O
GRUPO de PESQUISA da AAMARGS AVALIA os RESULTADOS obtidos nos CONTRATOS, na METODOLOGIA e no MATERIAL que disponibiliza no FINAL do
ANO de 2018.
Fig. 01– Os
projetos do Grupo de Pesquisas da AAMARGS
tiveram o apoio do MARGS que se constitui numa instituição cujo projeto
é de se dedicar a colecionar, estudar e
socializar MANIFESTAÇÕES das ARTES VISUAIS. A sua natureza se distingue das instituições
dedicadas ao ARTESANATO, à MODA ou OBJETOS OBSOLETOS , fora da validade da aplicação, do uso e
destinados ao descarte . Para tanto o MARGS
busca agir diante da qualidade
própria da OBRA de ARTE cuja NATUREZA é
o de GANHAR QUALIDADE enquanto DURA e
RESISTE com o PASSAR DO TEMPO
SUMÁRIO
01 - Avaliação dos resultados,
das metodologias e dos documentos 02 –
O PROJETO do ANO de 2018 . 03 – A TEMÁTICA da PESQUISA do
ANO de 2018. 04 – CONCEITOS e DEFINIÇÃO dos TERMOS da TEMÁTICA da PESQUISA do ANO de 2018. 05 – As ARTES VISUAIS
INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE do SUL e a LEGISLAÇÃO. 06 -. CONCEITOS e CIRCUNSTÂNCIAS das ARTES
INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE do SUL 07- O que PERMANECEU da MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA no RIO GRANDE do SUL. 08– O PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR da
VIOLÊNCIA pela ARTE 09 – ARTE DISTINTA de CULTURA num PROJETO
CIVILIZATÓRIO. 10 - As ARTES VISUAIS do
RIO GRANDE do SUL na ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL 11 – POTENCIALIDADES
das ARTES VISUAIS no RS em 2018 12 -
FRUSTRAÇÕES de PROJETOS nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL 13 - ACERTOS e INSTITUIÇÕES do PROJETO de UNIDADE e IDENTIDADE do RIO GRANDE
do SUL. 14- PORTO ALEGRE e suas REPRESENTAÇÕES ARTISTICAS. Os
ARTISTAS que muito ou POUCO “OLHARAM”
para a CIDADE15- Os
PROJETOS FEDERAIS das ARTES no RIO GRANDE do SUL.16 -- POTENCIALIDADES ESTADUAIS das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL e o CONTINUUM das EXPRESSÕES de sua
AUTONOMIA.17 -- O POTENCIAL de NOVAS e
de ANTIGAS INSTITUIÇÕES de ARTE no RIO GRANDE do SUL.18 --
Potencialidades ADMINISTRATIVAS das ECONOMIAS SIMBÓLICAS no RIO GRANDE do SUL. 19 --
POTENCIALIDADES OPERACIONAIS e ECONÔMICAS das ARTES no RIO GRANDE do SUL 20 -- FONTES
BIBLIOGRÁFICAS e NUMÈRICAS DIGITAIS
Revisão do texto por Dirce ZALEWSKY e por Arnoldo Walter DOBERSTEIN
Revisão do texto por Dirce ZALEWSKY e por Arnoldo Walter DOBERSTEIN
01 - Avaliação dos resultados, das
metodologias e dos documentos:
Francisco BELLANCA (1895-1978)
- Estudo para figura de um Diploma
Fig. 02– As sessões
do Grupo de Pesquisas da AAMARGS se
desenvolveram, ao longo do ano de 2018, num clima de camaradagem, de trocas e
de contrastes orientados pela temática
centrada na INSTITUCIONALIZAÇÂO das ARTES VISUAIS do Rio Grande do Sul . Para tanto o Grupo da AAMARGS
buscou agir diante da qualidade
própria da OBRA de ARTE que é o de DURAR e GANHAR QUALIDADE e NOBREZA enquanto
é estudada, divulgada e possui observadores .
Somente
é possível AVALIAR ALGO na MEDIDA em que EXISTIREM LEIS, CONTRATOS e PROJETOS conhecidos e respeitadas por todos em relação a este FATO ou OBJETO. Na
falta destes CONTRATOS, de PROETOS e de LEIS, reina o arbítrio, a improvisação
e os gastos suntuários.
Os atravessadores, os mediadores e os interesseiros impõem os EVENTOS PASSAGEIROS que não deixam memória e nem somam uma consciência coletiva para TODO ESTADO do Rio Grande do Sul.
Carlo ARGAN ao escrever em relação à ARQUITETURA[1] tocou nesta incompletude da OBRA de ARTE
Os atravessadores, os mediadores e os interesseiros impõem os EVENTOS PASSAGEIROS que não deixam memória e nem somam uma consciência coletiva para TODO ESTADO do Rio Grande do Sul.
Carlo ARGAN ao escrever em relação à ARQUITETURA[1] tocou nesta incompletude da OBRA de ARTE
“a :aparente
incompletude da obra de arte, seu não poder ser senão como ser-no-mundo, seu
colocar-se como Dasein e não
como Sein, se manifestam na
arquitetura moderna no predomínio, aliás, na substituição das perspectivas pela
planta como momento essencial não só da funcionalidade, mas do valor estético
do edifício”.
Uma AVALIAÇÃO ISENTA,
IMPESSOAL e OBJETIVA perde qualquer
possibilidade - e sentido - onde domina
a “POSSE
dos CARGOS” transformados em CABIDES de EMPREGOS BEM REMUNERADOS. Neste ambiente, carente de CONTRATOS, de PROJETOS e de VALORES CONHECIDOS e RESPEITADOS, os ARTISTAS estão à mercê dos
ATRAVESSADORES, dos MEDIADORES e INTERESSEIROS no TRABALHO e OBRAS ALHEIAS.
Neste ambiente emergem e reinam os “PRÊMIOS em CIMA DE...”, os EVENTOS OCOS, o MARKETING e PROPAGANDA manejados e favoráveis aos ATRAVESSADORES, aos MEDIADORES e aos INTERESSEIROS do alheio.
Neste ambiente emergem e reinam os “PRÊMIOS em CIMA DE...”, os EVENTOS OCOS, o MARKETING e PROPAGANDA manejados e favoráveis aos ATRAVESSADORES, aos MEDIADORES e aos INTERESSEIROS do alheio.
02 - O PROJETO
do ANO de 2018
O
PROJETO das SESSÕES PÚBLICAS do GRUPO DE PESQUISAS da AAMARGS esteve voltado, ao
longo do ano de 2018, para a
INSITUCIONALIZAÇÃO das ARTES VISUAIS nos LIMITES GEOGRÁFICOS do RIO GRANDE do
SUL
No
PRIMEIRO SEMESTRE as sessões foram MENSAIS. No SEGUNDO SEMESTRE, foram SEMANAIS
sempre, as quintas feiras, das 14h15min até as 16h00 e realizadas no Pequeno
Auditório do MARGS
O
GRUPO funcionou sob o alto patrocínio e da autorização da direção do MUSEU de ARTE do RIO GRANDE do SUL. O seu
funcionamento foi decorrência desta autorização no uso pontual do ambiente. CONVITE, SUPERVISÃO e FUNCIONAMENTO sem ÔNUS de espécie alguma vieram da
ASSOCIAÇÃO de AMIGOS do MUSEU de ARTE do RIO GRANDE DO SUL (AAMARGS).
No
ano de 2018 ocorreu a quinta edição das sessões sucessivas nos anos de 2015,
2016 e 2017. Estas sessões retomaram o projeto cuja primeira série ocorreu no
ano de 2002.
[1] - Carlo ARGAN https://artearquiteturadesign2.files.wordpress.com/2014/09/arquitetura-e-arte-nc3a3o-figurativa.pdf
03 – A TEMÁTICA da PESQUISA do
ANO de 2018
Fig. 03– Uma
obra da parede do MARGS marca o ambiente
do prédio que INSTITUCIONALIZA as ARTES VISUAIS do Rio Grande do Sul O tema da atividade lúdica de pequenos seres
alados brincando com um delfim conferem o clima de alegria, de despreocupação e
da gratuidade que cercam as práticas e o usufruto das artes..No entanto o
MARGS é uma instituição que busca agir
diante da qualidade própria da OBRA de
ARTE que é o de DURAR e GANHAR QUALIDADE e NOBREZA . Este conjunto significa
projetos e ações práticas cujo objetivo é garantir que esta gratuidade, despreocupação
e alegria possam durar por TEMPO INDETERMINADO
A
TEMÁTICA da PESQUISA do ANO
de 2018 voltou-se para as ARTES VISUAIS INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE
do SUL
Esta
TEMÁTICA foi desdobramento das quatro edições anuais anteriores.
Fig. 04– Uma mandala como criação da
professora e doutora NEUSA CAVEDON julho
do ano de 2017, pintura, relevo, Ø 230 mm - reflete o intenso e complexo mundo de
concepções e, ao mesmo tempo, a unidades
do projeto do Grupo de Pesquisas da AAMARGS. O texto que se segue é um reflexo do mundo da Administração da
ÉPOCA-PÓS-INDUSTRIAL e envolvem instituições, associações, grupos e pessoas
dedicadas à produção, reflexão e usufruto destes campos de forças da CIVILIZAÇÃO.
04 – CONCEITOS e
DEFINIÇÃO dos TERMOS da TEMÁTICA da PESQUISA do
ANO de 2018
A
professora e doutora NEUSA CAVEDON elaborou um texto no qual atualizou os
conceitos de ADMINISTRAÇAO INSTTUCIONAL a partir de sua experiência na FACULDADE
de ADMINISTRAÇÃO da UFRGS. Entre tantos conceitos ela resumiu e destacou:
“na nova definição da teoria institucional da arte,
Dickie (1997) traça a teorização e esclarece cada parte integrante da
definição. Para ele: 'uma obra de arte é
um artefato de uma classe criado para ser apresentado diante de um público do
mundo da arte'. Decompondo cada concepção envolvendo a definição anterior:
a) o artista é a pessoa com competência para elaborar uma obra de arte; b) o
público é constituído por pessoas com capacidade (formação) para compreender
aquilo que lhe está sendo apresentado como arte; 3) o mundo da arte é formado
por todos os sistemas que integram o mundo da arte: 4) por seu turno, um
sistema do mundo da arte configura-se como um ponto de referência para a
apresentação da obra de arte, por parte de um artista, frente a um público do
mundo da arte”.
"NO ATELIÊ DOS CONCEITOS: INSTITUIÇÃO /
INSTITUCIONALIZAÇÃO"
Neusa Rolita Cavedon cavedon.neusa@gmail.com
05 --
As ARTES VISUAIS INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE
do SUL e a LEGISLAÇÃO
STUDIO P: atelier aberto de pintura: catálogo
2016-2018 Porto Alegre: UFRGS, 2018.
p.45
Fig. 05 – A
produção física da OBRA de ARTE simultânea com a reflexão e socialização dos
conceitos colocam o artista visual na linha proposta por Leonardo da Vinci ao
afirmar que uma “PINTURA é uma COISA
MENTAL”. Esta dupla ação coloca as artes no interior de UNIVERSIDADE
de par em par com as demais profissionais superiores
As normativas, as leis e a instituições próprias de uma região geográfica (Weltgeist), como o Rio Grande do Sul ganham sentido social
(Volksgeist) e lógica interna além de referências autorais únicas. No
contraditório, o constante acúmulo do fluxo de informações estéticas,
permitindo-lhe uma constante atualização da inteligência. Liberta-se, assim, da
heteronomia de mitos e fetiches de
tendências estéticas alheias e de outros tempos (Zeitgeist). Esta tripla
autonomia permite à OBRA de ARTE o novo, o único e uma gradativa formação de uma
consciência daquilo que lhe é caro e coletivamente significativo. O que importa é que esta identidade - já
sedimentada e definida - facilite o encontro com o diferente, sem temores
característicos de uma frágil e insegura identidade pessoal e coletiva.
No
RIO GRANDE do SUL cada novo e sucessivo regime político ditou, escreveu e fez
cumprir uma série de LEIS que estimularam direta ou indiretamente o CAMPO de
FORÇAS ESTÉTICAS. Evidente que estas
leis contornam o campo de FORÇAS da ARTE, porém o limitam ou fertilizam. Assim
os regimes coloniais, imperiais e republicanos sul-rio-grandenses tiveram como
resposta limitações intransponíveis aos seus contemporâneos ou,
então, lhes abriram amplas perspectivas ao EXERCÍCIO PLENO de EXPRESSÕES
de ARTE
06 .
CONCEITOS e
CIRCUNSTÂNCIAS das ARTES
INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE do SUL
Fig. 06 – Uma das
propostas mais significativas das Artes Visuais do RIO GRANDE do SUL é a
criação e execução do MUSEU DO PERCURSO NEGRO de PORTO ALEGRE. Um museu público com um acervo de obras
de arte visuais e que, no entanto, não é um parasita, pois não possui prédio,
funcionários específicos e burocráticos. Esta instituição, em plena e
continuada exposição pública, é
potencialmente uma das propostas adequadas para a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
A pesquisa estética não é parasita do Estado e nem se alimenta de
sua seiva. Estas epífitas[1] aproveitam-se apenas da altura, da sombra e do
microclima propiciado pela hospedeira.As eventuais INSTITUIÇÕES DE PESQUISA
ESTÉTICA são tratadas como as orquídeas hospedadas na árvore contanto que NÃO
parasitem ou suguem qualquer recurso do erário público.
Esta autonomia das
organizações estéticas, de pesquisa e de reprodução as mantém o mais distante
possível dos governos seguindo Platão que já avisava (1985, p.84)[2]::
“cada governo estabelece as
leis para a sua própria vantagem: a democracia leis democráticas, a tirania
leis tirânicas e os outros procedem do mesmo modo; estabelecidas estas leis,
declaram justa, para os governados, esta vantagem própria e punem quem
transgrida como violador da lei e culpado de injustiça”
A
dimensão social, econômica, técnica e política do fenômeno da ARTE passa pelo filtro expressões do SER humano. A partir do seu ENTE as obras de ARTE, deste
SER humano, estabelece aa ARTE com suas leis e suas vantagens. Esta tensão gera
um campo de forças suficientemente esclarecido para avaliar, estimular ou se opor a qualquer governo externo a este campo da ARTE. Por esta razão os mais variados governos censuram, se
imiscuem ou valorizam o campo de forças
da ARTE.
O processo ganha uma sólida consistência e dimensões contratuais e
hierárquicas na medida em que grupos, instituições e sociedades valorizam e
normatizam a crítica d este campo de forças
da ARTE. O indivíduo artista aufere a
sua energia do campo de forças do CAMPO da ARTE especifico que gera, circula e
se reproduz a partir do seu núcleo cada vez mais denso e autônomo.
No início do terceiro milênio, o Rio Grande do
Sul assiste, participa e contribui para o adensamento do seu próprio núcleo de
forças do CAMPO da ARTE. Este fenômeno ganha visibilidade e materialidade avaliável em grupos, em instituições e em sociedades
normatizadas e hierarquizadas. Instituições que se burocratizam rapidamente e
seguem a lógica formal e legal. O perigo que se apresenta é que esta burocratização se esterilize e perca a
possibilidade de se reconectar com os ideais e necessidades de sua origem e nem
possua a competência de interagir com o presente. Instituições que seguem a
sina de que a “FORMA MATA a ARTE”. Nestas circunstâncias estão muito distantes
de se constituir e reproduzir PROJETOS autênticos, COMPENSADORES da VIOLÊNCIA e
que a civilização artificial, contratual e humana necessita exercer como
DELEGAÇÃO PERMANENTE dos seus cidadãos.
[2] PLATÃO ( 427-347) – A REPÚBLICA – Tradução di J.
Guinsburg 1º volume . São Paulo :
Difusão Européia do Livro, - 1985 - 238 p.
http://pt.scribd.com/doc/36631268/A-Republica-Platao-Vol-I
07 . O que PERMANECEU da MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA no RIO GRANDE do SUL.
STUDIO
P: atelier aberto de pintura: catálogo
2016-2018 Porto Alegre: UFRGS, 2018. pp.42-3
Fig. 07– A
ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL possui a
potencialidade de incorporar, no seu universo, todas as etapas estéticas e
culturais de todas as eras, tendências artísticas e devolver um produto inédito
sem ser eclético. Como esta mesma ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL está conectada com
todo o planeta, ela dialoga com todas as
culturas ativas e troca com elas, em pé de igualdade
O que
permanece é o PENSAMENTO. O PENSAMENTO da MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA permaneceu.
Isto apesar de - ao longo de 143 anos – seu projeto escrito permanecer distante de qualquer
conhecimento além do seu autor JOAQUIM LE BRETON e alguns desconhecidos. Este
PENSAMENTO foi formalizado no dia 12 de junho de 1816 numa longa e detalhada CARTA[1] que algum zeloso funcionário público colocou embalsamada no fundo de uma gaveta
de um serviço burocrático e acessível apenas para um seleto grupo de
intelectuais brasileiros O projeto de 1816 ficou mofando até 1959 quando o pesquisador Mário
Barata achou, traduziu, divulgou e publicou a carta de Le Breton chefe da Missão Artística
ao Rei Dom João VI. Mário BARATA comentou[2] que:
“nas
indicações dadas pelo texto comprovam a influência de Humboldt sobre Le Breton,
no tocante à criação de uma escola de Artes, mas delas se deduz,
definitivamente, o fato de que a Missão Artística foi concebida pelo antigo
secretário do Instituto de França, ficando com o Conde da Barca e D. João VI o
mérito (já bastante grande) de terem
aceito a proposta e procurado de certo modo realizá-la. O decreto de
12 de agosto, posterior apenas de um mês e três dias a data do segundo
rascunho, já não seguia, porém, as linhas do plano de Lebreton, nem o projeto de lei por ele elaborado”.
Nestes 143 anos a Imperial
Academia de Belas Artes convivia com os arraigados hábitos da escravidão e com
as práticas do regime colonial pesado e alienante. Neste meio tempo, a seção
burocrática e imperial nominalmente das BELAS ARTES era sustentada pelas
províncias, como o Rio Grande do Sul sem que tivessem qualquer contrapartida ou instituição de arte. Além disto províncias nada recebiam em troca
além da obrigação de enviarem os seus
filhos de elite para a corte
centralizadora do Rio de Janeiro.
As províncias não tinham direito à uma destas INSTITUIÇÕES de ARTES, nem
a algum evento das Artes Visuais ou mesmo a alguma obra de arte digna deste
nome. As capitais das províncias imperiais continuavam com a sua aparência
visual, hábitos e a sua vida cultural do período colonial lusitano.
Assim o ESTADO IMPERIAL
priorizava a SEGURANÇA JURÍDICA e
ECONÔMICA pelo qual pagava o preço da renúncia da AUTONOMIA do CAMPO das ARTES.
O ESTADO NACIONALISTA, da ERA INDUSTRIAL, lançava a semente no CAMPO da
ESTÉTICA e da INDÚSTRIA CULTURAL.
Enquanto isto, a Carta de LE BRETON
continuava estrategicamente na gaveta. Na sua essência este projeto propunha
duas escolas. Uma para as BELAS ARTES e
outra para as ARTES e os OFÍCIOS
“eu proporei não se esperar a sucessão de tempo necessária para que a
influência de vossa principal escola chegue às oficinas do Artesão, e
ofereço-me para organizar, com o ensino das Belas Artes, a propagação
simultânea do desenho nas artes e ofícios que dele podem tirar proveito”.
O que de fato incomodava os cortesões - no
aguardo de uma POSSE de um CARGO PÚBLICO, era
a proposta de uma dupla
instituição com os mesmos professores e em número pequeno e
eficiente “professores de
uma dupla escola das artes do desenho bastarão para todo o ensino dessas artes,
e mesmo de suas aplicações aos ofícios.” Esta tipo de economia era impensável para estes cortesões.
A premonição de Le Breton tinha
endereço certeiro:
“é essencial que se determine bem o emprego
de cada um, e não se deixe ao patronato, desprovido de luzes, nem às pretensões
pessoais dos artistas, a possibilidade de intervir ou enfraquecer a ordem do
ensino pela invasão de qualquer professor medíocre ou não clássico, pois a
escola, desde o início, apresentava germes de fraqueza e de torpor que não tardariam a
prejudicá-la”.
O castigo desta falta de projeto
planejamento seria imediato e atroz. ”sem
isto teríeis rapidamente, sr. Conde, um formigueiro de artistas-abortos, saídos
de vossa escola, e que seriam mais importunos que úteis”, Certamente isto
aconteceu mais do que conhece e divulga. O erário público era gasto sem garantia de
resultados e eficiência de espécie alguma. O descrédito do campo de artes é
proveniente tanto da não divulgação dos projetos, dos contratos e dos
resultados mesmo que sejam de longo prazo.
LE BRETON previu a necessidade que a
população detenha acesso a esta produção artística desenvolvida no Brasil:
“por este meio bastante natural, cuja despesa não seria assustadora, a escola
brasileira, desde o nascimento, iniciaria um Museu Nacional interessante, que
se enriqueceria, cada ano, e logo se estenderia até a descrição pitoresca do
País”. Mais adiante continua “é,
portanto, necessário reunir quadros de diversas escolas, telas que possam
servir às lições práticas, como demonstração, ao mesmo tempo em que guiem e
mesmo inspirem professores”
E qualifica este Museu “escolhendo bem e pondo de lado a pretensão e
a mania de possuir coisas demasiados raras”. Na sua CARTA Le BRETON já
previu um DIA da ARTE “Todos estes trabalhos se
exporiam publicamente no aniversário natalício do Rei. O folheto explicativo da
exposição poderia ser vendido em proveito da escola”. Este evento
fixou-se no dia 12 de agosto em função de decreto que criava a Escola Real de
Belas Artes e Ofícios, no ano de 1816[3].
Ao reportar-se às províncias
brasileiras, LE BRETON cita o exemplo da
interiorização deste saber na França:
”os
Intendentes e os Bispos abriram várias dessas escolas nas províncias a exemplo
de Paris, com regulamento feito por Bachelier; assim, imprimiu-se à indústria
francesa um movimento de melhora que se fez sentir em toda parte, e que nada
custou ao tesouro público”.
De fato o posterior Regime Republicano
demonstrou que a criação, tanto de
instituições de Belas Artes como de Arte e Ofícios, praticamente nada custavam ao erário
nacional. Os bispos, da época, eram funcionários do governo real. Em contrapartida
a distribuição de renda e os impostos derivados foram e continuam a ser uma fonte
ainda não esgotada.
No entanto o hábito da
dependência, da heteronomia da vontade, da inteligência e dos sentimentos
continuaram a se pautar pelo colonialismo, pela escravidão e burocratização
derivado de um sistema jurídico adequado à inércia, a encontrar um culpado de
tudo e transformar qualquer assunto, sério e consequente, em piada, deboche e desqualificação de qualquer crédito
ehttp://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/02/151-logistica-em-estudos-de-arte.html
[2] REVISTA do PATRIMÔNIO ARTISTICO NACIONAL - nº 14 - 1959
[2] REVISTA do PATRIMÔNIO ARTISTICO NACIONAL - nº 14 - 1959
[3] Os advogados escolheram o
dia 11 de agosto em função da primeira Faculdade de Direito fundada 11 anos
depois
08 -.
O PROJETO CIVILIZATÓRIO
COMPENSADOR da VIOLÊNCIA pela ARTE.
Fig. 08– Caso
falte ALMA para uma cidade, também lhe faltará ÂNIMO. Por mais limpa educada e tecnificada for uma
metrópole se lhe FALTAR ARTE os seus habitantes irão cansar deste TRABALHO
ROTINEIRO. Caso uma cidade dedicar TODAS AS SUAS ENERGIAS e FORÇAS e
ECONOMIAS para a LIMPEZA e para a SEGURANÇA ela será
ESTETICAMENTE ESTÉRIL e TODOS FOGEM DELA
no PRIMEIRO FERIADO que surge no calendário.
O cidadão delega ao seu
ESTADO o EXERCÍCIO da VIOLÊNCIA. Este cidadão se abstém de fazer a justiça com
as próprias mãos e meios. No entanto, caso o ESTADO APENAS PRATIQUE a VIOLÊNCIA -
que lhe delegam - ele se torna um ENTE POLICIAL, e gera aversão e medo generalizado. Como o ESTADO também SABE que
TODOS SÃO ARTISTAS POTENCIAIS igualmente sabe que existem ARTES SOCIALMENTE
ACEITAS como também aquelas deletérias e
vivamente condenáveis. Assim cabe ao ESTADO OFERECER eficientes e qualificados
PROJETOS CIVILIZATÓRIOS COMPENSADORES[1]
da sua VIOLÊNCIA, caso não queira multiplicar ao infinito e sustentar
PRESIDIOS, TRIBUNAIS e transformar a cidade num campo de CONTROLE, de
ESPIONAGEM e de DELAÇÔES SEM FIM.
O projeto oficial da
CONSTRUÇÃO de uma CONSCIÊNCIA COLETIVA a
partir do seu PODER ORINÀRIO é bem recente no Rio Grande do Sul. Na cultura brasileira
ganhou uma forma legível, em 1942, com
Mário de Andrade que propunha[2], para a UNE:
“o direito permanente à
pesquisa estética; a atualização da inteligência artística brasileira; e a
estabilização de uma consciência nacional [..] A novidade fundamental, imposta
pelo movimento, foi a conjugação dessas três normas num todo orgânico da
consciência coletiva”.
Esta conferência evocava os resultados culturais da
Semana de Arte Moderna de 1922. Mario da Andrade havia sido uma das figuras
centrais desta Semana. Ele se indispusera em 1938 com o Estado Novo. A
conferência ocorria no auge desta ditadura que entrava em guerra com o Eixo.
A
noticia, desta proposta, repercutiu no Rio Grande do Sul, mas tardou em se
tornar fato e direito na direção de “QUE TODOS SÃO ARTISTAS” ganhou força
com as investidas de Iberê CAMARGO e as respostas de grupos como o “BODE PRETO”
Ganhou institucionalização com o ATELIER LIVRE de PORTO ALEGRE, das ESCOLINHAS
de ARTE e proliferação de CURSOS SUPERIORES de ARTES VISUAIS espelhadas por todo território do Rio Grande do Sul.
No contraponto o Rio Grande do Sul é herdeiro
direto da falácia e do mito da cultura ocidental de um ECLETISMO ESTÉTICO
ACOMODATÍCIO. Contra este elevou-se a voz de Mário de Andrade que fustigava - em
1938[3], na época do Estado
Novo - o ECLETISMO ESTÉTICO como “acomodatício
e máscara de todas as covardias” (1955, fl. 13].
Se Mário colocava, em
1942, a nacionalidade como primeiro principio, já nos registros de 1938, se precavera contra a SERVIDÃO e o
COLONIALISMO SUBLIMINAR. COLONIALISÃO e SERVIDÃO que misturam tudo,
intencionalmente, para estragar tudo e não servir a NINGUÉM. Por meio da exibição deste
ECLETISMO, além do exercício dos DONOS
de PODER, a sua intenção é ESTRAGAR TUDO. Estes DONOS do PODER buscam apenas - e tão somente - ressaltar a sua
ONIPOTÊNCIA inconteste, ONISCIÊNCIA sem sombra de dúvidas, ONIPRESENÇA em tida
mídia e ETERNIDADE garantida pela POSSE hereditária dos CARGOS.
[1] MARQUES dos
SANTOS, Afonso Carlos «A Academia Imperial de Belas Artes e o projeto Civilizatório do Império» in 180 anos de Escola de Belas Artes Anais do
Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997, pp. 127/146.
[2] - ANDRADE,
Mario O movimento modernista: Conferência lida no salão de
Conferências da Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores do Brasil no dia 3 de abril de
1942. Rio de Janeiro :Casa do Estudante do Brasil, 1942, p.45.
Esta
conferência evocava os resultados culturais da Semana de Arte Moderna de 1922.
Mario da Andrade havia sido uma das figuras centrais desta Semana. Ele se
indispusera em 1938 com o Estado Novo. A conferência ocorria no auge desta
ditadura que entrava em guerra com o Eixo.
Mário
coloca a nacionalidade como primeiro principio os concluía com busca da
construção de uma consciência coletiva.
[3] ANDRADE, Mario Curso de Filosofia
e História da Arte. São Paulo: Centro
de Estudos Folclóricos, 1955. 119 fls.
09 . ARTE
DISTINTA de CULTURA
num PROJETO CIVILIZATÓRIO.
STUDIO P: atelier aberto de pintura: catálogo
2016-2018 Porto Alegre: UFRGS, 2018. p.40
Fig. 09– A
criatura humana necessita um pouco mais do que PÃO e CIRCO no qual os OUTROS
são PADEIROS e ATORES. É da NATUREZA das ARTES que TODOS SEUS CRIADORES,
AGENTES além de simples expectadores criem uma rede de solidariedade e de trocas simbólicas e materiais ao redor das OBRAS. Por mais atrapalhado e bisonho que
seja este ATOR só assim experimentando e
sentindo as sensações das ARTES NOBRES ele começará a dar sentido para as
GRANDES OBRAS UNIVERSAIS
Para as ARTES VISUAIS VALE a mesma
pergunta que se faz ao FALANTE “¿ QUEM ESTÁ FALANDO QUANDO VOCÊ FALA?”. O mesmo
vale para as ARTES VISUAIS. A pergunta - ¿ QUEM está PINTANDO ou
ESCULPINDO no RIO GRANDE do SUL?
- deve ser dirigida ao artista e/ou
para as suas obras originais, se caso o artista não estiver presente.
A
apropriação do DISCURSO ALHEIO, da SUA GRAMÁTICA e da sua TERMINOLGIA, desqualifica a ORIGINALIDADE, a AUTONOMIA e
a PRETENSA OBRA não passa de um
PASTICHE, de KITSCH ou de FURTO CRIMINOSO. Uma das razões pelas quais o 'ESTUDANTE NÃO FAZ ARTE'. Ele está PINTANDO ou
ESCULPINDO para se apropriar de linguagens, técnicas e modos pelos quais OUTROS
deram corpo e RESOLVERAM um PROBLEMA
ESTÉTICO de sua época, lugar e sociedade.
Na realidade a apropriação do discurso, da
maneira de pintar ou esculpir o alheio constitui “TRABALHO”,
EXERCÍCIO e TREINAMENTO dos SENTIDOS e da MENTE HUMANA. Porém o projeto na ARTE
é sempre dar corpo para uma “OBRA” diferente e superior ao simples “TRABALHO”. Na concepção de Hannah ARENDT[1]
o “TRABALHO” destina-se ao CONSUMO, para a
OBSOLESCÊNCIA e para DESAPARECER sem deixar MEMÓRIA .
O
SOBRE-HUMANO é a “OBRA”
de ARTE que não é consumida pelo uso. Ao contrário, a “OBRA” de ARTE continua a projetar
valores, sentidos e o novo na medida em que ela resistir a qualquer uso,
utilidade imediata e ao consumo.
No Rio Grande do Sul as questões de sobrevivência da OBRA de ARTE dizem respeito à proximidade da NATUREZA do
IMEDIATISMO e de CONSUMO e assim DESAPARECER sem deixar MEMÓRIA. É ainda o
reino do “TRABALHO”.
Da MUDANÇA SEM MEMÓRIA e do INTUITIVO.
Neste
REINO INTUITIVO fundamenta-se a “OBRA”
de ARTE do ARTISTA PRIMITIVO, do ÌNSITO e da GRATUIDADE. Todas as
civilizações começaram a se descolar da
NATUREZA, do IMEDIATISMO e do
CONSUMO.
No RIO GRANDE do SUL verifica-se, também, a
enorme distância entre as INSTITUIÇÕES de ARTE com as autênticas e continuadas
EXPRESSÕES das ARTE. Estas instituições se burocratizam rapidamente e seguem a
lógica formal e legal da CULTURA. CULTURA que por si mesma está sem
possibilidade de se reconectar com os ideais e necessidades de sua origem e nem
possuem a competência de interagir com o presente. Instituições que seguem a
sina de que a “FORMA MATA a ARTE”. Assim os PROJETOS autênticos, COMPENSADORES
da VIOLÊNCIA estão muito distantes do que se FALA, do que se PUBLICA e do que se
FAZ CIRCULAR mesmo no mundo NUMÉRICO DIGITAL. Importa nestas circunstâncias constituir,
reproduzir como um ARTEFATO alertando para que aquilo é apenas um
documento de algo que JÁ ESTEVE VIVO e FOI ARTE
no MOMENTO de sua CONCEPÇÃO e
CRIAÇÂO.
Só o exercício da DELEGAÇÃO PERMANTE das COMPETÊNCIAS da ARTE aos seus cidadãos, tornará a civilização um pouco menos artificial, contratual e será algo mais próxima do humano cuja dimensão em muito, o que se pode imaginar de qualquer INSTITUIÇÃO[2] .
Só o exercício da DELEGAÇÃO PERMANTE das COMPETÊNCIAS da ARTE aos seus cidadãos, tornará a civilização um pouco menos artificial, contratual e será algo mais próxima do humano cuja dimensão em muito, o que se pode imaginar de qualquer INSTITUIÇÃO[2] .
[1] ARENDT, Hannah (1907-1975) Condition de l’homme moderne. Londres:
Calmann-Lévy 1983. 369 p. https://fr.wikipedia.org/wiki/Condition_de_l%27homme_moderne
[2] A INTELIGÊNCIA
HUMANA ULTRAPASA - em MUITO - a
UNIVERSIDADE
10 . As ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.
MAC
–RS - FESTIVAL de ESCULTURAS ITINERANTES[1]
em SETEMBRO de 2018
Fig. 10– O
OUTRO como OBJETO, a SERVIDÃO HUMANA e a FALTA de ÉTICA na prática
das ARTES VISUAIS corrompem e tornam
cínicas, espalhafatosas e cria cenários
desproporcionais. Cenários cujo objetivo é apenas comover, surpreender escandalizar sem que isto garanta a sua
permanência como OBRAS de ARTE. TRABALHOS desta natureza bastam a si mesmas
do alto de seus discursos tonitruantes e desproporcionais sem que PERMANEÇAM, GANHEM QUALIDADE e/ou
NOBREZA.
As conexões da ÉPOCA
NUMÉRICA DIGITAL permitem a ATUALIZAÇÃO INSTATÂNEA da INTELIGÊNCIA nas ARTES no
RIO GRANDE do SUL. Qualquer artista pode saber instantaneamente o que se passa
nas ARTES VUSUAIS nos centros hegemônicos da cultura planetária. Porém
não é SUFICIENTE a ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA nas ARTES no RIO GRANDE do SUL.
Se, de um lado, esta ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA é vantagem, do outro lado ela aumenta o poder subliminar do COLONIALISMO e da SERVIDÃO ESTÉTICA. As CULTURAS HEGEMÔNICAS sempre foram hábeis em se apropriarem de conceitos, obras e projetos e as desqualificam em comparações entre ENTES ABOLUTAMENTE DIFERENTES ENTRE SI.
Se, de um lado, esta ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA é vantagem, do outro lado ela aumenta o poder subliminar do COLONIALISMO e da SERVIDÃO ESTÉTICA. As CULTURAS HEGEMÔNICAS sempre foram hábeis em se apropriarem de conceitos, obras e projetos e as desqualificam em comparações entre ENTES ABOLUTAMENTE DIFERENTES ENTRE SI.
A proliferação de
BIENAIS de ARTE vulgarizou as OBRAS APRESENTADAS. Elas passam a serem,
novamente, peças, objetos e cenários e
coisas que estão sob o rígido controle de CURADORES e EMPRESÁRIOS. Retorna-se à
LÓGICA do REGIME COLONIAL BRASILEIRO.
Estão de volta os POSTULADOS da ”PROPAGANDA da FÉ” na qual a pretensa
OBRA de ARTE era destinada, de fato, a convencer e amedrontar os bugres, apenas saídos
das selvas. Para tanto EMPRESÁRIOS e CURADORES reduziram estas obras como objetos de MARKETING e PROPAGANDA dos
seus INTERESSES[2],
CONCEPÇÕES MERCADOLÓGICOS e PATRIMONIALISTAS.
No extremo oposto muitas
CIVILIZAÇÕES, CULTURAS e OBRAS de ARTE nasceram do absoluto isolamento de uma
ILHA da PÁSCOA, ou nas CULTURAS CLÁSSICAS PRE-COLOMBIANAS. Não suportaram
qualquer mudança, atualização e pereceram sem condições de retornar para a sua
primitiva origem e esplendor. Este sempre foi o destino das CULTURAS, das
CIVILIZAÇÕES e da ARTE que se basta a si mesma.
A necessidade de queimar
etapas e sintonizar com a ARTE UNIVERSAL fornece potencialidades para a ARTE
LOCAL aquilo que elas não possuem. Porém, nesta ATUALIZAÇÃO, correm o perigo de não conferirem o devido peso
ao seu presente, retardadas pela inflexibilidade
das suas tradições obsoletas e entorpecidas com ideologias pelas quais julgam a si mesmas como certas e definitivas.
As ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL, na qualidade de uma
cultura jovem, possuem ENERGIAS SOBRANDO e POTENCIALIDADES, na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL livres de cárceres conceituais e, assim, aptas para transformar os seus TABUS em TOTENS e as suas CONTRADIÇÕES em COMPLEMENTARIEDADES[3].
O que era CANÔNICO nas
ARTES VISUAIS perdeu sentido, compromisso e obrigação no caminho do artista na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.
As sábias lições de mestre Ado Malagoli de que ao “DAR uma PROIBIÇÂO a UM ARTISTA ELE a TRANSFORMA em OBRA DE ARTE”.
Contrariando o próprio mestre, fiel ao uso exclusivo da tinta a óleo de grande qualidade nas suas
pinturas, os seus discípulos seguiram o
seu caminho e passaram a USAR a TINTA
ACRÍLICA apesar das SEVERAS RESSALVAS do seu professor . De outra parte estava
clara na didática de Ado MALAGOLI que “ESTUDANTE NÃO FAZ ARTE”. Este ESTUDANTE
necessita sair da sombra do seu mestre e enfrentar a dura e árdua luta para
ajustar as suas CONTRADIÇÕES transformando-as em COMPLEMENTARIEDADES,
ORIGINALIDADE e VIDA INTELECTUAL e ESTÉTCA PRÓPRIA e ÚNICA.
[1] FESTIVAL de ESCULTURAS ITINERANTES https://www.jornalnopalco.com.br/2018/09/12/rio-grande-do-sul-recebe-pela-primeira-vez-o-festival-de-esculturas-itinerantes/
[2] HABERMAS, Jürgen. Conhecimento
e Interesse. Trad. José Heck. Rio de
Janeiro : Zahar, 1982. 367p.
[3] TRANSFORMAR a CONTRADIÇÂO em COMPLEMENTARIDADE
11 -. POTENCIALIDADES das ARTES VISUAIS no RS em 2018.
Fig. 11– As múltiplas
tendências estéticas que se acumulam em Porto Alegre são uma amostra do que se encontra no Rio Grande do Sul afora. Existem numerosos espaços, ambientes e agentes competentes para INSTITUCIONALIZAR as ARTES VISUAIS e preparar
um futuro no qual a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
irá encontrar um potencial para o simbólico e
projetos civilizatórios compensadores da violência. . Para tanto a
OBRA de ARTE possui a competência de GANHAR QUALIDADE, NOBREZA e DURAR – não só para estas obras – mas com
desdobramentos em cascata para toda a metrópole que a souber criar, cultivar e
reproduzir
A onda subliminar das
informações estéticas - disponíveis ou geradas pela ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL -
dificilmente permite que alguém seja intuitivo nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE
do SUL. O bombardeio de índices
estéticos não só acumula informações as mais desencontradas, ainda na
infância, mas também impõe concepções de
mundo, ideologias e paradigmas desencontrados que navegam na rede como garrafas
ao sabor das ondas e ventos. De outra parte a GUERRA de IDEIAS resulta do
estatuto de “TODOS SÃO ARTISTAS ATÈ PROVA
em CONTRÁRIO” resulta numa
competição pelo poder interno e externo do campo estético. De um lado a pura e
singela reação intuitiva não produz nada
além de ruído, signos ocos e que não se sustentam como obra de arte. Diante
deste ACÚMULO, DIVERGÊNCIAS e GUERRAS de IDEIAS, o próprio artista sente a
necessidade de ir para uma universidade. O crescente número de cursos
superiores de Artes do Rio Grande do Sul[1]
é uma resposta numérica a este necessidade.
De outro lado o ARTISTA VISUAL teve, em tidos
os tempos e lugares, que reivindicar e
conquistar, a duras penas e exaustivos
trabalhos, a condição de PRINCIPE ou AQUELE QUE PRINCIPA ALGO.
A sina do ARTISTA VISUAL do RIO GRANDE do SUL sempre foi ter em mente um PROJETO de um PRÍNCIPE, ou seja o de iniciar algo que outros achavam impossível e sobre-humano. Estão ali as carreiras de um Manuel Araújo Porto-alegre, de Weingärtner, de um Oscar Boeira, de um Iberê Camargo, de um Vasco Pardo e tantos outros. Seres humanos que transformaram suas próprias vidas através de um projeto cotidiano pelo qual, num, esforço sobre-humano e superação daquilo que outros achavam impossível realizar.
A sina do ARTISTA VISUAL do RIO GRANDE do SUL sempre foi ter em mente um PROJETO de um PRÍNCIPE, ou seja o de iniciar algo que outros achavam impossível e sobre-humano. Estão ali as carreiras de um Manuel Araújo Porto-alegre, de Weingärtner, de um Oscar Boeira, de um Iberê Camargo, de um Vasco Pardo e tantos outros. Seres humanos que transformaram suas próprias vidas através de um projeto cotidiano pelo qual, num, esforço sobre-humano e superação daquilo que outros achavam impossível realizar.
Fernando Corona
(1895-1979), ciente dessa riqueza, resumiu a carência de agentes no Rio Grande
do Sul que se dedicam ao seu conhecimento e à sua reflexão, afirmando (1977 p. 166)[2] que :
“nunca tantos deverão
ficar ignorantes de tão poucos, pois a história na seara das Artes, ainda está
para ser contada desde Araújo Porto-alegre e Pedro Weingärtner até os últimos
talentos que despertam nas artes plásticas e na arquitetura”.
Colocados diante do
imenso painel no qual “TODOS SÃO ARTISTAS”
verifica-se que estes poucos são portadores de um PROJETO que transformarem suas próprias
vidas. Porém este seu projeto exige as circunstâncias nas quais a sua obra faz sentido e ganha a devida dimensão. Um Iberê Camargo quando realiza a sua primeira exposição oficial em Porto
Alegre exige e consegue que ela tenha
como cenário o atual PALÀCIO PIRATINI.
Caso um novo ladrão
conseguisse furtar, outra vez, a Mona
Lisa do LOUVRE e se ele, por acaso a
abandonasse pendurada num jerivá da Avenida Farrapos de Porto Alegre - o seu
destino mais provável seria ser recolhida por um caminhão do lixo. Assim a
museologia e seus cânone conferem, não só moldura para OBRA de ARTE, como lhe
emprestam novos sentidos e dimensões.
[1] INSTITUIÇÔES SUPERIORES de ARTES VISUAIS do RIO GRANDE
do SUL
[2] CORONA,
Fernando (1895-1979). . Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto
Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241
12 -. FRUSTRAÇÕES
de PROJETOS nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL
Oscar BOEIRA (1883-1943) Figueiras - óleo 18.3x24cm
-PIETA in Veeck 1998 p.127 [1]
Fig. 12 – Uma
das características do artista visual do RIO GRANDE do SUL é a coerência com suas próprias escolhas. O pintor e artista Oscar BOEIRA não se deixou seduzir pela fama, pelo conforto e pelo
comércio de suas obras. Coerente
com a escolha da tinta, o pincel e a tela para expressar percepções que o meio
ambiente do Rio Grande do Sul lhe propiciava..
Um dos grandes problemas das
ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL é PENSAR
ter CHEGADO até o CONTRATO COLETIVO, à IDENTIDADE e até à ARTE, quando ela está longe da ARTE, da IDENTIDADE e do CONTRATO COLETIVO. Para superar esta ilusão
resta a alternativa de transfigurar as suas CONTRADIÇÕES em COMPLEMENTARIDADES. Este projeto envolve equacionar as CONTRADIÇÕES da MEDIAÇÃO e a HETERONOMIA de interesses extra estéticos, enfrentadas pela COMPLENTARIDADE da NATUREZA da ARTE.
Para esta NATUREZA da ARTE, em primeiro lugar, a “ELA ESTÁ em QUEM A PRODUZ” pelas
concepções de Aristóteles. Portanto o PRODUTO sempre é algo do PASSADO mesmo
que tenha sido elaborado no DIA ANTERIOR.
Em segundo lugar, na CONTRADIÇÂO, o
fenômeno estético sempre chega mediado por algum atravessador, outra mídia e, no caso, das ARTES VISUAIS, por
meio de IMAGENS editadas.
Em terceiro lugar há uma
constante leva de pessoas de outros campos que usam o fenômeno estético para
seus interesses, seus repertórios e seus naturais limites.
Diante disto cabe o pensamento de DIDEROT diante do SALÃO de PARIS[2] convidava o espectador para refazer o caminho até o artista por meio das obras originais ali mostradas. Este convite também é adequado e valido para as
ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES. Elas refletem não só as frustrações, mas os
decididos projetos de se realizar na autonomia, venha quem vier e de onde
vierem. O que não faltou foi vontade para se
expressar de forma singular e assim contribuir - de uma maneira criativa - no grande
projeto nacional. Os decididos projetos de autonomia continuam a se configurar
com variadíssimas fontes de origem. As
surpreendentes manifestações das ARTES praticadas no Rio Grande do Sul
continuam a se projetar continuadamente interna e externamente. As ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES constituem
marcas, identidade e documentos de sua
múltipla SOCIEDADE, das suas fertilíssimas TERRAS e de um TEMPO em mudança
constante .
Mudanças constantes para
encurtar a enorme distância entre as
INSTITUIÇÕES de ARTE do RIO GRANDE do SUL das autênticas e continuadas
EXPRESSÕES das ARTE. Instituições que se burocratizam rapidamente e seguem a
lógica formal e legal sem possibilidade de se reconectar com os ideais e
necessidades de sua origem e nem possuem a competência de interagir com o
presente. Instituições que seguem a sina de que a “FORMA MATA a ARTE”. Nestas
circunstâncias estão muito distantes de se constituírem e reproduzirem nos PROJETOS
autênticos, COMPENSADORES da VIOLÊNCIA e que a civilização artificial e,
contratual e humana necessita exercer como DELEGAÇÂO PERMANTE dos seus
cidadãos.
[1] PIETA.,
Marilene. « « Oscar Boeira- Um pintor
com luz própria» in VEECK, Marisa Caixa Resgatando a Memória. Porto Alegre : Caixa Econômica Federal, 1998c
pp.119/139
[2] DIDEROT e os SALÔES de PARIS
13 -. ACERTOS e INSTITUIÇÕES do PROJETO de UNIDADE e IDENTIDADE do RIO GRANDE do SUL.
Fig. 13 – Estimulado pelos fenômenos do clima, da
atmosfera e da luz do RIO GRANDE do SUL o pintor Ado Malagoli comparava Porto
Alegre com um dos lugares mais
favoráveis para o exercício das cores, das formas e dos meios da
expressão da pintura. A coerência
entre o uso da tinta, o pincel e a tela - para expressar percepções que o meio ambiente
do Rio Grande do Sul – potencialmente pode propiciar um dos pontos da busca da
IDENTIDADE do PROJETO CIVILIZATÓRIO a ser desenvolvido no âmbito da ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL. É o fato que está
ocorrendo com a revitalização da ORLA do GUAIBA[1]
A ARTE no RIO GRANDE do
SUL busca uma IDENTIDADE do seu PROJETO
CIVILIZATÓRIO na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Esta
busca rompe a força potencial do mito do
SISTEMA ÙNICO e se desfaz dos velhos hábitos inculcados e cultivados nos SISTEMAS
LINEARES da ERA INDUSTRIAL. Em ARTE um SISTEMA significa uma ÚNICA ENTRADA possível, uma ELABORAÇÃO
LINEAR NORMATIZADA e uma ÙNICA SAÍDA.
A ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL rompe com esta lógica
taylorista da ENTRADA, do DESENVOLVIMENTO e da SAÌDA LINEAR da ERA INDUSTRIAL
No seu lugar a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
instaura um ESPAÇO do SIMBÓLICO, de IDENTIDADES, de DIVERSIDADES e SAÍDAS múltiplas[2].
No RIO GRANDE do SUL esta
DIVERSIDADE da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL instaura e transcende as manifestações coerentes
com o universo simbólico, criativo e inédito. Assim emerge um humanismo
cercado da SOLIDARIEDADE das ÉPOCAS passadas, de SOCIEDADES e de TÉCNICAS em
constante atualização, mudança e onde todos são emissores e receptores.
Por MEIO das ARTES o RIO GRANDE do SUL busca
a sua IDENTIDADE num PROJETO CIVILIZATÓRIO. Toda a ARTE possui a sua base material e
física num ou mais dos sentidos humanos. O APREENDER A VER possui a sua base
material na VISÂO HUMANA como o OUVIDO continua sendo a base material para a
PERCEPÇÂO do SOM e do SILÊNCIO[3]
Nas ARTES VISUAIS a CRIAÇÃO e o USUFRUTO continuam tendo a sua materialidade nas
manifestações coerentes com o potencial dos OLHOS.
Este condicionamento
sensorial das ARTES universaliza as manifestações estéticas. A IMAGEM, o SOM, o
GESTO e o ESPAÇO FÍSICO não necessitam de tradução. Evidente que estas
MANIFESTAÇÕES e PERCEPÇÕES podem sofrer
codificações. Porém neste momento estamos no ESPAÇO da COMUNICAÇÂO HUMANA. De
outra parte é constante a busca de traduzir para o COMUNICAÇÃO a EXPRESSÃO
HUMANA realizada pela ARTE[4]
[1] REVITALIZAÇÃO da ORLA do
GUAIBA https://www.google.com/maps/uv?hl=es&pb=!1s0x95197895c85d95a7:0x4ccf8e9e46a1b225!2m22!2m2!1i80!2i80!3m1!2i20!16m16!1b1!2m2!1m1!1e1!2m2!1m1!1e3!2m2!1m1!1e5!2m2!1m1!1e4!2m2!1m1!1e6!3m1!7e115!4shttps://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2018/06/11-fotos-que-mostram-a-cara-nova-da-orla-do-guaiba-em-porto-alegre-cjiyzam1c0hbc01pacrajtks6.html!5srevitalização+da+orla+do+guaíba+porto+alegre+-+Buscar+con+Google&imagekey=!1e1!2shttps://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/24451108.jpg?w%3D700&sa=X&ved=2ahUKEwi5jt6elJreAhUFwFkKHTEvBrwQoiowFnoECAkQCQ
[2] El olvido que seremos,-
DAVID RIEFF y los dilemas da la memoria
Contra
o sistema... A tentação do BEM é pior do que do MAL.
[3] JOHN
CAGE e 4’33’https://es.wikipedia.org/wiki/4′33″
VIDEO 4’33’’https://www.youtube.com/watch?v=JTEFKFiXSx4
[4] PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. 3a. ed.
São Paulo: Perspectiva. 439p.
14 . PORTO ALEGRE e suas REPRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS. Os ARTISTAS que muito ou POUCO “OLHARAM” para a CIDADE
VIRGINIA
di LAURO Tramas no Vazio[1] -
IEAVI MAC em 18.19.2018
Fig. 14 – "A
FORMA é a MORTE da ARTE", como a “ARTE ESTÁ em QUEM a PRODUZ”. Assim a OBRA é apenas um
ESPELHO de sua origem. ESPELHO, na maioria das vezes, fragmentado e que reflete
muitos universos que constituíram o ENTE
do seu autor. A sedução por meio dos espelhos foi o primeiro instrumento de
aproximação entre os indígenas brasileiros e os recém-chegados europeus.
As técnicas, os equipamentos e mesmo os conceitos são relativos. Quando se trata da PAISAGEM de PORTO ALEGRE a dúvida sempre paira entre o “OLHAR” e o “VER”. Nesta dualidade existem verdadeiros desastres visuais tanto na PINTURA como na GRAVURA ou na FOTOGRAFIA da PAISAGEM de PORTO ALEGRE. Quando na PAISAGEM domina o singelo OLHAR resulta a perfeita imitação da NATUREZA e as ideias do VER se perdem. O referencial do OLHAR se esteriliza, perde interesse quando o VER é hegemônico e que transforma tudo em metafísica, comunicação e FORMA PLÀSTICA
Para superar estas
catástrofes visuais vale o pensamento de Paul KLEE de
que “A FORMA é MORTE da ARTE”[2]
na antítese da tese de Herbert READ “A ORIGEM das FORMAS em ARTE”[3].
Na síntese repete-se e se insiste na NATUREZA da ARTE em que a “ARTE ESTÁ EM QUEM PRODUZ e NÃO NO QUE PRODUZ” na expressão de
Aristóteles[4].
Evidente
que a FORMA é o TESTEMUNHO SENSÍVEL da VIDA de quem PRODUZ a ARTE e o seu MEIO
SOCIAL, ECONÔMICO e TÉCNICO. Dai o cuidado na FORMA como ÍNDICE eficiente e
competente tanto na PRODUÇÃO como PERCEPÇÃO[5]
daquilo que se pretende como OBRA de ARTE. No entanto esta FORMA não pode mentir
ou iludir. Tanto para quem PRODUZ a OBRA de ARTE como para aquele que a RECEBE vale
o principio do HÁBITO da INTEGRIDADE INTELECTUAL, MORAL e ESTÉTICA. Quem PRODUZ ou APRECIA uma PINTURA não pode
desviado da verdade de que se trata de uma superfície coberta ou não com
TINTAS. Para quem elabora ou aprecia um
FILME sabe que são 24 IMAGENS por SEGUNDO ao longo de todo tempo. QUEM escreve - ou aprecia MÚSICA - sabe que se trata de
SONS, SILÊNCIOS em MOVIMENTO.
Neste
sentido a pura e simples EMOÇAO possui um papel secundário. Goethe afirmava que
“uma novela banal o levava às lágrimas enquanto as peças clássicas do TEATRO
não o EMOCIONAVAM” pois a sua construção e apreciação de peças clássicas do
TEATRO tem a sua fonte na inteligência.
A
popularização da FOTOGRAFIA DIGITAL sem um aperfeiçoamento do “OLHAR” e a capacidade de “VER” a PAISAGEM
de PORTO ALEGRE é um retorno para a NATUREZA, para o “voyeurismo”, a “mimesis” e o
“déjà vu” sem acrescentar nada para a INTELIGÊNCIA.
Platão
já fazia esta distinção entre os ASTROS empíricos e o conceitual de ASTRONOMIA
ao escrever (Platão,1985, 2º vol, p.128)[6] que:
“estudaremos a astronomia,
assim como a geometria, por meio de problemas, e abandonaremos os fenômenos do
céu, se quisermos aprender verdadeiramente esta ciência e tornar útil a parte
inteligente de nossa alma, de inútil que era antes”
Nesta
“PARTE INTELIGENTE da PINTURA da PAISAGEM de PORTO ALEGRE” não importa o tema, a mensagem ou o
ângulo de vista. No entanto quando esta IMAGEM da PAISAGEM não consegue se desvencilhar
da hegemonia da COMUNICAÇÃO sobre ARTE
estamos de volta para ao IMPÉRIO da NATUREZA sem acrescentar
nada para a INTELIGÊNCIA.
Selecionar,
captar o momento certo da “PARTE INTELIGENTE da PINTURA da PAISAGEM de
PORTO ALEGRE” para construir um CORPO ESTÉTICO coerente com “QUEM” maneja o
lápis, pincel ou equipamento fotográfico. Este CORPO ESTÉTICO exige uma longa e árdua ascese.
Ascese que - além de não permitir a presença do menor ruído nesta
obra - não tolera comparações externas pois ela é ciumenta e definitiva. Certamente “COM a IMAGEM NÃO SE DISCUTE”
[1] VIRGINIA di LAURO – Tramas no Vazio https://benfeitoria.com/tramasnovazio?ref=benfeitoria-home
Múmias não são arte http://profciriosimon.blogspot.com/2011/06/isto-nao-e-arte-22_25.html
[3] ORIGEM das FORMAS em ARTE Herbert READ https://www.sebobrasil.com.br/produtos/view/237711-as-origens-da-forma-na-arte---herbert-read
[5] MARAGONI,
Matteo (1876-1951)– APRENDER a VER.
São Paulo:: IPE 1949, 284 p https://www.estantevirtual.com.br/arteeloy/matteo-marangoni-aprender-a-ver-84796462
[6] PLATÃO ( 427-347) – A REPÚBLICA – Tradução di J. Guinsburg 2º volume . São Paulo : Difusão Européia do
Livro, 1985, 281 p.
http://pt.scribd.com/doc/28055175/Platao-A-Republica-Vol-II-Do-V-ao-X-livro
15 -. Os PROJETOS FEDERAIS das ARTES no RIO GRANDE do SUL.
Missões – Obra de Cildo MEIRELES
Fig. 15 – Na
INSTITUCIONALIZAÇÃO das ARTES VISUAIS do Rio Grande do Sul cabe uma nota de otimismo na ação do IPHAN
que, desde 1937, investiu na preservação
das MISSÔES dos SETE POVOS. O
governo Federal Brasileiro mantém no Rio Grande do Sul a continuidades de um
PROJETO CIVILIZATÒRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA da cobrança dos impostos.
Inclusive o comodato do prédio do MARGS é
o resultado de um PROJETO CIVILIZATÒRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA que o governo
brasileiro sustentou no Rio Grande do Sul. A
qualidade própria da OBRA de ARTE que é o que justifica manter este
PROJETO que todos desejam que DURE e
GANHE QUALIDADE e NOBREZA por TEMPO INDETERMINADO.
.
Os ESTÍMULOS e os APOIOS do
GOVERNO CENTRAL BRASILEIRO, para as ARTES
do RIO GRANDE do SUL, são antigos e continuam sob diversas formas. Já nos primórdios do IPHAN o GOVERNO FEDERAL
projetou e bancou a estabilização e a proteção das RUÍNAS das SETE POVOS das
MISSÕES Destaca-se o trabalho exemplar de Lúcio Costa[1]
nestes projetos e na efetiva estabilização destas ruínas que se tornaram patrimônio nacional e depois referência
mundial na UNESCO
É uma árdua e longa
tarefa listar e estudar as intervenções e apoios das ARTES provenientes do Ministério
da Cultura, do CNPq, por meio da Lei
ROUANET, do IPHAN e da AGENCIA
BRASILEIRA de MUSEUS (ABRAM)[2]
e que tem por destino as ARTES VISUAIS do Rio Grande do Sul. Estão na memória a
somatória dos recursos que no passado alavancaram nas ARTES VISUAIS as
experiências da FUNARTE, os projetos do PRÓ-MEMÓRIA, os PRÊMIOS e os
RECONHECIMENTOS
Não dá para deixar fora
os Bancos Federais que ora deixaram no Rio Grande do Sul somas a fundo perdido
ou até hipotecas para que as ARTES do
RIO GRANDE do SUL pudesse viabilizar seus projetos. Cita-se apenas o caso do
atual prédio do Instituto de Artes erguido em plena II GUERRA MUNDIAL graças ao
dinheiro adiantado pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL[3]
PROBLEMA CENTRAL desta
postagem é encontrar as veredas para iluminar as razões
- ¿ POR QUE a ARTE SUL RIOGRANDENSE é BRASILEIRA?
- ¿ POR QUE a ARTE SUL RIOGRANDENSE é BRASILEIRA?
Ao percorrer os parcos e resumidos índices da
presente postagem já e possível chegar à percepção de que o Brasil pensa e tem
muitas esperanças no Rio Grande do Sul. O inverso também é verdadeiro. Porém a
autonomia, e até a soberania, expressas pelo sul-rio-grandense em todos os
momentos da sua história, faz com o
brasileiro chegue a conclusão “o
sul-rio-grandense sabe o que faz e porque o faz. Portanto não é necessário
me preocupar com ele. Nós brasileiros temos problemas
maiores e mais urgentes”
No contraditório os
SUL-RIO-GRANDENSES sempre “ESTIVERAM de PÉ pelo BRASIL” procurando ajudar a
resolver, da melhor forma possível ,estes PROBLEMAS MAIORES e MAIS URGENTES do
BRASIL.
São poucos brasileiros que conhecem e reconhecem a produção de base em ARTES VISUAIS
sul-rio-grandenses. Em contrapartida muitos artistas, ao exemplo de Manuel
Araújo Porto-alegre, não deixam de enriquecer o patrimônio estético brasileiro
atual com as suas obras e suas concepções.
Neste conhecimento vale a observação de que “nunca tantos deverão
ficar ignorantes de tão poucos”
do cronista das Artes Visuais sul-rio-grandenses,
Fernando CORONA. Ele partia de sua experiência de escultor, de arquiteto e como
professor de uma geração de jovens talentos com comprovada carreira exitosa.
Na medida em que os
olhares e a atenção da pesquisa da memória estética brasileira e regional se
voltarem para este imenso acervo e buscarem entender sinceramente a vida artística do
RIO GRANDE do SUL, haverá milhares de outras conexões estéticas entre o BRASIL e
um dos seus ESTADOS REGIONAIS a serem evidenciadas e que enriquecem mutuamente
ambos os ENTES. Assim não haverá mais dúvidas de QUE as ARTES
SUL-RIO-GRANDENSES são BRASILEIRAS.
[1] Lúcio COSTA nas MISSÔES
JESUÍTICAS https://www.archdaily.com.br/br/01-16239/classicos-da-arquitetura-museu-das-missoes-lucio-costa
[2] - ABRAM http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/Geral/2018/09/661055/Nova-agencia-vai-assumir-reconstrucao-do-Museu-Nacional
[3] “No dia dois de Outubro assinávamos na Caixa
Econômica o empréstimo de quinhentos contos de reis. Para que constasse a
legalidade da hipoteca, assinaram conosco as nossas esposas. Os fiadores
fomos: Tasso Corrêa, Enio de Freitas e
Castro, Oscar Simm e eu Fernando Corona”. Diário de Fernando Corona, ano de
1941, fl. 425 De fato conseguiram o
empréstimo de 400.000$000 da Caixa Econômica, conforme o Livro de Atas
do CTA.
16 - POTENCIALIDADES ESTADUAIS das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL e o CONTINUUM das EXPRESSÕES de sua AUTONOMIA.
Fig. 16 – As
sessões dos projetos do Grupo de
Pesquisas da AAMARGS se desenvolveram,
em 2018, num clima de camaradagem, de
trocas e de contrastes orientados pela
temática centrada na INSTITUCIONALIZAÇÂO das ARTES VISUAIS do Rio Grande
do Sul . Grupo de pesquisa que se abriga no MARGS retribuindo, para esta
instituição, com a busca, o estudo e a
socialização, no âmbito deste grupo a do PENSAMENTO que sustenta a qualidade própria da OBRA de ARTE oriunda ou
circula nas fronteiras do Estado do Rio Grande do Sul
As declaradas guerras estéticas, as
polarizações extremas e as excomunhões recíprocas continuadas afastam as ARTES
VISUAIS do RIO GRANDE do SUL de qualquer ecletismo, do elogio recíproco e
sombra de covardia.
As POLARIZAÇÕES nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL e o
POTENCIAL de COMPLEMENTARIEDADES entre EXTREMOS ESTÉTICOS.
O PROBLEMA da OPINIÃO PONTUAL e da TESE colidem com a declarada ANTÍTESE.
Este contraste TESE x ANTÌTESE é
potencialmente competente para iluminar uma SÍNTESE.
Esta
SÍNTESE não é instantânea ou mecânica.
Gerações de cronistas, de críticos e historiadores de arte necessitam serem
mobilizados para encontrarem, evidenciarem e socializarem as causas, as
consequências destas POLARIZAÇÕES nas
ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL. Ao mesmo tempo abrir canais e
caminhos nos quais seja possível progredirem para o campo neutral no qual a
POTENCIAL COMPLEMENTARIEDADE entre EXTREMOS ESTÉTICOS faça sentido e coerência
com a sociedade, tempo e lugar.
Canais
e caminhos que passem distantes de qualquer
armadilha do “ECLETISMO acomodatício e máscara de todas as covardias”
na expressão de Mario de Andrade (1955, fl. 13][1]. Certamente neste ponto os EXTREMOS ESTÉTICOS nas
ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL ganham sentido e potencialidades imprevistas e diametralmente contrárias ao
“déjà vu” , à repetição e ao plágio
As ARTES
VISUAIS do RIO GRANDE do SUL distantes de ALFINETES e ADJETIVOS.
Estas POLARIZAÇÕES nas ARTES VISUAIS do RIO GRANDE
do SUL e o POTENCIAL de COMPLEMENTARIDADES entre EXTREMOS ESTÉTICOS afasta a adjetivação das ARTES e a
sua redução a uma única opinião ou tese ou cabeça que desprestigiam o imenso e
fecundo campo de forças estéticas.
Os detritos e as migalhas do NEO, da RELEITURA, do MODERNO,
do CONTEMPORÂNEO além de um balaio de adjetivos, poluem não os mares, mas também as
mentes humanas.
A
adjetivação das ARTES é um recurso de mediadores, atravessadores e semiotas e
que reduzem tudo a narrativas definitivas, autoritárias e que matam qualquer
fecundidade estética. "Colocam PALAVRAS onde faltam IDEIAS" na observação de Goethe a respeito destes atravessadores.
É
preferível a revolta, a hermenêutica e o silêncio filosófico de Ludwig
WITTGENSTEIN[2]
aos tratados de Semiótica vitoriosos, vazios e onipotentes do seu professor
Ferdinand SAUSSURE (1857-1913)[3]
Para
o filosofo vienense a adjetivação das ARTES esteriliza e mata antecipadamente
toda possibilidade de uma experiência sensorial autêntica com uma obra de ARTE.
Também este é o pensamento do músico e artista visual Paul KLEE ao sentenciar “A FORMA mata a ARTE”[4]. A
autêntica obra de “ARTE está em QUEM a
PRODUZ e não no QUE PRODUZ” na sentença de Aristóteles[5]
A OBRA como
PRIMORDIAL nas ARTES do RIO GRANDE do SUL.
Pelo fato de “a ARTE ESTAR em QUEM PRODUZ” faz com que a OBRA esteja próxima o
mais íntima possível ao mundo do ARTISTA e das suas CIRCUBSTÃNCIAS. A OBRA de
ARTE se constitui, como tal, num documento primordial para acessar o ENTE que a
PRODUZIU.
A
distinção entre TRABALHO e OBRA confere a esta última o não padecer dos ultrajes de ser consumida e
imediatamente ser esquecida. Ao mesmo tempo o TRABALHO é padecimento, pena e
desgaste de TEMPO e de ENERGIAS e pretende ser esquecido e superado logo que a
CRIATURA HUMANA se vê LIVRE dele.
Enquanto isto a OBRA possui, além de sua permanência, a recompensa de desafiar os
mais altos recursos intelectuais e sensíveis de QUEM a PRODUZ e a a APRECIA.
Recursos que só aumentam com a passagem do tempo e das gerações. As novas gerações humanas tomam a OBRA de ARTE como testemunho, documento do melhor e do mais elevado padrão que as gerações passadas conseguiram colocar no mundo empírico e sensível.
Recursos que só aumentam com a passagem do tempo e das gerações. As novas gerações humanas tomam a OBRA de ARTE como testemunho, documento do melhor e do mais elevado padrão que as gerações passadas conseguiram colocar no mundo empírico e sensível.
[1] ANDRADE, Mário. Curso de Filosofia e História da Arte. São Paulo: Centro de Estudos
Folclóricos, 1955. 119 f
WITTGENSTEIN, Ludwig. (1889-1951)Tractatus
Logico-Philosophicus. Trad. Luiz Henrique Lopes dos Santos. São Paulo: EDUSP, 1994.
Múmias não são arte http://profciriosimon.blogspot.com/2011/06/isto-nao-e-arte-22_25.html
ARISTÓTELES (384-322). Ética
a Nicômano. São Paulo: Abril Cultural1973. 329p.
17 . O POTENCIAL de NOVAS e de ANTIGAS INSTITUIÇÕES de ARTE no RIO GRANDE do SUL.
Detalhe da obra
de Nico ROCHA[1]
na Usina do Gasômetro de Porto Alegre
Fig. 17– A
utilização de matérias e técnicas próprias do lugar e do tempo já consagrados
pela sociedade para outros fins, encontra nos artistas sul-rio-grandenses um
vasto uso para o suporte físico do seu PENSAMENTO em OBRAS cuja matéria prima é
recente.
A potencialidade destes outros materiais está se INSTITUCIONALIZANDO nas ARTES VISUAIS do Rio
Grande do Sul . No entanto
estes materiais inéditos nada significam sem uma nova mentalidade sustentada por
novas ou antigas INSTITUIÇÕES competentes para
garantir a qualidade própria da OBRA de
ARTE que é o de DURAR e GANHAR QUALIDADE na PASSAGEM do TEMPO
Ao
longo da série de postagens verificou-se a potencialmente a AUTONOMIA de alguns
nomes de instituições ativas no Rio Grande do Sul. AUTONOMIA do campo de forças das Artes Visuais, evidenciada no potencial dos recursos, obras
e artista a serem PESQUISADOS a partir do estágio inicial da ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA SUL-RIO-GRANDENSE.
Nesta ATUALIZAÇÃO
da INTELIGÊNCIA SUL-RIO-GRANDENSE evidenciou-se que uma NOVA ÉPOCA exige NOVAS
INSTITUIÇÕES. As INSTITUIÇÕES
tornam-se essenciais num tempo em que a
crença no ESTADO, na POLÍTICA e nos POLÍTICOS está diminuindo sensivelmente. A
civilização é uma criação artificial humana. Esta civilização humana e
artificial é constituída, mantida e reproduzida por INSTITUIÇÕES coerentes com seu tempo, lugar e
sociedade. Esta descrença
não deve levar a jogar a criança pela janela junto com a água suja de banho. INSTITUIÇÕES competentes para manter o hábito da
integridade moral, intelectual e estética não envelhecem. Instituições
competentes para criar, manter e reproduzir contratos impessoais confiáveis
independente de serem novas ou antigas
A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL libertou-se de cartilhas, juramentos e sistemas lineares e acumuladores. A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL confere pouca importância para as intrigas e não sente a necessidade de matar a etapa anterior para se afirmar sozinha e absoluta. Ela é competente para contornar ortodoxias, maniqueísmos e excomunhões recíprocas. A ARTE foi um bom índice da passagem entre a ERA INDUSTRIAL para a PÓS-INDUSTRIAL apesar não ser a responsável exclusiva por esta mudança. No presente ARTE está na busca de INSTITUIÇÔES de ARTE competentes e adequadas para tocar a PESQUISA ESTÈTICA, a ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA e a FORMAÇÂO de uma CONSCIÊNCIA COLETIVA.
Para tanto a ARTE da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL é competente para transformar tabus em totens e transfigurar contradições em complementaridades. O aparente PODER ORIGINÁRIO é uma ficção enquanto apenas for USUÁRIO dos equipamentos e dependente das manipulações do código genético e da revolução biológica. De outra parte qualquer nação poderá ser conduzida à inércia sem a REDE MUNDIAL e sem o recurso aos SATÉLITES ESPACIAIS. A criatura humana terá pouca AUTONOMIA para PESQUISAR se apenas for dependente da ATUALIZAÇÃO da sua INTELIGÊNCIA.
A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL libertou-se de cartilhas, juramentos e sistemas lineares e acumuladores. A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL confere pouca importância para as intrigas e não sente a necessidade de matar a etapa anterior para se afirmar sozinha e absoluta. Ela é competente para contornar ortodoxias, maniqueísmos e excomunhões recíprocas. A ARTE foi um bom índice da passagem entre a ERA INDUSTRIAL para a PÓS-INDUSTRIAL apesar não ser a responsável exclusiva por esta mudança. No presente ARTE está na busca de INSTITUIÇÔES de ARTE competentes e adequadas para tocar a PESQUISA ESTÈTICA, a ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA e a FORMAÇÂO de uma CONSCIÊNCIA COLETIVA.
Para tanto a ARTE da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL é competente para transformar tabus em totens e transfigurar contradições em complementaridades. O aparente PODER ORIGINÁRIO é uma ficção enquanto apenas for USUÁRIO dos equipamentos e dependente das manipulações do código genético e da revolução biológica. De outra parte qualquer nação poderá ser conduzida à inércia sem a REDE MUNDIAL e sem o recurso aos SATÉLITES ESPACIAIS. A criatura humana terá pouca AUTONOMIA para PESQUISAR se apenas for dependente da ATUALIZAÇÃO da sua INTELIGÊNCIA.
Evidente que nas piores
circunstâncias, e apesar delas, a PESQUISA sempre é possível, caso for tomado
como referencial o triplo projeto que Mário de Andrade resumiu,
em 1942, na “PESQUISA ESTÉTICA”, na “ATUALIZAÇÃO da CONSCIÊNCIA” e a “FORMAÇÃO
de uma CONSCIÊNCIA COLETIVA”.
Ao transferir este
triplo projeto ao espaço empírico do Rio Grande dos Sul surpreende o número de
INSTITUIÇÕES que POTENCIALMENTE podem se dedicar ou auxiliar na PESQUISA das
ARTES VISUAIS. Cita-se apenas o caso do Atelier Livre de Porto Alegre na sua humilde origem [3]
e os relevantes serviços institucionais que continua a oferecer.
[1] PROJETO PERCURSO do ARTISTA: NICO ROCHA – catálogo da exposição organizada pelo Departamento de
Difusão Cultural da UFRGS- Porto Alegre : UFRGS, 2011 188 p. il
[3] ATELIER LIVRE de PORTO ALEGRE sua ORIGEM no
ABRIGO dos BONDES:
18 -. Potencialidades
ADMINISTRATIVAS das ECONOMIAS SIMBÓLICAS no RIO GRANDE do SUL
MAC
–RS - FESTIVAL de ESCULTURAS ITINERANTES
em SETEMBRO de 2018
Fig. 18 – A
complexa concepção e materialização de
uma obra de arte constitui um cadeia ininterrupta de pequenas ideias, experiências e técnicas que se somam para
colocar no mundo físico algo que atinja os sentidos, os repertórios e as
aspirações do seu observador. Esta
obra terá fortuna enquanto conseguir transportar - neste MÍNIMO MATERIAL - e
entregar ao seu observado o MÁXIMO do que significou a sua origem e o seu trânsito no mundo e nas diversas
sociedades onde realizou a sua itinerância.
A
OBRA de ARTE é PRIMORDIAL na medida em que se consegue se sustentar e se impor com um BEM
SIMBÓLICO em
decorrência lógica do seu o TEMPO, seu
LUGAR e da sua SOCIEDADE. Assim ela se constitui
numa fonte e permanência da
economia formal. Nesta OBRA de ARTE vitoriosa, emergem novas forças de viver e de
sentir o mundo. Neste caso, cumpre-se
o argumento de Giulio Carlo Argan “a obra de arte é o objeto único, que
tem o máximo de qualidade no mínimo da
quantidade”. Nesta QUALIDADE firmam-se os BENS SIMBÓLICOS que
refluem para uma ECONOMIA ao modelo do Museu do Louvre, de Veneza e de Florença
ou pirâmides do Egito que irrigam com BENS ECONÔMICOS de toda ordem.
Os BENS SIMBÓLICOS e a POTENCIALIDADE das ARTES SUL-RIO-GRANDENSES nunca
foram tão valorizados como
nesta ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Valorização fundamentada na qualidade da OBRA DE
ARTE coerente com “QUEM a PRODUZ”.
A vida e a obra do escultor e professor Cláudio MARTINS
COSTA[1] merece atenção e referência da ARTE POSSIVEL no RIO GRANDE do SUL.
Obra e vida que ilustram a qualidade
coerente com as condições sociais, do seu tempo e da sua sociedade. Qualidade
objetivamente dada ao projeto de quem quer ser artista no Rio Grande do Sul. No
rasto da sua VIDA e da OBRA de Cláudio MARTINS COSTA sustentam-se uma
dimensão econômica nos primórdios de sua consolidação e cujo número ainda não foi estudado e avaliado.
A OBRA de ARTE motiva,
seduz e se materializa no caminho de quem possui um PROJETO CIVILIZATÓRIO
minimamente explícito e conta com uma série de instituições alinhadas com este
PROJETO. Potencialmente o Rio Grande do Sul conta com estas instituições e numerosas propostas dos agentes instituições e fora delas apontam para o embrião de um PROJETO CIVILIZATÓRIO.
Pelo que foi exposto na
presente postagem, o Rio Grande do Sul esta
enveredando para esta ECONOMIA
SIMBÓLICA. Numa história de longa duração, acumularam-se significativos BENS SIMBÓLICOS e que potencialmente candidatam o Estado a propor um projeto típico da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Este
projeto o desafia para uma mudança que apesar de sua natureza SOBRE HUMANA não
esquece as necessidades básicas minimamente satisfeitas por uma economia e
produção autossustentável no âmbito desta ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Se de um lado a
ERA INDUSTRIAL fez perder a AURA da OBRA de ARTE, há indícios de
sua RECUPERAÇÃO e POTENCIALIZAÇÃO. Apesar de o Rio Grande do Sul ser apenas USUÁRIO da INFORMÁTICA, este meio está
atualizando a sua inteligência e o torna competente para distinguir, produzir e
fazer circular os seus BENS SIMBÓLICOS. As OBRAS de ARTE se constituem como
espelhos de seu TEMPO, de seu LUGAR e da
sua SOCIEDADE do Rio Grande do Sul. Como espelhos retrovisores refletem os
caminhos, os equívocos do passado, evidenciam as forças do presente e
possibilitam constituir contratos para um futuro próximo ou remoto. Neste futuro a OBRA DE ARTE é motivadora
da ECONOMIA SIMBÓLICA que POTENCIALIZA o
RIO GRANDE do SUL a se desenvolver em áreas que exigem cada vez mais CRIATIVIDADE,
TINO ADMINISTRATIVO AUDACIOSO conjugado com HUMANIZAÇÃO e SUSTENTABILIDADE. Para
tanto não BASTA ESTETIZAR com a OBRA DE ARTE SUL, porém exigem uma firme motivação
para sustentar um PROJETO CIVILIZATÓRIO
digno deste nome.
No contraditório, a este otimismo, existem notórios entraves para esta almejada ECONOMIA SIMBÓLICA no RIO GRANDE do SUL. Além do recuo da esperança e crença no ESTADO NACIONAL faltam PROJETOS dignos deste nome e competência para AVALIAR eventuais resultados desta pretendida ECONOMIA SIMBÓLICA.
Na compensação desta lacuna, não faltam OBRAS de ARTE aguardando serem estudadas, sistematizadas e colocadas no seu devido lugar no âmbito social, econômico e político.
No contraditório, a este otimismo, existem notórios entraves para esta almejada ECONOMIA SIMBÓLICA no RIO GRANDE do SUL. Além do recuo da esperança e crença no ESTADO NACIONAL faltam PROJETOS dignos deste nome e competência para AVALIAR eventuais resultados desta pretendida ECONOMIA SIMBÓLICA.
Na compensação desta lacuna, não faltam OBRAS de ARTE aguardando serem estudadas, sistematizadas e colocadas no seu devido lugar no âmbito social, econômico e político.
[1] CLÁUDIO AFONSO de ALMEIDA MARTINS COSTA (1932-2005)
https://issuu.com/publicacaoarte/docs/catalogo_claudio_martins_costa
19 .
POTENCIALIDADES
OPERACIONAIS e ECONÔMICAS das ARTES no RIO GRANDE do SUL
Jorge HERRMANN
pintando na Praia de TORRES 2019
Fig. 19 – O
artista na sua autonomia não teme mais o
tradicional patrulhamento estético e a
busca do controle externo de grupos, ideologias e estéticas que buscam outros
horizontes diferentes do seu. Assim Jorge HERRMANN mantém a coerência entre o uso da tinta,
o pincel e a tela para expressar percepções que lhe propicia a paisagem da
cidade litorânea de Torres no Rio Grande do Sul. No contraditório este ARTISTA sabe que o preço - desta AUTONOMIA
conquistada - é o de que NÃO É POSSIVEL PEDIR DESCULPA por uma obra falha ou no caminho de
sua carreira
O vértice da pirâmide é o apogeu de uma laboriosa
construção física. ARTES
NOBRES do RIO GRANDE do SUL são as modeladoras das POTENCIALIDADES OPERACIONAIS
e ECONÔMICAS das ARTES APLICADAS. Na
sua formação este VÉRTICE resulta e é
constituído ao longo de um projeto
que progressivamente acumula, seleciona e depura valões superiores de
uma consciência coletiva. Uma vez constituído e aceito este VÉRTICE ele passa
ser o farol e confere sentido ao
conjunto desta construção física. No sentido figurado e simbólico este VÉRTICE evidencia e materializa um contrato
coletivo exitoso e no presente é um referencial de uma vasta base que se sente
representada por ele.
Quem potencialmente pode o MAIS também domina o MENOS.
O cultivo das habilidades das ARTES NOBRES possui por base o aprendizado e
domínio técnico do ARTESANATO, do fazer e conhecimento das competências.
No
tópico o INTERIOR e a CAPITAL do RIO GRANDE do SUL, no contexto da ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL, os municípios do Rio Grande do Sul constituem um verdadeiro
arquipélago de cidades e que se distinguem do interior rural e pastoril. Um
grande contingente de ARTISTAS VISUAIS possui a sua origem nesta cultura
pastoril, rural e urbana. Assim estes municípios, são
violentamente jogados e cobrados em confrontos com a atualização da
inteligência e as conexões da cultura da Capital do Rio Grande do Sul.
Instala-se um diálogo entre surdos com repertórios completamente distintos. Os
pequenos núcleos urbanos carregam repertórios rurais, pastoris e locais. Quando
tentam se sintonizar com a Capital do Estado encontram repertórios superados e
que eles passam a adotar como 'mantras' de que pouco ou nada entendem, muito menos
significam para o seu LUGAR, TEMPO e SOCIEDADE.
O
ARTISTA assume cada vez mais o controle das forças, da eficácia, do risco e dos devidos prêmios do campo artístico, na
medida em que o Estado e as demais instâncias, perdem este papel . Isto acontece quando as INSTÂNCIAS de
CONTROLE no contexto das POTENCIALIDADES OPERACIONAIS e ECONÔMICAS das ARTES do
RIO GRANDE do SUL estão retornando para a iniciativa, controle e ação da
sociedade civil. Esta autonomia foi conquistada ponto a ponto. No entanto
corre sérios riscos de se tornar uma autonomia de favela, desaparecer a
qualquer momento no tumulto do mercado, na fama oca do marketing e da propaganda
simbólica.
Na realidade o artista
produz para os seus concorrentes próximos, submetendo o seu produto ao critério
dos seus pares e recebendo a opinião deles, conforme a concepção de Pierre
BOURDIEU[1].
Assim estes concorrentes próximos se fortalecem e mantém o campo estético em
permanente estado crítico
No
conjunto do percurso, da presente
postagem foi possível observar, que no Rio Grande do Sul, as, ARTES NOBRES
sempre tiveram o papel de se constituírem em poderosas forças indutoras sobre
as POTENCIALIDADES OPERACIONAIS e ECONÔMICAS tanto de um estado regional como
sobre os indivíduos isolados ou seus eventuais agrupamentos. Assim estas
POTENCIALIDADES OPERACIONAIS e ECONÔMICAS regionais, seguem a natureza da
própria ARTE que consiste na busca de SER a EXPRESSÃO permanente do seu próprio
TEMPO, seu LUGAR e da sua SOCIEDADE.
[1] BOURDIEU, Pierre
(1930 -2002) Economia das trocas
simbólicas. São Paulo: EDUSP- Perspectiva,
1987. 361p.
20 -.CONTROLE
de QUALIDADE JURÍDICA das ARTES NOBRES no RIO GRANDE do SUL
Fig. 20 – O
amplo universo da Natureza do RIO GRANDE
do SUL possui condicionantes diferentes da Natureza europeia ou mesmo do
Nordeste e Amazônia Brasileiros. A
ARTE na medida em que mantem a coerência com o LUGAR, TEMPO e SOCIEDADE não pode
se eximir do CONTROLE da QUALIDADE ESTÉTICA e mesmo da JURÍDICA. Esta QUALIDADE
JURÍDICA se reflete no trato ÈTICO da OBRA de ARTE realizado pelo ARTISTA, pelo
PUBLICO e pelos MEDIADORES que no MÍNIMO do seu MATERIAL possui o MÁXIMO do significado da sua ORIGEM e
TRÂNSITO por este MUNDO
A recompensa de todo
este esforço, atenção e persistência na PESQUISA é novamente um pensamento
original e do qual se conhecem as fontes.
A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL está oferecendo não só várias alternativas para superar
esta mera ATUALIZAÇÃO APRESSADA e FÚTIL da INTELIGÊNCIA em FONTES ALHEIAS como está propiciando diferentes alternativas para superar o PENSAMENTO LINEAR e UNÍVOCO do SISTEMA TAYLORISTA da ERA INDUSTRIAL.
Certamente estas alternativas são bem mais trabalhosas, cheias de IMPREVISTOS e sob a AMEAÇA PERMANENTE do CAOS. A FÍSICA trata como um PONTO de EQUILÍBRIO HOMEOSTÁTICO e que necessita ATENÇÃO e CORREÇÕES PERMANENTES ao CONJUNTO dos seus MÚLTIPLOS COMPONENTES. Os PROGRAMAS de PÓS-GRADUAÇÂO ACADÊMICA se comportam e reagem neste EQUILÍBRIO HOMEOSTÁTICO para validar DESEMPENHOS e RESULTADOS. Este PROGRAMAS superaram os CONTRATOS IMPESSOAIS, FIXOS, ETERNOS e IMUTÁVEIS.
Certamente estas alternativas são bem mais trabalhosas, cheias de IMPREVISTOS e sob a AMEAÇA PERMANENTE do CAOS. A FÍSICA trata como um PONTO de EQUILÍBRIO HOMEOSTÁTICO e que necessita ATENÇÃO e CORREÇÕES PERMANENTES ao CONJUNTO dos seus MÚLTIPLOS COMPONENTES. Os PROGRAMAS de PÓS-GRADUAÇÂO ACADÊMICA se comportam e reagem neste EQUILÍBRIO HOMEOSTÁTICO para validar DESEMPENHOS e RESULTADOS. Este PROGRAMAS superaram os CONTRATOS IMPESSOAIS, FIXOS, ETERNOS e IMUTÁVEIS.
No contraditório, é
necessário registrar a enorme distância entre as INSTITUIÇÕES de ARTE do RIO
GRANDE do SUL das autênticas e continuadas EXPRESSÕES das ARTES. Instituições
que se burocratizam rapidamente e seguem a lógica formal e legal sem a possibilidade
de se reconectar com os ideais e necessidades de sua origem e nem possuem a
competência de interagir com o presente. Instituições que seguem a sina de que
a “FORMA MATA a ARTE”. Nestas circunstâncias estão muito distantes de se
constituir e reproduzir PROJETOS autênticos, COMPENSADORES da VIOLÊNCIA e que a
civilização artificial, contratual e humana necessita exercer como DELEGAÇÃO
PERMANENTE dos seus cidadãos.
Fig. 21 – As 22
sessões presenciais - organizadas pelo GRUPO de PESQUISAS da AAMARGS ao longo
do ano de 2018 - contaram também com um publico que recebi as pautas e as atas
destas sessões via e-mail. No espaço
numérico digital os temas, destas pautas, eram reforçados pela página do FACE BOOK do GRUPO de
PESQUISA da AAMARGS
O
GRUPO de PESQUISA da AAMARGS confere os RESULTADOS obtidos nos seus CONTRATOS, na METODOLOGIA e no MATERIAL que disponibiliza no FINAL do
ANO de 2018. Diante dos resultados pode-se concluir que o GRUPO de PESQUISA da
AAMARGS AVALIA que cumpriu os seus CONTRATOS.
O
GRUPO de PESQUISA da AAMARGS avalia que percorreu os diversos TEMAS
do PROJETO, nas datas e
hora previstas nestes CONTRATOS coletivos celebrados no início do ano de 2018.
A METODOLOGIA usada foi pesada, exigente e
rigorosa. Este rigor, exigência e peso permitiram, contraditoriamente.
aberturas seguras, ao longo do tempo inteiro das sessões, para manifestações de livre expressão de
todos.
Quanto
ao MATERIAL o GRUPO partiu da concepção de que
“AQUILO QUE PERMANECE é o PENSAMENTO”.
Assim no âmbito das sessões privilegiou-se a PALAVRA FALADA e
ESCRITA enquanto a IMAGEM ocupou um lugar de complemento e de ilustração
das ideias.
A permanência física dos projetos, das pautas, das atas e das matérias, expostas nas sessões públicas, serão copiadas em papel permanecendo cópia física e digital na SECRETARIA da AAMARGS. No espaço numérico digital, estas mesmas matérias, expostas nas sessões públicas, estão disponíveis em blog eletrônico http://profciriosimon.blogspot.com.br/
A permanência física dos projetos, das pautas, das atas e das matérias, expostas nas sessões públicas, serão copiadas em papel permanecendo cópia física e digital na SECRETARIA da AAMARGS. No espaço numérico digital, estas mesmas matérias, expostas nas sessões públicas, estão disponíveis em blog eletrônico http://profciriosimon.blogspot.com.br/
FONTES
BIBLIOGRÁFICAS
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Conferência lida no salão de Conferências da Biblioteca do Ministério das
Relações Exteriores do Brasil no dia 3 de abril de 1942. Rio de Janeiro :Casa
do Estudante do Brasil, 1942
------- Curso de Filosofia e História da
Arte. São Paulo: Centro de Estudos
Folclóricos, 1955. 119 f
ARENDT, Hannah
(1907-1975) Condition de l’homme
moderne. Londres: Calmann-Lévy 1983. 369 p. https://fr.wikipedia.org/wiki/Condition_de_l%27homme_moderne
ARISTÓTELES (384-322).
Ética a Nicômano. São Paulo:
Abril Cultural1973. 329p.
BOURDIEU, Pierre (1930
-2002) Economia das trocas simbólicas.
São Paulo: EDUSP- Perspectiva,
1987. 361p.
CORONA, Fernando (1895-1979). . Caminhada nas Artes
(1940-1979). Porto Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241
HABERMAS, Jürgen. Conhecimento e Interesse. Trad. José
Heck. Rio de Janeiro : Zahar, 1982.
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MARQUES dos SANTOS, Afonso
Carlos «A Academia Imperial de Belas Artes e o projeto Civilizatório do Império» in 180 anos de Escola de Belas Artes Anais do
Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997, pp. 127/146.
PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. 3a.
ed. São Paulo: Perspectiva. 439p.
PIETA., Marilene. « « Oscar Boeira- Um pintor com luz própria» in
VEECK, Marisa Caixa Resgatando a Memória. Porto Alegre : Caixa Econômica Federal, 1998c
pp.119/139
PLATÃO ( 427-347) – A REPÚBLICA – Tradução di J. Guinsburg 1º volume . São Paulo : Difusão Européia do
Livro, - 1985 - 238 p. http://pt.scribd.com/doc/36631268/A-Republica-Platao-Vol-I
PROJETO PERCURSO do ARTISTA: NICO ROCHA – catálogo da exposição organizada pelo Departamento de
Difusão Cultural da UFRGS- Porto Alegre : UFRGS, 2011 188 p. il
STUDIO P: atelier aberto de pintura: catálogo
2016-2018 / coordenação e organização Marilice CORONA – Porto Alegre: UFRGS,
2018. 50 p. il col ISBN 978-85-9489-128-0
WITTGENSTEIN, Ludwig. (1889-1951)Tractatus Logico-Philosophicus. Trad. Luiz Henrique Lopes dos Santos. São Paulo: EDUSP, 1994.
FONTE
NUMÉRICAS DIGITAIS
A CARTA de LE BRETON ao CONDE da
BARCA
ABRAM
IBRAM
CONFLITO ABRAM
IBRAM
A INTELIGÊNCIA HUMANA ULTRAPASA - em MUITO - a UNIVERSIDADE
ATELIER
LIVRE de PORTO ALEGRE sua ORIGEM no ABRIGO dos BONDES:
CARTA de LE BRETON ao
CONDE da BARCA
CLÁUDIO AFONSO de
ALMEIDA MARTINS COSTA (1932-2005)
A FORMA é a MORTE da ARTE
“DASEIN” - em Carlo ARGAN
DIDEROT
e os SALÔES de PARIS
El olvido que seremos,- DAVID RIEFF y los dilemas da la memoria
Contra o sistema... A tentação do BEM é pior do que do
MAL
EPIFITA
FESTIVAL de ESCULTURAS ITINERANTES no MAC-RS em 2018
HERMENEUTICA CONCEPÇÂO de LINGUAGEM em Ludwig WITTGENSTEIN
INSTITUIÇÔES
SUPERIORES de ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL
JOHN CAGE e 4’33’
https://es.wikipedia.org/wiki/4′33″
VIDEO 4’33’’https://www.youtube.com/watch?v=JTEFKFiXSx4
Lúcio COSTA nas
MISSÔES JESUÍTICAS
Múmias não são arte
REVISTA
do PATRIMÔNIO ARTISTICO NACIONAL - nº 14 -
1959
SAUSSURE Ferdinand (1857-1913)
TRANSFORMAR a
CONTRADIÇÂO em COMPLEMENTARIDADE
VIRGINIA
di LAURO – Tramas no Vazio
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