MITO
na PINTURA GREGA -
teoria e metodologia.
01 –A IMAGEM e a FIGURA do MITO - 02- FIGURAR o MITO ou NÃO ?.. 03
– “O QUE NÃO PODE SER DITO DEVE SER CALADO” (TABU) - 04 - O
QUE PODE SER EXPOSTO PUBLICAMENTE e ADORADO (TOTEM) - 05 – A LÓGICA
GREGA comandada pela GEOMETRIA – 06 – Os ARQUÉTIPOS DÓRICOS
- O6 A FANTASIA ORIENTAL dos JÔNIOS – 07 –As COLONIAS GREGAS -
08 -O HELENISMO e ECLETISMO penetra, nas culturas PÉRSIA e ÍNDIA-
09 – A PINTURA GREGA em ROMA – 10- O PENSAMENTO GREGO e o PAPEL
da CULTURAL ISLÂMICA da ÁLGEBRA sem IMAGEM e comandada pela
ABSTRAÇÃO.(PADRÃO INFINITO)
Fig.01
–
A
força de imagem com a respeitável idade de 40.000 anos revela um
flagrante das diversas etapas e mentalidades pelas quais evoluiu a
humanidade. Mentalidade
humana da qual não sabe a língua e, temos noções muito difusas
do seu conjunto.
No entanto esta pintura da
CAVERNA de ALTAMIRA revela nitidamente o repertório do caçador e
do tabu da NÃO REPRESENTAÇÃO da FIGURA HUMANA pois poderia ser
objeto de caça ou da ou de rituais de voo doo.
01 –A IMAGEM e a FIGURA do
MITO
O
CONSCIENTE é apenas uma pequena parte do imenso iceberg do
INCONSCIENTE humano submerso, invisível e imperceptível. Este
imenso INCONSCIENTE comanda pensamentos, ações e obras humanas.
Assim Roland Barthes possui razão quando escreveu (1967, p.9)1
que os “mitos
e ritos tomaram a forma de uma razão”
.
O PODER dos MITOS se expressa mais eficazmente pela IMAGEM do que
pela PALAVRA.
1
BARTHES,
Roland.
Système de la mode. Paris
: Seul, 1967. 327p
SANTAELLA, Lúcia et NÖTH Wiinfried IMAGEM cognição, semiótica, mídia São Paulo: Iluminuras 1997, 224 p.
SANTAELLA, Lúcia et NÖTH Wiinfried IMAGEM cognição, semiótica, mídia São Paulo: Iluminuras 1997, 224 p.
Fig.02 –
A
VENUS LAUSSEL pertence à uma etapa da ARTE que se situa a uns
15.000 anos antes da nossa era. Uma das antigas representações conhecidas do
culto a figura feminina que se se irá materializar na ISHTAR
suméria, na ASTARTÉ 1
fenícia da VENUS greco-romana, Chega a Porto Alegre na imagem de
Nossa Senhora dos NAVEGANTES e de IEMANJÁ que evidenciam diversas
etapas e mentalidades pelas quais evoluiu esta mesma temática da
cultura à FIGURA FEMININA . Esta
REPRESENTAÇÃO da
FIGURA HUMANA FEMININA é índice da persistência de um pensamento
como da evolução das suas aparências, designação mitos e ritos
próprios e inconfundíveis .
A
IMAGEM realiza a tarefa de revelar reflexos do REPERTÓRIO de QUEM
PRODUZ a ARTE quando a palavra não pode vasculhar esta parte
submersa do INCONSCIENTE HUMANO. Para quem recebe a IMAGEM - e lhe
presta atenção por algum motivo particular ou coletivo – capta
faz circular no mundo parte as profundas motivações de QUEM a
produziu. Com a IMAGEM não se discute pois ela é evidente para os
sentidos humanos. No entanto, ela não deixa de esconder muito mais
do INCONSCIENTE HUMANO que um simples olhar pode penetrar e apanhar
Fig.03 –
Da mesma forma como
adoramos a imagem de quem se quer bem, no lado oposto o ódio, a um
desafeto, leva a agressão e para a destruição da sua imagem .
A História da Arte esta repleta de DESTRUIÇÃO do que se considera
herege, tirano ou do que remete para a memória de uma época.
Permanece latente o mito e a crença de que aquilo que fazemos para a
imagem de alguém acontece para o retratado. Evidente que existe um
enorme progresso neste procedimento simbólico com a IMAGEM pois a
criatura humana abdicada AGRESSÃO FÍSICA ao SEU SEMELHANTE ou o
SACRIFÍCIO RITUAL de ANIMAIS.
O
fato de a IMAGEM esconder muito mais do INCONSCIENTE HUMANO que um
simples olhar pode penetrar e apanhar, não impede que a PALAVRA
oriente os ouvidos e os olhares de quem a recebe. Trata-se de
transpor o ABISMO entre QUEM PRODUZ e QUEM RECEBE a ARTE . Como a
ARTE ESTÁ em QUEM A PRODUZ este ALGUÉM PERTENCE a outro INSTANTE
de um DETERMINADO TEMPO. Para QUEM a RECEBE, a IMAGEM da ARTE, se
defronta com o fato de que a ARTE NÃO EXISTE MAIS, pois a IMAGEM
ESTÁ sempre no LUGAR DE ALGO que pertence a outro TEMPO de OUTRA
SOCIEDADE e, em geral, de OUTRO LUGAR.
GILGAMESESH https://pt.wikipedia.org/wiki/Gilgamesh
Fig.04 –
A
celebração visual do herói GILGAMESH irá derivar para os MITOS do
SETE TRABALHOS de HÉRCULES e as respectivas imagens, As imagens dos
HERÓIS NACIONAIS povoam as cidades de MONUMENTOS PÚBLICOS, As
TELAS gigantescas de feitos reais ou imaginados de seres MÍTICOS e
com um pé na realidade imaginada cobrem as paredes dos museus
nacionais.
Estes heróis não tem esparsos relatos do seu berço, infância e
são separados do seu tempo, como os MITOS que os distanciam e
transcendem os grupos humanos e que abrangem territórios sem
fronteiras e limites
02 – FIGURAR
o MITO ou NÃO?.. A BEIRA
do ABISMO.
O
MITO foge a toda LÓGICA e VAI MUITO ALÉM daquilo QUE a RAZÃO HUMANA
pode ALCANÇAR. A ARTE se ENCONTRA no mesmo campo de forças do MITO.
ARTE e MITO estão a BEIRA
do ABISMO
dos ENTES PRIMITIVOS do DISCURSO HUMANO.
Fig.05
–
A
apropriação grega do MITO de GILGAMESH nos SETE TRABALHOS de HÉRCULES e as suas respectivas imagens, As imagens dos HERÓIS
NACIONAIS continuam a povoar as cidades com MONUMENTOS PÚBLICOS, os
museus exibem gigantescas TELAS que narram de feitos reais ou
imaginados de seres MÍTICOS e com um pé na realidade pouco
provável.
Estes heróis míticos não tem berço, infância. Estes HERÓIS
estão separados da sua sociedade, do seu tempo e lugar donde provém
por uma engrenosa transcendência gerada pelo MITO. Ninguém em seu
são juízo agarra e domina, com as mãos nuas, a fúria de um jovem
e irritado leão.
Todos
sabem, à sua maneira, o que significa MITO. No entanto TODOS são
impotentes para encontrar e fazer um DISCURSO LINEAR e UNÍVOCO QUE
EXPRESSE um CONSENSO do que é o MITO na sua ESSÊNCIA. Neste ponto
a PALAVRA e a IMAGEM se dão as mãos para tatear os ABISMOS do
INCONSCIENTE HUMANO do que o MITO NÃO REVELA.
O PESO da ALMA a JULGAMENTO
https://www.sciencephoto.com/media/459920/view
Fig.06
–
A
elaborada representação egípcia do LIVRO DOS MORTOS está cercado
de IMAGENS HIERÁTICAS . Estes
textos e imagens afetaram profundamente as crenças dos hebreus, dos
gregos, dos bizantinos e do mundo islâmico. As IMAGENS EGÍPCIAS
estão no “LUGAR DAQUILO QUE NÃO PODE SER DITO”. Assim apenas
sugerem algo que transcende os SENTIDOS e a RAZÃO humana.
A
IMAGEM e a PALAVRA sempre estão no INCONDICIONAL diante do MITO e da
sua REPRESENTAÇÃO. Assim a fabricação da representação de uma
IMAGEM do MITO sempre é algo provisório. Provisório que, ao se
multiplicar, vai tecendo uma REDE de SENTIDOS do MITO e que
gradativamente mapeia este estranho território dos SABERES HUMANOS.
03 –“O QUE NÃO PODE SER
DITO DEVE SER CALADO” (TABU)
Sempre
existe o imenso vazio no discurso humano provocado por aquilo que
NÃO PODE ser DITO por mais agudas e instrumentalizadas que sejam as
análises semióticas e a lógica da linguagem.
Ludwig
WITTGENSTEIN
- ao se desentender com o seu mestre SUASSURE1
- enveredou para o capo filosófico. Publicou o “TRACTATUS
PHILOSOPHICUS”2
. O último e sétimo capítulo apenas contém o aforismo “o
que mão pode ser dito deve ser calado”
Neste campo cabe toda a força inerente ao MITO com seus mistérios
cultivados em todas as culturas humanas.
Fig.07 –
Uma
cena funerária etrusca mostra algo semelhante à representação do
LIVRO DOS MORTOS EGÍPCIO. ESTAS IMAGENS estão no “LUGAR DAQUILO
QUE NÃO PODE SER DITO”. O
insondável mistério da VIDA e da MORTE ultrapassa qualquer texto
e imagem . No entanto a imagem e o texto afetaram profundamente as
crenças de todas as culturas que atingiram certa coerência
interna . Estas
IMAGENS estão no lugar de ALGO QUE NÃO EXISTE MAIS e apenas
sugerem algo que cerca um MITO.
A
cultura grega se destaca no esforço em trazer para a LINGUAGEM
FALADA, ESCRITA e VISUAL a potencialidade desconhecida deste
INCONSCIENTE COLETIVO da ESPÉCIE HUMANA. Esta realizou trabalho com
os MEIOS que o seu repertório lhe permitia. Porém esta cultura não
é a única e nem pretendia ser definitiva e conclusiva. No entanto
ela se constituiu em paradigma para as demais culturas e seus
respectivos MITOS. Assim as culturas ROMANAS e CRISTÃS possuem muito
da essência HELÊNICA apesar dos nomenclatura ser bem diferente dos
MITOS GREGOS.
Fig.08
–
A
“PARISIENSE” de CNOSSOS traz evidentes traços da PINTURA
EGIPCIA.
Imagem
descoberta por EVANS na ILHA de CRETA e que se revelou uma fonte de
concepções que os gregos cultivaram ao longo de sua história
levando-a a um indiscutível apogeu. Diante desta IMAGEM é possível
admitir com HEIDEGGER que a “FILOSOFIA NASCE do ESPANTO”.
Espanto como do frio inglês surpreendido por algo que os pintores de
sua época estava buscando na “ PINTURA como PIGMENTO SIMPLESMENTE
SOBRE uma SUPERFÍCIE “
04
–- O QUE PODE SER
EXPOSTO PUBLICAMENTE e ADORADO (TOTEM)
A
formação de um inconsciente coletivo tornou-se essencial para o
surgimento, desenvolvimento e reprodução do ESTADO compreendido
nas concepções da ERA INDUSTRIAL. Não é por acaso que a CULTURA
GREGA e os seus MITOS fundantes voltaram ao estudo, entendimento e
propagação quando esta ERA INDUSTRIAL começou a MAPEAR, AFIRMAR e
e procurar os MEIOS SIMBÓLICOS para afirmar a sua identidade. Os
NORTE-AMERICANOS abriram os livros para funar e legitimar a concepção
da sua nova capital WASHINGTON e tomaram a sério as tipologias e
as ORDENS GREGAS para construir e dar uma identidade visual aos
equipamentos públicos e particulares dos seus ESTADOS FEDERADOS. A
EUROPA retomou os seus MITOS ANCESTRAIS mas com a FORMA GREGAS para
fundamentar os seus ESTADOS NACIONAIS. Mesmo o BRASIL idealizou o
indígena e lhe emprestou o VISUAL GESTOS HEROICOS e a MENTALIDADE
GREGA
Fig.09
–
PITÁGORAS
(570-490 a.C.) encontrou os fundamentas do denominado TEOREMA de PITÁGORAS no meio dos sábios da CULTURA EGIPCIA que o usavam deste
tempos imemoriais para os cálculos das pirâmides e monumentos
erguidos `ss margens do Rio NILO. As IMAGENS EGÍPCIAS estão no “LUGAR DAQUILO QUE NÃO PODE SER DITO”. PITÁGORAS RESOLVER FALAR e ESCREVER sobre esta propriedade do TRIÂNGULO RETÂNGULO descoberto e NÃO REVELADO pelos EGÍPCIOS.
05 – A
LÓGICA GREGA comandada pela GEOMETRIA.
A
abertura da inteligência para outras culturas sem perder de vista a
sua própria identidade e valores dos quais não abria mão foi um
dos grandes méritos da cultura grega.
A
cultura grega atualizava a sua inteligência para a no mundo externo
com o objetivo de prosseguir na sua pesquisa estética coerente com
identidade interna da qual era portadora.
Além
do intercâmbio silencioso e individual os seus mais renomados
mestres foram buscar os fundamentos da RAZÃO nos sólidos
conhecimentos de GEOMETRIA que os sábios egípcios haviam
desenvolviam porém não divulgavam para os não iniciados,. Os
mestres gregos só deixavam entrar nas suas academias os que
conheciam os fundamentos da GEOMETRIA. Não se tratava de conhecer
só as FIGURAS GEOMÉTRICAS, mas o ENTES PRIMITIVOS desta CIÊNCIA. ENTES PRIMITIVOS que sã a
PONTO, a LINHA e o PLANO pois não podem ter existência na natureza por que
não existem ENTES sem comprimento, largura e profundidade.
Fig.10 –
O
ARQUÉTIPO das FORMAS PLÁSTICAS encontrou os fundamentas do
denominado TEOREMA de PITÁGORAS no meio dos sábios da CULTURA
EGIPCIA que o usavam deste tempos imemoriais para os cálculos das
pirâmides e monumentos erguidos às margens do Rio NILO. Esta imagem foi descoberta por Sir Arthur EVANS em CNOSSOS1
na
ILHA de CRETA
06 – Os
ARQUÉTIPOS DÓRIOS.
As
vigorosas concepções dos DÓRIOS - vindos da EUROPA CENTRAL - aos
poucos buscaram formas físicas nos primeiros objetos físicos que
criavam para si mesmos. Como todas as culturas vigorosas, e com algum
futuro, estes objetos são ARQUÉTIPOS daquilo que irão conservar ao
longo de sua evolução no tempo histórico. Os DÓRIOS Em contato
com o clima mediterrâneo, com as ilhas do MAR EGEU, recortado,
acidentado LITORAL que retificado é muito maior do que do que aquele
de grandes países com um litoral retilíneo.
Na
sua abertura para as CONCEPÇÕES da GEOMETRIA vindo do EGITO criaram
a vigorosa ORDEM DÓRICA com a qual deram mostras da sobriedade e
elegância no modo de se conduzir na sociedade e de pensar os
problemas do quotidiano
Fig.11
–
O VASO MINÓICO do POLVO apresente perfeita coerência formal da
ESFERA coberta pelos pontos e linhas dos CHEIOS ( polvo) e dos
VAZIOS (fundo) Esta coerência formal remete para uma CULTURA que
havia encontrado meios para expressar um PERFEITO EQUILÍBRIO entre a
FORMA e o seu PENSAMENTO.
A descoberta por EVANS de CNOSSOS e os vestígios do REI MINOS
revelou, na
ILHA de CRETA, uma
cultura ágrafa
, mas plena de sentido, harmonia e um vigor que deu os seus frutos ao
longo do tempo.
07 – As
COLONIAS GREGAS.
A
expressiva identidade grega não podia fica indiferente diante de
povos e culturas desprovidas de um projeto. Se estes povos eram
problema nas suas desvairadas iniciativas personalizadas, sem rumo
definido e em constantes agitações, também era oportunidade para
propagar não só a ideologia e a coerência interna grega, mas os
produtos superiores dos gregos elaborados no seu seguro e
qualificado artesanato.
ATENAS
ao concentrar os tesouros das demais CIDADES GREGAS não só construi
seus admirados PRÉDIOS PÚBLICOS como criou uma categoria de
OLEIROS, CURTIDORES de PELES e FABRICANTES de TECIDOS. Os oleiros
forneciam uma variada CERÂMICA na qual envasavam o o AZEITE de
OLIVA.
Conta
o mito grega que os atenienses ao escolherem a sua PADROEIRA num
concurso publico entres seus deuses escolherem ATENAS pois esta se
apresentou-lhes, neste certame - entre as ruidosas, prepotentes e
corruptas propostas dos deuses do seu OLIMPO - uma MUDA DE OLIVEIRA
Fig.12 –
A grande virtude e força da CULTURA GREGA permitiu-lhe penetrar no
âmago de outras culturas, assumir as aparências desta cultura
alheia e lhe dar uma coerência baseada nos princípios, paradigmas e
identidade HELÊNICA. Este
pensamento, coerência e saberes gregos fizeram viajar na mente
dos seus artesãos e artistas como aconteceu em PERSEPOLIS onde fica
evidente a presença subliminar da ordem, da técnica e experiências
testadas na GRÉCIA. O mesmo pode ser dito da escultura budista. Há
inclusive especulações de que BUDA (566-483 d.C.)1
e PITÁGORAS (570-490
a.C.)
tenham
se encontrado pessoalmente.
08
– O HELENISMO e
ECLETISMO penetra nas culturas da PÉRSIA e da ÍNDIA .
Os
artesãos, os comerciantes e os sábios gregos haviam percorrido e se
fixado nas rotas e cidades muito antes de ALEXANDRE MAGNO as
conquistar oficialmente.
Não
eram só as colônias gregas das costas da Ásia Menor. Esta era a
base destes sábios, artesãos e comerciantes se lançar pela ROTA da
SEDA, com as culturas da Índia e Pérsia. A magnifica CAPITAL PETRÓPOLIS recebeu significativos aportes técnicos e estéticos dos
escultores, arquitetos e artesãos de origem e educação grega.
As
estátuas de BUDA possuem evidentes traços da ESCULTURA GREGA.
Fig.13 –
A descoberta da DOMUS ÁUREA - depois as escavações em Herculano e
Pompeia – evidenciaram as heranças da PINTURA GREGA. Ainda que os
ROMANOS preferiam a PALAVRA ágil da RETÓRICA, da CRÔNICA, da
POESIA e da SÁTIRA, deram oportunidade aos escravos gregos projetar
algo da PINTURA HELÊNICA que desapareceu devido aos seus frágeis
suportes Assim
as obras de Apeles e demais pintores gregos são conhecidas devido à
narrativas escritas tanto dos gregos como romanos instruídos.
09 – A
PINTURA GREGA em ROMA.
As
colônias gregas na PENÍNSULA da ITALIANA forneceram muitos
elementos estéticos e conceituais para a cultura básica deste
região e populações.
A
própria da epopeia da ENEIDA1
reconhece que foram os vencidos na GUERRA de TROIA que deram origem à
cultura ETRUSCA da qual ROMA era uma das suas cidades. Virgílio se
inspirou em HOMERO que busca superar e criar uma TERCEIRA PARTE da
ILÍADA e da ODISSEIA. O que fato consegue e revelar a sua profunda
admiração e respeito dos romanos pelos gregos
Quando
os romanos conquistaram pelas armas a Grécia o fluxo de artistas,
filósofos e comerciantes helênicos tornou-se sem fronteiras . -
que renomearam como ACAIA - que tomou conta da cultura simbólica de
ROMA. Esta mantinha o controle ECONÔMICO, POLÍTICO e MILITAR.
Fig.14 –
A criação e estudo da ÁLGEBRA permitiu aos islâmicos pensar em
formas de representação do INFINITO e elaborar requintadas
produções plásticas nas quais se dispensa qualquer figura humana
ou animal. Este
pensamento, coerência e saber são coerentes com as recitações dos
mantras hinduístas e das suras do Corão. A resposta da cultura
ocidental foram as rosáceas das catedrais e a recitação rosário
em intermináveis repetições. Na literatura motivou a criação dos
contos das “MIL e UMA NOITES” cuja estrutura inspirou a criação das novelas
radiofônicas ou televisivas
10
– A ANTÍTESE ao
PENSAMENTO GREGO e o PAPEL da CULTURAL ISLÂMICA da ÁLGEBRA sem
IMAGEM e comandada pela ABSTRAÇÃO ((PADRÃO INFINITO)
A
estética da IMAGEM GRECO-ROMANA ganha toda a sua dimensão e
significado quando confrontada com a sua ANTÍTESE.
Nesta
ANTÍTESE militam a os tabus bíblicos, as prescrições de CORÃO e
TENDÊNCIA ICONOCLASTA que arrastou a CULTURA ORTODOXA BIZANTINA por
um século de uma GUERRA SANGUINÁRIA.
A
tendência não figurativa evoluiu dos ICONOCLASTAS RADICAIS para
reação ÍCONES sóbrios e com fundos de ouro. Esta evolução para
a IMAGEM FIGURATIVA e HUMANISTA ganhou força e vigor com
RENASCIMENTO ITALIANO. Os primitivos italianos deixam gradativamente
para um segundo plano o ÍCONE BIZANTINO. A busca do PENSAMENTO e PRÁTICAS ESTÉTICAS GREGAS ganhou peno sentido no ALTO RENASCIMENTO
Na
cultura ocidental do presente esta recusa da imagem figurativa está
evidente nos templos luteranos, nas sinagogas judaicas e mesquitas
islâmicas. Para contemplar, entender este transito simbólico e
completar estas espaços culturais e do mundo estético não
figurativo, impõem-se refinados instrumentos sociais1.
1SIMMEL,
Georg
Sociología
y estudios sobre las formas de socialización. Madrid:
Alianza. 1986, 817. 2v
Fig.13– A forte reação bizantina ás imagens (ICONOCLASTAS) foi motivado pelo tabu bíblico da representação figurativa da criatura humana. Esta tendência não figurativa foi secundada também pelo tabu vindo das interpretações do CORÃO e que optou pelo PADRÃO INFINITO ISLÂMICO Estas tendências NÃO FIGURATIVAS estão presentes na obra do artista EMÍLIO SESSA1 e que viveu esta experiência na cultura eslava quando esta artista trabalho em SOFIA. Sessa deixou uma amostra desta tendência não-figurativa e do PADRÃO INFINITO no teto da Igreja SANTO ANTÔNIO do Pão dos Pobres - Porto Alegre -RS .
O
século XX viu a introdução da ARTE NÃO FIGURATIVA, por meio do
CONSTRUTIVISMO e as tendências minimalistas geométricas. No
contraditório o EXPRESSIONISMO ABSTRATO explora os puros meios
formais e as repercussões nos sentidos humanos. Esta dialética
entre os SENTIMENTOS frente ao polo oposto da ABSTRAÇÃO imposta
aos sentidos e que caracteriza pela RESERVA que a RAZÃO - já havia
sido apontada em 1908 por WORRINGER2.
A
IMAGEM FIGURATIVA se VULGARIZOU na ERA INDUSTRIAL por meio de sua
REPRODUÇÃO MECÂNICA.. Com a vulgarização da IMAGEM pela sua
REPRODUÇÃO MECÂNICA3
da FOTOGRAFIA, do CINEMA e da ELETRÔNICA ela PERDEU a sua
ANTIGA AURA. Porém intensidade pela sua multiplicidade, sua
redundância e pela saturação subliminar do INCONSCIENTE HUMANO
Assim
é inegável que tanto a IMAGEM MECÂNICA, a FIGURATIVA e NÃO
FIGURATIVA são expressões do CONSCIENTE e que remetem e saturam o
imenso INCONSCIENTE humano qual iceberg submerso, invisível e
imperceptível. Este imenso INCONSCIENTE comanda pensamentos, ações
e obras humanas.
Nestas
condições torna-se mais aceitável e compreensível que os “mitos
e ritos tomaram a forma de uma razão”
como afirmou
Roland Barthes. Evidente que cabe a continua dialética entre os
polos opostos da EMOÇÃO e da RAZÃO. No contraditório e na
antítese da EMOÇÃO necessita-se da RAZÃO para atingir uma síntese
equilibrada, renovadora e viva.
Certamente
esta síntese equilibrada, renovadora e viva e permitem compreender
parte da vitalidade da ARTE GREGA na sua origem e seu peregrinar
através do TEMPO, de LUGARES e de SOCIEDADES diferentes
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EUCLIDES
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PITÁGORAS
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PINTURAS
de APELES
RUÍNAS
de PERSÉPOLIS
BUDA
Ferdinand
SAUSSURE
WALTER
BENJAMIN A obra de Arte na ERA de sua REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA
O
MITO dos UNICÓRNIOS na ECONOMIA
https://www.economist.com/leaders/2019/04/17/techs-new-stars-have-it-all-except-a-path-to-high-profi
1
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3WALTER
BENJAMIN A obra de Arte na ERA de sua REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA
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