terça-feira, 22 de outubro de 2019

273 – ISTO é ARTE

O papel da Escola de Belas Artes, fundada em 1910
Logo de Diploma da Escola de Artes de 1914 até 1917 – Acervo Francisco BELLANCA
Fig. 01 – A ESCOLA de ARTES era mentida pelo INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL.  Ambos evoluíram e continuam ativos sob os nomes de DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS do INSTITUTO de ARTES da UNIVERSIDADE FEDERAL do RIO GRANDE do SUL

SUMÁRIO da AULA de Círio Simon Dia 14/11/2019 . ----  15h00-16h00

01 – PROBLEMA:  o  Estado do  Rio Grande do Sul  assume e garante por tempo indeterminado  uma instituição de Arte -  02 – SINCRONIA do  INSTITUTO de ARTES  do Rio Grande do Sul:   MANTENEDOR (1908) do CONSERVATÓRIO (1909) e da ESCOLA DE ARTES (1910) - 03– DIACRONIA     a ESCOLA (1910-1936)– O CURSO de ARTES PLÁSTICAS (1937-1968( e DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS  (1968-,,,)   04–  Os diversos CURSOS de ARTES VISUAIS  como COMPETÊNCIAS INTERNAS da ESCOLA de ARTES e das sua SUCESSORAS:  - 05  O CURSO de DESENHO   da ESCOLA de ARTES  . 06 –  O CURSO de ARTES PLÁSTICAS na concepção universitária e superior introduz a ESCULTURA e a PINTURA, 07 – Os CURSOS TÉCNICOS e SUPERIORES mantidos pelo INSTITUTO de BELAS ARTES do Rio Grande do SUL  -08 A FEDERALIZAÇÃO  e perda da autonomia . 09 – A REFORMA da UNIVERSIDADE e a DEPARTAMENTALIZAÇÃO dos INSTITUTO de ARTES da UFRGS  10  – O DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS  os seus CURSOS e PROGRAMAS de PÓS GRADUAÇÃO  . 11  – O ENSINO e PESQUISA no  DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS  12  – A PESQUISA ESTÉTICA   como experimentação investigação, criação e reprodução do SABER SUPERIOR das ARTES VISUAIS 13  – A  EXTENSÃO  da experimentação investigação, criação e reprodução do SABER SUPERIOR das ARTES VISUAIS 
Fig. 02 – O ATELIER da ESCOLA de ARTES do INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES, em 1915.  Esta sala foi a primeira construída no RIO GRANDE do SUL para tal fim. Era um lugar público equipado para o ensino a aprendizagem coletiva e institucional das ARTES VISUAIS

01 – PROBLEMA: o Estado do Rio Grande do Sul assume e garante por tempo indeterminado uma instituição de Arte.

O GOVERNO do ESTADO do RIO GRANDE do SUL motivou e assistiu a FORMAÇÃO de uma COMISSÃO CENTRAL do INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES  e a instalou no dia 22 de abril de 1908 para TEMPO INDETERMINADO. Esta COMISSÃO CENTRAL representava 65 COMISSÕES REGIONAIS dos MUNICÍPIOS do ESTADO.
A COMISSÃO CENTRAL - formada por  25 cadeiras - apoiou-se na LEGISLAÇÃO, existente para esta finalidade, com o objetivo  de garantir a sua existência por TEMPO INDETERMINADO. Para tal escreveu, fez aprovar um ESTATUTO que publicou e registou conforme esta LEGISLAÇÃO. Regulava as eleições dos seus dirigentes de 4 em 4 anos sendo que as suas funções não remuneradas como aquelas dos seus 25 membros. Aqueles que ocupassem um cargo remunerado deviam renunciar a respectiva cadeira que ocupavam na COMISSÃO CENTRAL e que era preenchida por outro candidato. Para o funcionamento prático criou e fez aprovar um REGIMENTO.
Este plano ideal enfrentou problemas de toda ordem no dia seguinte da fundação. Problemas determinados pela falta de uma experiência local anterior. Sofreu pelo desconhecimento dos contratos que os cargos exigiam ou pela personalização dos cargos criados tanto na COMISSÃO CENTRAL como no mundo dos cargos remunerados,
Os problemas sociais, econômicos e culturais, do mundo externo, se refletiam no mundo institucional em concepções, gestos e equívocos sem fim.
Apesar de todos estes problemas do INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL, firmou-se, soube ser flexível para os novos tempos apoiado pela diversas forças e poderes dos CAMPOS das ARTES. CAMPOS de FORÇAS CULTURAIS  que despontavam no RIO GRANDE do SUL, que se adensavam e que se firmavam por meio de EXPRESSÕES de   AUTONOMIA[1] cada vez mais reconhecidos e respeitados.
O INSTITUTO de BELAS ARTES  criou o CONSERVATÓRIO[2] em 1909 e   ESCOLA de ARTES, no dia 10 de fevereiro de 1910[3].
O presente texto procura um lugar no contexto das forças do CAMPO das ARTES do RIO GRANDE do SUL[4].  



[2] CORTE REAL, Antônio. «O Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio  Grande do Sul (1908-1962)» in
         Subsídios para a História da Música no Rio Grande do Sul. (2ª ed). Porto Alegre : Movimento, 1984, pp.234-289.

[3] 1 – O CENTENÁRIO do DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS 1910-2010

[4] PIETA., Marilene. « A pintura no Rio Grande do Sul (1959-1970) » Porto Alegre  : PUCRS Dissertação,
      1988  447 fl.

Fig. 03 –  A DIACRONIA da ESCOLA de ARTES e a  SINCRONIA com os demais CAMPOS das ARTES compreendido pelo  INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL e seus sucessores.  As interações práticas entre estes campos nem sempre ocorrem devido a natureza e o modos de agir, de produzir e se reproduzir específicos de cada CAMPO do SABER

02 – SINCRONIA do INSTITUTO de ARTES do Rio Grande do Sul:   MANTENEDORA, (1908) do CONSERVATÓRIO (1909) e da ESCOLA DE ARTES (1910)

O acolhimento e a somatória dos DIVERSOS CAMPOS e das FORÇAS das ARTES do RIO GRANDE do SUL[1] garantiram o projeto do INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES  .
Este coletivo dos DIVERSOS CAMPOS e das FORÇAS ESPECÍFICAS das ARTES afastou, de um lado, o fantasma dos MONSTRUOSAS e EQUIVOCADAS INSTITUIÇÕES e CURSOS SUPERIORES XIFÓPAGOS inventados pelo REGIME MILITARR implantado em 1964 no BRASIL Neles sofrem as ARTES, sofrem os campos de forças compelidas a viver no mesmo corpo institucional sendo os resultados - de todos estes esforços - pífios e desconectados com a realidade.



[1] KERN, Maria Lúcia Bastos. «Les origines de peinture ‘moderne’ au Rio Grande do Sul – Brésil» Paris :
       Université de Paris I Panthéon Sorbone, 1981 tese 435 fl.

Fig. 04 –  O INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL sempre manteve o projeto ativo de ser a semente de variados SABERES e PRÁTICAS de diversos CAMPOS das ARTES  As interações externas  com o Rio Grande do SU e o  Brasil deram-se por meio de outras ESCOLAS SEMELHANTES[1], com GALERIAS de ARTE,  com ATELIERS,  com VEÍCULOS de COMUNICAÇÃO, com MUSEUS de ARTE e com MERCADO de ARTE entre outros.,

A somatória dos DIVERSOS CAMPOS e das FORÇAS ARTES ensejou a PROPOSTA de uma UNIVERSIDADE das ARTES e dos MINISTÉRIO das ARTES. Caso fosse acolhida esta proposta de UNIVERSIDADE, ela teria um NÚCLEO formado por estas ENERGIAS e que interagem com os mais variados campos superiores magnetizados pela CRIATIVIDADE, pela INOVAÇÃO PERMANENTE e FLEXILIDADE do CAMPO ESTÉTICO.
No entanto esta reflexão é potencial e paralela ao presente tema. Impõe-se afastar liminarmente qualquer projeto de transformar o atual INSTITUTO de ARTES da UFRGS em UMA UNIVERSIDADE das ARTES.
No centro desta reflexão potencial há necessidade de uma instituição situada numa ÉPOCA PÓS_INDUSTRIAL e com o mínimo de burocracia. Impõe-se contornar e afastar o perigo da ERA INDUSTRIAL de repetir e reforçar um SISTEMA EDUCACIONAL e de PESQUISA ESTÉTICA carimbado pela OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA
Fig. 05 –  O ensino e a aprendizagem formal e institucional das ARTES VISUAIS é algo recente, Na tradição ocidental as GUILDAS MEDIEVAIS encarregavam-se do ensino individual daqueles pretendiam seguir esta carreira. Aa ACADEMIAS de ARTE eram reservadas para poucos membros já provados e aprovados nas ARTES, No Brasil a ACADEMIA de LETRAS não possui, até o presente nenhuma escola ou estudante. A ESCOLA para ensino coletivo das ARTES surgiu como a ERA INDUSTRIAL e paralela à seriação praticada no SISTEMA da FÁBRICA. Este sistema serial  de ENSINO e APRENDIZAGEM  das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL[1]  iniciou pela ESCOLA de ARTES do  INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL.

03– DIACRONIA:    a ESCOLA (1910-1936)– O CURSO de ARTES PLÀSTICAS (1936-1968) e DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS  (1968-,,,)

A criação da ESCOLA de ARTES foi aceita e aprovada em sessão, do dia 10 de fevereiro de 1910, da COMISSÃO CENTRAL do INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES  do RIO GRANDE do SUL. A proposta partiu de Libindo FERRÁS[2] um dos membros fundadores do INSTITUTO e da COMISSÃO CENTRAL. Libido se retirou desta COMISSÃO e foi nomeado DIRETOR da ESCOLA e PROVEDOR do prédio (Fig. 06). Acumulou estes cargos com o de Professor que exerceu de 1910 até 1936. Contando com escasso número de estudantes[3] e que remuneravam as aulas recebidas.  Isto permitia o contrato de um único outro professor[4]. Francis PELICHECK [5] exerceu este único cargo de 1922 até 1937. Os docentes eram remunerados por aula dada e nada recebiam nas férias escolares e na inativa.



[1] WEBSTER, Maria Helena et alii. Do passado ao presente.: as artes plásticas no Rio Grande do Sul . Porto Alegre : Galeria Cambona s/d. 83 p.

[2]  Uma OBRA de LIBINDO FERRÁS como índice da origem  da PINACOTECA do INSTITUTO de ARTES da UFRGS

[3] OLIVEIRA, Olinto de.  Relatórios de 1909 a 1912 do Instituto de Bellas Artes  do Rio Grande SuL apresentados pelo Presidente Dr. Olinto de   Oliveira. Porto Alegre: Globo, 1912. 41 p. + estatísticas

[4] 2 – A ESCOLA de ARTES e o INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL

[5] KERN, Maria Lúcia Bastos. Francis Pelichek. Porto Alegre : Caixa Econômica   Federal 1998
Fig. 06 –  O primeiro prédio do INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES do RIO GRANDE do Sul, situava-se onde existe o prédio atual na Rua Senhor dos Passos nº 248.   Era o lugar da LOJA MAÇÔNICA de Carlos Von KOZERITZ e que foi alugada em 1909 e adquirida em 1913. Sobre este sobrado construí-se a sala do ATELIER   da ESCOLA de ARTES. Ao fundo a torre do templo gótica da Igreja Luterana.,

O currículo da ESCOLA de ARTES se dividia em três etapas ou degraus indo do ELEMENTAR, ao MÉDIO e SUPERIOR. O estudante podia ingressar em qualquer degrau por meio do pedido formal de EXAMES numa BANCA especifica.
Fig. 07 –  A CONGREGAÇÃO do INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL reunida no dia 06 de janeiro de 1939 um dia após a COMESSÂO CENTRAL entregar a administração e bens a esta instância, Aa atividades práticas da ESCOLA de ARTES for entregue à CONSELHO TÉCNICO  ADMINISTRATIVO [ os de terno de branco ao centro da foto] sob a presidência do DIRETOR do INSTITUTO.

04–  Os diversos CURSOS de ARTES VISUAIS como COMPETÊNCIAS INTERNAS da ESCOLA de ARTES e das suas SUCESSORAS:  

A UNIVERSIDADE BRASILEIRA foi a criada pelo decreto  Nº 19.851 de 11 de ABRIL de 1931.[1] para TODO TERRITÓRIO NACIONAL. A partir deste decreto federal o Governo do Estado do RIO GRANDE do SUL criou a UNIVERSIDADE de PORTO ALEGRE pelo seu decreto  Nº  5.758, de 20 de NOVEMBRO de 1934[2], sendo o INSTITUTO de BELAS ARTES  uma das suas unidades da UPA.
 A ESCOLA de ARTES foi transformada em CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS sob a direção direta do INSTITUTO de ARTES orientado pelos três integrantes do CONSELHO TÉCNICO ADMINISTRATIVO (CTA) deste CURSO SUPERIOR.



[1]SOUZA NEVES, Carlos. Ensino Superior no Brasil: legislação e jurisprudência federais. Rio de Janeiro : MEC-INEP. 1951   vol 4    pp. 165-192
[2] -   Reproduzida na “A Federação” Porto Alegre   05 de dezembro de 1934 por  ter havido incorreção.
       Fonte do presente texto:  Revista da Associação dos Docentes da UFRGS nº 5 julho de 1992. .
Fig. 08 –  A turma de ESCULTORAS no CURSO de ARTES PLÁSTICAS formadas por  Fernando CORONA .Este mestre tinha por lema “DEIXEI de ser ESCULTOR para FORMAR ESCULTORES”. Seguiu e apoiou a carreira de cada um de seus discípulos. O registro desta atenção ‘permanece no seu livro “CAMINHADA nas ARTES[1] 

 Sob esta direção nasceram e foram oferecidos os CURSOS TÉCNICOS de ARQUITETURA e outro TÉCNICO em ARTES PLÁSTICAS. Estes CURSOS TÉCNICOS, de TRÊS ANOS evoluíram, para o CURSO SUPERIOR de ARQUITETURA e depois de URBANISMO[2]. No CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS os estudantes deveriam optar entre PINTURA e ESCULTURA.



[1] CORONA, Fernando (1895-1979). Caminhada nas artes: 1940-1976. Porto Alegre: UFRGS- IEL/DAC/SEC-RS,  1977, 241 p.
[2] Reconhecidos pelo governo federal pelo  DECRETO Nº 29.310 de 28 de FEVEREIRO de 1951. Concede reconhecimento ao Curso de Arquitetura  do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul

Fig. 09 –  O prestigioso grupo do CURSO DE ARTES PLÁSTICAS e de ARQUITETURA do INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL Selecionados e reunidos a partir de seus currículos e de obras incontestáveis que haviam produzido no meio cultural local e nacional, Esta competência sustentava as EXPRESSÔES de AUTONOMIA da INSTITUIÇÃO e impulsionava os seus estudantes para lidar com um meio cultural adverso e entrópico,

O INSTITUTO DE BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL atingiu um patamar de invejável de EXPRESSÕES DE AUTONOMIA no período de 1939 até 1962. Respondia diretamente ao CONSELHO FEDERAL de EDUCAÇÃO sem outra instituição entre ELE e o MINISTÉRIO EDUCAÇÃO e CULTURA.. Obteve destas instâncias federais. em 1941, o RECONHECIMENTO dos seus dois CURSOS SUPERIORES. Construiu o seu próprio prédio novo em plena II GUERRA MUNDIAL, com o apoio de 2.000 “LEGIONÁRIOS BRASILEIROS da ARTES” e com a hipoteca das residências de 4 dos seus dirigentes.
No plano interno os seus vestibulares atraiam verdadeiras massas de candidatos. Os seus CURSOS TÉCNICOS e SUPERIORES de ARQUITETURA e URBANISMO tomaram iniciativas inéditas no Rio Grande do Sul. 
Fig. 10 –  O INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL entregou, em 1958, para a UFRGS o mural que preside o CONSELHO SUPERIOR desta universidade.  Neste ano o INSTITUTO  celebrava o seu cinquentenário e estava na PLENA AUTONOMIA  e com interlocução direta com o MINISTÉRIO de EDUCAÇÃO e CULTURA

      Os CURSOS SUPERIORES foram REPASSADOS aos DEPARTAMENTOS após a REENTRADA do INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL na UFRGS. Seguiam a DEPARTAMENTALIZAÇÃO ao modelo norte-americano. Assim o CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS tornou-se o DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS.

Fig. 11 –  Estudantes da ESCOLA de ARTES do  INSTITUTO  de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL  praticando DESENHO ao AR LIVRE - “PLEIN AIR”[1]-  no Morro Teresópolis em Porto Alegre. Esta atividade coletiva estava entre ARTES NOBRES na medida em que se destinava apenas ao exercício de competências de quem de fato gosta de ARTE.


05  - O CURSO de DESENHO   da ESCOLA de ARTES  
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A ESCOLA de ARTES era conhecida também como a ESCOLA de DESENHO. De fato todas as disciplinas convergiam, para o DESENHO, para a LINHA[2] e para o DOMÍNIO da COMPOSIÇAO GRÁFICA.
Miguel Ângelo, ao citar a metáfora de “DISEGNIO un DIO IN NOI [3].   colocava o DESENHO com intermediário entre o MUNDO MENTAL e o MUNDO FÍSICO
Pelo lado técnico o DESENHO necessita pouquíssimos equipamentos, bastando qualquer superfície e algo que suja ou limpe esta superfície. Pelo lado da criação visual praticamente todo campos das ARTES VISUAIS usam o DESENHO como materialização, apuração e controle da criação plástica.[4]
Na ESCOLA de ARTE do IBA-RS o DESENHO era ensinado desde o GEOMÉTRICO, o ANATÔMICO e da OBSERVAÇÂO da NATUREZA.
No DESENHO da FIGURA HUMANA o estudo iniciava pelas MÃOS e PÉS, passava para os BRAÇOS e PERNAS, depois a TRONCO e BUSTO e culminava no DESENHO das ESTATUAS do corpo inteiro da APOLO e da VÉNUS. Quando o estudante dominava esta figuração ele era introduzido no estudo do DESENHO do MODELO VIVO.
Este campo  do DESENHO mereceu a tese de Cátedra de ALICE SOARES[5]. DESENHO que continuou como campo de EXPERIMENTAÇÃO GRÁFICA[6]  até os dias atuais[7]
O CURSO DE ARTES PLÁSTICAS expandiu estas habilidades saberes adquiridos no DESENHO do MODELO VIVO para a PINTURA e para a ESCULTURA.



[2] SOARES Alice Ardohain (1917-2005) LINHA - FUNDAMENTO DO DESENHO LINHA - FUNDAMENTO DO DESENHO Linha: Definição Simbolismo Expressão artística Tese de concurso para o provimento efetivo da cadeira de Desenho, dos Cursos de Pintura e Escultura do Instituto de Artes do Rio Grande do Sul Porto Alegre, 196150 p.

[4] NICOLAYWESKI Alfredo et alii Pedro WEIGÄRTNER: obra gráfica - Porto Alegre: MARGS , 2008  207 p
       ISBN 8590854701et 9788590854708

[6] SCARINCI, Carlos. A gravura no Rio Grande do Sul (1900-1982). Porto Alegre  : Mercado Aberto, 1982,
        224 p. il. Color.

[7] EXPERIMENTAÇÕES GRAFICAS de NILZA HAERTEL (1941=2014)  Recorte de um acervo – Maristela SALVATORI e Helena KANAAN(org)Porto Alegre: Marcavisual  2018 144p., il,color 19x 21

Fig. 12 –  ESCULTURA foi introduzida em 1938[1] junto da mudança da ESCOLA de ARTES para o CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS  e praticada no PORÂO do IBA-RS A ESCULTURA era precedida por dois anos de MODELAGEM  obrigatória para todos,  O CURSO de  ESCULTURA era oferecida para um grupo seleto estudantes que se destacavam na MODELAGEM. Os demais seguiam para as AULAS do CURSO de PINTURA não podendo ser cumulativa com ESCULTURA. Cristina BALBÂO fez a sua FORAMAÇAO em DESENHO na ESCOLA de ARTES e depois cursou ESCULTURA no CURSO de ARTES PÀSTICAS

06 – O CURSO de ARTES PLASTICAS na concepção universitária e superior introduz a ESCULTURA e a PINTURA -

Os CURSOS SUPERIORES BRASILEIROS foram motivados para se constituírem preferencialmente no paradigma UNIVERSIDADE quando esta foi criada para todo o território nacional [2]. O INSTITUTO de BELAS do RIO GRANDE do SUL juntou-se aos cinco cursos superiores para constituir a UNIVERSIDADE de PORTO ALEGRE. O artista também foi convidada e entrar na UNIVERSIDADE[3]. A ESCOLA de ARTES foi transformada, em 1936, no CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS. Este foi reconhecido em 1941 pelo CONSELHO FEDERAL de EDUCAÇÃO junto ao seu currículo. Este CURSO SUPERIOR exigia VESTIBULAR e o seu tempo de duração foi elevado para o mínimo de 4 anos. Com entrada única, desenvolvimento linear e com uma saída única pela FORMATURA não permitia mais os “EXAMES VAGOS” para ingresso em qualquer etapa.
Nas ARTES PLÁSTICAS havia dois cursos excludentes tendo o estudante optar no terceiro ano entre CURSO de ESCULTURA ou CURSO de PINTURA. No entanto o DIPLOMA CONTINUAVA sendo o de DESENHO. Para p CURSO de LICENCIATURA era necessário um novo vestibular, na URGS, pois o IBA tinha sido excluído da UNIVERSIDADE no dia 05 de janeiro de 1939.



[1] SIMON, Círio.« Conceito pedagógicos de Fernando Corona (1895-1979) in Artes plásticas no Rio Grande do Sul: pesquisas recentes – Porto Alegre: Ed. UFRGS 1995 pp.63-83
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[2] SOUZA NEVES, Carlos. Ensino Superior no Brasil: legislação e jurisprudência federais. Rio de Janeiro : MEC-INEP. 1951

[3] Marcel DUCHAMP: O ARTISTA DEVE ir  para a UNIVERSIDAD E
Fig. 13 –  A foto é da TURMA de ARQUITETURA e URBANISMO num SEMINÀRIO do arquiteto Maurício CRAVOTO. O   INSTITUTO  de BELAS ARTES ofereceu o primeiro CURSO SUPERIOR COMPLETO de ARQUITETURA   do RIO GRANDE do SUL[1].  O CURSO de ARQUITETURA da ESCOLA de ENGENHARIA era uma ESPECIALIZAÇÂO oferecida ao final  aos formandos em ENGENHARIA CIVIL  

07 – Os CURSOS TÉCNICOS e SUPERIORES mantidos pelo INSTITUTO de BELAS ARTES do Rio Grande do SUL
 
O INSTITUTO de BELAS ARTES oferecia -  além dos CURSOS de ESCULTURA e o de PINTURA -  dois CURSOS TÉCNICOS.  Um em ARTES PLÁSTICAS e outro de ARQUITETURA. Estes foram absorvidos pelo CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS e o OUTRO pelo CURSO SUPERIOR DE ARQUITETURA.



[1] FAYET, Carlos Maximiliano. O ensino de arquitetura nas escolas de artes. Porto Alegre : Meridional :   EMMA, 1965, 35 p
Fig. 14 –  O prédio especifico para as ARTES do  atual  INSTITUTO  ARTES foi construído em três etapas Aquele da portaria foi entregue  em agosto de 1943. O segundo bloco é de 1952 e o prédio anexo foi comprado pronto em 1960 Este patrimônio passou para a UNIÃO em 1962 que nada mais fez em termos de prédios específicos para a as ARTES.

Os CURSOS TÉCNICOS eram NOTURNOS com os mesmos professores dos CURSOS SUPERIORES. Não conferiam DIPLOMAS, apenas certificados.
Um dos formandos do CURSO TÉCNICO de ARQUITETURA foi IBERÊ CAMARGO[1]. Ele trabalhava na prestigiosa SECRETARIA de OBRAS do ESTADO do RIO GRANDE do SUL.
Com a afluência dos estudantes, docentes e as necessidades espaciais o velho prédio teve de dar lugar a um novo prédio.



[1] ZIELINSKY, Mônica -  Iberê Camargo- Catálogo raisonné-  volume 1 Gravuras São Pualo: Cosaca Naify, 2006 504 pp. 692 ils - ISBN -85-7503-528-2-

Monumento ao logo da UFRGS criado por JORGE ARAGÂO que foi servidor técnico administrativo do INSTITUTO de ARTES da UFRGS
Fig. 15 –  O  INSTITUTO de BELAS ARTES DO RIO GRANDE do SUL foi integrado no dia 30 de novembro de 1962 com UNIVERSIDADE FEDERAL do RIO GRANDE do SUL via BRASILIA[1]   Este integração foi na REGIME PARLAMENTAR, sendo assinada pelo PRMEIRO MINISTRO e  pelo PRESIDENTE da REPUBLICA.. A CÂMARA e o SENADO CONCEDERAM um ORÇAMENTO específico para esta finalidade.

08 A FEDERALIZAÇÃO  e perda da autonomia .

Toda escolha implica em alguma perda. O INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL estava em pleno gozo de sua autonomia quando resolveu e buscou em Brasília a sua integração na UNIVERSIDADE FEDERAL do RIO GRANDE do SUL
O Instituto de Belas Artes procurou e escolheu livremente a sua integração na Universidade Federal do Rio Grande do SUL Brasília pelo Decr. Fed. nº 4.159[2], do dia 30 de novembro de 1962. Esta escolha implicou na perda de sua AUTONOMIA administrativa. O ganho foi a regularização burocrática - no ESTADO NACIONAL BRASILEIRO. - dos cargos dos seus docentes e técnicos administrativo
Significou uma progressiva estatização dos seus currículos, da progressão e avaliação seus estudantes.
Na universidade o INSTITUTO foi subordinado â CULTURA. Assim os SALÕES DE ARTE[3] sob a sua tutela não tiveram mais condições de continuar a existir.  Esta função migrou para eventuais certames sob o controle e realização  de um ÓRGÃO SUPLEMENTAR da UFRGS sendo o MUSEU[4] a sua realização mais conhecida.  
Por pouco o INSTITUTO não acabou anexado a campos emergentes sendo mais um CURSO XIFÓPAGO no interior de uma UNIDADE na UNIVERSIDADE. Nas mãos do controle federal teve a sua ação fiscalizada pelo REGIME MILITAR de 1964 até 1979. Estes aparelhos de controle federal nunca foram desativados, apesar da ABERTURA POLÍTICA.



[1] CORONA Fernando COISAS MINHAS: 1962 1965  Brasília e outros alpistes 
                06.08. 1962    26.11.1965. 85 folhas sem linhas caderno simples:  210 mm X 149 mm. Propriedade  da Família

[2] - Publicado no Diário Oficial de 04 . 12 . 1962 e assinado por João Goulart, Hermes Lima, Miguel Calmon  e Darcy Ribeiro
[3]
KRAWCZYK , Flavio O espetáculo da legitimidade: os salões de artes plásticas em Porto Alegre 1875-1995 Porto Alegre: programa de Pós Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS Dissertação orientação Avamcini, José Augusto Costa, 1997, 416 – Bibliografia fls 387-416
-------------------Arte incidental: s mostras de artes plásticas em Porto Alegre entre 1875-1903 Porto Alegre : Revista PORTO-ARTE programa de Pós Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS vol. 8, nº 14 (maio 1997) pp. 55-59

Imagem do acervo de Christina Balbão sentada na primeira fila no angulo esquerdo de que olha a foto
Fig. 16 –  . Os docentes e estudantes do CURSO DE ARTES PLÁSTICAS do INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL imediatamente antes da integração na UFRGS.  O ambiente é salão de festas tendo ao fundo o mural de Aldo LOCATELLI que aparece na foto ao fundo e semi encoberto.

09 – A REFORMA da UNIVERSIDADE e a DEPARTAMENTALIZAÇÃO do INSTITUTO de ARTES da UFRGS.

O INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL já havia experimentado uma espécie de departamentalização interna na época em que ainda estava na autonomia da Universidade Ele foi dividido em 7 departamentos de ensino no dia 30 de abril de 1959 em reunião  pelo C.T.A[1] Na prática foi uma estruturação de difícil operacionalização no CURSO de ARTES PLÀSTICAS.
Após o GOLPE MILITAR de 1964 houve a tentativa de REFORMA UNIVERSIDADE aos moldes NORTE-AMERICANOS. Para este objetivo o funcionário ianque Rudolph P. ATCON [2] percorria a AMÉRICA LATINA na sombra da OPERAÇÃO CONDOR. Em Porto Alegre visava a UFRGS. No entanto as resistências e os alaridos foram tantos que estes projetos se perderam na memória da maioria obnubilada pelos inquéritos, pelo rígido controle ideológico, pelas aposentadorias compulsórias e pelas cassações dos direitos políticos da massa crítica as UFRGS.
No entanto permaneceu o esqueleto institucional dos DEPARTAMENTOS nas UNIDADES da UFRGS. No INSTITUTO de ARTES da UFRGS as competências da MÚSICA constituíram um único departamento, O mesmo aconteceu nas ARTES VISUAIS. O INSTITUTO de ARTES da UFRGS recebeu as competências, docentes e estudantes do CURSO de ESTUDOS TEATRAIS da FACULDADE de FILOSOFIA. Este CURSO havia sido criado e aprovado no dia no 30 de dezembro 1957 pelo CONSELHO UNIVERSITÁRIO, Este conjunto constituiu o DEPARTAMENTO de ARTE DRAMÁTICA  proveniente.  A FACULDADE de FILOSOFIA perdia as competências desta natureza que antes eram cultivadas na sua área. Perdia também os seus docentes cassados pelo REGIME MILITAR ou então dispersos em outras unidades acadêmicas ou aposentados compulsoriamente.
 O DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS acolheu integralmente as competências do CURSO de ARTES PLÁSTICAS e lhe continuidade sem solução de continuidade a ponto de docentes, estudantes e técnicos não perceberem a mudança. Dissolveu-se estruturação departamental, de 1959, e  de difícil operacionalização.



[1] - Livro nº V de Atas do C.T.A 175º sessão em 30 de abril de 1959
[2] ATCON, Rudolph P. ATCON e a Universidade Brasileira. (Coordenação de José          Serrano). Rio de Janeiro: Techné. 1974, 322p
Cartaz de uma exposição de PESQUISA CERÂMICA conduzido pela professora MARIANITA LINCK
Fig. 17 –  A pesquisa mais consistente em ARTES VISUAIS que o DEPARTAMENTO de ARTES pode empreender logo após a integração no UNIVERSIDADE permitiram bolsas de estudos. A seguir permitiu a constituição de um PROGRAMA de PÒS-GRADUAÇÂO, inicialmente ao nível de MESTRADO seguido de um DOUTORADO na área.

10  – O DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS  os seus CURSOS e PROGRAMAS de PÓS GRADUAÇÃO  .

A qualificação d DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS do IA_UFRGS foi possível com o adensamento de docentes e de técnicos administrativos com carreiras consolidadas. Um mês antes de sua integração na UFRGS o Conselho Departamental a sua 4ª sessão, ocorrida no dia 30 de outubro de 1962, aprovou o Curso de Aperfeiçoamento, com caráter de Pós-Graduação, lato sensu em dois anos em Pintura, Escultura, Arte Decorativa e Música (Canto)
Estes CURSOS de APERFEIÇOAMENTO ganharam impulso com a REFORMA UNIVERSITÁRIA de 1968 já no REGIME MILITAR e com a INSTITUTO de ARTES integrado na UFRGS. Estes possibilitaram a aperfeiçoamento no exterior e no Brasil e bolsas de estudos consistentes para MESTRADO e DOUTORADO
Com retorno desta massa crítica foi possível empreender o degrau da PÓS-GRADUAÇÃO stricto senso no próprio DEPARTAMENTO.
O PROGRAMA de PÓS-GRADUAÇÃO da MÚSICA no IA-UFRGS precedeu aquele do DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS que também tomou a iniciativa de lançar o seu próprio[1].
Fig. 18 –  O projeto e a maquete de uma das maiores escultura publicas de Porto Alegre foram elaborados na SALA de ESCULTURA  do DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS  do  INSTITUTO de ARTES da UFRGS, Ao mesmo tempo o uso da solda e do ferro foram testados neste mesmo ambiente por Gustavo TENIUS – o autor do monumento -  ainda com o Prof, Fernando CORONA[1] na ativa e orientação desta prática  de ARTE.

11  – O ENSINO na ESCOLA de ARTES
Num olhar retrospectivo sobre a ESCOLA de ARTE não é possível ignorar as BANCAS de EXAME do saber acumulado e das habilidades dos estudantes ao final de cada ano escolar e de PROMOÇÃO. Os docentes ensinavam e os estudantes dedicavam-se a assimilar o que lhes era possível. Não havia chamada e nem controle de frequência. O estudante acorria para as aulas e orientações dos docentes com o objetivo de se preparem para as BANCAS de EXAME FINAL.
Esta avaliação vinha de fora da ESCOLA. Para estas as BANCAS de EXAME e PROMOÇÃO eram convidados os nomes mais expressivos da época para EXAMINAREM e AVALIAREM tanto os PROFESSORES fixos como para dar o aval sobre a o grau de aprendizagem dos estudantes. Assim foram convidados e aceitaram artistas consagrados como Pedro WEINGÄRTNER[2], Oscar BOEIRA, Luís Augusto de FREITAS, Do Brasil vieram Eugênio LA TOUR, Eduardo de SÁ e da Itália veio Miro de GASPARELO[3]
Os resultados da ESCOLA de ARTES são visíveis nos exame das obras de Sotero COSME, de Francisco BELLANCA, de Judith FORTES[4] e de Christina BALBÃO só para nomear alguns com maior projeção pública[5].
Tudo isto mudou com a massificação do CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS e do DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS. O curso de restringiu aos CURSOS SUPERIORES ao MODELO UNIVERSITÁRIO. O ensino das ESCOLAS TÉCNICAS e NOTURNAS teve pouca duração
A chamada das aulas passou a ser critério de avaliação. Esta era realizada, agora,  por um corpo docente interno ao curso e nomeado para tal. O ensino individualizado foi substituído pelo ensino coletivo. No CURSO de ARTES PLÁSTICAS A MATRÍCULA era ANUAL, Com a REFORMA UNIVERSITÁRIA passou a ser semestral. 
 Na PESQUISA ESTÉTICA desenvolvida na ESCOLA de ARTES, não é possível a simples e singela comparação com PESQUISAS de outros centros hegemônicos. Centros com densa decantação e com resultados de séculos de tradição, seleção e com nutridos suportes de ESTUDO, de CRÍTICA e de DIVULGAÇÃO conduzidos experientes profissionais e com um publico atento e capaz de compreender e receber estes avanços.



[1] CANEZ, Anna Paula. Fernando Corona e os caminhos da arquitetura moderna  de Porto Alegre. Porto  Alegre : Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis, 1988 209 p. ilust.

[5] RAMOS, Paula  A modernidade impressa: artistas ilustradores da Livraria do Globo- Porto Alegre. UFRGS EDITORA, 2016, 656 p , 1368 il. Color  ISBN 978-85-386-0300-9

Disciplina Fundamentos da Cor - Foto Myra Gonçalves
Fig. 19 –  A experimentação e a pesquisa em performances artísticas incorporaram a fotografia, cenografia e as tecnologias da informática nas atividades do DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS ESCOLA de ARTES do INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL, Esta PESQUISA ESTÈTICA sempre caminhou paralela com a ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA facilitada pela instantaneidade dos meios de comunicação em tempo real  

12  – A PESQUISA ESTÉTICA   como experimentação investigação, criação e reprodução do SABER SUPERIOR das ARTES VISUAIS
A PESQUISA ESTÉTICA da ESCOLA de ARTES consistiu numa experimentação, numa implementação e em buscas do que era possível em PORTO ALEGRE entre os anos de 1910 e 1936. Evidente que a PESQUISA ESTÉTICA é DIFERENTE de ATUALIZAÇÕES da INTELIGÊNCIA e da sua reprodução, cópia ou replicação mecânica em lugar, tempo e lugar diferente de sua origem.
Na medida em que a ARTE EXPRESSA a VIDA é possível perceber na ESCOLA de ARTE, no CURSO de ARTES PLÁSTICAS e no DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS[1] expressões próprias[2], únicas e coerentes com a existência e reprodução da sua SOCIEDADE, do seu TEMPO e do seu LOCAL onde se manifesta[3].
Com dois docentes efetivos e com uma população de uma dúzia de estudantes, esta PESQUISA ESTÉTICA da ESCOLA de ARTES não podia ter muitos objetivos maiores. Estes poucos conseguiram segurar esta instituição por “TEMPO INDETERMINADO”. De outro lado é necessário admitir, com Ado MALAGOLI, que “ESTUDANTE NÃO FAZ ARTE” na medida em que ele ainda está na heteronomia dos seus mestres, orientadores e examinadores.
Assim é necessário verificar o que este estudante realiza no após ESCOLA de ARTES.  Como ainda é pequeno o estudo sistemático desta produção de “PESQUISA ESTÉTICA”  de ex-alunos[4] na sua autonomia, em carreiras solos[5] e sob o impulso institucional recebido é necessário encontrar índices desta PESQUISA ESTÉTICA  em obras, pensamentos e em iniciativas que se seguiram nas pegadas dos mestres[6]
  No entanto é necessário distinguir, também, PESQUISA ESTÉTICA de EXTENSÃO.



[1] STUDIO PP: atelier aberto de pintura: catálogo 2016-2018 / coordenação e organização Marilice CORONA – Porto Alegre: UFRGS, 2018.  50 p. il col   ISBN 978-85-9489-128-0

[2] ARTISTAS PROFESSORES da UFRGS - obras do acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. Porto   Alegre : Ed. UFRGS,  2002. 127 p

[3] BRITES, Blanca et alii – 100 anos de Artes Plásticas no Instituto de Artes da UFRGS, três ensaios. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2012 264 p. il ISBN 978-85-386-0180-7

[4] FRANCESCO, José de. Reminiscências de um artista. Porto Alegre; s/editora. 1961.

[5] MARTINS COSTA, Cláudio: Instantes de permanência/ organizadores: Clóvis MARTINS COSTA e Tetê BARACHINI.  Porto Alegre: UFRGS, 2018 / 2019 172 p. il. Color: 30 x 21 cm
ISBN 978-85-9489-138-9 (versão Impressa-2019)  ISBN  978-85-9489-138-2 (versão digital-2018)

[6] PROJETO PERCURSO do ARTISTA: NICO ROCHA – catálogo da exposição organizada pelo Departamento de Difusão Cultural da UFRGS- Porto Alegre : UFRGS, 2011 188 p. il
PROJETO PERCURSO do ARTISTA: ACHUTTI – catálogo da exposição organizada pelo Departamento de Difusão Cultural da UFRGS- Porto Alegre : UFRGS, 2011 232 p. il

Fig. 18 –  A ESCOLA de ARTES. O CURSO de ARTES PLÀSTiCAS e o DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS do INSTITUTO  ARTES da UFRGS  acumula um acervo que certamente sera uma semente produtiva num futuro próximo e remoto, Quando a grande fonte de riquezas será o MUNDO SIMBÓLICO, a CRIATIVIDADE e a BUSCA do INÉDITO. A OBRA e as PESQUISAS d a estudante e docente do IA-UFRGS MARIANITA LINCK [1] estão neste caminho

13  – A  EXTENSÃO   da experimentação, da investigação, da criação e da reprodução do SABER SUPERIOR das ARTES VISUAIS
Entende-se aqui EXTENSÃO no sentido amplo do termo e não apenas aquela burocratizada, controlada e avaliada pela instituição aos moldes universitários.
Esta EXTENSÃO AMPLA foi praticava no SETOR das ARTES VISUAIS do INSTITUTO de BELAS ARTES muito antes de desta palavra ser institucionalizada na UNIVERSIDADE do RIO GRANDE do SUL.
Este INSTITUTO já nasceu a partir de 65 COMISSÔES REGIONAIS e MUNICIPAIS do ESTADO do RIO GRANDE. Esta concepção demorou pata amadurecer. A Música precedeu a EXTENSÂO para alguns municípios onde Tasso CORRÊA, Guilherme FONTAINHA e outros fundaram CONSERVATÓRIOS com os das cidades de PELOTAS, RIO GRANDE e BAGÉ, AS ARTES VISUAIS seguiram o impulso da INTERIORIZAÇÂO da UNIVERSIDADE onde docentes e ex-alunos do CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS fundaram ESCOLAS SUPERIORES com em SANTA MARIA, NOVO HAMBURGO, PASSO FUNDO. CACHOEIRA do SUL. Por sua vez estes formandos levaram a sua experiência para outras localidades e centros urbanos.
Porém foi na capital do Estado que se deu o caso  exitoso do MUSEU de ARTE do RIO GRANDE do SUL (MARGS) e o do  MUSEU de ARTE CONTEMPORÂNEA (MAC-RS), No MARGS a ação institucional os professores de Música Ênio FREITAS CASTRO como titular da DIVISÃO de CULTURA do ESTADO e TASSO CORREA[2], como titular de uma vaga no CONSELHO ESTADUAL de EDUCAÇÃO e de CULTURA - garantiram o contrato com Ado MALAGOLI[3]. Este por sua vez para constituir um corpo da assessoria cercou-se de Alice SOARES e de Cristina BALBÂO ambas formadas e docentes do CURSO de ARTES PLÁSTICAS do IBA-RS. Na criação do  MUSEU de ARTE CONTEMPORÂNEA (MAC-RS)[4], a decidida ação de Gaudêncio FIDELES e José Francisco ALVES -  ambos egressos do DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS do IA-UFRGS -   garantiram a sua institucionalização e os primeiros passos.
 De outra parte no município de PORTO ALEGRE, ainda não se fez o levantamento dos egressos do DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS e do CURSO de ARTES PLÁSTICAS foram docentes do ATELIER LIVRE de PORTO ALEGRE,
As ESCOLINHAS de ARTE[5] desenvolveram-se  sob o impulsos do EX-ALUNOS e DOCENTES do CURSO de ARTES PLÁSTICAS. Em Porto Alegre a ação de Iara MATTOS RODRIGUES foi buscar a experiência de Augusto RODRIGUES que por sua vez adaptar a ideias de Herbert READ realizadas na INGLATERRA ao longo da II GUERRA MUNDIAL, Este projeto teve etapas notáveis em Cachoeira do Sul, Passo Fundo e Novo Hamburgo. As experiências de Cecília ZINGARO do AMARAL em Passo Fundo e de Maria Beatriz FURTADO RAHDE em Novo Hamburgo conduziram estas experiências das  suas respectivas ESCOLINHAS a evoluírem para CURSOS SUPERIORES e assim foram integradas como fundadoras da UNIVERSIDADE de PASSO FUNDO e da FEEVALE em Novo Hamburgo.
Não é possível ignorar o exército dos LICENCIADOS após a GRADUAÇÃO - no CURSO de ARTES PLÁSTICA e do DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS - que agiram e se profissionalizaram[6] tanto no sistema de ENSINO PÚBLICO e PARTICULAR tanto no FUNDAMENTAL com o no MÉDIO.


FONTES BIBLIOGRÁFICAS
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BRITES, Blanca et alii – 100 anos de Artes Plásticas no Instituto de Artes da UFRGS, três ensaios. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2012 264 p. il ISBN 978-85-386-0180-7
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CANEZ, Anna Paula. Fernando Corona e os caminhos da arquitetura moderna  de Porto Alegre. Porto
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MANUSCRITO
CORONA Fernando COISAS MINHAS: 1962 1965  Brasília e outros alpistes 
                06.08. 1962    26.11.1965. 85 folhas sem linhas caderno simples:  210 mm X 149 mm. Propriedade  da Família

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
ESPECÍFICAS da ESCOLA de ARTES

10 de FEVEREIRO de 2010 – CENTENÁRIO da ESCOLA de ARTES do IA-UFRGS

1 – O CENTENÁRIO do DEPARTAMENTO de ARTES VISUAIS 1910-2010

2 – A ESCOLA de ARTES e o INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL

3 – A organização interna da ESCOLA de ARTES do ILBA-RS

4 – O currículo da ESCOLA de ARTES do IBA-RS

5 - Ações na ESCOLA de ARTES que qualificam a sua reprodução externa

6 – Francis Pelichek agente da Escola de ARTES do ILBA_RS e os seus relatórios
7 – A reprodução da competência da ESCOLA de ARTES do IB-RS

8 – O confronto entre Escolas Livres e a Universidade Estatal.

9 – A universidade e a emergência de intelectuais artistas.

10 – A escalada de intelectuais artista para incluir a arte na universidade.

11 –  As relações tumultuadas entre o Instituto de Belas Arte e a Universidade de Porto Alegre

12 – A Escola de Artes do ILBA-RS conclui o seu ciclo e inicia outro por meio do CURSO de ARTES PLÁSTICAS do IBA-RS

 Para além da Escola de Artes

GERAIS da ESCOLA de ARTES

O ESTADO e o SIGNIFICADO de um PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR


A ARTE na UNIVERSIDADE

Marcel DUCHAMP: O ARTISTA DEVE ir  para a UNIVERSIDAD E

SOBERANIA ou AUTONOMIA da UNIVERSIDADE

Miguel Ângelo e o DESENHO

1O CENTENÁRIO de uma PINTURA - 2011

O PENSAMENTO de  OLYMPIO OLINTO de OLIVEIRA
nas ARTES do RIO GRANDE do SUL.

Uma OBRA de LIBINDO FERRÁS como índice da origem  da PINACOTECA do INSTITUTO de ARTES da UFRGS

A distância entre o ARTISTA do INTERIOR e o da CAPITAL

PLEIN AIR

MIRO GASPARELLO:

JUDITH FORTES

ALICE SOARES  PENSANDO o DESENHO

FONTES LOGÍSTICAS do ETUDO do  PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA

MUSEU da UFRGS

Atelier GLÊNIO BIANCHETTI

MARIA ANITA LINCK
ESCOLINHA de ARTE dos EX-ALUNOS da  UFRGS
BLOG

Origem do PROGRAMA de PÒS GRADUAÇÂO do INSTITUTO de ARTES da UFRGS

MUSEU de ARTE CONTEMPORÂNEA de RIO GRANDE do SUL.



[1] BRITES, Blanca  Cerâmica um caminho de vida: Marianita Linck. Porto Alegre: Imagem da Terra 2017 176 p. ul. Color ISBN 978-85-89371-22-3

[2] FONTES LOGÍSTICAS do ETUDO do  PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA

[3] MALAGOLI, Ado (1908-1994) - TÉCNICA E EXPRESSÃO - considerações- Tese de concurso para o  provimento da cadeira de Pintura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: edição da autor, 1957 88 p, ilustr. pb.

[4] MUSEU de ARTE CONTEMPORÂNEA de RIO GRANDE do SUL.

[6] SIMON, Círio.« A escola de Artes e a profissionalização de seu aluno» in Porto Arte. Vol. 1 nº 2. Pp. 7-15  nov. 1990.

[7] ATCON, Rudolf  Rumo à reformulação estrutural da universidade brasileira: estudo realizado entre junho e setembro de 1965 para a Diretoria do Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura
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