Os PROJETOS FEDERAIS das ARTES no RIO GRANDE
do SUL
Fig. 01 – Viamão, segunda capital da CAPITANIA de São PEDRO do
RIO GRANDE do SUL, recebeu a construção de uma igreja fortaleza situada num
ponto estratégico.. Este prédio é
testemunho dos interesses do poder central em ocupar militar e populacionalmente o extremo sul de sua COLONIA BRASILEIRA. Este prédio é um índice da bem sucedida política levada a efeito pelo PODER CENTRAL na criação e na manutenção da fronteiras e fez com que ele nunca precisasse ser usado
contra forças invasoras de outras potências.
SUMÁRIO
01 – O PROBLEMA: ¿ POR QUE
as ARTES SUL-RIO-GRANDENSES são BRASILEIRAS? . 02 – A
CAPITANIA e a PROVÌNCIA de SÂO PEDRO do RIO GRANDE do SUL 03 – BANDEIRAS e TROPEIROS
na CAPITANIA de SÃO PEDRO do RIO GRANDE do SUL 04 – O MILITARISMO como EXPRESSÂO do CENTRALISMO
METROPOLITANO LUSITANO -
05 - "UTI POSSEDETIS, ITA POSSEDIATES" –06- O RIO GRANDE
do SUL na SOBERANIA BRASILEIRA 07 O
FLUXO EMIGRATÓRIO no RIO GRANDE do SUL ESTIMULADO e FINANCIADO pelo
GOVERNO CENTRAL BRASILEIRO
08 – Os GRÊMIOS
REPUBLICANOS no RIO GRANDE do SUL 09 - As ARTES e os
PRMEIROS CURSOS SUPERIORES no RIO GRANDE do SUL 10 – Os CURSOS
SUPERIORES do RIO GRANDE do SUL RETORNAM ao GOVERNO
CENTRAL BRASILEIRO
11 -
Outros
ESTÍMULOS e APOIOS do GOVERNO CENTRAL BRASILEIRO para as ARTES do RIO GRANDE do SUL: -12 E- FONTES BIBLIOGRÁFICAS e DIGITAIS
01 – O PROBLEMA: ¿
POR QUE as ARTES SUL-RIO-GRANDENSES são BRASILEIRAS?
O PROBLEMA CENTRAL desta
postagem é encontrar as veredas para iluminar as razões ¿ POR QUE as ARTES SUL-RIO_GRANDENSES
são BRASILEIRAS?
Evidente que um PROBLEMA
sempre encontra as mais variadas concepções, propostas de solução e projetos de
toda ordem. Esta atomização de inteligências, vontades e sentimentos teve
graves tensões na busca e na geração de um CONTRATO BRASILEIRO aceitável interna e
externamente.
O exame das ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES é
um dos índices da construção, dos trabalhos, das tensões e das esperanças num
ESTADO NACIONAL. Os índices nas relações da Capitania, da Província e Estado
Federal com Governo Central, neste longo curso, evidenciam silêncios,
urgências, recuos e falta de projeto coletivo e de contrato dignos deste nome.
Nestes índices salta aos olhos a atomização de inteligências, das vontades e
dos sentimentos tanto no plano político, econômico e militar perceptível nas
lacunas, nos projetos e nas efetivas realizações nas ARTES VISUAIS
SUL-RIO-GRANDENSES sob o alto patrocínio dos PROJETOS FEDERAIS das ARTES no RIO
GRANDE do SUL.
Fig. 02 – A estrita faixa de terras e águas ocupadas
pela CAPITANIA LUSITANA de São PEDRO do RIO GRANDE do SUL confrontava-se, ainda em 1780, com os
CAMPOS ocupadas efetivamente pelos
ESPANHOIS apesar do Tratado de Madrid de 1750 .
O bem sucedido projeto do PODER CENTRAL LUSITANO praticamente duplicou
a primitiva área que não passava das terras banhadas pelos rios da bacia do Guaíba e que desaguava nas
lagos costeiras.
[ clique sobre o mapa para ler]
Na presente postagens percorre-sr alguns eventos, tropeços e realizações positivas nas ARTES
VISUAIS no RIO GRANDE do SUL face ao BRASIL. De uma forma geral parece que
tanto na Capitania, como na Província, o Governo Central Imperial pouco fizeram
neste campo estético e cultural. No polo oposto nos primeiros anos do Regime
Republicano remeteu todas as iniciativas nas ARTES VISUAIS ao “ESTADO SOBERANO
do RIO GRANDE do SUL”.
Com recrudescimento das esperanças num
ESTADO CENTRAL, ÚNICO e ONIPOTENTE estas INICIATIVAS nas ARTES VISUAIS ESTADUAIS
são absorvidas por Leviatã da ERA INDUSTRIAL.
Devido a obsolescência da ERA e da LÒGICA da ERA INDUSTRIAL a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL se
dissolve gradativamente as esperanças num ESTADO CENTRAL, ÚNICO e ONIPOTENTE. Assim, na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL, o cidadão
avulso busca e retoma o seu lugar e proporção nas ARTES.
Mesmo nestas condições é
possível afirmar este CONTRATO BRASILEIRO - potencialmente aceitável, para as
ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES. Ao considerar um determinado espaço, num tempo dado e numa sociedade concreta uma solução única, linear e
definitivo está distante.
A sina das ARTES VISUAIS sempre foi o de nunca
se contentar com uma solução única, linear e definitiva. No ÂMBITO REGIONAL o
PROBLEMA das RELAÇÕES das ARTES com o PODER CENTRAL, NÃO é e nem pode SER
RESOLVIDO por um voluntarioso e temerário ATO DE FORÇA e de TEIMOSIA. No
entanto este PROBLEMA FAZ CAMINHAR a todos sem acomodações fáceis, definitivas
e universais.
.
02 – A CAPITANIA e a
PROVÍNCIA de SÃO PEDRO do RIO GRANDE do SUL
Pode-se
afirmar que os sul-rio-grandenses nativos muito pouco puderam fazer sem uma
firme, forte e consistente intervenção da metrópole. Esta constância, força e
firmeza metropolitana se evidenciam nas ações daqueles que comandaram a
capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul. Entre estes é emblemática a figura
de MANUEL
JORGE GOMES de SEPÚLVEDA[1], na ação como fundador de Porto
Alegre a atual capital do estado.
Paulo Antônio de
Carvalho Mendonça [Cardeal de Lisboa] – Sebastião José de Carvalho e Mello
[Marquês de Pombal] Francisco Xavier de Mendonça FURTADO [Governado do
Pará]
Fig. 03 – A ação do MARQUÊS de POMBAL deixou as marca na Capitania de São Pedro do Rio
Grande do Sul na firme e continuada intervenção iluminista na política de uma região estratégica lusitana ao
modelo do que os velhos países europeus praticavam na sua época,. Nesta firme e continuada intervenção
iluminista manteve, ao menos no papel e nos contratos os efeitos do Tratado de
Madri que constitui Portugal como dono
dos CAMPOS ESPANHOIS até as margens do Rio Uruguai
O
PODER CENTRAL BRASILEIRO IMPERIAL investiu pesado nos projetos de IMIGRAÇÃO
EUROPEIA[1].
Em contrapartida estes IMIGRANTES, do projeto imperial, criaram riquezas que compensam amplamente os gastos do
governo central do inicio da soberania brasileira. Já ao longo do regime republicano
brasileiro[2]
estas riquezas suplantaram amplamente a
economia pastoril do Rio Grande do Sul. As
áreas ocupadas por estes imigrantes - vindos de diversas nações e culturas - continuam a se expandir e carrear ao erário público estadual e nacional mais recursos de impostos e contribuições provenientes da agricultura e da indústria. No século
XXI os investimentos brasileiros do passado são amplamente compensados por este gasto com os imigrantes.
De
uma forma geral é possível também examinar o patrimônio simbólico que estes
imigrantes aportaram para a identidade regional e nacional. Esta contribuição
simbólica - por meio das ARTES VISUAIS - é tão extensa e profunda que NÃO se
limita aqui ao que já se conseguiu projetar para o mundo do pensamento. Não são menores e nem faltam expressões de todas
as levas de imigrantes agenciadas e patrocinadas pelo PODER CENTRAL BRASILEIRO.
Além
das conhecidas contribuições da cultura germânica[3]
é possível também examinar o patrimônio simbólico trazida pelos imigrantes que aportaram
contribuições sensíveis para a identidade regional e nacional. Esta
contribuição simbólica - por meio das ARTES VISUAIS - é tão extensa e profunda
que se limita aqui ao que já se conseguiu projetar para o mundo do pensamento
das contribuições da cultura germânica[4]. As expressões de outras levas de imigrantes -agenciadas e
patrocinadas pelo PODER CENTRAL BRASILEIRO - não faltam e não são menores.
[1] A FORMAÇÃO do BRASIL e os IMIGRANTES http://naofoinogrito.blogspot.com/2018/07/169-nao-foi-no-grito.html
[2] - INTERAÇÂO ESTADO BRASILEIRO
e IMIGRANTE http://profciriosimon.blogspot.com.br/2012/03/arte-brasilidade-e-germanidade-002.html
[3] ARTE - brasilidade e germanidade
SUMÁRIO das 10 POSTAGENS e as suas CONEXÕES DIGITAIS
[4] ARTE - brasilidade e germanidade
SUMÁRIO das 10 POSTAGENS e as suas CONEXÕES DIGITAIS
Fig. 04 – Depois dos BANDEIRANTES e antes do projeto
migratório, que trouxe a população civil açoriana para CAPITANIIA do São PEDRO
do RIO GRANDE do SUL, este território foi palmilhado, observado e marcado pela
presença continuada e assídua do TROPEIRO vindo de São Paulo e Minas Gerais. Este TROPEIRO, além de realizar as
conexões civis entre o território brasileiro e sul-rio-grandense, marcou com as suas pousadas
a origem pequenas povoações fixas que
evoluíram para se transformaram em vilas e em muitos municípios do atual território.do Rio
Grande do Sul
03 – BANDEIRANTES e TROPEIROS na CAPITANIA de SÃO PEDRO do RIO GRANDE do SUL
Um dos primeiros resultados do caldeamento
das etnias, europeias e indígenas foi o curumim de mãe indígena e pai europeu. Este
curumim, ao chegar a idade adulta, tinha aprendido a lingua AVANHENGA e se alimentava
com os frutos da terra. Estava pronto o fator humano das BANDEIRAS. Sabendo se
comunicar com os nativos por meio do AVANHENGA e não dependendo de alimentos
importados podiam permanecer décadas perambulando e explorando o interior
brasileiro. Certamente o rompimento dos limites do TRATADO de TORDESILHAS e a
expansão lusitana, no imenso interior brasileiro, devem-se a este BANDEIRANTE.
Este BANDEIRANTE expandiu os rudimentos culturais e estéticos do seu pai
lusitano. Os sucessivos aldeamentos com as primitivas casas e igrejas eram
comandados pelos CHEFES EUROPEUS e executados por seus subordinados mestiços.
Diversas
BANDEIRAS cruzaram as atuais fronteiras do RIO GRANDE do SUL. Algumas em
confronto direto com as MISSÔES e os MISSIONEIROS. BANDEIRAS que vinham para obter mão de obra
escrava para as lavouras do Centro do Brasil. Outros bandeirantes negociavam
com caciques locais a venda de prisioneiros ou das suas próprias sobras
populacionais.
Com a
descoberta do ouro, com a proibição da escravidão indígena e abandono das
lavouras paulistas, entrou em cena o TROPEIRO. Este comprando mulas em Córdoba
na Argentina, as conduzia para o trabalho em Minas Gerias. De outra parte a
expansão dos rebanhos - primeiro das
MISSÕES JESUÍTICAS e depois nas sesmarias doadas pelo governo lusitano no Rio
Grande do Sul – este o TROPEIRO conduziu e abastecia os mercados com estes
bovinos.
No Rio Grande do Sul
permaneceu um rosário de pequenos pousos das jornadas diárias desta manados.
Assim as distâncias geográficas ente Porto Alegre, Viamão, Gravataí,
Cachoeirinha, Glorinha, Santo Antônio, Osório e assim por diante, marcam estes
vínculos terrestres do Rio Grande do Sul com o Brasil Central;
FORTE de SANTA TERESA
Fig. 05 – O PODER MILITAR marcou e demarcou o território
da CAPITANIA de SÂO PEDRO do RIO GRANDE do SUL não só pelas suas marchas e
contramarchas. O PODER MILITAR LUSITANO consolidou esta presença com sólidas e
caras fortalezas, forte e quarteis. Esta presença a ação militar
experimentada nos campos do Rio Grande do Sul não só marcou a população local
como foi um dos produtos de exportação para o restante do território brasileiro
por meio de militares que se formaram e
forjaram nas casernas, nos quarteis, nos
fortes e nas fortalezas
sul-rio-grandenses.
04 – O MILITARISMO
como EXPRESSÃO do CENTRALISMO METROPOLITANO LUSITANO
Portugal tivera as mais
variadas experiências militares na formação de sua NAÇÃO.
Muito antes de sua SOBERANIA os gregos, os cartagineses, o dominador
romano e depois os mouros estiveram ali e ensinaram a arte militar. Depois
vieram os confrontos com Castela e Aragão, as alianças com a Inglaterra e a
necessidade de cercar as próprias fronteiras com fortes feudais e fortalezas.
Assim o Regime Colonial Brasileiro teve uma série de fortes, tanto pelo lado do
mar como pelo interior.
O Rio Grande do Sul - enquanto
CAPITANIA DEL REY - teve os mais arrojados lusitanos no seu comando,
defesa e conquistas militares. Estes promoveram a construção de um rosário de
fortalezas desde a Colônia do Sacramento até as margens dos lagos e rios
navegáveis do interior do Rio Grande do Sul.
Para servir nestas
longínquas terras o militar, ou o mercenário, ganhava um posto e um soldo. Esta remuneração, proveniente do erário
central, era a base econômica das pequenas aglomerações urbanas que se formavam
próximas ou ao redor destas casernas, quarteis e fortes militares. Além das
bandas militares esta pequena economia evidentemente não era suporte eficiente
para arte. De uma forma geral o militar não pode sentir e muito menos deliberar
e decidir por sua própria inciativa. Assim a sua ARTE não vai além das
estratégias e da logística. A sua
FILOSOFIA se resume à obediência à hierarquia, Inclusive vários comandantes
destacados para o Rio Grande do Sul enfrentaram, em Lisboa CORTES MARCIAIS sendo alguns condenados à
pena capital.
O simbólico foi o maior
legado da presença e das ações efetiva militares no Rio Grande do Sul.
Simbolismo que hierarquizou e militarizou as funções, os postos e os cargos nas
sesmarias doadas pelo governo lusitano no Rio Grande do Sul. Muitos titulares
destas glebas e seus proprietários eram militares retirados para a inativa. A casa da Fazenda era um potencial local de resistência militar.
No entanto a mitificação
da presença e das ações militares gerou - tanto no estado como no brasileiro em
geral – uma equivocada percepção de belicosidade gratuita do sul-rio-grandense
e que não corresponde uma identidade, uma cultura e uma civilização sul-rio-grandense,
Este equivoco foi denunciado e a sua origem devidamente explicado e argumentado
por Athos DAMASCENO( 1971, p.449) [1] e
vivamente condenado por Glaucos SARAIVA (1968 p.222)[2]
DAMASCENO, Athos. Artes
plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900)
Porto Alegre : Globo, 1971. 540p.
[2] SARAIVA Glaucus da Fonseca (1921-1983) Manual do
tradicionalista: orientação geral para tradicionlistas e centros de tradições
gaúchas. Porto Alegre : Sulina, 1968, Coleção Meridional nº 09
Fig. 06 – Jean Baptiste DEBRET, ao traçar o mapa do
Brasil, com os dados que ele possuia do ano de 1808, mostra que tanto o
território do Rio Grande do Sul como a Banda Oriental faziam fronteira com a
Capitania de São Paulo. Evidente que
o francês, trabalhando em Paris, no ano de 1834, fez várias confusões como
omitir Porto Alegre, que ele colocou, no mapa, entre Ilhéus e o Espirito Santo,
com seguir informações que não correspondam à realidade. De outra parte mostra
também as poucas informações e interesses que
a Corte do Rio de Janeiro dispunha
dos seu próprio território.
[ clique sobre o mapa para ler]
05 – “UTI POSSEDETIS,
ITA POSSIDIATIS”.
Quanto à natureza da AUTONOMIA o biólogo
chileno Maturana - com profundos vínculos germânicos - escreveu (1996: 41)[1]
que “na
biologia o exemplo da célula viva que necessita da membrana para proteger a
competência da vida. Só a partir da célula viva é possível determinar o que é
relevante.”
O Tratado de MADRID
consagrou a expressão jurídica do “UTI
POSSEDETIS ITA POSSIDEATIS”[2]
Esta expressão reforçou a membrana das fronteiras sul-rio-grandenses no interior das quais AUTONOMIA
REGIONAL converge e garante a ampliação jurídica da SOBERANIA brasileira. O Tratado
de MADRID garantiu a posse , no Brasil, do vale do Rio AMAZONAS, de CUIABÁ e das
terras nas quais os BANDEIRANTES haviam implantado povoações lusitanas. No Rio
Grande do Sul o “UTI POSSEDETIS ITA
POSSIDEATIS” significava a autorização da conquista e posterior posse dos
territórios dos SETE POVOS[3].
O sul-rio-grandense
tinha um projeto, uma sina e uma missão na qual se tornava atalaia do Brasil.
Esta concepção voltou a tona em 1930 e se materializou na expressão e lema “o RIO GRANDE de PÉ pelo BRASIL”
[1] MATURANA R., Humberto (1928-) e VARELA. Francisco
(1946-). El árbol del conocimiento:
las bases biológicas del conocimiento humano. Madrid : Unigraf. 1996, 219p.
[2] UTI POSSEDETIS ITA
POSSIDEATIS http://fatoshistoricosdobrasil.blogspot.com/2012/04/uti-possidetis-2.html
[3] GOLIN, Tau.
A Guerra Guaranítica: como os
exércitos de Portugal e Espanha destruíram os Sete Povos dos jesuítas e índios
guaranis no Rio Grande do Sul. (1750-1761). Passo Fundo: UPF e Porto Alegre:
UFRGS, 1998, 624 p
Fig. 07 – O obelisco que homenageia o fundador de Porto
Alegre certamente é um reconhecimento do Rio Grande do Sul as iniciativas do
PODER CENTRAL para povoar, defender e expandir a fronteiros de sua Capitania e
depois Província de São Pedro. Iniciativas
personalizadas na figura que celebra de MANUEL
JORGE GOMES de SEPÚLVEDA (*16.04.1735 +28.04.1814) que exerceu as funções de
governador sob o nome de Marcelino Figueiredo, Este obelisco- inaugurado no Centenário da Revolução
Farroupilha – se refere oa bem sucedido projeto do governo central.
06 - O RIO GRANDE do SUL na SOBERANIA BRASILEIRA.
O RIO GRANDE do SUL
NUNCA PROCLAMOU a sua INDEPENDÊNCIA do BRASIL apesar das pesadas e
insuportáveis imposições imperiais. O seu PROJETO sempre foi de permanecer dentro
do BRASIL como um ESTADO DIFERENTE e com CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS. Só é possível
determinar o que importa a partir do interior da membrana das fronteiras que
envolvem o Rio Grande do Sul e não pelo lado de fora.
Nesta direção é
emblemática a frase de Bento Gonçalves em carta dirigida ao Regente Feijó no
dia 20 de setembro de 1835[1]
“Senhor Regente, reflita bem antes de responder, porque de sua
resposta depende talvez o sossego do Brasil. Dela resultará a satisfação dos
justos desejos de um punhado de brasileiro que defendeu contra a voracidade
espanhola uma nesga fecunda de Pátria; e dela também poderá resultar uma luta
sangrenta, a ruína da Província, ou formação de um novo estado dentro do
Brasil”.
Esta concepção da “FORMAÇÃO de um NOVO ESTADO dentro do BRASIL”
preludia o novo REGIME REPUBLICANO que acontecerá no dia 15 de novembro de
1889. Regime no qual os ESTADOS SERÃO GUINDADOS ao estatuto de “SOBERANOS”[2].
No contraditório a VISÃO
EXTERNA BRASILEIRA pode municiar a ATUALIZAÇÃO INTELECTUAL necessária para
distinguir o seu original e o diferencial das suas ARTES VISUAIS da cultura das
ARTES VISUAIS BRASILEIRAS.
[1] Carta de Bento Gonçalves ao Regente Feijó http://almanaquenilomoraes.blogspot.com.br/2014/03/carta-de-bento-goncalves-ao-regente.html
[2] Decreto nº 1, de 15 de
Novembro de 1889 - Publicação Original
Fig. 08 – O projeto civilizador compensador da violência
do ESTADO exercido pelo REGIME IMPERIAL BRASILEIRO deixava pouco espaço para as
suas PROVÍNCIAS possuíram algo simétrico
e sob a sua deliberação e decisão. De um lado evidencia o bem sucedido projeto imperial centralista e
monocrático. De outra parte mostra o vazio de instituições, de obras de
arte e realizações culturais e estéticas
sob a tutela e iniciativa do governos provinciais que continuavam nas mãos de
militares ou de nobres poucos afeitos com FILOSOFIA e e com as ARTES. Este quadro
centralista imperial provocou a reação contrária nos primórdios do REGIME
REPUBLICANO BRASILEIO. Os ESTADOS REPUBLICANOS, legalmente elevados ao nível da
SOBERANIA, deflagraram um PROJETO CIVILIZATÒRIO estadual COMPENSADOR da
VIOLÊNCIA que agora deveriam exercer a
sua SOBERANIA garantida pela sua
CONSTITUIÇAO PRÒPRIA e pela figura dos SEU PRESIDENTE ESTADUAL .Este
PROJETO ESTADUAL é visível nos seus CURSOS SUPERIORES, nos seus PALÁCIOS, na
URBANIZAÇÂO das suas CAPITAIS e na explosão de NOMES de ARTISTAS CIDÃOS e com NOME
PRÓPRIO para ZELAR
07 – O FLUXO EMIGRATÓRIO no RIO GRANDE
do SUL ESTIMULADO e FINANCIADO pelo GOVERNO CENTRAL BRASILEIRO
É possível também examinar, de uma forma geral, o patrimônio simbólico das primeiras levas destes
imigrantes aportaram para a identidade regional e nacional. Esta contribuição
simbólica - por meio das ARTES VISUAIS - é tão extensa e o profunda que evidenciou em pensamento e obras físicas deste o seu início[1].
Não são menores e não faltam expressões das subsequentes levas de imigrantes agenciadas e
patrocinadas pelo PODER CENTRAL BRASILEIRO.
Nestas contribuições é possível pensar em outras tantas MISSÕES ARTÍSTICAS à semelhança e modelo daquela
FRANCESA, de 1816, agenciada e patrocinada pelo BRASIL REINO. A diferença da
FRANCESA é que as MISSÕES dos IMIGRANTES se derramaram Brasil afora. Neste SENTIDO, ao TRAZEREM uma MISSÂO de
suas ORIGENS, cabe a estes imigrantes o HONROSO TÍTULO de COLONOS. Este era
o projeto e o objetivo do PODER CENTRAL BRASILEIRO: o de espalhar a CIVILIZAÇÂO e a CULTURA em todo território
núcleos. Estes núcleos rapidamente iriam modificar o ambiente
como também serem absorvidos por este novo meio.
No entanto o termo “COLONO” ganhou aspectos pejorativos pelo fato - desta presença do estrangeiro - abalar as tradições ancestrais dos nativos incomodados e impelidos para uma mudança.
No entanto o termo “COLONO” ganhou aspectos pejorativos pelo fato - desta presença do estrangeiro - abalar as tradições ancestrais dos nativos incomodados e impelidos para uma mudança.
Fig. 09 – Júlio de
CASTILHOS (1860-1903) não deixou por menos. Além de assumir o trono
imperial vago, levou ao pé da letra a SOBERANIA do RIO GRANDE do SIL face ao
BRASIL. Este monumento erguido pelo
ESTADO do RIO GRANDE do SUL celebra o
REGIME REPUBLICANO no ESTADO e
evidencia a consolidação e o seu triunfo
irreversível apesar das dolorosas
frustrações e limitações na sua efetiva implantação. De outra parte marca um
ponto de chegada de um longo e penoso
caminho deste ideal republicano que sempre esteve no inconsciente do PODER
ORIGINÁRIO do RIO GRANDE do SUL. Este Regime Republicano trouxe uma legião de
praticantes das ARTES VUSUAIS SUL-RIO-GRANDENSES livres e soberanos nos seu
CAMPO de FORÇAS ESPECÍFICAS.
08
– Os GRÊMIOS REPUBLICANOS no RIO GRANDE do SUL
O REGIME COLONIAL e
IMPERIAL BRASILEIRO vigiava a SOCIEDADE CIVIL que era mantida estreitamente amarrada ao trono.
Eventuais organizações de irmandades e guildas profissionais eram braços do ESTADO e controladas e legitimadas pela IGREJA cujos bispos eram nomeados e mantidos pelo TRONO.
Qualquer outra
organização ou eventual sociedade deveria recorrer ao trono Real ou Imperial
para se credenciar e legitimar.
Propagar qualquer outro
regime do que o REAL ou IMPERIAL poderia significar “CRIME LESA MAJESTADE” e
ser punido com a pena capital ao exemplo do que aconteceu com Tiradentes ou
Frei Caneca.
Na sombra deste medo
começaram a nascer, e a se expandir, os GRÊMIOS REPUBLICANOS BRASILEIROS
francamente subversivos ao REGIME IMPERIAL. Na Província de São Paulo estes
GRÊMIOS REPUBLICANOS ganharam vida na FACULDADE de DIREITO do Largo São
Francisco. Sustentados pelos FAZENDEIROS em expansão para o interior e Oeste do estado. Estes NÃO eram NOBRES faziam oposição aos BARÕES do CAFÈ do vale do
rio Paraíba. Os filhos enriquecidos dos fazendeiros do Rio Grande do Sul
começaram a afluir para FACULDADE de DIREITO do Largo São Francisco da capital
paulista. No seu retorno foram agentes ativos na formação de GRÊMIOS
REPUBLICANOS. Com a criação do PARTIDO REPUBLICANO SUL-RIOGRANDENSE e sua voz
pública pelo jornal “A FEDERAÇÃO” estes GRÊMIOS foram ocupando todos os espaços
do PODER CIVIL.
A recompensa veio para o
RIO GRANDE do SUL no dia 15 de novembro de 1889 quando os estados foram
reconhecidos como “SOBERANOS”[1]. Os antigos integrantes do GRÊMIOS
REPUBLICANOS ocuparam os cargos públicos e foram os constituintes de 1891.
Júlio de Castilhos conseguiu escrever e fazer provar uma CONSTITUIÇÃO ESTADUAL[2]
que erguia ao espaço legislativo os ideais do REGIME REPUBLICANO
Estes ideias deram origem a uma expressão
constitucional de uma radical igualdade
de todos os cidadãos, profissões e origens.
NO TITULO IV Garantias Gerais de Ordem e Progresso do Estado, art. 71
consta np § 5.° - Não são admitidos
também no serviço do Estado os privilégios de diplomas escolásticos ou
acadêmicos, quaisquer que sejam, sendo livre no seu território o exercício de
todas as profissões de ordem moral, intelectual e industrial.
[2] CONSTITUIÇÃO do ESTADO do RIO GRANDE do SUL - 14 de julho de 1891 – Assembleia
Constituinte do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, 14 de julho de 1891, 3° da
República http://www2.al.rs.gov.br/memorial/LinkClick.aspx?fileticket=frKwldvbn2g%3D&tabid
Fig. 10 – O REGIME REPUBLICANO SUL-RIO-GRANDENSE apesar
de apregoar a LIBERDADE PROFISSIONAL - concedida pela Constituição - conheceu
uma forte, densa e continuada reação expressa na ESCOLA de ENGENHARIA. Esta
concebeu, no âmbito da mesma LIBERDADE
PROFISSIONAL, um CAMPUS UVERSITÀRIO modelar para o Rio Grande do Sul. Nesta
sua LIBERDADE PROFISSIONAL a ESCOLA de
ENGENHARIA não deixou de prestar uma homenagem ao pensamento do Presidente
Júlio de Castilhos dedicando ao seu nome o mais elegante destes prédios com a
cúpula mais alta. Este prédio foi o berço do atual COLÈGIO JÚLIO de CASTILHOS.
Estes ideias igualdade
de todos os cidadãos, perante o exercício de suas profissões, entrou em rota de
colisão com médicos, advogados, engenheiros que viam as suas profissões tomadas
de assalto por charlatães, por rábulas ou por simples mestres de obras. Este
balde de água fria em antigas e consagradas profissões apressou as agremiações,
reivindicação dos seus direitos e especialmente apresso a criação DE CURSOS SUPERIORES no próprio ESTADO do RIO
GRANDE do SUL. Como as ARTES sempre foram de LIVRE EXERCÍCIO, a criação de um
CURSO SUPERIOR foi o último entrar na prioridade e por razões completamente
diferentes.
No espaço simbólico do
Estado constam duas determinações desta constituição Uma consta no TITULO VI, Artigo
único que – “São insígnias oficiais do
Estado as do pavilhão tricolor da malograda República Rio-grandense”. Outra consta nas Disposições
transitórias nas consta no Art. 8° - Será
elevado, em uma das praças públicas do Estado, um monumento à memória de Bento
Gonçalves e de seus gloriosos companheiros da cruzada de 1835, logo que os
cofres públicos o permitam, se antes a iniciativa particular não houver
satisfeito esse patriótico tributo. . Esta
segunda irá se concretizar, mais adiante, pelo monumento[1]
a este primeiro legislador republicano sul-rio-grandense.
09
– As ARTES e os PRIMEIROS CURSOS SUPERIORES
no RIO GRANDE do SUL
A PESQUISA ESTÉTICA necessita
ser coerente com o seu TEMPO, seu LUGAR e com a sua SOCIEDADE. Assim criação de um
CURSO SUPERIOR de ARTES no Rio Grande do SUL teve aguardar este momento, este meio
físico e estes agentes que gostavam delas efetivamente.
As ARTES sempre foram de
LIVRE EXERCÍCIO a foram as últimas a entrar na prioridade e por razões
completamente diferentes neste projeto dos demais CURSOS SUPERIORES que eram fortemente sustentados pelas suas respectivas classes profissionais.
O texto de Juvenal
Octaviano MILLER[2]
- vice-presidente do Estado do Rio Grande do Sul - escreveu no
dia 22 de abril de 1908 que no Correio do Povo estampava que o Rio Grande do
Sul vae ter o seu Instituto de Belas Artes
“Resultado logico do evoluir da
civilização riograndense, o Instituto pairava latente na ordem natural das
cousas, só a espera que o fiat creador trovejasse do alto, para que elle
surgisse de baixo, aparelhado para os seus lucidos destinos. Sinão, vejamos: Tinhamos já a escola de
engenharia, a faculdade de medicina e mais a de direito. Quer dizer: sem possuirmos felizmente uma
sciencia official, onde os conhecimentos humanos se debatem na estreiteza de
programmas que os deformam e desfiguram, entretanto dispunhamos, graças a
iniciativas benemeritas - de todas as academias scientíficas indispensaveis as
expansões sadias e fecundas de um meio culto como o nosso. E o complemento
necessário das sciencias, como é sabido, são as lettras e as bellas artes”
O jornal A FEDERAÇÃO ao
publicar, em 04 de abril de 1908, coloca a secular instituição de Artes do Rio
de Janeiro entre as demais para fornecer paradigmas institucionais das ARTES no
Rio Grande do Sul
“Para
a Europa, Rio da Prata e todo o Brasil, onde existem estabelecimentos desta
ordem foram pedidos prospectos, programas, regulamentos, etc., bem como pedidos
de preços de materiais absolutamente necessários ao funcionamento do Instituto,
afim de se fazerem os cálculos todos, sem pessimismo ou optimismo”.
A
expressão do equilíbrio entre o OTIMISMO e o PESSIMISMO era destinada para
orientar uma instituição para as ARTES no RIO GRANDE do SUL que se propunha
“DURAR por TEMPO INDETERMINADO”. Certamente este equilíbrio - entre o OTIMISMO e
o PESSIMISMO - não é algo comum e corriqueiro nas FORÇAS do CAMPO das ARTES. As
FORÇAS do CAMPO das ARTES oscilam entre a EMOÇÂO e a RAZÂO. Evidente que um
parâmetro BRASILEIRO ou INTERNACIONAL facilitam a percepção do polo para onde
convergem FORÇAS do CAMPO das ARTES. Certamente o polo brasileiro das ARTES
possui histórico semelhante, fala a mesma língua e busca uma permanente
convergência e uma legitimação recíproca continuada.
[2] Juvenal Octaviano
MILLER (1866-1909) https://pt.wikipedia.org/wiki/Juvenal_Miller
Fig. 11 – Getúlio
DORNELLES VARGAS (1882-1954) foi o herdeiro do PROJETO CIVILIZATÓRIO
SUL-RIO-GRANDENSE REPUBLICANO. Missioneiro de origem, com passagem pela caserna,
com formação na primeira Faculdade de Direito do Rio Grande do Sul e galgando
os postos administrativos do governo estadual até chegar a presidência, em
1928. Presidência na qual esteve ao lado e estimulou os empresários do
apogeu da ERA INDUSTRIAL no Rio Grande do Sul encabeçou e deu o seu nome e cargo ao
MOVIMENTO que denunciou os desmandos da PRIMEIRA REPÙBLICA e no final a
derrotou e silenciou.
O seu ultimo
governo nacional, e o seu suicídio, estão no contexto da entropia, da
obsolescência e da substituição da lógica da ERA INDUSTRIAL e no âmbito da
emergência ainda subliminar da lógica da ÉPOCA PÒS-INDUSTRIAL.
10
– Os CURSOS SUPERIORES do RIO GRANDE
do SUL RETORNAM ao GOVERNO CENTRAL BRASILEIRO.
Num levantamento,
efetivado, no ano de 2004[1], o erário da União mantinha diversos CURSOS SUPERIORES de ARTES, em QUATRO
UNIVERSIDADES FEDERAIS sediadas no Rio Grande do Sul.
Este processo de
federalização da mantenedora iniciou pelo INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO
GRANDE do SUL, criado em 1908 e que evoluiu através de diversas mantenedoras
particulares e estaduais. O GOVERNO CENTRAL BRASILEIRO foi procurado, em 1962, por alguns agentes do INSTITUTO de BELAS ARTES
do Rio Grande do Sul para sua efetiva federalização de sua mantenedora.
[1] ESCOLAS de ARTES no RIO GRANDE do SUL 2008 http://profciriosimon.blogspot.com.br/2010/03/centenario-da-escola-de-artes-do-ia_9581.html
Fig. 12 – A presença simbólica e a afirmação da hegemonia
do GOVERNO FEDERAL BRASILEIRO no RIO GRANDE do SUL estão evidentes neste ALTAR da PÀTRIA
colocado no dia 01 de agosto de 1941 no hall
de entrada do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul para a inauguração
do novo prédio.. Este ALTAR da PÀTRIA
celebra o bem sucedido projeto de 2.000 legionários civis sul-rio-grandenses e
brasileiros que dotaram um prédio novo
exclusivo para a ARTES no RIO GRANDE do SUL, em plena II GUERRA
MUNDIAL . A construção d prédio novo
exclusivo para as ARTES não se repetiu, no Rio Grande do Sul, depois de
1943.
No caso do INSTITUTO DE
ARTES do RIO GRANDE do SUL este processo transcorreu na época do BREVE REGIME
PARLAMENTARISTA BRASILEIRO. O professor Fernando Corona descreve as peripécias
deste processo num delicioso caderno ainda inédito[1]
. Ele estava acompanhado, em Brasília, pelo o presidente de Centro Acadêmico Tasso Corrêa, o estudante LUIZ CARLOS
PINTO MACIEL (1938-2011), sob ao orientação de Deputado Federal Florisceno
PAIXÃO e com apoio da bancada do federal do Rio Grande do Sul
O desfecho se deu pelo Decreto Federal de nº
4.159[2]
do dia 30 de novembro de 1962 assinado por João Goulart pelo Primeiro Ministro Hermes Lima, pelo Ministro da Fazenda Miguel Calmon e pelo Ministro
da Educação e Cultura Darci Ribeiro. Este processo correu por iniciativa do
Instituto de Artes com o apoio da Reitoria
da UFRGS que recebeu - não só mais uma instituição para sustentar - mas uma substanciosa verba aprovada pela
Comissão de Finanças da Câmara.
Com a Reforma
Universitária de 1968 este INSTITUTO de ARTES da UFRGS criou os departamentos
de ARTES DRAMÀTICAS, ARTES VISUAIS e MÚSICA. Estes três departamentos mantém,
além dos CURSOS de GRADUAÇÃO, os PROGRAMAS de PÓS GRADUAÇÂO a NIVEL de MESTRADO
e DOUTIORADO.
A ação federal continuou,
logo a seguir, no Rio Grande do Sul na UNIVERSIDADE FEDERAL de SANTA MARIA onde
o CENTRO de ARTES e LETRAS. Este CENTRO mantém os cursos Superiores ARTES
CÊNICAS, ARTES VISUAIS e DESENHO INDUSTRIAL.
A UNIVERSIDADE FEDERAL
de PELOTAS mantém os CURSOS SUPERIORES de LETRAS e ARTES e o CONSERVATÓRIO de
MÚSICA
A UNIVERSIDADE FEDERAL
de RIO GRANDE mantém a LICENCIATURA PLENA no seu CURSO de EDUCAÇÃO ARTÍSTICA no
INSTITUTO DE LETRAS e ARTES[3]
[1] CORONA Fernando: COISAS MINHAS: 1962 1965 Brasília
e outros alpistes
85 f.06.08. 1962 26.11.1965. Folhas sem linhas caderno simples:
210 mm X 149 mm.
[2] - Publicado no Diário
Oficial de 04 . 12 . 1962 e assinado por João Goulart, Hermes Lima, Miguel
Calmon e Darcy Ribeiro
[3] ILA – FURG http://www.ila.furg.br
Fig. 13 – O dito “GRUPO de BAGÉ” foi uma espécie de retribuição das ARTES
VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES á generosa ATIVIDADE FEDERAL no âmbito estadual. Glênio Bianchetti ( 1928-2014), Glauco
RODRIGUES (1929-2004) e Carlos SCLIAR (1920-2001) migraram a o centro do
Brasil. Enquanto isto Danúbio GONÇALVES
permaneceu no estado. Glênio Bianchetti levou para a Universidade
de Brasília o seu INSTITUTO de ARTES com muitos pontos em comum com o Instituto
de Artes da UFRGS onde se diplomou em ARTES PLÁSTICAS
11 – Outros ESTÍMULOS e APOIOS do GOVERNO CENTRAL
BRASILEIRO para as ARTES do RIO GRANDE
do SUL
Já nos primórdios do
IPHAN o GOVERNO FEDERAL projetou e bancou a estabilização e a proteção das
RUINAS das SETE POVOS das MISSÕES Destaca-se o trabalho exemplar de Lúcio Costa[1]
nestes projetos e na efetiva estabilização destas ruínas que se tornaram patrimônio nacional e depois referência
mundial na UNESCO.
[1] Lúcio COSTA nas MISSÔES
JESUÍTICAS https://www.archdaily.com.br/br/01-16239/classicos-da-arquitetura-museu-das-missoes-lucio-costa
nauguração do
monumento do Centenário da Imigração em 1924
em 1924 in TUBINO 2007 p.133 a
Fig. 14 – O MONUMENTO ao IMIGRANTE na cidade de SÂO
LEOPOLDO - que deveria ser um
reconhecimento da intervenção e apoio do GOVERNO CENTRAL do BRASIL para a
imigração - acabou sendo esquecido e abandonado pelo poder
público. Erguido com uma subscrição
popular[1]
este monumento foi visto com desconfiança ao longo do ESTADO NOVO e no âmbito da II GUERRA MUNDIAL
Inspirava medo de represálias como como
também aconteceu com a língua, a cultura e costumes populares dos netos dos
imigrantes
É uma árdua e longa tarefa listar e estudar as intervenções e apoios das ARTES provenientes do Ministério da Cultura, do CNPq, por meio Lei ROUANET, do IPHAN - absorvido pelo INSTITUTO BASILEIRO de MUSEUS (IBRAM) e em conflito com a AGENCIA BRASILEIRA de MUSEUS (ABRAM)[2] e que tem por destino as ARTES VISUAIS do Rio Grande do Sul. As ARTES VISUAIS do Rio Grande do Sul estão buscando apoios, conexões contatuais duradouras e coerência com esta política, economia e projetos civilizatórios.
Estão na memória a
somatória dos recursos que no passado alavancaram nas ARTES VISUAIS as
experiências da FUNARTE, os projetos do PRÓ-MEMÓRIA, os PRÊMIOS e os RECONHECIMENTOS
Não dá para deixar fora
os Bancos Federais que deixaram no Rio Grande do Sul somas a fundo perdido
ou até hipotecas para que as ARTES do
RIO GRANDE do SUL pudesse viabilizar seis projeto. Cita-se apenas o caso do
atual prédio do Instituto de Artes erguido em pena II GUERRA MUNDIAL graças ao
dinheiro adiantado pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL[3]
[1]
MONUMENTO ao IMIGRANTE SÂO LEOPOLDO https://www.youtube.com/watch?v=zYKs1fqjUjI
[3] “No dia dois de Outubro assinávamos na Caixa
Econômica o empréstimo de quinhentos contos de reis. Para que constasse a
legalidade da hipoteca, assinaram conosco as nossas esposas. Os fiadores
fomos: Tasso Corrêa, Enio de Freitas e
Castro, Oscar Simm e eu Fernando Corona”. Diário de Fernando Corona, ano de
1941, fl. 425 De fato conseguiram o
empréstimo de 400.000$000 da Caixa Econômica, conforme o Livro de Atas
do CTA.
Fig. 15 – O comodato - no qual a UNIÃO cedeu o prédio da
sua DELEGACIA FISCAL ao GOVERNO do ESTADO do Rio Grande do Sul para abrigo e
funcionamento do seu MUSEU de ARTES. Este comodato predial resultou e continua numa obra pública que valoriza as ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES. Os sucessivos governos estaduais
mantiveram este contrato e o expressaram por meio de uma vida estética
ininterrupta na busca do melhor, coerente e mais elevado que uma sociedade, um tempo
e um local pode exigir.
PROBLEMA CENTRAL desta postagem foi o encontrar as
veredas para iluminar as razões ¿ POR QUE a ARTES SUL RIOGRANDENSES são BRASILEIRAS?
Ao percorrer os parcos e resumidos índices, da
presente postagem, já é possível chegar à percepção de que o Brasil pensa e tem
muitas esperanças no Rio Grande do Sul. O inverso também é verdadeiro. Porém a
autonomia, e até soberania, expressas pelo sul-rio-grandense em todos os
momentos da sua história, faz com o
brasileiro chegue a conclusão “o
sul-rio-grandense sabe o que faz e porque o faz. Portanto não é necessário
me preocupar com ele. Nós brasileiros temos problemas
maiores e mais urgentes” .
Fig. 16 – O artista
carioca Hélios SEELINGER (1878-1965) foi um agente ativo e presente na
interação das ARTES VISUAIS BRASILEIRAS no RIO GRANDE do SUL e VICE VERSA. O Governo do RIO GRANDE do SUL encomendou-lhe,
em 1925, uma grande tela que ele denominou “O RIO GRANDE de PÈ PELO BRASIL”
deveria figurar na escadaria do PALÁCIO GOVERNAMENTAL (Piratini). O lema “O RIO
GRANDE de PÈ PELO BRASIL” foi a frase chave da REVOLUÇÂO de 1930. A versão
definitiva da pintura não foi instalada no lugar previsto, sendo remetida,
depois, para o museu da cidade de
Piratini, de onde retornou para o restauro do MARGS, onde aguarda esta
intervenção e consolidação ainda em 2018,
No contraditório os SUL-RIO-GRANDENSES
sempre “ESTIVERAM de PÉ pelo BRASIL” procurando ajudar a
resolver, da melhor forma possível estes PROBLEMAS MAIORES e MAIS URGENTES do
BRASIL.
Se poucos brasileiros
conhecem e reconhecem a sua produção de base em ARTES VISUAIS sul-rio-grandenses,
em contrapartida muitos artistas, ao exemplo de Manuel Araújo Porto-alegre, não
deixam de enriquecer o patrimônio estético brasileiro atual com as suas obras e
suas concepções.
Neste ponto de conclusão,
vale a observação do escultor, arquiteto, professor e cronista das ARTE
SUL-RIO-GRANDENSE, Fernando CORONA (1895-1979) ao escrever (1977 p. 166)[1]
que .
“nunca tantos deverão ficar ignorantes de tão
poucos, pois a história na seara das Artes, ainda está para ser contada desde
Araújo Porto-alegre e Pedro Weingärtner até os últimos talentos que despertam
nas artes plásticas e na arquitetura”.
Na medida em que os
olhares e a atenção da pesquisa da memória estética brasileira e regional se voltar
para este imenso acervo e buscar entender sinceramente vida artística do RIO
GRANDE do SUL haverá milhares de outras conexões estéticas entre o BRASIL e um dos
seus ESTADOS REGIONAIS a serem evidenciadas e que enriquecem mutuamente ambos
os ENTES.
Assim não haverá mais
dúvidas de QUE as ARTES SUL-RIO-GRANDENSES são BRASILEIRAS.
FONTES
BIBLIOGRÁFICAS
CORONA, Fernando (1895-1979). . Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto
Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241
CULTURA ITALIANA –
130 anos =
Cultura italiana – 130 anni / org. Antônio Suliani e Frei Rovílio Costa -
ed bilíngue – Porto Alegre : Nova Prova,
2005, 340 p. il. 25 x 29 cm.
DAMASCENO, Athos. Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900) Porto
Alegre: Globo, 1971. 540p
GOLIN, Tau. A Guerra Guaranítica: como os exércitos de Portugal e Espanha
destruíram os Sete Povos dos jesuítas e índios guaranis no Rio Grande do Sul.
(1750-1761). Passo Fundo: UPF e Porto Alegre: UFRGS, 1998, 624 p
SARAIVA Glaucus da Fonseca (1921-1983) Manual do tradicionalista:
orientação geral para tradicionlistas e centros de tradições gaúchas.
Porto Alegre : Sulina, 1968, Coleção Meridional nº 09
TUBINO, Nina A
germanidade no Brasil Porto
Alegre: Sociedade Germânia, 2007, 208, il.
ISBN 978-85-999117-15-6
MANUSCRITO
INÉDITO
CORONA
Fernando: COISAS MINHAS:
1962 1965 Brasília e outros alpistes
85 f.06.08.
1962 26.11.1965. Folhas sem linhas caderno simples:
210 mm X 149 mm.
[propriedade dos
descendentes]
FONTES
NUMÉRICAS DIGITAIS
A FORMAÇÃO do
BRASIL e os IMIGRANTES
ARTE - brasilidade e germanidade SUMÁRIO das 10 POSTAGENS e as suas CONEXÕES
DIGITAIS
ARTE no RIO GRANDE do SUL A
PROVÍNCIA SUL-RIO-GRANDENSE DIANTE do PROJETO IMPERIAL BRASILEIRO
2018
- GOVERNO FEDERAL- as UNIVERSIDADES
FEDERAIS e a AGÊNCIA BRASILEIRA de
MUSEUS – ABRAM-
Carta de Bento
Gonçalves ao Regente Feijó
CARTAS
de MARUIM
+
PROCLAMAÇÂO
da REPÚBLICA
Decreto nº 1, de 15 de Novembro de
1889 - Publicação Original
CONSTITUIÇÃO do ESTADO do RIO GRANDE do SUL - 14 de julho de 1891 –
Assembleia
Constituinte do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, 14 de julho de 1891, 3° da
República
ESCOLAS de ARTES no RIO GRANDE do SUL 2008
GABINETES
de LEITURA no BRASIL
Decreto nº 1, de 15 de Novembro de
1889 - Publicação Original
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1-15-novembro-1889-532625-publicacaooriginal-14906-pe.html
ABRAM
http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/Geral/2018/09/661055/Nova-agencia-vai-assumir-reconstrucao-do-Museu-Nacional
ABRAM
http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/Geral/2018/09/661055/Nova-agencia-vai-assumir-reconstrucao-do-Museu-Nacional
Juvenal Octaviano MILLER (1866-1909)
O
CENTENARIO do MONUMENTO a JÚLIO de CASTILHOS
como
ÍNDICE de um TEMPO e de suas CIRCUNSTÂNCIAS
ESTADO NOVO e a ARTE
em PORTO ALEGRE.
Lúcio
COSTA nas MISSÕES JESUÍTICAS
MANUEL
JORGE GOMES de SEPÚLVEDA (*16.04.1735 +28.04.1814)
MONUMENTO ao
IMIGRANTE em SÂO LEOPOLDO https://www.youtube.com/watch?v=zYKs1fqjUjI
UTI POSSEDETIS ITA POSSIDEATIS
ESTUDOS
de CASOS
1 - OS GRÊMIOS
GAUCHOS da 1ª REPUBLICA e DANTE LAYTANO
http://www.scielo.br/pdf/ha/v3n7/0104-7183-ha-3-7-0252.pdf
2 -
O INSTITUTO de ARTES da UFRGS
3 - UNIVERSIDADE das
ARTES e o RIO GRANDE do SUL.
2018.08.30- Postagens disponíveis na
REDE NUMÈRICA DIGITAL de MATERIAL do GRUPO de PESQUISA da AAMARGS do ANO
e 2018
13.01.2018..
PESQUISA das ARTES VISUAIS INSTITUCIONALIZADAS no
RIO GRANDE do SUL. [projeto de 2018]
19.05.2018..
NO ATELIÊ DOS CONCEITOS: INSTITUIÇÃO /
INSTITUCIONALIZAÇÃO Neusa Rolita Cavedon
cavedon.neusa@gmail.com
18.07.2018..
As ARTES VISUAIS INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE
do SUL e a LEGISLAÇÃO.
27.07.2018..
CONCEITOS e
CIRCUNSTÂNCIAS das ARTES INSTITUCIONALIZADAS
no RIO GRANDE do SUL
01.08.2018..
O que
PERMANECEU da MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA no RIO GRANDE do SUL.
06.08.2018..
O PROJETO
CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA pela ARTE:
14.08.2018.. ARTE
DISTINTA de CULTURA
num PROJETO CIVILIZATÓRIO.
21.08.2018.. As
ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL na
ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.
27.08.2018.. POTENCIALIDADES das ARTES VISUAIS no RS em 2018:
31.08.2018.. FRUSTRAÇÕES
de PROJETOS nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL
05.09.2018.. ACERTOS
e INSTITUIÇÕES
do PROJETO de UNIDADE e IDENTIDADE do
RIO GRANDE do SUL:
08.09.2018.. PORTO ALEGRE e suas REPRESENTAÇÕES ARTISTICAS. Os
ARTISTAS que muito ou POUCO “OLHARAM”
para a CIDADE
”
[1] CORONA,
Fernando (1895-1979). . Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto Alegre : UFRGS/
IEL/ DAC/ SEC 1977, 241
Este material possui uso
restrito ao apoio do processo continuado de ensino-aprendizagem
Não há pretensão de lucro ou
de apoio financeiro nem ao autor e nem aos seus eventuais usuários
Este material é editado e divulgado em língua nacional brasileira
e respeita a formação histórica deste idioma.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA e DIGITAL de CÌRIO JOSÉ SIMON
Referências para Círio SIMON
E-MAIL
SITE desde 2008
DISSERTAÇÃO: A Prática Democrática
TESE: Origens do Instituto de Artes da UFRGS
FACE- BOOK
BLOG de ARTE
BLOG de FAMÌLIA
BLOG “ NÃO FOI no GRITO “ - CORREIO
BRAZILENSE 1808-1822
BLOG PODER ORIGINÁRIO 01
BLOG PODER ORIGINÁRIO 02 ARQUIVO
VÌDEO
CURRICULO LATTES
Nenhum comentário:
Postar um comentário