A presença das
mulheres-artistas nas artes visuais nobres do Rio Grande do Sul (1930-64)
”Vê se bota isto na sua
cabeça. Cada coisa deve ocupar um espaço proporcional ao seu tamanho. E isto
vale para tudo na vida. Antes de assumir um compromisso, vê se tu tens
condições de cumprir” Olga PARAGUASSU (in Terra, 2000, p 46)
. LABORATÓRIO DE HISTÓRIA das ARTES VISUAIS do
RIO GRANDE do SUL
5º Encontro
– 15/04/2020 2ª
Palestra (15:30 – 16:30)e adiado devido ao CORONAVÍRUS.
– A presença das mulheres artistas na arte do Rio Grande do Sul (1930-64) – Prof. Círio Simon
– A presença das mulheres artistas na arte do Rio Grande do Sul (1930-64) – Prof. Círio Simon
00–
As circunstâncias
culturais e étnicas da presença da mulher na ARTE do Rio Grande do Sul
01– As circunstâncias culturais, politizas das mulheres
como agentes ativas no espaço e cena publica
01.1.–
Sufragistas e o VOTO FEMININO
no BRASIL . - 01.2– O VOTO
FEMININO e as ARTES NOBRES no RIO GRANDE do SUL 01.3 –
As
sucessivas gerações de mulheres que mantivera a erudição das ARTES NOBRES
VISUAIS do Rio Grande do Sul
02 – As PIONEIRAS.
02.1 –
ORIGEM ARTES
NOBRES VISUAIS femininas no RIO GRANDE do SUL entre1930 e 1964. 02.2 – A OBRA FEMININA ERUDITA no RIO GRANDE do
SUL 02.3 – As INTERAÇÕES a RECEPÇÃO e consagração da
OBRA FEMININA no RIO GRANDE do SUL .
03 – Um BREVE QUADRO das HERANÇAS das PIONEIRAS entre 1930 e 1964 .
03.1 –
As ARTES NOBRES e a PESQUISA ESTÉTICA FEMININA . 03.2
–Os recursos de formação e o associativismo feminino 03.3 – Os
atuais sistemas de consagração 03.4 – MAGISTÉRIO - CRONISTAS - HISTORIADORAS e
TEÓRICAS das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL
CONCLUSÕES.
Foto de Salomão SCLIAR
estampada na Revista CRUZEIRO de 1947 – Álbum nº 1 de Fernando Corona- Arquivo
do Instituto de Ates UFRGS
Fig. 01 A
escultora Dorothea VERGARA[1]
modelando a figura feminina com o modelo A formação superior permitiu se colocar
em pé de igualdade não só com o artistas homens como permitiu uma fecunda
interlocução com os demais saberes eruditos da universidade e meio cultural rio-grandense.
0– Definindo
termos e delimitando as circunstâncias culturais e étnicas da presença da mulher na ARTES
VISUAIS NOBRES do Rio Grande do Sul
Inicia-se uma narrativa
em relação as ARTES VISUAIS NOBRES FEMININAS no RIO GRANDE do SUL. Certamente a
mão feminina possui peculiaridades das quais se possui mais especulações do que
certezas
O PROPÓSITO GERAL é criar uma narrativa no contexto das ARTES
VISUAIS NOBRES no limite geográfico do estado do Rio Grande do Sul. Esta
narrativa busca inserir-se no projeto do LABORATÓRIO DE HISTÓRIA das
ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL desenvolvido no MARGS no 1º SEMESTRE de 2020
e a convite da AAMARGS.
Nesta narrativa é
necessário definir o sentido dos termos do nosso discurso antes de qualquer
coisa.
Quanto ao vasto campo da
ARTE concorda-se com Aristóteles que na
ÉTICA a NICOMANO [2](1973: 243 114a 10 ) que
“É idêntica a uma capacidade de produzir que envolve o reto
raciocínio. Toda arte visa a geração e se ocupa em inventar e em considerar as
maneiras de produzir alguma coisa que tanto pode ser como não ser, e cuja origem
está no que produz, e não no que é produzido. A arte não se ocupa nem com as
coisas que são ou que se geram por necessidade, nem com as que fazem de acordo
com a natureza. A arte é uma questão de produzir e não de agir.” Ética à
NICOMANO
A rígida LINHA DE
MONTAGEM CULTURAL da ERA INDUSTRIAL[4]
dividiu e segmentou tudo aquilo que pode ser percebido e identificado. Nesta fragmentação
do campo estético gerou as diversas CATEGORIAS classificatórias entre elas as
ARTES NOBRES.
A cada CATEGORIA um cabe
uma gaveta e um alfinete caso seja necessário socializar isto vasto quadro
conceitual. O adjetivo faz este papel de alfinete conceitual
Além da CATEGORIA das
ARTES NOBRES, temos a ERUDITA, a POPULAR, a PRIMITIVA, a ÉTNICA. A todas elas
correspondem as manifestações das ARTES VISUAIS FEMININAS.
Entende-se com ARTE
NOBRE[5]
aquela que a criatura humana pratica sem lhe determinar uma aplicação
econômica, comunicação linear e unívoca. Neste caso a PINTURA é praticada por
uma absoluta NECESSIDADE INTERIOR de materializar uma OBRA. As ARTES NOBRES
distinguem-se e se concentram em OBRAS que permanecem, enquanto as ARTES
APLICADAS são TRABALHOS destinados ao consumo e perecerem.
Porém muito se perde da
essência de “A ARTE ESTÁ EM QUEM PRODUZ” tanto na comparação como forma de
sistematização e socialização nos moldes do SISTEMA da ERA INDUSTRIAL, Assim a
mulher produziu, externou e materializou sentimentos que só elas podem gerar, desenvolver
e dar um suporte material às suas intuições, aos seus pensamentos e os materializou
em OBRAS perceptíveis por seus observadores,
A presença da mulher, na cultura sul-rio-grandense,
poder ser diferenciada em diversas matizes culturais e pelas suas origens étnicas,
como a indígena, a açoriana e as dos imigrantes não ibéricos
A presença da mulher na
cultura sul-rio-grandense também é diferenciada nos seus papeis sócias,
econômicos e estéticos. Nestes PAPEIS SOCIAIS a mulher atinge a sua AUTONOMIA
na medida em que ela conquista o direito de USAR o PRÓPRIO o seu NOME, ASSINAR
e DATAR as suas OBRAS e dispor e contratar da posse simbólica do que ela
produz. Nestes três vetores se dá o início da clivagem e da diferença entre
ARTES NOBRES e aquelas utilitárias e APLICADAS. Ou seja, entre a OBRA e o
TRABALHO. Obra que permanece e trabalho que perece,
[1] Obras de Dorothea VERGARA http://www.ufrgs.br/acervoartes/artistas/v/imagens-de-dorothea-vergara
[2] - ARISTÓTELES (384-322).
Ética a Nicômano. São Paulo:
Abril Cultural1973. 329p.
[3] IDEM
[4] PESAVENTO. Sandra Jatahy. História da indústria sul-rio-grandense. Guaiba
: RIOCEL, 1985, 123 p.
Fig. 02 A
mulher indígena está na busca da TERRA SEM MALES. Sem desenvolver as concepções e as práticas
da posse individual ela se organiza em tribus, que por sua vez possui rígidos clãs. Assim não existe OBRA individual e nominal de alguma delas separada de seu
CLÃ ou TRIBO. De outra parte desempenhou um papel fundamental como mãe dos
filhos do lusitano. A mãe indígena ensinava a sua fala e os modos de
alimentação da terra e assim preparava o adulto competente para fala a língua
geral e não depender da alimentação do português
A mulher indígena ainda
marca forte presença nas ruas das cidades sul-rio-grandenses. Elas são responsáveis
pela educação, iniciação dos filhos e pelo artesanato da TRIBO ou CLÃ na rota
traçado pelos seus antepassados[1]
e orientada para a “TERRA SEM MALES”,
A mulher açoriana tinha
um papel preponderante na sua minúscula casa, na educação dos filhos e de
gerenciamento da vida da família nas longas ausências dos homens embarcados e de
permanência indeterminada na pesca em mares sem fronteiras.
Fig. 03 A
herança açoriana foi cultivada
silenciosamente no Rio Grande do Sul com vagas lembranças das aulas da monjas eruditas dos conventos das Ilhas do
Açores Estas monjas era filhas de
famílias nobres europeias e repassavam estas habilidades e conhecimento às
mulheres açorianas, Assim na imigração trouxeram as habilidades da rende de
bilro, o macramê e as finas renas de linha se espalharam onde houve imigração açoriana,,
No Rio Grande do Sul ser conhecimento e saber se desenvolveu no litoral
A mulher do imigrante, não
ibérica, diferenciava-se das ibéricas pela sua alfabetização mais elevada.
Pelos contatos permanentes interculturais e pelos rudimentos de técnicas e
produtos da ERA INDUSTRIAL. De outro lado a sua economia era monetarista o que
significava que as produção de ARTES VISUAIS e ARTESANATO tinham um valor de
mercado na hora de sua produção. Costureiras, modistas e as pequenas indústrias
de alimentos tinham preço e não dependiam mais do escambo.
Para a mulher era de continuidade da tradição
alimentar, porém num nível técnico e comercial mais elevado,
Assim a tradição do DOCE
de PELOTAS criou a simbiose entre a tradição feminina açoriana, mas com os
olhos voltados para a tradição europeia, entre outras, a de PARIS
Fig. 04 A
silenciosa resistência feminina africana veio através dos quitutes e maneiras
exóticas dos trajes mas especialmente por meio do mundo dos mitos e magias multisseculares
de sua terra de origem O candomblé e especialmente o batuque criou
territórios de resistências, casas de santos nas quais a alma feminina e rainha determinante.
A mulher africana foi a
depositária das tradições alimentares da terá de origem tanto nos alimentos
como ”mãe de santo”[1],
os candomblés, nos batuques[2]
e nos terreiros do Rio Grande do Sul.
01– As circunstâncias
culturais, politizas das mulheres como agentes ativas no espaço e cena pública.
[1] LAYTANO Dante de (1908-2000). - Festa de Nossa Senhora dos Navegantes
Estudo de uma tradição das populações
Afro-Brasileiras de Porto Alegre. Porto Alegre: UNESCO- Instituto
Brasileiro Ciência e Cultura- Comissão Estadual de Folclore do Rio Grande do
Sul - 6º Vol. 1955, 128 p. il
[2] CORRÊA, Norton F. Batuque no Rio Grande do Sul- antropologia de uma religião afro rio-grandense. São Luís - Maranhão
: CA-Cultura & Arte, 2008, 295 p
BRITES, Blanca ---Cerâmica
um caminho de vida: Marianita Linck. Porto Alegre: Imagem da Terra 2017 176
p. ul. Color ISBN 978-85-89371-22-3
Maria Annita Tollens
Linck ARTE em PORTO ALEGRE e a “HISTÓRIA em MIGALHAS” - 09.06
Fig. 05 - As
mãos femininas como suporte de um
universo simbólico complexo e frágil lhe
conferem sentido, poesia e razão de ser Esta competência feminina cresce e
se solidifica pela sua formação superior permitiu uma fecunda interlocução com
os demais saberes eruditos do meio cultural sul-rio-grandense
As mulheres
sempre foram agentes ativas no espaço e cena pública apesar de delegarem ao
homem a defesa, o exercício do PODER BRUTO AVERSIVO e DISCRIMINADOR. Formadoras
primeiras das mentalidades humanas sabiam e exerciam o PODER SIMBÓLICO SUBLIMINAR
e AGREGADOR.
Formadoras primeiras,
não só do corpo, mas das mentalidades humanas sabem dos segredos do exercício do
PODER SIMBÓLICO SUBLIMINAR e AGREGADOR.
A sensibilidade feminina
ganhou, nas ARTES VISUAIS NOBRES do RIO GRANDE do SUL, um aliado neste seu
PODER e um amplo espaço divinatório quando se abrem as perspectivas da ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL. Neste novo ambiente é notável o crescimento vertiginoso tanto
das artistas criadoras, como daquelas que entram e dominam o espaço teórico e
legitimador de sua presença no espaço público. A vertiginosa presença de OBRAS
e de CARGOS exercidos por NOMES FEMININOS é um atestado a mais da vigência da
ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL Neste novo espaço elas superam a necessidade do USO da
FORÇA BRUTA HUMANA.
Nas ARTES VISUAIS NOBRES
do RIO GRANDE do SUL é inegável e sensível o aumento de vozes, de obras e do
pensamento autoral feminino. Especialmente quando galgaram os degraus da
formação institucional superior[1].
Nestas vozes é necessário reconhecer o papel da MÚSICA[2]
do Rio Grande do Sul onde elas tiveram lugar e ação bem anterior e em maior
número.
01.1.–
Sufragistas e o VOTO FEMININO no BRASIL .
A mulher brasileira
conquistou, no ano de 1932, o DIREITO ao VOTO com os seus próprios esforços e
persistência. Mesmo assim apenas tinham direito a este exercício do voto, as
MULHERES CASADAS e com AUTORIZAÇÃO LEGAL dos seus MARIDOS LEGÍTIMOS.
[1] ARTISTAS PROFESSORES da UFRGS - obras do
acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. Porto Alegre : Ed. UFRGS, 2002. 127 p.
BORSA CATTANI, Icleia Maria. « Lieux et milieu de la peiture ‘moderniste’ au Bresil
(1917 –1929) »
Paris : Sorbonne. 1980 – tese – 401 fls.
--------Icleia
Borasa Cattani - organização Aguinaldo
Farias Rio de Janeiro : FUNARTE, 2004, 160 p. il
[2] NOGUEIRA, Isabel Porto – El pianismo em la
ciudad de pelotas (RS-Brasil) conservatório de Música 1918 a 1968 uma lectura
histórica, msicológica y antropológica- Madrid: Universidad Autônoma de
Madrid – tes 2000 317 fl.il
-------História
iconográfica do Conservatório de Pelotas- Poaro Alegre: Palotti 2005, 283 p. il
Fig. 06 - A
artista Justina POHLMANN KERNER, com
formação superior sm ARTES VISUAIS na Alemanha. Junto seu marido médico e pintor
de paisagens da terra adotiva, exerceram plenamente o sentido das ARTES NOBRES,
Produzindo ARTE porque gostavam dela, não a comercializavam e nem faziam propaganda
o marketing de suas obras A formação superior de ambos permitiu que morassem
no coração geográfico dos estados e ai ritmo de uma vida possível na sociedade,
local e tempo que escolheram
As ARTES VISUAIS são um
precioso índice da conquista da AUTONOMIA FEMININA. Porém muito antes deste
decreto muitas já usavam o seu o PRÓPRIO NOME, ASSINAVAM e DATAVAM as suas OBRAS
e dispunham e contratavam a posse simbólica do que elas produziam. A lei veio
consagrar o que fato já existia especialmente nas ARTES VISUAIS NOBRES. Para
tanto basta ver a nominata das artistas do SALÃO da ESCOLA de ARTES do ano de
1929 (Fig.
12) .Metade, de quem expunha ARTES NOBRES, eram mulheres..
- 01.2– O
VOTO FEMININO e as ARTES NOBRES no RIO
GRANDE do SUL
. ARTES
NOBRES FEMININAS no RIO GRANDE do SUL são uma criação humana artificial, ou
seja, algo que se sobrepõe à NATUREZA. Para estes FATOS HUMANOS a LEI os PRECEDE.
A LEI precede estes
FATOS HUMANA, No entanto a sua substância e necessidade são preexistentes.
Seria um absurdo defender a ideia de que a LEI CRIA A ARTE. Ao contrário a LEI
AUSCULTA. TESTA e CONFERE uma FORMA LEGÍVEL e UNIVERSAL ao FATO HUMANO
A CONQUISTA do VOTO
FEMININO no BRASIL é uma das balizas para que esta LEI tenha um SUPORTE EMPÍRICO.
As ARTES NOBRES FEMININAS no RIO GRANDE do SUL
evidenciaram plenamente o SUPORTE EMPÍRICO desta lei.
01.3 – As
sucessivas gerações de mulheres que mantivera a erudição das ARTES NOBRES
VISUAIS do Rio Grande do Sul
Na criação do INSTITUTO
de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL já escreviam[1]
que ele preexistia
“O Rio Grande do Sul vae ter o seu Instituto de Belas Artes Resultado logico do evoluir da civilização rio-grandense,
o Instituto pairava latente na ordem natural das cousas, só a espera que o fiat
criador trovejasse do alto, para que ele surgisse de baixo, aparelhado para os
seus lúcidos destinos”.
Ainda que na fundação deste instituto apenas a MÚSICA tivesse a representação feminina na sua Comissão Central, com a criação
da Escola de Artes, no dia 10 de fevereiro de 1910, onde elas tornaram-se presença
majoritária no corpo discente.
Elas tiveram de aguardar
um lugar institucional no corpo docente o direito ao voto. Mesmo, com este
direito assegurado, entram neste corpo docente timidamente na década de 1940 e
postas bem subalternos. Esta incumbência coube à Cristina Balbão. Ela cursara a
DESENHO na ESCOLA de ARTES, formada em 1938, e, depois, ESCULTURA no CURSO
SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS, concluído em 1942
Fig. 08
- Christina BALBÃO cursou a ESCOLA DE ARTES entre 1933-1938 Quando esta ESCOLA foi substituído pelo CURSO
SUPERIOR de BELAS ARTES, ela se matriculou
neste CURSO e onde optou pela ESCULTURA, Na foto acima a vemos modelando o busto de um
veterano da Guerra do Paraguai que servia de modelo. O ambiente é o porão do
primeiro prédio do IBA-RS da Senhor dos Passos, adequado, para este fim, pelo
professor Fernando CORONA
Alice Ardohain
Soares frequentou e concluiu o CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS no ano de 1943
02 – As PIONEIRAS
02.1 –
ORIGEM das ARTES NOBRES VISUAIS FEMININAS no RIO GRANDE do SUL.
A NATUREZA não dá SALTOS.
Da mesma maneira as ARTES NOBRES VISUAIS
FEMININAS também o brotaram e se desenvolveram das formas elementares e pouco individualizáveis.
Evoluíram para a visibilidade e para afirmações pessoais com nomes de
repercussão social, cultural e estético.
Inicialmente
desarticuladas as sucessivas instituições, associações e os meios sociais
garantiram que as suas obras pudessem ter uma visibilidade, gerar um continuo e
com uma identidade própria e Única.
Fig. 09 - Gilda
MARINHO passou rapidamente do papel passivo de modelo para uma ação social,
política e econômica em defesa das classe artística feminina Na imagem
acima a vemos posando para João FAHRION para um quadro que instou na SALÃO da
ESCOLA de ARTES de 1929 e atualmente pertence ao cronista social Paul
GASPAROTTO.
Este despertar da mulher de agente ativo
necessita ainda estudos e produção de uma literatura própria. Em Porto Alegre seria necessário acompanhar com mais atenção estas
figuras.
Só para citar o glamour
de Gilda MARINHO que ela produziu como
obra própria e disseminou nos periódicos, sias intervenções e associações,
clubes e exposições
02.2 – A
OBRA FEMININA ERUDITA no RIO GRANDE do SUL
A mulher sul-rio-grandense
começou a se valer cedo da forma escrita tanto na poesia ou na comunicação
As açorianas trouxeram
os pedidos manuscritos e ilustrados do “PÃO POR DEUS” como temidos “PASQUINS
anteriores à ERA INDUSTRIAL e FORMA IMPRESSA.
Fig. 10 - As
utilitárias LINHA e AGULHA foram sublimadas e
ganharam as ARTES NOBRES na medida da erudição e capacidade de Alice
SOARES, A capa de sua tese de
cátedra indica esta relação entre LINHA e DESENHO . A LINHA - como ENTE PRIMITIVO
-só possui comprimento sem largura e espessura, Ela se materializa no DESENHO
ou é índice do “DIO IN NOI” como queria
Miguel Ângelo ou O” DESENHO é um COISA MENTAL” como queria Leonard da Vinci.
No entanto estes
primórdios açorianos não tiverem suportes institucionais no Brasil para dar
continuidade evoluírem e se firmarem por tempo indeterminado.
O sufocante regime
colonial - comandado exclusivamente por NASCIDOS em PORTUGAL somada à
ESCRAVIDÃO LEGAL - não permitiam e muito menos estimulavam qualquer
manifestação fora daquilo que permitiam a mesa de consciência, a Santa
Inquisição e o “HIHIL OBSTAT” do bispo.
Após a INDEPENDÊNCIA
todas as instituições superiores se concentraram ao redor do TRONO IMPERIAL.
Esta burocracia centralista tinha muitas boas intenções[1],
Porém estas intenções não correspondiam, nem a extensão territorial do Brasil
muito menos às aspiração das mulheres que tivessem algum projeto de seres
artistas visuais
As mulheres das
províncias, como aquelas do RIO GRANDE DO SUL, seguiram as suas condições do
REGIME COLONIAL e supridas pela MÃO ESCRAVA.
02.3 – As INTERAÇÕES, a RECEPÇÃO e a CONSAGRAÇÃO da OBRA FEMININA no RIO GRANDE do SUL entre 1930 -1964.
O regime republicano
quebrou a hegemonia centralista do TRONO IMPERIAL
Com este regime em ação
lentamente a presença da mulher em SALÕES de ARTES VISUAIS foi num crescendo
sensível. Esta presença tomou corpo e número entre os anos de 1930 e 1964. Paralelamente
surgiram as GALERIAS de ARTE e os colecionadores de suas obras. Já não se
tratava de expor e adquirir obras para a decoração ou ostentação.
No plano nacional.
pintura de Tarsila AMARAL atingiu o
preço mais elevado pago[2]
por uma obra de um artista nacional.
Fig. 11 - As exposições
de OBRAS de uma ÚNICA ARTISTA VISUAL
demoraram a ganhar corpo ni Rio Grande do Sul, No entanto a sua presença
era normalmente em SALÕES de ARTE e com
a presença masculina A imagem da exposição de Cristina
BALBÃO mostra o seu público. Neste
público se destaca a de Tasso CORRÊA, João FAHRION e a de Fernando CORONA,
Entre as obras encontra0se uma que pertence atualmente ao acervo da Pinacoteca
Barão de Sato Ângelo do IA-UFRGS
Veja uma das obras expostas em:
O caminho da profissionalização
da mulher, nas ARTES VISUAIS, passava pelo enfrentamento do problema de assumir
a autonomia para deliberar e de decidir nas suas escolhas estéticas. Evidente a cada escolha existe o preço de
perdas econômicas, sociais e de tempo
Porém não foram poucas aquelas
que aceitaram este desafio e pagaram este preço. O resultado foi uma intensa e
continuada produção e interação com o campo das forças estéticas
sul-rio-grandenses.
A literatura que trata
destes diversos caminhos da profissionalização da mulher sul-rio-grandense nas
Artes Visuais já alentada inclusive de
livros [1].
Evidente que esta literatura específica não foi sistematizada e muito menos
teve estudos mais comprometidos com o tema.
[1] Entre
outros é possível indicar
BRITES, Blanca ---Cerâmica
um caminho de vida: Marianita Linck. Porto Alegre: Imagem da Terra 2017 176
p. ul. Color ISBN 978-85-89371-22-3
EXPERIMENTAÇÕES GRAFICAS de NILZA HAERTEL (1941=2014) Recorte de um
acervo – Maristela SALVATORI e Helena KANAAN(org)Porto Alegre: Marcavisual 2018 144p., il,color 19x 21
Fig. 12 -O SALÃO de OUTONO de 1925 de Porto Alegre foi um manifestação eminentemente
masculina. Já no SALÃO da ESCOLA de ARTES de 1929 existe um equilíbrio na ARTES
NOBRES [ 7x7]. Já nas ARTES APLICADAS elas são a maioria absoluta. Com a
Revolução de 1930, com o Salão Revolucionário de 1931 e com a conquistar da
VOTO FEMININO existe uma intensa produção feminina nas ARTES VISUAIS .
Ainda que tímida e quase
imperceptível a presença da mulher nas ARTES VISUAIS ia conquistavam terreno
para as suas questões, como USAR o NOME PRÓPRIO, serem vistas e registradas em
crônicas e sustentarem concepções estéticas mais favoráveis as suas
circunstâncias e modo de produção. Evidente que as questões do colonialismo
estético, as fortes ondas das modas culturais de países hegemônicos, varriam da
cena as iniciativas femininas ainda não consolidadas universalizadas e
definitivas
Seria IMPOSSÍVEL esperar
a CONQUISTA de TODAS as LIBERDADES de um ÚNICA VEZ, pois a NATUREZA não dá
SALTOS. O que IMPORTA É TER UM PROJETO de AUTONOMIZAÇÃO abraçado e
materializado em todas as frentes desta conquista nas ARTES VISUAIS
SUL-RIO-GRANDENSES.
Em 1930 já existia um perceptível
acúmulo de obras, um lastro de realizações, caminhos específicos e de heranças
deixadas pelas pioneiras das ATES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES.
.
03 – Um BREVE
QUADRO das HERANÇAS das PIONEIRAS entre 1930 e 1964.
Entre 1930 e 1964 as
sementes plantadas pelas mulheres
pioneiras nas ARTES NOBRES do RIO GRANDE do SUL ganharam caminhos próprios. Numa tentativa de perceber estas diversas
SEMENTES e as HERANÇAS das PIONEIRAS das ARTES NOBRES FEMININAS do Rio Grande do Sul entre 1930 e 1964 são
possíveis as seguintes veredas
01 - A PESQUISA ESTÉTICA FEMININA. 02 –Os recursos de formação e o
associativismo feminino 03 – Os atuais sistemas de consagração 04 –
MAGISTÉRIO - CRONISTAS - HISTORIADORAS e TEÓRICAS das ARTES VISUAIS no RIO
GRANDE do SUL
03.1 – As ARTES NOBRES e a PESQUISA ESTÉTICA
FEMININA .
A OBRA é PRIMORDIAL nas
ARTES em geral. Esta OBRA PRIMORDIAL resulta da PESQUISA ESTÉTICA. Ela informará
se é original e digna de receber e carregar o NOME de QUEM a PRODUZIU.
Destas suas circunstâncias de origem, decorrem
as formas de associativismo e de um mercado de arte. Este mercado não
estranhava mais a presença feminina.
De outro lado ainda não
é extensa a fortuna crítica[1]
das ARTISTAS VISUAIS do RIO GRANDE do SUL. Certamente não é culpa delas. Contra
esta fortuna crítica conspiram múltiplos fatores culturais, sociais e
econômicos. A mais próxima é a falta pesquisa séria e consequente, os parcos documentos
e os frágeis arquivos.
É novamente pelas mão e
olhos femininos que passa o exame e a sistematização do que de MAIS NOBRE e DURADOURO
se produziu na ARTES VISAIS SUL-RIO-GRANDENSES[2]
[1] Fortuna
crítica dos ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES
http://profciriosimon.blogspot.com/2015/01/estudos-de-arte-004.html
[2] PIETA., Marilene. « A pintura no Rio Grande do Sul (1959-1970)
» Porto Alegre : PUCRS Dissertação, 1988
447 fl.
RAMOS, Paula A modernidade impressa: artistas
ilustradores da Livraria do Globo- Porto Alegre. UFRGS EDITORA, 2016, 656 p
, 1368 il. Color ISBN 978-85-386-0300-9
SILVA, Úrsula Rosa da, et SILVA LORETO, Mari Lúcie. História da arte em Pelotas: a pintura
de 1870 a 1980. Pelotas : EDUCAT, 1996 180 p.
VEECK, Marisa
- Caixa Resgatando a Memória. Fotos
Fernando ZAGO Porto Alegre : Caixa Econômica Federal, 1998, 163 p.
WEBSTER, Maria Helena et alii. Do passado ao presente.: as artes plásticas no Rio Grande do Sul .
Porto Alegre : Cambona s/d. 83 p.
Fig.13 -Esta
obra de Judith FORTES foi a leilão recentemente na Suíça, Adquirida no Rio de Janeiro num SALÃO OFICIAL de ARTES promovido pela ENBA. Esta PINTURA é um índice da presença, da conservação e da
circulação de uma OBRA de ARTE AUTÊNTICA que permanece e que continua a sua
peregrinação mundo afora Evidente isto não seria possível sem um esforço,
dedicação e ilustração da inteligência, dos
sentimentos e da vontade da AUTORA da OBRA PRIMORDIAL
Porém tudo isto seria
impossível sem uma atualização da inteligência estética para não reinventar a
roda Como OBRA de ARTE SEMPRE FOI PRIMORDIAL impõe-se a PESQUISA ESTÉTICAS e a
PRODUÇÃO de ARTE coerente com o seu MODO de VER o LUGAR, a SOCIEDADE e sentir o
TEMPO.
Fig. 14 -A
produção silenciosa e individual das ARTES VISUAIS NOBRES condena o artista a
uma ascese onde ele encontra a SI MESMO. Na imagem Alice SOARES entregue a esta
ascese de onde resulta a OBRA PRIMORDIAL apta a peregrinar mundo afora distante
de QUEM a criou, assinou e que continua a entregar a sua MENSAGEM no MÍNIMO da
FORMA
Na PRODUÇÃO de ARTE não
adianta jogar o coração sangrando sobre o balcão do mundo. Só causará repulsa e
pena de quem pratica este ato insano.
Como a “ARTE ESTÁ EM
QUEM PRODUZ” não adianta qualquer insanidade e querer chamar a atenção sobre si
mesma sem este ENTE da ARTISTA - seja homem ou mulher, erudito ou naif – ser
portador de um MODO de SER
03.2 –Os recursos de formação e o associativismo
feminino
As mulheres PIONEIRAS das
ARTES NOBRES do RIO GRANDE do SUL Cultivaram e transmitiram estas verdades para
aquelas que de fato gostavam de ARTES NOBRES. Os germens do ASSOCIATIVISMO e
formas desta transmissão nasceram ao modo da GUILDAS MEDIEVAIS trazidas para ERA
INDUSTRIAL nas ESCOLAS e nos ateliês de quem produzia arte.
Fig. 15 –O atelier compartilhado das duas ALICES ameixa
a ASCESE SOLITÀRIA e permite ter um observador próximo e uma resposta imediata
a projetos, a pesquisa e a obras em andamento. Um artista erudito, como as
duas eram, permite que cada uma preservasse o seu modo de ser, agir e se comunicar
Judite Fortes o
concluiu em 1922[1], tendo ingressado em 1916. Manteve o seu atelier e
a sua escola em frente ao Instituto de Artes. Como ex-aluna da ESCOLA de ARTES Assim,[2]
ela exerceu o papel de professora substituta em várias ocasiões e de membro das
bancas de final de ano. Em dezembro de 1938 ela deve ter enfrentado um sério
problema profissional no IBA-RS, pois o seu nome não consta entre os docentes
do Curso Superior de ARTES, PLÁSTICAS do IBA-RS
A alternativa de Judite Fortes foi a Associação Francisco Lisboa que nasceu em
agosto de 1938 e foi a de maior continuidade[3].
Fundada nove meses após a proclamação do Estado Novo[4], os
seus integrantes procuravam fazer do seu ofício, como trabalhadores
especializados, a razão de sua união. Essa intenção Kern registrou (1981, f.
113)[5].
“A Associação Francisco Lisboa foi
fundada com o objetivo de reunir os artistas que se encontram isolados e que
tem dificuldades para se fazer conhecer seus trabalhos”. Ao acompanhar a nominava
dos seus fundadores constata-se a presença significativa de integrantes do
IBA-RS. A sua primeira formação era constituída por:
“um grupo de jovens artistas: João Faria Vianna, Carlos
Scliar, Mário Mônaco, Edla Silva, Nelson Boeira Faedrich e Gaston Hofstetter.
Nesse mesmo ano ingressam Guido Mondin, João Fontana, Arnildo Kuwe Kindler,
João Fahrion. Judith Fortes, José Rasgado Filho, Gustav Epstein, Mário
Berhauser, Júlia Felizardo e Romano Reif.” (KERN. 1981 ff. 112 e 113).
[1] - Relatório do ano de 1916
de Libindo Ferrás{019Relat}
[2] - Relatório do ano de 1916
de Libindo Ferrás{019Relat}
[3] - SCARINCI, Carlos «Da
Francisco Lisboa ao Pseudo-Salão Moderno de 1942» in Correio do Povo, Caderno de Sábado, Volume CVI, Ano
VIII, no 606, 08.03.1980, pp 8/9.
[4] - Carlos Scarinci escreveu (1980, p.8, col.1) “Os
objetivos da nova entidade não podem ser definidos como uma tomada de posição de classe, mas sua criação
coincide quase com a transformação da Associação Paulista de Belas Artes em
Sindicato dos artistas políticos(1937) que coincide também com as orientações sindicalistas do
Estado Novo recentemente implantado”.
[5] KERN, Maria Lúcia Bastos. «Les
origines de peinture ‘moderne’ au Rio Grande do Sul – Brésil» Paris :
Université de Paris I Panthéon Sorbone,
1981 tese 435 fl.
Fig. 16 –A artista Edla HOFSTETTER da SILVA teve a
sua formação superior na ESCOLA de ARTES da IBA-RS que concluiu em 1934 na
mesma turmaa de Olga PARAGASSU . Ela
integrou o grupo fundador da ASSOCIAÇÂO FRANCISCO LISBOA,.como também Gaston HOFSTETTER ambos atuantes no 4º
Distrito de Porto Alegre onde residiam, Durante a II GUERRA MUNDIAL teve de
esconder o nome HOFSTETTER, devido aos
movimentes anti-germânicos, passando a usar e assinar Edla H. da SILVA
Verifica-se
que, na lista acima, que tdas as artistas frequentaram a Escola de Artes do IBA-RS e ali concluíram o
curso superior.
03.3 – Os
sistemas de consagração
entre 1930 e 1964
Na medida em que a
PESQUISA ESTÉTICA das ARTES VISUAIS NOBRES FEMININAS se avolumava surgiram um
grande número de GALERIAS de ARTE em todo Rio Grande do Sul. Muitas delas por
iniciativa de mulheres ilustradas e competentes no MERCADO de ARTE.
Simetricamente os colecionares destas obras deram suporte econômico tanto para
as ARTISTAS como para estas GALERIAS mediadoras.
De outro lado a sua
presença nos SALÕES CONSAGRATÓRIOS [1]
se tornava cada vez mais qualificada e expressiva.
03.4 –
MAGISTÉRIO - CRONISTAS - HISTORIADORAS e TEÓRICAS das ARTES VISUAIS no RIO
GRANDE do SUL
Uma das razões dos
cursos superiores, com sede no Rio Grande do Sul, foi a formação local de agentes
capacitados para as funções públicas. Nas ARTES VISUAIS não foi diferente, O
grande contingente dos formandos da ESCOLA de ARTES, e depois do CURSO SUPERIOR
de ARTES PLÁSTICAS foram os exercícios das funções públicas e particulares, em
especial no magistério.
[1] KRAWCZYK , Flavio O espetáculo da
legitimidade: os salões de artes plásticas em Porto Alegre 1875-1995 Porto
Alegre: programa de Pós Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da
UFRGS Dissertação orientação Avamcini, José Augusto Costa, 1997, 416 –
Bibliografia fls 387-416
Fig. 17 Olga PARAGUASSU com o autor no dia da
inauguração do ATELIER de ARTES da Colégio de APLICAÇÃO, que recebeu o seu
nome. Nesta ocasião comentou que surpreendia os seus médicos ao descrever
com perfeição e detalhes os músculos e
os ossos do seu corpo graças ao ensinamentos e às bancas das aulas da ANATOMIA
ARTÍSTICA que havia recebido da ESCOLA de ARTES do IBA-RS.
Entre tantas tornou-se legendária
a educadora Olga Paraguassu [1]
que, após peregrinar por diversas escolas criou o ATELIER de ARTES VISUAIS do COLÉGIO de APLICAÇÃO da UFRGS. Vale o registro
de Eloy TERRA (2000. (pp 45-46) um dos seus ex-alunos:
A professora Olga
PARAGUASSU era detalhista, exigente, organizada e organizadora. Suas aulas de
desenho eram, acima de tudo, aulas de racionalização. Ela nos ensinava que cada
coisa deve ocupar u espaço proporcional ao se tamanho. Seja uma figura plana,
seja um objeto com volume....Certa feito... me dei conta que a folha era
pequena demais para o desenho que eu pretendia fazer. Foi ai que dona Olga
–como era seu costume – piscou os olhos, sorriu e fez logo um cara severa: ”Vê
se bota isto na sua cabeça. Cada coisa deve ocupar um espaço proporcional ao
seu tamanho. E isto vale para tudo na vida. Antes de assumir um compromisso, vê
se tu tens condições de cumprir”
Olga Paraguassu
formou-se, no ano de 1934, na ESCOLA de ARTES do IBA-RS Ali teve Libindo FERRÁS
e Francis PELICHEK como mestres e um grande número de expressões culturais e
científicas que constituíam as bancas examinadores para a progressão nos
diversos cursos. Em 1935 conclui o seu aperfeiçoamento e habilitação como
professora.
No entanto seria
necessário pesquisar e socializar a imensa rede de artista, docentes,
intelectuais, empreendedoras que se valeram do degrau da sua formação superior
especifica em ARTES VISUAIS para acreditarem em si mesmas elevar adiante desta
firmação. É o caso de Edla Hofstätter da Silva - colega de turma de Olga – uma das fundadoras da benemérita ASSOCIAÇÃO
FRANCISCO LISBOA
CONCLUSÕES
A grande lição, que as
ARTISTAS PIONEIRAS deixaram, foi a PROPORÇÃO de sua OBRA nas ARTES VISUAIS
NOBRES do RIO GRANDE do SUL Elas não queriam fragmentar este CAMPO de PODERES
SIMBÓLICOS, se apropriar de segmentos e personalizar territórios e forças.
Interagiram sem levar adiante o projeto de uma ESCOLA, um ACADEMIA FEMININA ou
uma ASSOCIAÇÃO separada, ainda que ali eram maioria. Para tanto educaram
gerações de moças capazes de demonstrar com o seu próprio talento de “ A ARTE ESTÁ
EM QUEM PRODUZ”
Ao concluir a presente e
despretensiosa postagem, é uma minúscula homenagem pessoal e uma retribuição
mínima pelas gigantescas contribuições que este escriba recebeu das ARTISTAS e
das OBRAS ARTES VISUAIS NOBRES do RIO GRANDE do SUL. Elas agiram de uma forma
discreta, silenciosa e eficaz para constituir uma CONSCIÊNCIA COLETIVA
sul-rio-grandense, brasileira e universal.
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REGINA SILVEIRA :
firmeza, porém com ternura. .....em 18.03.2011
ESTILO : COERÊNCIA da
ORGANIZAÇÃO. ISTO é ARTE – 049
ARMINDA LOPES na busca do ESPLENDOR da VERDADE192 – ESTUDOS de
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ARTISTAS PIONEIRAS nas ARTES
VISUAIS do RIO GRANDE do SUL
AS
ARTISTAS e o ATELIER DE FERNANDO CORONA
POVOAR O BRASIL COM GENTE BOA
Fortuna crítica dos
ARTISTAS VISAUS SUL-RIO-GRANDENSES
http://profciriosimon.blogspot.com/2015/01/estudos-de-arte-004.html
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[1] OLGA
PARAGUASSU TERRA Eloy Lições de vida in Rosa Lima, Otavio er
LEDUR, Paulo Flavio JULINHO – 100 anis de história- Porto Alegre: AGE 2.00 pp44-47
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