.71?ref=ts&fref=ts
[6] - Jorge
HERRMANN http://www.artistasgauchos.com.br/portal/?id=314
[7] Ecologistas no Rio Grande d Sul http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1308137853_ARQUIVO_ecologistas-rs-final.pdf
[8] - FUNDAÇÃO GAIA desde 1987 https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_Gaia
Fig. 24 – As antigas colônias agrícolas dos primeiros
imigrantes alemães evoluíram para colônias de artistas. Os mentores destas
colônias de artistas tiveram a sua formação na era industrial Com a era
pós-industrial investem a sua criatividade no espaço simbólico da arte e da sua
recepção. Cláudia Sperb é uma destas mentoras e artistas plásticas. Com
formação universitária na FEEVALE buscou
no Oriente a integração da cultura humana com a Natureza. As suas obras de arte
originam, suportam e produzem esta Integração harmoniosa e inpiradora.
A Arte do Rio Grande
experimenta outro fenômeno que é o retorno dos artistas que na sua juventude
migraram e fizeram e consagraram alhures
a sua ora e o seu nome. No passado foi o caso de Pedro Weingärtner. No período,
que nos ocupa, o retorno de Iberê Camargo para a sua terra de origem marcou
data. Foi também o caso de Ernesto Frederico
Scheffel (1927-2015), ambos criaram fundações para abrigar as suas obras[1]. Mais recentemente Regina Silveira ocupou a
Fundação Iberé Camargo nos meses de abril e maio de 2011. Zoravia Betiol
retornou definitivamente dos Estados Unidos.
Joice Schleiniger retornou de lá, em 2015, para curta temporada e expor
no recém-restaurado prédio da Pinacoteca Ruben Berta[2].
Porém o contingente
desta força criativa local[3]
está muito longe de ser conhecida, divulgada adequadamente e em condições de se
constituir um campo de energias plenamente produtivas.
[1] FUNDAÇÂO ERNESTO FREDERICO SCHEFFEL http://www.scheffel.com.br/www2/fundacao.htm
[2] JOYCE SCHLEINIGER https://www.facebook.com/photo.php?fbid=599413800193898&set=a.599413756860569.1073741849.100003758496374&type=3
[3] ARTISTAS PLÁSTICOS
do RIO GRANDE do SUL desde 2008
Fig. 25 – A novíssima
geração da Universidade FEEVALE segue os passos da Escolinha de Artes de Novo Hamburgo
da professora Emília Margaret SAUER[1].
Ainda que o estudante não faça arte, no aviso de Ado Malagoli, este tabu exige uma decisão precoce e firme
da vontade, da inteligência e sentimentos para seguir aquilo que é sabido
universalmente de que “a vida é breve, a arte é longa”. O ambiente
acadêmico propicia o convívio e a troca de repertórios com outros que escolheram
o mesmo desafio e a interação com outros saberes prepara um ser humano apto
para conhecer os seus próprios limites e competências
05-2 A disseminação e fecundidade das
instituições de Arte do interior
O Rio Grande do Sul teve
uma onda de Escolinhas de Arte ao modelo daquelas de Augusto Rodrigues e na
pista do britânico Herbert Read. Formandos dos Cursos Superiores seguiram os
passos de Iara Mattos Rodrigues, de Alice Soares e Fernando Corona na mítica Escolinha
de Artes dos ex-alunos do IBA-RS[2].
As crianças cresceram. E algumas Escolinhas transformaram-se em Cursos
Superiores de Artes e ,em sementes, de Universidades sul-rio-grandenses[3].
[1] Escola de Belas Artes de Novo Hamburgo
Revista do Globo ano 35 – nº 861 pp. 32-37
de 20 dez 1963
[2] - Escolinha de Artes os Ex-alunos do IBA-RS http://escolinhadeartes.blogspot.com.br/
[3] A origem desta esma universidade está ligada a
Escolinha de Artes onde atuou Cecília Zingaro do Amaral estudante formada no
IBA-RS. Da mesma forma FEEVALE de Novo Hamburgo surgiu de outra Escolinha de
Artes local e da ação decisiva em Brasília
de Maria Beatriz Furtado RAHDE outra estudante do IBA-RS. Ambas decorrem
da proposta pedagógica de Augusto Rodrigues
Fig. 26 – As
ricas e variadas texturas e estruturas que o mundo mineral e do Rio Grande do
Sul são a fonte de inspiração de vários artistas sul-rio-grandenses. Entre eles
está Ricardo Stefeffens. Seguem o registro de Leonardo da Vinci da atenção às
formas das manchas e das nuvens. A
geração de artistas do século XXI, que gravitam ao redor do núcleo urbano e
cultural das antigas colônias de imigrantes, possui e cultiva a sua origem e
raiz profunda em gerações anteriores [1] cuja memória orienta o seu
fazer artístico atual e que projeta para novas gerações.
Nestas instituições prevaleceu
o modelo da disseminação e da sua ida para localidades que necessitam desta
formação. Contrariam o modelo centralista e único que possui todas as
competências e recursos e sob o olhar direto do poder central de uma nação. Estas
instituições, alojadas neste poder central, acolhem uma pequena elite de
docentes e discentes com todos os
privilégios e regalias.
Evidente que as
instituições disseminadas e próximas das comunidades estão sujeitas à uma
intensa entropia, submetidos ao processo de naturalização e a confusão com os
repertórios locais e ecléticos. Confusão e naturalização difícil de enfrentar.
Dificuldade inclusive de os formandos reverterem este quadro entrópico,
consagrado e naturalizado. Mesmo os melhores e mais competentes submergem neste
dilúvio proveniente da escravidão e colonialismo das mentes, corações e
vontades. Os quatro séculos sem universidades, o colonialismo e a escravidão
continuam soberanos na política, na economia e na sociedade que sustenta estas
instituições disseminadas e próximas das comunidades. Qualquer mudança é vista
como ameaça. Como ameaça é pronta e eficazmente isolado, castigados e ejetado
como algo estranho e incompatível com a docilidade da escravidão e da
cordialidade do colonialismo das mentes, corações e vontades. No contraditório
são muito bem vindos neste colonialismo e escravidão confusão entre Arte, Cultura e Propaganda.
Constituem um prato cheio e um alento para
o populismo, a intriga e no final o descalabro destas instituições. Neste caldo
de heteronomia toda mudança é percebida como ameaça, por maior e bem intencionado
que tenha sido o projeto na sua origem. Esta situação desestabiliza qualquer
egresso de universidades e cursos superiores, especialmente daquelas que
possuem o viés da profissionalização. Profissionalizações e treinamento que não
priorizam a formação da inteligência crítica, de uma vontade autônoma e dos
sentimentos afinados om a sua sociedade, tempo e lugar de ação.
Fig. 27 – André Venzon é um daqueles que buscou conhecer
o ambiente artístico do Rio Grande do Sol por meio de uma larga formação universitária. Ali
buscou novas competências sem ignorar os limites locais. Nesta busca migrou da Comunicação, para a Arquitetura e
se fixou nas Artes Visuais. Não se furta em construir e mostrar o que traz
na sua bagagem proveniente da Semiótica,
das maquetes, das cores e dos outros recursos visuais.
05-3 A Arte como expressão coerente com a
vida quem a produz.
A grande janela, que se
abre para o futuro da arte no Rio Grande
do Sul, irá mostrar aquilo que as forças
sociais, os quadros políticos e econômicos projetarem e conseguirem realizar. Cabe
o alerta da atenção ao fato de que uma civilização e uma cultura são
construções humanas e artificiais. Construções artificiais e humanas que irão,
ou não, incorporar as práticas democráticas que permitiram oxigenar e fecundar
o ambiente artístico-cultural do Rio Grande do Sul com projetos estéticos novos
e específicos. Construções artificiais e humanas que buscam coerência interna e externa na medida em que não se deixarem
ofuscar pelo otimismo, fama ou mitificação. No lado oposto necessitam resistir
ao impulso do pessimismo, da frustração e da naturalização.
O que se percebe na
presente narrativa é um imenso potencial a ser descoberto, explorado por meio
de projetos estéticos, novos e específicos. Esta descoberta, estudo e trabalho
de pesquisa dependem de um projeto, de
uma vontade autônoma e da circulação continuada interna. Circulação interna de
valores regionais e que gradativamente se expandem ao modelo dos serviços das
churrascarias gaúchas assimiladas nacional e internacionalmente[1].
Aos bens simbólicos do Rio Grande do Sul serve o aforismo de Leon Tolstoi “cante a tua aldeia, se queres ser universal”.
Porém este trabalho de PESQUISA ESTÉTICA, estudo e descobertas não se resumem numa ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA e muito menos em eventos pontuais. É uma tarefa por
tempo indeterminado. Tarefa na qual se empenham e conjugam sucessivas gerações
de artistas pesquisadores. Artistas pesquisadores autênticos seguidos, de perto,
pelos seus cronistas, museólogos, arquivistas e preservacionistas.
Profissionais qualificados que permitem que a ARTE do RIO GRANDE do SUL atinja,
em conjunto, o nível de uma História consolidada e reversível para o tempo das
fontes sociais e locais.
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ANAHY de las Misiones – Filme de Sérgio SILVA
ARTIGAS- “La Redota” Filme Uruguai 2011
ARTISTAS PLÁSTICOS do RIO GRANDE do SUL desde 2008
ATAQUES ÀS TORRES GEMEAS 11.09.2001
BIENAL do MERCOSUL a partir de 1997
BRICS
Casa de CULTURA MÁRIO QUINTANA inaugurada em 25.09.1990
CENTRO CULTURAL da ARTE CONTEMPORÂNEA INHOTIM – MG a partir de 204
CRISE dos REFUGIADOS 2015
CRISE GREGA governo pede socorro à UINÂO EUROPEIA e FMI em
23.04.2010
ENARTE a partir de 1996 em Santa Cruz do Sul
DESIGN SUL-RIO-GRANDENSE Nelson PETZOLD recebe titulo de
Professor Emérito da UFRGS em 13.11.2001
Escolas ARTES no RIO
GRANDE do SUL e seus endereços em 2010 –
FUNDAÇÂO IBERÊ CAMARGO 1995
FUNDAÇÂO VERA CHAVES BARCELLOS (FVCB) http://fvcb.com.br/?page_id=15
HELIO CUSTÓDIO FERVENZA convidado da Bienal de São PAULO (2012) VENEZA
(2013)
IMAGEM COMO ALGO AUSENTE
MEMORIAL da AMERICA LATINA 18.03.1989
MUSEU de ARTE CONTEMPORÂNEA de NITEROI – RJ - 1996
MUSEU NACIONAL de BRASILIA prédio inaugurado em 15.12.2006
MUSEU OSCAR NIEMEYR 2002
OTTO GUERRA – Desenhos animados – SBORNIA lançado em
30.10.2014
PINACOTECA do ESTADO de SÂO PAULO - reforma do prédio -
1994-1996
PINACOTECA RUBEN BERTA com SEDE PRÓPRIA em 2013
Brasil - PLANO REAL em
27.02.1994
PRIMAVERA ÁRABE a partir de 18.12.2010 na Tunisia
PRIMEIRA INVASÂO do IRAQUE -
02.08.1990-28.02.1991
REGINA SILVEIRA EXPÕE na FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO abril maio
2011
REUNIFICAÇÂO ALEMÂ em 01.10.1990
SEGUNDA INVASÃO do IRAQUE 19.03.2003 – dez 2011
SÈRGIO NAPP diretor da CASA de CULTURA MARIO QUINTANA
1997-1998
TATUAGEM em PORTO ALEGRE
VARIG 1927 até 20.07.2006
https://pt.wikipedia.org/wiki/Varig_(1927–2006)
SÉRIE de POSTAGENS
ARTE no RIO GRANDE do SUL
[esta série desenvolve o tema “ARTE no RIO
GRANDE do SUL” disponível em http://www.ciriosimon.pro.br/his/his.html ]
123 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 01
GUARDIÕES das SEMENTES das ARTES
VISUAIS do RIO GRANDE do SUL
124 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 02
DIACRONIA e
SINCRONIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL nos seus ESTÁGIOS PRODUTIVOS.
125 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 03
Artes visuais indígenas sul-rio-grandenses
126 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 04
O projeto civilizatório jesuítico e a Contrarreforma no Rio Grande do
Sul
127 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 05
Artes visuais afro--sul-rio-grandenses
128 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 06
O projeto iluminista contrapõe-se ao projeto da Contrarreforma no Rio
Grande do Sul.
129 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 07
A província sul-rio-grandense
diante do projeto imperial brasileiro
130 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 08
A arte no Rio Grande do Sul diante de projeto republicano
131 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 09
Dos primórdios do ILBA-RS
e a sua Escola de Artes até a Revolução
de 1930
132 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 10
A ARTE no RIO GRANDE do
SUL entre 1930 e 1945
133 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 11
O projeto da democratização da
arte após 1945.
134 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 12
A ARTE e a
ARQUITETURA em AUTONOMIA no RIO GRANDE do SUL
135 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 13
A ARTE no RIO GRANDE do SUL entre 1970 e 2000
136 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 14
A ARTE no RIO
GRANDE do SUL entre 1985 e 2015
121 - ESTUDOS de ARTE 018.
DUCHAMP a GUISA de CONCLUSÃO: “O ENTE no SER
ARTISTA”.
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