UM SÉCULO
de ASSOCIAÇÕES dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES
- 2 ª parte: décadas de 1930 até -1990
Os ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES no CAMINHO da
REPÚBLICA ADULTA e GUERREIRA.
Fig.
01 As figuras e as obras de Mário TOTTA,
de Francis PELICHEK, de Sotero COSME e
de Helios SEELINGER foram fundamentais para a INTERAÇAO, PERTENCIMENTO
e PROFISSIONALIZAÇÂO de ARTISTAS VISUAIS nos circuitos estaduais,
nacionais e internacionais. O encontro destes personagens deu suporte para
a entrada na DÈCADA de 1930. O quadro de Hélio SELINGER “O RIO GRANDE de PÈ
PERLO BRASIL” foi um dos lemas da Revolução de 1930
O PERTENCIMENTO dos
ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:
EXPRESSÕES de AUTONOMIA dos
ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÈCADA de 1930
A QUARTA DÉCADA do SÉCULO XX foi aberta,
no BRASIL, pela ruidosa, longamente preparada e vitoriosa REVOLUÇÃO de 03 a 24
de outubro de 1930
A VOZ FIRME,
CALCULADA e LONGANENTE PREPADADA de TASSO CORREIA reivindicou FRUTOS desta
REVOLUÇÂO nas ATES do RIO GRANDE do SUL,. Ele reivindicou, alto e bom som, o MANDO das AÇÕES dos ARTISTAS no seu CAMPO de
FORÇAS, a ADMINISTRAÇÃO . O discurso ressoou e repercutiu exatamente na data
doo terceiro aniversário da epopeia dos “GAÙCHOS AMARRAR os CAVALOS no OBELISCO
da REPOÚBLICA”, Tasso Correa desnudou enfático e direto, a situação de
submissão dos artistas no Rio Grande do Sul quando afirmou:
Os professores,
aqueles que são os verdadeiros sustentáculos deste Instituto, pelo seu trabalho
profícuo e honesto - pouca gente sabe disto - não tem garantia de espécie
alguma dentro desta casa. Nós os professores, não temos a menor interferência,
nem na administração, nem na parte técnica. O Instituto de Belas Artes do Rio
Grande do Sul é uma instituição dirigida por médicos, advogados, engenheiros,
comerciantes, etc. Daí se verifica que o Instituto, sendo uma organização
destinada á difusão do ensino artístico no Rio
Grande do Sul, é orientado por cavalheiros de alta distinção, mas que
infelizmente, na sua grande maioria, nada entende de Arte. Para demonstrar o
absurdo da nossa organização administrativa lembraria o seguinte: uma Faculdade
de Medicina, dirigida por uma comissão de músicos, pintores e escultores...
Esta voz fez-se ouvir em PLENO THEATRO SÂO
PREDRO LOTADO, diante da MESA da DIREÇAO da COMISSÂO CENTRAL.
No entanto este
foi um evento e que encontrou grandes obstáculos a vencer. O primeiro foi a
expulsão sumária de Tasso Correa do INSTITUTO de BELAS ARTE e a posterior sua
recondução. Em 1936 ele assumiu a direção do IBA no contexto de uma improvisada
e fragilizada UNIVERSIDADE de PORTO
ALEGRE (UPA) com seis unidades doas quais uma dele era o IBA-RS. TASSO era
membro honorário da SOCIEDADE BELAS ARTES do RIO de JANEIRO
Neste ano houve a
tentativa da formação da ASSOCIAÇÃO RIOGRANDENSE de BELAS ARTES – ARBA .
Fernando CORONA registrou, no ano de 1936 do seu Diário, esta tentativa
onde consta, entre as páginas 262 e 263,
que:
. Lá pelo mês de abril, não sei quem
teve a ideia, procurou reunir uns quantos amigos com a intensão de criar uma
agremiação de artistas para o amparo e divulgação das artes em geral. Reunidos
no Instituto de Belas Artes foi nomeada uma diretoria provisória que iria
iniciar um trabalho até então esquecido. Esta comissão estava assim
constituída: Olyntho San Martin, Ovidio Chaves, Walter Spalding, João
Schuwartz, Jose Lutzenberguer Olga Pereira, Tasso Corrêa, Francisco Bellanca.
Houve novas reuniões até que foi escolhida uma Comissão para redigir o
regulamento, que foi a seguinte: Comissão de Estatutos: Ângelo Guido, Francis
Pelichek, Antônio Carangi, Oscar Boeira, Francisco Bellanca, Olga Pereira,
Adoffo Fest, Ernani Corrêa, Monteiro Netto, e eu, Fernando Corona. Não foi
brilhante a atuação desta Associação. Parece que faltou um pouco de sacrifício
de seus componentes, e se mal não me lembro, não chegou a durar um ano. As
coisas de arte na nossa cidade nunca tiveram amparo oficial e os artistas,
muito individualistas, puxavam cada um para sua sardinha.
O que de fato deve ter pesado, nesta inércia coletiva,
foi reunir as LETRAS, MÚSICA, ARTES VISUAS, ARQUITETURA no mesmo projeto. Todas
estas expressões estéticas possuem o seu “MODUS VIVENDI” coletivo. As LETRAS
possuem um mercado na produção para
indústria cultural do múltiplo que são os LIVROS e os PERIÒDICOS impressos. O
MÚSICO possui na sua orquestra a sua socialização e pertencimento. Na
retaguarda do ARQUITETO encontra-se a INDÚSTRIA e o COMÉRCIO dos MATERAIS de
CONSTRUÇAO. Enquanto isto o ARTSITA VISUAL trabalha na solidão do seu ATELEIR
com raros momentos de interação social, e econômica
Esta especificidade das ARTES VISUAI .foi corrigida pela
ASSOCIAÇÂÃO FANCISCO LISBOA renovada e atuante até os dias atuais Esta nasceu
em agosto de 1938 e foi a de maior continuidade[1]. Na
política Carlos Scarinci percebeu
intenções coerentes com o ESTADO NOVO quando afirmou (1980, p.8, col.1) que “Os
objetivos da nova entidade não podem ser definidos como uma tomada de posição de classe, mas sua criação
coincide quase com a transformação da Associação Paulista de Belas Artes em
Sindicato dos artistas políticos(1937) que coincide também com as orientações sindicalistas do
Estado Novo recentemente implantado
Na prática a razão dos seus integrantes era fazer do seu
ofício a sua união como trabalhadores especializados. Essa intenção Kern registrou (1981, ff. 112 e
113). “um grupo de jovens artistas: João
Faria Vianna, Carlos Scliar, Mário Mônaco, Edla Silva, Nelson Boeira Faedrich e
Gaston Hofstetter. Nesse mesmo ano ingressam Guido Mondin, João Fontana,
Arnildo Kuwe Kindler, João Fahrion. Judith Fortes, José Rasgado Filho, Gustav
Epstein, Mário Berhauser, Júlia Felizardo e Romano Reif. A Associação Francisco
Lisboa foi fundada com o objetivo de reunir os artistas que se encontram
isolados e que tem dificuldades para se fazer conhecer seus trabalhos”.
Ao acompanhar a nominata dos seus fundadores constata-se
a presença significativa de integrantes do IBA-RS. Na lista acima verifica-se
que todas as artistas
frequentaram a Escola de Artes do ILBA e ali concluíram o curso superior.
Assim, Judite Fortes o concluiu em 1922,
tendo ingressado em 1916. Exerceu o papel de professora substituta em várias
ocasiões e de membro das bancas de final de ano. Em dezembro de 1938 ela deve
ter enfrentado um sério problema profissional no IBA-RS, pois o seu nome foi
preterido na cadeira de Anatomia Artística face ao de Luiz Maristany de Trias
KERN, Maria Lúcia Bastos. «Les origines de peinture ‘moderne’ au Rio
Grande do Sul – Brésil» Paris : Université
de Paris I Panthéon Sorbone, 1981 tese 435 fl.
SCARINCI, Carlos. A
gravura contemporânea no Rio Grande do Sul (1900-1980). Porto Alegre :
MARGS,
1980 27 fl
_________ A gravura no Rio Grande do Sul (1900-1982). Porto Alegre : Mercado Aberto, 1982,
224 p.
il. Color.
----------«Da Francisco Lisboa ao
Pseudo-Salão Moderno de 1942» in Correio do Povo, Caderno de Sábado, Volume CVI, Ano VIII, no 606,
08.03.1980, pp 8/9
A
UNIVERSIDADE BRASILEIRA e a ARTE no PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA Blog Isto é Arte nº 165
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/04/165-o-pensamento-de-tasso-correa.html
Imagem Reunião da CONGREGAÇAO do IBA-RS no dia
06.01.1939 – Foto Diário de Noticias dia
08.01.1939
FACE BOOK
https://www.facebook.com/photo?fbid=1011944542588031&set=gm.2705141686370685
Fig. 02 Os integrantes da ASSOCIAÇÂO ARAÚJO PORTO-ALEGRE (AAPA) em visita, no
verão de 194, às cidades históricas do estado de MINAS GERAIS. A AAPA
vinha de uma temporada de trabalhos e exposições em SALVADOR, na BAHIA, Nas
Alterosas peregrinou de cidade em cidade sob o patrocínio do governador e, em
retribuição realizaram uma exposição, de suas obras sem Belo Horizonte. No
retorno, a Porto Alegre, mostraram o que haviam produzidos na sua viagem de
estudos e pesquisa
O PERTENCIMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:
EXPRESSÕES de
AUTONOMIA dos
ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÈCADA de 1940
A DÉCADA de 1940 até 1950 pode ser dividida, no
Brasil, em duas partes diametralmente opostos. Na primeira parte, de 1940 até
1945 os trágicos anos da II GUERRA MUNDIAL no plano externo. No plano interno
pleno curso dos PESADOS ANOS de CHUMBO do ESTADO NOVO. Na segunda parte, de
1945 até 1950, a euforia da VITÓRIA ALIADA, significou o fim da ditadura
Vargas, a veemente condenação de fachada do ESTADO TOTALITÁRIO e a aparente
retomada do REGIME DEMOCRÁTICO.
No Rio Grande do
Sul deu margem para a DESFORRA pela queima da bandeira do Estado e a proibição
de qualquer símbolo regional. Isto significou o surgimento do REGIONALISMO requentado,
a busca das reconexões do poder civil com o BRASIL RENOVADO e a avalanche das
conexões internacionais incontroláveis para uma frágil e requentada identidade
de empréstimo.
Nas ARTES VISUAIS
foi a abertura para torrentes das mais variadas e contraditórias estéticas do
mundo inteiro. Favorecido pelos meios de comunicação - cada vez mais intensos,
instantâneos e volumosos - o seu recurso foi apresentar e cultivar massivas
manifestações regionais sem grandes pesquisas estéticas. Isto significava jogar-se num frenético FAZER
por FAZER no torvelinho da INDUSTRIAL CULTURAL avassaladora de outros centros
culturais, bem equipados alimentado por massivos aportes financeiros
No contraditório,
da aparente liberdade individual, houve a criação, expansão e cultivo de
rígidos protocolos expressas em normas populistas de fácil leitura e
compreensão. Esta CONTRADIÇÃO gerava COMPLENTARIEDADES MASSIVAS expressas em
MITOS alimentados pela INDÚSTRIA CULTURAL, pelo RÀDIO, pelo CINEMA e pela volumosa
produção gráfica cada vez mais colorida e de parcas reflexões. Tudo destinado á
OBSOLESCÊNCIA IMEDIATA. Os grandes trustes da MÌDIA geravam ídolos, mitos e u
pensamento linear, unívoco e sem consequência no dia seguinte.
Nos
limites também é necessário ressaltar que para as competências das associações,
dos clubes e dos núcleos de artistas sul-rio-grandenses pouco significa a sua
projeção ou exportação para culturas de outros estados e muito menos para fora
do país. O mesmo pode ser dito do inverso. As projeções, de fora para dentro,
de culturas, mesmo as hegemônicas são pouco proporcionais, correntes e fecundos
para as ASSOCIAÇÕES de ARTISTAS. Qualquer tentativa de ASSOCIAÇÃO é derrotada pelo dia seguinte no
qual a incerta origem dos seus fundamentos, contratos unilaterais e as frágil realizações tornam-se
descartáveis, desqualificadas e disfuncionais. Permanecem, e são cultuadas, as
vetustas matrizes incoerentes com a SOCIEDADE vigente e LUGAR PRESENTE
. As
ruínas das missões jesuíticas talvez sejam uma das numerosas e melhores
ilustrações da inutilidade e frustração trazida por estes projetos exógenos,
implantados por um voluntarismo incoerente e a revela do Poder Originário
local.
Para
as associações, grupos e núcleos de artistas visuais são tão danosos a
mitificação de uma autonomia caricata, como a sua naturalização primária pela
procrastinação da solução do problema da coerência entre competências e
limites. A autonomia, reduzida ao maniqueísmo entre os extremos da solidão e da
multidão, provoca a mesma esterilidade desde a origem de associações, de grupos
e de núcleos de artistas visuais.
Existem
infinitas divisões no contínuo da prática da autonomia. A autonomia do artista não constitui a busca
do solipsismo, pelo que viu acima. De outra parte a autonomia - conceituada
como competências e limites – potencializa o contínuo da sua energia interna
que se expande nos limites de um grupo. A autonomia potencializa as suas
competências na medida em que elas são comuns para múltiplos agentes deste
grupo de dentro. Este “ser comum” também não significa
mesmice na arte. Ao contrário: “o artista
produz para o seu concorrente” na concepção de Pierre Bourdieu. Serve a
metáfora da torcida num jogo no qual o torcedor é alguém que gostaria de estar
em campo, jogando para o seu time.
Nesta
tentativa de jogar no mesmo time, a ASSOCIAÇÃO ARAÚJO PORTO ALEGRE (AAPA) mostrava que nessa época a profissionalização em
arte era considerada como possível. A resolução do jovem Iberê Camargo,
concluinte do Curso Técnico de Arquitetura no IBA-RS, foi tomada, em 1941, ao
proclamar ‘vencer ou morrer pela arte’[1].
Ele expressava o contexto de confrontos extremos de uma guerra real em
andamento. O indivíduo isolado deveria fazer opções reais e definitivas entre
forças antagônicas que se materializavam em figuras da fachada sorridentes, benevolentes e triunfantes. O
Estado totalitário apontava o rumo, onde ele incluía a arte. No Brasil, essa
política tomou o nome de Gustavo Capanema que na análise de Williams (2000:
251/69) acumulava simultaneamente as funções de administrador, de ideólogo e de
mecenas das artes. A reprodução da arte era possível, no rumo que o Estado
apontava.
Com este instrumento público e legal nas mãos, pleiteou ajuda oficial dos Estados do Rio
Grande do Sul, Bahia como de Minas
Gerais e que recebeu afetivamente. As suas visitas eram divulgadas em releases aos principais órgãos de imprensa
nos três estados visitado e onde trabalharam intensamente e produziram as suas
OBRAS, Na comprovação objetiva dos gastos do erário público preparava e
divulgava as exposições de obras produzidas na AAPA, tanto em SALVADSOR, BELO
HORIZONTE e PORTO ALEGRE.
No entanto a Associação Araújo Porto-Alegre também estavam sob o império do GOSTO EFÊMERO, do DESIGN do descartável
que transforma a tudo e todos em KITSCH, ou “QUE NASCE CONSUMIDO” na concepção
de Umberto ECO. Na Filosofia, na época, fazia moda a tendência EXISTENCIALISTA.
Porto Alegre recebeu, no final, década a visita de Albert CAMUS. (Revista do
Globo ano XXI, nº 490, 03.09.1949 pp. 40-41)
Ao
longo da quinta década do século XX surgiram outros grupamentos de artistas
plásticos no Rio Grande do Sul. Porém o seu registro e ações também não
prosperaram ou vieram ao conhecimento do grande público.
Uma
da derradeira manifestações públicas da Associação
Araújo Porto-Alegre ocorreu no
NORDESRA BRASILEIRO onde trabalharam coletivamente expuseram, no dia 21 de fevereiro
de 1952, em RECIFE
AUTONOMIA do
ARTISTA o seu PERTENCIMENTO.
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2013/05/004-expressoes-de-autonomia-na-arte.htm
ASSOCIAÇÂO ARAUJO PORTO ALFRE
1947-1950AAPA
http://profciriosimon.blogspot.com/2010/08/arte-em-porto-alegre-apos-1945-0801.html
ORIGEM e AÇÔES da ASSOCIAÇÂO
ARAÚJO PORTO -ALEGRE - AAPA
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2010/08/arte-em-porto-alegre-apos-1945-0801.html
Albert CAMUS em Porto Alegre
http://profciriosimon.blogspot.com/2010/01/camus-quando-o-intelctual-ainda-falava.html
FACE BOOK
https://www.facebook.com/photo?fbid=1012683775847441&set=gm.2705940266290827
http://iberecamargo.org.br/exposicao/os-quatro-grupo-de-bage/
Fig.
03 Glênio BIANQUETTI, Glauco Otávio de
CASTILHOS RODRIGUES, Carlos SCLIAR e
Danúbio VILAMIL GONÇALVES , - “GRUPO
dos QUATRO de BAGÈ” geram um identidade
a partir do TRABALHO em COMUM como ARTISTAS
VISUAIS. Projetaram a sua obra aparti do interio do Rio Grande do Sul
ganharam a capital e intargiram intensamente co o cento do Brasil
O PERTENCIMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:
EXPRESSÕES de AUTONOMIA dos
ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÈCADA de 1950
A
SEXTA DÉCADA, do século XX, permaneceu na memória
pela estrepitosa
derrota do BRASIL pelo URUGAI, no novo Maracanã.
A
sucessão dos anos de 1950 até 196o
oscilou entre o requentado retorno de Getúlio Vargas e o seu suicido. No
sentido contrário surgiu e a fulgurante figura do mineiro Juscelino KUBITSCHEK
que levou o BRASIL para o INTERIOR e para o OESTE. Esta marcha e euforia
significou a proliferação de CENTROS CULTURAIS, MUSEUS e de ASSOCIAÇÕES de
ARTISTAS e novas universidades. De outro as conexões entre eles tonaram-se cada
vez mais tênues representando uma verdadeira HISTORIA CULTURAL BRASILEIRA em
MIGALHAS.
O
clima da GUERRA FRIA - entre as duas potências nucleares hegemônicas e
antagônicas - foi, e continua sendo, energia ativa e
radioativa ativa do maniqueísmo e a
trituração da memória sul-rio-grandense em migalhas Qualquer tentativa estética
estava sujeita a ser triturada e, pelo maniqueísmo, levar nas costas o alfinete de ou CAPITALISTA ou alfinete do
COMUNISTA.
Assim
qualquer ASSOCIAÇÂO não escapava de um ou outro alfinete e sua respectiva
classificação em UM ou OUTRO dos dois QUADROS antagônicos.
Numa
visão panorâmica pode-se enumerar os primórdios da expansão dos movimentos dos
Centros de Tradições Gaúchas e que ganhou reforços nacionais com a realização
da III SEMANA NACIONAL do FOLCLORE em Porto Alegre nos quadros da recém UNESCO.
O CLUBE de GRAVURA de PORTO ALEGRE apostou no
quadro da popularização da arte por meio de recursos da multiplicação de obras.
Nesta tentativa cruzou ,em diversas ocasiões, com a temática do Movimento
Tradicionalista Gaúcho. Deste ambiente destacou-se a ação e as obras dos 4
artistas visuais que se denominaram de
“GRUPO de BAGE” e interagiu com a cultura sul-rio-grandense e do Centro do
Brasil.
Na
origem da BIENAL de São Paulo um grupo de artistas sul-rio-grandenses foi
convidado pessoalmente, em 1950 por Cecilo MATARAZZO para integrarem nesta
amostra internacional da ARTE de 1951. Já no 4º Centenário de São Paulo de 1954
o Pavilhão do Rio Grande do sul não ostro uso o o Monumento doa Laçador, mas a
presença de figuras da tradição, da indústria e do comercio do Rio Grande do
Sul. Enquanto isto as CHURRASCARIAS tradicionais do Rio Grande do Sul ganhavam
o mundo e ainda no modelo e franquia gratuita da CHURRASCARIA de EXPOSIÇÃO
FARROUPILHA de 1935.
Na
metade da década de 1950 os artistas visuais começaram a ter o abrigo, suporte
e estimulo do MUSEU de ARTE do RIO GRANDE do SUL. Este estímulo positivo era
por tempo indeterminado, coerente e plenamente justificável no âmbito do
PROJETO CIVILIZATÒIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA que ESTADO NECESSITA exercer por
delegação e contrato com os sues cidadãos
A
ASSOCIAÇÃO do EX-ALUNOS do IBA-RS criou, entre 1954 e 1955, a ‘Sociedade de Amigos da Arte’. a (SOCIBA).
Scarinci registra (1982: 106) a experiência da Sociedade de Cultura do IBA
(SOCIBA), constituída no aniversário do Instituto em 1953 que nos documentos do AGIA-UFRGS descobre-se como
uma interface entre a instituição e a sociedade civil, aos moldes de uma “fundação”. A SOCIBA foi desativada em 1958, dando lugar à ‘Associação
Cultural dos Ex-Alunos do IBA-RS”, que foi responsável pela experiência da
Escolinha de Artes do Instituto. Esta experiência trouxe ao Rio Grande do Sul
as experiências de AUGUSTO RODRIGUES implementada na educação no Rio de Janeiro
e inspirado nas experiências de Herbert READ das escolas de arte inglesas
oferecidas a crianças inglesas s ao longo da II GUERRA MUNDIAL
.
Entre os estudantes de arte surgiu o Grupo BODE PRETO cm reiteradas e
agressivas investidas contra padrões estéticos arcaicos. Fernando Corona
analisou e publicou (1977, pp.85 e 91) duas crônicas sobre este movimento
estudantil. Renato Rosa realiza um proveitosa síntese (2000, pp.116 e 17) onde
regista origem, exposições e integrantes do Grupo
No
final da década de 1950 a dinâmica administração (1959-1962) de Leonel BRIZOLA
povoou o interior do Rio Grande do Sul com as BRIZOLETAS e, em PORTO
ALEGRE, efêmero “MATA BORRÃO” que
acolheu e propagou diversas
iniciativas deste governo e exposições de ARTISTAS VISUAIS. Enquanto isto BRASILIA
estava chamando a atenção e levando levas de sul-rio-grandenses par o PLANALTO
CENTRAL do BRASIL e continua na marcha para o OESTE e INTERIOR BRASILEIRO.
Nas
ARTES VISUAIS do Rio Grande do Sul não é possível passar ao largo, sem ao mesmo
mencionar o I SALÂO PANAMERICANO de ARTE e a realização do I CONRESSO
BRASILEURO de ARTE promovidos e simultâneos à ocasião da passagem do
Cinquentenário do IBA-RS no dia 22 de abril de 1958. Ambos visavam congregar os
artistas e avançar na direção de um MINISTÉRIO das ARTES e criação da
UNIVERSIUDADE das ARTES. Ambas foram consideradas temporãs e não aceitas pelo
Congresso sob o argumento da potencial burocratização.
Evidente
que esta simples enumeração necessita ainda muitas pesquisas, documentação
ensaios e divulgações.
FONTES
CORONA, Fernando (1895-1979).«. Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto
Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 243
ROSA, Renato et
PRESSER, Décio .Dicionário
das Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. (2ª ed r) Porto Alegre : UFRGS,
2000, 527 p. ISBN 85-7025-522-
SCARINCI,
Carlos. A gravura no Rio Grande do Sul
(1900-1982). Porto Alegre : Mercado
Aberto, 1982, 224 p. il.
Color
III SEMANA NACIONAL do FOLCLORE
em Porto Alegre
http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=114774&pagfis=2373&url=http://memoria.bn.br/docreader#
https://www.traca.com.br/livro/43367/iii-semana-nacional-de-folclore
SOCIBA
http://profciriosimon.blogspot.com/2013/05/004-expressoes-de-autonomia-na-arte.html
- FONTE Atas da SOCIBA Sociedade de
Cultura do Instituto de Belas Artes
(22/04/1953 – 1958) SOCIBA:
Programas e estatutos - 1953 – 1958 –
Arquivo IA-UFRSG
Escolinha de
Artes e Iara Rodrigues
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/URGS_c83e5b7413f333f953b0830272e28224
GRUPO PODE PRETO e WALDENY ELIAS
https://estado.rs.gov.br/obra-do-pintor-waldeny-elias-esta-no-centro-cultural-erico-verissimo
e Leo EDEXHEIMER
http://www.margs.rs.gov.br/midia/anotacoes-a-margem-de-uma-obra-leo-dexheimer/
O GRUPO de BAGÉ
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_de_Bag%C3%A9
+
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2015_03_01_archive.html
+
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2015/03/estudos-de-arte-010.html
I SALÃO PANAMERICANO
de ARTE
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento81112/1o-salao-pan-americano-de-arte
Catálogo https://www.traca.com.br/livro/163364/
I CONGRESSO BRASILEIRO
de ARTE
http://profciriosimon.blogspot.com/2010/04/um-salao-de-festas-das-artes-03.html
Boletim informativo
https://www.budanoleiloeiro.com.br/peca.asp?ID=2543826
Relatório
https://books.google.com.br/books/about/1o_Congresso_Brasileiro_de_Arte.html?id=xw7ntAEACAAJ&hl=en&output=html_text&redir_esc=y
Administração de
Leonel BRIZOLA do RS
http://repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/3756
MATA BORRÂO
https://www.webpoa.com/memoria/o-mata-borrao/
ASSOCIAÇÂO FRANCISCO
LISBOA presente no dia 24 de agosto de 1954 sem nada a ver com o CAOS
https://historiahoje.com/getulio-vargas-da-crise-ao-suicidio/
FACE BOOK
https://www.facebook.com/photo?fbid=1013536732428812&set=gm.2706896229528564
Fig.
04 As periódicas vindas a Porto Alegre
de Iberê Camargo eram oportunidades para se cercar de gente que gostava de praticar
ARTE em grupos. No início de ano, de 1960, Iberê foi cercado por um grupo
de jovens artistas visuais e que passaram a amiudar os seus encontros até
desencadearem o processo da formação institucional do ATELIER LIVRE da PREFEITURA
de PORTO ALEGRE
O PERTENCIMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:
EXPRESSÕES de AUTONOMIA dos
ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÉCADA de 1960
A DÉCADA, de 1960 iniciou sob a intensa
expectativa de mudanças e da esperança da NOVA CAPITAL BRASILIA. TERMINOU com
retrocesso para uma feroz ditadura monocrática e autoritária expressa pelo AI 05 de dezembro de 1968,Esta
sepultava de vez as breves conquistas democráticas
A RENÙNCIA de
Jânio QUADROS, a LEGALIDADE, sucedido por um breve período PARLAMENTARISTA
seguido polo GOLPE de 1º de abril de 1964. Esta entrada intervencionista
militar deixou pouco espaço para os ARTISTAS VISUAIS CRIAREM ASSOCIAÇÔES
DURÁVEIS ou ter autonomia e criatividade nos ANOS DE CHUMBO. Foi lhes
oferecida a alternativa maniqueísta
e fulminante de “AME-O ou DEIXE-O”.
Assim qualquer
organização civil, da época, caiu sob suspeita ou foi infiltrada por
informantes da própria organização cooptados ou coagidos a delatar, denunciar e
concorrer aos cargos centrais de comando desta agrupamentos.
No contraditório
este período autoritário e monocrático, serviu para sacudir e provar aqueles de
fato são convictos das ARTES e com projetos coerentes e seguros, Ocorreu algo
semelhante com a da REPÚBLICA de VICHI que foi um filtro entre os confiados em
quimeras e aqueles que ainda tinha capacidade de distinção e algum reação ao
algoz.
O ATELIER LIVRE da PREFEITURA de Porto Alegre
constituído na entrada da década de
1960 foi
dos centros que teve esta capacidades de distinguir quimeras de competências
possíveis. Provou isto nas ARTES VISUAIS
nas piores privações e. de atividades
A inciativa teve uma fase de implementação nos cursos livres que Iberê
CAMARGO ministrou nas dependências do Theatro São Pedro. As suas sucessivas
migrações e levaram ao ABRGO dos BONDES da Praça XV, aos altos do MERCADO PÚBLICO,
para a Rua Lobo da CISTA nº 291 e finalmente pra a sua casa própria no CENTRO
MUNICIPAL de CULTURA Ali se cultivaram traços de resistência com projetos
coerentes com a sociedade, tempo e lugar.
O quadro do ANOS
de CHUMBO não foi revertido e levado a bom termo, certamente, pela longa e
injusta lista dos expurgados e o perseguidos. Estes tornaram-se MITOS e HEROIS.
A tarefa objetiva, desta reversão, coube aqueles que resistiram silenciosos,
eficazes e competentes para entender, querer e sentir-se interagindo com o
PODER ORIGINÁRIO da ARTE e da CULTYRA. Competentes para lidar tanto com as
MULTIDÕES como com a sua produção como ARTISTAS PESQUISADORES da ARTES VISUAIS.
Evidente que houve
lugares, como Salvador, onde foi fechada a II BIENAL da BAHIA, em 13 de
dezembro de 1968, dia de decretação do AI-5 e os músicos passaram a ser censurados, presos e exilados
II BIENAL da BAHIA
https://atarde.uol.com.br/cultura/noticias/50-anos-do-golpe-2a-bienal-da-bahia-foi-fechada-157688
+
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bienal_da_Bahia
INQUÉRITO de CAETANO VELOSO
https://brasil.elpais.com/cultura/2020-09-14/a-ditadura-brasileira-contra-caetano-veloso-os-arquivos-completos-da-repressao.html
ATELIER LIVRE da PREFEITURA de PORTO ALEGRE
http://profciriosimon.blogspot.com/2018/11/253-estudos-de-arte_4.html
Apresentado ao GRUPO de PESQUISA da
AAMARGS, no dia 01 de novembro de 2018, por Rosemari Sarmento
FACE
BOOK
https://www.facebook.com/photo?fbid=1014396215676197&set=gm.2707767509441436
ARTISTAS PLÁSTICOS – R Revista -
MANCHETE - nº 966 de 24.10.1970 - p. 148.
Fig. 05 As manifestações artísticas
da década de 1970 mostram a
problemática dos “anos de chumbo” do Regime Militar que não interveio diretamente no
campo estético na medida em que estre se abstinha de qualquer questão
concernente ao poder do Estado Brasileiro. De outra parte demonstra a pouca consistência
deste regime em simplesmente “TOLERAR” as manifestações estéticas das quais não
tinham a menor competência, entendimento e vontade de interagir. Para o artista
foi a condenação à sua “AUTONOMIA de
FEVELA” na qual sempre viveu no Brasil. Como nos demais movimentos desta
época pouco registro dos resultados permanentes para a sociedade e cultura
brasileira e muito menos parar os artistas,
O PERTENCIMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:
EXPRESSÕES de AUTONOMIA dos
ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÉCADA de 1970
A OITAVA DÉCADA do SECULO XX passou-se
mergulhada nos ANOS de CHUMBO e que se derreteram a partir de 1979, com a frágil
e confusa ABERTURA POLITICA
Graças aos ANOS de
CHUMBO esta década assistiu a um expressivo número de FUNDAÇÕES de UNIVERSIDES,
de INSTUTOS e de CURSOS TOCADOS pelo FORMALISMO LEGALISTA e ECLETISMO. Contava
a QUANDIDADE e onde a QUALIDADE era encoberta pelo FORMALISMO BUROCRÁTICO.
Bastava preencher rígidos protocolos controlados pelo PODER CENTRAL BUROCRATICO
e LEGALISTA
Uma amostra desse
FORMALISMO BUROCRÁTICO são os CENTROS, INSTITUTOS e CURSOS XIPÓFAGOS. Nelas a
ARTES VUSUAIS não AUTONOMIA, IDENTIDADE e é INVADIDO por disciplinas e
conteúdos que pouco ter a ver com a FORMAÇÂO e o EXERCICIO de uma PESQUISA
ESTÈTICA coerente com seu TEMPO e a sua SOCIEDADE LOCAL
Para encontrar
alguma vida é necessário procura-la fora dos quadros oficiais que passaram a
década de 1970 sob a sina do intervencionismo dos aparelhos repressivo do
ESTADO NACIONAL dominado pela militarização da vida civil. Esta MILITARIZAÇÃO
reduziu as instituições, que de uma outra forma estavam a seu alcance, em mero
reprodutores burocráticos.
Uma delegação de
artistas visuais sul-rio-grandenses foi um divisor de águas entre duas correntes
que se formaram logo no início da década de 1970. Alguns transformaram o TABU do
ESTADO TOTALITÁRIO da REPRESSÃO em TOTEM. Estes
aceitaram o convite para irem expor no núcleo do poder central. Na
corrente contrária outros se recusaram terminantemente integrar este contorno.
Fora do alcance
destes dos aparelhos repressivo do ESTADO NACIONAL a vida continuou de diversas
formas. Nas ARTES VISUAIS. Uma delas foi o surgimento de GALERIAS de ARTE como
desde 1971 a ESPHERA GALERIA de ARTE ou a DELHOS GALERIA de ARTE desde 1974 e
uma série de outras inciativas dicionarizadas em Renato ROSA e descritas por
Maria Helena WEBSTER ao registrar a sua experiência adquirida e divulgada na
GALERIA CAMBONA que continuou por meio da GALERIA GESTUAL . Com
aparentes objetivos comerciais foram celebradas feiras livres como o
BRIQUE da REDENÇÂO.
Na questão da
formação de um de ACERVOS particulares e nos LEILÔES de ARTE firmou-se um
publico fiel
A educação
estética - de um novo público - procurou formas extra oficiais como ESCOLINHAS de ARTE. Houve também o
deslocamento para o interior em e eventuais agrupamentos como a “CASA VELHA:
CONVÍVIO” de HAMBURGO VELHO desde 10 de abril de 1977.
Na capital o
ESPAÇO N.O. esteve ativo de 1979 até 1982 sob a liderança de Vera CHAVES
BARCELLOS
ROSA, Renato et PRESSER, Décio .Dicionário das Artes Plásticas no Rio
Grande do Sul. (2ª ed r) Porto Alegre : UFRGS, 2000, 527 p. ISBN
85-7025-522-5
WEBSTER, Maria Helena et alii. Do passado ao presente.: as artes
plásticas no Rio Grande do Sul . Porto
Alegre : Cambona s/d. 83 p.
BRIQUE da REDENÇAO nas ARTES PLÁSTICAS
https://briquedaredencao.com.br/artes-plasticas/
CASA
VELHA CONVÍVIO NOVO HAMBURGO
https://www.jornalnh.com.br/2017/07/entretenimento/2148391-exposicao-casa-velha-40-anos-recebe-novos-artistas-no-espaco-cultural-albano-hartz.html
ESPAÇO
N.O. 1979-1982
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_N.O.
ESPHERA GALERIA de
ARTE desde 1971
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento356753/esphera-galeria-de-arte-exposicao-inaugural-1971-porto-alegre-rs
DELPHOS GALERIA de
ARTE desde 1974
https://www.delphusgaleria.com.br/
+
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/instituicao261696/esphera-galeria-de-arte-porto-alegre-rs
Formação da
PINACOTECA APLUB desde 1975
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pinacoteca_APLUB#:~:text=Criada%20por%20iniciativa%20de%20Rolf,do%20Rio%20Grande%20do%20Sul.
GALERIA CAMBONA
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/instituicao259931/cambona-centro-de-artes-porto-alegre-rs
GESTUAL
http://www.gestual.com.br/
Imagem ARTISTAS
VISUAIS SUL-RIO- GRANDENSES expõe em BRASÍLIA in Revista MANCHETE n.966 de
24.10.1970 p. 148
FACE BOOK
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Fig.
06 - No período, de 1882 e 1983, Iberê CAMARGO transformou o seu ATELIER em LABORATÓRIO
de IDEIAS e OBRAS especialmente no episódio
das “DIRETAS JÁ”. O ambiente era um convite para a interação, atualização
da inteligência e culminavam em pesquisas individuas. O objetivo maior sempre
foi o de enfrentar a formação de uma consciência coletiva mno qual faziam
sentido estas obras.
O PERTENCIMENTO dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES:
EXPRESSÕES de AUTONOMIA dos
ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES na DÉCADA de 1980
A DÉCADA de 1980 decorreu, no BRASIL, no meio da lenta e sofrida retomada da vida
DEMOCRÁTICA até atingir um certo grau de coerência para enfrentar uma nova
ORDEM JURÍDICA. Esta ORDEM culminou na
CONSTITUIÇÃO de 1988. A BUSCA de uma NOVA ORDEM JURÍDICA iniciou nos anos de
1982-1983 pelo movimento social das “DIRETAS JÁ“. Esta BUSCA teve profundos
engajamentos de ARTISTAS de diferentes TENDÊNCIAS e correntes ESTÉTICAS
A Constituição do
Estado do Rio Grande do Sul foi promulgada no dia 03 de outubro de 1989 pela
Assembleia Estadual Constituinte. Portanto ela completa 31 ano de vigência
ativa, na data da publicação desta página. Esta constituição estadual foi um
salutar reforço legal para as FORÇAS do campo da CULTURA e da ARTE e que
compromete o governo do Estado com este campo simbólico.
Antes desta
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL surgiu, em 1983, a ASSOCIAÇÃO de AMIGOS do MUSEU de ARTE
do RIO GRANDE do SUL (AAMARGS). A sua criação
é simultânea ao Movimento das
“DIRETAS JÁ”. Neste movimento somaram-se artistas visuais de relevo como Iberê
CAMARGO que abriu o seu atelier dar suporte a esta “ABERTURA POLÍTICA”.
Nesta somatória de
SENTIMENTOS, de INTELIGÊNCIA e das VONTADES, ganharam relevo e sentido antigas
associações. Algumas chegaram, na década de 1980 ao final de sua proposta
inicial para abraçar novas propostas mais coerentes com a ABERTURA POLÍTICA,
Foi o caso ESPAÇO N.O. que continuou sob outras formas de PESQUISAR e de se
ATUALIZAR
Surgiram outras,
como o GRUPO VERTICE de vida intensa porém efêmera devido aos múltiplos outros
projetos e espaços que brotavam em atelieres particulares ou em grupos
solidários na prática das Artes Visuais.
Mais perene foi o
movimento que constituiu o MUSEU do
TRABALHO iniciado em 1982 e que continua a sua proposta interagindo com
diversas mantenedoras. Dotado de oficinas e de espaços expositivos convive com
outras manifestações artísticas
No mesmo ano de
1982 o governo municipal desapropriou o antigo Solar LOPO da COSTA, o restaurou
e lhe conferiu o nome de Museu José Joaquim FELIZARDO. Neste museu os
fotógrafos ganharam um acervo de imagens de suas obras. O térreo é uma das
poucas senzalas preservadas em Porto Alegre.
Entre 1987 e 1989
ocorreram as tratativas para constituir o PROGRAMA de PÓS GRADUAÇÂO em ARTES
VISAUAS do Departamento de ARTES VISUAIS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS.
No final da década
houve o movimento para apropriar a antiga Usina da CEEE e transformá-la em
lugar cultural. Este movimento ganhou ênfase a partir de 1988. No que se
conhece como USINA do CAZÔMETRO as Artes
Visuais ganharam vários espaços
O antigo Hotel Majestic foi tombado em 1990 e
transformado no Casa de CULTURA MÁRIO QUINTANA. Sob a responsabilidade estadual
tornou-se sede de galerias, escolinha de Arte e MUSEU de ARTE CONTEMPORÂNEA
(MAC) em 1992
O Regime
Republicano, com o seu lema ORDEM e PROGRESSO, completava, no dia 15 de
novembro de 1989, um século de vigência. Certamente este lema é inadequado para
analisar as ARTES que se desenvolveram no Brasil durante este século. Em ARTES
não houve PROGRESSO, porém um ACUMULADO de EXPERIMENTOS, PESQUIUSAS e FORMAÇÃO
de AGRUPAMENTOS de civis com maior ou menor comprometimento do GOVERNO do
REGIME REPUBLICANO. Esta FORMAÇÃO de AGRUPAMENTOS pode ser lida e interpretada
como uma expressão de uma IDENTIDADE ao redor e a partir da ARTE. Indubitável
que houve PESQUISA estética apesar da constante tentação de dar ouvidos e
deixar-se seduzir pela simples e singela ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA. Esta
ainda paga tributos ao magnetismo COLONIAL e ESCRAVAGISTA. Esta dependência da
INTELIGÊNCIA tropeça na constante ACUMULAÇÃO de EXPERIMENTOS impulsionado pelas
falências que não chegam a bom termo. A singela criação e multiplicação de
museus não passa muito além de depósitos a espera da ação do tempo que
deteriora e aniquila algo realizado sem identidade, sem segurança e plena
coerência interna.
Durante este PRIMEIRO SÉCULO do REGIME
REPUBLICANO no BRASIL não houve um CENTRALISMO EXAGERADO como nos REGIME
ANTERIORES colocando sob suspeita e controle qualquer agrupamento civil.
Evidente que houve recaídas lamentáveis como o ESTADO NOVO que QUEIMOU e
PROIBIU as BANDEIRAS dos ESTADOS ou o AUTORITARISMO MONOCRÁTICO MILITARISTA
como de 1964 até 1979.
Certamente também
não cabe o termo ORDEM. EXPRESSÕES pontuais de AUTONOMIA, de CRIATIVIDADE e de
RENOVAÇÃO são termos mais convenientes. Na RENOVAÇÃO o ARTISTA VISUAL amiúda e
aumenta o volume de sua produção simbólica. Na CRIATIVIDADE busca o seu próprio
potencial e capacidade autoral de nome próprio. Na AUTONOMIA desfaz-se de
amarras conceituais, sociais e passa a projetor o seu ENTE nos eu MODO de SER.
Esta mentalidade produziu a um adensamento,
ao longo do período de 1889 até 1989, perceptível na produção de obras autorais e uma diástole
pela qual a VITALDADE se difundiu por todo território nacional. No Rio Grande
do Sul que acalentava este projeto desde 1835 ela ganhou intensidade e se
cristalizou em realizações republicanas perceptíveis na MAIOR EXPOSIÇÃO e
EVENTO que o CENTENÁRIO FARROUPILHA
Esta sequência
termina neste ponto a espera de alguém que queira examinar as três décadas
seguinte
DIRETAS, JÁ 1982-1983
https://www.todamateria.com.br/diretas-ja/
DIRETAS JÁ e IBERÊ CAMARGO
http://profciriosimon.blogspot.com/2016/10/188-iconografia-sul-rio-grandense.html
As ARTES VISUAIS INSTITUCIONALIZADAS no RIO GRANDE
do SUL e a LEGISLAÇÃO.
http://profciriosimon.blogspot.com/2018/07/234-estudos-de-arte.html
ESPAÇO N.O. até 1982
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_N.O.
ORIGEM do PROGRAMA de ARTES VISUAIS do DEPARTAMENTO de ARTES
VISUASI do INSTITUTO de ARTES da UGFRS
https://sabi.ufrgs.br/F/JS8ES3JLSMR3EV5KE73G8R4NP44I1G56AG565EH8RLPFAGSHBQ-07664?func=find-acc&acc_sequence=001446682
AAMARGS em 1983 ate o PRESENTE
http://profciriosimon.blogspot.com/2018/10/253-estudos-de-arte.html
INSTITUIÇÔES e GRUPAMENTOS de ARTISTA
VVISUAI da
http://profciriosimon.blogspot.com/2018/09/248-estudos-de-arte.html
GRUPO VÉRTICE - Porto Alegre – RS - 1989-1990
Postagem nº 01
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2012/08/isto-e-arte-039.html 04.08.2012
Postagem nº 02
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2012/08/isto-e-arte-040.html 07.08.2012
Postagem nº 03
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2012/08/isto-e-arte-041.html 09.08.2012
Postagem nº 04 http://profciriosimon.blogspot.com.br/2012/08/isto-e-arte-042.html. 10.08.2012
MUSEU do TRABALHO PORTO ALEGRE de 1982
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_do_Trabalho
+ galeria
https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g303546-d2365614-i178421872-Museu_do_Trabalho-Porto_Alegre_State_of_Rio_Grande_do_Sul.html
ROCHELE COSTI no MUSEU do TRABALHO
https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/artes/noticia/2018/10/rochelle-costi-faz-resgate-da-porto-alegre-dos-anos-1980-em-mostra-no-museu-do-trabalho-cjnovm54r087q01pi1alt8cki.html
MISSÔES (COMO CONTRUIR CATEDRAIS)
1987 de CILDO MEIRELES
https://redesina.com.br/missao-missoes-como-construir-uma-catedral-obra-de-cildo-meireles/
+
https://www.youtube.com/watch?v=xLotZr4SpN4
+
http://gravuracontemporanea.com.br/cildo-meireles-um-artista-alem-da-imaginacao/
=
file:///C:/Users/Cirio/Downloads/4956-Texto%20do%20artigo-16599-1-10-20141226%20(1).pdf
USINA do GAZOMETRO a partir de
1988
https://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_do_Gas%C3%B4metro
MUSEU JOSE´JOAQUIM FELIZARDO 1982
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smc/default.php?reg=195&p_secao=86
FACE BOOK
https://www.facebook.com/photo?fbid=1015930078856144&set=gm.2709470505937803
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/206715/001112638.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Fig.
07 – A obra “MISSÕES: COMO se CONTROI
CATEDRAIS’ de Cildo MEIRELES integra um projeto raro no qual um grupo de
artistas do centro da Brasil deixa-se
impregnar e produz obras com temática sul-rio-grandense. O grupo destes
artistas visuais era formado Cildo MEIRELES, Carlos FELIZARDO Danlel SENISE,
Ester GRINSPUN, Jacques BEDEL, Lívio ABRAMO, Luiz Rafael FRANÇA, Maurício
BENTES, Maurício BAUMSTEIN e Vera CHAVES BARCELOS As suas obras foram expostas,
em 1987, na REITORIA da UFRGS. Obra de
Cildo MEIRELES teve repercussões
internacionais e foi adquirido por um colecionado
da SUIÇA.
RECAPITULANDO: 1ª parte:
décadas de 1890 até 1930 -
https://profciriosimon.blogspot.com/2020/10/estudos-de-arte-n-288.html
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material possui uso restrito ao apoio do processo continuado de
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Referências para Círio SIMON
E-MAIL
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DISSERTAÇÃO: A Prática Democrática
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/1445
TESE: Origens do
Instituto de Artes da UFRGS
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/2632
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BLOG CORREIO
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BLOG PODER ORIGINÁRIO 01
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VÌDEO
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