quinta-feira, 16 de maio de 2013

001 – EXPRESSÕES de AUTONOMIA na ARTE.


Uma AULA de AUTONOMIA

de um ARTISTA.

      Na democracia grega os honoráveis possuíam a voz e vez em nome do PODER ORIGINÁRIO. Na ágora da polis de Atenas eram excluídos do voto, das deliberações e decisões públicas tanto as mulheres, os menores, os escravos e os estrangeiros. Todos eles permaneciam na atimia e simplesmente não contavam
Fig. 01 – Tasso Corrêa discursando no lançamento da pedra fundamental do prédio do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Esta cerimônia aconteceu no dia 14 de novembro de 1941 véspera do Dia da Republica. O regime republicano foi um referencial para a política institucional do IBA-RS. As datas republicanas eram lembradas e festejadas. Este festejo dava-se ao longo da II Guerra Mundial, num momento de perigo para as instituições democráticas. Motivado por este contexto foi uma afirmação da autonomia institucional e apesar do sombrio ambiento do Estado Novo A presença militar e a bandeira nacional é simétrica, na foto com a bandeira do IBA-RS.

O artista enfrenta a atimia constante. Simplesmente não conta. Atimia mesmo em instituições que se dizem destinados à arte. Miguel Ângelo teve dificuldades, de toda ordem, para que as suas deliberações artísticas fossem respeitadas. Todo artista autêntico e inovador necessita estar preparado para que a sua obra ganhe sentido e possa ser índice das deliberações e decisões da quais ela resulta. Com mais coragem e ênfase em culturas onde isto é novidade.

Fig. 02 – O cenário da cerimônia de formatura da turma de Piano do IBA-RS e o discursando de seu paraninfo Tasso Corrêa, no dia 24 de outubro de 1933 foi o Palco do Theatro São Pedro. A data também era o dia do 3º aniversário da Revolução de 1930. Uma data nacional de afirmação da autonomia contra a República Velha, seus personagens com hábitos ainda rescendendo a gestos e atitudes imperiais.  

O músico Tasso Corrêa descreveu esta atimia do artista em pleno século XX.  Mesmo aqueles que ocupavam o cargo de professor em Curso Superior de Artes não escapavam desta atimia. Esta circunstância foi descrita por ele em 24 de outubro de 1933 em Porto Alegre com os estas palavras [1]

    “A posição de inferioridade dos professores, assevero sem receio de errar, é o motivo principal do fracasso das ultimas administrações. Os professores, aqueles que são os verdadeiros sustentáculos deste Instituto, pelo seu trabalho profícuo e honesto - pouca gente sabe disto - não tem garantia de espécie alguma dentro desta casa. Nós os professores, não temos a menor interferência, nem na administração, nem na parte técnica”.

Estes artistas professores eram contratos, pelo presidente da instituição de arte, ao estilo dos atuais técnicos brasileiros de informática (TI), dos jogadores ou técnicos esportivos.

Fig. 03 – O Centro Acadêmico  homenageou Tasso Corrêa com este nome devido ao fato de perceber a legalidade desta agremiação na recém criada universidade brasileira. Ele entendeu este alcance, pois também era estudante da Faculdade de Direito de Porto Alegre. Passou para ação ajudando a criar o do IBA-RS no dia 03 de junho de 1932. Esta iniciativa e coragem pioneira de Tasso Correa, valeu-lhe uma ampla defesa estudantil, social e política no episódio que ele protagonizou no dia 24 de outubro de 1933. Este memória estava ainda sendo celebrada, por esta organização, setenta anos depois.
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Professores e diretores permaneciam na instituição à disposição do Presidente e conforme expressão do Estatuto[1]servirá enquanto preencher satisfactoriamente as suas funcções e merecer a confiança da casa, e reforçado pelo Regimento do IBA-RS[2]. Recebiam por aula dada, sem direito à férias e nem salário fixo. O músico Tasso Corrêa descrevia esta situação como



 o Instituto, sendo uma organização destinada á difusão do ensino artístico no Rio  Grande do Sul, é orientado por cavalheiros de alta distinção, mas que infelizmente, na sua grande maioria, nada entende de Arte”.

Tasso Corrêa atacava de frente esta situação vexatória do artista na heteronímia  por meio de uma metáfora

       “para demonstrar o absurdo da nossa organização administrativa lembraria o seguinte: uma Faculdade de Medicina, dirigida por uma comissão de músicos, pintores e escultores... A sua situação deveria ser idêntica á do Instituto  de Belas Artes”.

A exposição pública do problema, a sua descrição e a metáfora valeram-lhe a cassação da confiança da presidência e a expulsão imediata e ritual do Instituto de Belas do Rio Grande do Sul.


[1] - O Estatuto do Instituto de  Belas Artes do R. S. – Aprovado em 14 de agosto de 1908 no Art. 28º DA ADMINISTRAÇÃO E DOS PROFESSORES DAS ESCOLAS.-...servirá enquanto preencher satisfactoriamente as suas funcções e merecer a confiança da casa 

[2] - O Regulamento do IBA-aprovado em 11 de Agosto de 1927 determinava.
DO PRESIDENTE  Art. 85 – Ao Presidente do Instituto compete, alem das attribuições definidas no artigo 21 dos estatutos:...”Advertir, suspender com privação dos vencimentos e demittir os directores, professores e empregados, conforme a gravidade da falta cometida”;
“DOS PROFESSORES –
Art. 93 – Os professores serão nomeados pelo Presidente, que designará as classes ou annos que devem leccionar.
Art. 101 – Cada professor perceberá por hora ou fracção de hora de trabalho, o quantum correspondente aos vencimentos que forem fixados pela Commissão Central.

Fig. 04 – O nome e imagem de Tasso Corrêa figuravam como homenageado no quadro de formatura no ano posterior ao paraninfo e ao seu discurso desafiador. Já não constam mais na presidência da CC-IBA-RS os nomes do Secretário do Estado João Carlos Machado e nem seu antecessor João Fernandes Moreira. Este lugar era ocupado pelo ponderado Dr. José Parreira que exercera o cargo da Presidência num outro mandato anterior.

Esta reação mesquinha e a falta de capacidade de elaboração do contraditório à altura do desafio resultavam do que o próprio Tasso Corrêa havia descrito no seu discurso de paraninfo:

“O que falta a esta casa é justamente dedicação, competência e largueza de vistas”.

A Diretoria da Comissão Central do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul (CC-IBA-RS), que presidia a mesa de formatura, foi pega de surpresa. Atônito o seu Presidente, João Fernandes Moreira, jamais poderia imaginar ser desafiado e repreendido publicamente em pleno  Theatro São Pedro, diante de tão qualificada audiência e recebendo a sugestão de repartir o seu poder com os docentes de artes. Diante do possível constrangimento  do público suspeitar do abalo, que tal ousadia provocara na sua autoimagem, o discurso não foi respondido no ato, nem a sessão interrompida. O presidente relatou depois aos seus pares e em particular  seu ímpeto de intervir imediatamente. Polidamente se absteve de qualquer manifestação ostensiva. Mas, no mesmo dia, o agressor foi expulso exemplarmente do Instituto por meio de um ritual regulamentar previsto para ocasiões dessa natureza[1].

[1]  - O ato dessa expulsão ganhou a forma escrita, apoiada na ordem jurídica vigente, lavrada pelo escriturário do Instituto sob a orientação do secretário, conforme o regimento e devidamente assinada pelo Presidente, João Fernandes Moreira. . Esse instrumento foi entregue hierarquicamente ao Diretor do Conservatório para conhecimento dos termos. Esse o mandou entregar a Tasso Corrêa, através de um bedel do Instituto, num lugar público de Porto Alegre, que era a Sala Beethoven .   O bedel recolhendo a assinatura do citado, aposta ao documento, garantiu da parte do agressor o seu conhecimento formal dos termos de sua expulsão. Retornando ao Instituto entregou o documento assinado ao Diretor do Conservatório que oficiou ao Presidente. O documento foi entregue ao secretário que o encaminhou ao Arquivo do Instituto no qual se encontra e onde foi consultado para essa pesquisa    Currículo de Tasso Bolivar Corrêa no Arquivo Geral do IA-UFRGS.


Foto Carolina Hermann do IA-UFRGS em 2004
Fig. 05 – Fachada vertical em perspectivado do prédio  do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul construído entre o lançamento da pedra fundamental np dia 15 de novembro de 1941 e sua inauguração em 01 de julho de 1943 sob a direção de Tasso Corrêa e projeto de Fernando Corona. Ele é contemporâneo ao prédio do Ministério de Educação e Cultura do Rio de Janeiro r foi concluída antes dele. As dificuldades não foram só econômicas. As carências de materiais de construção e os seus  preços elevados, ao longo da II Guerra Mundial, também tiveram de ser vencidos com muita determinação.

 No estreito espaço cultural de Porto Alegre, a publicidade dada ao ato da expulsão, mobilizou  os alunos do Instituto[1]. Esses fizeram correr listas de abaixo–assinados de apoio ao docente-artista, que dirigiram ao Diretor do Conservatório de Música[2]. Esse repassou hierarquicamente as listas ao Presidente que as levou para uma decisão da  Comissão Central do ILBA-RS. Os fatos e o discurso circularam, no dia 26 de outubro de 1933, na mídia impressa [3].

Na sessão do dia 26 de outubro de 1933 da posse de  João Carlos Machado[4] da Comissão Central do ILBA-RS,  não era momento de decisões. O presidente em exercício mandou abrir ao público as portas da sala para a cerimônia de posse da nova direção da CC-ILBA-RS [5]. Na primeira sessão presidida por João Carlos Machado a penalidade da expulsão foi transformada em advertência ao docente que voltou às suas funções. Porém ele estava decidido, mais do que nunca, que era momento de colocar no mundo prático as suas expressões e o seu projeto.


[1]  - Em Porto Alegre o elemento discente, organizara-se nos outros cursos superiores,  antes da Revolução de 1930   No  ILBA-RS  essa  organização efetivou-se a partir de 03.06.1932.
[2] - O diretor do Conservatório, que no primeiro momento não participou da tentativa de adequar o Instituto ao regime universitário, nesse evento também ficou ao lado da Comissão Central.  Em documento anterior declarara a sua posição pessoal ao argumentar que ‘não faltavam profissionais para preencher o cargo’. O registro mais detalhado, do que ocorreu no dia 24 de outubro de 1934 no Theatro São Pedro, foi localizado na pasta pessoal desse Diretor do Conservatório. Nele consta uma crônica do Diário de Notícias, (Porto Alegre, dia 26.10.1933, p.4) é que de fato resenha os acontecimentos dos três  dias apanhando os fatos ocorridos no Instituto. 
[3] -  O jornal noticiava a formatura do dia 24, com os discursos da formanda e o do paraninfo. Do dia 25, registra os desdobramentos do gesto do professor, a reação do Presidente e as iniciativas dos alunos do Conservatório. No dia 26,uma 5a feira,  no qual o Diário de Notícias circulava, prevê a posse do novo presidente, o que de fato acabou acontecendo, segundo os registros das Atas da CC-ILBA-RS. Na época, a mídia impressa ainda era soberana diante de outras formas de comunicação. Um desses setores, que interessavam à imprensa industrial e serial, era a cultura e a arte.  A matéria sobre o confronto nas artes  não está assinada.  Quem teria sido o cronista, quem forneceu os discursos ao cronista, são perguntas ainda não respondidas e sobre as quais a crônica calou. O jornal era de propriedade de Assis Chateaubriand, com posições estéticas bem conhecidas e no mínimo autônomas. No aspecto da infraestrutura industrial, o jornalismo tinha feito, até aquele momento, os maiores passos possíveis. Estava passando para a especialização profissional. Numa visão taylorista, da divisão de tarefas numa linha de montagem, os profissionais da comunicação estavam-se especializando nos diversos setores que estavam se afirmando.
[4]  -  -João Carlos MACHADO er  Secretário dos Negócios do Interior e do Exterior do RS tinha sob a sua competência também a Educação Pública do Rio Grande do Sul e que veio se constituir depois em Secretaria de Educação e Saúde. Assim competiu a João Carlos Machado  o comando da tramitação da constituição da Universidade de Porto Alegre e que ele irá assinar no dia 20 de novembro de 1934 ao lado do Interventor Gen Flores da Cunha e do Desembargador Manoel André da Rocha.   
[5] - Tal espetáculo e com semelhante publicidade nunca havia acontecido antes e não aconteceria mais, depois de 1933. Os membros da Comissão Central não se davam conta de que essa seria a última posse pública de uma Diretoria da CC-ILBA-RS.

Fig. 06 – Selos do carnê das cobranças dos LEGIONÁRIOS da CONSTRUÇÂO do PRÉDIO do INSTITUTO ao  longo da II Guerra Mundial. Movidos pelo entusiasmo da defesa das instituições democráticas, em momento de perigo, estes dedicados LEGIONÁRIOS se espalharam Brasil afora. Motivados para  afirmar a autonomia institucional e apesar do sombrio ambiento do Estado Novo estes LEGIONÁRIOS assinavam uma espécie de contrato, recebiam um número e que era honrado com o pagamento mensal do carnê da figura. Era a contrapartida para os investimentos oficiais nesta instituição de Arte. Percebe-se pelo carimbo  que houve a troca do MIL RÉIS (R$) para o CRUZEIRO (Cr$), ao longo deste período.

Evidente que este discurso pode ser lido e interpretado apenas um momento e uma expressão singular e localizada no tempo e num lugar determinado. Porém este discurso constitui um índice entre os numerosos do que tenta destacar como EXPRESSÕES de AUTONOMIA do artista face ao mundo externo, indiferente e veladamente hostil. Índice de um projeto pessoal que atravessaria a vida inteira do seu autor. Projeto pessoal e que guiaria a instituição de Arte a materializar cursos e construir uma obra material. Realização de alguém atento ao PODER ORIGINÁRIO desta instituição.  Assim a ação truculenta e precipitada da presidência do IBA-RS foi poderosamente contradita pelo recém criado Centro. Acadêmico do IBA-RS que depois (1943) tomaria seu nome O discurso circulou na íntegra no dia seguinte no Diário de Notícias onde o Professor Ângelo Guido era cronista e crítico de Arte.


Fig. 07 – O projeto da Reitoria da Universidade das Artes, acalentado por Tasso Corrêa, entre 1947 até 1958. Permaneceu no papel e desenhada por Fernando Corona. Previa um Teatro Municipal e no extremo oposto um Museu de Arte e Pinacoteca. Foi construído o bloco central em duas etapas (uma em 1941 e outra em 1952). Havia um projeto semelhante para a Escola dos Bailados com terreno já incorporado ao IBA-RS no Centro Cívico do Estrado e situado na Rua Riachuelo. Todo este conjunto estaria integrado no Ministério das Artes, outra proposta de Tasso Corrêa e aprovado no 1º Congresso  Brasileiro de Artes celebrada no IBA-RS no dia 22 de abril de 1958. Havia terreno adquirido no centro da cidade de Farroupilha para uma Colônia de Férias

Tudo isto seria um mero discurso por cima e por fora, se não fosse acompanhado por um projeto e sua realização POSTERIOR consequente. Foi uma voz em nome do PODER ORIGINÁRIO do Instituto de Artes num momento oportuno e único. Este projeto ganhou vez e corpo ao longo de 25 anos de intensa mobilização de projeto interno e uma coerente interação com o meio externo.


Fig. 08 – A camaradagem de Tasso Corrêa com a sua equipe docente e do qual ele era originário registrada numa caricatura do professor João Fahrion. Tasso Corrêa após consulta de André da Rocha, antigo você presidente do IBA-RS e na ocasião Reitor da UPA, aboliu a figura imperial do Presidente e dos seus Diretores totalmente subordinados ao poder central. Tasso Corrêa, uma vez designado oficialmente como diretor do IBA, simplificou e concentrou todo o poder executivo nesta figura. A Comissão Técnica Administrativa (CTA)  era o poder legislativo. Todo este conjunto era julgado pelas deliberações e decisões da Congregação.

Na instituição, dirigida por Tasso Corrêa, o PODER ORIGINÁRIO foi colocado como ter voz e vez constante e sempre ouvida. Ele constitui os LEGIONARIOS do INSTITUTO de ARTES que materializaram a obra arquitetônica, em plena Segunda Guerra Mundial, que abriga a instituição há 70 anos e é, ainda, a sua sede em 2013. Em 1946 o diretor do Instituto de Artes integrava o primeiro Conselho de Educação e Cultura do Estado do Rio Grande do Sul decorrente da redemocratização do Brasil, após o Estado Novo. Em 1947 propunha o Ministério e a Universidade das ARTES e para a qual projetou um prédio adequado.

Fig. 09 – Banquete oferecido na Pinacoteca do Instituto no  vigésimo  aniversário da administração Tasso Corrêa foi celebrado num banquete de 300 talheres na noite de 19.06. 1956 – Terça feira[1]. Ao lado da esposa está cercado por dirigentes de instituições parceiras como a PUC-RS cujo reitor José Otão fora professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo do IBA-RS. da direita para a esquerda 1 –Irmão José Otão -2 –Ilsa Daudt Corrêa - 3 –Tasso Corrêa 4 –Cel. Pandolfo  

A semente plantada há 80 anos no Theatro São Pedro na forma desta expressão singular de autonomia, localizada no tempo e num lugar determinado, continua a mostrar a força da sua fecundidade e na reprodução por tempo indeterminado. Esta expressão tomou a forma de um projeto momento de um discurso de um paraninfo de uma turma de formandas de um Curso de Piano. Com este projeto na mente, no coração, na boca e nas mãos o seu autor multiplicou no mundo prático onde soube receber as contribuições de todos os lados. Com este corpo transfigurou-se numa série de contratos em nome de uma civilização compensatória da injustiça, da violência e da desqualificação.


[1] - Em Díário de Notícias. Porto Alegre: dias 15.06.1956, 17.06,1956 e 22.06.1956
          A Hora. Porto Alegre, dias 12.0.1956, 13.06.1956 e 15.06.1956
          Correio do Povo. Porto Alegre, 23.06.1956, p.4
           O Jornal. Rio de Janeiro, Sábado, 23.06.1956 (Recortes dos periódicos sem noe página da pasta de Tasso Corrêa  {148bCURR}

Fig. 10 – Os setenta anos do Centro Acadêmico Tasso Corrêa (CATC) celebrava a memória estava desta organização estudantil. Criado no dia 03 de junho de 1932, esta iniciativa e coragem de Tasso Correa, valeu-lhe uma ampla defesa estudantil, social e política no episódio que ele protagonizou no dia 24 de outubro de 1933. No dia 28 de abril de 1943 os membros do CATC resolveram conferir esta homenagem Tasso Corrêa adotando seu nome para a sua agremiação.

Resumidamente chega-se à conclusão da necessidade de estar preparado, para a reação contrária, quem propõem projetos de tal conteúdo, amplidão e consequências,  como aquele proposto por Tasso Corrêa nas suas expressões de autonomia. Esta impetuosa imprevisível e imensa reação das mentes e dos corações decorre das mãos subjugadas e atadas ainda ao colonialismo e à escravidão. Escravidão e colonialismo que esterilizou as suas mãos. Escravidão e colonialismo que retiraram a fecundidade, a vitalidade e a sanção moral dos seus atos, das suas mentes e dos seus corações. Os atos livres supõem pagar com as suas próprias energias o que as suas mentes deliberaram, seus corações decidiram e suas mãos pretendem colocar neste mundo.

PERSONAGENS

CORRÊA  Tasso Bolívar Dias (*25/12/1901 + 07/07/1977.)




MACHADO João Carlos  membro da Comissão Central Presidente da Diretoria  do Instituto de Belas Artes de 26.10.1933 até 29.04.1935, Secretário do Interior do Governo Estadual. Como membro do governo Estadual presidiu a criação da Universidade de Porto Alegre na qual foi integrado o IBA-RS.                               

               

MOREIRA João Fernandes -  Membro da Comissão Central do Instituto de Belas Artes -  Presidente da Diretoria da Comissão Central de 29.10.1929 até 26.10.1933. 
          
FONTES NUMÉRICAS DIGITASI

PODER ORIGINÁRIO



DISCURSO de TASSO CORRÊA como PARANINFO  no TEATRO SÃO PEDRO em 24/10/1933.

DIÁRIO DE NOTÍCIAS – Porto Alegre: Diários Associados, dia 26.10.1933   p.4




ATIMIA na CONCEPÇÃO GREGA CLÁSSICA




AUTONOMIA




ÂNGELO GUIDO (1893-1969)




INSTITUTO de ARTES da UFRGS

ARQUIVO GERAL do INSTITUTO de ARTES da UFRGS

ACERVO da PINACOTECA  BARÃO SANTO ÂNGELO do INSTITUTO de ARTES da UFRGS

Tese – Origens do Instituto de Artes da UFRGS 1908-1962 disponível integral em:



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