sábado, 30 de novembro de 2013

077 – ISTO NÃO é ARTE



TENHO MEDO do HOMEM de UM LIVRO SÓ: ou o ANALFABETO FUNCIONAL.

"O brasileiro fala muito, documenta pouco, analisa menos e conclui definitivamente, a sua moda, na hora que interessa”.
Paixão Cortes, 1984, p.7.


Fig. 01 – O leitor está entre dois caminhos. Aquele que lê sistematicamente tudo e acaba não sabendo nada. Cada autor, cada ideologia, cada grupo social segue um determinado paradigma. Todo paradigma é integral e íntegro. O simples acúmulo de informações acaba gerando um entulho no qual reina o caos e a entropia. No outro caminho está a escolha de um livro só. O paradigma de seu autor vai tomar posse da mente e do coração do seu leitor e que ele joga na mais absoluta heteronomia da vontade e dos sentimentos. Um leitor, sem um projeto pessoal, está perdido.

Todos falam de analfabetismo funcional. Porém poucos  se  atrevem ir um pouco além deste chavão. Em princípio, todos padecem de algum tipo de analfabetismo funcional.  Poucos podem se confessar muito mais do que usuários de todas as suas linguagens dos suportes da era numérica digital.  Na medida em que avançam estas linguagens e os códigos até muitos se recusam a entrar em qualquer ambiente destes. Numa era planetária são cada vez mais raros poliglotas que dominam além de cinco seis códigos escritos e falados. O autor desta postagem é um perfeito analfabeto dos códigos da escrita e da interpretação musical. Também é analfabeto do telefone celular com cujos códigos não quer fazer as pazes.


Fig. 02 – A heteronomia da vontade transforma o ser humano num objeto ao dispor de atravessadores, medidores e de auto titulados da vontade alheia. A imagem acima é de uma atlante de uma fachada de um prédio da Rua da Praia de Porto Alegre. Na atualidade sua função no prédio é meramente semiótica. No entanto nesta função semiótica pode ser vista como uma metáfora do ser humano reduzido às suas circunstâncias da escravidão epistêmica, estética e servil.

A população da faixa escolar e mental e física acima dos 12 anos cronológicos padece cada vez mais para ultrapassar o quadro dos analfabetos funcionais. Analfabetos funcionais são aqueles que, apesar de usarem um único e mesmo código escrito e falado, continuam na heteronomia e incapazes de usar esta ferramenta para uma adequada ruptura epistêmica, estética e servil. Esta população é campo ideal para mediadores, atravessadores, e auto titulados formadores de opinião semear suas mensagens unívocas, lineares e fixas carimbadas pelo  mais baixo marketing e propaganda.

Fig. 03 – Todas as civilizações são cumulativas. Nos seus apogeus não conseguem mais entender a razão destes acúmulos,  muito menos administrá-los e não possuem claro - para si mesmos - as razões pelas quais colocam este acúmulo nas costas da nova geração. Esta civilizações -  que não conseguem entender mais e justiçar as razões este acúmulo antes, durante - e realizar uma adequada ruptura epistêmica, corre o risco de ser abandonada como a civilização  maia, desabar ou simplesmente ser entregue ao fogo como a biblioteca  de Alexandria.

Para perceber esta grave anomalia convém tomar como referência o que Nietzsche pedia (2000, p.27) ao seu leitor.
 “....espero do leitor três qualidades: 1) - deve ser tranqüilo e ler sem pressa; 2) - não deve fazer intervir constantemente sua pessoa e a sua cultura, e 3) - não tem direito de esperar – quase como resultado – projetos”.

O prestar atenção continuada ao fio de uma narrativa escrita é cada vez mais prejudicada pelo acúmulo e concorrência de linguagens parasitas. Parasitas de mediações incoerentes e de reforços bem intencionados mas, que de  fato, constituem possantes ruídos entre escritor e o seu leitor. É muito difícil, senão impossível, exigir do leitor virtuosidades nesta atenção ao OUTRO. A força natural e torrente da entropia já por si provoca a perda e de informações. Informações aparentemente tão singelos que, ou mitificadas ou naturalizadas  pela falta de atenção no seu manejo,  ou não funcionam, ou se revelam mais desastradas. O exercício braçal da cópia ou da redigitação parece ainda ser o alimento e estímulo na criação e construção desta atenção voluntária e dirigida. Este esforço físico consegue prender a atenção do leitor e é semelhante e simétrico daquele do autor que escreveu o texto original. De outra parte há necessidade de atenção redobrada às diversas línguas que se falam no interior do mesmo idioma. Todas as épocas, classes etárias, sociais ou profissionais possuem a sua própria linguagem. Impõe-se o máximo de atenção do leitor aos coloridos, entonações e sentidos que adquire uma única palavra neste trânsito cifrado etário, social, de época ou profissional. De outra parte o desgaste de senti, cultural e técnica alimenta esta entropia linguística Na falta desta atenção regredimos à categoria de analfabetos funcionais
ALZA PRIMA - DEPARTAMENTO ARTES PLÁSTICAS  instalação UdeC - CHILE
Fig. 04 – A monotonia do  mesmo e do múltiplo não só afeta o homem da “Idade Moderna” na sua produção,  mas o consumidor sofre o  mesmo condicionamento.  Se de um lado o livro impresso mecânica, e agora disponível virtualmente, foi um enorme avanço, de outro produziu multidões com o mesmo pensamento e motivações. Multidões que sentem em si mesmos os  mesmos sintomas, sem saber a causa, muito menos como romper com este circulo metal. Corre a metáfora que o texto “Sofrimentos  do Jovem Verter” levaram mais gente ao suicídio do que letras da obra de Goethe.

A imediata e precipitada conversão da leitura no repertório pessoal do leitor compromete inteira e definitivamente tudo aquilo que é proveniente do autor de uma narrativa ou texto. Esta apropriação indevida faz pensar num furto, numa traição ou  num crime de lesa autoria. O professor de Nero  ponderava diante do poder que o seu discípulo acumulava e dos seus  desmando e do pouco juízo com que agia:
“penso que muitos poderiam ter atingido a sabedoria, se não se tivessem imaginado ter chegado até ela, se não se tivessem fingido certas coisas em si mesmos, se não passassem por outras com os olhos fechados
                                                                  SÊNECA Da tranqüilidade do ânimo, p. 08[1]


 O analfabetismo funcional ganhou um poderoso aliado na indolência acadêmica. Este espaço favorece mediadores, atravessadores, e auto titulados formadores de opinião para semear as suas mensagens unívocas, lineares e fixas carimbadas pelo  mais baixo marketing e propaganda. Textos canônicos obrigatórios acadêmicos servem mais para bloquear vontades e sentimentos do que criar  ambientes estimulantes para desenvolver hábitos continuados de leitura. As secas e estéreis dos textos dissertações e teses atulham as ditas bibliotecas para testemunhar estes eficazes projetos de esterilização de vontades e sentimentos de potenciais leitores[2].

O analfabetismo funcional reforçado pela indolência acadêmica atinge seu apogeu quando alguém se fixa num texto e é incapaz de realizar e sustentar o seu contraditório e conferir e admitir o avesso de sua própria construção narrativa. Os latinistas já resumiam a questão quando afirmavam timeo hominem unius libri  (tenho medo do homem de um só  livro)

As ditas universidades dão vexame maior e reforçam a cultura deste homem incapaz de sair desta cegueira ou nem lhe fornece um fio de Ariadne ou escada para sair deste poço.  


[2] - Tese de Filosofia defendida pelo pintor Pedro Américo  diante de 2.000 pessoas. Veja no final da postagem um comentário da recepção, sumiço do texto desta tese e sua  redescoberta recente pela Academia  :


ITCHO HABANUSA 1652-1724  - SETE CEGOS EXAMINAM um ELEFANTE - xilogravura colorida do original  
Fig. 05 – Uma universidade fatiada em diversos saberes estanques se apresenta aos seus estudantes e mesmo aos seus docentes como a metáfora taoista da imagem acima

A tradição secular foi consagrada em outros tempos das ditas universidades. Os seus rituais aceitos sem exame.  Os prêmios e estímulos simbólicos, proveniente delas, constituem instrumentos de controle. Assim tornam-se, já pela própria natureza, um espaço altamente perigoso para qualquer criatividade. Estas formas universitárias bloqueiam e impedem qualquer ruptura epistêmica autônoma do estudante. Tradição, rituais, prêmios esterilizam as mentes e os corações dos seus agentes. A implementação do exercício urgente do aqui e do agora torna-se uma simples utopia. Diante deste mecanismo de inércia e esterilidade mental e prática um dos primeiros atos da Revolução Francesa foi desativar estas universidades inertes. Esta inércia triunfou de novo com volta dos Bourbons, em 1816 e com a força de velhos zumbis.

TENIERS David 1610-1690 - Arquiduque da Áustria -1647 - óleo sobre cobre 106 x 129 cm
Fig. 06 – A força da inércia cumulativa e o horror ao vazio  preenchem TEMPO e ESPAÇO do SABER imaterial. Cada obra de arte é cimenta da sua verdade única. Por isto ela não tolera a concorrência da sua rival. Esta concorrência cumulativa é, de fato, ruído para a sua comunicação que ser quer unívoca, linear e continuada no tempo. Um texto, mesmo uma enciclopédia, necessita deste próprio, esta  linearidade   tempo da fuga do.  Uma universidade fatiada em diversos saberes estanques se apresenta aos seus estudantes e mesmo aos seus docentes como a metáfora taoista da imagem acima

Na atualidade, esta força de inercia, usa  os espaços numéricos digitais para ocupa-los, ritualizá-los e corrompe-los. Na verdade estes novos ambientes necessitam 10 vezes mais criatividade, atenção e trabalho. Esta criatividade, atenção e trabalho são incompatíveis aos clássicos discursos de cátedra feitos por cima e por fora. Preenchem TEMPO com estes fáceis, longos e inoportunos discursos  e preenchem ESPAÇOS com estes formalismos rituais e decadentes. Estes não possuem outro objetivo do que camuflar e esconder a indolência acadêmica. O espaço decadente da escola não passa de um lugar ainda preservado do regime imperial. Ali os antigos títulos nobres transformados numa rígida hierarquia. Hierarquia que possui a função de transferir uma série de privilégios da nobreza decaída aos seus portadores. Com esta credencial não permitiam aos usarem as suas mãos e bloquear a entrada  de  qualquer  importuno que não tenha o seu “sangue azul” do títulos ”arduamente” conquistados por méritos inquestionáveis. O escritor Érico Veríssimo era professor convidado das universidades norte-americanas.  Em Porto Alegre não há notícia de alguém lhe confiar uma cátedra para repassar para a nova geração a sua múltipla competência. O  mesmo bloqueio e patrulhamento pelos titulares dos “sagrados direitos dos concursados  não permitia a presença continuidade nas cátedras de Porto Alegre de um Mário Quintana, de um Iberê Camargo e tantos outros que continuam a  constituir verdadeiras referências na identidade do seu tempo no âmbito local e nacional. Para o contrato e a permanência  na academia do arquiteto e escultor Fernando Corona foi necessário um verdadeiro ardil jurídico. Porém quando se criou a Faculdade de Arquitetura no âmbito universitário a guilhotina acadêmica funcionou com toda celeridade e eficiência e não se permitiu a  presença de Corona nesta nova unidade.  Faltou coragem suficiente para enfrentar o patrulhamento da indolência acadêmica e nem tempo para sustentar um longo processo para evidenciar a verdade do hábito da integridade intelectual.

Fig. 07 – Uma imagem pode forçar a aproximação de repertórios. Uma única imagem pode reunir Interesses, necessidades e repertórios  muito diferentes e distantes entre si mesmo sem que haja  a menor interação. Um texto ou um livro pode realizar esta mesma façanha e de uma forma  mais subliminar. Alexandre Dumas revela este perigo subliminar de um texto. Ele demoniza o cardeal Richelieu que dispara “traga-me um texto de três linhas do cidadão mais honesto do reino da França, e eu encontrarei, neste texto,  5 motivos para enforcar o seu autor”. A atenção do leitor ou do observador necessita conhecer os perigos de um texto ou de uma imagem,  por mais inocentes, divertidos e singelos que pareçam.

Porém o bloqueio mais grave acontece quando o leitor espera projetos fornecidos pelo autor do texto. As famosas “receitas de bolos” que só ensinam o seu modo fazê-los na prática. Porém ficam distantes de qualquer informação alimentar, as consequências na saúde do seu consumidor agora e no futuro ou a coerência com o clima, economia e “terroir” dos produtos necessários nestas “receitas”. Receitas são o núcleo e a motivação dos textos  de etiquetas, os manuais de práticas rituais militares e civis ou religiosos. Assim é pouco comum encontrar um artista concepção contemporâneas entre militares, nobres ou religiosos devido a estes projetos impostos pelo autor de manuais militares, de etiqueta e de práticas religiosas. Textos de projetos fornecidos pelo autor do texto colocam o seu leitor na sua heteronomia. Assim Sócrates, Buda ou mesmo Cristo não deixaram textos escritos. Agiam na sua condição de profetas.

Detalhe de IMAGEM de PROPAGANDA da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Fig. 08 – O marketing e a propaganda valem-se do elemento SURPRESA. Abusam, porém, deste expediente até o nível do ridículo e transpassam os limites da moral. O leitor, do outro lado,  considera “fraco” qualquer texto ou imagem que não o SURPREENDER e CHOCAR até o nível da agressão e selvageria. Esta necessidade de SURPREENSER e CHOCAR multidões, levou civilizações ao delírio das execuções públicas ou autoridades que incluíram estes números horripilantes em circos, autos-da- fé ou em touradas sanguinárias. Nas letras, nas imagens em cenas montadas intencionalmente, a  pornografia, a  pederastia e a truculência doméstica e pública são transpostas pelos seus atores em sórdidos estímulos para SURPREENSER e CHOCAR um público ávido por desvios de conduta e que ele não ousa, nem pensar, sem estes estímulos vindos de fora.

Aqueles que se dizem os seus prosélitos, súditos e os que se  declaram seus sacerdotes e discípulos  codificavam e estabeleciam textos onde codificavam a ortodoxia canônica destes profetas segundo o seu próprio repertório.  Este tipo de texto poderia derivar facilmente para um projeto de soberania dos discípulos diretos e um passo para a heteronomia para o seu público. Neste sentido cabe a distinção de Petrarca: ”há livros que conduzem para a sabedoria, outros para a loucura – Libri quosdam ad scientiam, quosdam ad insaniam deduxere”. Loucura que, se não desestrutura toda lógica do leitor, congela o pensamento na forma. Para ilustrar esta desestruturação da lógica do leitor Jean Paul Sartre cria, na sua obra a “Náusea”, a metáfora na qual alguém se entrega ao programa da leitura das obras da biblioteca seguindo a ordem alfabética dos títulos das obras. Paul Klee sentencia que “na Arte a forma é morte”.

SPERO LUCEM POST TENEBRAS - da capa do D.  Quixote  1605
Fig. 09 – A edição original da obra Dom Quixote ostentava, em 1605,  os dizeres “ESPERO a LUZ APÓS as TREVAS”. Talvez a confusão,  os ruídos que provocam a falta de atenção do  leitor, ou sua teimosa de se  misturar ao tema e espera de um projeto que SURPREENDA são trevas  muito mais densas do que do  período maneirista do qual emergiu a narrativa do Dom Quixote.

O analfabetismo funcional incapacita para ruptura epistêmica, estética e servil.  É o campo ideal para mediadores, atravessadores e formadores de opinião para jogar a população no caminho da heteronomia da vontade e sentimentos. Semeiam mensagens unívocas, lineares, fixas e carimbadas pelo  mais baixo marketing e propaganda.  Mudam formas, criam ferramentas e mecanismos. Porém mantem o mesmo objetivo de garantir a heteronomia da vontade e dos sentimentos daqueles que colonizaram.

O remédio - para esta heteronomia da vontade e do sentimento, tanto individual como coletiva - foi prescrito,   há dois séculos passados, quando em dezembro de 1813 o Correio Braziliense publicava (p.925) “Os escritos iluminam tanto o povo como o governo”.



FONTES BIBLIOGRÁFICAS

BLOCH, Marc (1886-1944)  Introdução à História.[3ª ed] Conclusão de Lucian FEBVRE - .Lisboa :Europa- América  1976  179 p.



NIETZSCHE, Frederico Guillermo (1844-1900).Sobre el porvenir de nuestras escuelas. Barcelona: Tusquets, 2000. 179 p.



PAIXÃO CORTES, João Carlos. Aspectos da música e fonografias gaúchas. Porto Alegre: Repressom   1984     117p.



SALOMON, Délcio Vieira. Como se faz uma monografia : elementos de metodologia do trabalho científico (4ª.ed)Belo Horizonte : Interlivros  1974    301p.          




SARAMAGO José - ENSAIO sobre CEGUEIRA – São Paulo: Companhias das Letras, 2001, 310 p.  

ENSAIO sobre CEGUEIRA BRANCA




SARTE, Jean-Paul (1905-1980) A NÁUSEA – La nausée – (12ª ed.) Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005, 253 p.



FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS



ANTROPOFAGIA no SÉCULO XXI na ALEMANHA.




BELEZA e NATUREZA


CORREIO do POVO - ANO 119 | Nº 57 PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2013,  p. 02 DO LEITOR

Renúncia

A renúncia por plágio em doutorado do ministro da Defesa da Alemanha Karl Theodor zu Guttenberg, em 2011, até então forte candidato a suceder Angela Merkel, ocorreu porque  foi descoberto que sua tese de doutorado seria plágio de diferentes autores. Até o título de doutor do ministro Guttenberg foi revogado, fato que aqui daria em nada e já teria prescrevido. Só que lá o primeiro a expulsá-lo foi o seu próprio partido, pois os políticos não querem colegas de caráter duvidoso. Enquanto que aqui só há denúncias de caráter político ou de vingança, e não por honestidade.

Sérgio R. Peglow, S. Lourenço do Sul



FILMES para MACACOS




INDOLÊNCA ACADÊMICA




QUEREM  O CARGO, mas NÂO as FUNÇÔES




RICHELIEU e os LIVROS de ALEXANDRE DUMAS



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