PENSANDO as
ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL SINCRONIZADO com ÂNGELO GUIDO.
Fig. 01 – Ângelo GUIDO sob o lápis do se colega
João FAHRION que o retratou no grupo dos mestres contratados por Tasso Correa
quando este assumiu o direção do IBA-RS- Este
transformou a antiga ESCOLA de ARTES no CURSO SUPERIOR de ARTES PLÀSTICAS no
paradigma do Decreto nº 19,851, de 11 de abril de 1931[1] -que criou a Universidade Brasileira
Narra-se, aqui, alguns tópicos trados numa reunião
do GRUPO de PESQUISA da ASSOCIAÇÃO dos AMIGOS
do MUSEU da ARTE do RIO GRANDE do SUL (AAMARGS) O tema em pauta, nesta reunião,
foi Ângelo GUIDO GNOCCHI (1893-1969) como pensador das Artes Visuais do Rio
Grande do Sul. O GRUPO buscava índices deste pensador, cronista, crítico de
arte, historiado de arte e professor catedrático do Instituto de Belas Artes do
Rio Grande do Sul e da primeira Universidade deste Estado
Estavam
presente Arnoldo Walter DOBERSTEIN, Círio SIMON, Dione MARQUES, Dirce
ZALEWSKY, Ilda
ANDERS APEL, Ilita PATRÍCIO, Iná
Ilse de LARA, Joselma
SERPA da SILVEIRA,, Maria
Regina de SOUZA LISBOA, Neusa R. CAVEDON, Rosemari SARMENTO e Yara
NUNNEMNKAMPS. Estava em pauta o papel social e atual dos PENSADORES das ARTES VISUAIS
no RIO GRANDE do SUL. O destaque e
ilustração das competências e dos limites dos PENSADORES das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL desta sessão estava
voltado para as obras, a pessoa e o PENSAMENTO de Ângelo GUIDO GNOCCHI (1893-1969). Havia sido
encaminhada ao grupo a fonte numérica digital
No papel
social e atual dos PENSADORES das ARTES VISUAIS Círio Simon destacou o
pensamento de Marcel DUCHAM que incentivou o artista ir para a universidade. O
argumento de DUCHAMP é de que o artista encontra n universidade os demais
saberes humanos, podendo interagir com eles. Assim artista não vai para a
universidade não só para aprender arte, mas para ampliar o seu repertório
cultural ao mesmo tempo em que sustenta o seu próprio saber com os argumentos
que estes outros saberes conhecem e aceitam. Comentou que pior do que a morte é
o esquecimento e que facilmente sobrevém quando o artista e sua obra estão
isolados e sem conhecimento e interação com os demais saberes e campo de
competências humanas. Arnoldo Doberstein comentou que nas suas aulas reforça a
ideia de que na universidade os estudantes de artes encontram pessoas e mentes
com preocupações e interesses semelhantes e que se somam através do
conhecimento da gênese comum deste campo de saber e práticas humanas.
[1] Decreto nº 19.851 de
11.04.1931 http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19851-11-abril-1931-505837-publicacaooriginal-1-pe.html
Fig. 02 – O público de Ângelo GUIDO numa das suas palestra no Museu de Arte do Rio
Grande do Sul sob o olhar de Tasso Correa que era conselheiro da Secretaria de
Educação e Cultura na época da criação do MARGS- Este público de Ângelo Guido vinha das suas aulas do CURSO SUPERIOR de ARTES PLÀSTICAS onde ele foi o primeiro catedrático da
disciplina de HISTÒRIA da ARTE.
Círio
Simon reforçou a ideia de que pensamento não ocupa espaço e não paga imposto.
Arnoldo Doberstein apontou o equívoco dos atuais sofistas que vendem saberes
primários, revestidos de grande aparatos de marketing e propaganda e que
frequentemente usam a arte invadindo e devastando este campo de saber. Campo de
saberes que encontram na universidade um crivo e filtro por meio do hábito de
integridade intelectual, moral e estético estabelecendo fronteiras as
respectivas competências. Arnoldo Doberstein questionou as aulas de Ângelo
Guido em relação ao aparato audiovisual, Yara NUNNEMNKAMPS respondeu que assistiu durante
dois anos as aulas de Ângelo Guido, e que nunca viu o professor usar projeções.
Emendou que esta técnica e hábito foram consagrados e usados largamente o seu
assistente e substituto Carlos MANCUSO enquanto o seu mestre manteve a História
da Arte no plano do PENSAMENTO. Cirio Simon, se referindo aos últimos
acontecimentos das artes visuais de
Porto Alegre - onde uma exposição foi cancelada com grande repercussão na mídia
– citando o ditado popular de que “quando
a cabeça não ajuda, o corpo padece”. Caso este evento fosse pensado e
analisado sob todos os seus aspectos determinantes, certamente os seus
componentes econômicos, marketing e propaganda foram subtraídos da exposição na
mídia, mas que foram determinantes da natureza destas repercussões desviadas da
natureza intrínseca por um puro cancelamento, elementar e arbitrário. Com o
objetivo de permitir o pensamento , analise e prática estética no Rio Grande do
Sul Círio SIMON defendeu a ideia de uma “Universidade das Artes” Ele afirmou
que percebe no GRUPO de PESQUISA da AAMARGS a presença e a
soma de diversos saberes superiores e sem a carga pesada de uma repartição
burocrática na qual a luta é pela posse de cargos reduz, dissolve e aniquila as
competências da arte. Rosemari SARMENTO
comentou que mesmo que esta luta não se reduza ao salário não deixa de haver um guerra pela
conquista de créditos acadêmicos sob o controle de instâncias que colocam a
arte na heteronomia. Como ilustração dos PENSADORES
ARTES VISUAIS do RS e os Ângelo GUIDO
GNOCCHI como pensador das Artes Visuais do Rio Grande do Sul e central da sexta sessão,
Ciro Simon trouxe ao grupo o destaque que Celso LOUREIRO CHAVES faz aos
desafios que o pensamento de Ângelo GUIDO gostava se referir quando o objeto
era o exame das competências de um candidato para ocupar um determinado cargo
na universidade. Dizia o mestre que “se
supõe que o candidato saiba NADAR, mas precisamos saber se este candidato
também sabe MERGULHAR”. Círio Simon
destacou alguns dados biográficos de Ângelo Guido. Nascido na Itália, mas foi
trazido pelos seus pais para Santos onde passou a sua infância e fez os seus
primeiros ensaios na imprensa local.
Instituto
Escolástica ROSA http://www.etecescolasticarosa.com.br/historia
Fig. 03 – A obra “Ilusão:
ensaio sobre ‘a estética da vida’ de Graça Aranha”. de Ângelo GUIDO foi impressa no
Instituto ESCOLÀSTICA ROSA na cidade de Santos. – A foto de 1908 mostra a banda deste INSTITUTO fundado por um filho da
ex-escrava ESCOLÀSTICA ROSA que criou a
instituição para honrar e perpetuar o nome de sua mãe. Esta benemérita
instituição pertence hoje ao governo de Estado de São Paulo e continua em plena
atividade. O seu prédio foi projetado pela firma de Francisco Paula RAMOS de
AZEVEDO. Não se conhece ainda outros vínculos de Ângelo Guido com o Instituto ESCOLÀSTICA ROSA
Frequentou
depois a “Liceu de Artes e Ofícios” da capital paulista na época de Francisco Paula RAMOS de AZEVEDO e
da construção dos prédios icônicos de São Paulo como a catedral gótica e da
própria sede do Liceu e que abriga no presente a Pinacoteca de São Paulo.
Fig. 04 – Ângelo GUIDO frequentou o Liceu de
Artes e Ofícios da capital paulista criado por de Francisco Paula RAMOS de
AZEVEDO Esta mesma instituição também foi
frequentado por Ado Malagoli outro docente do CURSO SUPERIOR de ARTES PLÀSTICAS do IBA-RS
Entrou em
contato com os integrantes da Semana d Arte Moderna de São Paulo. Estes
publicam uma resenha bibliográfica de um livro de Ângelo Guido na Revista
KLAXON.
- KLAXON Mensário de Arte Moderna- São Paulo nº s 08- 09 Dez. 1922- jan.1923 p. 26 .
Coleção
José MINDLIN BRASILIANA USP https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/6185
Fig. 05– No final do ano da SEMANA de ARTE
MODERNA de SÂO PAULO de 1922 os seus mentores publicaram um número duplo da REVISTA KLAXON. Na página 26 deste número consta uma resenha do livro de Ângelo GUIDO publicado
em Santos.
[Clique sobre o texto para poder ler]
Após isto
Ângelo Guido se dirigiu para a Amazônia onde colheu dados para uma obra
intitulada “O REINO das MULHERES sem
LEI: ensaios de mitologia amazônica. (Porto Alegre: Livraria
do Globo, 1937, 172 p)” que trata do mito das Amazonas em todos os tempos e
lugares que ele irá publicar em Porto Alegre.
GUIDO Ângelo (GNOCCHI) (1893-1969). O
reino das mulheres sem lei: ensaios da mitologia amazônica –
capa de João FAHRION Porto Alegre: Livraria da
GLOBO – 1937 172p.
Fig. 06 – Na sua viagem para a Amazônia Ângelo GUIDO deixou se encantar com as
as amazonas guerreiras.- Numa pesquisa na bibliografia
mundial estudou, sistematizou e registrou estas consultas ao saber mundial e
que por objeto estas mulheres guerreiras e as formas de sua socialização em
estruturas antropológicas pouco convencionais. O que é de ressaltar é perfeita reversibilidade para as fontes
citadas, no texto, por Ângelo Guido
Ângelo Guido estava em Porto Alegre, em 1925. Ali ele entrou em contato
com o grupo que organizou o Salão de
Outono de Poro Alegre, Com a ajuda de Leonardo Truda ele se entrosou com a
cultura local. Em 1929 escreve e publica no número 38 da Revista do Globo uma crônica e uma critica do SALÃO da ESCOLA
de ARTES do INSTITUTO de BELAS ARTES do Rio Grande do Sul. Como ele também esta
expondo o cronista e crítico da arte Fabio de Barros faz a apreciação da sua
obra e que conclui o artigo da Revista do Globo. Com a REVOLUÇÂO de 1930 a sua
colaboração com Assis CHATEAUBRIAND torna-se mais intensa especialmente no DIÁRIO de NOTÍCIAS de Porto
Alegre. Ângelo Guido, como pessoa ligada
à estética, também foi encarregado de
coordenar a votação popular no concurso de Miss Rio Grande do Sul. Nesta
condição Ângelo Guido é um dos responsáveis regionais pelo titulo mundial
concedido, em 1930, a Yolanda Pereira (1910-2001). Apesar do grande êxodo de
intelectuais, políticos e economistas que se deslocaram para a capital federal
por efeito da Revolução de Trinta.
Ângelo Guido permaneceu em Porto Alegre. Assim ele foi convidado por Tasso
Corrêa para integrar o quadro dos docentes do CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS
da UNIVERSIDADE de PORTO ALEGRE na qualidade de Professor de História da Arte.
Em mil novecentos e trinta e oito (1938) ele conquistou a cátedra e titulo de
doutor com a tese “FORMA e EXPRESSÂO na
HISTÓRIA DA ARTE” (Porto Alegre: Imprensa Oficial 1938).
ÂNGELO GUIDO- Forma e Expressão na História da Arte. Porto Alegre: Estado do Rio Grande do
Sul,
Imprensa Oficial, 1938, 59 p.
Fig. 07 – A tese de cátedra que Ângelo GUIDO apresentou e defendeu no
breve período (1934-1939) em que o
Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul esteve integrada na Universidade
de Porto Alegre. Ângelo Guido trabalhou para a reintegração
do IBA-RS à URGS o que aconteceu no final dos do seu mandato (1959-1962) como
diretor do Instituto de Belas Artes, após o longo período (1936-1958) de
administração de Tasso Corrêa [1] e com intensa ação
política de Fernando Corona em Brasília.
Com esta tese específica tornou-se o primeiro docente a exercer a
disciplina da História da Arte no Rio Grande do Sul ao nível superior. Lecionou
esta disciplina também no Curso Técnico de Arquitetura no qual Iberê Camargo
foi um dos seus alunos. A partir da instalação do Curso Superior de Arquitetura
do Instituto de Belas Artes e depois na Faculdade de Arquitetura da UFRGS.
Colaborou com esta disciplina na PUC-RS e na sua compulsória em mil novecentos
e sessenta e três (1963) colaborou com a UNISSINOS de São Leopoldo-RS onde
publicou “Os grandes ciclos da Arte Ocidental. ( São Leopoldo: Unisinos,
1968, 229 p.) que resenha as suas aulas e que eram assistidas por um grande
contingente de pessoas externas ao Instituto é á Universidade.
GUIDO Ângelo
(GNOCCHI) (1893-1969). Os grandes ciclos da arte ocidental São
Leopoldo: UNISINOS Universidade do Vale dos Rio dos Sinos. Set.1968, 226p
Fig. 08 – Ângelo GUIDO organizou uma resenha
das suas aulas que ele ministrou entre
1938 até 1968 numa obra publicada pela recém fundada Universidade de
São Leopoldo. Esta publicação ocorreu um ano antes
de seu desaparecimento.
No final de sua vida Ângelo Guido mudou-se para a cidade de Pelotas onde
colaborou para sistematizar este disciplina. Paralelamente Ângelo Guido continuava a pintar. Yara
NUNNEMNKAMPS narrou o prestígio e os preços que seus quadros atingiam e que
estavam ao alcance de poucas pessoas. Yara também narrou a sua experiência com
aluna da disciplina de História da Arte ministrada opor Ângelo Guido. Falou da
seriedade com que tratava as sua aulas, da severidade das correções e da
impessoalidade e discrição destes docente fora da sala de aula onde
dificilmente concedia qualquer atenção pessoal a temas fora da sala de aula.
Yara comentou as anotações pessoas que tinha de tomar ao longo das aulas devido
aos poucos livros em português disponíveis de História da Arte. Narrou que
conserva até o presente estas anotações manuscritas e sendo obrigada a adquirir
a obra em espanhol de José PIJOAN (1881-1963)[1].
Comentou ao não uso de imagens por Ângelo Guido e a necessidade de se seguir o
pensamento apenas expresso verbalmente pelo docente.
CORRÊA
REIF, Margarida . «Apontamentos manuscritos dos conteúdos das aulas de História da
Arte dada por Ângelo Guido entre 09/ 03/1947
- 26/ 10/ 1954» . Quatro
cadernos . 200 folhas
Fig. 09 – Uma das capas dos quatro cadernos anotações no total de 200 folhas manuscritas
das sucessivas aulas de História da Arte anotadas por Margarida CORRÊA REIF, filha de
Romano REIF[1]
e estudante de História da Arte de Ângelo
GUIDO.
Arnoldo Walter DOBERSTEIN questionou sobre o uso de fichas ou
apontamentos que o professor trazia pare a
sala de aula. Yara foi enfática de que nunca viu ficha ou apontamentos
na mão do mestre ao longo das suas exposições verbais. Descreveu as provas
mensais e os pontos sorteados e as leituras atentas das provas e os
apontamentos em lápis vermelho que o professor realizava. Círio Simon ressaltou
o pensamento de que percebe na obra, na pessoa e nas projeções posteriores de
Ângelo Guido uma pessoa com um projeto. Projeto que - na concepção de Carlo
Argan - “torna histórica o seu portador”.
As aulas de Ângelo Guido merecem uma comparação com a obra de Comenius[2]
devido à amplidão do pensamento pedagógico de ambos os mestres.
Quanto ao evento da EXPOSIÇÃO do CENTENÁRIO FARROUPILHA, Yara
NUNNEMNKAMPS destacou o papel de Ângelo
Guido como curador da exposição dos artistas sul-rio-grandenses no ambiente da
EXPOSIÇÃO CULTURAL do Rio Grande do Sul e realizado no recém inaugurado prédio
do atual Instituto de Educação Flores da Cunha e obra do arquiteto Fernando
Corona[3].
Fig. 10 – Ângelo GUIDO foi designado para curador
da representação das artes plásticas do Rio Grande do Sul na EXPOSIÇÂO do
CENTENARIO FARROUPILHA de 1935[1]
O prédio que abrigou esta exposição é o atual Instituto de
Educação Flores da Cunha e que aparece no ângulo esquerdo inferior de que ilha
a imagem acima.
Círio Simon reforçou a importância da EXPOSIÇÃO do CENTENÁRIO
FARROUPILHA em cuja ambiente o prefeito
Alberto Bins introduziu, entre outras novidades, o churrasco sul-rio-grandense, preparado e
servido nos moldes industriais, cuja marca e franquia se espalhou mundo afora e que até o presente
a contribuição sul-rio-grandense no plano mundial.
Como jornalista Ângelo Guido integrou os quadros do Departamento
Estadual de Imprensa e Propaganda (DEIP) sob o comando de Manoelito de
Ornellas. Um ato de Ângelo Guido - que teve repercussões na imprensa - foi a
censura e a ordem de apreensão da obra
literária “Fronteira Agreste” de Ivan
Pedro de Martins. Este ato foi imediatamente registrado no Correio do Povo.
Arnoldo Walter DOBERSTEIN sustentou durante sexta sessão dos pesquisadores da
AAMARGS que caberia uma pesquisa e uma comparação entre aquilo que o DIÀRIO de
NOTICIAS de PORTO ALEGRE e o CORREIO do POVO publicavam ou omitiam em relação à
cultura e a arte ao longo da presença e atuação de Ângelo Guido nos Diários
Associados. Círio Simon destacou o papel de Ângelo Guido na formação e doação
da Pinacoteca Ruben Berta pelo proprietário dos Diários Associados.
Charge ao Salão
Revista da Globo Ano VII n. 170 dia 23.10.1935 p. 22
Fig. 11 – O prédio restaurado na Av. Duque de
Caxias de Porto Alegre abriga a galeria, administração e sala de eventos da
PINACOTECA RUBEN BERTA. O acervo de obras da coleção doada
por Assis Chateaubriand, recebido pelo empresário Ruben Berta e sob a primeira
curadoria de Ângelo GUIDO é uma coleção
fechada com o objetivo de preservar o pensamento de época
Assis
CHATEAUBRIAND não só constituiu a Museu
da Arte de São Paulo (MASP) pela mediação de Piero Maria BARDI, mas constitui
os museus regionais de Campina Grande, Olinda, Araxá e a Pinacoteca Ruben Berta
cujo acervo Assis CHATEAUBRIAND veio pessoalmente a Porto Alegre para entregar ao
presidente da VARIG apesar de já estrar entrevado. Este acervo permaneceu no
prédio da primeira emissora de TV do Rio Grande do Sul peregrinando depois pelo
MARGS para finalmente receber prédio próprio na Rua Duque de Caxias de Porto
Alegre. Nesta condição é um acervo fechado para marcar o seu pensamento
original, a estética daqueles que colecionaram suas obras, as organizaram
tornando-as documentos da sua época.
PEDRO WEINGÄRTNER um dos últimos retratos Revista
do Globo Ano 2 - nº 25 de 11 de jan 1930
p. 07
GUIDO Ângelo (GNOCCHI) (1893-1969). Pedro
Weingärtner. Porto
Alegre : Divisão de Cultura- SEC/RS –1956, 228 p. il. P&
Fig. 12 – Ângelo GUIDO pesquisou e publicou em
1956 uma biografia de Pedro WEING6ARTNER. Esta obra
constava de um projeto estadual de buscar, sistematizar os valores eruditos
mais elevados da arte sul-rio-grandense. Sob a orientação de Tasso Corrêa como
Conselheiro da Educação e Cultura e sob os cuidados de Ado MALAGOLI – como
diretor da DIVISÂO de CULTURA soma-se aos esforços da Enciclopédia
Rio-grandense para a qual Ângelo Elaborou três artigos[1]
Quanto à pesquisa, sistematização cultivo da memória do mestre, uma das investigações mais consistentes - relativas
ao pensamento de Ângelo Guido - foi conduzida por Úrsula Rosa da SILVA, em “Fundamentos estéticos da critica de arte de
Ângelo Guido – a crítica de arte sob o enfoque de uma história da arte” –
Porto Alegre: Programa de Pós- Graduação em História- PUC-RS 2002 363 folhas
com anexos e que está disponível no Domínio Público da CAPES: Brasília Cabe ressaltar os reforços logísticos desta
pesquisa nas qual a autora não só pesquisou, mas digitou uma quantidade
significativa de textos disponíveis na Biblioteca Central da PUC-RS com anexos
destas pesquisa.
[1] ANGELO GUIDO_.« Um século de pintura no Rio Grande do Sul» in, Enciclopédia Sul-Rio-Grandense. Canoas : Editora Regional - La Salle,
2º vol, 1956 - pp.115-141.
_________.« Ernesto
Pellanda *19.05.1896- +15.12.1956» in, Enciclopédia
Sul-Rio-Grandense. Canoas : Editora Regional - La Salle, 3º vol, 1957 –preâmbulo Homenagem
póstuma.
_________.« Trinta anos
de pintura (1925-1955)» in, Enciclopédia
Sul-Rio-Grandense. Canoas : Editora Regional - La Salle, 3º vol, 1957 -
pp.177-215.
GUIDO Ângelo
(GNOCCHI) (1893-1969). Símbolos e mitos na pintura de Leonardo da
Vinci. Porto Alegre e São Leopoldo: Sulina-UNISINOS Universidade do Vale
dos Rio dos Sinos. Out.1969, 153p il de Jairo Figueiredo
Fig. 13 – Ângelo GUIDO dedicou vários estudos
relatos ao pensamento, obras e biografia de Leonardo da Vinci Esmiuçou a construção da obra “Última Ceia” por meio de gráficos e o
significado das figuras geométricas e proporção que comandam a construção
formal desta obra. Nesta tarefa foi auxiliado pelo seu discípulo Jairo
Figueiredo e que o sucederá na cadeira de História da Arte
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
ALGUMAS OBRAS da PRODUÇÃO INTELECTUAL de ÂNGELO
GUIDO
GUIDO Ângelo (GNOCCHI) (1893-1969). Ilusão “ensaio sobre ‘a estética da vida’ de Graça Aranha”. Santos: Instituto Escolástica Rosa[1],
1922, 171p PUC-RS
Número de sistema: 000107199 Esta obra é uma crítica ao livro de Graça Aranha, ‘A Estética da Vida’
-------------- « O Salão da Escola de Artes »– in Revista
do Globo
Porto Alegre: Livraria da GLOBO -Ano I - nº 23 14.12.1929 pp.04-06
---------------« PEDRO WEINGÄRTNER» in Revista do Globo: Porto Alegre: Livraria da GLOBO, ano 2, no 1 (025o fascículo) 11 de
janeiro de . 1930 pp.03-07 .
-------------- O reino
das mulheres sem lei: ensaios da mitologia amazônica – Porto Alegre: Livraria da GLOBO –1937- 172 p
----------------.
Forma e
Expressão na História da Arte. Porto Alegre:
Estado do Rio Grande do
Sul,
Imprensa Oficial, 1938, p. 59.
_________. Forma e Expressão na História da Arte: tese de concurso para
professor catedrático de História da Arte do Instituto de Belas Artes da
Universidade de Porto Alegre. Porto Alegre: Imprensa Oficial 1938, 59p.
_________. Pedro
Weingärtner. Porto Alegre : Divisão de Cultura- SEC/RS –1956, 228 p. il. P&B
_________.« Um século
de pintura no Rio Grande do Sul» in, Enciclopédia
Sul-Rio-Grandense. Canoas : Editora Regional - La Salle, 2º vol, 1956 -
pp.115-141.
_________.« Ernesto
Pellanda *19.05.1896- +15.12.1956» in, Enciclopédia
Sul-Rio-Grandense. Canoas : Editora Regional - La Salle, 3º vol, 1957
–preâmbulo Homenagem póstuma.
_________.« Trinta anos
de pintura (1925-1955)» in, Enciclopédia
Sul-Rio-Grandense. Canoas : Editora Regional - La Salle, 3º vol, 1957 -
pp.177-215.
_________. «
Araújo
Porto Alegre: o pintor e a personalidade artística». Porto Alegre:
Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul/Divisão de Cultura1957
p.29-59.
----------------A pintura no século XIX. Porto Alegre:
Faculdade de Arquitetura - Gráfica da Universidade do Rio Grande do sul 1958,
33 p.
----------------Arte e Matemática em Leonardo da Vinci.
Porto Alegre: Faculdade de Arquitetura - Gráfica da Universidade do Rio Grande
do Sul 1958, 22 p.
----------------A crítica de arte no século XIX. Poro
Alegre: Faculdade de Arquitetura - Gráfica da Universidade do Rio Grande do sul
1959, 41 p.
-------------- Símbolos e mitos na pintura de Leonardo da
Vinci. Porto Alegre e São Leopoldo: Sulina-UNISINOS Universidade do Vale
dos Rio dos Sinos. Out.1969, 153p il de Jairo Figueiredo
---------------- Os grandes ciclos da arte ocidental São Leopoldo: UNISINOS Universidade do Vale
dos Rio dos Sinos. Set.1968, 226p –.
---------------- « Do inquieto pensar à contemplação estética» in Psicologia e Arte – 5 ensaios.
Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (in
memoriam), 1971 pp 33-46, .
GUIDO Ângelo
(GNOCCHI) (1893-1969). Símbolos e mitos na pintura de Leonardo da Vinci. Porto Alegre e São Leopoldo:
Sulina-UNISINOS Universidade do Vale dos Rio dos Sinos. Out.1969, 153p il de
Jairo Figueiredo
Fig. 14 – Um dos temas preferidos de Ângelo GUIDO era o pensamento e a obra
do autor da Mona Lisa e da Última Ceia. O IBA-RS recebeu, em 1952, na administração de Ângelo Guido, um busto
de LEONARDO da VINCI (1452-1519) inspirado no autorretrato do artista o doado pelo Consulado da Itália na ocasião
do 5º centenário do nascimento do artista.
LITERATURA RELATI VA
a ÂNGELO GUIDO
ANGELO GUIDO na REVISTA KLAXON São Paulo nº 8 e 9
dez.1922 e jan. 1923 pp.26,27
CORRÊA
REIF, Margarida . «Apontamentos manuscritos dos conteúdos das aulas de História da
Arte dada por Ângelo Guido entre 09/ 03/1947
- 26/ 10/ 1954» . Quatro
cadernos . 200 folhas
SILVA ,Úrsula Rosa da A
FUNDAMENTAÇÃO ESTÉTICA DA CRÍTICA DE ARTE EM ÂNGELO GUIDO - a crítica de arte sob o enfoque de uma
história das ideias - Porto Alegre Pontifícia Universidade Católica –
RS Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Curso de Pós-Graduação em História
tese 2002. Domínio Público Úrsula Rosa da SILVA em:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=18996 +
http://livros01.livrosgratis.com.br/cp000191.pdf
SILVA, Úrsula
Rosa da A critica de arte em Ângelo Guido. Curitiba: Appris, 2017, 247p ISBN
978-85-473-0833-9
WIKIPEDIA
MARGS: Dois sistemas de Arte no RS
OUTROS ANEXOS
Contexto cultural de Porto Alegre da época de Ângelo Guido
DIDÁTICA MAGNA de COMENIUS
ÍNDICES do SALÃO de 1929
GRAÇA ARANHA, José Pereira da (1868-1931) A esthetica da vida: a
tragédia fundamental da existência está na relação do espírito humano com o
Universo. A concepção esthetica do Universo é a base da perfeição. Rio de
Janeiro- Paris: Garnier, 1921, 236 p. https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/3930
Graça Aranha conclui esta obra com a
observação :
“O
pensamento projecta-se na arte para existir.
A philosophia, que não se faz arte, não será vida”.
Biografia de Graça Aranha http://almanaque.folha.uol.com.br/gra%E7a_aranha.htm
LEONARDO da VINCI Cópia da ÚLTIMA CEIA de ABADIA de
TONGERLOO – BÉLGICA
Cópia entre 1506-7 de Andrea SOLARIO supervisionada pelo próprio Leonardo a pedido
do Cardeal Amboise conselheiro de Luís XI da França
LEONARDO da VINCI estrutura da obra MONA LISA
Liceu de Artes e Ofícios de SÃO PAULO
PIJOAN. José
Salão do Centenário Farroupilha 1935
Revista da
Globo Ano VII n. 169 dia 28.09.1935 pp.56-59
Charge ao
Salão Revista da Globo Ano VII n. 170
dia 23.10.1935 p. 22
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
relativas ao CONTEXTO e às CIRCUNSTÂNCIAS de ÀNGELO GUIDO
FACE BOOK
Informações
numérica digital relativas a ÂNGELO GUIDO
disponível em
FERNANDO
CORONA
Decreto nº 19.851 de
11.04.1931 http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19851-11-abril-1931-505837-publicacaooriginal-1-pe.html
TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA
UNIVERSIDADE das ARTES
para ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL no RIO GRANDE do SUL
Este
material possui uso restrito ao apoio do processo continuado de
ensino-aprendizagem
Não há pretensão de lucro ou de apoio
financeiro nem ao autor e nem aos seus eventuais usuários
Este material é
editado e divulgado em língua nacional brasileira e respeita a formação
histórica deste idioma.
NORMAS do CREATIVE COMMONS
Este BLOG possui ASSISTÊNCIA TÉCNICA e DIGITAL
de CÌRIO JOSÉ SIMON
Referências para Círio SIMON
E-MAIL
SITE desde 2008
DISSERTAÇÃO: A Prática Democrática
TESE: Origens do Instituto de Artes da
UFRGS
FACE- BOOK
BLOG de ARTE
BLOG de FAMÌLIA
BLOG “ NÃO FOI no GRITO” - CORREIO BRAZILENSE 1808-1822
BLOG PODER ORIGINÁRIO 01
BLOG PODER ORIGINÁRIO 02 ARQUIVO
VÌDEO
CURRICULO LATTES