domingo, 1 de março de 2020

281 –ISTO é ARTE -

O QUE REPRESENTOU a REVOLUÇÃO de 1930, o ESTADO NOVO e o POPULISMO para os ARTISTAS e para ARTE.

Palestra preparada para o CURSO de HISTÓRIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL  do 1º semestre de 2020, e adiada devido ao episódio do CORONAVÍRUS.

00– O A ARTE, ECONOMIA e a POLÍTICA  -
  01– A REVOLUÇÃO de 1930.
 01.1.–  ANTECEDENTES. - 01.2– O ANO de 1930 e as ARTES VISUAIS Rio Grande do Sul na REVOLUÇÃO de 1930.  01.03 –  CONSEQUÊNCIAS da REVOLUÇÃO de 1930 para a ARTE, a CULTURA e EDUCAÇÃO BRASILEIRA.

02 –  O QUE FOI o  ESTADO NOVO BRASILEIRO
 02.1 –   ARTE e o NACIONALISMO.  02.2 –    O ECLETISMO ESTÉTICO.  02.3 –  O que permaneceu do ESTADO NOVO.

03 – O POPULISMO.
  03.1  – AS MIDIAS INDUSTRIAIS e o POPULISMO.   03.2 – O POPULISMO  e a ARTE.   03.3  – O POPULISMO.

CONCLUSÕES
Fig. 01  O estrangeiro Francis PELICHEK conseguiu produzir uma síntese visual das três forças básicas do Rio Grande do Sul em 1931. A PECUÁRIA ainda  domina  a cena. Porém é representada pelo velho tomando chimarrão. A AGRICULTURA, coroada pelos louros, começa a ocupar o centro da cena e é representada pelo jovem sentada no meio aos frutos da terra . Enquanto o operário figura a incipiente indústria que ainda  está distante  no  horizonte do Rio Grande do Sul , Este cartão, visto pelo lado estético,  representa a passagem da pintura de cavalete para as artes gráficas destinadas para largas tiragens industriais e destinadas grandes massas populares. O original foi descartado.


00–  A ARTE, a ECONOMIA e a POLÍTICA.
Por meio dos eventos da REVOLUÇÃO de 1930, do ESTADO NOVO e do POPULISMO é possível balizar uma serie de OBRAS das ARTES VISUAIS que surgiram no RIO GRANDE do SUL ao longo das décadas entre 1930 e 1960 .
Seque-se aqui, a concepção de que  cada período político evidencia certas manifestações estéticas e obscurece outras. Evidente que esta é uma estratégia do narrador, pois outros poderão pesquisar, estudar e socializar outras expressões estéticas cuja  primeira narrativa foi calada por discursos de tendências estéticas concorrentes de curta e frágil hegemonia .
Getúlio Vargas a caminho do Rio de Janeiro cercado de apoiadores.
Fig. 02  A REVOLUÇÃO de 1930 fez calar, e depois aniquilou, outras tendências politicas que se queriam hegemônicas, inclusive o RESULTADO do VOTO POPULAR da ELEIÇÂO PRESIDENCIAL BRASILEIRA  do dia 01 de março de 1930  As novas forças politicas, ao triunfarem,  permitiram, nas ARTES VISUAIS, o surgimento de outros agentes. Estes novos agentes também eram contrários e questionavam as tendências estéticas anteriores. Seguiam n concepções de arte  mas cuja semeadura haviam acontecida na década de 1920.

01– A REVOLUÇÃO de 1930.

A Revolução de 1930 é considerada como o final da Primeira Fase da República Brasileira. Rebelava-se contra a cópia, a projeção e a reprodução dos hábitos imperiais do patrimonialismo, da burocracia e do medo de mudar, que vestiram  a política, a economia e a cultura da sociedade sul-rio-grandense desta denominada “REPÚBLICA VELHA”. Nesta “REPÚBLICA VELHA” haviam mudado apenas “a voz grave imperial com os agudos que se  queriam e se diziam republicanos”  na expressão dos redatores da Revista Madrugada[1] de 1926.
Estes estrepitosos movimentos questionadores da  “REPÚBLICA VELHA”, eram motivados por uma alta carga de idealismo. Neste idealismo caiam no vazio metafísico, pois eles se distanciaram logo de qualquer apoio real, objetivo e empírico. Assim  este gosto ideal teve de ser pago com preço muito alto no mundo real.
O gosto ideal pela atualização da inteligência nas Artes Visuais  - com os movimentos de vanguarda europeias - enchiam  exposições, periódicos, produção de marketing e propaganda que podiam inflamar ideais aos quais  sociedade, os recursos naturais e clima cultural estavam simplesmente imunes. Clima cultural recursos naturais e sociedade blindados e indisponíveis devido  aos longos hábitos imperiais, colônias e da relativamente recente abolição da escravidão legal no Brasil. Na década de 1920 muitos ex-escravos, ou seus donos, ainda estavam vivos, ativos e eram portadores da marca da servidão ou saudosos dos “benefícios” da mão escrava. Esta questão mergulhou e se instalou no inconsciente coletivo brasileiro e sul-rio-grandense, emergindo nas horas e pelas causas mais inesperadas para cobrar o seu tributo.

Fig. 03  O carioca Helios SEELINGE produziu um painel que  intitulo “O RIO GRANDE de PÈ pelo BRASIL”[1]  Este título foi um dos lemas da Revolução de 1930 que empolgou as lideranças do Rio Grande do Sul para se tornarem agentes ativos da política, da cultura, da saúde e da arte brasileira. No contraditória desta euforia triunfante do tema, não consta a imagem de algum indígena e nem afrodescendente.
Ao longo da DÉCADA de 1920[1] vieram a tona os presságios e as causas da Revolução de 1930. Eles se expressaram em variadas e conflitantes tendências estéticas. Porém tinham em comum as circunstâncias e os meios técnicos e conceituais da ERA INDUSTRIAL




[1] O CENTENARIO da DÉCADA de 1920  ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL na DÉCADA de 1920280 –ISTO é ARTE




[1] HELIOS  SEELINGER- “O RIO GRANDE de PÉ pelo BRASIL ISTO é ARTE nº  269 RS de PÉ pelo BRASIL

[2] O CENTENARIO da DÉCADA de 1920  ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL na DÉCADA de 1920280 –ISTO é ARTE

Fig. 04   Bávaro José LUTZENBERGER sentiu-se a vontade no Rio Grande do Sul, Ele havia servido como integrante da cavalaria do exercito alemão da I GUERRA MUNDIAL  Assim o tema das corridas abaladas da cavalaria, ele as transfere aos homens do campo em diversas obras da ARTES VISUAIS que ele realizou no  Rio Grande do Sul  Na obra acima ele incursiona pelo vitral que teve um notável desenvolvimento em Porto Alegre e estudado e publicado[1] por Mariana  WERTHEIMER. Na época estudada o vitral no seu aspecto técnico, se inscreve no contexto industrial, com as suas firmas, ateliers, artesões e de comercio que desaparecem com a obsolescência desta era. das maquinas e desta fábricas especializadas

A frase “Pelo Brasil – Pelo Rio Grande” usada por Hélios Aristides SEELINGER  para identificar um dos seus projetos d ano de 1924, teve uma primeira versão em 1836 num dos títulos “Tudo pelo Brasil e para o Brasil”  Esta frase era estampada na capa da Revista Brasiliense de Ciências, Letras e Artes NITHEROY  editada pelo sul-rio-grandense Manuel Araújo Porto Alegre e colegas.
Em 1836 estava em pleno andamento a REVOLUÇÃO FARROUPILHA. O que aproxima a Revista NITHEROY  e os autênticos FARROUPILHAS é o sentimento patriótico. Enquanto Bento Gonçalves lutava por um ESTADO REPUBLICANO dentro do BRASIL[2], Manuel Araújo estava empenhado em conferir uma identidade e uma alma para a sua Pátria de origem. Poucos decodificaram e entenderam assim as vozes destes dois brasileiros originários do Rio Grande do Sul
    A “REPÚBLICA VELHA” havia copiado os vícios e reproduzido os hábitos entrópicos do final do Regime Imperial. A REVOLUÇÃO de 1930 - para contrapor-se a este descalabro - retornava e somava os gestas concepções e obras dois personagens impregnados dos legítimos SENTIMENTOS de SOBERANIA BRASILEIRA dos primeiros anos inaugurais do Regime Imperial brasileiro e expressos por dois sul-rio-grandenses respectivamente em 1835 e 1836.



[1] WERTHEIMER, Mariana [Coordenação] - ESTUDO do PATRIMÔNIO de VITRAIS produzidos em Porto Alegre no período de 1920-1980. Porto Alegre: DVD- Patrocínio PETROBRAS [2009] -Indexação na Biblioteca da USP – julho 2009

[2] Carta de Bento GONÇALVES ao Padre FEIJO https://almanaquenilomoraes.blogspot.com/2014/03/carta-de-bento-goncalves-ao-regente.html


 01.2– O ANO de 1930 e as ARTES VISUAIS Rio Grande do Sul na REVOLUÇÃO de 1930.

Fig. 05  - A singela  comparação visual das duas peças publicitárias da campanha eleitoral do dia 01 de março de 1930 mostra duas peças com concepções antagônicas e contraditórias. Enquanto a ALIANÇA LIBERAL propunha MUDANÇAS PROFUNDAS e RADICAIS, ela criou e espalhou uma IMAGEM PROFUNDAMENTE CONSERVADORA A IMAGEM de AUDÁCIA FUTURISTA apresentavam os apoiadores de JULIO PRESTES queriam, na prática, o continuísmo da POLÍTICA do CAFÉ com LEITE. Esta contradição levou a um ECLETISMO menta, político e estético que Mário de Andrade anatematizou como “REFUGIO de TODAS s COVARDIAS”

No cenário mundial o ano de 1930 iniciou ainda sob o forte impacto e os efeitos da Quebra da Bolsa de Nova York no dia 24 de outubro de 1929. Este foi um balde de água fria sobre aspirações de um progresso infinito e sem limites. Tanto na Alemanha como na Itália da época esta contingência econômica levou ao paroxismo o nacionalismo e levou lideres oportunistas a prometer o que não puderam manter e remunerar depois. Nestas culturas as OBRAS de ARTE pesaram como valores materiais e econômicos
No Brasil a crescente crispação dos ânimos,  contra  o governo central brasileiro do ano de 1930, tornaram-se insustentável com assassinato de João Pessoa no dia 26 de julho de 1930. Ele era o vice-presidente da chapa encabeçada por Getúlio Vargas e derrotada, nas urnas, no dia 01 de março de 1930.
No Rio Grande do Sul os ânimos sempre andaram divididos e antagônicos no plano interno. Esta bipolaridade interna cessou por um breve momento suas forças políticas, sociais, econômicas e culturais e se aproximaram diante desta agitação nacional.
Esta aproximação política, social e econômica ganhou uma força cultural o lado de fora destes conflitos. A vitória de Yolanda PEREIRA, como Miss Universo, ajudou, no plano social e cultural, a desanuviar velhos rancores e a perceber que o MUNDO MUDARA e novos valores estavam surgindo para contestar uma REPÚBLICA manejada por acomodações
No plano cultural as ARTES VISUAIS, a INTELECTUALIDADE e os responsáveis pela OPINIÃO PÚBLICA  estiveram presentes na descoberta, na valorização e no júri que escolheu e abriu caminho para que  uma moça de Pelotas chegasse ao título de Miss Universo. A própria candidata vencedora tinha formação artística na Música.

Fig. 06 - Francis PELICHEK conseguiu visualizar a hora das armas quando a REVOLUÇÃO de 1930 se municiou e começo as armas da ERA INDUSTRIAL das quais a sua pátria de origem era uma grande produtora A conjugação da imagem da bandeira do Rio Grande do Sul com aquela do Brasil possui a sua raiz icnográfica na obra O RIO GRANDE de PÉ pelo BRASIL de seu amigo e artista Helios Seelinger.

No campo das forças das ARTES VISUAIS coube a Francis PELICHEK ser uma espécie de cronista visual da REVOLUÇÃO deflagrada, no dia 03 de outubro de 1930, em Porto Alegre com a tomada efetiva do poder central no dia 24 de outubro de 1930. Francis PELICHEK produziu uma série de obras VISUAIS diretamente inspiradas na REVOLUÇÃO de 03 ate 24 de outubro de 1930. Desenhou e a Editora do Globo imprimiu uma serie de cartões  coloridos além de publicar uma destas obras na capa[1] da revista. Após a Revolução Constitucionalista de 1932 recebeu a encomenda da concepção do Monumento à Aparício Borges[2]  executado por Vitório LIVI.

 01.03 –  CONSEQUÊNCIAS de REVOLUÇÃO de 1930 para a ARTE, a CULTURA e EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Ao longo do ano de 1930 houve a busca da consolidação institucional das conquistas intelectuais, técnicas e estéticas da década de 1920. Esta busca foi independente da mobilização militar e das conquistas das armas. Nas conquistas intelectuais foi lançado, no dia 14 de julho de 1930, o programa da Federação Acadêmica de Porto Alegre, tendo como consequência o lançamento do programa para a criação da Universidade de Porto Alegre, no dia 27 de setembro de 1930.
Getúlio Vargas investiu-se como ‘Chefe do Governo Provisório’, no dia 03 de novembro de 1930 como ato contínuo da REVOLUÇÃO de 1930.  No dia 14, do mesmo mês, foi criada uma Secretaria de Estado com a denominação de Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP pelo Decreto nº . 19.402 de 14.11.1930.  A regulamentação e a organização da ‘Secretaria do Estado do Ministério de Educação do Ministério da Educação e Saúde Pública’ (MESP) ocorreu pelo Decreto nº 19.560 no dia 05 de janeiro  1931..
Nas conquistas estéticas o MESP nomeou Lúcio Costa, no dia 08 de dezembro de 1930, como Diretor da Escola de Belas Artes (EBA). Ele renunciou a este cargo em setembro de 1931. Neste meio tempo, Lúcio Costa organizou o legendário Salão Modernista. Nestas circunstâncias os estudantes da EBA fundaram o Núcleo Bernardelli.
Se de um lado a Revolução de 1930 abriu caminho da política do Rio Grande do Sul para o núcleo do poder nacional, de outro lado, as forças estéticas sul-rio-grandenses estavam no mesmo caminho e direção. Estas forças da cultura e da arte estavam presentes no antológico SALÃO de ARTE MODERNA da EBA do ano de 1931[3], organizado e dirigido por Lúcio COSTA. Este evento foi perpetuado por meio de um CATALOGO[4] no qual se verifica os nomes e as obras dos artistas brasileiros de primeira linha da época.
Pode-se argumentar que estas conquistas intelectuais, culturais e artísticas deram outro sentido e motivação na conquista do uso das armas e mobilização militar. Em outros termos a REVOLUÇÃO de 1930 consistiu e se comportou como “REVOLUÇÃO COM CAUSA”. Esta CAUSA era portadora de um PROJETO claro, objetivo e com COMEÇO, MEIO e FINAL. O ato grotesco de “AMARRAR os CAVALOS no OBELISCO[5] não era um objetivo da REVOLUÇÃO de 1930 e ato foi condenado,  no mesmo dia, pelos LIDERES da REVOLUÇÃO que mandaram imediatamente os desmiolados para as profundezas da campos do Rio Grande do Sul. Os LIDERES da REVOLUÇÃO tinham um projeto e um imenso trabalho a favor do bem coletivo. Bem coletivo arruinado pela cópia servil, a projeção forma e a reprodução dos hábitos imperiais do patrimonialismo, da burocracia e do medo de mudar, que vestiram a política, a economia e a cultura da sociedade.
O perturbado e curto período, em que Lúcio COSTA permaneceu a frente da EBA, diz das forças ocultas e retrógradas que os LIDERES da REVOLUÇÃO de 1930, tiveram de enfrentar para se manter no PODER CENTRAL do BRASIL com o objetivo e FINAL de dar corpo ao PROJETO de que eram portadores.



[1] Como, por exemplo, a capa da Revista do GLOBO do dia 29 de novembro de 1930

[2] Aparício Borges  morto no combate do Buri no dia 27.07.1932 https://www.brigadamilitar.rs.gov.br/patrono-do-1-bpm
No dia 13.06.1934 José Antônio  FLORES da CUNHA agradece esta  obra a Francis  Pelichek (Arquivo do IA-UFRGS)

[4] CATALOGO da EXPOSIÇÂO de 1931 http://www.jobim.org/lucio/handle/2010.3/3949

[5]  Capa da Revista do Globo  nº 045 do dia 18 de novembro de 1930.

FRANCIS  PELICHEK no SALÃO de 1931
Fig. 07   Passada o momento das armas, Francis PELICHEK enviou 3 obras que foram aceitas e constam catalogo do  SALÃO de ARTE MODERNA da EBA de 1931. . Não foi o único representa do o Rio Grande do Sul , Constava ao lados de nomes prestigiosos da arte brasileira deste momento.

Não cabem julgamentos estéticos sobre estas obras e muito menos sobre os seus criadores. Por enquanto cabe apenas uma visão de conjunto e o registro sobre o caminho aberto e aqueles que o trilharam e circularam nele. Neste caminho não podem ignorar-se as GUERRAS ESTÉTICAS[1] que se travaram entre os que aderiram ao ideário  e as mudanças efetivas propostas pelas Revolução de 1930 e aqueles que combatiam qualquer mudança. Mudança que atingia aqueles que se julgavam eternos, onipresentes, oniscientes e onipotentes nas ARTES como no resto da vida brasileira
 Na Música, os sul-rio-grandenses Radamés Gnatalli e Luiz Cosme fizeram da capital federal o seu palco. Seguiam e consolidavam o sucesso de Araújo Vianna no Rio de Janeiro
Nas artes gráficas a longa vida da REVISTA do GLOBO fazia varadas e constantes conexões entre Porto Alegre e o Brasil. Mesmo depois de deixar de circular Justino MARTINS, diretor da REVISTA do GLOBO e cunhado de Érico Veríssimo, levou a experiência para a Revista MANCHETE
 De outra parte, independente da REVOLUÇÃO de 1930, as conexões físicas abandonam a lenta e perigosa travessia oceânica, a favor do ferroviário, aéreo e rodoviário, que permitem conexões de toda ordem.
O que é significativo para o Rio Grande do Sul que a REVOLUÇÃO de 1930 trouxe para o primeiro plano da política nacional o fundador do Instituto de Belas Artes. Olympio Olinto de Oliveira foi convocado por meio do Ministério da Educação e Saúde Publica para organizar a diretoria da SAÚDE MATERNA INFANTIL[2] na qual era doutor com tese defendida em 1886. Permaneceu neste cargo até 1945, o final do 1º governo Vargas. No entanto não há registro conhecido que ele tenha continuado a execre o seu pensamento no campo de forças das artes[3]  


[1] GUERRA ESTÉTICA O CONFLITO entre “ISTO é ARTE” e “ISTO NÃO É ARTE” 278 –ISTO é ARTE - 
[2] BOLETIM Ministério da Educação e Saúde Pública. Rio de Janeiro: MESP ano 1. Nºs  1 e 2 , jan-jun 1931.

[3] O PENSAMENTO de  OLYMPIO OLINTO de OLIVEIRA  nas ARTES do RIO GRANDE do SUL.

02 –  O QUE FOI o ESTADO NOVO BRASILEIRO
QUEIMA das BANDEIRAS ESTADUAIS em 19.de novembro de 1937,
Fig. 08  A  queima das BANDEIRAS ESTUDAIS promovida como um dos primeiros ATOS PÚBLICOS de ESTADO NOVO de 1937 aniquilou e fez calar outras tendências politicas que buscavam a hegemonia no centro do poder brasileiro   Este ato foi diametralmente na direção posta ao primeira ato da proclamação de republica brasileira[1]. Esta conferia SOBERANIA aso ESTADO BRASILEIROS, com CONSTITUIÇÃO PRÓPRIA e seus dirigentes recebiam o título de PRESIDENTE. Na contramão o ESTADO NOVO nomeou INTERVENTORES, proibiu os hinos e insígnias  estaduais além da cerimônia macabra e ritualizada da QUEIMA Das BANDEIRAS destes Estados

O ESTADO NOVO BRASILEIRO corresponde a uma busca se uma determinada identidade nacional e patriótica, realizados por uma série de ESTADOS ATINGIDOS pela ERA INDUSTRIAL.
De um lado seguiam a lógica taylorista[2] no comando de uma fábrica. De outro tomaram a pé da letra as tradições arcaicas de raça, de tipo e uma tradição inventada para a ocasião. Tudo isto junto e misturado era entregue à máquina estatal que selecionava, descartava e produz algo que segue rígidas padrões escandalizados e estabelecidos anteriormente pelo demiurgo solitário e central.



[2] TAYLOR , Frederick Winslow (1856-1915).  Princípios de administração científica.           7. ed.  São Paulo: Atlas, 1980, 134 p.

Benito Mazon CASTAÑEDA (1885-1955) - Loureiro da Silva  - tela 148.5 x 103.3 cm - Pinacoteca Aldo Locatell[1]
Fig. 09  Um dos agentes de primeira hora do ESTADO NOVO BRASILEIRO em Porto Alegre foi Loureiro da SILVA(1902-1964)  Ele aderiu de corpo e alma ao postulados do nacionalismo unitário e centralizado. Defendeu o PARTIDO ÙNICO da PATRIA  como um dos primeiros do exercício da prefeitura de Porto Alegre (1937-1943)  Neste defesa ocupou um página inteira do DIÀRIO de NOTICIAS de PORTO ALEGRE o do Rio Grande do Sul ,

De um lado este demiurgo não tinha muitas funções além daquelas de manter este SISTEMA de ENTRADA, ELABORAÇÃO e PRODUTOS numa sequência linear e unívoca.
Assim as ARTES VISUAIS, desta época, conheceram padrões estéticos arcaicos. Tudo aquilo que fugisse a estes padrões este SISTEMA de ENTRADA, de ELABORAÇÃO e com PRODUTOS LEGÍVEIS e ESTANDARDIZADOS, era descartado como ARTE DEGENERADA e ANTIPATRIÓTICA.
O movimento estético, que se denominou de ART DECÔ, foi aquele que mais se aproximou de um SISTEMA que selecionava, descartava e produziam OBRAS em SÉRIES IGUAIS. Este movimento estético de ART DECÔ seguia rígidas padrões estandardizados e estabelecidos anteriormente pelo demiurgo solitário, infalível e central.
Esta tendência estética invadiu e dominou as artes gráficas, o design, a escultura, a arquitetura e o urbanismo. Ao empregar formas e recursos industriais - produzidos em séries uniformes e iguais e com materiais baratos - era facilmente legível e acessível quando produzidas em ESCALA INDUSTRIAL,



[1] PETTINI Ana Luz e KRAWCZYK, Flávio Pinacotecas ALDO LOCATELLI e RUBEN BERTA:  acervo artístico da Prefeitura de Porto Alegre - Porto Alegre : Pallotti, 2008, 216 p.il color
 
ART DECO e AVENIDA FARRAPOS

Fig. 10  Um dos atos mais audaciosos de Loureiro da Silva foi a abertura da  AVENIDA FARRAPOS de Porto Alegre. Numa significativa cirurgia urbana determinou a  abertura de um  espaço e condições privilegiadas para o CARRO produzido  em SÉRIE pela ERA INDUSTRIAL. Nesta cirurgia derrubou casas, lojas, fabricas e escolas de uma cidade projetada para o trânsitoRRAPOS - é o uso de matérias produzidos em escala industrial   abundantes, em série e baratos Além disto os seus arquitetos são nomes quase ignorados. Eles eram submetidos à lógica empresarial e burocrática. Assim pouco puderam criar par destacar nesta paisagem que, em 2020, está em profunda decadência como se encontra o conjunto da ERA INDISTRLA. Os artistas visuais estão ausentes ou são meros artífices de marcenarias e serralherias industriais.

Em Poro Alegre o que permanece, da ART DECÔ, são as fissuras urbanas das avenidas Farrapos, Salgado Filho, André da Rocha e ladeadas de numerosos prédios e monumentos públicos. A tendência da ART DECÔ esteve onipresente na Exposição do Centenário da Revolução Farroupilha de 1935 foi aceita sem resistências, além daqueles que tiveram as suas propriedades invadidas por tratores, operários e avenidas de concreto, O preço era aquele da ERA INDUSTRIAL que é seguir o caminho da OBSOLESCÊNCIA e do DESCARTE PROGRAMADOS. Ou quando teimam em permanecer como “definitivos” o de se dar muito mal expostos as intempéries do TEMPO, da SOCIEDADE mutante de gosto e em CLIMAS tropicais como o do Brasil

02.1 –   ARTE e NACIONALISMO.
 
Ao longo da DÉCADA de 1930 retoma-se o projeto nacionalista brasileiro. Este havia sido uma das preocupações difusas da estética romântica que não teve tempo para amadurecer na frágil vigência dessincronizada da sua matriz europeia. Neste tempo manteve um INDIANISMO idealizado na literatura de José de Alencar e de Carlos Gomes.
No entanto para Manuel Araújo Porto-alegre - mais próximo da matriz europeia do Romantismo - era urgente, nesta época, a construção de identidade da SOBERANIA BRASILEIRA. Esta era  uma imensa e diversificada tarefa,  para a qual BARÃO de SANTO ÂNGELO necessitaria várias vidas nos seus múltiplos e embrionários projetos nacionalistas brasileiras.
O retorno, na década de 1930, dos despojos mortais de Manuel Araújo Porto-alegre para Rio Pardo foi significativo para o Rio Grande do Sul e para o CULTO deste agente NACIONALISTA da época imperial. Em Porto Alegre estes despojos mortais estivem expostos e tiveram uma longa e prolongada vigília no PAÇO MUNICIPAL[1]. Certamente em outro momento, com menos energias nacionalistas, o retorno e este culto aos restos mortais do BARÃO de SANTO ÂNGELO não seriam possíveis.



[1] No inicio de 2020 as OBRAS do BARÃO de Santo Ângelo estiveram exposto na Paço Municipal de Porto Alegre  http://www.margs.rs.gov.br/noticia/margs-participa-de-exposicao-em-homenagem-a-manuel-de-araujo-porto-alegre-o-barao-de-santo-angelo.
02.2 –    O ECLETISMO ESTÉTICO.
Prédio do MESP (1937-1945)

Fig. 11  O projeto e as obras do prédio do Ministério da Educação e Saúde Publica do Rio de Janeiro  arrastaram alo longo de todo ESTADO NOVO, ou seja, de 1937  até 1945. Foi entregue para o uso no ano de 1947 No entanto esta lentidão permitiu a interação entre Urbanismo,, Arquitetura, Escultura, Cerâmica, Pintura e os Jardins de Burle Marx

A acumulação e as urgências da construção de IDENTIDADE e da SOBERANIA BRASILEIRA correm o perigo de redundar em puro voluntarismo e um rápido esgotamento de motivações, de recursos e de energias,
Estes projetos sempre estão a beira do que Guimarães Rosa .- o observador da vida no meio das VEREDAS do interior do Brasil - anotou (1963, p. 18):
Querer o bem com demais força e com incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal por principiar. Esses homens ! Todos puxavam o mundo para si, para concertar consertando. Mas cada um só vê e entende as coisas dum seu modo .
 O resultado deste “CONSERTAR CONCERTANDO” é uma PEÇA ECLÉTICA, sem a cabeça de um PROJETO e sem os pés que a sustentem, reproduzam e com vida própria para enfrentar o TEMPO, outros LUGARES e uma SOCIEDADE com  interesses diferentes de sua origem.
Mario de Andrade[1] foi arrasador e inclemente, com estes monstrengos quando sentenciou, em 1938, os resultados ECLÉTICOS comoacomodatícios e máscara de todas as covardias”. [in Andrade 1955, fl. 13][2]
Mário da Andrade havia tentado pactuar com o ESTADO NOVO quando foi nomeado pra uma cátedra no UNIVERSIDADE do DISTRITO FEDERAL. O GOVERNO, da época, simplesmente mandou fechar esta universidade.



[1] Uma AULA  de  Mário Raul de Morais Andrade (1893-1945   111 ESTUDOS de ARTE - 008
[2] ANDRADE, Mário. Curso de Filosofia e História da Arte. São Paulo: Centro   de Estudos  Folclóricos, 1955. 119 f.

02.3 –  O que permaneceu do ESTADO NOVO.

Fig. 12  Um monumento em memória do prefeito Loureiro da Solva, concebido e realizado  pelo escultor Antônio CARINGI  (1905-1981) projeta no tempo uma profunda herança do seu mestre Arno Brecker (1900-1991)[1]  Este havia sido o escultor de III REICH ALEMÃO e o tradutor do ideal do tipo ariano ideal  Caringi realizou no Rio Grande do Sul uma se´rie de monumentos que permitem evidenciar estas tendências ideais, estereotipadas e coerentes com a legibilidade linear e unívoca para uma ampla população submetida ao regime e ás condições da ERA INDUSTRIAL,

Para entender  que permaneceu do ESTADO NOVO parte-se do principio da “SOLIDARIEDADE das ÉPOCAS ENTRE SI”  expresso  por Marc BLOCH (1976, p.42).[2]..
É tal a força da solidariedade das épocas que os laços da inteligibilidade entre elas se tecem verdadeiramente nos dois sentidos. A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja mais útil esforçar-nos por compreender o passado se nada sabemos do presente .
São forças que estão presentes no nosso quotidiano. Forças atuais que ainda não mereceram uma atenção, até pelo fato de estarem sempre ali.
O que se ressalta na atualidade é o NACIONALISMO como oposição a GELEIA GERAL e OPORTUNISTA de uma MUNDIALIZAÇÃO sem FRONTEIRAS e um CENTRO. O recente BREXIT foi uma destas expressões além das lideranças dos países cada vez mais envolvidos na sua NAÇÃO, nas sua FRONTEIRAS e preservação de sua identidade NACIONAL
O ESTADO NOVO BRASILEIRO empenhou-se profundamente na definição e supremacia da LÍNGUA PORTUGUESA.
As obras de CÂNDIDO PORTINARI, DI CAVALCANTI permanecem, nas ARTES VISUAIS, como referência da nacionalidade brasileira, ARTES VISUAIS que estavam em sintonia com outras nações como a MEXICANA e a ARTE do NEW DEAL dos ESTADOS UNIDOS.
A Arquitetura de Oscar NIEMEYER e o URBANISMO de Lúcio COSTA afirmaram-se conceitualmente ao longo do ESTADO NOVO para se projetar na prática no período subsequente,
No Rio Grande do Sul o encontro e a contratação da equipe legendária dos professores das ARTES PLÁSTICAS do Instituto de Belas Artes deram-se ao longo do ESTADO NOVO. Esta equipe legendária se expressou não só na construção do prédio de oito andares para esta instituição. O mais importante foram as mais variadas iniciativas como a criação do CURSO SUPERIOR de ESCULTURA e MODELAGEM, a criação do CURSO TÉCNICO em ARQUITETURA seguido do CURSO SUPERIOR de ARQUITETURA e depois de URBANISMO nos moldes UNIVERSITÁRIOS de 1931.



[2]  BLOCH, Marc (1886-1944)  . Introdução à História.[3ª ed] Conclusão de Lucian FEBVRE - .Lisboa :Europa- América  1976  179 p.

Fig. 13   O atual prédio do INSTITUTO de BELAS ARTES do Rio Grande do Sul foi construído na época do ESTADO NOVO.  A construção do primeiro módulo (8 andares) se deu entre os dias 04 de setembro de 1941 e foi entregue, em pleno funcionamento,  no dia 01 de agosto de 1943 junto com   Inauguração do IIIº Salão de Belas Artes do IBA-RS o Rio Grande do Sul. Esta iniciativa se deu em plena II GUERRA MINDIS e Estado Novo, contando com 2.000 legionários de todo território nacional e a hipoteca das residências de 4 professores  o, industriais

Evidente que as resistências eram permanentes, vindas de uma burocracia, de um patrimonialismo de estamentos [1] com os pés e a cabeça ainda no regime imperial e que combatiam qualquer mudança.
O ECLETISMO do ESTADO NOVO permitiu que as forças conservadoras se articulassem e se projetassem, depois no desastrado GOLPE de 1964 e que estão à espreita, até os dias atuais, para em qualquer descuido serem agentes do ETERNO RETORNO ao MESMO COLONIALISMO e SERVIDÃO GERAL.
Estas forças conservadoras e sublimares engavetaram, na vigência do ESTADO NOVO, um projeto de Oscar NIEMEYER para o INSTITUTO de PREVIDÊNCIA doa ESTADO (IPE)
No espaço urbano de Porto Alegre permaneceu a VILA do IAPI[2] de Porto Alegre. Inspirado nas premissas tayloristas é considerado modelar da época. No entanto esta VILA é conservada apesar das evidentes forças sociais, técnicas e estéticas entrópicas, proveniente da desmontagem e obsolescência da ERA INDUSTRIAL.



[1] FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro.            Porto Alegre – São Paulo: Globo e USP, 1975.  2v

[2] VILA do IAPI orientações de conservação/ Organizador Luiz Antônio BOLCATO CUSTÓDIO [et al.] Porto Alegre: Letras & Vida Secretaria de Cultura de Porto Alegre: Coordenação de Memória Cultural 2014 106 p il  - ISBN 97-85-8448-000-5

Projeto do edifício do IPE 1943 de Oscar Niemeyer
Fig. 14  Oscar NIEMEYER projetou, em 1843, o PREDIO dos INSTITUTO de APOSENTADRIAS (IPE) do ESTADO do RIO GRANDE do Sul  , Barrado pela burocracia  este prédio nunca saiu do papel. A profunda heteronomia, em que vivia o arquiteto em Porto Alegre submetido aos ditames dos empresários da construção, sob as normas técnicas dos engenheiros e construtores nunca permitiram que o arquiteto fosse um PRINCIPE competente para principiar e conceber uma obra assinada e coerente com uma linha estética coerente com o tempo, a técnica e o tempo Oscar NIEMEYER não tolerava esta submissão e visitou Porto Alegre uma única vez[1]

No aspecto negativo desta herança do ESTADO NOVO contribuiu a evidente obsolescência física da ERA INDUSTRIAL. Esta obsolescência projetou, também, uma desqualificação conceitual das obras, dos artistas da memória desta época.
 Na antítese é necessário entender que as conquistas e as realizações da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL tornam-se possíveis só na medida em que as energias conceituais puderam contar com as realizações técnicas das MÁQUINAS ANALÓGICAS.
Repete-se a dialética do FILHO que NECESSITA MATAR o PAI e POSSUIR a MÃE do COMPLEXO de ÉDIPO estudado por Freud[2]. O mundo NUMÉRICO DIGITAL sugou as energias das MÁQUINAS ANALÓGICAS, deu-lhes suas feições, descartou e  as desqualificou como anacrônicas e inúteis.
É exatamente no MUNDO SIMBÓLICO das ARTES que reside a identidade, a grandeza e o suporte econômico das NAÇÕES que fizeram corretamente, no tempo certo e sem traumas. Este PARTO do NOVO, do CRIATIVO e SUPERIOR lhes foi propiciado pala INFORMÁTICA, pelo domínio e uso do CÓDIGO GENÉTICO, das ENERGIAS LIMPAS e pelas sucessivas CONQUISTAS de ESPAÇO EXTERIOR.
No Rio Grande dos Sul a multiplicação dos CURSOS SUPERIORES de ARTES[3] constitui uma das amostras deste parto de uma cultura que busca no mundo conceitual, simbólico e pedagógico.
De outra parte este mundo simbólico das ARTES tornou-se o suporte econômico, motivador e um patrimônio físico que permite novas conquistas e realizações materiais. Não se defendo ÓCIO CRIATIVO, porém constitui-se um TRABALHO coerente e específico de uma determinada SOCIEDADE, nem TEMPO e num LUGAR singular e único.
A HUMANIDADE nunca TRABALHOU TANTO como na época dos COMPUTADORES. Se de um LADO FACILITOU as ROTINAS de outro o simples apertar uma tecla errada, o esquecimento de uma senha, invalida fortunas, produz erros desastrosos e espalha “fake news” irreparáveis.
Nas ARTES VISUAIS esta rotina dos COMPUTADORES, facilita forjar obras falsas, elevar os preços, gerar biografias e currículos imaginados.
O problema não está nestes recursos disponíveis, nem nos seus produtos, mas no POPULISMO carente dei instrumentos para avaliar o CERTO, o AUTÊNTICO e o ORIGINAL em confronto com o PLÁGIO, o “DEJÁ VU” e o destinado ao DESCARTE e para a OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA.



[1] OSCAR NIEMEYER em PORTO ALEGRE 1 – As ARTES e a ARQUITETURA no IBA-RS
- O II CONGRESSO de ARQUITETURA em PORTO ALEGRE
3 – Oscar NIEMEYER  e  formatura em 13.04.1949 do 1º Curso Superior de Urbanismo do Brasil
4 – Lições de Oscar NIEMEYER aos jovens arquitetos

[3] UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL nº 080 – ISTO é ARTE

ESCOLAS SUPERIORES de ARTES no RIO GRANDE do SUL em 2004

Fig. 15  O prédio da igreja São Geraldo e uma das poucas construções da  Avenida FARRAPOS de Porto Alegre que escapou do anonimato do arquiteto e uma das raras obras de escultura. Projeto de autoria de Vitorino ZANI com da escultura   que em cima a torre. Porem ambas não escaparam das injúrias do tempo dos materiais da ERA INDUSTRIAL marcados com a obsolescência típica destes matérias e obras, como mostra a imagem acima.


03 – O POPULISMO.

O POPULISMO possui, no BRASIL, uma história de longuíssima duração. O COLONIALISMO e a ESCRAVIDÃO domesticaram o POVO BRASILEIRO em práticas nas quais ele nunca passou de um agente coletivo e passivo a dispor mandatários lusitanos e sob a ameaça constante chibata dos seus feitores.

Fig. 16  O POPULISMO  tomou conta da propaganda e do marketing da REVOLUÇÂO de 1930, afirmou-se ao longo do ESTADO NOVO e se projetou e ganhou forças, adeptos e prosélitos com a reeleição e Getúlio VARGAS em 1950 A marchinha do           “BOTA o RRETRATO de VELHO” O SORRISO de VELHINHO FAZ a GENTE TRABALHAR””[1] expressa este culto popular  a um líder .”CULPADO DE TUDO” Tanto ao BEM e MÈRITOS exagerados na sua ASCENÇÃO ao poder como ao MAL e CULPA caricata na sua QUEDA

No entanto, os mandatários lusitanos encobriam com FESTAS, com EVENTOS e com a FROUXIDÃO MORAL para dissimular os seus assaltos aos bens da terra e a exploração implacável da força de trabalho servil.
Estas FESTAS, EVENTOS e a FROUXIDÃO MORAL constitui uma das características do POPULISMO. Neste POPULISMO não importam o NOME do ARTISTA, a sua PROPRIEDADE AUTORAL e INTELECTUAL da OBRA,
A AVENIDA FARRAPOS é uma amostra, em 2020, deste POPULISMO no qual não importam o NOME do ARTISTA, a sua PROPRIEDADE AUTORAL e INTELECTUAL da OBRA. Reinam ali a FROUXIDÃO MORAL, o TRÂNSITO e os EVENTOS predatórios e as FESTAS noturnas com ausência de artistas substituídos pelo som mecânico.
Aponta-se aqui, evidentemente apenas uma amostra pontual e identificável na capital do estado. No entanto a AVENIDA FARRAPOS não é única do padrão seguido em muitas cidades que nasceram, cresceram e se decompuseram junto coma ERA das MÁQUINAS. Nestas aglomerações urbanas instaurou-se e espalha-se o POPULISMO como projeção do COLONIALISMO redivivo e da SERVIDÃO VOLUNTÁRIA.



[1]  “BOTA o RETRATO DO VELHO” https://www.youtube.com/watch?v=gCXHJEXtn-8

 Edgar KOETZ (1913-1969) - Churrascaria Modelo - Xilogravura

Fig. 17   O Rio Grande dos Sul teve uma safra de ARTISTAS VISUAIS, provenientes das classes menos privilegiada, nas quais o POPULISMO teve uma longa série de expressões AA GRAVURA[1] ganhou força e consistência e fi capaz de levar para o mundo da arte repertórios aque antes não tiveram a atenção, .inclusive de intelectuais de grande projeção local e nacional como Dante Laytano[2]

A discussão do POPULISMO envolve sempre o perigo de quem busca, analisa e socializa, ser uma parte integrante do problema. Como parte integrante os pressupostos já são dados desde o inicio, acompanham e patrulham todo o percurso da pesquisa e chegam às conclusões desejadas e previamente arranjadas. Na concepção de Marc Bloch (1976, pp. 60/61).[3].
A investigação histórica admite, desde os primeiros passos, que o inquérito tenha já uma direção. De início está o espírito. Nunca, em ciência alguma, foi fecunda a observação passiva. Supondo, aliás, que seja possível”.
Caso alguém queira conferir alguma liberdade ao espirito investigativo e atingir alguma SÍNTESE VÁLIDA supõe-se conhecer e respeitar a rigorosa DIALÉTICA HEGUELIANA[4]. Max WEBER (1989: 70  )[5] acrescentaria  “o hábito de assumir o dever da integridade intelectual; isso acarreta necessariamente uma inexorável lucidez a respeito de si mesmos   
A autêntica liberdade do espirito se vale da DIALÉTICA continuada e sem fim do conflito eterno entre a OBRA, que permanece, contra o TRABALHO que consome e é consumido. A liberdade do espirito se vale DIALÉTICA das ARTES NOBRES em confrontos e diferenças com as ARTES APLICADAS. SE vale e busca luzes na DIALÉTICA, da ALTA CULTURA e da BAIXA CULTURA. Esta dialética recorrente é alimentada pelo IDEALISMO (pensamento ou ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA) tentando entender e agir no EMPÍRICO (sentidos ou PESQUISA ESTÉTICA). DIALÉTICA que jamais resvala na mesmice cinza do ECLETISMO ACOMODATÍCIO e NIVELADOR do POPULISMO, pois sempre está aberta à ANTÍTESE e para o CONTRADITÓRIO.
O ESPIRITO INVESTIGATIVO desaparece no caos da geleia geral do ECLETISMO enquanto o PENSAMENTO se ausenta na mesmice e redundância do POPULISMO.



[1] SCARINCI, Carlos.(1932-2015) _ A gravura no Rio Grande do Sul (1900-1982). Porto Alegre  : Mercado Aberto, 1982, 224 p. il. Color.

[2] LAYTANO Dante de (1908-2000). - Festa de Nossa Senhora dos Navegantes Estudo de uma tradição das populações  Afro-Brasileiras de Porto Alegre. Porto Alegre: UNESCO- Instituto Brasileiro Ciência e Cultura- Comissão Estadual de Folclore do Rio Grande do Sul - 6º Vol.  1955, 128 p. il

[3] BLOCH, Marc (1886-1944)  . Introdução à História.[3ª ed] Conclusão de Lucian FEBVRE - .Lisboa :Europa- América  1976  179 p.

[4] HEGEL Jorge Guilherme Frederico(1770-1831). De lo Bello y sus formas (Estética) Inroduccion  -II – Método a seguir en la inadagación filosófica de  lo bello y dela Arte – Buenos Aires  : Esoasa Calpe Argentina (Coelçaõ Austra – Volume extra) 1946, p. 33.
[5] - WEBER, Max. Sobre a universidade. São Paulo : Cortez, 1989.  152 p.

   03.1  – AS MÍDIAS INDUSTRIAIS e o POPULISMO
RODRIGUES Glauco-1929-2004 - Pela Paz 1952 linóleo 28x22ocm - in Veeck 1998 p.45[1]
Fig. 18  A polarização política e ideológica  -  provocada pela GUEERA FRIA - teve representantes nas ARTES VISUAIS do dois lados, Ambos lutavam por prosélitos  e repercussões de suas teses que ganhavam visibilidade na trilha dos artista  mexicanos[2] Estas forças políticas triunfantes permitiram o surgimento de outros agente das ARTES VISUAIS mas cuja semeadura  havia sido feita na década de 1920.

As MÍDIAS INDUSTRIAIS levam ao POPULISMO na medida estão programadas para valer-se e estão encurraladas em discursos de um repertório de 2.000 vocábulos e no uso de imagens as mais próximas da Natureza e das experiências visuais concretas.
Qualquer ruptura epistêmica é um perigo para este POPULISMO e está proibida na COMUNICAÇÃO POPULAR. Para se imunizar dos perigos de uma ruptura epistêmica é necessária a competência de lidar, no uso correto e coerente da SÍNTESE DIALÉTICA no confronto dos ENTES PRIMITIVOS do DISCURSO HUMANO (CIÊNCIA) e as  SENSAÇÕES NATURAIS (ESPANTO).
PLATÃO apontava a SÍNTESE desta DIALÉTICA entre CIÊNCIA e as SENSAÇÕES NATURAIS. Usa a comparação ESPANTO NATURAL do firmamento noturno visto olho nu com o que se passo no CÉREBRO do observador atento. Na sua obra REPÚBLICA (1985, 2º vol, p.128) distinguia[3] a CIÊNCIA da ASTRONOMIA dos FENÔMENOS NATURAIS, onde afirmava
estudaremos a astronomia, assim como a geometria, por meio de problemas, e abandonaremos os fenômenos do céu, se quisermos aprender verdadeiramente esta ciência e tornar útil a parte inteligente de nossa alma, de inútil que era antes
A sua referência à GEOMETRIA não é ocasional, pois esta lida, desde o início, com os ENTES PRIMITIVOS do PONTO, da LINHA, do PLANO que NÃO EXISTEM na PRÁTICA. Contudo são indispensáveis ao pensamento humano. NÃO EXISTEM na PRÁTICA pois não existe, na NATUREZA, um ENTE que que não possui COMPRIMENTO, LARGURA ou ESPESSURA como o PONTO GEOMÉTRICO. Na PRÁTICA precisamos de modelos visuais aproximados como pequenos círculos ou traços gráficos.



[1] VEECK, Marisa - Caixa Resgatando a Memória. Fotos Fernando ZAGO Porto Alegre : Caixa Econômica Federal, 1998,  163 p
[2] A RECEPÇÂO dos MURALISTAS MEXICANOS nos ESTADOS UNIDOS
VIDEO os TRÊS GRANDES MURALISTAS MEXICANOS  https://whitney.org/exhibitions/vida-americana

[3] PLATÃO ( 427-347) – A REPÚBLICA – Tradução di J. Guinsburg  2º volume . São Paulo : Difusão Européia do Livro, 1985, 281 p.

 Mural de Glênio Bianchetti – LINOLEOGRAVURA_ in Revista HORIZONTE -  Porto Alegre - Janeiro-fevereiro  de 1954  nº 26   capa
Fig. 19  Os artistas visuais de Potro Alegre renderam-se aos suportes industriais como o linóleo sobre os quais desenvolviam as suas obras Estas obras pagaram o tributo de sua rápida obsolescência, características dos materiais industriais. Este foi o caso deste  grande painel realizado sobre o linóleo oor Glênio BIANCHETT,I (1928-2014) 

As artes são as pontes entre   experiências SENSORIAIS CONCRETAS da Natureza dada e o MUNDO CONCEITUAL a ser construído. Leonardo da Vinci já resumia que “UMA PINTURA é uma COISA MENTAL”. O sucesso, nesta DIALÉTICA, é festejado, ainda hoje, pelas MULTIDÕES que continua a desfila, diariamente diante da MONA LISA,
Evidente que muito poucos, destas MULTIDÕES, são competentes para distinguir o que devem às MÍDIAS INDUSTRIAIS e ao MUNDO CONCEITUAL de LEONARDO da VINCI
 Estas MÍDIAS INDUSTRIAIS estão programadas  para valer-se dos discursos de 2.000 vocábulos e de imagens tratadas para promover e alimentar  POPULISMO.
Numa visão panorâmica das ARTES VISUAIS do Rio Grande do Sul as MÍDIAS INDUSTRIAIS da COMUMICAÇÃO SOCIAL estão presentes nos dois últimos séculos.
A crítica, a crônica, a publicidade, o colecionismo e as instituições de artes valeram-se das MÍDIAS INDUSTRIAIS para COMUNICAR-SE.
Mais recentes são as experiências de GRAVURAS para serem veículos de propostas estéticas. O CLUBE de GRAVURA de PORTO ALEGRE valeu-se do repertório POPULAR pesar da formação erudita da maioria dos seus integrantes.

 03.3  – PROJEÇÕES do  POPULISMO
Revista HORIZONTE -  Porto Alegre - Outubro – novembro de 1952  nº 9  capa Vasco Prado -  Imagem digital fornecida por Cícero Alvarez . Acervo de Maximiliano FAYET  http://hdl.handle.net/10183/87977
Fig. 20   -   A obra de Vasco Prado (1914-1996) se inspira no hábito popular da roda de chimarrão da cultura sul-rio-grandense. Esta obra projeta para o plano da alta cultura a discussão dos temas quotidianos da vida sem “patrão” ou “peão”. Ressalta a discussão de igual para igual sem preconceitos de raça, de credo ou de ideologia.  Ao mesmo tempo, a imagem acima, permite entrever uma reunião dos integrantes do grupo que mantinha a Revista Horizonte e do Clube da Gravura com nítidos objetivos de popularizar o acesso à Arte.

 Para exercer o hábito da integridade intelectual e estético é necessário, ao observador e pesquisador, estar atento às competências e aos limites do POPULISMO. Esta atenção necessita dar-se conta dos limites do pequeno, frágil e redundante repertório de mentes não iniciadas. Nas competências em querer impor, ao POPULISMO, os ENTES PRIMITIVOS de sua própria CIÊNCIA, ARTE NOBRE ou METAFÍSICA.
A REVOLUÇÃO de 1930 e o ESTADO NOVO BRASILEIRO trouxeram para o MUNDO PRÁTICO do POPULISMO a redução das LEIS aos seus interesses. Para tanto  valeram-se da  HERMENÊUTICA para surpreender o MUNDO PRÁTICO BRASILEIRO pela sua APLICAÇÃO inesperada que se queria definitiva e universal.
As ARTES VISUAIS BRASILEIRAS desconsideraram toda atualização das INTELIGÊNCIAS, das ESTÉTICAS e das VANGUARDAS MUNDIAIS do último século.
Preferiram fazer tábua rasa desta INTELIGÊNCIA para retornar para PESQUISAS e OBRAS com algum SENTIDO POPULAR, de fácil ADEQUAÇÃO à MÍDIA INDUSTRIAL e de MERCADO de ARTE de sentido meramente patrimonialista.
Na contramão desta tábua rasa, o mundo concreto e real de Porto Alegre é constante a tentativa de articular, robustecer pelo número e pela soma de ideias na forma republicana[1] de ASSOCIAÇÕES[2] capazes de suas próprias narrativas, memória e História. Nesta direção existe uma longa história destas tentativas mais bem-sucedidas ou imediatamente interrompidas

CONCLUSÕES
No final chega-se a conclusão da que na medida em que estas EXPRESSÕES querem carregar e serem índices da passagem por suas próprias circunstâncias, elas não podem prescindir do LIMITE da necessidade da sua coerência da ARTE com o seu TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE de  origem.
Não adianta esconder a cabeça na areia  
Por mais que estes movimentos sejam estrepitosos -   motivados por uma carga de idealismo - eles permanecem no vazio metafísico. Este gosto pelo mundo ideal, deve ser pago com tributo, preço e juros matérias muito caros e insustentáveis por estes agentes distantes de qualquer apoio empírico, objetivo e real.
Nas ARTES VISUAIS a sequência dialética, das tendências estéticas é  autêntica na medida que a PESQUISA ESTÉTICA é  competente  para materializar - em OBRAS FÍSICAS - a rápida e fulgurante ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA característica da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.
O resto nasce FORA do TEMPO, da SOCIEDADE e do LUGAR onde se materializa e com o carimbo implacável da OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA.
Publica-se a presente postagem como TESE na esperança do CONTRADITÓRIO e da ANTÍTESE das suas INTENÇÕES GERAIS. INTENÇÕES que buscar evidenciar a ARTE nas suas ATUAIS CIRCUNSTÂNCIAS
As ARTES VISUAIS de sua própria aldeia são um valioso e seguro instrumento para a sua universalidade e vice versa.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

ANAIS da III Semana Nacional de Folclore. Porto Alegre,  22 a 29 de agosto de 1950. Rio de Janeiro: Comissão Nacional de Folclore do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (I.B.E.C.C.) Departamento da Imprensa Nacional, 1953. 103 p.

ANDRADE, Mário. Curso de Filosofia e História da Arte. São Paulo: Centro   de Estudos  Folclóricos, 1955. 119 f.

ARAÚJO PORTO-ALEGRE Manuel  (1809-1979)
 NITHEROY REVISTA BRASILIENSE. SCIENCIAS, LETTRAS. E ARTES. 1836

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FIGUEIRÓ, Aline Fortes. Art Deco no Sul do Brasil: o caso da Avenida Farrapos de Porto Alegre/RS. 2007 198 f; (Dissertação de Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) Universidade Brasília:: Brasília 2007

GUIMARÃES ROSA,  João. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro : José Olympio, 1963, 571 p...

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PETTINI Ana Luz e KRAWCZYK, Flávio Pinacotecas ALDO LOCATELLI e RUBEN BERTA:  acervo artístico da Prefeitura de Porto Alegre - Porto Alegre : Pallotti, 2008, 216 p.il color
PLATÃO ( 427-347) – A REPÚBLICA – Tradução di J. Guinsburg  2º volume . São Paulo : Difusão Européia do Livro, 1985, 281 p.

RAMOS, Paula  A modernidade impressa: artistas ilustradores da Livraria do Globo- Porto Alegre. UFRGS EDITORA, 2016, 656 p , 1368 il. Color  ISBN 978-85-386-0300-9

ROSA, Renato et   PRESSER, Décio .Dicionário das Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. (2ª ed r) Porto Alegre : UFRGS, 2000, 527 p. ISBN 85-7025-522-5

SCARINCI, Carlos.(1932-2015) _ A gravura no Rio Grande do Sul (1900-1982). Porto Alegre  : Mercado Aberto, 1982, 224 p. il. Color.

TAYLOR , Frederick Winslow (1856-1915).  Princípios de administração científica.           7. ed.  São Paulo: Atlas, 1980, 134 p.
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WEIMER Günter Arquitetos e Construtores no Rio Grande do Sul 1892-1945 Santa Maria: Editora UFSM, 2004 207 p. ol.

WERTHEIMER, Mariana [Coordenação] - ESTUDO do PATRIMÔNIO de VITRAIS produzidos em Porto Alegre no período de 1920-1980. Porto Alegre: DVD- Patrocínio PETROBRAS [2009] -Indexação na Biblioteca da USP – julho 2009


FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

O CENTENARIO da DÉCADA de 1920
ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL na DÉCADA de 1920280 –ISTO é ARTE


Decreto nº1 da REPUBLICA BASILEIRA
Lei 173 de 10 de setembro de 1893 Regula as ASSOCIACÔES  conforme a Constituição Republicana de 1891 https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1824-1899/lei-173-10-setembro-1893-540973-publicacaooriginal-42519-pl.html
Edifício Sebastian Ponto José Lutzenberger

Prédio do MESP (1937-1945)
Edifício Capanema

O PENSAMENTO de  OLYMPIO OLINTO de OLIVEIRA  nas ARTES do RIO GRANDE do SUL. ESTUDOS de ARTE nº -207


ART DECO e AVENIDA FARRAPOS

Arno BRECKER

Uma AULA  de  Mário Raul de Morais Andrade (1893-1945   111 ESTUDOS de ARTE - 008

 Vitrais Museu Paulo FIRPO

MURAL em LENEOLEO GRAVURA de GLENIO BIANCHETTI


GUERRA ESTÉTICA O CONFLITO entre “ISTO é ARTE” e “ISTO NÃO É ARTE” 278 –ISTO é ARTE - 

HELIOS  SEELINGER- “O RIO GRANDE de PÉ pelo BRASIL ISTO é ARTE nº  269 RS de PÉ pelo BRASIL
OSCAR NIEMEYER em PORTO ALEGRE

OSCAR NIEMEYER em PORTO ALEGRE
 1 – As ARTES e a ARQUITETURA no IBA-RS

- O II CONGRESSO de ARQUITETURA em PORTO ALEGRE

3 – Nada é transmissível a não ser o pensamento. Oscar NIEMEYER  e  formatura em 13.04.1949 do 1º Curso Superior de Urbanismo do Brasil

4 – Lições de Oscar NIEMEYER aos jovens arquitetos

“BOTA o RETRATO DO VELHO”

A RECEPÇÂO dos MURALISTAS MEXICANOS nos ESTADOS UNIDOS
VIDEO os TRÊS GRANDES MURALISTAS MEXICANOS

Marilene Burtet Pieta[3] O Grupo de Bagé e a modernidade das artes visuais no Rio Grande do Sul- ESTUDOS de ARTE nº 113
.
As OBRAS do BARÂO de Santo Ângelo estiveram expostos no inicio de 2020, na Paço Municipal de Porto Alegre
.
AUTONOMIA do ARTISTA o seu PERTENCIMENTO.  In ESTUDO de ARTE nº  066 004 – EXPRESSÕES de AUTONOMIA na ARTE

UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL 080 – ISTO é ARTE

ESCOLAS SUPERIORES de ARTES no RIO GRANDE do sUL em 2004



[1] Lei 173 de 10 de setembro de 1893 Regula as ASSOCIACÔES  conforme a Constituição Republicana de 1891 https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1824-1899/lei-173-10-setembro-1893-540973-publicacaooriginal-42519-pl.html

[2] .
AUTONOMIA do ARTISTA o seu PERTENCIMENTO.  In ESTUDO de ARTE nº  066 004 – EXPRESSÕES de AUTONOMIA na ARTE


[3] PIETA., Marilene.  «O Grupo de Bagé e a modernidade das artes visuais no Rio Grande do Sul» in VEECK Marisa et alii  Caixa Resgatando a Memória. Porto Alegre : Caixa Econômica Federal, 1998 ,  pp.29/57

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