ESCOLAS
de ARTES e OFÍCIOS em PORTO ALEGRE (panorâmica).
SUMÁRIO
1 – ARTES e OFÍCIOS: hipótese, conceitos e preconceitos ..2 –
Os movimentos das ESCOLAS de ARTES e OFICIOS no PLANO MUNDIAL .3 – Os movimentos das ESCOLAS de ARTES e
OFICIOS no BRASIL .. 4 – O RIO GRANDE do SUL. .. 5 – ARTES e OFÍCIOS nas MISSÔES. 6 – OFICINAS e APRENDIZES .....7 modelo da ESCOLA dos MENINOS do TREM no RIO GRANDE do SUL. .....8 O INSTITUTO PAROBÉ. 9 – – O PÃO dos POBRES
..........10 CURSOS TÉCNICOS do INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL– .......11 ESCOLA
ERNESTO DORNELLES - 12 – PEQUENO
OPERÁRIO e ESCOLA TÉCNICA SANTO
INÁCIO ...13 –
SENAC e SENAI.. 14 –FALTA EMPREGO mas NÂO FALTA TRABALHO. ...........FONTES
BIBLIOGRÁFICAS relativas .........FONTES
BIBLIOGRÁFICAS TEÓRICAS CITADAS.......FONTES
NUMÉRICAS DIGITAIS.....
.
Cabeçalho de nota de venda
1915 do Instituto Técnico Profissional da Escola de Engenharia de Porto Alegre
- Desenho de GiuseppiGAUDENZI
Fig. 01– O
Instituto Técnico Profissional (futuro Instituto Parobé) foi uma iniciativa da Escola de Engenharia de
Porto Alegre entre os demais 11 instituto dos quais era mantenedora. Este INSTITUTO é um índice temporário
dos acertos das interações da SOCIEDADE
CIVIL no campo das ARTES e OFÌCIOS. O caráter do INSTITUTO PAROBÈ foi
radicalmente alterado quando a ESCOLA de ENGENHARIA foi compelida a se unir com
a PRIMEIRA UNIVERSIDADE do RIO GRANDE do SUL. Universidade que condicionou o
ingresso superior ao vestibular acadêmico. Antes o INSTITUTO PAROBÈ era um
degrau para o INGRESSO num CURSO SUPERIOR mantido pela ESCOLA de ENGENHARIA , sem a necessidade outras formalidades[1].
1 – ARTES e OFÍCIOS: hipótese, conceitos e preconceitos
O Brasil não possui técnicos em número suficiente e artífices qualificados
a ponto de a nação poder acompanhar as exigências da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.
Para elucidar esta hipótese basta acompanhar
alguns conceitos e preconceitos vigentes no passado e com profundos reflexos no presente e com
preocupantes perspectivas para o futuro brasileiro. A iniciar pelos conceitos e
preconceitos relativas às ARTES e aos OFÍCIOS que, na sua prática, corrompem e esvaziam qualquer projeto honesto
e consequente de EDUCAÇÃO FORMAL nesta área. Inicia-se pelo falso conceito instalado no
Brasil pela Pedantocracia do bacharelismo universitário. Pedantocracia do bacharelismo
que perverte, combate e corrompe qualquer tentativa fora dos seus próprios quadros mentais.
Quadros mentais que impõem, que condicionam, não admitem e até proíbem pensar
tornar efetivas e reproduzir instituições de ARTES e OFÍCIOS. Quem consegue fugir destes quadros mentais
prepotentes, se libertar deles, pode percorrer a história recente, se deter e examinar as ruinas destas tentativas em Porto
Alegre. Ruinas provocadas pelo tabu - carinhosamente cultivado - de um homem
distinto, ou uma mulher digna, trabalhar com as mãos. No processo ENSINO-APRENDIZAGEM basta a suspeita de que qualquer CURSO oferecido, não conferir um
título de “DOUTOR”, para ser mal visto, contornado e ser
condenado morrer na inanição ignominiosa.
[1] SILVA, Pery Pinto da et SOARES, Mozart
Pereira. Memória da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (1934-1964). Porto
Alegre: UFRGS, 1992.
234p.
Fig. 02– A
TÉCNICA em INFORMÀTICA como todas as novas tecnologias e ferramentas inéditas produz
mitos, suas desilusões e pesados tributos de TEMPO, de GASTOS e até VÌTIMAS
FATAIS
. O ingresso da TÈCNICA da INFORMATICA no campo
do DESIGN de um lado carrega consigo todas as conquistas das etapas anteriores
e as torna rotina, memória a acelera o TEMPO. Contra isto as mentalidades, a
gramática e hábitos dos usuários estão diante de uma nova lógica e novo modo de
agir. Este modo de agir taz uma nova ética tanto da mão de obra como daqueles
que contrata um TÈCNICO em IFORMÁTICA
É possível argumentar, no
contraditório, que as ARTES e os OFÍCIOS estão colocando as condições para a
ação dos Técnicos em Informática (TI). Condições que resultam da gradativa obsolescências do ARTESANATO
e da própria ERA INDUSTRIAL. No entanto esta
profissão, Técnico em Informática, possui, na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL, salários
achatados e nada comparáveis com os titulados “DOUTORES” do “ENSINO SUPERIOR”.
Assim estão redivivos os fantasmas da ESCRAVIDÃO, do COLONIALISMO e do BACHARELISMO. Os DONOS do PODER usam subtilmente as suas armas
bloqueando mentes e compelindo Técnicos em Informática a se submeterem a estas condições como refúgios
“AMIGÁVEIS”[1].
Assim a INSTITUIÇÃO ESCOLAR, os DOCENTES e os DISCENTES confundem PROFISSIONALIZAÇÃO,
TREINAMENTO e FORMAÇÂO.
Esta confusão BLOQUEIA as mentes presas aos paradigmas da ESCOLA FORMAL
por meio de uma FORMAÇÃO PERVERTIDA e OBSOLETA. Por efeito deste bloqueio constante e subliminar, esta ESCOLA é incapaz de
explicitar e formular um CONTRATO DIGNO e SUSTENTÁVEL por meio de PROJETO COERENTE com o MUNDO do
TRABALHO REAL da PROFISSIONALIZAÇÃO. No seu lugar oferece TREINAMENTO para um passado remoto e para
culturas de outras TERRAS e SOCIEDADES.
Na presente postagem examinam-se algumas instituições nas quais existem,
no presente, maiores evidências, documentos e a continuidade de um ideal de
ESCOLAS de ARTES e OFÍCIOS.
Em cada
uma destas INSTITUIÇÕES é possível descobrir, e ler uniformes os sinais das condições e das circunstâncias
educacionais legais e sociais, de TODA uma PANORÂMICA GERAL da educação, da cultura e da legislação relativa ao conjunto
destas ESCOLAS BRASILEIRAS de ARTES e OFÍCIOS.
2 – Os movimentos das ESCOLAS de
ARTES e OFÍCIOS no PLANO MUNDIAL
A presente narrativa tenta chegar ao limite de um foco superficial
e um percurso rápido pelas instituições de ARTES e OFÍCIOS de PORTO ALEGRE.
Limite imposto devido as dimensões gigantescas deste problema. Cada uma destas instituições merece uma
pesquisa, documentação e uma tese específica nos quais ainda é possível
encontrar alguns traços fugidios deste projeto. Prossegue-se esta postagem com
uma PANORÂMICA INTELECTUAL da qual é necessário desembarcar para EXPERIMENTAR e
ESTUDAR o MUNDO EMPÍRICO
Entre os seus traços fugidios do histórico das ARTES e dos OFICIOS, não
é possível negar a existência de índices provenientes da memória das guildas
medievais. Guildas com rígida regulamentação governamental, religiosa,
contratos, suas hierarquias internas e os cargos antecipam os sindicatos da ERA
INDUSTRIAL. Muitas destas guildas perderam ou mudaram o seu objeto profissional
imediato, mas constituem os seus suportes simbólicos como as ordens religiosas e
maçonaria. O Brasil e Porto Alegre muito devem a estas instituições, mesmo no
terreno das ARTES e dos OFÍCIOS.
A ENCICLOPÉDIA FRANCESA tornou públicos muitos dos segredos dos OFICIOS
passados sigilosamente - de geração em geração - pelas guildas medievais. Esta
publicação indiscriminada - comandada pelo ILUMINISMO - permitiu, a qualquer um, seu ensino e
prática. Para tanto criaram estabelecimentos regidos pelas primeiras normas da
emergente era industrial. Mudava-se do artesanato para a linha de montagem em
série. Esta produção deu ênfase ao DESIGN de PRODUTOS a serem confeccionados em
série por meio de máquinas, motores e forças naturais e não mais humanas ou
animais.
A Inglaterra tentou treinar os operários destas fábricas. Um dos
movimentos mais conhecidos foi o “ARTS and CRAFTS”[2]
liderado por William MORRIS[3].
Na Alemanha o "WERKBUND" foi a resposta, a este movimento britânico.
O “DEUTSCHER WERKBUND”[4]
está na base da BAUHAUS. Este movimento
aconteceu antes e após a hegemonia do nazismo. O movimento pós-guerra fixou-se
a “ESCOLA de ULM” com subsídios do Plano Marshal. Esta experiência entrou em contradições e
conflitos internos e que Almir MAVIGNER resumiu na afirmação de que os
“PSICOLOGOS CHEGARAM TARDE” quando esta formação acadêmica superior ocupou os
prédios construídos para a 2ª BAUHAUS no campus de Universidade de ULM. Hoje
subsiste em BERLIM um bem montado arquivo desta ESCOLA de ARTES e OFICÍOS
ALEMÃ. Cabe ressaltar que nem a “ART and CRAFTS” e nem a “BAUHAUS” tinha
aspirações SUPERIORES ou acadêmicas ao molde do quem pretende ostentar DIPLOMAS UNIVESRSITÁROS no Brasil.
3 – Os movimentos das ESCOLAS de
ARTES e OFÍCIOS no BRASIL
Na carta de Le
BRETON ao CONDE da BARCA, destinada a Rei DOM JOÃO VI, se recomenda:
“professores de uma dupla escola das artes
do desenho bastarão para todo o ensino dessas ates, e mesmo de suas aplicações
aos ofícios. Mas é essencial que se determine bem o emprego de cada um, e não
se deixe ao patronato, desprovido de luzes, nem às pretensões pessoais dos
artistas, a possibilidade de intervir ou enfraquecer a ordem do ensino pela
invasão de qualquer Professor medíocre ou não clássico, pois a escola, desde o
início, germes de fraqueza e de torpor que não tardariam a prejudicá-la”.
Não adiantou esta
recomendação, pois triunfou - não só o bacharelismo - mas a transformação
destas instituições em refúgios e depósitos de cargos burocráticos. As ARTES e os OFICIOS da MISSÂO ARTÍSTICA FRANCESA não se sustentaram, no mundo prático, dominado por um projeto equivocado, genérico e disfuncional. Muito menos se reproduziram por tempo indeterminado.
Examinam-se, preliminarmente, TRÊS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS cujos VESTÍGIOS continuam, nos
dias atuais e cujos projetos se origem nas ARTES e OFÍCIOS.
[1] Refúgios
amigáveis de « ESTÁGIO » https://www.publico.pt/2018/02/25/economia/noticia/tarefas-em-troca-de-estadia-voluntariado-experiencia-cultural-ou-trabalho-ilegal-1803988
[2] ARTS & CRAFTS https://en.wikipedia.org/wiki/Arts_and_Crafts_movement
[3] Máquina de IWilliam MORRIS https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Morris_and_Company_Weaving_at_Merton_Abbey.jpg
[4] - DEUTESCHER WERBUND https://en.wikipedia.org/wiki/Deutscher_Werkbund
Fig. 03– Na
imagem os prédios da Sociedade Propagadora das Bellas-Artes mantenedora do Liceu de Artes e Ofícios do Rio de
Janeiro. O idealizador da mantenedora e o projeto destes prédio são de Francisco Joaquin
Betthencourt da Silva formado em arquitetura na Academia
Imperial de Belas Artes (AIBA). Este Liceu de ARTES e OFÌCIOS
INSTITUTO e sua mantenedora continuam em 2018
ESCOLA de
ARTES e OFÍCIOS do RIO de JANEIRO
A capital imperial brasileira recebeu, em 1816, um
denso contingente de artesões e artistas que integravam a Missão Artística
Frances. Joaquim LE BRETON, chefe da Missão e Secretário Perpétuo do ‘Institut
de France’ – planejava criar uma ESCOLA de ARTES e OFICIOS ao lado de uma
Escola Superior de Artes. Vingou só um raquítico e frágil CURSO SUPERIOR ACADÊMICO, logo absorvido e
loteado pela burocracia. Os altamente qualificados profissionais franceses das
Artes e Ofícios, sentiram-se sem sentido objetivo numa cultura sem indústria, proibida no
Brasil em 05 de janeiro de 1785 pelo Alvará de Dona Maria I[1]
e cujas consequências se faziam sentir entre potencias candidatos. Estes além
de analfabetos eram escravos enquanto eventuais livres sentiam-se constrangido
pelo tabu de trabalhar com as suas mãos.
O
projeto do LICEU de ARTES e OFÍCIOS ganhou corpo, só em 23 de novembro de 1856[2], pela iniciativa do arquiteto Francisco
Joaquin Betthencourt da Silva diplomado e graduado pela Academia Imperial de
Belas Artes. Esta iniciativa continua ativa ainda em 2018.
A evidente
fragilidade do PROJETO CIVILIZATÓRIO[3] compensador da violência
destas duas instituições continua TRUNCADO e sem PEDESTAL não só pela falta de
verbas. Também está TRUNCADO pela indiferença de quem deveria se beneficiar dele como
PEDESTAL de ASCENÇÃO SOCIAL, CULTURAL e ECONÔMICO. Continua TRUNCADO e sem PEDESTAL pelo
alto índice de barbárie e corrupção em todos os níveis, não só vigente no Rio de Janeiro atual, como ativo e corrosivo em toda nação brasileira do início do século XXI.
[1] Texto do Alvará de Dona Maria I http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=978&sid=107
[2] Histórico do Liceu de artes e Ofícios do Rio de
Janeiro http://www.liceudearteseoficios.com.br/pagina-exemplo/
[3] MARQUES dos
SANTOS, Afonso Carlos «A Academia Imperial de Belas Artes e o projeto Civilizatório do Império» in 180 anos de Escola de Belas Artes Anais do
Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997, pp. 127/146.
Fig. 04– A
criação do LICEU de ARTES e OFÍCIOS da capital paulista foi motivada e
sustentada pela crescente liderança industrial, econômica e urbanística de São
Paulo. Para manter autóctone a formação
de mão de obra que tinha colocação profissional imediata ao lado de levas de
profissionais vindos do mundo inteiro. Esta SOCIEDADE
CIVIL das ARTES e OFÌCIOS mantem-se
ativa também 2018
O LICEU de
ARTES e OFÍCIOS de SÃO PAULO[1] ganhou visibilidade e corpo institucional na época de Francisco Paula
RAMOS de AZEVEDO. Época da construção dos prédios icônicos de São Paulo como a
catedral gótica e da própria sede do Liceu e que abriga no presente a
Pinacoteca de São Paulo[2].
[1] LICEU de ARTES e
OFÍCIOS de S. Paulo: missão de excelência [org. Margarida Cintra Gordinho].
São Paulo: Marca D’Água. 2000, 119 p
[2] -
Relação do Liceu de Artes e Ofício com a Pinacoteca de São Paulo https://globoplay.globo.com/v/5716240/
Fig. 05 – Na
metade do século XX o Rio de Janeiro teve um projeto nos moldes da BAUHAUS
original e da sua continuidade em ULM. Sediada numa antigo construção
industrial na rua Evaristo da Veiga.. Esta instituição foi
designada de Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) Ela surgiu no apogeu
do projeto de industrialização do Brasil e da substituição dos manufaturados.
Na medida em que companhias internacionais entraram no Brasil elas preferiam
manter nas suas matrizes os seus projetos e o DESIGN de sua produção e e mão de
obra barata em países periféricos e dependentes, Hoje a ESDI é uma unidade as
Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ) e tutando com dificuldades sem
fim.
A trajetória da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI)[1] do Rio de Janeiro[2] é possível acompanhar na narrativa
de Pedro Luiz Pereira
de SOUZA[3], cuja leitura se recomenda vivamente. Recomenda-se pelo brilhante síntese que oferece da evolução do tema das ARTES OFÍCIOS no Rio de Janeiro e com reflexos em todo território brasileiro
Nestas três instituições e nas
outras, a examinar, ainda é válida a sentença de que “NÃO EXISTE
NADA na INTELIGÊNCIA que NÃO TENHA PASSADO pelos SENTIDOS HUMANOS”. Certamente o é também para as ARTES e dos OFÍCIOS. Se por acaso qualquer método “milagroso” e qualquer conteúdo conseguem driblar a
barreira desta inteligência vazia este conteúdo é imediatamente eliminado da
memória como inconsequente, autoritário ou obsoleto. Ao examinar a mecânica e a
logística destes métodos improvisados e “milagrosos” percebe-se que são meros
embustes visuais, editados subliminarmente. Embustes esquecidos tão rapidamente no meio da mesma proporção da VIOLÊNCIA dos seus MÉTODOS DEMIURGICOS ABSURDOS e pelas suas TÉCNICAS invasivas.
MÉTODOS ABSURDOS e TÉCNICAS
invasivas que escancaram as portas da ESCOLA BRASILEIRA para a mítica Pedantocracia[4] acadêmica. Esta Pedantocracia acadêmica preteriu as ARTES e OFÍCIOS para um canto obscuro da
instituição escolar se não a colocou no container do entulho posto no olho da
rua. Este desmonte é visível na falta, no currículo das atuais escolas, de
qualquer traço dos TRABALHOS MANUAIS, do
DESENHO GEOMÉTRICO, do CANTO ORFEÔNICO e do TEATRO ESCOLAR. O recado é
claro: “o BRASIL PRECISA é de DOUTORES, POLÍTICOS, RÁBULAS e HABEIS
COMERCIANTES”. Assim, a capacidade BRASILEIRA de solucionar com as próprias mãos e
mentes toda PRODUÇÃO NACIONAL, tornou-se servil e gerou trabalho dependente. Com
esta dependência passa para segundo plano o FORTALECIMENTO da CRIATIVIDADE e da
INTELIGÊNCIA BRASILEIRA. Com esta dependência a nação está apta a ser presa
fácil da SERVIDÃO abjeta e do COLONIALISMO comandado primeiro aventureiro.
Um aparente contraditório permite
a existência e a atuação de docentes desqualificados nos TRABALHOS MANUAIS, DESENHO GEOMÉTRICO, CANTO ORFEÔNICO e TEATRO ESCOLAR.
Estes paliativos e panaceias são piores do que as improvisações, a falta de
recursos e a pura imposição autoritária da LEI pela LEI. Estes paliativos e
panaceias aconteceram recentemente na FILOSOFIA posta no currículo obrigatório escolar.
O ATO FORMAL e LEGAL virou meio de
inculcação ideológica ou simples improvisação e “laissez-faire”.
Esta questão, vista de mais perto e
na intimidade do exercício do magistério, e, em especial, o dito SUPERIOR permite chegar a conclusão de que poucos
profissionais de sala de aula, realizaram efetivamente a sua formação em toda a extensão. Apresentam sintomas de natureza e as consequências de licenciaturas apressadas e cursadas para “inglês
ver”. Não é possível esperar muito destes profissionais quando se somam com seus salários aviltantes e a falta de apoio efetivo da comunidade escolar.
Somando o horror ao trabalho
com as mãos, as reais deficiências estruturais, econômicas e políticas a ESCOLA
de ARTES OFÍCIOS não passa de um fogo de palha e sem consequência pratica. A
maioria das pretendentes à mantenedor, docentes e potenciais candidatos recua do
peso dos trabalhos, investimentos e as renúncias que a sua natureza exige. A
maioria daqueles que administram, ou se submetem
esta formação, chega a conclusão que não
compensam os eventuais benefícios
técnicos, econômicos e sociais.
Falam alto e bom som as ruínas destas
tentativas em Porto Alegre e são índices do tabu de um
homem ou uma mulher trabalhar com as mãos. E outro lado
representam bolsos, interesse e gargantas que consumiram projetos, boa vontade, verbas e tempo da
comunidade e do erário do poder público.
4 – O RIO
GRANDE do SUL.
O atual
território do Rio Grande dos Sul recebeu os rudimentos de experimentos das ARTES
e OFÍCIOS entre os SETE POVOS das MISSÕES JESUÍTICAS e cujos vestígios são
muito imprecisos e em ruínas.
Na época do
regime imperial, e do governo do Duque de Caxias, houve, em Porto Alegre,
tentativas de ensino público de OFÍCIOS. A instituição ganhou forma em 1847.
Seguia o modelo da "ESCOLA dos MENINOS do TREM" implantada já em Pernambuco no ano de 1817 e vinculada ao Arsenal da Marinha da
Corte.
Após o Regime
Republicano - e em plena vigência da ERA INDUSTRIAL - surgiram tentativas esparsas
nas cidades mais populosas do Rio Grande do Sul e com alguma proximidade com o
modelo de Liceu de ARTES e OFICIOS.
[1] SOUZA,
Pedro Luiz Pereira de. ESDI:
biografia de uma ideia. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1996. 336p.
[2] ESDI posse do TERRENO depois de 50 anos http://designqualidade.blogspot.com.br/2014/04/uma-pequena-historia-de-uma-guerra-de.html
[3] Pedro Luiz Pereira de Souza – Neto do presidente Washinton LUIS Paulista de Araraquara, em
1968 optou pelo Rio de Janeiro.
Formou-se em Desenho Industrial pela ESDI, Escola Superior de Desenho Industrial
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde ensina desde 1972. Ainda
estudante trabalhou com o designer Karl Heinz Bergmiller, iniciando uma colaboração que dura até
hoje. De 1972 até 1986 integrou o IDI/MAM, Instituto de Desenho Industrial do
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 1977 passou a coordenador associado
do IDI/MAM, juntamente com Bergmiller. Nesse período participou do
desenvolvimento de pesquisas e projetos para o Ministério da Indústria e do
Comércio e para o Ministério da Educação e Cultura, entre eles o Manual para
planejamento de embalagens e Móvel escolar, Móvel pré-escolar e Móvel para
escolas da zona rural do Nordeste. Trabalhou para diversas empresas privadas em
projetos de produto, particularmente na área de mobiliário e interiores. Entre
essas empresas encontram-se a Brasilpar, Unibanco, Brazil-Warrant e Companhia
Brasileira de Metalurgia e Mineração. Em 1980 foi convidado para estruturar uma
nova escola de design, a Faculdade de Desenho Industrial Silva e Souza,
dirigindo-a de 1981 até 1986. Retornou à ESDI, sendo eleito seu diretor em
1988, por unanimidade, cargo exercido até 1992. Continua exercendo o ensino na
ESDI como professor de projeto de produto. Há 25 anos realiza trabalhos de
pesquisa e reflexão teórica sobre design, tendo publicado diversos trabalhos e
artigos. O mais recente é o livro ESDI: Biografia de uma Idéia. Ricardo Ohtake
[4] “PEDANTOCRACIA” era um termo pejorativo que os POSITVISTAS
atribuíam às tentativas de instalar a UNIVERSIDADE no BRASIL de cima para baixo
e por via legal
Fig. 06– O
indígena das Reduções Jesuíticas estavam sob a integral dependência da estética
Companhia de Jesus. Submetidos ao TREINAMENTO
FORMAL, COMPULSÒRIO e com PARADIMA ÚNICO estes indígenas se desfizeram desta
carga simbólica e laboriosa quando se perceberam na autonomia. O seu atual
artesanato perdeu toda a função prática para eles mesmos e para o se mundo
externo
5 – ARTES
e OFÍCIOS nas MISSÕES
O atual
território do Rio Grande dos Sul recebeu os rudimentos de experimentos esparsos
das ARTES e OFÍCIOS entre os SETE POVOS
das MISSÕES JESUÍTICAS[1].
Estas MISSÕES eram orientadas a partir da erudição proveniente UNIVERSIDADE de CORDOBA da Argentina criada em
1631[2].
Seguiam as linhas gerais dos EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS de seu fundador Santo Inácio. Este
insistia na necessidade de preencher o espaço dos CINCO SENTIDOS HUMANOS[3]
e para cuja necessidade contribuíam poderosamente os produtos das ARTES e dos OFÍCIOS
Formou-se uma barreira legal e prática quando
se instalou o conflito entre JESUITAS e FRANCISCANOS - que assumiram o CLAUSTRO
da UNIVERSIDADE de CÓRDOBA - somado à intervenção dos reis ibéricos e do PAPA. Assim as ARTES e OFÍCIOS - entre os
SETE POVOS das MISSÕES JESUÍTICAS - perderam qualquer potencial conteúdo e foram
imediatamente eliminados da memória como paradigma inconsequente, autoritário e
obsoleto.
Persistem
vestígios mortos, do projeto das ARTES e OFÍCIOS, praticados por INDÍGENAS do passado e que
se encontram em ruinas ou estão espalhados por diversos museus[4],
igrejas ou de posse de particulares. A pessoa do indígena - abandonado à sua própria sorte e sem o seu
suporte institucional - não teve
continuidade. Apesar de alfabetizado, nas MISSÔES, retornou à sua condição anterior. Não continuou a cultivar as ARTES e OFÍCIO e nem deixou discípulos e mestres
qualificados daquilo que aprendera nas suas Reduções.
[1] Missões e as CIENCIAS SUPERIORES http://www.portaldasmissoes.com.br/noticias/view/id/1819/manuscrito-jesuita-do-seculo-18-revela-o-conhecime.html
[2] UNIVERSIDADE de CORDOBA Argentina https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Nacional_de_Córdoba
[3] Ignácio de LOYOLA (1491-1556) EXERCÌCIOS ESPIRITUAIS[3]
( 1ª impressão em 1548) 5ª contemplação – Aforismos 121 até 125 http://pt.scribd.com/doc/17711972/Exercicios-Espirituais-de-Santo-Ignacio-de-Loyola-1491-1556
[4] SPINELLI, Teniza Esculturas missioneiras em museus
do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Evangraf, 2008 105 p.
OFICINA de JACOB ALOYS FRIDERICH in SILVA - SOGIPA 130 anos 1997[1]
Fig. 07– O tradicional
caminho par o ingresso no mundo das ARTES e OFÌCIOS era
alguém se associar como aprendiz, entre os mestres. do oficio .Eram as oficinas ao modelo dos canteiros de obras
das construções das catedrais e palácios. Estes migravam de cidade em cidade e
de país em pais. Assim Porto Alegre acolheu muitos destes mestres nas oficinas
que construíram obras representativas da capital do Rio Grande do Sul.
Alfaiates, sapateiros, marceneiros funileiros seguia este mesmo paradigma de
aprendizagem junto com algum mestre consagrado
6 –
OFICINAS e APRENDIZEM
Vários técnicos, com alta qualificação profissional, trouxeram experiências profissionais relativas
às ARTES e OFÍCIOS para Porto Alegre[2].
Entre eles é possível citar o mestre João GRÜNEWALD (1832-1910)[3]
com formação no canteiro de obras da Catedral de Colônia na Alemanha. Vários
deles formaram ajudantes ou atuaram em oficinas como aquela mantida por Jacob
Aloys FRIEDERICHS (18680-1950) estudados em minúcias por Arnoldo Walter
DOBERSTEIN[4]
O artista plástico Fernando SCHLATTER[5]
pode ser incluído entre estes técnicos tanto pelo sue alto nível profissional e
pela forma como comunicava os seus conhecimentos das ARTES e OFÍCIOS.
[1] SILVA, Hiake Roselane Kleber da. SOGIPA
: uma trajetória de 130 anos. Porto Alegre : SOGIPA, 1997, 100
[2] Ver WEIMER
Günter Arquitetos e Construtores no Rio Grande do Sul 1892-1945 Santa
Maria: Editora UFSM, 2004 207 p.
[3] Página do FACE BOOK do MESTRE JOÃO GRÜNEWALD
[4] DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Porto Alegre 1900-1920: estatuária e
ideologia.Porto Alegre : Secretaria Municipal de Cultura, 1992, 102 p. il.
____________. Porto Alegre(1898-1920): estatuária
fachadista e monumental, ideologia e
sociedade. Porto
Alegre : PUC-IFCH, 1988, Dissert 208 f..
_____________. Rio Grande do Sul (1920-1940): estatuária,
catolicismo e gauchismo. Porto Alegre : PUC-Faculdade de Filosofia e
Ciências Humanas, 1999, Tese 377 f
Fig. 08– O Liceu
Leão XIII, da cidade portuária de Rio Grande, foi criado no início do século XX
pela instituição salesiana. Na foto do
ano de 1927 são visíveis tanto a padronização taylorista do trabalho em linha
como também traços do trabalho artesanal infantil em equipamentos de marcenaria
tradicionais e com máquinas primitivas. Este Liceu fazia parte de uma
rede mundial mantida pela ordem fundada na Itália por Dom Bosco.
7 – O modelo da ESCOLA dos
MENINOS do TREM no RIO GRANDE do SUL.
Houve
tentativas de ensino público de OFÍCIOS no
governo do Duque de Caxias, em Porto Alegre. Conforme registra a pesquisadora Regia PORTELA SCHNEIDER (1993, pp.94-95)[1] tratava-se mais uma espécie de guilda de
crianças. Estas, amparadas pela caridade popular e o erário público, que, após as
práticas religiosas, se deslocavam pela capital para prestar serviços que
eventualmente incluíam ARTES e OFÍCIOS. A instituição ganhou forma em 1847.
Seguia o modelo da ESCOLA dos MENINOS do TREM implantada em Pernambuco.
Após o Regime
Republicano o ambiente marinho da cidade portuária de Rio Grande recebeu um
Liceu de ARTES e OFICIOS dirigidos por salesianos. Esta ordem teve a sua origem e lógica na
vigência da ERA INDUSTRIAL para quem pretendia preparar mão de obra qualificada. Em Porto Alegre implantou e dirigiu a CASA do PEQUENO OPERÁROP, como se verá adiante
[1] SCHNEIDER,
Regina Portela – A Instrução Pública no
Rio Grande do Sul (1770-1889) Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS/ EST
Edições 1993, 496 p
Fig. 09– O
Instituto Técnico Profissional (futuro Instituto Parobé) foi uma iniciativa da Escola de Engenharia de
Porto Alegre entre os demais 11 instituto das quais era mantenedora. Este INSTITUTO é um índice temporário
dos acertos das interações da SOCIEDADE
CIVIL no campo das ARTES e OFÌCIOS. A Escola de Engenharia de Porto Alegre
mantinha um INSTITUTO FEMININO paras as atividades apropriadas ao gênero
8 - O
INSTITUTO PAROBÉ[1]
A ESCOLA de
ENGENHARIA de PORTO ALEGRE se
inspirou, na sua origem, no paradigma das LAND SCHOOL'S[2] norte-americanas contrariando as tendências francesas dominantes, no início do século XX em Porto Alegre. Estas escolas remontam à época da Independência dos Estados
Unidos e sua origem e criação ainda estão na lógica da ERA AGRICOLA. Com a era Industrial
mantinham empresas e com a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL são acionistas de Bancos.
No Brasil estas fundações de escolas com recurso próprios foi proibido em 1560[3]. No âmbito do Regime republicano Brasileiro a ESCOLA de ENGENHARIA de PORTO ALEGRE tentou contornar este tabu. Assim criou 11 institutos recebendo terras, terrenos e ergueu prédios[4] para a sua própria sustentação econômica.
No Brasil estas fundações de escolas com recurso próprios foi proibido em 1560[3]. No âmbito do Regime republicano Brasileiro a ESCOLA de ENGENHARIA de PORTO ALEGRE tentou contornar este tabu. Assim criou 11 institutos recebendo terras, terrenos e ergueu prédios[4] para a sua própria sustentação econômica.
Entre estes 11
Institutos estava um destinado às ARTES e OFÍCIOS dos meninos[5]
inicialmente denominado de INSTITUTO TÉCNICO PROFISSIONAL da ESCOLA de
ENGENHARIA de PORTO ALEGRE, depois abreviado para INSTITUTO PAROBÉ. O outro era
destinado para as meninas que passou a denominar INSTITUTO de EDUAÇÃO DOMÉSTICA
e RURAL[6].
Os artistas
João FAHRION (1898-1970) e depois João FARIA VIANNA (1915-1975) estudaram no
Instituto Parobé sob a orientação de Giuseppe GAUDENZI (1875-1966). Este foi
contratado, na Itália, em 1909, sob a indicação de Pedro WEINGÄRTNER ( 1853-1929).
Nas oficinas
gráficas do Instituto Parobé foi composta e impressa a Revista MADRUGADA entre
outras publicações. Muitos dos seus formandos atuaram em diversas
gráficas de alta qualidade de Porto Alegre.
este conjunto de 11 institutos evoluiu
para UNIVERSIDADE TÉCNICA de PORTO ALEGRE com a adoção do Decreto nº 19.582, de 11 de abril de 1931. Nesta migração foi seguida pela
Escola de Medicina transformada em UNIVERSIDADE de MEDICINA. no entanto, ambas UNIVERSIDADES recuaram para se integrar na UNIVERSIDADE do PORTO ALEGRE (UPA)a partir de 1934.
Este recuo
significou a perda da sua autonomia administrativa e a transferência das suas
ESCOLAS TÉCNICAS e ARTES e OFÍCIOS para o âmbito do governo do Estado do Rio
Grande dos Sul no qual permanecem até os dias atuais com paradigmas bem
distantes de sua origem
Os próprios norte-americanos
evoluíram na admissão de outros métodos nas escolas que eles denominam de
COUNTRY SCHOOL'S[7]
[2] - LAND SCHOOL https://en.wikipedia.org/wiki/School_Lands
[3] SOUZA CAMPOS, Ernesto. Educação Superior no Brasil: esboço de
um quadro histórico de 1549-1939.
Rio de Janeiro: Ministério de Educação, 1940. 611p.
[4] SILVA, Pery Pinto da et SOARES, Mozart
Pereira. Memória da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (1934-1964). Porto
Alegre: UFRGS, 1992.
234p.
[5] Oficina do INSTITUTO PAROBÉ http://prati.com.br/porto-alegre/porto-alegre-oficinas-escola-parabe.html
[6] INSTITUTO de EDUCAÇÂO DOMÈSTICA e RURAL da Escola de
Engenharia
[7] COUNTRY SCHOL: http://www.lakecountryschool.org/history
Fig. 10– O Orfanato
do Pão dos Pobres originalmente foi constituído para os órfãos de pais que serviram e pereceram na Guerra do
Paraguai. O arquiteto Joseph LUTZENBERGER (1882-1951) não só projeto o prédio
principal, mas são dele os diversos prédios das oficinas que sediavam o LICEU de ARTES e
OFÌCIOS LUIZ PAMEIRO (foto). O interno optava por uma das
diversas profissões com os respectivos pavilhões equipados tanto para a
aprendizagem de ARTES e OFICIOS como para o exercício da profissão preferencial
que ele exercia após a sua aprovação
9 – O
PÃO dos POBRES.
O LICEU de
ARTES e OFÍCIOS LUIZ PALMEIRO foi criado no âmbito e nas competências da
administração do ORFANATO PÃO dos POBRES de Porto Alegre.
Oficinas voltadas para a aprendizagem da
serralheria, da marcenaria, da tipografia, encadernação e da mecânica de
veículos era efetivamente tocada por mestres contratados em todas estas áreas.
Os internos além da alimentação, hospedagem e vestuário recebiam a aprendizagem
da escola tradicional.
Nas aulas
práticas cada um deles se dirigia para a oficina na qual planejava se
profissionalizar e recebia as instruções dos mestres de cada um destes OFÍCIOS.
Estes OFÍCIOS estavam muito próximo das ARTES com serralheria, na marcenaria e
tipografia.
Muitos internos saiam
aptos para montar as suas próprias
oficinas ou serem profissionais qualificados em empresas destes ramos.
Fig. 11 – A
Escola de Artes do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul foi criada, no
ano de 1910, em Porto Alegre. O projeto original previa uma rede destas escolas
pelas cidades mais importantes do Estado. Na foto o atelier da Escola de Artes
do ano de 1915 permite a pequena capacidade da sala para abrigar no máximo uma
dúzia de estudantes. Os modelos em gesso
são provenientes d Instituto Técnico Profissional Parobé..
Esta
mesma sala era ocupada pelo CURSO NOTURNO frequentado por pessoas maiores e
interessadas em ARTES PLÀSTICA. Os estudantes -
matriculado na Escola de Artes -
frequentavam escola tradicionais nos turnos inversos ARTES e OFÌCIOS.
10 - CURSOS TÉCNICOS do INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL.
Na história do INSTITUTO de ARTES
da UFRGS ocorre a mesma surpresa e descrédito que o pesquisador CARDOSO DENIS
encontrou na Academia Imperial de Belas Artes de BELAS ARTES[1]. Surpresa e descrédito evidenciam o tabu contra ARTES junto aos OFICIOS é tão grande e absurdo como admitir que TRABALHOS
MANUAIS, DESENHO GEOMÉTRICO, CANTO ORFEÔNICO e TEATRO ESCOLAR estiveram já vez
alguma juntos na escola básica e média no currículo obrigatório.
O INSTITUTO de
BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL foi mantenedor do CONSERVATÓRIO e da ESCOLA de
ARTES. O estudante ingressava no ensino FUNDAMENTAL passava pelo MÉDIO, e se
quisesse ser professor, de MÚSICA ou de ARTES VISUAIS, ingressava no CURSO
SUPERIOR.
A ESCOLA de
ARTES abrigou cursos noturnos abertos ao público em geral e destinado
especificamente ao ensino das ARTES VISUAIS e suas técnicas. Neles lecionaram
Libindo FERRÁS (1677-1951), Augusto Luís de FREITAS (1863-1962) e Eugênio
LATOUR (1874-1942). Entre seus estudantes estavam Sotero COSME (1905-1979) e
José de FRANCESCO (1895-1967) que fizeram carreira, e se destacaram, como artistas visuais.
Assim
funcionou até o IBA-RS se candidatar como fundador da UNIVERSIDADE de PORTO ALEGRE (UPA).
O primeiro passo foi se adequar ao Decreto 19.852 de 11.04.1931 que criava a
Universidade Brasileira.
Mesmo nesta
condição de Curso Superior reconhecido no plano federal[2]
incentivou e intensificou os seus CURSOS
TÉCNICOS de ARTES PLÁSTICAS e de TÉCNICOS em ARQUITETURA[3].
Iberê CAMARGO (1914-1994) cursou e concluiu este curso técnico, enquanto a sua
esposa Maria COUSIRAT CAMARGO (1916-2014) realizou e se diplomou no Curso
Superior de Artes Plásticas.
[1] CARDOSO –DENIS Rafael «Academia Imperial de Belas Artes e o Ensino
Técnico – Escola Nacional de Belas Artes» In. 180 anos de Escola de Belas Artes. Anais do Seminário EBA 180. Rio
de Janeiro: EBA-UFRJ, 1997. Pp.181-196 .
[2] Em 20 de
agosto de 1941 o Decr.
Federal nº 7.197 “reconhece os cursos de Música e Artes Plásticas do Instituto de Belas
Artes do Rio Grande do Sul”
publicado no Diário Oficial em 07
de outubro de1941.
[3] Estes cursos
técnicos funcionavam à noite como é
possível conferir em O Livro nº II das atas do CTA. f. 42, na sessão de 30.10.1945, registra
. “4) – Cursos Técnicos Noturnos:
- para estes cursos, deverá o senhor diretor designar bancas...”
Escolinha de Artes de Novo HAMBURGO - Revista do Globo nº 861 p33
- 07-20 dez 1963 - Foto João VIEIRA
Fig. 12– O
movimento das ESCOLINHAS de ARTE surgiu durante a II GUERRA MUNDIAL quando as
crianças foram retiradas de Londres e enviadas para cidades do interior. Sob a
orientação de Herbert Read (1893-1961) praticavam artes nas condições
possíveis. No ano de 1948 a ideia vingou no Brasil garças à iniciativa de
Augusto Rodrigues[1]
Em Porto Alegre Iara RODRIGUES[2]
de MATOS que est\giou na ESCOLINHA do Rio de Janeiro criou uma associação de ex
alunos do IBA-RS com este mesmo objetivo.
A
iniciativa encontrou eco onde estivesse um EX-ALUNO do IBA-RS. Inclusive deram
origem à FEEVALE com a ação da Professora Maria Beatriz RAHDE e a origem da
UNIVESIDADE de PASSO FUNDO graças a ação da ESCOLINHA de ARTES orientada
Cecilia ZÍNGARO do AMARAL ambas graduadas e diplomadas pelo atual
Instituto de Artes da UFRGS.
A década 1960 se afastou ainda mais das ARTES e OFICIOS e mergulhou, de cabeça, numa educação livresca e bacharelesca dita "SUPERIOR". Porém é necessário perguntar:
¿ Superior a que e a quem?
Na medida em
que os SENTIDOS HUMANOS NÃO recebem atenção, cuidado e investimentos a
INTELIGÊNCIA não possui condições de se sustentar em pé, Quando muito produzirá resultados inconsequentes, obsoletos e corrompidos que a mídia não cansa de
evidenciar no cenário brasileiro e mundial.
O ser humano,
na sua infância, possui tendências lúdicas, de experimentar e de apreender com
os cinco sentidos. Impõe-se educar um corpo saudável destes cinco sentidos para
poder contar com suporte de uma mente saudável.
As fases e as
conexões entre as diversas idades não sofrem solução de continuidade numa
EDUCAÇÃO PERMANENTE. Não possui idade o trabalho com as mãos, o desenvolvimento das capacidades
motoras e o exercícios e a ampliação dos limites das acuidades sensoriais.
Constitui um atentado contra o ENTE HUMANO, no seu modo de SER, impor uma rígida hierarquia de patamares escolares incomunicáveis e excludentes
entre si. Hierarquia que adota um taylorismo de uma linha de montagem, disfarçada
num currículo escolar ao modo da fábrica.
[1] = Augusto Rodrigues http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0069_09.html
[2] ESCOLINHA de ARTES e IARA MATTOS RODRIGUES http://escolinhadeartes.blogspot.com.br
Fig. 13– O
prédio da atual Escola Técnica Senador Ernesto Dornelles recebeu este nome em
1947. Antes havia sido uma das primeiras escolas técnicas femininas do
Brasil. O seu edifício foi projetado, em 1913, pelo arquiteto
Affonso Herbert. A sua construção foi iniciado em 1914 pelo engenheiro Manuel
Itaqui e Roberto Roncolli sendo concluído em 1917. Na fachada duas colunas de 13 metros de altura e as suas salas
possuem um pé direito de 6,6 metros. No campo das ARTES e OFÌCIOS
manteve variados cursos técnicos, inclusive de formação de protéticos para a
área médica.
11 - ESCOLA ERNESTO DORNELLES[1]
e o seu
contexto
Numa época a
rígida separação da educação por gênero também se expressou no âmbito das ARTES
e dos OFÍCIOS no Rio Grande do Sul.
A mulher
açoriana do Rio Grande do Sul foi privada da educação e dos trabalhos manuais
aprendidos em conventos femininos nas Ilhas dos Açores. Ali religiosas nascidas de
nobres estirpes cultivavam o que haviam aprendido e praticado em diversas
cortes europeias. As mulheres açorianas, entregues, aos rudes afazeres de uma terra desconhecida e
selvagem, foram privadas de contar com religiosas de nobres estirpes cujos
conventos foram proibidos de migrar ao Brasil.
No lugar dos conventos surgiram no Rio Grande
do Sul - no período ILUMINISTA português - escolas para as quais eram designados
mestres. Eles apenas recebiam o cargo e o salário correspondente ao modelo
militar. A montagem e os custos da manutenção destas escolas corriam por
conta do salário do cargo
correspondente Diante disto a maioria - destes designados aos postos - preferia
permanecer em Lisboa.
Assim era
impensável qualquer atividade escolar que fosse além de uma rudimentar
alfabetização e as quatro operações matemáticas. Esta rara e rala formação
escolar era associada ao preconceito de que “GAÚCHO NÃO TRABALHA com as MÃOS”,
pois era “CAVALEIRO” e distinto do “PEÃO” que em Portugal não tinha acesso à
montaria a não ser cuidar da alimentação, dos arreios e encilhamento do cavalo
para o uso exclusivo do “CAVALEIRO”.
Fig. 14 – Com
as construções da vilas operárias no Quarto Distrito surgiu a ideia da “CASA do
PEQUENO OPERÁRIO” destinada aos filhos
das famílias residentes nas imediações. Seguia o caminho do Liceu Leão XIII da
cidade portuária de Rio Grande mantido pelos SALESIANOS de DOM BOSCO. Com a superação e obsolescência
da ERA INDUSTRIAL o seu objetivo volta-se cada vez mais para a exigência da
ÉPOCA-POS-INDUSTRIAL com as suas condicionantes numéricas digitais. Assim
mantém um CURSO SUPERIOR dedicado à INFORMÀTICA. Sob a designação DOM BOSCO .
12 – PEQUENO
OPERÁRIO e
ESCOLA
TÉCNICA SANTO INÁCIO -
O antigo
QUARTO DISTRITO foi o ponto geográfico de Porto Alegre com maior concentração
industrial[1].
Anexo a este ponto geográfico Estado
Novo planejou e fez construir num bairro residencial do Instituto de
Aposentadorias e Pensões dos Industriários a VILA do IAPI[2].
Anexo a este projeto residencial a Ordem Salesiana planejou a CASA DO PEQUENO
OPERÁRIO. Estava na linha institucional do Liceu Leão XIII da cidade de Rio
Grande. Com o final da ERA INDUSTRIAL o Quarto Distrito perdeu a sua densidade
de fábricas e a Vila do IAPI passou a ser mais um bairro da classe média. A
CASA do PEQUENO OPERÀRIO não levou adiante o seu projeto industrial passando a
abrigar a educação escolar convencional. No século XXI conservou uma Tipografia
e abriu uma FACULDADE de Ensino Superior na qual mantem um Curso de
Informática.
Ainda num
bairro do Quarto Distrito foi instalada
a ESCOLA TÉCNICA SANTO INÁCIO[3].
Decorrente das atividades dos CIRCULOS OPERÁRIOS ganhou forma institucional no
ano de 1972. Nasceu direcionada para a formação de mão de obra e conhecimentos
especializados para o mundo da Eletrônica[4].
Neste mundo continua a preparar Técnicos para atuar e suprir as necessidades da
Época Pós-Industrial. Nasceu sob o alto patrocínio da mesma mantenedora da
Universidade UNISINOS. Com o progressivo aperfeiçoamento do mundo da eletrônica
e com as comunicações em rede deixou o espaço físico do QUARTO DISTRITO para se
localizar, em grande área geográfica na zona urbana Sul de Porto Alegre.
[2] - VILA do IAPI orientações de conservação/ Organizador Luiz Antônio BOLCATO
CUSTÓDIO [et al.] Porto Alegre: Letras & Vida Secretaria de Cultura de
Porto Alegre: Coordenação de Memória Cultural 2014 106 p il - ISBN 97-85-8448-000-5
[4] Curso de
Eletrônica d a ESCOLA TÉCNICA SANTO
INÁCIO
Fig. 15– Os
cursos do SENAI continua, a ter uma das suas sedes, oficinas e aulas técnicas
profissionais localizadas no coração do Quarto Distrito de Porto Alegre. A tradicional prática do
ensino das ARTES e dos OFÌCIOS continua a ser exercida ali. A ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL possui no seu DNA entender, absorver e melhorar o desempenho das
máquinas e da linha de montagem da ERA INDUSTRIAL. Para realizar esta passagem
necessita também técnicos competentes e atualizados em ambas as dimensões
tecnológicas. .
13 – SENAI e
SENAC.
Os empresários
da ERA INDUSTRIAL sempre sentiram o despreparo dos candidatos quando pretendiam
contratar mão de obra qualificada parar agir tanto na INDÚSTRIA, na AGRICULTURA
como no COMÉRCIO. Sujeitavam-se a longos e caros processos de treinamento de
mão de obra. Os SERVIÇOS NACIONAIS da INDÚSTRIA e COMÉRCIO são mantenedores de
INSTITUIÇÕES de ENSINO e de APRENDIZAGEM regulamentadas. No âmbito do SENAI e
SENAC os mestres de ARTES e OFICIOS são tratados com o título de “instrutores”.
A INDÚSTRIA
SIMBÓLICA do TURISMO percebe cada vez mais a NECESSIDADE de CONHECIMENTOS
CULTURAIS e DE ARTE nas áreas dos SEVIÇOS. Em 2018 está na moda “o
empreendedorismo em indústria criativa de internacionalização das Artes”[1]
que é pressentida, que, no entanto, poucos dominam os mecanismo e muito menos os
conceitos adequados.
Repete-se a
mesma sina de Joaquin LEBRETON. Convidam-se pensadores estrangeiros para expor
o que eles dizem dominar para uma plateia deslumbrada com a novidade, com a
língua e com retórica alheia. Na prática todo este pensamento é engavetado a
“ESPERA de MELHORES DIAS”. Segue a sina do pensamento diretriz da Missão
Artística francesa formulada e escrita no ano de 1816 teve de esperar alguém
nascido e educado na Europa para redescobrir, traduzir e publicar o documento
no ano de 1959[2].
Do âmago desta questão brotam mentalidades mal
contidas e dissimuladas que odeiam trabalhar com as suas próprias mãos.
Aproveitam o ensejo da boa vontade de artistas e de artesãos para alugar ou
explorar a mão alheia, apropriando-se de eventuais dividendos desta nova indústria
criativa das Artes.
Fig. 16– A
ESCOLA TECNICA e MEIO AMBIENTE de ESTÂNCIA VELHA-RS do SENAI e SISTEMA FIIERGS é uma das sedes, oficinas e aulas técnicas
profissionais localizadas no coração do RIO GRANDE do SUL. A ESCOLA do ensino das ARTES e dos OFÌCIOS caminha para a . ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL na qual o MEIO
AMBIENTE é uma das prioridades [para ler clique sobre a imagem]
14 – FALTA EMPREGO, mas NÃO FALTA TRABALHO.
A inteligência humana possui competências para elaborar qualquer
conteúdo e colocar a salvo os seus produtos e acima de todos estes desvios de
conduta, apropriações indevidas e fraquezas morais. Na medida em que a
inteligência conta com o auxílio de uma memória consequente, flexível e
constantemente renovada, ela é competente para
rupturas epistêmicas, estéticas e de velhos hábitos. Neste caso ganha
sentido a sentença de que “NÃO EXISTE NADA na INTELIGÊNCIA que NÃO TENHA
PASSADO pelos SENTIDOS HUMANOS”. As ARTES e os OFICIOS valem-se dos SENTIDOS HUMANOS
para filtrar, elaborar e adequar o MUNDO EMPÌRICO ao mundo IMATERIAL da
INTELIGÊNCIA. Ao mesmo tempo em que as ARTES e os OFICIOS adequam, elaboram e filtram os SENTIDOS HUMANOS os desempenhos,
destes mesmos sentidos, são cultivados para identificar, economizar e maximizar
esforços e competências.
Na conclusão é necessário reconhecer que a criação, o design e a sua
difusão da presente postagem dependem dos meios numéricos digitais. Diante
desta constatação prática pode-se argumentar que as ARTES e os OFICIOS estão
intimamente associados à gradativa obsolescências do ARTESANATO e da própria ERA INDUSTRIAL. Porém são necessárias cautela e prudência neste contraditório - fornecido pelos meios numéricos e digitais - quando se
examina as condições que os Técnicos em Informática (TI) vivem em Porto Alegre. Mesmo na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL esta profissão de Técnico em Informática é praticada com salários nada atrativos e comparáveis com os
titulados “DOUTORES” do “ENSINO SUPERIOR”. Certamente os fantasmas da
ESCRAVIDÂO, do COLONIALISMO ainda são armas subtilmente usadas pelas mentes
tanto dos DONOS do PODER como por aqueles que se sentem compelidos a se
submeter, sem exame, a estas condições e como refúgios “AMIGÁVEIS”.
A confusão entre PROFISSIONALIZAÇÃO, TREINAMENTO e FORMAÇÂO não deixa perceber, ressaltar e cultivar as distinções e, muito menos - formular um PROJETO e um CONTRATO entre a INSTITUIÇÂO ESCOLAR, DOCENTES e DISCENTES. De outro lado o MUNDO do TRABALHO REAL está pouco afeito às discussões acadêmicas entre PROFISSIONALIZAÇÃO, TREINAMENTO e FORMAÇÃO.
A confusão entre PROFISSIONALIZAÇÃO, TREINAMENTO e FORMAÇÂO não deixa perceber, ressaltar e cultivar as distinções e, muito menos - formular um PROJETO e um CONTRATO entre a INSTITUIÇÂO ESCOLAR, DOCENTES e DISCENTES. De outro lado o MUNDO do TRABALHO REAL está pouco afeito às discussões acadêmicas entre PROFISSIONALIZAÇÃO, TREINAMENTO e FORMAÇÃO.
Em se tratando em associar ARTES
e OFICIOS com a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL existe vantagens e ganhos, mas também
perdas e desvantagens. Nas vantagens a rotina, a gigantesca memória (nuvens)
permitem criar peças únicas apesar do número altíssimo de cópias. Ao contempla
a modo de trajar da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL é dificílimo encontrar duas pessoas
portando o mesmo padrão e design nas suas
vestimentas. Entre as desvantagens é notório de que o TRABALHO é muito exigente
no preparo, produção e distribuição dos produtos dos computadores e robôs. De
outro lado na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL as perdas de EMPREGOS FIXOS cresceram
assustadoramente.
Teoricamente se este IMENSO
TRABALHO do preparo, da produção e da distribuição dos produtos dos robôs e dos
computadores, do outro, LIBERA do uso do relógio da ERA INDUSTRIAL, FLEXIBILIA o LUGAR ÚNICO e FIXO opera “just-of-time” sem estoques inúteis, descartes
e perdas. A obsolescência programada é suprida pela reciclagem numa circulação
onde NÃO FALTA TRABALHO.
Na presente postagem foi possível apontar alguns traços fugidios no
histórico de ARTES e OFICIOS no mundo, no BRASIL e um rápido percurso pelas instituições
de PORTO ALEGRE. Suspeita-se, no entanto, a existência de muitos outros objetos
de estudo deste tema. Porém, eles encontram-se na sombra para uma narrativa,
devido à falta de documentação, inexistência de limites legíveis, pelo tabu do
trabalho com as mãos e com o descuido a documentação.
No contraditório não é possível deixar de apontar para os abismos do
atraso na INFORMÁTICA da qual o BRASIL é mero usuário. O domínio pleno da
ciência e técnica da ELETRÔNICA, do CÓDIGO GENÉTICO e da dependência de
SATÉLITES de outras nações se reflete avassaladoramente nas ARTES e OFÍCIOS.
Constitui apenas um dos traços do NEO-COLONIALISMO e
da SERVIDÃO VOLUNTÁRIA de NAÇÕES que merecem a liderança na medida da liderança em
SATÉLITES próprios, na ELETRÔNICA e no CÓDIGO GENÉTICO. Ao demais cabe a dependência técnica e cientifica.
No desespero destas constatações é de se temer que o BRASIL
produza mais literatura “sobre” ARTES e OFÍCIOS do que iniciativas práticas. Isto
é particularmente verdadeiro quando o tema é visto e analisado, a partir da
cultura, da economia e da politica de Porto Alegre.
Certamente, em 2018 o tema das ARTES e dos OFICIOS está mais deslocado e fora de moda do que nunca. Neste sentido a presente postagem merece veemente condenação pelo seu incorrigível bacharelismo e o seu otimismo incorrigível. Otimismo em buscar e traduzir em palavras do bacharelismo o pensamento emanado das práticas com as mãos das ARTES e dos OFÍCIOS. Otimismo em colocar este pensamento acima de todos os desvios de conduta, de apropriações indevidas e de fraquezas morais e físicas da criatura humana concreta e datada.
Certamente, em 2018 o tema das ARTES e dos OFICIOS está mais deslocado e fora de moda do que nunca. Neste sentido a presente postagem merece veemente condenação pelo seu incorrigível bacharelismo e o seu otimismo incorrigível. Otimismo em buscar e traduzir em palavras do bacharelismo o pensamento emanado das práticas com as mãos das ARTES e dos OFÍCIOS. Otimismo em colocar este pensamento acima de todos os desvios de conduta, de apropriações indevidas e de fraquezas morais e físicas da criatura humana concreta e datada.
Diante do exposto parece verdadeira a hipótese de que o Brasil não
possuir técnicos em número suficiente e artífices qualificados. Este fato impede a nação
brasileira de acompanhar as exigências da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Enquanto isto ela se torna mero usuária servil dos produtos colonizadores da mentes, da vontade e dos sentimentos.
Convida-se a qualquer um provar a TESE de que - apesar deste senso comum - esta hipótese é falsa. Com esta prova, testada e objetivada, seria possível partir para a ANTÍTESE e, desta, para a SÍNTESE de algo que interessa, e afeta, a toda NAÇÃO BRASILEIRA.
Convida-se a qualquer um provar a TESE de que - apesar deste senso comum - esta hipótese é falsa. Com esta prova, testada e objetivada, seria possível partir para a ANTÍTESE e, desta, para a SÍNTESE de algo que interessa, e afeta, a toda NAÇÃO BRASILEIRA.
FONTES
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.......FONTES
NUMÉRICAS DIGITAIS......
ARTS & CRAFTS
CARTA de LE BRETON ao
CONDE da BARCA
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/02/151-logistica-em-estudos-de-arte.html
Caminho do
ARTESÃO para ARTISTA
CASA do PEQUENO OPERÀRIO
DEUTESCHER
WERBUND
EMPREENDETORISMO CULTURL
ESCOLA TÉCNICA ERNESTO DORNELES
ESCOLA TÉCNICA SANTO INÁCIO -
http://www.stoinacio.com.br/a-escola/
Escola SENAI Campo Bom -RS
http://escolasantosdumontrs.blogspot.com.br/2017/09/visita-ao-senai.html
ESCOLA TÈCNICA e MEIO AMBIENTE de ESTÂNCIA VELHA –RS
http://www.senairs.org.br/pt-br/noticia/escola-de-curtimento-senai-comemora-50-anos
ESCOLINHA de ARTES do IA- UFRGS
ESCOLINHA de ARTES de NOVO HAMGURGO-RS ORIGEM da FEEVALE
ESDI Rio de Janeiro
ESTÉTICA do QUARTO DISTRITO de PORTO ALEGRE
INICIATIVAS CIDADÂS e ARTES e OFÍCIOS
Ignácio
de LOYOLA (1491-1556) EXERCÌCIOS
ESPIRITUAIS[1]
(1ª impressão em 1548) 5ª contemplação – Aforismos nºs 121 até 125
INSTITUTO de EDUCAÇÂO DOMÈSTICA
e RURAL da Escola de Engenharia
INSTITUTO PAROBÈ da Escola de Engenharia
MISSÔES JESUÍTICAS e
as CIENCIAS SUPERIORES http://www.portaldasmissoes.com.br/noticias/view/id/1819/manuscrito-jesuita-do-seculo-18-revela-o-conhecime.html
LICEU de ARTES e
OFICIOS e SOCIEDADE PROPAGADORA das BELAS ARTES
LICEU LEÂO XIII em RIO GRANDE – RS
KARL
FERDINAND SCHLATTER
Máquina de William MORRIS https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Morris_and_Company_Weaving_at_Merton_Abbey.jpg
Oficina do INSTITUTO PAROBÉ Porto Alegre
ORIGENS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS
Refúgios amigáveis de
« ESTÀGIO » https://www.publico.pt/2018/02/25/economia/noticia/tarefas-em-troca-de-estadia-voluntariado-experiencia-cultural-ou-trabalho-ilegal-1803988
Relação do Liceu de Artes e
Ofício com a Pinacoteca de São Paulo https://globoplay.globo.com/v/5716240/
Texto do Alvará de Dona Maria I
de 05. Janeiro de 1785
http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=978&sid=107
Uma
UNIVERSIDADE
e sua BASE
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204804523830359&set=a.3584675712991.1073741826.1756223351&type=3&theater
UNIVERSIDADE de CORDOBA Argentina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Nacional_de_Córdoba
.
[1] EMPREENDETORISMO CULTURL
[2] CARTA do ano de 1816 de LE BRETON ao CONDE da BARCA
traduzida e publicada em 1959 por Mário
Barata
Este
material possui uso restrito ao apoio do processo continuado de
ensino-aprendizagem
Não há pretensão de lucro ou de apoio
financeiro nem ao autor e nem aos seus eventuais usuários
Este material é
editado e divulgado em língua nacional brasileira e respeita a formação
histórica deste idioma.
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TESE: Origens do Instituto de Artes da
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