terça-feira, 20 de outubro de 2015

0.140- ISTO é ARTE GLOSSÁRIO

HISTÓRIA das ARTES VISUAIS 
no RIO GRANDE do SUL:
 GLOSSÁRIO e BIBLIOGRAFIA  de TÓPICOS da TEORIA

A História se expressa por meio de narrativas. Toda narrativa é construída por palavras faladas, escritas ou de imagens. Estas narrativas - ou História - são diferentes da natureza da Obra de Arte.
Enquanto a Arte pertence ao amplo mundo da EXPRESSÃO HUMANA, a HISTÓRIA, e as suas NARRATIVAS, pertencem no mundo da COMUNICAÇÃO HUMANA. A COMUNICAÇÃO tem por ideal um discurso de sentido unívoco e linear. Enquanto a Arte lida com a EXPRESSÃO HUMANA  que possui sentido amplo e múltiplo.

Giuseppe Arcimboldo ( 1527 —1593)   Bibliotecário – Detalhe

O presente glossário possui como objetivo ideal o de criar e de atualizar um discurso de sentido unívoco e linear em relação as artes visuais sul-rio-grandense. Para isto necessita restringir o seu vocabulário ao TEMPO, ao LUGAR e à SOCIEDADE escolhida. Nesta  busca Aristóteles recomendava (Tópicos, p.5) que:
“uma definição é uma frase que significa a essência de uma coisa. Apresenta-se ou sob a forma de uma frase em lugar de um termo, ou de uma frase em lugar de outra frase; pois às vezes também é possível definir o significado de uma frase. Aqueles cuja explicação consiste apenas num termo, por mais que façam, não conseguem dar a definição da coisa em apreço, porque uma definição é sempre certo tipo de frase”.

O mundo imponderável da Arte necessita mentes preparadas para distinguir entre o simples ENXERGAR animal que é diferente  do VER. Este VER está impregnado com o saber, com a inteligência e com o pensamento da Arte. Arte que possui o seu corpo material profundamente enraizado na experiência cotidiana dos cinco sentidos humanos. Porém toda e qualquer obra de Arte é “algo mental” e, portanto, pertencente às questões universais.
“É também muito recomendável ter argumentos prontos no que se refere àquelas questões em que uma pequena provisão nos fornecerá argumentos úteis para um grande número de ocasiões. São essas as questões universais, e com respeito às quais nos é bastante difícil encontrar, por nós mesmos, argumentos baseados em coisas da experiência cotidiana”.         Aristóteles Tópicos – Conclusão

A PALAVRA - escrita, falada ou a imagem – constitui um elo entre o cotidiano da obra de Arte e o universal do pensamento humano. Isto não impede escolher o idioma falado e escrito no ambiente cultural sul-rio-grandense do qual se pretende examinar a HISTÓRIA das ARTES VISUAIS. Certamente este idioma de origem lusitana  é microscópico diante dos idiomas de centros culturais hegemônicos. Não se quer ou apresentar este idioma como concorrente. Em contrapartida os idiomas, ditos francos, de um lado encontrarão uma natural extensão do seu repertório. De outro lado, as atuais tecnologias numéricas digitais permitem que a língua portuguesa seja traduzida instantemente para um grande numero de idiomas.
O glossário e as fontes deste pensamento são restritos e pequenos diante do acúmulo de teorias, de recursos logísticos e da atomização do mundo pós-industrial. Porém o seu conhecimento e uso constituem uma pequena tábua num oceano em constantes mutações.
Claude GENISSON -  Torre de Babel (1963-1974) – 160 x 200 cm b

ACADEMIA: “A noção moderna de academia não é similar ao sentido dado no “Cinquecento” italiano. Ao mencionar uma academia hoje, se alude, geralmente,  a uma instituição real ou governamental para a promoção da ciência, da arte, uma universidade ou escola pública de arte” Pevsner, 1982, p. 25.

AÇÃO: na objetividade dos sistemas e das instituições que a ação encontra os dados para dar forma à vontade. A ação coloca em obra a vontade. (Arendt, 1983: 41)A ação coloca em contato a pluralidade dos seres humanos (Ladrière, 1977:206,304 e 308). Sinônimo de AUTONOMIA

AGENTE: o artista deve salvar-se com o que faz (Argan, 1992: 40). O artista como líder institucional. (De Masi, 1997 20) Nas visuais  sul-rio-grandenses este papel de agente autônomo e líder se firmou a partir da escolhas e nas  ações de Manuel Araújo Porto-alegre e ganha sentido pleno a partir do regime republicano.

AGIR: arte deve produzir e não de agir. O inovador não podendo agir governa e conceitualiza a produção (Aristóteles, 1973: 344). A técnica da arte é ambígua na medida em que produz fenômenos sendo práxis (Arendt, 1983: 286 e 404) e ritualidade quando produz fenômenos reveladores (Argan, 1992 : 39) Antônimo de FAZER

ALODOXO:  com uma  aparência diferente. A  alodoxia cultural produz fenômenos aparentemente acessíveis a partir de legitimidade (Bourdieu, 1987: 145) A alodoxia é recorrente nas narrativas sul-rio-grandenses que envolvem memórias particulares projetadas, sem questionamento,  como sendo a verdade coletiva, e absolutas.

ALTRUISMO: apesar  do mito em contrário, as espécies vivas praticam normalmente ações que vem  em benefício coletivo (Maturana, 1996: 170/1, 209)

ANOMIA ESTÉTICA: a multiplicidade de ações e progressiva divisão de trabalho desvanece a idéia de um movimento coletivo e unitário no campo das artes (Durand, 1989 : 42, 278) Nas narrativas sul-rio-grandenses esta divisão é perceptível na passagem da estética das MISSÔES JESUÍTICAS para as influências  do IUMINISMO, do ENCICLOPEDISMO  e se torna evidente progressivamente sob nas primeiras etapas da ERA INDUSTRIAL

ÁREA: vários campos afins são reunidos numa só atividade acadêmica (Atcon, 1974: 5) Campo das artes, área das artes visuais (Bourdieu, 1996: 159)

ARQUIVO: Diante do refluxo dos grandes modelos explicativos, uma primeira e forte tentação foi o do retorno aos arquivos, ao documento bruto que registra palavras singulares, sempre mais ricas e mais complexas do que o historiador pode dizer.
Os historiadores perderam muito de sua ingenuidade e de suas ilusões. Ele sabem contudo, que o respeito às regras e às operações próprias de sua disciplina é uma necessidade, mas não suficiente para estabelecer a história comum saber específico. É talvez Seguindo caminho que leva do arquivo ao texto para a escritura ao conhecimento, que eles poderão vencer o desafio que lhes é lançado hoje. “Chartier, 1998: 10 – 18)

ARTE: torna perceptível a ação humana (Durkheim, 1983 : 111). Ocupa-se em inventar e cuja origem está em quem, produz e não no que é produzido. (Aristóteles, 1973: 343) Distingue-se assim da Natureza, da entropia, da anarquia  e da barbárie. Depois dos atentados ao WTC-NY, do dia 11 de setembro de 2001 o critico John Rockwell escreveu (2001, p. 2) que “retroativamente é sempre possível interpretar a inquietude artística como prenúncio de desastre iminente, embora no passado, os sinais tenham por vezes iniludíveis. Talvez seja iniludível agora, e ainda sequer os conhecemos. [...] Se conseguirmos sustentar nossas artes numa diversidade tão rica quanto nossa diversidade social, política e religiosa, nossos artistas podem realmente desempenhar um papel valiosíssimo: eles podem nos amparar e inspirar, mas podem também nos guiar – diretamente ou, o que é mais provável, indiretamente – da escuridão para a luz”.(in:  http://www.estado.com br/editoriais/2001/01/23/int019.html). O que interessa é  a abertura imediata  das instituições de arte, logo após os atentados, como luz de um arraigado projeto civilizatório dos cidadãos de Nova York contra a barbárie.

ARTE VISUAL: A arte visual não pode mentir (Bereson, 1953 : 112)

ARTISTA: Na Inglaterra com a vinda da era industrial, a relação entre artistas o público modifica-se, o público é tratado de uma forma diferente em relação a era do artesanato, a produção artística torna-se uma entre as especializadas, a teoria da realidade superior da arte e o artista independente é um «gênio superior». (Bourdieu, 1987: 104)  De todas s categorias sócio profissionais, a do artista é sem dúvida o mais definido na medida em que os critérios que podem servir são a herança de um multissecular.  Antoine Prost observa que a organização de escolas para a formação de artesões e operários correspondeu a uma fase em que, com a destruição do artesanato pela indústria capitalista, e com a correlata desorganização das categorias de artesões através da aprendizagem nos ateliers dos mestres credenciados, abriu-se a necessidade de nova solução institucional. (Moulin, 1995: 127) Foi somente no início do nosso século que os grandes artistas, com uma surpreendente unanimidade, começaram a protestar contra o nome «gênio» para insistir no ofício, da competência e nas relações entre arte e artesanato (Durand, 1989: 59) O artista exerce uma função de guia no interior da sua esfera social, a do trabalho, mesmo quando empresta sua obra à autoridade constituída. (Argan, 1992: 40). Conforme Marcel DUCHAMP (1991: 236-239) sob a aparência, estou tentado dizer sobre o disfarce, de um dos membros da raça humana, o indivíduo é de fato sozinho e único e no qual as características comuns a todos os indivíduos, tomados no conjunto, não possuem nenhuma relação com a explosão solitária de um indivíduo entregue a si mesmo. O artista distingue-se tanto do ARTESÃO como do AMADOR

ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA distinta da PESQUISA ESTÈTICA. Mario da Andrade resumiu, em 1942  os principais objetivos da SEMANA de ARTE Moderna a de 1922 ao colocar os vetores do “Direito permanente à PESQUISA ESTÈTICA. A ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA BRASILEIRA e a formação de uma MEMÒRIA NACIONAL”. Neste Congresso da UNE enunciou em, três vetores “Direito permanente à pesquisa estética, A atualização da inteligência artística brasileira. Estabilização de uma consciência criadora nacional, não em base individual, mas coletiva”. (Andrade 1942: 45) Quanto ao papel da ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA BRASILEIRA Durand escreveu, (1989: 234) que “é comum ouvir-se que salões e bienais pertencem ao lixo da história das artes plásticas, e que não fazem mais sentido em uma época em que a mídia impressa e eletrônica diz a qualquer aprendiz em qualquer lugar do mundo o que se anda fazendo em um gênero qualquer da visualidade, informando instantaneamente o que é atual e o que já deixa de sê-lo”. 

AUTONOMIA compõe-se de uma competência e os seus limites. (Clemente Mariani in Nóbrega, 1952: 329). Na biologia o exemplo da célula viva que necessita da membrana para proteger a competência da vida. Só  partir da célula viva é possível determinar o que é relevante. (Maturana & V. 1996: 4)1 A vontade possui moralidade no limite da sua autonomia. (Kant, Cr. Razão Prática) A ação seria inútil se todos o homens fosse iguais, assim não haveria espaço para a arte Schaeffer, 1992, p.28  Clemente Mariani e lucidou AUTONOMIA que “no conceito de autonomia há dois elementos essenciais: um é o das raias que limitam a ação;  o outro, é o poder de agir livremente dentro dessas raias. Sem raias limitadoras, estaríamos em face, não da autonomia, mas da soberania ou do arbítrio. Assim entendido, seria ilógico falar-se em autonomia ‘absoluta’: o conceito é sempre relativo e a amplitude do círculo de liberdade pode sofrer infinitas variações” (in Nóbrega, 1952, p. 329)A distinção entre autonomia e soberania foi  explicitada numa consulta feita ao MEC e respondida por Edmundo Lins Neto no parecer nº 116/1952. “Alega-se que a Universidade da Bahia é autônoma e que V. Exª no caso poderia intervir. A Universidade tem, não há dúvida, autonomia administrativa, didática, financeira disciplinar, mas não possui soberania, porque a sua autonomia lhe foi concedida ‘nos termos da legislação federal sobre o ensino superior’ ” -  In Souza Neves 1951, v. I p. 207. A AUTONOMIA se distingue de HETERONOMIA, de NACIONALISMO e de SOBERANIA. A AUTONOMIA legitima a ÉTICA, a LEI e sinônimo  de INDIVIDUAÇÃO.

AUTOPOIESES: os seres vivos reproduzem-se a partir das sua potencialidades, produzindo redes de reações  que por sua vez determinam potencialidade e os seus limites (Maturana & V. 1996:39).

AVALIAÇÃO: é sempre feita em relação à vida. (Alves, 1999: 7) Não existe avaliação no abstrato (Bruyne, 1977: 32)

AXIOMÁTICA:  conjunto de axiomas de que se deduz uma teoria ou um sistema lógico ou matemático.. a arte erudita e pura leva à explicação tendências anteriores (Bourdieu: 1987: 113)

BIOS: distinção aristotélica que atribui ao bios  uma práxis No cerne da vida está o que as vezes é chamado de dialética, que é simplesmente uma contenda entre as forças positivas e negativas, entre o amor a  morte (Read, 1986 : 32) #ZOON
.
BONDADE: a bondade deve fugir da aparência, caso contrário é outra coisa. A saber: tem por objetivo aparecer, mesmo que a descoberta venha do diálogo ente o EU e EU-MESMO (Maturana Varela, 1996: 209) Diferente de SABER

CAMPO: ramo do conhecimento que reúne todas as matérias básicas, derivadas e aplicadas de sua competência. (Atcon, 1974: 3)  Campo das artes, área das artes visuais (Bourdieu, 1996: 159)

CAMPO ARTÌSTICO: constituição da arte enquanto tal, com uma elaboração de uma nova definição das funções do artista e da arte (Bourdieu, 1987: 101).

CAMPO AXIOLÒGICO:  é o espaço dos valores sociais e individuais que condicionam a pesquisa científica. ‘Os homens só se colocam os problemas que podem resolver’ Marx (Bruyne, 1977: 32)

CAMPO DOXOLÒGICO:  é o saber ainda não sistematizado dos Quais a prática científica deve arrancar suas problemáticas específicas (Bruyne, 1977 : 33)

CAMPO EPISTEMOLOGIA:  é o espaço onde o saber chegou a um grau de objetividade reconhecida. (Bruyne, 1977 : 34)

CANON: Lei, em grego. Norma primitiva de um grupo humano.

CAPITAL NACIONAL e ARTE BRASILEIRA. A discrepância entre o suporte financeiro e as artes visuais foi registrado por Monnier quando percebeu e afirmou (1995: 413) que “pela falta de capitais próprios, territórios inteiros são excluídos dos mercados; acontecimento cultural mundial trinta anos atrás, quem se preocupa hoje com a Bienal de São Paulo?”. O mesmo Monnier percebeu o resultado do embate entre a arte e o capitalismo ao afirmar (1995: 42) que “esse território é tão minado, e tão ameaçado de desaparecer como a floresta amazônica. Nós somos os últimos índios”.

CAOS: A imaginação, compreendida a imaginação divina, deve se submeter ao princípio cósmico-construtivo, ordenador e criador, que lhe permite erguer-se para além do caos desagregador da matéria no estado nascente. Da mesma forma, o artista deve modelar através da ação seu próprio potencial criativo para que a incoerência torne-se um contraste sensível para o espírito humano. A arte é um caminho que começa no sonho caótico e que termina num cosmos acabado, uma viagem interpretativa e constitutiva num claro-escuro continuado no qual não faltam nem tempestades e nem abismos. (Mazzocut-Mit, 1994: 64)

CÈLULA VIVA: transporto da biologia para a História cultural constitui a narrativa que a vida encontrou na organização da sua competência  e os limites da membrana constituindo uma unidade  sul-rio-grandense. Essa unidade é capaz de se reproduzir e ao mesmo tempo constituir na arde de outras células um organismo coerente e que por sua vez forma outra unidade. O artista possui sua unidade competência e os seu limites mas ao mesmo tempo possui a potencialidade de constituir um organismo institucional na Qual soma e aumenta e sua autonomia. (Maturana, 1996: 41).

CIÊNCIA: É absurdo procurar ao mesmo tempo a ciência e o método da ciência nenhum deles, pois, é fácil de aprender, Nem o rigor matemático se deve exigir em todas as coisas mas somente naquelas que não tem matéria (Aristóteles, 1972,: 211) Em todos os campos os saberes não reduzidos (ou elevados) ao estatuto de uma verdadeira ciência, o pensamento fica preso ao modo linguístico  pelo qual se pretende apropriar-se das configurações dos objetos presentes no seu campo de percepção. (Chartier, 1998: 11) A pesquisa eficaz raramente começa antes que uma comunidade científica pense ter adquirido respostas seguras. (Kuhn, 1997: 23) Pode-se cercar de uma rede matemática, não importa qual universo, contendo muitos objetos, o fato é que o nosso universo se presta a um tratamento matemático, mas isso não tem grande significação do ponto de vista  filosófico A ciência não pode atingir as coisas, mas constrói, manipula, realiza, prediz os fatos, os acontecimentos efeitos que não existem fora das proposições que os exprimem. (Arendt, 1983: 337) O que é próprio de toda operação de sentido, de linguagem. (Bruyne, 1977: 51)

CIÊNCIA da ARTE: se a história da arte deve ser a ciência da arte, não pode deixar de lado nenhum componente dos fenômenos que descreve, mas deve descrevê-los da forma como são dados no fenômeno e não como se configuram no âmbito da cultura geral da época (Argan, 1992 : 25) Entre a ciência e a arte já não há abismo, em vez disso, passa-se de uma para outra sem solução de continuidade. (Durkheim, 1983 : 111) “Arte e Scienza sono, dunque, distinte e insieme congiunte: coincidono per um lato, ch’è il lato estético. Ogni  opera di scienza è insieme opera d’arte” (Croce, 1950: 29)

CIÊNCIA e HISTÓRIA A nossa ciência não dispõe, com s matemáticas ou a química de um sistema de símbolos separado de Qualquer linguagem nacional. O historiador fala unicamente com palavras: portanto, com palavras dos eu país. (Bloch, 1976 ^140)

CIRCULARIDADE: no fechamento objetivo da produção erudita são dadas condições para uma história semi-reflexiva (Bourdieu, 1997 : 111 et Maturana e Varela, 1996 :39).

CIVILIZAÇÃO: supõe a existência de instituições (Chaves Melo, 1974:  25) O Instituto de Belas Artes do Rio Grande Sul é apresentado no dia de sua criação como “Resultado lógico do evoluir da civilização Riograndense, o Instituto..” Correio do Povo,  22. 04.  1908 “Um dos méritos do estudo (de Raimundo Faoro) reside no fato de que, não entrando nos velhos debates sobre distinções entre ‘cultura’ e ‘civilização’  Faoro procura indicar que a principal conseqüência cultural do prolongado domínio do patronato do estamento burocrático é a frustração da aparecimento da genuína cultura brasileira” (Mota, 1980: 179) CIVILIZAÇÃO  diferente de  CULTURA.

COISA na ARTE:  o sujeito ao colocar a coisa como objeto constitui-se como algo distinto e como sujeito. A coisa é o mono semântica enquanto o objeto é polissêmico (Argan, (1992: 38).  A 1ª regra - e a mais fundamental - é de considerar os fatos sociais como coisas. (Durkheim, 1983: 94)

COMPETÊNCIA: o que está contido entre  limites Faculdade concedida. Qualidade de quem é capaz. Luta e desafio.

CONDUTA CULTURAL: entendemos por conduta cultural a estabilidade transgeracional de configurações condutuais adquiridas ontogeneticamente na dinâmica comunicativa de um meio social (Maturana e Varela 1996:174)

CONFIGURAÇÃO: os jogadores não incluem só o seu intelecto individual. Mas toda a sua pessoa, suas ações e relações sociais. (Chartier, 1998: 244)

CONHECER: o homem coloca em ação a sua sede de busca através do uso das suas mãos. Enquanto o saber procura ficar ao nível da contemplação. Não há evidências se a tecnologia conduz a ciência ou é o contrário (Bloch, 1976) SABER; diferente de contemplação..

CONHECIMENTO: admitimos conhecimento toda vez que admitimos, como observadores, uma conduta efetiva (ou adequada) (Maturana & V. 1996: 148)

CONSCIÊNCIA: a tomada de consciência é sempre em parte uma reorganização e não uma tradução ou uma evocação (Piaget, 1983: 231) Para  aquele que se encontra submetido ao domínio pessoal, inexistente marcas objetivas do sistema de constrição a que sua existência está confinada: seu mundo é formalmente livre. Não é possível a descoberta de que sua vontade está presa à do superior, pois o processo de sujeição tem lugar como se fosse natural e espontâneo Anula-se a possibilidade de autoconsciência, visto como se dissolvem na vida social todas essas referências a partir das quais ela poderia se construir. Plenamente desenvolvida, a dominação pessoal transforma aquele que a sofre numa criatura domesticada: proteção e benevolência lhe são concedidas em troca de fidelidade e serviços reflexos (Faoro, 1975: 634).

CONSERVAÇÃO: na cultura contemporânea é a conservação que causa a ruína, porque na conservação não há possibilidade de substituir os objetos que são criados para a obsolescência imediata. (Arendt, 1983: 311). Pécaut recolocou (1990 61) a frase ‘conservar melhorando’ na origem do pensamento de  Comte, quando o “apelo evidentemente desviado de seu sentido: da ‘ditadura republicana’ preconizada pelo mestre (Comte) foi eliminado tudo  que mantivesse a autonomia do poder espiritual; do elogio ao ‘conservadorismo’ foi omitido, pelo menos até 1930, o fato de que o termo ‘conservador’ designava o mundo do trabalho, o  dos empresários e operários. Restava a ditadura e o conservadorismo, sob a forma de uma escolha imutável em favor da ordem. Isto é, em favor da ‘ordem castilhista’, referência permanente de seus sucessores, em favor da ordem em si.

CONTEMPLAÇÃO: O simples olhar não nos leva a parte alguma. Todo olhar transforma em considerar. Todo considerar em mediar, rodo mediar em relacionar, assim cabe dizer que  o pouco que se olhe com atenção se está em plena atividade teorizante. Mas para faze-lo com consciência, conhecimento de si mesmo, liberdade e, para usarmos uma palavra atrevida, com ironia, eis aqui o que requer se a abstração temida deve ser inofensiva e o resultado empíricos, esperando, palpitantes e proveitosos (Goethe, 1945: 13)

CONTRATO: a sociedade depois da retirada da coerção física (tirania) e espiritual (religião), estrutura-se, a partir do iluminismo, na esperança contratual celebrado nas promessas mútuas do contrato (Arendt, 1983 : 239, 311, 312)

CONTROLE: a tirania pode paralisar a expressão pública do nosso pensamento através da paralisação da nossa língua. (Eco, 1995: 5 + Arendt, 1983: 247)

CORPUS: a busca de cobrir toda área fenomênica. Na arte, o corpus, aspira a enumerar, catalogar, definir, fotografar e publicar tudo. (Argan, 1992: 62).

CORRUPÇÃO: Maquiavel coloca:  ou o domínio público corrompe a religião ou a religião permanece intacta destruindo o domínio público (Arendt, 1983). # BONDADE

CRIATIVIDADE: O organismo restringe a criatividade das unidades porque elas existem para ele. No sistema social humano amplia a criatividade humana, pois esse existe para estes. (Maturana & V.1996: 173) É somente porque nós fabricamos a objetividade, o nosso mundo, com aquilo que a natureza oferece porque nós construímos, inserindo-o no espaço da natureza e assim nos sentirmos protegidos, que podemos olhar a natureza como alguma coisa objetiva (Arendt, 1983: 188).

CRISE: toda crise começa pelo obscurecimento de um paradigma (Kuhn, 1997: 115).

CRÍTICA: o espírito crítico é capaz de fazer distinções. O sincretismo não a suporta (Eco, 1995: 09).

CRÍTICA de ARTE: Desde a crítica de arte desenvolvida no romantismo existiram tendências conflitantes que polarizam de modo mais intenso com o surgimento das correntes de vanguarda: a crítica da arte ora reivindica o papel de complemento produtivos da obra de arte, ora o papel de advogados da exigência interpretativa do público em geral. (Habermas, 1992: 118)

CULTURA: a cultura de uma coletividade é o conjunto dos sistemas de representação,  normativas, expressão e ação. (Ladrière, 1977: 770 No plano individual  pode ser um certo desenvolvimento de uma certa personalidade (Chartier, 1998: 62). O conflito entre CULTURA e  ARTE foi expresso por Nietzsche a afirmar (2000: 134) que: a arte não pode ter sua missão na cultura e formação, mas seu fim deve ser alguém mais elevado que sobre passe a humanidade. Com isso deve satisfazer-se o artista. É o único inútil, no sentido mais temerário

CULTURA BRASILEIRA nos três primeiros séculos de domínio europeu, não teve “o mínimo interesse pela cultura, que não representava necessidade e nem encontrava lugar, função séria. Se tivesse existido, desapareceria aqui, esmagado pelas condições do meio”. (Sodré 1976: 271).

DEFINIÇÃO: uma definição implica um grande número afirmações. Quanto menor for esse número mais difícil demoli-la (Aristóteles, 1983: 135).

DEMOCRACIA: é o povo planejando as contingências nas quais irá viver. (Skinner, 1980: 207) O meu teste como cidadão democrático  é quão plenamente o todo é expresso em mim ou através de mim. (Follet in Carvalho, 1979:60) A democracia abriga um bazar de sistemas políticos. (Platão 1983: 308) A democracia possui a capacidade de questionar as suas instituições e abrir-se para história sem possuir garantias previas. (Chaui in Lefort, 1983: intr) “Duas coisas são necessárias a uma democracia: públicos articulados e informados líderes políticos que, se não á homens de pensamento, sejam pelo menos razoavelmente responsáveis perante o público informado que exista. Somente quando públicos e lideres são responsáveis e de responsabilidade, podem as questões humanas ser submetidas a uma ordem democrática, e somente Quando o conhecimento tem importância pública é possível essa ordem. Somente quando o pensamento tem uma base autônoma, independente do poder, mas poderosamente ligada a ele, pode exercer sua força no condicionamento dos assuntos humanos”. Wright Mills, 1975, pp.410/1= HISTÓRIA

DESCOBERTA é a novidade relativa a fatos (Kuhn, 1997: 78) # INVENÇÃO é a novidade relativa a teoria.

DESCONTINUIDADE: A história intelectual não deve deixar-se prender no laço das palavras que podem dar a ilusão que os diversos campos dos discursos nos quais as práticas são constituídas de uma vez por todas, recortando os objetos dos contornos, como também dos conteúdos, são invariáveis: bem ao contrário ele deve colocar como centrais as descontinuidades que fazem com que se designem, arruinem e se dispersem, de maneiras diferentes ou contraditórias Segundo as épocas, saberes e atos. (Chartier, 1998: 61)

DESCONTRUÇÃO: Arendt aponta essa necessidade quando escreve: “Quem é, ou quem foi alguém, não o sabemos a não ser conhecendo a história  da qual ele é o herói-  dito de outra forma – a sua biografia; todo o resto do que sabemos dele incluindo aí a sua obra que deixou, nos diz somente o que ele é ou o que ele era”. (Arendt, 1983:  244 –304)“Uma análise do romance de Antônio Callado que serve de marco para a época: QUARUP. Assinala por Ferreira Gullar, tem por subtítulo ‘Ensaio de deseducação para Brasileiro virar Gente’, sugerindo que a ‘afirmação implícita no romance de que é preciso ‘deseducar-se’, livrar das concepções idealistas alheias à realidade nacional, para encontrá-la” (Mota, 1980: 222).

DESCRITIVO: o pós-moderno descreve em termos de implosão, simulacros, cenários e de esquizofrenização social (De Duven, 1989: 71) Diferente do  PRESCRITIVO; o moderno prescreve marxismo, teorias de crítica., relatórios.


DESENHO - Segundo Pevsner (1982, p. 53) os artistas da época de Miguel Ângelo qualificavam o ‘disegno’como ‘ún signo de dio in noi’ Desenho ou ‘disegno’, constituía a base dos mais diversos ofícios e que vinculava as artes plásticas ao mundo das idéias através do ato da designação mental.  Pevsner resumiu a importância que a  Academia de Vasari dava Desenho, ao registrar que era a disciplina que reunia os mais diversos profissionais, trabalhando em materiais diferentes e que procuravam infundir nesses materiais os conceitos e idéias que os animavam. Assim registra (1982, p 45) que  “na «Accademia del Disegno»  os seus membros trabalhavam materiais muito diversificados, e portanto pertenciam a diferentes grêmios, mas o que  o que era importante para todos era o «disegno» e que acima de qualquer outra coisa era «esprezione e dichiarazione del concetto che sia nell’animo». (Pevsner 1982, p. 53)

DIACRONIA: termo usado por Ferdinand Saussure (1857-1931) para a evolução no tempo da linguística. (Ferrater Mora, 1994: 860) Designa a sucessão linear de um pensamento ou de eventos “A extensão horizontal do olhar é épica, pois pressupõe o tempo do percurso e o recitativo do ir a Tróia e volta para Ítaca.  No eixo vertical situa-se o imaginário da experiência propriamente trágica: linha onde a máxima ascensão atingida pela potência já começa a desabar, transcendência vertical do destino irreversível, tal a flecha que cai quando atinge o auge do voo”. (Hansen, 1998 : 99) Distinto do conceito de SINCRONIA quando o fato relacionada com outros do mesmo tempo.

DIALÉTICA da DISTINÇÃO CULTURAL: a procura de livrar-se a qualquer preço do anonimato e da insignificância (Habermas in Grespan, 1997: 8) CONSTRUTIVISMO: não existe mais conteúdo de ameaça nas classes depauperadas.

DIFERENCIAÇÃO: progressivamente, com a divisão do trabalho aparece uma categoria de objetos apenas como pura significação (Bourdieu, 1987: 103).

DIREITO do ARTISTA: de legislar no seu campo de competência, assumindo as conseqüências positivas e negativas de suas escolhas.

DISCURSO: o discurso deve captura os sujeitos provocando a sua adesão. Para tanto é necessário que haja coerência entre as significações desse discurso e as representações dos sujeitos. (Oliven, 1992: 21)

DISTINÇÕES: o fato de alguém ser capaz de distinguir o fundo e a forma. A falarmos das propriedades do ente, da unidade ou do objeto estamos praticando distinções (Maturana & V. 1996: 34)

DISTINÇÕES CULTURALMENTE PERTINENTES:  na medida em que uma área é capaz de competição pela legitimidade, tanto mais devem ser percebidas e reconhecidas distinções culturalmente pertinentes em função das taxionomias culturais disponíveis. (Bourdieu, 1987: 109)

DIVERSIDADE não quer dizer ecletismo (Pernoud, 1997 60) # ECLETISMO.

DOCUMENTO: mesmo que a história seja o resultado das ações humanas, não é o ator,  mas o narrador que ‘faz’ a história (Arendt, 1983: 251)

DOMÍNIO LINGUISTICO: a linguística não pode ser separada da filosofia e da psicologia. (Lyons, 1976: 95) O conjunto das condutas linguísticas de um organismo designa o seu domínio linguística.( Maturana & V. 1996 :180)

DOXIA uma verdade mais profunda da qual não nos damos conta por tudo estar de acordo (Bourdieu, 1996: 144).

DURAÇÃO: o historiador não pensa apenas o humano. A atmosfera que seu pensamento respira naturalmente é a categoria da duração (Bloch, 1976: 29)

DÚVIDA: Descartes instala a dúvida e somos instados a seguí-la em todas as ramificações. Como é possível aceitar o argumento da superioridade do espírito sobre os sentidos, quando ele reconhece que para triunfar  deve se apoiar sobre os sentidos (Arendt, 1983: 345).

ECLETISMO que Mário de Andrade fustigava (1955: 13) na época do Estado Novo como “acomodatício e máscara de todas as covardias”. Andrade, 1955:  13.

EDUCAÇÃO ESTÉTICA: deve impor-se como mediadora a razão que exige unidade enquanto a natureza solicita a diversidade. (Hegel, 1980: 133).  A razão e a espiritualidade ficam despojados do abstrato  unindo-se a natureza da qual toma sangue e carne (Schiller in Bourdieu, 1987: 117)

EDUCADOR a interioridade, visões, paixões, esperanças e horizontes utópicos fazem a diferença. Muitas vezes o educador é um mau funcionário (Rubens Alves, 1984: 14) Diferente do PROFESSOR que é um funcionário.

EFICIÊNCIA: no momento em que se aceita a eficiência como valor absoluto, nunca se é eficiente de forma absoluta como nunca se é absolutamente virtuoso, passando a infernar e pesar como um sentimento de culpa. (Greenberg, 1996: 49)

EIDOS: através do aspecto exterior(eidos), a idéia da projeção ao mundo interior (ideien), se liga a da fabricação (poiesis) (Arendt, 1983: 193)

EMOÇÃO: a arte permite tanto amar a regra para corrigir a emoção (Braque) como amar a emoção que corrige a regra( Jean Gris) (De Masi, 1997: 13)

EMPIRISMO: os empiristas sabem o ‘que’  mas não o ‘porquê’  e as causas que os artistas conhecem.  Por isso há mais saber na arte (techné) do que na experiência (empeiriia). (Aristóteles, 1972: 212)

ENIGMA: na medida em que se admite que a criatividade é modernidade e decadência, não acumulação mas explosão emocional, afirmação de valores ao mesmo tempo a sua dissolução e desmoronamento de valores, o enigmo torna-se explicação. (De Masi, 1997: 228)

ENTE PRIMITIVO: é ente sobre o qual se fala e é admitido sem definição. Termo que está na origem de uma ciência.  Ponto, linha e plano são impossíveis de definir, mas com eles constrói-se a Geometria. Se recolhermos atos e ações de ator social surgirá uma imagem de sua imagem. (Goethe, 1945: 11 Bourdieu, 1996: 206).

ENTROPIA: a vida humana precipita-se em direção à morte e a ruína. (Arendt, 1983: 313) Contudo a sua ação permite lembrar que ainda que o homem deva morrer, não nasceu para morrer, mas para renovação. (Bense, 1975: 118)

ENSINAR e aprender significa ter compreendido e compreender:

EPISTEMOLOGIA: é um polo essencial da pesquisa no qual se situa a lógica da descoberta, como o da prova. Na epistemologia os pesquisadores estão na base enquanto os filósofos estão no vértice, analisando os resultados dos pesquisadores. (Bruyne, 1977: 42)

EPOKHÉ: trabalha-se com elementos essenciais dos quais se supõe uma suspensão de juízo (Bruyne, 1977: 75). Não se procura o núcleo de sua definição, mas os fenômenos que pertencem ao objeto da nossa atenção distinguindo-os do fundo. (Greenberg, 1996: 244) A disposição ‘neutralizante’ pela qual suspende qualquer juízo sobre qualquer intenção prática. (Ricœur, 1999: 5 + Arendt, 1983: 215)

EQUILIBRAÇÃO: todo o organismo possui uma estrutura permanente que o meio modifica. Os fatores normativos do pensamento correspondem Biologicamente à necessidade de equilibração. (Piaget, 1983: 74) O real não está nem no início nem no final (Guimarães Rosa, 1963 : 62).

ESCOLA o lugar ideal para a prática da suspensão dos juízo (epokhé). Lugar e forma institucionalizada do lazer estudioso. Não visa nem ao prazer nem a necessidade. (Aristóteles, 1973: 212) Lugar de um lazer estudioso. (Bourdieu, 1996b: 206) A escola não é um lugar de consumação: mas de abstenção da atividade do trabalho e consumo. A frugalidade é sua característica. (Arendt, 1983: 182)

ESCOLA de ARTE:  como lugar o lazer estudioso, que tem como objeto e valor a arte. (Costa, 1927: 42) Vista como a antiga academia é um ótimo valor corrompido. (Costa, 1927: 233) toda corrupção  é proporcional ao bem corrompido (Panofsky, 1979: 43) ESCOLA de ARTE é a designação,  no interior do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, como o lugar das artes visuais e diferenciado do Observatório de Música.

ESCOLA e INDÚSTRIA: nova solução encontrada depois da destruição do artesanato e aprendizagem em guildas e atelieres na prática dos ofícios. (Durand, 1989: 59) O vínculo entre Industria e Escola não aparecia aos olhos ingênuos do liberalismo como aquilo que é:  uma forma de reprodução planejada do sistema social (Bosi in Mota, 1980: III).

ESCOLA LIVRE tipo de instituição criada em 1891 pelo 1º governo republicano que combinava iniciativa estatal com a iniciativa particular.

ESPAÇO PSIQUICO: todo ser vivo existe num espaço psíquico. O espaço relacional  implica apenas no espaço da conversação e não explica o espaço psíquico (Maturana, 1996: 60).

ESQUECIMENTO: o mito  “ao invés de se empenhar na conquista do futuro, refugiou-se no passado idealizando-o como uma perdida idade de ouro em que todos eram livres e felizes.Percebe-se a vantagem do mito, as novas elites urbanas dele se apropriaram e promovem  através dos seus aparelhos ideológicos, o folclore, a literatura a historiografia, a poesia. Desta forma embevecidos na contemplação e recordação de um passado mítico, os homens se conformam  com  o presente, e deixam de sonhar com  o futuro.    (Freitas, 1996: 24).  “Nas clássicas academias de arte é possível constatar a ausência da Pintura e o ‘esquecimento” desta lacuna quando os contemporâneos tratam do tema “Os programas acadêmicos não incluíam o ensino metódico da pintura a óleo.  Por mais surpreendente que possa parecer essa falta hoje em dia, não se deve esquecer que na França, como  em outros países, estava ainda em uso o sistema medieval  de apreender com  um mestre o ofício de pintar. Nunca insistirei o bastante para recordar que e escola de arte pública, como lugar para a educação do artista, é uma inovação do século XIX”.   (Pevsner, 1982: 118/9)

ESTADO:  homem contém o germe do Estado. Toda nação tende a um Estado. Funde os sujeitos indivíduos apesar das múltiplas diferenças. O Estado provoca amor ou horror; o primeiro gera o monstro frio, o segundo o reduz a algumas funções. (Foucault, 1995: 292). O Estado  é que faz a nação e não a nação o Estado. (Hegel, 1980: 133) A ênfase em um desses polos cria a sístole e diástole nacionais. A Primeira República  coloca a ênfase na Nação. Depois da Revolução de 1930 o enfoque é sobre o Estado intervencionista ( Buzzar, 1997: 129).
ESTADO INDUTRIAL: na medida em que processos servem de modelo ao homo faber na época moderna, o Estado é reinventado para dar  uma forma a esses modelos dos processos. (Arendt, 1983: 375). “Na época em que os fins sociais são preponderantemente econômicos, em que se organiza, de maneira científica a produção e o pragmatismo industrial é levado a limites extremos, assinala-se à função do Estado, antes e acima de tudo, como elemento coordenador, desses múltiplos esforços, devendo sofrer, por isso, modificações decisivas.”  (Getúlio Vargas, 1931:10).

ESTADO PATRIMONIAL: “A realidade econômica, com o advento da economia monetária e a ascendência do mercado nas relações de troca, dará a expressão completa e este fenômeno, já latente nas navegações comerciais da Idade Média. A moeda – padrão de todas as coisas, medida de todos os valores, poder sobre os poderes – torna esse mundo novo aberto ao progresso do comércio, com a renovação das bases de estrutura social, política e econômica. A cidade toma o lugar do campo. A emancipação da moeda circulante, atravessando países e economias até então fechadas, prepara o caminho de uma nova ordem social, o capitalismo comercial e monárquico, com a presença de uma oligarquia governante de outro estilo, audaz, empreendedora, liberta de vínculos conservadores” (Faoro, 1975: 15) Na lógica taylorista  Faoro também registrou (1975: 85) que “o Estado se confunde com o empresário, o empresário que especula, que manobra os cordéis do crédito e do dinheiro, para favorecimento dos seus associados”.

ESTAMENTO. “Primariamente uma camada social e não econômica, embora possa repousar, em conexão não necessária real e conceitualmente, sobre uma classe. O estamento político constitui sempre uma comunidade, embora amorfa: os seus membros pensam e agem conscientes de pertencer a um mesmo grupo, qualificado para o exercício do poder. O estamento supõe distância social e se esforça pela conquista de vantagens materiais e espirituais exclusivas.  Os estamentos governam, as classes negociam. Os estamentos são órgãos do Estado, as classes são categorias socais (econômicas)” (Faoro, 1975: 46/6)

ESTRANGEIRO. “ é o que vem hoje e amanhã permanece”.... (Simmel, 1986: 716-722) “Outra expressão acha-se na objetividade do estrangeiro. Como o estrangeiro não se encontra unido radicalmente com as partes do grupo ou com as tendências particulares, possui frente a todas as manifestações a atitude típica do «objetivo» que não é meramente desvio e falta de interesse, mas constitui  uma mistura ’sui generis’ de distância e proximidade, de indiferença e interesses” (Simmel, 1986:718). No Rio Grande do Sul figura em especial o estrangeiro europeu pelo mito de sua cultura hegemônica que é tomado como juiz do gosto (Durand, 1989: 7)

ESTRUTURA:  um todo não é idêntico a soma das partes que o constituem. (Durkheim, 1983: 129). A estrutura é algo diferente das partes que a compõe. (Piaget, 1983: 38).

ESTUDANTE de ARTE. Olinto de Oliveira escreveu (1912: 40) “o aproveitamento dos alumnos em uma escola de bellas artes, mais do que nas de outros ramos, depende do talento e da aptidão de cada um” ou ‘o estudante está acima de todas as organizações escolares” (in Souza Campos, 1940: 287/8 e 1954: 85).

ETAPAS: “ O dualismo, a visão em etapas do processo econômico e cultural, a rigidez dos conceitos para entender as variações de uma sociedade de massas, que veio a substituir os quadros de oligarquia, não bastam e não  bastaram  para enfrentar  tão complexo tema” (Mota, 1980: 239) ETAPAS diferente de CLASSES.

ETAPAS INSTITUCIONAS limitam-se a divisões e leituras internas de uma determinada instituição em períodos cronológicos distintos, contrapostos como instrumentos de comparação das condições distintas nas Quais a arte se institucionalizou.

ETERNIDADE: a experiência do eterno não pode dar lugar a nenhuma atividade, mesmo ao pensamento, que se torna insignificante diante da infinidade avassaladora da eternidade. A teoria ou «contemplação» designa a experiência da eternidade A sua ruína joga para a eternidade (Arendt, 1983: 56) Diferente de  IMORTALIDADE que é buscada pela polis.

ETHOS, ou seja o hábito (eqwz) dá origem à palavra   ética (hqikh) (Aristóteles, 1973: 267)

ÉTICA: todo ato humano tem sentido na ética na medida em que se cria o mundo com os outros. (Maturana & V. 1996 : 206) Equivale a colocar no centro da reflexão o que o ser humano é capaz e o que o distingue. Essa reflexão deve incluir o outro ara gozarmos uma perspectiva mais abrangente. Essa virtude é adquirida mediante o exercício tal qual sucede coma a  arte. (Shusterman, 1992: 233) Semelhante a ESTÉTICA tanto a arte como a ética possuem o mundo como cenário. Ambas remetem ao «místico». Ambas buscam a felicidade.

EU. Descartes opõe o EU à alma e à pessoa reduzindo as relações entre a pessoa e o EU. (Arendt, 1983: 322)   Não é alienação do EU, mas a alienação em sua relação com o mundo. Olhando os fundamentos do nosso ser vivo podemos observar os fenômenos socais e retornar ao núcleo do EU. (Maturana, 1995: 4 + Habermas, 1973: 56) “A noção de que o pensamento pressupõe a unidade transcendental do EU é tão falha, ontologicamente, quanto a suposição de que a geração de objetos estéticos implica a unidade criativa do sujeito” (Bense, 1975:149) O EU UNO do artista criador foi dissociado por Fernando Pessoa (1888-1935) através dos HETERONIMOS.

EXPRESSÃO. Ao recolher atos e ações de um homem nos surgem a imagem do seu caráter. (Goethe, 1945: 11) A tensão inventiva dos indivíduos ou comunidade face aos constrangimentos, normas e convenções revela o que lhe é possível pensar, enunciar e fazer (Chartier, 1998 : 96 + Pedrosa, 1986: 122)

FAKELORE o falso (fake) preenche a necessidade psíquica nacional numa época de crise e busca instilar orgulho nessa identidade (Oliven, 1992: 23)

FATOS  em si mesmo não tem sentido e são como pedra no caminho. (Veríssimo 1998: 12)

FAZER é determinado pelas categorias do fim e dos meios. O objeto fabricado termina duplamente nele mesmo: o processo se conclui na sua produção e ele apenas existe para esse fim. Deferente de AGIR.

FERRAMENTA permanece à serviço da mão humana e a prolonga. A lógica do seu uso está na lógica humana (Arendt, 1983: 200) Diferente da MÁQUINA  que guia e substitui a mão.

 FILOSOSOFIA e LITERATURA: A filosofia é pois literatura tanto mais que entre as condições da verdade figuram aquelas pelas quais ela é lida: ler tais textos supõe revelar o que nós somos em virtude da nossa leitura (Danto, 1993: 204)

FORÇA: “Coisa assaz curiosa, a violência destrói mais facilmente a potência do que a força, e se a tirania é sempre caracterizada pela impotência dos sujeitos, que perderam a sua faculdade humana de agir e falar em conjunto, ela não é caracterizada obrigatoriamente pela fraqueza e pela esterilidade, ao contrário as artes e os ofícios podem se expandir, se o tirano é assaz «benevolente» para deixar seus súditos tranquilos nos seus isolamentos” Arendt   (1983, p. 263) Diferente de VIOLÊNCIA.

FORMA: a forma é uma noção ambígua nas artes visuais : ela designa ali tanto a configuração do objeto representado como elementos e o sistema do qual se serve para dar conta dos objetos (Wölfflin, 1990:  97).

FRACTAL: curva não mensurável pelo método da retificação. Nenhuma das suas partes é diferenciável. Constitui-se, entre outra propriedades, de uma dimensão não inteira entre 1 e 2. Assim fica entre uma linha e uma superfície. Descoberta em 1903 por Von Koch e redescoberta em 1975 por Mendelbrodt. Na topologia, o desenho do litoral (ex: Grécia) e manchas reproduzem e sugerem essas características. Uso o conceito fractal na  história no sentido de que não existe uma linearidade possível nos fatos observados e que cada fato institucional repete características do todo. (Leygonie, 1994: 142).

FRANQUIA Nas trocas comerciais no mundo capitalismo adiantado poderia ser usado o termo ‘franquia’. Ao se valer do termo contemporâneo ‘franquia’ é possível fazer conexões entre os conceitos atuais, de que é portador esse termo,  com  conceitos e a aplicações bem mais antigas, em especial na Grécia Clássica.  Segundo Arendt (1983, p. 291), “Na República, o rei-filósofo, aplica as idéias como o artesão suas regras e medidas; ele «faz» a sua cidade como o escultor sua estátua; e para finalizar, as idéias na obra de Platão, tornam-se leis que apenas é necessário colocar em prática”. Não se aceita aqui  franquia,,  pois traz a  marca de uma organização concorrencial, enquanto uma instituição possui outra teleologia imanente na concepção de Chaui, (2001 c – p.2).

GÊNÉRO é o que se predica de várias coisas, na categoria da essência, que  apresentam diferenças especificas (Aristóteles, 1973: 14).

GÊNIO: conceito criado pelo Renascimento italiano e que até o fina do século XIX foi o atributo maior do artista. As correntes estéticas do século XX abandonaram essa designação (Arendt, 1983: 271)

HÁBITO: possui a força de mostrar as leis com maior ênfase do próprio seu conhecimento. Em virtude disso qualquer argumentação é derrotada pelo gosto ou inclinação do observador. (Aristóteles, 1973: 243).

HABITUS: princípio gerador e unificador que retraduz as características intrínsecas e relacionais de uma posição, em um estilo de vida unívoca, isto é, num conjunto unívoco de escolhas de pessoas, de bens e de práticas (Bourdieu, 1996b: 158).

HERÓI: em geral não conhecemos quem é, ou foi, alguém. Na maioria das vezes apenas ficamos o  que é ou foi. (Arendt, 1983: 244)

HISTÓRIA: situada entre o tempo que continua e ao mesmo tempo muda gera problemas de investigação. (Bloch, 1976: 30, 60). Pelo fato de sabermos capazes de agir, separar-nos do processo, nos podemos conceber, a história e natureza como sistemas de um processo. Arendt, 1983: 297.) É tal a força da solidariedade das épocas que os laços da inteligibilidade entre elas se tecem verdadeiramente nos dois sentidos. A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja mais útil esforçar-nos por compreender o passado se nada sabemos do presente. (Marc Bloch, 1976, p.42.) A história produz um discurso, mas ao mesmo tempo possibilidade de estabelecer regras permitindo controlar operações proporcionais à produção de objetos determinados. (Chartier, 1998: 104+ Danto, 1993: 192+ Ricœur 1999: 4)

HISTÓRIA da ARTE: a arte é histórica no sentido essencial de que funda a história. (Heidegger, 1992: 62 + Argan, 1992: 40) A História da Arte e a única história do agir humano tanto no aspecto da contemplação como no do trabalho (Belting e Gleizal, 1994: 49 + Chartier, 1998: 99)

HISTORIADOR: o historiador pensa tanto o humano como o tempo. (Bloch, 1976: 29) Prefere falar de logística do que de estratégia (Cabral de Mello, 1995 : 14) . Deve reencontrar as representações na sua irredutível especificidade; para isso depende   do arquivo e das técnicas do seu oficio (Chartier, 1998: 35 e 103) diferente do  Filósofo que renunciou a considerar o devir histórico através das categorias de necessidade e da finalidade

HOMEOSTASE: equilíbrio entre forças contrárias.  Economia: leis da oferta e procura se regulam Letras: Instituir um  novo modelo de relação entre o sujeito e o objeto, entre o autor e o livro, modelo que, integrando de algum modo as condições de receptibilidade do texto fornecesse por si mesmo o principio de sua regulação,, como um homeostato.. A escrita só é possível quando um sujeito a sustenta, ela e as suas consequências. (Compagnon, 1996: 65/9) “Em todas as coisas o meio-termo é digno de ser louvado, mas às vezes devemos inclinar-nos para o excesso e outras para a deficiência. Efetivamente, essa é a maneira  mais fácil destingir o meio termo e o que é certo” ( Aristóteles Ética a Nicômaco , livro II,  1108 23-29  1973 , p. 278).

HOMO ACADEMICUS: pode jogar como profissional porque seu estado assegura os meios de faze-lo na skholé onde pode se envolver em algo fútil para s necessidades primárias. (Bourdieu, 1996b: 206)

HOMO FABER: classifica todas os coisa  entre os objetos de uso. A natureza ganha apenas valor de uso eliminando toda a experiência pura humana (Arendt, 1983: 212) Semelhante ao  animal laborans tenta prolongar a vida tornando-a mais fácil.

IDEIA: para Platão o artesão possui na sua mente a imagem de uma mesa universal que ele realiza no mundo em objetos diferentes. (Arendt, 1983: 229). Uma instituição é tanto mais eficiente quanto mais eficiente for a sua ideia. (De Masi, 1997: 396)  A instituição colocada no lugar da ideia a faz  desdobrar numa rede de fatos sociais, produzindo milhares de ações e de reações. (Chartier, 1998: 31 + Compagnon, 1996: 48)

IDENTIDADE: 1) - a partir da exibição de uma unidade um grupo se atribui a partir do crédito de uma representação ou então a 2) identidade e imposta por aqueles que possuem o poder de classificar, nomear  de definir. (Chartier, 1998: 78) A segunda torna-se perigosa quando os classificados podem usar os índices de sua identidade para se reconhecer como tais (Arendt, 1983: 280 + Buzzar, 1997: 397 + Maturana, 1996: 14)

IDENTIDADE  NACIONAL: o Estado pode absorver   e se recobrir com todas as manifestações culturais da nação (Buzzar, 1997: 397)

IDENTIDADE SOCIAL: cada sistema social conserva a identidade da classe dos seres vivos que a integram, Formigas, artistas, médicos é a identidade conservada nos seres desse sistema social. Podemos ter tantas identidades sociais quantas sociedades às quais pertencemos (Maturana, 1996: 14)

IDEOLOGIA: permite dar a impressão de unidade de interesse de diversos grupos. Mede-se pela sua capacidade de produzir discursos que repercute, no imaginário social. Inclusive permite desqualificar como obsoletos discursos concorrentes (Oliven, 1992: 21).

IMAGEM: desce ao coração da matéria penetrando ali na realidade do mundo. (Goethe, 1945: 11). A imagem possui poder,  pois opera a substituição de uma força exterior na qual uma força não aparece a não ser para aniquilar uma outra força numa luta de morte, signos de força nos quais sinais e índices, que não possuem necessidade de serem vistos, constatados, mostrados depois contados e recitados para que as força, dos quais eles são o efeito, seja acreditada. (Arendt, 1983: 193). A imagem está no lugar de algo que não existe mais no TEMPO presente.( Mazzocut-Mit, 1994: 64) Com a imagem não se discute. (Chartier, 1998: 179)

IMAGINAÇÃO: deve-se submeter ao princípio-cósmico construtivo, ordenador e criador, que lhe permite erguer-se para além do caos desagregador da matéria no estado nascente. (Bloch, 1976: 128) O artista modela através da sua ação o seu próprio potencial criativo para que a inconstância torne-se coerência de imaginação e para que a contradição torne-se contraste sensível ao espírito humano (Mazzocut-Mitt, 1994: 64)

IMANÊNCIA: princípio cuja aplicação se restringe, por inteiro, dentro dos limites da experiência possível. Resistência perene contra Qualquer forma de poder que transcenda o movimento real (Negri, 1995: 7 +Heidegger, 1992: 43 + Marcuse, 1981: 79) Diferente do  MATERAILISMO que não se esgota na imanência pois essa pode ser uma forma de religião interior (Arendt, 1983 :240e 247)  . Distinto da REIFICAÇÃO é um esquecimento( Ferrater Mora, 1994: 1845)

INCERTEZA da HISTÓRIA: é preciso reencontrar a incerteza da história (Ricœur, 1999: 3). Escapar da compulsão à repetição para poder começar o trabalho de recordar (Villar, 1980: 29).

INCULCAÇAO CULTURAL: ato de imposição do arbitrário cultural, criando um habitus secundário após o ato de converter em cultura legítima, através de desvinculação entre o conteúdo e o sentido atribuído arbitrariamente (Chartier, 1998: 79)

INDIVÍDUO:  do mesmo modo que o objeto não é apenas a coisa em relação com outras coisas e, antes e mais nada, com o sujeito que pensa, também o sujeito não é apenas o indivíduo, mas o indivíduo em relação com outros indivíduos  e com as coisas, o indivíduo na sociedade (Argan, 1992: 38).

INDÚSTRIA e ARTE: é necessário colocar a arte na fronteira do que a caracteriza e da indústria. (Gleizal, 1994: 47) Com a era industrial modifica-se a relação entre artista e público. (Bourdieu, 1987:104)  Arte e artista separam-se como ‘obra prima’ e ‘gênio’ (Adorno, 1997: 6)

INFLUÊNCIA: “a noção de influência é inadequada para a história cultural das relações artísticas por seu pressuposto autoritário, pelo nível de generalidade de sua aplicação e por partir de fissura teórica básica: a de levar em conta as condições que operam as relações entre A e B.” (Salgueiro, 1977: 38) “A influência.. embora tenha utilizado largamente e sem dogmatismo como técnica auxiliar, é preciso reconhecer que talvez seja o instrumento mais delicado, falível e perigoso de toda a crítica, pela dificuldade  em distinguir coincidência, influência e plágio, bem como a impossibilidade de averiguar a parte de deliberação e do inconsciente”. (Antônio Cândido in Mota, 1980: 177) Assemelha-se com  COINCIDÊNCIA , com  PLÁGIO e com DELIBERAÇÂO INCONSCIENTE.

INTELECTUAL: é conveniente lembrar-se que durante a História Antiga os serviços «intelectuais» dos escribas, tanto no domínio público como no domínio privado., foram executados por escravos e julgados como tais. É a burocratização do Império Romano, acompanhada pela elevação social e política dos imperadores, provocou uma revitalização dos «serviços intelectuais» (Arendt, 1983:  137) “A intelectualidade não constitui uma classe, mas acaba por plantar seus frutos em campos sociais específicos” (Mota, 1980: 220)

INTELECTUAL BRASILEIRO “A cultura política apresenta múltiplos aspectos, dos quais consideramos três. O primeiro relaciona-se à maneira de definir posição social dos intelectuais. Os critérios de classes ou de estratificação social mostram-se insuficientes para a análise. Convém considerar o lugar que os intelectuais atribuem a si próprios, e àqueles que lhe reconhecem o poder. Durante os dois períodos (1920-1930 e 1930-1945), constatamos que, assumindo uma vocação nacional, os intelectuais conseguiram sr reconhecidos como elite dirigente, desfrutando do privilégio de situar-se, como Estado, acima do social.  O segundo aspecto diz respeito às representações do fenômeno político. Entre 1930 e 1945 alteraram-se muitos dos elementos que determinam essas representações. Entretanto, a constante desconfiança diante dos mecanismos da democracia representativa se traduziu na manutenção do essencial: a busca, dentro do real, de uma unidade anterior a todos os processos de instituição social e que pudesse escorara as formas de unidade da sociedade política. O terceiro relaciona-se às articulações entre o campo intelectual e a esfera política. Uma vez que a atividade intelectual é orientada pela responsabilidade assumida diante do imperativo nacional, em que medida poderiam ambas ser dissociadas? Ou, mais exatamente: seria ainda possível falara num campo intelectual fundado numa lógica interna em funcionamento?” (Pécaut, 1990: 18)

INTELIGÊNCIA: limita-se a julgar (Aristóteles, 1973: 3490 Diferente de SABEDORIA: emite ordens por seu fim é que se deve ou não se deve fazer.

INTERESSE: constitui o que está entre (inter - est) as pessoas e, por conseguinte, as pode aproximar e ligar. (Arendt, 1983: 239).

INSTITUCIONALIZAÇÃO: só os indivíduos agem, dentro ou para, ou através das instituições. É possível constituir uma teoria das conseqüências institucionais. Seria a teoria da criação e desenvolvimento das instituições. (Popper, 1987: 33). A distinção entre a instituição, a sociedade e os seus agentes este explicita no   Livro de Atas nº I do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul os seus fundadores registraram no dia 01.05.1908, a sua preocupação de não confundir  “o que constitui a pessoa jurídica em associação do tipo da nossa, não é propriamente o conjunto dos sócios; é antes o seu patrimônio, o qual no caso ocorrente, será formado pelas doações e liberalidades das pessoas que verdadeiramente se interessem pelo desenvolvimento das artes entre nós”.                                                            

INSTITUTO: unidade universitária agregada a um centro dedicado primordialmente à pesquisa de matéria interdisciplinária (Atcon, 1974: 6)

 INTERROGAÇÃO AXIOMÁTICA: a arte pura leva ao paroxismo tendências de épocas anteriores ao submeter à explicação e à sistematização os princípios próprios a cada tipo de expressão artística (Bourdieu, 1987: 113)

ISOLAMENTO: para o artista consiste em estar sozinho com a ‘idéia’, a imagem mental do objeto futuro. Regula os materiais e não os homens (Arendt, 1983: 215).

LAZER:  inatividade ou atividade sem finalidade (Greenberg, 1996: 480) Diferente do TRABALHO que é uma atividade carregada de finalidade.

LEGITIMAÇÃO: todo ato e produção cultural implica na sua afirmação de pretensão e legitimação cultural. (Bourdieu, 1987: 108)

LEI e PESQUISA ESTÉTICA:  ‘relação entre seres vivos’. Assim Montesquieu interessava-se pelo que faz agir o governo e as paixões humanas que o fazem se mover e não apenas pelos limites e fronteiras. (Arendt, 1983: 249) Platão consta nos Diálogos (1991: 417) que veríamos desaparecer completamente todas as artes, sem esperança alguma de retorno, sufocada por esta lei que proíbe toda pesquisa. E a vida que já é bastante penosa, tornar-se-ia então totalmente insuportável

LIBERDADE:  é força da alma e virtude dos particulares enquanto a SEGURANÇA  é a virtude do governo. (Espinosa, 1983: 55) Etimologicamente liber é cidadão romano apto para se reproduzir. ( Ferrater Mora, 1994 verbete LIBERDADE +LIBER na CULTURA ROMANA  https://en.wikipedia.org/wiki/Liber  + https://es.wikipedia.org/wiki/Liber) O que caracteriza a liberdade não é o constrangimento, mas deliberação. (Oliveira Lima, S/d.: 164 + Arendt, 1983 : 170 + Musse, 1997 : 6) O homem não pode ser livre se não sabe que está sujeito à necessidade (Winkelmann, 1955: 371-6). “A liberação do artista possui com contrapartida natural algumas responsabilidades.” DUCHAMP em 13 de maio de 1960, na Universidade de Hofstra –USA (SANOULLET,1991: 236-9)

LÍDER: é o regente frente a orquestra de competentes professores é capaz  de transformar os conflitos em estímulos para a idealização e a solidariedade.  (Almeida Prado, 1955: 367) O líder fundador é capaz de uma dedicação heroica à instituição. Carismático e competente  acima de qualquer expectativa. Atento em alimentara a memória e a história do grupo. (De Masi, 1997: 20) “Duas coisas são necessárias a uma democracia: públicos articulados e informados líderes políticos que, se não á homens de pensamento, sejam pelo menos razoavelmente responsáveis perante o público informado que exista. Somente quando públicos e lideres são responsáveis e de responsabilidade, podem as questões humanas ser submetidas a uma ordem democrática, e somente Quando o conhecimento tem importância pública é possível essa ordem. Somente quando o pensamento tem uma base autônoma, independente do poder, mas poderosamente ligada a ele, pode exercer sua força no condicionamento dos assuntos humanos”.(Wright Mills, 1975: 410/1).

LIMITE : nosso conhecimento dos fenômenos não está completo até que compreendemos que o  que parecia limite  é apenas transição e imediatamente nos damos conta da relatividade do todo (Worringer, 1953: 129) Segundo Wittgenstein, a linguagem delimita o mundo, e os limites do mundo são os próprios limites da linguagem. Não é possível ir além desse limite para descrever como é mundo, porque também será necessário, então,  descrever como ele não é, e isso é impossível expressar na linguagem (Pasanen, 1994: 51)

LINGUAGEM:  corresponde  e se harmoniza e põe de acordo com a voz do ser, do ente. Esse corresponder é o falar. (Heidegger, 1983: 23) O homem está condenado à linguagem (Barthes, 1967: 9) Operamos em linguagem quando um observador registra que temos como objetos de nossas distinções linguísticas elementos de nosso domínio linguístico.(Maturana & Varela. 1996: 181+  Bloch,1976 + Heidegger, 1983: 23) «O que não poder ser decomposto diretamente, é necessário tentar dissociá-lo indiretamente ou idealmente – quer dizer  elevá-lo ao nível da linguagem – em seguida decompõe-se o fenômeno – a expressão – encontrando-se assim as partes constituintes e sua relação» Novalis, L´encyclopédie, 119 (IV-879)in Recht, 1998: 11) Diferente de  instrumento de expressão.

LINGUISTICA: uma conduta comunicativa ontogenética e que um observador pode descobrir em termos semânticos (Maturana & V. 1996: 180) O nosso instrumental linguístico se enriquece desde que partamos de nossas importâncias e urgência para a linguagem e a palavra e não o contrário. (Gomes, 1979: 62)

LIVRE: a ação do artista não teria nenhum sentido, se não fosse livre. Os homens do poder  podem indicar-lhe o que fazer, mas não podem indicar-lhe a maneira de agir. A arte é um modelo do fazer segundo livres escolhas. (Argan, 1992: 40)

LOGÍSTICA em HISTÓRIA: Os amadores discutem estratégia, mas os profissionais preferem falar de logística, bem se poderia dizer que os historiadores  preferem  falar de documentos, deixando a outros o cuidado de descobrir o sentido da história (Cabral de Mello, 1995: 14).

LUTAS de REPRESENTAÇÃO: colocam a atenção sobre as estratégias simbólicas que determinam posições relativas e que constróem, pata cada classe, grupo ou meio, um ‘ser percebido’ constitutivo de sua identidade (Chartier, 1996: 79).

MANUAIS: truncam a compreensão do cientista a respeito da história de sua própria disciplina e em seguida fornecem um substituto para aquilo que eliminaram. A tradição derivada dos manuais, da qual os cientistas sentem-se participantes, jamais existiu (Kuhn, 1997: 175).

MATERIAL HUMANO: não é metáfora inofensiva. Tratam de modificar o ‘material humano’ como qualquer material. O único resultado é matar o homem como homem (Arendt, 1983: 247)

MATERIALISMO: os homens se revelam como sujeitos mesmo se dedicam apenas em objetivos do mundo e material.. Negar essa revelação é simplesmente carecer de realismo (Arendt, 1983: 240) diferente de  IMANÊNCIA.

MEDIAÇÃO: designa o modo de funcionamento do político na arte política. É um verdadeiro conceito que permite pensar a autonomia de uma arte social e política. Pela mediação, a arte se socializa, mas segundo mecanismos que lhe são próprios. A arte abre-se ao político, mas sem aí se perder, podendo agir sobre o político . (Gleizal, 1994: 48)

MEDIADOR: transporte, redefine, desdobra e pode mesmo trair, enquanto o mediador deixa intacto (Gleizal, 1994: 24+ Ladriere, 1977: 17) Deferente de INTERMEDIÁRIO eu permanece fica externo às relações as partes que trabalha.

MEMÓRIA: as recordações repetidas da mesma coisa produzem o efeito de uma experiência e a experiência quase se parece com a ciência e arte (Aristóteles, 1973: 211) A autêntica utopia baseia-se na memória (Marcuse, 1981: 79) O presente afetivo é bem determinado pelo passado do indivíduo, mas o passado é ele mesmo incessantemente reestruturado pelo presente  (Piaget, 1983 : 231) Diferente da REIFICAÇÃO que petrifica a palavra
MEMÓRIA COLETIVA: está ligada a um grupo restrito e bem determinado e portador de uma tradição, aproxima-se do mito e manifesta-se na ritualização dessa memória (Oliven,  1992: 20)

MEMÓRIA NACIONAL: estende-se à sociedade como um todo e definindo-se como universal. Representa a forma mais completa de uma memória A memória coletiva dos grupos populares é particularizada, ao passo que a memória nacional é universal. (Oliven, 1992: 20) A formação de uma MEMÒRIA NACIONAL foi colocada, em 1942,  por  Mário da Andrade como um dos vetores decorrentes das ideias e ações da Semana de Arte Moderna de 1922.

MENTALIDADE:  é o que escapa aos sujeitos individuais da história porque revela o conteúdo impessoal do seu pensamento. (Chartier, 1998: 38  + Vinci, 1955: 165)

METÁFORA: Os ônibus da Atenas atual são  denominados de metaphorai; os relatos travessam e organizam lugares, selecionam e reúnem num só conjunto, fazem frases e itinerários, são percursos de espaços. (Certeau, 1998: 199)  O real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia (Guimarães Rosa, 1963: 62)

METÁFORA FLUTUANTE: a obra de arte ao atravessar sem linearidade fica ao critério do fluxo da libido e do inconsciente (Marchan Fiz, 1996:245-8)

MÉTODO o que tenciona formular questões deve 1º escolher o terreno; 2º formular e dispor um por um; 3º apresentá-los ao adversário. (Aristóteles, 1972: 243) É absurdo procurar ao mesmo tempo a ciência e o método: nenhum dos dois é fácil de apreender. O rigor matemático é só possível exigir do que não tem matéria (Aristóteles, 1973: 139)

MICRO FÍSÍCA do PODER: a força é camuflada pela violência pontual disseminada nos  interstícios e fractais sociais (Foucault, 1995).

MICRO HISTÓRIA:  a ideia de opor  a micro-história à macro-história não faz sentido e é absurda a oposição entre história social e política. (Ginzburg in Pallares-Burke, 1999: 9) A HISTÓRIA POLÍTICA:  é a área mais promissora da Micro história.

MITO da FALA DESPLOLITIZADA: transforma a história em natureza e contingência em eterna e onipresente. Deforma o que ostenta (Oliven, 1992: 26).  Diante da 1ª Bienal de São Paulo um senador, não se conteve, e exaltou como a maior do Universo “Tecendo considerações, sobre a primeira bienal de arte moderna, que se vai realizar em São Paulo, disse ser a exposição a mais impressionante do governo, que há notícia histórica na América Latina, acrescentando acreditar que será a maior concentração artística, talvez em todo o Universo”.  Diário de Notícias. Porto Alegre. 06.10.1951 (Recorte do Arquivo do IA-UFRGS)

MODERNO. “Em 1997, há muito o momento heróico da sua diferença descolonizadora foi apropriado no momento cínico do mercado objetivamente previsto no ato mesmo da invenção. O ‘moderno’ tornou-se método e pouco sobrou da negatividade das invenções ..O que, supondo-se o monopólio do mercado, viria as ser romanticamente irrisório: Marinetti acadêmico, Duchamp no museu.  A pintura moderna era fundamente paródia. Capturada no museu, no mercado o nos media, tornou-se autoparódica, pois monumentalizada como classicismo da destruição de monumentos”. (Hansen, 1998: 34)

MODO de PRODUÇÃO ERUDITA: inclui além da cultura feita também a produção de agentes capazes de reproduzi-la e renová-la (Bourdieu, 1987: 117)

MORTE: levar a sério a morte como consciência do limita da vida e um dever moral, pois a morte não é  um prolongamento da vida. (Bobbio, 1997: 4) No fundo da cada obra clássica encontramos o pensamento da vida enquanto em cada pintura ou escultura informal  encontramos a morte. (Argan, 1996: XXIII). A essência humana – a essência de quem alguém é – só começa a existir quando a vida se vaia, não deixando atrás dela senão na história.  (Arendt, 1983: 253)

MOSTRAR: ‘o que se exprime por si mesmo na linguagem não o podemos expressá-lo por meio da linguagem’, o que eqüivale a afirmar, ‘o que se pode mostrar não se pode dizer’...Mostrar pertence a outras categorias de conceituação; não é fixado pelo esqueleto lógico; sua estrutura já não é intrinsecamente linguagem. Se ‘mostrar’ significa, com efeito, ‘expressar-se espontaneamente’, é do domínio ainda intrinsecamente  psicológico , isto ~e, da expressão. Esta efetivamente surge, Quando da organização das partes sensoriais do todo perceptivo aparecem. Espontânea ou ingenuamente, com caracteres distintos dos dados sensoriais e físicos mensuráveis. (Pedrosa, 1986: 122).

MOVIMENTO: Para a cultura brasileira cabe a crítica de que as ações eufóricas não vão além de ‘movimentos’ com grandes dificuldades para se institucionalizar até pela descrença nas próprias  instituições. (Vilhena (1997: 213)

MUDANÇA: faz parte das estruturas das instituições duradouras seja através de mutações radicais ou lentas assimilações de ações fecundadoras  modificando as situações de trabalho e de realizações da instituição (Barata, 1997: 389)

MUNDO: fabricamos a objetividade do mundo com o que a natureza nos oferece. (Arendt, 1983: 188). Construindo o mundo podemos olhar  a natureza como alguma coisa ‘objetiva’. (Schiller, 1963: 117)
NAÇÃO: comunidade de sentimentos que normalmente tende a produzir um Estado próprio (Oliven, 1996: 15)

NACIONALISMO: para os que se vêem privados de qualquer identidade social, o proto-fascismo diz que seu único privilégio é trem nascidos no mesmo país. (Eco, 1995: 9) Nacionalismo não é o que parece, nem, acima de tudo, o que parece a si mesmo. (Oliven , 1992, p: 15, 20). As culturas que ele reivindica defender e reviver, são freqüentemente suas próprias invenções e modificadas a ponto de se tornarem irreconhecíveis  ( Buzzar, 1997: 397).O significado histórico decadente do nacionalismo atualmente é ocultado, não apenas pela expansão das agitações étnico-linguísticas, mas também pela ilusão semântica que deriva do fato de que todos os Estados são hoje “nações” em termos oficiais, embora muitos deles não tem nada em comum com o termo “Estado-nação” possa significar..” HOBSBAWM (1990: 202)


NATUREZA: “A natureza é o que do ser é rigorosamente normal” “ A natureza é a normalidade recorrente. Assim o ser-natural realiza uma estabilidade, um equilíbrio maximal entre a apresentação e representação (+), entre presença (+) e a inclusão (+) entre situação (+) e o estado da situação(+)” (Badiou, 1996: 109) A razão exige a unidade como tal, isto é o genérico, enquanto a natureza solicita a variedade e a individualidade, e assim, cada uma delas procura chamar a si mesmo o homem. Perante o conflito entra duas forças cumpre a educação estética impor-se como mediadora, porque o seu fim consiste, segundo Schiller, em conferir às inclinações, tendências, sentimentos e impulsos, uma formação que as leve a participar na razão de tal modo que a razão e a espiritualidade ficam despojadas do caráter abstrato, para se unirem a Natureza como tal, e da carne e do seu sangue se enriquecerem Gele, 1980 : 133 “Porque se compreende a natureza por fora: E não se compreende  por dentro; Porque a Natureza não tem dentro; Senão era a Natureza” (Fernando Pessoa, 1985: 64-5)

NARRAÇÃO e HISTÓRIA: a compreensão da história é construída na e pela narração. Coloca como central a possibilidade de inteligibilidade do fenômeno histórico a partir da localização dos seus traços acessíveis. (Chartier, 1998: 246).

NOMOS vem do grego nemein que significa repartir o que se possui e residir. Em latim, lex,  indica relação entre homens. (Arendt, 1983: 104) O nomos, que a arte obedece, é a negação da realidade estabelecida. (Marcuse, 1981: 79).

NORMA vem do próprio processo pelo qual a ciência se constitui em seu devir histórico. Se pode falar de norma porque esse processo é por si mesmo indicativo e indica o movimento que poderá prosseguir. Bruyne, 1977 : 13 e 16) O procedimento científico é ao mesmo tempo aquisição de um saber, aperfeiçoamento de uma metodologia e a elaboração de uma norma. (Bourdieu, 1987: 103).

NÔRMICOS republicanos que eram favoráveis à origem do programa republicano ( manifesto de 1870 de ITU: S.Paulo) e contra os ‘desvios’ de Júlio de Castilhos (Fernando O’Donnel)

OBJETIVAÇÃO: é o conjunto dos métodos e das técnicas que elaboram o objeto de conhecimento ao qual se refere a investigação.  A ciência não pode atingir as coisas, mas constrói, manipula, realiza, rediz os fatos, os acontecimentos efetivos que não existem fora das proposições que os exprimem. O que é próprio de toda operação de sentido, de linguagem (Bruyne, 1977: 51)

OBJETO não é apenas a coisa, mas a coisa em relação com outras coisas e em especial com o sujeito que pensa que não é apenas o indivíduo, mas o indivíduo em relação com os outros indivíduos e com as coisas, o indivíduo na sociedade. (Argan, 1992: 38  + Arendt, 1983: 194). Diferente de COISA

OBJETO PERCEBIDO: é o que se dá aos sentidos, sob a forma de imagens. Objetos percebidos são os efeitos supostos dos objetos reais latentes. (Bruyne, 1977: 51).

OBRA: é a atividade que corresponde a não – naturalidade da existência humana. A produtividade específica da obra reside menos na utilidade que na capacidade de produzir a durabilidade. Arendt, 1983 : 41 e 289) Existem coisas feitas pela mão humana numa indiferença tão elevada e de uma cumplicidade tão muda como as coisas da natureza: são as obras de arte. (Lemagny, 1992: 13) Produzidas numa esfera específica, num campo que possui regras, concepções, hierarquias, as obras escapam e tomam densidade, peregrinando, muitas vezes na longa duração, através do mundo social. São uma fonte para pensar o essencial: a construção do vínculo social, a consciência de si mesmo, a relação com o sagrado (Chartier, 1998: 98).

OBRA de ARTE é uma posse durável e duradoura do objeto artístico e que consegue fixar, de alguma forma, o encantamento fugidio que nos mostra e nos faz acreditar naquilo que não reside nos objetos e nem nos sentidos. Mazzocut-Mit, 1994 : 60 + Moulin, 1985 + Belting in Gleizal, 1994: 49) Interpretando Wittgenstein Reguera afirma (1994, p.137) que “A obra de arte é um objeto liberado, sereno e feliz, que resplandece sobre o panorama do universo inteiro distanciado de todas as viscosidades de sua espessura fática. A obra de arte é uma ficção e uma ficção é uma projeção do real no mítico, que dizer , do temporal no eterno”. Semelhante à OBRA INSTITUCIONAL.

OBRA de ARTE e AUTONOMIZAÇÃO: mais que o artista é obra da arte que se emancipa. (Brecht, 1998: 8) A autonomia da obra de arte irá do seu caráter funcional de objeto de culto, fazendo-a entrar na economia de mercado, subindo ao estatuto de objeto  de coleção particular e num terceiro momento, como obra de arte, se destina à coleção pública, à instituição patrimonial e ao museu (Pedrosa, 1986: 17).

OBRA de ARTE e HISTÓRIA: a obra de arte é um documento histórico na medida em que revela a sua historicidade do homem com a sua  visão limitada do mundo e sua gama limitada de expressão. O ser humano, pela apropriação artística do mundo, não perde o contato com ele mas o contrário, faz-se o seu testemunho. (Gleizael, 1994: 49) É o produto de uma negociação entre um criador, as instituições e as práticas da sociedade (Chartier, 1998: 97).

OBRAR: possui um final Quando o objeto está acabado, pronto para fazer parte do mundo dos objetos. (Arendt, 1983: 144/5) O que distingue o pior arquiteto da melhor teia de aranha é que o arquiteto ergue  a sua edifício na imaginação. (Argan, 1992: 40) A arte é o único trabalho puro que se efetua na realidade, mas sem contradizer e destruir o seu significado, sem usar a violência contra ela (Eco, 1995: 7) Diferente TRABALHAR que não tem fim a não ser na morte do organismo.

OBSERVADOR: designamos como linguística a uma conduta comunicativa ontogenética, quer dizer, a uma conduta se dá um acoplamento estrutural ontogenético entre organismos, e que um observador pode descobrir em termos semânticos (Maturana Varela, 1996: 180)

ÓCIO: a era industrial aboliu as relações antropométricas e da natureza introduziu medidas abstratas.( Kuhn, 1997: 130)A arte pode devolver  as medidas naturais ao homem. Mas será como escolha disponível transformar o lazer em ócio cultivado como valor  (Aristóteles, 1973: 212)

ONIPOTÊNCIA: depende de acordos incertos (Arendt, 1983: 40) POTÊNCIA: no acordo social possível.

ONTOLOGIA: Foucault destaca três ontologias históricas: - do conhecimento: verdade que nos permite ser sujeitos - do poder: sujeitos agindo sobre os outros - da ética:  agentes da ação ética (Chartier, 1996: 206).

ORTODOXIA: a linguagem de exclusão vale-se em geral da pretensão à ortodoxia (Bourdieu, 1987: 108).

PADRÕES CULTURAIS: sobrevivem enquanto permanecem as condições de origem. Para expressar novas condições alteram-se. (Oliven, 1992: 266)

PALAVRA: (lexis) adere mais estreitamente a verdade do que a praxis, segundo Platão. A afinidade entre a palavra e revelação é mais  íntima entre a ação e a revelação.( Arendt, 1983: 235 e 266) ‘Quem é você?’ supõe o ato primordial tanto da pergunta como da resposta. Eco, 1976: 228 Por quê uma palavra ganha os favores da moda? (Bloch, 1976: 144 + Aristóteles, 1973: 19)

PARADIGMA: realizações científicas universalmente reconhecidas que durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência. Os cientistas comportam-se muitas vezes de tal forma que nem  a pergunta nem a resposta são relevantes. (Kuhn, 1997: 13, 66 e 71)

PARADIGMAS CONCORRENTES: dois paradigmas que lutam pela adesão da comunidade científica. As diferenças são necessárias e irreconciliáveis ( Kuhn, 1997: 137 e 184).

PARES CONCORRENTES: existe apenas na relação circular de conhecimento recíproco entre artistas, escritores e eruditos (Bourdieu, 1987: 108)

PÁTRIA: tende a reconhecer a legitimidade das demais pátrias (Vital, 1997: 8) Diferente de  NAÇÃO que  tende a excluir outras nações.

PENSAMENTO: função do cérebro (Arendt, 1983: 400) Não há nada que esteja em nosso poder exceto os nossos pensamento (Descartes, 1983: 43) Diferente de  CÁLCULO que  reduz a função do cérebro à lógica das máquinas.

PENSAR: não possui finalidade, nem objetivo fora de si mesmo, nem produz resultados. Manifesta-se na arte e na filosofia Arendt, 1983 : 226) Diferente de  CONHECER que: persegue um fim definido. Manifesta-se nas ciências.

PERIFERIA: manifesta-se na curiosidade pelo estrangeiro gerando a ‘síndrome da periferia’. (Burke, 1997: 7) Interessa apenas a teoria mais recente e estrangeira da qual saltam ‘magos exóticos’ trazidos pela classe dominante. (Durand, 1989: 107 + Zílio, 1997: 239) É possível captar com maior eficácia o poder nos seus extremos do que no centro hegemônico. (Foucault, 1995: 182)

PESQUISA ESTÉTICA busca a  coerência entre o TEMPO (Zeitgeist), a SOCIEDADE (Volksgeist)  e o LOCAL GEOGRÁFICO (Weltgeist) dos quais a obra de arte é documento e expressão. A PESQUISA ESTÉTICA é diferente da ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA. As artes visuais do Rio Grande do Sul tiveram, ao longo dos quinze últimos anos do século XX e dos primeiros anos do século XXI, uma massiva atualização estética, intelectual e técnica. No entanto a pesquisa estética, intelectual e técnica não acompanhou este ritmo. Esta dessincronização é índice de uma profunda  heteronomia estética, intelectual e tecnológica.

PODER: Para Foucault (1995: 183) o poder “não é algo que se possa dividir entre aqueles que o possuem e o detêm exclusivamente e aqueles que não o possuem”. Nessa concepção Chartier (1996: 206) resume o pensamento de Foucault onde “destaca três ontologias históricas: - do conhecimento: verdade que nos permite ser sujeitos; do poder: sujeitos agindo sobre os outros; da ética: agentes da ação ética”.  É possível inserir a competência das expressões de autonomia da arte no triângulo do poder proposto por Foucault (1995: 180). Nesse triângulo existe um saber próprio da arte (conhecer), presente nas suas manifestações, cujas exigências  respeita e pelas quais é respeitada (potência). Essa potência ao se constituir uma instituição encontra um sistema normativo (direito). Esse sistema normativo  estabelece o limite da autonomia que favorece a reprodução da competência que esse limite encerra, distinguindo da soberania.

POLÍTICA e ARTE a dissociação entre a cultura e os seus suportes Mota registrou (1980: 268/9) são dissimulados no Brasil  pois “na cultura brasileira(...) a consciência cultural nunca incorporou sistemática e criticamente a implicação política de sua própria existência, e por esse motivo pouco auxiliou na elaboração e adensamento de uma consciência social”.   

POLO EPISTEMOLÓGICO:  exerce função de vigilância critica. Renova a ruptura dos objetos científicos com os do senso comum (Bruyne, 1977:  35).

POLO MORFOLÓGICO:  enuncia as regras de estruturação. Coloca em rede um espaço de causação seja como modelos ou simulacros (Bruyne, 1977: 35)

PÓLO TÉCNICO:  controla a coleta dos dados para confrontá-los com a teoria que os suscitou. Sozinho não garante exatidão (Bruyne, 1977: 36).

PÓLO TEÓRICO:  guia a elaboração das hipóteses e construção dos conceitos. Propõe regras de interpretação dos fatos e definição das soluções provisórias dadas aos problemas. Determina o movimento das conceptualizações. (Bruyne, 1977: 35).

POPULAR:  é um falso problema. Importa identificar a maneira na qual práticas, representações ou produções, cruzam-se e envolvem diferentes figuras culturais. (Chartier, 198: 54).

POSIÇÃO:  importa a relação entre o criador e o observador (Eco, 1995: 7).

PÓS-INDUSTRIAL: importa reorganizar o tempo livre, a atividade artística e científica. Rever as estruturas e funções dos grupos empenhados no trabalho idealizador. Quando tudo possui máxima precisão, importa a aparência e a coerência das formas adequadas ao humano. (De Masi, 1997:  18, 165 e 200)

POTÊNCIA: assegura o existência do domínio público. Eqüivale a dynamis (grego), potentia (latim) e Macht (alemão). (Arendt, 1983: 260)

PRIMITIVO: a pesquisa eficaz começa raramente antes de a comunidade ter adquirido respostas seguras (Kuhn, 1997: 23)

PRINCÍPIO UNIFICADOR: a produção intelectual e artística é determinada pelos diferentes sistemas de tomadas deposições culturais e transformação que ocupam no sistema (Bourdieu, 1987: 99)

PROCESSOS: os processos, e não as idéias, modelos e formas das coisas futuras, servem de orientação às atividades do homo faber da época moderna (Arendt, 1983: 375) Processo diferente de IDÉIA.

PROCESSO CIENTÍFICO: os pesquisadores estão na base de um processo científico, armados com a metodologia, os filósofos estão no fim das pesquisas para analisar seus produtos, seus resultados (Bruyne, 1977: 43) PESQUISADOR   & FILÓSOFO

PROCESSO CIVILIZATÓRIO: a grandeza, a eficácia e a modernidade de uma instituição não são somente um êxito interno restrito, mas trata-se sobretudo da colocação em movimento das realidades da sociedade em que ela se formou e na qual procura agir e produzir valores úteis e vetores de conhecimento (Barata, 1997: 389 + Marques dos Santos,1997: 132)

PROCESSO de DIFERENCIAÇÃO: pelo fato de sermos capazes de agir, podemos nos conceber distintos, ao mesmo tempo que a história e a natureza como partes do processo (Arendt, 1983)

PRODUTIVIDADE POTENCIAL: dos senhores era possível graças a consumação sem esforço que era realizado pelos escravos, servidores e os domésticos (Arendt, 1983)

PROFETA: instaura a revelação original. O divino é a nascente do poder. Para que as verdades supremas sejam obedecidas deve materializá-las em sinais e figuras. (Argan, 1992: 39) Diferente de   SACERDOTE: mantém a revelação. Ministro das verdades supremas. Max Weber distingue (1992 : 369)  “o sacerdote reclama autoridade por estar a serviço de uma tradição santa; enquanto isso, o profeta se apoia na revelação pessoal ou na lei”.                                                

PROGRESSO: “Para Schwarz, progresso técnico e conteúdo social reacionário às vezes andam juntos, e aí poderá estar a raiz do desvio. Conforme a vertente escolhida, se desembocará na integração capitalista – ou na sua negação (Mota, 1980: 246)

PROJETO é um pressuposta da ação artística. É uma finalidade da ação, que realizando-se no presente, assegura um valor permanente histórico. Fundamenta a ideia da ação histórica. (Argan, 1992: 23)

PROJETO CIVILIZATÓRIO  o partido estético adotado pela Academia (Imperial de Belas Artes), os vínculos com o classicismo e a experiência artística e cultural de seus integrantes estarão diretamente imbricados com o problema da construção da civilização no Brasil da primeira metade do século XIX, onde a institucionalização dos Estado autônomo compreendia, na contrapartida da afirmação política, uma espécie de missão civilizatória (Marques dos Santos,1997: 132)

PROJETO e ARTE. Argan enfatiza (1992: 23) que o projeto  “fundamenta a idéia da ação histórica”. Projeto civilizatório para Marques dos Santos (1997: 132)  “compreende, a contrapartida da afirmação política da institucionalização dos Estado autônomo, uma espécie de missão civilizatória”. Enquanto Chaves de Melo distingue (1974: 25)  cultura de civilização, onde, civilização supõe instituições. Estuda-se pois o Instituto de Artes como uma instituição conectada a outras instituições que por sua vez pertencem a um projeto civilizatório. Bulhões  argumenta (1992, p. 58) que “na sociedade brasileira, onde tudo parece estar por ser feito, a recorrência a projetos modernos enunciados como ideais, já é uma tradição. A cada projeto sócio-econômico e político corresponde um projeto estético a ele articulado num processo de mútuo reforço”.

PROPAGANDA e ARTE: as opiniões sobre  arte americana,  mesmo na Europa,  são frutos do marketing, conforme Monnier (1995: 329), pois  “as opiniões que de repente tornaram-se favoráveis, não foram possíveis, a não ser pela propaganda dos Estados Unidos, que sobre o terreno da Guerra Fria, nas instâncias do mercado da arte e da imprensa, sabem organizar e pagar os apoios necessários às manifestações de uma arte moderna americana em Paris”. 

PROPRIEDADE: sempre possuiu caráter sagrado. Diferente da RIQUEZA que nunca foi sagrada (Arendt, 1983: 102)

PROPOSIÇÃO DIALÉTICA: as que se relacionam com a arte porque os homens se predispõe a acreditar nos que a estudaram. (Aristóteles, 1973: 19).

PROVA em HISTÓRIA: pode ser considerada verdadeira se ela pode ser reproduzida por qualquer  outra pessoa que saiba praticar as técnicas necessárias para circunstância.  Conhecimento histórico é considerado imune as variações ou as singularidades, pois sua verdade é garantida pelas operações controláveis, verificáveis, renováveis (Chartier, 1998: 249).

PÚBLICO:  espaço potencial  da aparência entre os homens agindo e falando (Arendt, 1983: 260).

PÚBLICO de PARES CONCORRENTES: o artista, e mesmo o erudito, escreve não apenas para o público, mas para o público de pares que também são concorrentes (Bourdieu, 1987: 108)

QUALIDADE CARISMÁTICA: o sistema de ensino opera como instância de reprodução e consagração e ao mesmo  tempo, a ação dos mecanismos sociais tendem a assegurar  uma espécie de harmonia pré-estabelecida entre postos e ocupantes (Bourdieu, 1987: 127).

QUEIMANDO ETAPAS: o índio entra num Ford para assistir um filme na vila próxima sem nunca ter andado em carro de boi e  conhecer a lâmpada de petróleo (Roquete-Pinto, 1931: 35)

REALIDADE: um tipo de racionalidade, uma maneira de pensar, um programa, uma técnica, um conjunto de esforços racionais e coordenados, objetivos definidos e perseguidos, é realidade, mesmo que não seja a 'realidade'’ propriamente dita nem  ‘a’ sociedade inteira. (Chartier, 1998: 143)

REDE: as ciências organizativas incluem o distrito, a rede, lobby, manegement by objetives, project work, congresso  permanente. (De Masi, 1997: 18) O importante é que  a pesquisa não leve a isolar um fato ou um grupo de fatos, mas discernir um nó de relações, e que se tenha consciência de que, além da zona iluminada da pesquisa, essas relações se estendem e se ramificam ao infinito, a todas a área ilimitada dos fenômenos artísticos, não importa de que época e cultura. (Argan, 1992: 58).

REDUCIONISMO: impossível reduzir as questões de um problema histórico (Burke, 1997: 7). O reducionismo descamba para  VULGARIZAÇÃO e corre o  risco do ecletismo.

REFLEXÃO: a reflexão fenomenológica exige um esforço constante para uma ‘compreensão’ cada vez mais elaborada do real, compreensão sempre um “vir-a-ser”. (Bruyne, 1977: 77) A arte torna-se um processo sobre o qual é necessário refletir. Ela aparece indissociável de uma epistemologia da criação (Gleizal 1994: 47).

REGIONAL: “Clamar em  países subdesenvolvidos, pelo estudo e conhecimento de sua própria realidade não é, como se pretende fazer crer, freqüentemente, uma atitude retrógrada ou antiinternacionalista ,mas, pelo contrário, a verdadeira atitude internacionalista”.(Gullar in Mota, 1980: 237)

REGRA: deriva dos paradigmas (Kuhn, 1997: 66) Difere dos PARADIGMAS por estes não precisarem ser determinados por regras

REIFICAÇÃO é um esquecimento (Marcuse,  1981: 79)

RELAÇÃO AMBIVALENTE: rotina professoral contra a ambição profética (Bourdieu, 1987: 126).

RELAÇÃO CIRCULAR de REPRESENTAÇÃO RECÍPROCA: o campo de produção erudita contra o campo das instâncias de conservação e consagração.

RELAÇÃO de INCULCAÇÃO:  as instituições possuem a atribuição específica de cumprir uma função de consagração

REPRESENTAÇÃO: a década de 80 desloca a visão compartimentalizada do passado para a abrangência da totalidade, das coisas, objetos, sociedades, pensamentos, representações. (Villlela, 1997: 275)Passa-se da análise das práticas da história ao estudo de suas representações. (Chartier, 1998: 35, 79)

REPRESENTAÇÃO COLETIVA: a realidade é construída por diversos grupos que compõe uma sociedade; uma lei ou posto significa simbolicamente uma identidade e uma maneira própria de ser no mundo; as formas institucionalizadas e objetivas marcam de forma visível e perpetuam a existência do grupo, da comunidade  ou da classe. (Chartier, 1998: 78 e 178  + Argan, 1992: 23)

REPRODUÇÃO: a força da vida é a fecundidade. O ser vivo não foi esgotado enquanto ele providenciou a sua própria reprodução. (Arendt, 1983: 155 e 314) A ‘força do trabalho’ é capaz de criar uma ‘mais valia’. (Bourdieu, 1987: 177). Um além-produto específico da força vital humana. (Maturana & Varela, 1996: 48).

REVOLUÇÃO CIENTÍFICA: um paradigma mais antigo é substituído por um novo incompatível com o anterior. (Kuhn, 1997: 122)

RUPTURA: ocorre quando um paradigma substitui outro contrário ao primeiro. (Kuhn, 1997: 190)

RUPTURA EPISTEMOLÓGICA: para incluir uma obra de arte, que não se inscreve no código pessoal, rompe com o próprio conhecimento, gerando uma oposição dialógica. Essa ruptura é exigência interna da obra. (Bourdieu, 1987: 218) “Aquilo que se chama a «ruptura epistemológica», que dizer, o por- em-suspenso as pré-construções vulgares e os princípios geralmente aplicados na realização dessas construções, implica uma ruptura com modos de pensamento do senso comum, do bom senso vulgar científico” (Bourdieu, 1989: 49) Por tratar-se de uma transição entre incomensuráveis e paradigmas em competição não pode ser feita passo-a-passo.

SABEDORIA em ARTE: o conhecimento científico é um juízo sobre universais e necessárias. (Aristóteles, 1973: 245) A sabedoria nas artes é a excelência, pois o cientificamente conhecido não pode ser objeto de ciência, nem de arte, nem da sabedoria prática. (Bruyne, 1977: 16).

SABER: assimilado ao mandamento anula todas as experiências anteriores enquanto o FAZER é assimilado à obediência (Arendt, 1983: 288 + Schiller, 1963: 12)

SENSIBILIDADE é a obra de arte (Léger,1965) Diferente de INTELIGÊNCIA que é derrotada pela obra de arte.

SENTIDO:  possui um caráter último. Ele é aquilo pelo qual uma vida se perde ou se salva (Ladrière, 1977:  204) Diferente de PROJETO que é sempre de ordem mais ou menos relativa pois ele é o projeto de projetos ulteriores.

SÉRIE entre as unidades de que é composta, não há apenas analogias, mas desenvolvimento ou progressão. Não há explicação sem a constituição de séries de fenômenos, econômicos, políticas, culturais. Sá há história porque certos fenômenos continuam. (Argan, 1992: 33) “A série é uma ordenação seqüencial em que todo o elemento novo é incorporado para ser repetido adiante.. A série é, o meio de construir uma repetição  que nunca é a mesma, porque também implica uma diferença, como um perda ou um desnível do que se repete naquilo que é repetido.  Na sua ordenação seqüencial, a série implica  uma organização do tempo de experiência”. (Hansen, 1998: 113).

SETOR: Congrega duas ou mais áreas afins por sua natureza e os seus objetivos: ex: setor das artes (Atcon, 1974: 5)

SIGNIFICANTE da METÁFORA FLUTUANTE: na obra artística o significante e o significado são assimétricos, isto é não se relacionam de modo linear, não se acoplam como num molde (Marchán Fiz, 1996: 242)

SINCRONIA x DIACRNIA: A SINCRONIA são fatos relacionados uns com os outros do mesmo tempo. Na escavação de um sambaqui os índices e os objetos de cada camada horizontal pertencem à mesma etapa de ocupação deste local e são sincrônicos entre si. Já um poço vertical realiza a diacronia e atravessando vestígios de diversas etapas da ocupação deste local. Os mais superficiais são os mais recentes e os inferiores os mais antigos.

SISTEMA de AÇÃO: compreende as mediações técnicas que permitem dominar o meio social e as mediações sociais através dos quais a coletividade se organiza com vistas a gerir seu próprio destino. (Ladrière, 1977: 17)

SISTEMA de ARTES VISUAIS: conjunto de agentes, instituições e meios que as possuem implantam através de uma teleologia imante para a sua reprodução. Na conotação SEMIOLÓGICA um SISTEMA possui uma entrada, elaboração e uma saída. Remetendo para u SISTEMA de ARTES VISUAIS haveria uma entrada, uma produção e um mercado de arte que consome seus produtos.

SISTEMA de ENSINO: instância qualificada que assegura a reprodução do sistema de esquemas de ação, de expressão, concepção, imaginação, percepção e apreciação disponíveis, objetivamente, num determinada formação social (Bourdieu, 1987: 117)

SISTEMA de EXPRESSÃO: compreendem as modalidades tanto materiais como formas através dos quais as representações e as normas encontram suas projeções concretas ao nível da sensibilidade e graças aos quais os efeitos profundos se exteriorizam em figuras significativas, oferecidas a uma constante decifração. (Ladrière, 1977: 17)

SISTEMA de REPRESENTAÇÃO: conjunto conceituais e simbólicos através dos Quais os diferentes grupos que constituem a coletividade tentam interpretar o mundo e se auto interpretar no qual estão imersos. (Ladrière, 1977: 16) Métodos pelos quais a coletividade se esforça em entender seu conhecimento e seu saber. (Bruyne, 1977: 51)

SISTEMA NORMATIVO:  tudo o que determina valores, sobre cuja base são apreciados as ações e as situações a partir dos quais são eventualmente justificadas as práticas concretas e de outra parte tudo o que determina regras particulares por meio das Quais se organizam os sistema de ação. (Ladrière, 1977: 16) Assim “a destruição étnica do guarani e a imposição da cultura lusa, na sua acepção mais simples, tinham, como finalidade primordial, colocar o `índio missioneiro´ à serviço do fomento econômico de teor mercantil metropolitano português” . (Langer1997 p. 86)

SOBERANIA: pessoas inteiramente livres  e que não estão ligadas a nenhuma promessa e desígnio externa. Essa superioridade provém da capacidade de dispor o futuro como se tratasse do presente: é o alargamento formidável, realmente miraculoso, da dimensão mesma na qual pode haver aí potência eficaz. (Arendt, 1983: 312). Celso furtado escreveu “não é o  fato de que hajam controlado o governo que singulariza os homens do café. E, sim, que hajam utilizado esse controle para alcançar objetivos perfeitamente definidos de uma política. É por essa consciência clara de seus próprios interesses que eles se diferenciaram de outros grupos dominantes anteriores ou contemporâneos”. (Celso Furtado in KLEBER, 1999: 3)

SOCIAL: nunca foi o espaço da realização absoluta das possibilidades mais humanas (Maturana, 1996: XXIII) Diferente do HUMANO o social não permite reconstruir a interioridade humana.

SOCIEDADE de ADMIRAÇÃO RECÍPROCA: os progressos do campo de produção erudita em direção à autonomia caracterizam-se em fornecer uma ‘interpretação’ criativa’ para o uso dos ‘criadores’. (Bourdieu, 1987: 106).

SOCIEDADE de DISCURSO: elaboram uma ética profissional, e uma linguagem comum para os pesquisadores de cada uma das disciplinas (Bruyne, 1977: 32) Sem este espaço comum, sem as regras reconhecidas de um discurso comum, sem aquela parte de nossa identidade, que é comum a todas as pessoas estaríamos falando no vazio (Simmel, 1986: 432). A «república dos sábios» é união semi-estável, semi-ideal, de todas as personagens que coincidem em fim tão geral como o conhecimento e que pertencem aos mais diversos grupos, no que se refere à nacionalidade, interesses pessoais e especiais, posição social etc.. (Hobsbawn, 1999: 52)

SOFISTA:  tem por mira ganhar renome e dinheiro. A sua arte é de fazer dinheiro graças a uma sabedoria aparente e assim tendem para demonstrações aparentes (Aristóteles, 1973: 176)

SUBSUMIDORES EDUCACIONAIS:  elementos compreendido  e incorporado pelo estudante no interior do processo ensino aprendizagem. Conceito desenvolvido pelo educador norte americano David Ausubel.

SUJEITO : a produção não cria apenas um objeto para o sujeito, mas também um sujeito para o objeto. (Marx in Pedrosa, 1986: 119)

TABU: os tabus são feitos para serem violados (Didi-Hubermann, 1995: 20).

TAXIONOMIA das POSIÇÕES CULTURAIS: um valor propriamente cultural atribui marcas de distinções reconhecidas pelo campo culturalmente pertinente e, portanto, suscetíveis de serem percebidos e reconhecidos enquanto tais. (Bourdieu, 1987: 109).

TECNOLOGIA:  age sobre a  arte na medida em que ela produz um mediação e que designa o modo do funcionamento do político na arte política. Gleizal, 1994 : 48

TELEOLOGIA: o termo ‘teleologia’ foi empregado por Wolff para designar a parte da filosofia natural que explica os fins (teloz = fim) das coisas para diferenciá-la da parte da filosofia natural que se ocupa das causas das coisas. Só o nome é novo. A idéia mesma de uma explicação por meio dos fins é antiga. Entre os filósofos gregos podem encontrar-se em Anaxágoras, Platão e Aristóteles. (Ferrater Mora, 1994: 3457)

TELEOLOGIA e ESTÉTICA: “Entre as teorias estéticas teleológicas figuram: – a teoria baseada nas intenções ( e interesses) do artista; -a teoria que explica a gênese da arte como uma atitude fundamental humana e teoria que explica a  gênese da arte como um jogo” (Ferrater Mora, 1994:.3460) “É necessário à perfeita descriminarão prática entre o fim do operário (finis operantis, como dizia a escolástica) e o fim da obra (finis operis): da tal maneira que operário trabalhe pelo seu salário, mas que a obra não seja regulada, formada e colocada no ser como um bem em si e não em consideração ao salário”. (Maritain, 1961: 52) “Consolo-me com a seguinte frase de Degas: Hereusement que moi, je n’ai pás trouvé ma manière; ce que m’embêterais ! É isso mesmo: eu não tenho maneira, eu vou fazendo o que quero, sempre mudando e isso  me interessa. Tanto os acadêmicos como os modernistas vêem a arte em si e a consideram como fim em si mesma. A arte deve ter um “fim”, além de sua técnica e se o “fim” for superior, isto é social ou religioso, então estas palavras: maneira, técnica, impressionismo, academicismo, cubismo, etc., desaparecem. Só fica a “idéia”, o apagamento da alma que sente não vê os meios que a fazem sentir” Carlos Oswald in Monteiro 2000  p. 191 (Monteiro, 200: 191)

TELEOLOGIA IMANENTE:  existe como que um processo de auto-organização, graças ao qual um procedimento de início tateante consegue desenhar de modo cada vez mais preciso seu próprio eixo de evolução (Bruyne, 1977: 13) Há necessidade que um grupo seja unido por  uma TELEOLOPGIA IMANENTE que o sustente ao longo do tempo: “uma estrutura flexível só pode sobreviver no tempo se um grupo relativamente homogêneo  a compreende como a própria base para o seu desenvolvimento” (Souza 1996: 96).

TEMPO e CAPITAL No agir do novo político é necessário, conforme Durand (1989: 161) “observar a lógica do moderno político que apresenta peculiaridades interessantes, sugeridas por Bruand. O uso do orçamento de governo para capitalizar reconhecimento público em uma carreira política individual só ganha sentido se evitar com empenho o risco de a obra ser capitalizada por um sucessor. ´E, portanto a lógica dos gastos das corporações econômicas e das famílias ricas, cujas dotações são mais metódicas e estimuladas por incentivos mais continuados, como os tributários, ou derivados de um gosto que se apurou ao longo de muito tempo e que reponde pela montagem demorada de coleções”.

TENSÃO ESSENCIAL: tal como os artistas, os cientistas criadores precisam em determinadas ocasiões, ser capazes de viver em um mundo desordenado – essa necessidade é a ‘tensão essencial’ implícita na pesquisa científica (Kuhn, 1997: 109 + Perez Hesse, 1994: 18) A importância da descoberta será ela mesma proporcional à extensão e à tenacidade da anomalia que prenunciou (Kuhn, 1997: 130)

TEORIA:  a abordagem ‘histórica’ e ‘teórica’ representam dois polos de vista dissimilares no tocante ao método, mas interdependentes à sua meta última. (Panofsky, 1979: 272) Theoria ou «contemplação», designa a experiência do eterno, diferente de outras que não podem dizer respeito que a imortalidade. (Arendt, 1983: 56) O simples olhar não nos leva a parte alguma. Todo olhar se transforma em considerar, todo considerara em =meditara, todo meditara em relacionar, assim por pouco que olhe com atenção se está em plena atividade teorizante. (Goethe , 1945: 13 +     Pasanen, 1992: 23 + Chartier, 1998: 78 +Feyerband, 1991: 94)

TEORIA PURA de ARTE : devido aos progressos a divisão do trabalho, a diferenciação da obra de arte, como mercadoria e a aparição de uma categoria particular de bens específicos destinados ao mercado, propiciam condições favoráveis a uma teoria pura de arte. Instaurada na dissociação entre arte como simples mercadoria e a arte como pura significação (Bourdieu, 1987: 103).

TESE como suposição em conflito com a opinião geral é um problema (Aristóteles, 1973: 20)

TEXTO e a REALIDADE : constrói-se segundo modelos discursivos e de recortes intelectuais característicos de cada situação da escritura ( Chartier, 1998: 59) REAL:  maneira pela qual se deseja a historicidade de sua produção e a estratégia de sua escritura.

TEXTO e o LIVRO: os autores escrevem  textos (Chartier, 1989: 153) Diferente de LIVRO onde os outros transformam  os textos em objetos.

TIPO IDEAL: quanto mais clara a consciência se pretende ter do caráter significativo de um fenômeno, tanto mais imperiosa se torna a necessidade de trabalhar com conceitos claros, que não tenham sido determinados segundo um só aspecto particular, mas segundo todos (Cohn, 1991: 26).

TIRANIA: Montesquieu compreendeu que a grande característica da tirania é de depender do isolamento – o tirano está isolado dos súditos, os súditos estão isolados uns dos outros, com medo da suspeita mútua. Assim a tirania não é uma forma de governo entre os outros. Ela contradiz a condição humana essencial da pluralidade, do diálogo e da comunidade de ação, que é a condição de todas as formas de organização política. (Arendt, 1983: 262)

TITIVILUS: diabinho que faz cometer erros mínimos num texto ou iluminura. Na Idade Média o mundo era habitado por legiões de diabinhos que se intrometiam em tudo e atormentavam os humanos.           https://en.wikipedia.org/wiki/Titivillus

TRABALHAR: significa sofrimento e infelicidade.  A palavra trabalhar, que substituiu laborar, vem de tripalium, um instrumento de suplício. Em alemão Arbeit era o trabalho do campo, enquanto dos artesões era Werk. O grego distingue ponnein de ergaszesthai, o latim laborare de facere ou fabricare, o inglês labor de work ( Arendt,  1983: 124) O  FAZER é labor, o Werk, fabricare. Na concepção de Maturana (1996: 15) “o trabalho resulta como acordos de produção nos quais o central é produto e não os seres humanos que p produzem.. Por isso as relações de trabalho não são relações sociais o que possibilita substituir o trabalho pelas máquinas. O desconhecimento do processo é vivido como exploração”.

TRABALHO segundo a mitologia ponos saiu da caixa de Pândora, castigo de Zeus contra Prometeu, «o supliciado», que o havia enganado. (Arendt, 1983: 41) “O trabalho resulta como acordos de produção nos quais o central é o produto e não os seres humanos que p produzem.. Por isso as relações de trabalho não são relações sociais o que possibilita substituir o trabalho pelas máquinas. O desconhecimento do processo é vivido como exploração”. (Maturana, 1996: 15) “Schwartz mostra como descolar das afirmações vanguardistas a ideologia segundo a qual a figura do produtor cultural progressista, ‘avançado, seria aquele que produz muito, regularmente e com mercado certo : ‘ Conceba a produção já na forma  de mercadoria, incorpora a ela as exigências da circulação, e não se humilha portanto, pois não há tensão entre os dois momentos” (Mota, 1980: 247) Diferente de OBRA:  ergon é obra de Eris a deusas da luta salutar.

TRANSCENDÊNCIA: se desaparecer a imanência e o mundo dado pelos sentidos, será impossível a transcendência (Arendt, 1983: 272 e 362)

TRANGRESSÃO: abertura de um conflito de uma caminhada crítica (Didi-Huibermann, 1995: 20) Diferente de RECUSA que é o fechamento de uma possibilidade.

UNIDADE: implica na operação de  distinção que a define e a  torna possível. (Maturana & V. 1996: 34) Unidade não pode ser uma unidade de composição, não de integração, mas deve ser reinventada a cada momento na iniciativa sempre renovada da ação (Ladrière, 1977: 204 + Chartier, 1998: 78 + Hegel, 1980: 133)

UNIVERSIDADE: Instituição ocidental clássica que reúne sob diversas formas os diversos sabres eruditos. (Rossato, 1998) A Universidade medieval foi substituída na história moderna por diversos paradigmas. No Brasil ela foi definitivamente adotada e regulada após a Revolução de 1930. (Souza Campos, 1941 e 1954) “A Universidade cresceu, a partir de década de 50, em um sentido que acabou sendo paralelo ao crescimento das grandes instituições empresariais e burocráticas. A divisão de trabalho, a competição em todas as juntas da hierarquia, e um difuso racionalismo técnico, que é a boa consciência do profissional, afastaram-na, em geral, de uma empatia mais profunda com a condição oprimida” ( Bosi in Mota, 1980: XIII) Conforme  Soares e Pinto (1992 p. 35) estavam vivas ainda as recriminações dos positivistas  e “a ‘universidade’ do apóstolo Raymundo Teixeira Mendes (Rio de Janeiro 1882), em que ele se opõe ao propósito de D. Pedro II, da criação de um organismo de ensino superior com características tradicionais, “teológicas-metafísicas” em favor de uma entidade marcadamente social e profissionalizantes”. Max WEBER afirma (1989: 70) em relação à Universidade: “o único elemento, entre todos os “autênticos” pontos de vista essenciais que elas (as universidades) podem, legitimamente, oferecer aos seus estudantes, para ajudá-los em seu caminho pela vida afora, é o hábito de assumir o dever da integridade intelectual; isso acarreta necessariamente uma inexorável lucidez a respeito de si mesmos”. Na França foi colocada em funcionamento a ‘Universidade de Todos os Saberes’,  Yves Michaud apresentou (2000, pp. 98/9) o seguinte balanço, quando “o sucesso ultrapassou largamente nossas  expectativas. Uma média de quinhentas pessoas frequentaram cada dia o anfiteatro  Painlevé do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios, o que levará no final ao total de cento e oitenta mil  ouvintes.  A isto é necessário acrescentar uma média de escuta  na Internet (site: www.telerama.fr) de quinhentas  a mil  pessoas em  cada conferência. O sucesso da publicação das conferências confirma esse grande interesse” . As aulas da Universidade de Todos os Saberes ocorrem todos os dias da semana às 1h30min e sábados, domingos e dias feriados às 11h, no Conservatório Nacional das Artes e Ofícios, anfiteatro Paul Painlevé à rua Saint-Martin,  no 292, 75003 – Paris.  No final as conferencias serão publicadas em quatro volumes  pela editora Odile Jacob

UTOPIA na grande arte nunca é a simples negação do principio de realidade, mas a sua preservação transcendente (Aufhebung) em que o passado e o presente projetam a sua sombra na realização. A autêntica utopia baseia-se na memória (Marcuse, 1981: 79)

VALORES desempenham o papel de sub-sistemas reguladores num sistema cultural. (Ladrière, 1977: 101). Justificam as normas. Inspiram os sistemas expressivos que subentendem as formas simbólicas que lhe servem de mediações sensíveis. (Santos, 1975: 25) Os valores não podem cumprir por si só suas funções na medida em que eles estão unificados num sistema coerente formado por elementos interconectados. Uma perturbação que se produz no sistema de valores, repercute profundamente não só no conjunto da cultura, mas também nas outras instâncias da vida social. (Bourdieu, 1987: 109). O reconhecimento depende “do  valor da obra de arte não é artista, mas o campo de produção enquanto universo de crença que produz o valor da obra de arte como um fetiche ao produzir a crença no poder criador do artista.”. Bourdieu (1996ª:  259). O campo de produção, o artista e a  “a instituição coloca em movimento as realidades da sociedade em que ela se formou e na qual procura agir e produzir valores coerentes com o meio e vetores de conhecimento”. (Mario Barata 1997: 389) .

VALOR de USO: o juiz é o corpo. .Se refere as relações de um objeto com o corpo. Sua função é vital. Os animais avaliam os alimentos (Alves,  1999 : 7) VALOR de TROCA: foram criados para pelas relações econômicas.

VANGUARDA: “O vanguardista está na ponta de qual corrida?” (Schwartz  in Mota, 1980: 245)

VENDETA: uma parte de um cânon de um grupo antigo que permite fazer justiça com as próprias mãos.

VERBO: o ato não toma sentido a não ser  pela palavra na qual o agente se identifica como ator, anunciando o que ele fez, o que ele faz, o que ele quer fazer. (Arendt, 1983: 235)

VERDADE: As disposições em virtude das quais a alma possui a verdade, quer afirmando, quer negando, são em número de cinco: a arte, o conhecimento científico, a sabedoria prática, a sabedoria filosófica e a razão intuitiva. (Aristoteles, 1973: 342 Nem a verdade, nem o rela são dados, que nem um nem outro aparecem tais quais, e que somente a operação sobre a aparência, a suspensão das aparências, pode fazer aguardar um conhecimento verdadeiro. (Arendt, 1983: 245, 351) O historiador tem por tarefa especifica de dar um conhecimento apropriado, controlado, dessa «população de mortes- personagens, mentalidades, prêmios» que são seu objeto. Abandonar esta intenção de verdade, pode ser desmesurado mas seguramente fundador, seria deixar livre a todas as falsificações. (Chartier 1998: 197) A arte visual não pode mentir (Bereson, 1953: 112).

VERDADE & ADEQUAÇÃO: não conhece outra medida que tudo ou nada (Oliven, 1992: 24).

VERDADE CIENTIFICA: não tem mais necessidade de ser eterna, ela não tem inclusive necessidade ser compreensível, nem de convir a razão humana (Arendt, 1983: 364) A VERDADE FILOSÓFICA está quietes com a verdade cientifica.

VERDADE & DESVELAMENTO: as respostas só podem conter mais ou menos verdade, pois aspiram desvelar a natureza de um fenômeno, não estabelecer fatos. (Oliven, 1992: 24) No mesmo tempo que o ato, ação requer a luz, do que se antigamente se denominava, glória, e que apenas é possível no espaço público. Descartes repete: mesmo se não há verdade, o homem pode ser verdadeiro. (Arendt, 1983: 237) A arte faz brotar a verdade. A arte faz surgir, na obra a verdade, a verdade do ente. (Heidegger, 1992: 62). Na história das ideias e das condições nas quais aparecem. (Chartier, 1998: 197) Dar-se a verdade como adquirida, mas também não se pode fazer economia de uma relação com a verdade e do falso. É essa referência, a ordem  da verdade e do falso, que dá para essa história sua especificidade e sua importância.( Chalumeau, 1991: 194 +De Masi, 1997: 355) Decididamente não existe verdade em arte, como o quer o pensamento clássico. Os animais-homens que dançam .bêbados de cor, (na pintura) ‘De todas as cores’  (de Fromager) testemunham que existe o verdadeiro (Danto, 1993: 204).

VERIFICAÇÃO: escolhe, como na seleção natural, a mais viável das alternativas existentes em uma situação histórica determinada (Kuhn, 1997: 185) Todo fenômeno artístico permanece incompreensível para nós, até conseguirmos penetrar na necessidade e na regularidade de sua formação (Worringer, 1957: 15).

VESTIBULAR. A exigência do vestibular para ingresso ao curso superior decorre dos Decretos-lei de  11 de abril de 1931. Em Porto Alegre o estudante da própria Escola de Engenharia ingressava em um dos seus onze institutos e, através deles, passava ao curso superior. “A Escola de Engenharia de Porto Alegre ciosa das prerrogativas asseguradas pela Lei 727, somente sujeitou-se às normas do novo Estatuto das Universidades Brasileiras ao integrar-se na Universidade de Porto Alegre como todos os seus cursos superiores. Surgiram em conseqüência dessa situação, dificuldades para o registro  de diplomas no Ministério da Educação diplomados obrigados a prestar exame vestibular. (Soares e  Silva (1992: 45)

VESTIBULAR nas ARTES: “Os alunos que pretendiam ingressar na Academia precisavam apenas saber ler, escrever e contar, conforme os Estatutos de 1855. A razão, dessas diferenças  está no fato do ensino das belas-artes não garantir aos formandos o privilégio de ocuparem cargos na burocracia do Estado, nem exercerem profissões liberais controladas por entidades corporativas” (CUNHA 1980: 105).

VIDA: é o bem supremo (Arendt, 1983: 397) Diferente de IMORTALIDADE. A VIDA se é dada não vale nada: deve ser conquistada. (Bernardes, 1997: 5) A vida humana distingue o bios do zoe , pode assim ser contada, figurar como praxis e funcionar como uma historia. A vida fácil dos deuses seria uma vida sem vida pois os sofrimentos e o esforços fazem parte da condição humana. (Arendt, 1983: 142) A crença fundamental do caráter sagrado da vida sobreviveu absolutamente intacta, depois da laicização e o declínio geral da fé cristã. (Ladrière, 1977: 108) O ser vivo constitui-se num paradigma por meio do qual o homem tentou compreender-se a si mesmo e o mundo na sua totalidade. (Read, 1986: 3) Mesmo quando ele quer representar  s suas operações próprias, como do pensamento e da linguagem, ele usa a comparação com a vida. Schmid, 1998 : 79 No cerne da vida está o que as vezes é chamado de «dialética», que é simplesmente uma contenda entre as forças positivas e negativas, entre o amor e a morte; e é da tensão criada por esta contenda a que mais vitalidade surge, ou o que é otimisticamente chamado de progresso (Pedrosa, 1949: 165 + Worringer, 1953: 19 + Garritano, 1967: 65)

VISÃO: a que de todos s sentidos, o que melhor no faz conhecer as coisas e mais diferenças nos descobre. Preferimos assim a vista aos demais sentidos (Aristóteles, 1973: 211).

VITA CONTEMPALTIVA: vem da visão prolongada da verdade foi totalmente eliminada pelo fazer e pensar durante o século XVII Diferente  VITA ATIVA: concentra-se sobre o pensar e o fazer.

VOLKSGEIST a dimensão SOCIAL e POPULAR da  história da arte considera a “fortuna do trânsito humano” tanto de quem a elabora, a quem ela expressa. A obra de arte  é testemunho  e expressão física e sensorial do MUNDO HUMANO do qual ela proveniente como do repertório de quem com o qual se identifica.

VONTADE: Ao considerar a história da arte não como uma simples história da capacidade artística, mas coimo uma história da vontade artística, adquire uma significação universal. (Worringer, 1957: 21) A vontade da arte se manifesta em qualquer homem de nossa terra, independente do seu  mediano, seja ele papua ou cafuzo, brasileiro ou russo. Negro ou amarelo, letrado ou iletrado, equilibrado ou desequilibrado. (Pedrosa, 1949: 151)  A investigação histórica admite, desde os primeiros passos, que o inquérito tenha já uma direção. De início está o espírito. Nunca em ciência alguma, foi fecunda observação passiva. Supondo, aliás, que seja possível. (Bloch, 1976: 60).

WELTGEIST na história da arte é o conjunto da sensações de artista e seu observador “UA SENSAÇÃO de ESTAR no MUNDO” As obras de arte são a materialização e a preservação de “ESTAR no MUNDO” Uma arte “sul-rio-grandense” possui  no seu WELTGEIST a distinção de um TEMPO e uma SOCIEDADE cada vez mais homogêneas. Na concepção hegeliana a criatura humana ao contemplar a lua ou as arvores ao seu redor, está olhando, percebendo e monologando consigo mesma. O corresponde à TERRITORIALIDADE. Nas coordenadas cartesianas (X,Y,Z) pode-se associar esta dimensão (Weltgeist)  ao terceiro eixo(Z). O TEMPO (Zeitgeist) pode assumir o papel do (X) e ser associado à linha do tempo ou DIACRONIA.  Enquanto a SOCIEDADE (Volksgeist) pode-se associar a papel (Y) da SINCRONIA  e ao ambiente cultural humano da obra de arte

ZEITGEIST a dimensão do TEMPO na história da arte envolve tanto aquilo que precedeu sua elaboração e seu trânsito pelo MUNDO (Weltgest). Heidegger pesquisou, estudou e entregou um texto filosófico sob o título “SER e TEMPO” denso de significados para a Arte e para os seus observadores   https://en.wikipedia.org/wiki/Volksgeist
JECEK YERKA 2006
FONTES BIBLIOGRÁFICAS GERAIS da TEORIA.
1 ABREU, Regina. A fabricação do Imortal: Memória, História e Estratégias de consagração no Brasil.  Rio de Janeiro:  Rocco, 1996. 235p.

2  ALBERTI, Leon Battista (1404-1472). Da pintura. Campinas: Unicamp, 1992. 161p.

3  ALMEIDA PRADO, J. F. Tomas Ender. São Paulo: Melhoramentos, 1955. p.383.

4  ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo: Cortês Editora.  1984.

5  AMARAL, Aracy Abreu. Arte e meio artístico: entre feijoada e x-burguer (1961-1981)          São Paulo: Nobel, 1983. 428p.

6 ____.  Arte para que?   Preocupação social da arte Brasileira. São Paulo:  Nobel, 1984, 435p.

7 ____. Indefinição a enfrentar e prioridades na pesquisa da arte  brasileira. In Pesquisas em artes plásticas.  Porto Alegre:  UFRGS-ANPAP, 1993. pp 9-16.
 
8 ANDRADE, Mário. (1893-1945) O movimento modernista. Conferência lida no salão da Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores do Brasil no dia 3 de abril de 1942. Rio de Janeiro: Casa do Estudante do Brasil, 1942,  81 p.
9 ____. Curso de Filosofia e História da Arte. São Paulo: Centro de Estudos Folclóricos,1955. 119 f.

10  ANDRADE, Oswald (1890-1954). Pau Brasil. 5ª.ed. São Paulo: Globo, 1991.  145p.


11 ARENDT, Hannah (1907-1975) Condition de l’homme moderne. Londres: Calmann-Lévy 1983. 400p        https://en.wikipedia.org/wiki/The_Human_Condition_(book)

12  ARGAN, Giulio Carlo (1909-1992).   História da arte como história da cidade.   São Paulo:  Martins Fontes. 1992.

13 ____.    Arte Moderna.   São Paulo:  Companhia de Letras, 1996.

14  ARISTÓTELES (384-322). Ética a Nicômano. São Paulo: Abril Cultural1973. 329p.

15 ____. Tópicos.   2.ed.  São Paulo:  Abril Cultural. 1983,  pp.5-156.

16  ATCON, Rudolph P. ATCON e a Universidade Brasileira. (Coordenação de José          Serrano). Rio de Janeiro: Techné. 1974, 322p.


17 AZEVEDO, Fernando.  A cultura brasileira.   5.ed.   São Paulo:  Melhoramentos, 1971.

18  AYALA Walmir A criação Plástica em Questão Rio de Janeiro : VOZES, 1970 283 p

19  BADIOU, Alain.   O ser e o evento.   Rio de Janeiro: Zahar- UFRJ, 1996.  402p.

20  BARATA, Mário «Século XIX: transição e início do século XX» in ZANINI, Walter.         História geral  da arte no Brasil.   São Paulo:  W.M. Salles, 1983.  pp.377-451.

21  BARBOSA, Ana Mae. «Arte educação» in ZANINI, Walter. História geral da arte no         Brasil.  São Paulo:  W.M. Salles, 1983.   pp. 1080 – 1095.

22 ____.  A imagem do ensino da arte: anos 80 e novos tempos.  São Paulo:  Perspectiva. 1991.  134p.

23 ____.O ensino das artes nas universidades. Ana Mae Tavares Basto Barbosa,          Lucrecia D’Alessio Ferrar, Elvira Vernaschi (org) – São Paulo: EDUSP : CNPq, 1993  119p.

24  BARREIRO, José Carlos. « Historiografia e cidadania: a produção do conhecimento numa  ordem patrimonialista». Cultura e cidadania.  Paraná:  ANPUH, 1996. pp. 29-36.

25   BARTHES, Roland.  Système de la mode. Paris: Seul, 1967. 327p.

26  BASTOS, Maria Helena C. «O novo e o nacional em REVISTA do ENSINO do Rio         Grande do Sul:  1939-1942» São Paulo :  USP, 1994. 500 f. (tese).

27  BENSE, Max. Pequena estética.São Paulo:  Perspectiva,1971, 225p+(2.ed. 1975).

28 BITTENCOURT, Gean Maria. A Missão Artística Francesa de 1816. (2a ed) Petrópolis:          Museu da Armas Ferreira da Cunha, 1967, 147p.

29 BLOCH, Marc (1886-1944). Introdução à História.[3ª ed] Conclusão de Lucian FEBVRE -Lisboa: Europa-América  1976  179 p.
30 -------APOLOGIA da HISTÓRIA ou O Ofício de Historiador – Edição comentada por Étienne Bloch – Prefácio Jacques le Goff – Rio da Janeiro: Jorge Zahar 2001 -159 p   ISBN 978-85-7110-609-3

31  BOÉTIE, Etienne 1a.  Discurso da Servidão VoluntáriaTradução de Laymert G. dos Santos.  Comentários de Claude Lefort e Marilena Chauí.  São Paulo : Brasiliense, 1982. 239p

32  BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. 5.ed.  São Paulo: Ática, 1995.

33 BOTH, Agostinho. A criação da Universidade de Passo Fundo. Passo Fundo:           Universidade de Passo Fundo, 1993. 86p.

34 BOURDIEU, Pierre (1930 -2002) Economia das trocas simbólicas. São Paulo: EDUSP- Perspectiva,  1987.  361p.

35 ____.  O poder simbólico.   Lisboa: DIFEL, 1989.  311p.

36 ____.  As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. São Paulo : Companhia das Letras, 1996a. 421p.
       
37 ____. Razões práticas: sobre a teoria da ação.  Campinas: Papirus,  1996b. 231p.
       
38 BRUINE, Paul de Dinâmica da pesquisa em ciências sociais: os pólos da prática         metodológica. Rio de Janeiro: Francisco, 1977. 235p.

39 BULHÕES GARCIA, Maria  Amélia. Artes Plásticas: participação e distinção. Brasil            anos 60/70. São Paulo: USP. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. 1990, 283 f. (Tese).

40 ____. «Modernidade como projeto: mudança e conservação» in  A Semana de  22  e a emergência da modernidade no Brasil. Porto Alegre : Secretaria Municipal da  Cultura, 1992. pp. 58-61.

41 ____. «A pós-graduação e a pesquisa em artes plásticas no Brasil» in Pesquisa em artes plásticas. Porto Alegre : ed. Universidade-UFRGS – ANPAP, 1993. pp. 93-100.

42  BURKE, Peter. A Revolução Francesa da historiografia: a escola dos Annales, 1929-1989. São Paulo : Editora Universidade Estadual Paulista, 1991  154p.

43  CABRAL DE MELLO, Evaldo. A fronda dos mazombos. São Paulo: Companhia das         Letras, 1995. 530p.

44  CARVALHO, José Murilo. A formação das almas: o imaginário da República. São          Paulo: Companhia das Letras. 1990. 

45 CARVALHO, Maria Lúcia. Escola e democracia: subsídio para um modelo de             administração segundo as idéias de Mary P. Follet.  São Paulo: EPU, 1979.  102p.


46  CERTEAU, Michel de.  A invenção do cotidiano.  Petrópolis : Vozes,  1998  2 v.

47  CHALUMEAU, Jean Luc.  Lectures de l’art.  Paris : Chêne, 1991. 293 p.

48 ____.  Teorias da arte: filosofia, crítica e história da arte de Platão aos nossos dias. Lisboa : Instituto Piaget, 1997.  171 p.

49 CHARTIER,  Roger.   Au bord de la falaise:  l´histoire entre certitudes et inquiétude. Paris: Albin Michel, 1998.  293p.

50 CHAUI,  Marilena.Conformismo e resistência.  2.ed. São Paulo: Brasiliense,1987. 179 p.61

____.  «As humanidades contra o humanismo». In Universidade, formação, cidadania.  Gislene Aparecida dos Santos (org) – São Paulo : Cortez, 2001, pp.15-32.

51  CHAVES de MELO. Gladston. Origem, formação e aspectos da cultura  brasileira.  Rio de Janeiro: Padrão , 1974.  277p.

52 CHIPP, Herschel Browning. Teorias da arte moderna. São Paulo: Martins Fontes,1988, 675p.

53  COHN, Gabriel (org) Max Weber (1864-1920). São Paulo: Ática, 1991.167p.

54 COMPAGNON, Antoine.  O trabalho da citação. Belo Horizonte: Editora UFMG.  1996.  115p.

55  CORONA, Fernando (1895-1979. Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241

56  CORRÊA, Norton  F. Batuque no Rio Grande do Sul- antropologia de uma religião afro rio-grandense. São Luís-Maranhão : CA-Cultura & Arte, 2008, 295 p

57 COSTA, Angyone. A inquietação das abelhas: o que pensam e o que dizem os nosso         pintores, esculptores, architectos e gravadores sobre artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Pimenta Melo,  1927.  298p.

58 COUCHOT, Edmond. La techologie dans l’art: de la photographie à la réalité virtuelle.           Nimes: Jacqueline Chambon, 1998.

59 CROCE, Benedetto. Estética come scienza dell’expressione e linguística generale,         Teorie e Storia (9a  ed). Bari: Gius Latezza, 1950, 564 p.

60  CUNHA, Luiz Antônio,  Universidade temporã : o ensino superior da Colônia à Era          Vargas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1980, 295p.
61  DAMASCENO. Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, 520 p

62  DANTO, Arthur, .L’assujettissement philosophique de l’art. Paris: Seul 1993.

63  DE MASI, Domenico. A emoção e a regra: os grupos criativos na Europa de 1850 a 1950.  Rio de Janeiro:  José Olympio, 1997, 419 p.

64  DESCARTES , Renée (1596-1650)  .Discurso de Método.  3ª. ed.  São Paulo:  Abril   Cultural, 1983  p.

65 DIDI-HUBERMAN, Georges. La ressemblance informe : ou le gai visuel selon George Bastille. Paris: Macula  1995  399p.

66  DILL, Aidê Campello. «Diretrizes educacionais do governo de Antônio Augusto         Borges de Medeiros: 1898-1928» Porto Alegre: PUC-IFCH, 1984 240 f.  (tese)

57 - DOBERSTEIN, Arnoldo Walter.   Rio Grande do Sul (1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre : PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999, Tese 377 f. 

58  DURAND, José Carlos, Arte, Privilégio e Distinção: Artes plásticas, arquitetura e  classe dirigente no Brasil, 1855/1985.São Paulo : Perspectiva: EDUSP 1989. 307p.

59 DURKHEIM, Emile (1858-1917). As regras do método sociológico (2ª ed). São Paulo :          Abril Cultural, 1983, pp.71/161.

60  ECO, Umberto .Obra Aberta. São Paulo: Perspectiva, 1976, 284 p.

61 ESPINOZA, Benedictus.  Tratado político. São Paulo : Abril Cultural (Os pensadores),1983.

62 FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro.            Porto Alegre – São Paulo: Globo e USP, 1975.  2v.

63  FAVERO, Maria de Lourdes de Albuquerque.  Universidade e Poder. Rio de Janeiro:         Archimé, 1980. 208p.

64  FEATHERSTONE, Mike. O desmanche da Cultura: globalização, pós-modernismo e         identidade. São Paulo: SESC – Studio Nobel, 1997. 239p.

65  FERNANDES, Florestan Universidade brasileira: reforma ou revolução. São Paulo:  Alfa Omega, 1975, 257 p.

66 FERRATER MORA, Josep (1912-1991)  Diccionario de filosofia. Madrid: Alianza 1994 4 v.

67  FEYERBAND, Paul.  Diálogo sobre o método. Lisboa: Presença, 1991, 139 p.

68 FICHTE, Johann Gottlieb (1762-1814) «Introdução à teoria do Estado» in .Fichte.  2.ed.       São Paulo: Abril Cultural, 1984, pp. 295-313.

61 FREUD, Sigmund.(1858-1939).O mal estar na civilização (1930). Rio de Janeiro: Imago, 1974. pp. 66-150.  (Edição standard brasileira de obras psicológicas completas de Sigmund Freud, v.13)

62 ____. Conferências introdutórias sobre psicanálise: resistência e  repressão. Rio de Janeiro: Imago 1976. 337-354.  (Edição standard brasileira de obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v.16)

63 ____.  Leonardo da Vinci e uma lembrança da sua infância (1910).   Rio de Janeiro : Imago, 1987, pp. 55-124. (Edição standard brasileira de obras psicológicas completas de Sigmund Freud, v.11)

64 ____.  Totem e tabu (1913).  2.ed. Rio de Janeiro : Imago 1995, pp. 13-193  (Edição standard brasileira de obras psicológicas completas de Sigmund Freud ,volume 13)

65 ____. O Moises de Michelangelo (1914).  2.ed.  Rio de Janeiro : Imago 1995. pp. 215-241. (Edição standard brasileira de obras psicológicas completas de Sigmund Freud , v. 13)

66 ____.  Algumas reflexões sobre a psicologia escolar  (1914).  2.ed. Rio de Janeiro : Imago 1995. pp. 243-250.  (Edição standard brasileira de obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v.13).

67  FOUCAULT, Michel.  Microfísica do poder. Rio de Janeiro : Graal, 1995. 295.

68 GANDINI. Raquel Pereira Chainho.  Intelectuais, Estado e Educação: Revista Brasileira  de Estudos Pedagógicos 1944-1952. Campinas: UNICAMP, 1995. 249p.

69 GAUER, Ruth Maria Chittó. A construção do Estado-nação no Brasil: a  contribuição dos egressos de Coimbra . Curitiba : Juruá. 2001. 336 p

70  GENETTE, Gérard.L’œuvre de l’art: la relation esthétique. Paris: Seuil.1997. 293p.

71 GLEIZAL, Jean-Jacques. L’Art et le Politique. Paris: Presses Universitaires de France. 1994.  261p.

72  GOETHE,Johann Wolfgang von.Teoria de los colores.Buenos Aires:1945. 466p.

73  GOMES, Ângela de Castro.(org)  Capanema: o Ministro e seu ministério. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2000. 269 .

74  GOMES, Roberto. Crítica da razão tupiniquim. Porto Alegre: Movimento /UFRGS,            1979, 104p.

75  GREENBERG, Clement. Arte e cultura.  São Paulo: Ática, 1996, 260 p.

76  GUIDO Ângelo (GNOCCHI) (1893-1969). Forma e Expressão na História da Arte. Porto Alegre : Imprensa Oficial  1939 59p.

77 ____. Pedro Weingärtner. Porto Alegre : Divisão de Cultura- SEC/RS –1956, 228 p.


78  GUIMARÃES ROSA, João. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio.         1963.  571p.

79  HABERMAS,  Jorge.  A Filosofia hoje.  Rio de Janeiro: Salvat, 1979. 140p.

80 ____.  Conhecimento e interesse. Rio de Janeiro: ZAHAR,1982.  367p.

81 HEIDEGGER, Martin. (1889-1979) Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Abril  Cultural, 1983,  p. 420.

82 ____.Origem da obra de arte. Lisboa: Edições 70,  1992.  73 p.

83  ____SER e TEMPO. Tradução e organização de Fausto  Castilho (1929- ).- Campinas SP: Editora da Unicamp; Petrópolis, RJ: Edit. Vozes, 2012, 1199 p ISBN 978-85-268-0963-5     http://issuu.com/editoraunicamp/docs/20pp_ser_e_tempo/4

84  HEGEL, George Wilhelm Friedrich. Leciones de Estética. Buenos Aires:  Austral. 1946.
         
85  ____.   Fenomenologia do espírito. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

86  HOBSBAWM, Eric J. (1917-2012). Nações e nacionalismo desde 1780:  programa, mito e realidade Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, 230 p.

87  HOLANDA, Francisco. Diálogos de Roma: da pintura antiga. Lisboa: Sá da Costa,        1955,  158p.

88 HORTA, José Silvério Baia. A Iª Conferência Nacional de Educação ou de como           monologar sobre educação na presença de educadores.in CASTO GOMES, Ângela.  Capanema: o ministro e seu ministério. Rio de Janeiro : Fundação Getúlio Vargas, 2000 . pp.143-172.

89 KANT, Emmanuel (1742-1804). Crítica da razão prática. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d.  255p.

90  KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas.  5.ed. São Paulo: Perspectiva. 1997. 257p.

91  LADRIÈRE, Jean.  Les enjeux de la rationalité: le défi da science et la technologie aux  cultures. Paris: Aubier-Montaigne/UNESCO, 1977. 221p .

92  LANGER, Protásio Paulo. A Aldeia Nossa Senhora dos Anjos: a resistência do guarani  missioneiro no  processo de dominação do  sistema luso. Porto Alegre: EST, 1997, 128 p

93  LAURENT, Jeanne. Arts et pouvoirs en France : 1793 à 1981: Histoire d’une           demission artistique. Paris : C.I.E.R.C.- Université de Saint-Etienne, 1983. 191 p.
94  LAYTANO Dante de (1908-2000). - Festa de Nossa Senhora dos Navegantes Estudo de uma tradição das populações  Afro-Brasileiras de Porto Alegre. Porto Alegre: UNESCO- Instituto Brasileiro Ciência e Cultura- Comissão Estadual de Folclore do Rio Grande do Sul - 6º Vol.  1955, 128 p. il

95  LEFORT, Claude. A invenção democrática: Os limites da dominação totalitária. São         Paulo : Brasiliense, 1983. 247 p.
96     LÉGER, Fernand. Funções da pintura. São Paulo : Difusão Européia do Livro, 1965.

97  LEMAGNY, Jean-Claude. L’Ombre et le temps:  essais sur la photographie commme        art. Paris : Nathan, 1992. 384 p.

98  LEON, Aurora.  El Museu: teoria, práxis y utopia. Madrid : Cátedra, 1995. 378 p.


99  LÜCK, Heloísa. Permanência e Inovação do Ensino: explicações e perspectivas».         Curitiba : Fac. Educação Universidade Federal do Paraná, 1985. 148 p. (Dissertação).

100  LYONS, John. As idéias de Chomsky.  São Paulo : Cultrix, 1976. 121p.

101 MACHADO, Antonio. «De Campos de Castilla» in .Antología poética. Madrid: Alianza. 1995.  pp.31 – 70.

102  MACHADO de ASSIS. Obras Completas. Rio de Janeiro: Aguiar, 1959. III vol.

103  MARCHÁN FIZ,  Simón. La estética en la cultura moderna. Madrid: Alianza     Forma1996.

104  MARCUSE, Herbert. A Dimensão Estética.   Lisboa: Marins Fontes 1981.  92 p.

105  MARITAIN, Jacques. La responsabilité de l’artiste.  Paris: Arthème Fayard, 1961.121p.

106 MARQUES JUNIOR, Rivadavia. «Política educacional republicana: o ciclo da           desoficialização do Ensino» Araraquara: Fundação de Filosofia, Ciência e Letras de Araraquara, 1967. 351 f. (tese)

107 MATURANA R., Humberto (1928-)e VARELA. Francisco(1946-).El árbol del          conocimiento: las bases biológicas del conocimiento humano. Madrid: Unigraf. 1996, 219p.

108 ____.La realidad: ¿objetiva o construida?. Barcelona: Antropos, 1996. 159 p.

109  MAY, Rollo.  La necesidad del mito: la influencia de los modelos culturales en el mundo  contemporáneo. Barcelona: Paidos Contextos, 1992. 297p.

110 MEROT, Alain (edit.) Les conférences de l’Academie royale de peinture et esculpture  au XVIIe siècle. Paris : RNSBA, 1996. 533p.

111  MICELI, Sérgio. Intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945). São Paulo: Difel,  1984. 240 p.

112 ____.Imagens negociadas: retratos da elite brasileira (1920-1940). São Paulo:            Companhia de Letras, 1996,  174p.

113        MICHAUD, Yves. L’artiste et les comissaires: quartre essais non pas  sur l’art         contemporain mais sur ceux qui s’en occupent. Paris: Jacqueline Cambon, 1989.  244p.

114  MONNIER, Gérard. L’art et ses institutions en France: de la Révolution à nos jours.   Paris: Gallimard-Folio-histoire,  1995.  462p.


115  MONTEIRO, Maria Isabel Oswald. Carlos Oswald (1882-1971): pintor da luz e dos           Reflexos. Rio de Janeiro: Casa Jorge, 2000. 229 p.

116  MOTA, Carlos Guilherme. Ideologia da cultura brasileira 1933-1974. Pontos de           partida para uma revisão histórica. 4.ed.  São Paulo: Ática, 1980. 303 p.

117  MOULIN, Raymonde. «L’identification de la l’artsiste contemporain» in  La condition   sociale de l’artiste. Paris: centre Interdisciplinaire d´Etudes et de Recherches sur l’Expression Contemporaine. 1985, pp.121/131.

118 ____.  L’artiste,  l’institution et le marché. Paris: Flammarion, 1995. 437 p.
         
119                   MOULIN, Raymonde et alii .Les artistes: essai de morphologie sociale / par  RaymondeMoulin, Jean-Claude Passeron, Dominique Pasquier, François Porto-Vasquez/ Ministère de la Culture, Centre Pompidou, Centre de Sociologie des Arts. EHESS, CNRS. – Paris, La Documentation Française, 1985.  124 p.

120  NEVES ALVES, Francisco. O discurso político-partidário sul-rio-grandense sob o  prisma da imprensa rio-grandina (1868 1895) Porto Alegre: PUCRS, 1998 Tese.750 f.

121               NICOLET, Claude.L’idée républicaine em France(1789-1924). Paris: Gallimard,1994,528 p.

122  NIETZSCHE, Frederico Guillermo (1844-1900).La génesis da la moral. Buenos Aires:         Tor, s/d, 160 p. e  A gênese da moral (3a. ed). São Paulo : Moraes, 1991. 113 p.

123 ____.«Mas allá del Bien y del Mal» Obras inmortales. Barcelona: Teorema, 1985 pp.1265-1445.

124 ____.Estéticas y teorías de las artes. Madrid: Temas 1999.  241 p.

125 ____. Sobre el porvenir de nuestras escuelas. Barcelona: Tusquets, 2000. 179.      

126  NOBREGA, Vandick Londres. Enciclopédia da legislação do Ensino. Rio de Janeiro:   Revista dos Tribunais. 1952.
.
127  OBINO, Aldo. Notas de arte. Org, Cida Golin.  Porto Alegre : MARGS/Caxias do Sul : Nova Prova EDUCS,   2002, 152 p.

128  O’DONNELL, Fernando. Alguns textos políticos da transição institucional no Rio Grande do Sul (1887-1893) preliminares. Porto Alegre: Metrópole, 1991, 52p

129        OLIVEIRA, Olinto de.  Relatórios de 1909 a 1912 do Instituto de Bellas Artes  do Rio Grande Sul apresentados pelo Presidente Dr.Olinto de   Oliveira. Porto Alegre: Globo, 1912. 41 p. + estatísticas.
    
130  OLIVEN, Ruben George. A parte e o todo: a diversidade cultural no Brasil - Nação.         Petrópolis: Vozes 1992.  143p.

131 ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira & Identidade Nacional. 3.ed. São Paulo:          Brasiliense, 1985. 147p.

132____.   Cultura e modernidade. São Paulo: Brasiliense, 1991. 282 p.


133  PÄCHT, Otto. Historia del arte y metodologia. Madrid: Alianza Forma 1986.  127p.

134 ____.   Questions de méthode en histoire de l’art. Paris: Macula, 1994. 167p.

135  PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. 3a. ed.  São Paulo: Perspectiva. 439p.

136  PÉCAUT, Daniel.  Intelectuais e a política no Brasil: entre o povo e a nação. São Paulo:  Ática, 1990. 335 p

137  PEDROSA, Mário.  Arte: necessidade vital. Rio de Janeiro: Casa do Estudante do          Brasil, 1949. 235p.
        
138 ____.Mundo, homem, arte em crise.  2.ed. São Paulo: Perspectiva, 1986. 323p.

139  PESSOA, ,Fernando. Poemas. 6.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,  1985.  159p.

140  PEVSNER, Nikolaus. Las academias de arte: pasado y presente. Madrid :  Cátedra. 1982. 252p. – (edição brasileira - Academias de Arte: passado e presente. São Paulo, Companhia das Letras, 2005). 

141  PIAGET, Jean (1896-1980)  Epistemologia Genética (2ª ed) São Paulo: Abril Cultural          1983.  294 p.

142        PLATÃO  (427-347) DIÁLOGOS – (5ª ed.) São Paulo : Nova Cultural, 1991 – (Os pensadores)
142b-----------------Diálogos: a República. 23.ed.  Rio de Janeiro:  Ediouro,  1996.

143_____.   La república o el Estado.  Buenos Aires: Espasa-Calpe, 1941. 365p. A REPÚBLICA – Tradução di J. Guinsburg  2º volume . São Paulo : Difusão Europeia do Livro, 1985, 281 p.    

144  PONTUAL., Roberto. Dicionário das Artes Plásticas no Brasil. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 1969,  559 p

145  POPPER, Karl. A sociedade aberta e seus inimigos .(3ª ed.) Belo Horizonte: Itatiaia          1987 2v.

146               PORTANTIERO Juan Carlos(1934-2007).. Estudiantes y Política en América Latina: el proceso da  la Reforma Universitaria (1918-1938). México: Siglo Veintiuno,1978, 461 p.

147               PRIETO, Justo. Sentido social de la cultura universitaria. Buenos Aire: Plantié.1942, 379p.

148                  READ, Herbert .A redenção do robô: meu encontro com a educação através de  arte.   São Paulo: Summus, 1986, 158p.

149              RECHT, Roland. Le texte de l’œuvre d’art la description. Strasbourg-Colmar:   Presse  Universitaire – Musée d’Unterlindem, 1998.

150  REGUERA, Isidoro. El Feliz absurdo de la ética (El Wittgenstein Místico). Madrid:           Tecnos, 1994. 270p.


151  RIBEIRO, Darcy  O processo civilizatório . Rio e Janeiro:  Vozes, 1978.  270p.

152        ----- Universidade necessária.  4.ed.  Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

153  RINESI, Eduardo. «Universidade reflexiva e cidadania crítica» In Universidade,         formação, cidadania. Gislene Aparecida  Santos. São Paulo: Cortez, 2001pp. 87-98

154  ROCHA ALMEIDA, Gen. Antônio da, «Professor Dr. Olímpio Olinto de Oliveira», in          Vultos da Pátria.  Porto Alegre:  1964, v.2.  pp. 233-239.

145  ROQUETTE-PINTO, Edgard « O Ministério da Educação e o Rádio». Boletim do          Ministério da Educação e Saúde Pública.  Rio de Janeiro: Ministério de Educação  e Saúde Pública.  Ano I  , nºs 1 e 2. Jan. a Jun. 1931. pp.35/9.

146  ROSSATO, Ricardo.  Universidade: nove séculos de história. Passo Fundo: EDIUPF,  1998. 235p.

147  RUIZ SILVEIRA, Nadia Dumara. Universidade Brasileira : a intenção da extensão. São   Paulo:  Loyola. 1987. 158p.

148  SANTOS GRACIANI, Maria Stella.  O ensino superior no Brasil : a estrutura de poder na universidade em questão. Petrópolis: Vozes, 1982. 164p.

149              SANTOS, Theotônio dos .Conceito de classes sociais. Petrópolis: Vozes, 1982. 81p.

150  SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par.. Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239

151  SCHAEFFER, Jean-Marie . L’Art de l’Age Moderne. Paris: Gallimard 1992. 444p.

152  SCHILLER, Friedrich (1759-1805) Sobre a Educação Estética. São Paulo: Herder, 1963. 134 p.

153  SHUSTERMAN. Richard. L’art à l’état vif: la pensée pragmatiste et l’esthétique          populaire. Paris: les éditions de Minuit 1992.  227p.
 
154  SIMMEL, Georg  Sociología y estudios sobre las formas de socialización. Madrid:         Alianza. 1986,  817.  2v.

155      SILVA, Pery Pinto Diniz da, et SOARES, Mozart Pereira. Memória da Universidade  Federal do Rio Grande do Sul: 1934-1964. Porto Alegre: UFRGS, 1992, 234 p..

156              SILVA, Úrsula Rosa da - A fundamentação estética da crítica de arte em  Ângelo Guido: a critica de arte sob o enfoque de uma história das idéias.  Porto Alegre: PUCRS: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Tese 2002

157  SKINNER, Burrhus Frederico. Contingências do reforço: uma análise teórica. São        Paulo  :  Abril Cultural, 1980, pp.167/394.

158  SODRÉ, Nelson Werneck. O que se deve ler para conhecer o Brasil. 5.ed. Rio de          Janeiro : Civilização Brasileira, 1976, 393p.

159  SOUSA, Cynthia Pereira de.  Saúde, educação e trabalho de crianças e jovens: a         política social de Getúlio Vargas. In Gomes, Ângela de  Castro. Capanema: o ministro e seu ministério. Rio de Janeiro : Fundação Getúlio Vargas, 2000. pp. 221- 250.

160  SOUZA NEVES, Carlos de.  Ensino superior no Brasil.   Rio de Janeiro : MEC-INEP          4v. 1969.

161  SOUZA CAMPOS, Ernesto. Educação Superior no Brasil: esboço de um quadro         histórico de 1549-1939. Rio de Janeiro: Ministério de Educação, 1940. 611p.

162 ____.   História da Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, 1954. 582p.

163  SOUZA, Pedro Luiz Pereira de.  ESDI: biografia de uma idéia. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1996.  336p.
.
164 SPINELLI, Teniza Esculturas missioneiras em museus do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Evangraf, 2008 105 p.

165  TAYLOR , Frederick Winslow (1856-1915).  Princípios de administração científica.           7. ed.  São Paulo: Atlas, 1980, 134 p.

166  TEIXEIRA,  Anísio. Educação não é privilégio(5ª ed) Rio de Janeiro: UFRJ. 1994, 250 p.

167  TEIXEIRA COELHO NETO, Dicionário de política cultural. São Paulo: Iluminuras, 1997.

168  TOURAINE, Alain.  Crítica da modernidade Petrópolis : Vozes, 1995. 431 p.

169  TARASANTCHI, Ruth Sprung – et alii PEDRO WEINGÄRTNER 1853-1929 um artista ente o Velho e o Novo Mundo. São Paulo : Pinacoteca do Estado de São Paulo 209-2010 -  264 p.  ISBN 978-85-999117-15-6

170      VALÉRY, Paul (1871-1945) Introdução ao método de Leonardo da Vinci (Ed.
                Bilíngüe) São Paulo : Editora 34, 1998 256 p.


171  VILAR, Pierre. Iniciación al vocabulário del análisis histórico. Barcelona : Grijalbo.        1980.  311p.

172  VILHENA, Luis Rodolfo. Projeto e Missão: o movimento folclórico brasileiro 1947-1964.   Rio de Janeiro : Funarte 1997. 332p.

173  VINCI, Leonardo (1452-1519). Tratado de la pintura y del paisage, sombra e luz.         Buenos Aires:  Gil, 1944. 602p.
       
174 ____.   Tratado de pintura. Madrid: Akel, 1993. 508p.

175  WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 5.ed. Barcelona:          Península, 1985. 262p.

176 ____.    Sobre a universidade. São Paulo: Cortez, 1989.  152 p.

177 ____. Economia e sociedade – esboço de sociologia compreensiva. México e  Buenos Aires: Fondo Cultural Econômico, 1992.   1.237p.

178  WINCKELMANN, Johannes Joachim (1717-1768).  Historia del Arte en la antigüedad.   Con un estudio  crítico por J.W.Goethe. Introducción y
traducción del alemán por Manuel Tamayo Benito. Madrid : Aguilar, 1955.  1285p.

179 WITTGENSTEIN, Ludwig. Tractatus lógico-philosophicus. São Paulo: EDUSP 1993.  281p.

180  WÖLFFLIN, Heinrich  (1864-1945)   Enciclopédia Universalis. Madrid: Universalis,          1990, v.23,  p. 874 (verbete Wölfflin).
         
181  WORRINGER,  Wilhelm (1881 - 1965).  Abstraccion y naturaleza.  (1ª.ed. em1908).  México :  Fondo de Cultura   Econômica, 1953. 137p.

182 ____.   La esencia del estilo gótico.(1ª ed. 1911) Buenos Aires: Nueva Visión,   1957. 144p.

183         WRIGHT MILLS C. A elite do poder. 3.ed.  Rio  de Janeiro: ZAHAR, 1975.    421p.

184         ZANINI, Walter. História geral  da arte no Brasil ( org. Zanini) São Paulo: W.M. Salles, 1983, v.2.  1095p.

185  ZIELINSKY, Mônica -  Iberê Camargo- Catálogo raisonné-  volume 1 Gravuras São Pualo: Cosaca Naify, 2006 504 pp. 692 ils - ISBN -85-7503-528-2-
Cara BARER Livro de arte 2006 36 X 36 cm

Artigos em anais e periódicos

186  ALVES, Rubem. « Professor não vale nada»,  in Folha de São Paulo, São  Paulo, ano 79, nº  25.729 cad. Especial,  1999: 7.

187           - ARANTES do VALE, Vanda. «Academia Imperial de Belas Artes – Escola Nacional  de Belas Artes» In. 180 anos de Escola de Belas Artes. Anais do Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : EBA-UFRJ, 1997: 347 – 363.

188  BALBUENO, Luciana Haesbaert «A estética engajada da Horizonte» in Jornal do MARGS. Ano  No 74  Porto Alegre : Secretaria    de Estado da Cultura,  nov. 2001,  p.6
               
189  BARATA, Mário. «Raízes e aspectos do ensino artístico no Brasil». Arquivos da Escola   de Belas Artes. Rio de Janeiro EBA-UFRJ,  Ano XII,  no 12, 1966, pp. 41 – 47. 

190 ____.  «1954: ano-chave da segunda implantação modernizante na ENBA» in. 180  anos de Escola de Belas Artes. Anais do Seminário EBA 180 Rio de Janeiro : EBA-UFRJ, 1997. pp.389-396.

191  BELTING, Hans «Histories d’art  aujourd’hui» in Connaissance  des arts. Paris  nº 561   mai  1999. pp. 24/30.

192  BIANCHI,  Paolo. «Kunst ohne Werk – aber mit Wirkung» Kunstforum international.          Ruppichteroth- D.,  no 152,  Okt – Dez. 2000, pp. 66-81.

193  BOBBIO, Norberto, «Os nervos do pensamento» Folha de São Paulo, São Paulo, ano  77, nº 24.434, 12.01.1997. cad. 5. p.4.

194  BULHÕES GARCIA, Maria Amélia. «Artes plásticas: Participação e distinção. Brasil anos   60/70» Porto Arte. Porto Alegre, v. 3 n.6, dez 1992, 34-41.

195  BURKE, Peter. « Primeiras impressões de um inglês no Brasil» Folha de São Paulo,         São Paulo, ano 77, nº 25.106,  28.12. 1997,  cad. 5,  pp.6/7.

196  BUZZAR, Miguel Antônio «Lúcio Costa, a ENBA e a arquitetura moderna  Brasileira» in 180 anos de Escola de Belas Artes, Anais do Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997. 397/409.

197 CAMPOS, Francisco,. «Reforma do Ensino Secundário: exposição de motivos do decreto. Nº 19.890 de 19.4.1931» in Boletim do Ministério da Educação e Saúde Pública: Rio de Janeiro : MESP, nºs 1 e 2 Jan.Jun. 1931

198  CAPELATO, Maria Helena. « Os intelectuais e o poder no varguismo e peronismo» in História  : questões & debates. Curitiba, vol 13, nº 25, pp. 5/39,  jul/dez 1996. 

199              CHAUI, Marilena, «O enigma chamado Universidade Pública» in Adverso. Porto Alegre :  ADUFRGS- Associação dos Docentes da UFRGS, n° 55, 2000. p.12..

200____.«Todo mundo  tem de viver uma  grande paixão e uma possibilidade de      revolução»in Caros Amigos, São Paulo: Casa Amarela, no  3, pp. 4- 11, abril2001 .

201 ____. «A modernização da universidade».org.br/marilenachaui.htm.  Em 19.09.2001
       
202  CHIARELLI, Tadeu. «A Escola Nacional de Belas Artes vista de São Paulo :          instrumentalizando  a   instituição a partir de um nacionalismo de viés paulista» in 180 anos de Escola de Belas Artes, Anais do Seminário EBA 180, Rio de Janeiro : UFRJ, 1 997. pp. 311/331.

203        CIPINIUK, Alberto. «A pedagogia artística de Lebreton» in 180 anos de Escola de Belas  Artes.   Anais do Seminário RBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997. pp. 47/51.

204  COLI, Jorge. «Elogia das trevas» in O Ensino das Artes nas Universidades. São Paulo :  EDUSP-CNPq, 1993. pp 5, 58.


205                DE DUVE, Thierry «Kant depois de Duchamp» Arte & Ensaios Revista do Mestrado em  História da Arte da EBA. Rio de Janeiro : EBA-UFRJ Ano 5, no 5, pp.125-154, 1998.

206                DENIS, Rafael Cardoso, « A Academia Imperial de Belas Artes e o Ensino  Técnico»  in 180 Anos de Escola de Belas Artes.  Anais do Seminário EBA 180.  Rio de Janeiro:EBA,1997.pp.181/195.

207                DESWARTE-ROSA, Sylvie «Consideration sur l’artiste courtisan et le génie au
XVIe Siècle» in La condition sociale de l’artiste. Paris: Centre Interdisciplinaire d’Etudes et de Recherches sur l’Expression Contemporaine 1985. pp.13/28.

208  DUCHAMP. Marcel “O artista deve ir à universidade?”[1] in SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par Michel Sanouillet Paris: Flammarrion, 1991, pp. 236-239

209  ECO, Umberto, «Um  depoimento autobiográfico» Folha de São Paulo, São Paulo, ano  74,   nº 24.147, 1995. cad. 5 pp. 6/7.

210 FERREIRA, Glória et CARON, Muriel «Reinterpretar a modernidade: entrevista de  Thierry de  Duve a Glória Ferreira e Muriel Caron – Bruxelas 07.02.1997 » Arte    & Ensaios Revista do Mestrado em História da Arte da EBA. Rio de Janeiro: EBA-UFRJ Ano 5, no 5, pp.109-124 , 1998.

211                       GASPARI, Elio «O único banco que não dá certo é o de teses» in Correio do Povo,  Porto Alegre:  Caldas Junior,  ano 107, no 126,  03.02.2002, p.6.

212                   GIANNOTTI, José Artur. «Universidade, Ciência e Civilização» in pp. Estudos e Debatesno 19,  Brasília: Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras. 1990, 41/5.

213  GIRON, Luis Antonio. «Ruína cultural na Paulicéia: o Conservatório Dramático e Musical   de São Paulo experimenta a pior degradação de sua história» Gazeta Mercantil. São Paulo. Ano LXXXI, no 22.109, caderno Fim de Semana, 2001, pp. 1 e 2.

214  GRESPAN, Jorge. «A ineficácia da dialética: Habermas, a esquerda deveria pensar          ´construtivamente»´ Folha de São Paulo, São Paulo, ano 77, nº 25.043, 1997, cad. 5, p. 8,

215  GRINBERG, Piedade Epstein. «A ENBA na imprensa carioca nos anos 40 – A         repercussão dos  embates acadêmicos e modernos» in 180 ano de Escola de Belas Artes. Rio de Janeiro : EBA-UFRJ, 1997, pp. 443-460.

216 GROYS, Boris «Gia Edzegveradze – der Kunstasket» in Lebenskunswerke –          KUNSTFORUM, Ruppicteroth, KÖLN Bb 142. Okt. Dez 1998, pp. 140/7.

217 GUIDO Ângelo (GNOCCHI) (1893-1969). «Pedro Weingärtner, pintor romântico» in Revista do Globo: Porto  Alegre, ano 2,  no  1 (025o fascículo) jun. 1931 s/p.

218 _________.« Um século de pintura no Rio Grande do Sul» in, Enciclopédia Sul-Rio-Grandense.  Canoas : La Salle, 2º vol, pp.115-141.

219_________. Araújo Porto Alegre: o pintor e a personalidade artística. Porto Alegre: Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul/Divisão de Cultura1957 p.29-59.

220  HABERMAS, Jürgen. «Os ritmos diferentes da filosofia e da política» in  Humboldt,          ano 44, nº 78, 1999,    pp.49-51.

221  HOBSBAWN, Eric  «História como correção de mitos nacionais» in  Humboldt. Ano 44, nº 78,  1999,  pp.52-3.

222  JACOBI, Ruggero. Expressão artística. Porto Alegre : Centro de Estudantes Universitários de Arquitetura da UFRGS, 1960, 46 fls.

223  KERN, Maria Lúcia Bastos. «A pintura modernista no Rio Grande do Sul : tradição e          inovação» in Estudos Ibero-Americanos Vol XI. no 2 . Porto Alegre : PUCRGS 1985, pp 13-24.

224 ____.  «A pintura argentina: modernidade e tradição» in Estudos Ibero Americanos Vol. XII nº 1o 1 Porto Alegre : PUCRGS, 1987. pp. 7-18.

225 ____. « A crítica de arte no Rio Grande do Sul e o debate sobre   tradição e modernidade» in Veritas No 136 Porto Alegre : PUCRS, 1989. pp. 547-554.

226  ____.  «Conceitos e métodos de análise do campo artístico» in Véritas.  Porto Alegre : PUCRS, 1996. pp, 229-236.

227 ____. «A antropofagia e a redescoberta do Brasil» in Estudos Ibero Americanos. Porto Alegre : PUCRGS 2000. pp. 95-106.

228  KLEBER, Klaus «Um século entre a liberdade e a servidão» in Gazeta Mercantil, ano LXXIX,  nº 21.689,  15.10.1999.  Caderno  Fim de Semana, p..3

229  LA NACION Line, «Presente y futuro de la Academia» La Nacion. Buenos Aires,           http.www.lanacion.com/suples/arte/0004p03.htm [16.01.2000].

230 LEYGONIE, Antoine, «Architecture et fractal» Revue esthétique: Esthétique en chantier. Paris : Jean Michel Place, v.24,  nº 93, jun. 1994, pp. 141/152

231  LOCATELLI, Aldo Daniele (1915-1962). «Mural – Análise, considerações, método e         pensamentos» (tese de concurso para provimento  efetivo da cadeira de composição decorativa dos cursos de pintura e escultura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul – Porto Alegre, 1962)  in Correio do Povo, Caderno de Sábado. Volume X, ano V, n o 232 , Porto Alegre: Companhia Caldas Júnior, 22.071972.  pp 8 – 12.

232 MALAGOLI, Ado – «Técnica e expressão – considerações»- Tese de concurso  para o provimento da cadeira de Pintura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: edição da autor, 1957, 88 p, ilustr. pb.

233     MACHADO, Antônio Carlos «Breve História do Partenon Literário » in Revista do Museu  Júlio de  Castilhos e Arquivo Histórico do Estado do Rio Grandedo Sul. Porto Alegre : Secretaria de Educação e Cultura, 1956,  pp. 111/125.

234  MARION, Dionara. «Arte em Santa Maria: a obra plástica de Cláudio Carriconde»            Expressão. Santa Maria : Universidade Federal de Santa Maria-Centro de Artes e Letras. v.1, no 1, jan-jun 2000, pp. 73-81.

235  MARQUES dos SANTOS, Afonso Carlos «A Academia Imperial de Belas Artes e o projeto   Civilizatório do Império»  in  180 anos de Escola de Belas Artes Anais do Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997, pp. 127/146.

336 MAZZOCUT-MIS, Madalena, « Pouvoir et limites de l´imagination» in Revue         d´esthétique : Esthétique en Chantier. Paris :Jean Micel Place, v.24, nº 93, jun. 1994, pp. 59/64.

237  MERSH,  Dieter. «Ereignis und Aura: Radikale Transformation der Kunst vom Werkhaften zum Performativen» Kunstforum international.    Ruppichteroth- D.,  no 152,  Okt – Dez. 2000, pp. 94-103.

238  MICHAUD, Yves «La dynamique des musées» in Connaissance des arts. Paris, N° 559, 1999. pp.100-103.

239 ____.  «SAVOIRS: um bilan de l’utils» Connaissance des arts. Paris, No 578. déc. 2000.  pp. 98-99.

240  MUSSE, Ricardo. «Razão desencantada: a alternativa alemã: Adorno e Horkheimer»          in  Folha de São Paulo. São Paulo. Ano 77. Nº 24.980.Cad.5 pp.6-7, 1997.

241              OCHI FLEXOR, Maria Helena «Academia Imperial de Belas Artes ‘inspiração’ da         Academia de Belas Artes (de Salvador)» in 180 anos de Escola de Belas  Artes, Anais do Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1977, pp 281/302.

242  OLINTO de OLIVEIRA, Olimpio. «Mensagem do Prof. Honorário Olinto de Oliveira» in        Anais da Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Porto Alegre : Globo, 1941. pp.57/58.

242        PASANEN, Kimmo, «L´Art et les jeux de langage chez Wittgenstein» in. Revue         d´esthetique.: Esthétique en  chantier.  Paris : Jean Michel Place, v.24, nº 93 . Jun. 1994, pp. 49/54.

243  PEREZ HESSE,  «Claude Monet deus vues, des vies» in. Revue d´Esthétique;       Esthétique en chantier. Paris : Jean Micel Place, v.24,  nº 93, jun. 1994.  pp. 9/18.

244  PERNOUD, Emmanuel. «De l´image `a l´ymage; les revues d´Alfred Jarry et Remy de         Gourmont». Revue de l´Art. Paris. SNC, nº 115, 1997, p.59/65.

245 PIGUET,Philippe.«L´Institut de France: histoire d’une culture»in L’Œil,Paris,nº 476  nov. 1995, pp. 30-35.

246  RECHT, Roland, «La circulation des artistes, des œuvres, des modèles dans l´Europe        médiévalle» Revue de l´Art, Paris, n° 120, 1998. pp. 5/10.

247  RICŒUR, Paul «É preciso reencontrar a incerteza da história» Humboldt, ano 41, nº 79,   1999, pp. 2-5.

248  SAUNDERS, Robert, «A educação criadora nas artes» .AR´TE 10. São Paulo : Max          Limonad. Ano II,  nº 10, 1984.  pp. 18/23.

249 SCHMID, Wilhelm .«Das Leben als Kunstwerk» in .Lebenskunstwerke –        KUNSTFORUM.  Ruppichteroth – Köln Bd. 142, Okt-Dez 1998.   pp. 72/79.

250 SIMON, Círio.« A escola de Artes e a profissionalização de seu aluno» in Porto Arte. Vol. 1 nº 2. Pp. 7-15   nov. 1990.

251__________« O ensino das artes visuais no Brasil : iluminismo e academia. In Caminhos para a Liberdade : A Revolução Francesa e a Inconfidência Mineira (as Letras e as Artes). Porto Alegre : UFRGS/PUCRS pp. 98-110 1991

252_________  Libindo Ferrás. Porto Alegre : Caixa Econômica Federal. 1998

253_________  ORIGENS   DO   INSTITUTO   DE  ARTES  DA  UFRGS: etapas entre   1908-1962  e  contribuições na constituição de expressões de autonomia no sistema de artes visuais do Rio Grande do Sul. Porto Alegre : PUCRS: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Tese 2002. 561 f.

254  VARGAS, Getúlio. «Discurso do Chefe do Governo Provisório, Dr. Getúlio Vargas, ao        receber a Comissão Legislativa no Palácio do Catete, em 04 de maio de 1931» in  Boletim do Ministério da Educação e Saúde Pública. Rio de Janeiro : MESP. Ano 1, s 1 e 2,  jan-jun 1931 pp. 6 / 13

255  VIDAL, Juan Carlos. « Le Goff: o desafio da mestiçagem» in.Folha de São Paulo. São Paulo, ano 77 .nº 25.015,    28.09. 1999, cad. 5, p.8.

256  VIDAL NETO FERNANDES, Cybele «A reforma Pedreira de 1855,na AIBA e a sua       relação com o  panorama internacional do ensino nas academias de arte» in 180 anos da Escola de Belas Artes. Rio de Janeiro : EBA-UFRJ, pp147-156.

257 ____.   «O ensino de arquitetura no Brasil no século 19 – uma contribuição ao estudo do tema» Arte & Ensaios Revista do Mestrado em História da Arte da EBA. Rio de Janeiro : EBA-UFRJ Ano 5, no 5, pp.79-86 , 1998.

258  VILLELA, Maria Antonieta Zaroni Pereira « Um olhar para o século XIX, a partir de sua   história  cultural e de suas representações» in 180 Anos de Escola de Belas Artes, Anais do Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997, pp. 273, 280.

259        ZÍLIO, Carlos.«Formação do artista Plástico no Brasil». Arte & Ensaios : revista de  História.da Arte. Rio de Janeiro : UFRJ, Ano 1, nº 1. pp.25-32 1º semestre 1994.

260____. «A modernidade efêmera: anos 80 na Academia» in 180 anos de Escola de Belas  Artes. Anais do Seminário EBA, 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997,pp. 237-242.

261____. «Artista, formação do artista, arte moderna» Arte & Ensaios Revista do Mestrado em História da Arte da EBA. Rio de Janeiro: EBA-UFRJ, Ano 5, no5, pp.73-78 , 1998

Este material possui uso restrito ao apoio do processo continuado de ensino-aprendizagem
Não há pretensão de lucro ou de apoio financeiro nem ao autor e nem aos seus eventuais usuários
Este material é editado e divulgado em língua nacional brasileira e respeita a formação histórica deste idioma.

ASISITÊNCIA TECNICA e DIGITAL de  CÌRIO JOSÉ SIMON

Referências para Círio SIMON
E-MAIL
SITE desde 2008
FACE- BOOK
BLOG de ARTE
BLOG de FAMÌLIA
BLOG  CORREIO BRAZILENSE 1808-1822
BLOG PODER ORIGINÁRIO 01
BLOG PODER ORIGINÁRIO 02 ARQUIVO
VÌDEO

Nenhum comentário:

Postar um comentário