terça-feira, 19 de julho de 2016

174– ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE

ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE 1956-1958

A ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE foi um projeto elaborado, editado entre os anos de 1956 e 1958 e impresso na EDITORA LA SALLE de CANOAS-RS.
Enciclopédia Rio-grandense. RIO GRANDE ANTIGO Canoas-RS: La Salle.  5º vol., 1956, Capa de Amélia Helena ZUG
Fig. 01 –  A ENCICLOPEDIA RIO-GRANDES constitui  um documento da ERA INDUSTRIAL e das sua circunstâncias Ela foi tornada obsoleta pela ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL dos recursos eletrônicos e digitais numéricos Porem esta mesma ÉPOCA-POS-INDUSTRIAL é competente para observar, estudar e se apropria e transformar as suas lições duradoras ao MUNDO VIRTUAL e para a REDE MUNDIAL na qual adquire outro público, sentido e funcionalidade.
Ela segue e se inspira na longa tradição ocidental das ENCICLOPEDIAS FRANCESA, BRITÂNICA, HERDER, ESPASA-CALPE  como tantas outras, cuja competência possui por limites os estados nacionais ou regionais. Busca colocar no papel impresso uma parte do projeto ou do pacto social, político e econômico que sustenta e materializa estes ENTES nacionais ou regionais. Assim não é por acaso que a ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE se apresenta publicamente como EDITORA REGIONAL
Enciclopédia Rio-grandense. RIO GRANDE ANTIGO Canoas-RS: La Salle.  2º vol., 1956, p.182 b.
Fig. 02 –  A paisagem do paralelo 30 Sul confere ao meio ecológico do RIO GRANDE do SUL características captadas pelo pintor Libindo FERRÁS em grande numerosas obras  como a reproduzida na ENCICLOPEDIA RIO-GRANDENSE Esta atenção à paisagem e sua elevação ao estatuto de um  objeto digno da uma obra de arte específica, começa a tomar forma e se materializa  como tema autônomo na medida em que a ERA INDUSTRIAL começa a destruir, poluir  e interferir de uma forma irreversível neste ambiente natural, A pintura da paisagem segue a regra feral  da imagem está sempre no lugar da algo que não existe mais. .
Constitui uma das expressões da ERA INDUSTRIAL no Rio Grande do Sul. Era materializado pela linha de produção, montagem e saída sustentada pelas máquinas e a sua lógica.
Enciclopédia Rio-grandense. RIO GRANDE ANTIGO e ATUAL Canoas-RS: La Salle.5 volumes CRÈDITOS
Fig. 03 –   O logo da  EDITORA LA SALLE sediada no Instituto São José de Canoas-RS. Esta EDITORA mantinha uma tipografia e uma gráfica na qual foram produzidos e encadernados o volume da ENCICLOPEDIA RIO-GRANDENSE. Constituída por profissionais da ERA INDUSTRIAL que circulavam em outras editoras e tipografias mantinham em funcionamento as maquinas de linotipia e as  impressoras de uma forma de linha de montagem próprios.   
Sob este ângulo a ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE expressa as competências e os limites  vividos no estado do Rio Grande do Sul no auge da sua ERA INDUSTRIAL. A década de 1950 constitui um período posterior ao ESTADO NOVO e anterior ao GOLPE de 1964. No plano nacional é a época da Iª Bienal de São Paulo (1954), o 4º Centenário da Cidade de São Paulo (1954) e o inicio da construção de Brasília (1957). No Rio Grande do Sul a Editora do Globo e a sua revista estão no apogeu, apoiada pela série de indústrias familiares e da VARIG
LITRAN, Guilherme (?  - ?  ) https://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_Litran
Enciclopédia Rio-grandense.  RIO GRANDE ANTIGO Canoas-RS: La Salle.  1º vol., 1956, p.280 b.
Fig. 04 –  As origens de um ser humano, de uma instituição ou mesmo de uma nação deixam traços indeléveis e constituem a sua referência permanente em qualquer pacto social, político e mesmo econômico. Assim a ENCICLOPEDIA RIO-GRANDENSE dedica os dois primeiros volumes a estas origens que denomina RIO GRANDE ANTIGO. O que ressalta é a emergência coletiva desta memória nos momentos de crise e de escolhas  difíceis, onerosas e sangrentas militares nas quais se forjou esta memória coletiva sul-rio-grandense. Esta memória é revivida, cultuadas e serve de estímulo em muitos outros momentos de graves escolhas coletivas.   

De outro lado é necessário assinalar que esta ERA INDUSTRIAL veio  de roldão para o Rio Grande do Sul. Neste roldão foi mais importada e imposta pela circulação cada vez mais veloz do Capital. Esse Capital se internacionalizava, arrastava consigo e impunha  todo um conjunto material e imaterial.
As pequenas estruturas materiais, como aquela que produziu a ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE, não possuíam um suporte econômico, cultural e social para fazer frente a esta lógica globalizante do CAPITAL INTERNACIONAL.
Enciclopédia Rio-grandense. RIO GRANDE ANTIGO Canoas-RS: La Salle.  1º vol., 1956, p.150
Fig. 05 –  Além de participar e de interagir no meio geográfico  da Bacia do Rio da Prata o meio social, econômico e político o Rio Grande do Sul  teve muitas dificuldades de estabelecer competências próprias, limites e  fronteiras. Este convívio humano, técnico e cultural encontrou na ERA INDUSTRIAL  uma passagem e um ambiente favorável â circulação de informações, des pessoas e de mercadores e que estão se cristalizando lentamente no MERCOSUL ao longo da ÉPOCA-POS-INDUSTRIAL.
No plano imaterial prioriza nos seus textos a busca e as expressa nas razões e nas motivações daqueles estrangeiros e adventícios que se aquerenciaram  nesta parte do planeta. Ganha destaque o imigrante, a sua ideologia e o choque de realidade diante da escolha irreversível do seu destino. Imigrante pobre que veio tangido por alguma necessidade premente, que não tem meios para retornar à sua origem e nem condições econômicas para mandar dinheiro ou bens para a sua pátria nativa.
Enciclopédia Rio-grandense.  RIO GRANDE ANTIGO Canoas-RS: La Salle.  1º vol., 1956, 296 b.
Fig. 06 –  As lideranças sul-rio-grandenses político tiveram muitas dificuldades de estabelecer competências próprias, limites e  fronteiras  o Rio Grande do Sul. Bento Gonçalves, como um dos líderes da Revolução Farroupilha foi especifico na sua opção pelo Brasil numa carta ao regente Padre Feijó antes de deflagrar o movimento revolucionário. A ENCICLOPEDIA RIO-GRANDENSE reproduza na integra esta carta (vol. 1º pp.264-265) que culmina com a frase: “A formação de um estado dentro do Brasil”  Este ideal orientou o decreto nº 1 da  proclamação da República no dia 15 de novembro de 1889 que “tornava, “soberanos o estados”  no seu artigo 3º..

 Pátrias que continuam a mudar e evoluir política, econômica e socialmente na forma de regimes inteiramente estranhos. Regimes que ignoram e/ou cortam qualquer pacto ou contrato com quem as deixou fisicamente em algum momento ou razão. Migrantes que são remitidos, por estas pátrias de origem,  mais ao limbo dos “TRAIDORES” do que alguém PERTENCENTE e com o qual possam contar em algum momento da vida nacional.
Enciclopédia Rio-grandense.  RIO GRANDE ANTIGO Canoas-RS: La Salle.  1º vol., 1956, p.74 b
Fig. 07 –  As primeiras levas de imigrantes açorianos e alemães se fixaram às margens dos rios que confluem para a capital Porto Alegre. Sem vias terrestres confiáveis este meio líquido recebeu a expansão urbana de Porto Alegre e a abastecia com madeira, areia e principalmente com produtos agrícolas. As margens destes rios também viram florescer os primórdios da ERA INDUSTRIAL. São Leopoldo tornou-se um ponto de referência e lugar de investidas para assentamentos agrícolas e artesanato. O vale,  destes rios, recebeu  curtumes,  calçados e uma  atividade artesanal que evoluíram outros estágios tenrificados até atingir  um patamar próximo à ÉPOCA-POS-INDUSTRIAL,  
De outra parte a proibição rigorosa imposta de forma draconiana pelo ESTADO NOVO BRASILEIRO das LINGUAS NATIVAS das PATRIAS de ORIGEM destes imigrantes causou estragos de ambos os lados. A ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE tenta reparar, de alguma forma estes estragos recíprocos,  mostrando o imenso legado que ainda  pode ser salvo na década de 1950, por cima destas muralhas ideológicas.
Enciclopédia Rio-grandense.  RIO GRANDE ANTIGO Canoas-RS: La Salle.  1º vol., 1956, 306 ba
Fig. 08 –  O que o Rio Grande do Sul nunca esqueceu são suas polarizações antagônicas internas. Logo após a proclamação do Regime Republicano, emergiram duas correntes antagônicas entre FEDERALISTAS e REPUBLICANOS. Estas facções entraram, 1893,  em confrontos armados. A arregimentação de homens, armas e recursos de ambos os lados São narrados na  ENCICLOPEDIA RIO-GRANDES no seu Volume 1º nas pp. 301 até 337.

Assim, nas suas 1.734 páginas impressas, esta obra passa por alto os movimentos regionalistas e que se dizem  nativos e que entre 1956 - 1958 estavam ganhando os palcos, mentes e corações da nova geração nascida e criada nas condições locais. Nova geração que reage a queima das bandeiras e proibição da execução do hino sul-rio-grandenses empreendida pelo ESTADO NOVO (1937-1945). A ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE contorna o termo GAÚCHO o mais possível,. De outra parte é a época da retomada dos partidos políticos contra o PARTIDO ÚNICO da NAÇÃO do Estado Novo.
Enciclopédia Rio-grandense.  RIO GRANDE ANTIGO Canoas-RS: La Salle.  1º vol., 1956, p.306 bb
Fig. 09 –  Em contrate com as forças dos FEDERALISTA os CHEFES REPUBLICANOS se ativeram ao formalismo legal, ao prestigio econômico e ao acúmulo de bens e gente as suas ordens e eles diretamente subordinados. A ENCICLOPEDIA RIO-GRANDES informa - no  vol. 1º p. 336 - que a paz, entre as duas partes, foi assinada em Pelotas, no dia 23 de agosto de 1895. Apesar dos historiadores acharem apenas motivações política de fato o passivo de 10.000 mortos e prejuízos matérias inauditos certamente atrasaram, em muito, as condições favoráveis para emergência da ERA INDUSTRIAL no Rio Grande do Sul.
Sem propaganda, patrocinadores ou financiadores oficiais a ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE foi um projeto que ficou no meio do caminho e deixou áreas importantes fora. Pelo que se deduz ela era destinada a  assinantes de seu projeto. Ela gastou muito e além da conta no caro e demorado processo de sua criação, edição, preparação de linotipia e  ilustrações e impressão anterior ao offset. Além disto, as encadernações manuais, as onerosas estocagens e entregas.
Enciclopédia Rio-grandense. RIO GRANDE ATUAL Canoas-RS: La Salle.  3º vol., 1957, p.220 b.
Fig. 10 –  A elevação do Negrinho do Pastoreio ao nível de mito e o seu culto ganharam as galerias e os tetos do Palácio Piratini nos pinceis e cores de Aldo Locatelli[1].  Este mestre italiano havia chegado ao Rio Grande do Sul numa espécie de Missão Artística Italiana Eles. além de se somarem a demais estrangeiros rapidamente assimilaram os pontos altos da cultura sul-rio-grandense a que deram visualidade universal nas sua obras.
Supõe-se que as áreas que foram deixadas de lado nos primeiros cinco volumes deveriam constar nos volumes subsequentes aos cinco editados, conhecidos e disponíveis.
Volume I
Enciclopédia Rio-grandense. O RIO GRANDE do SUL ANTIGO Canoas-RS: La Salle.1º vol. 1956.  346 p.il col,
Volume II
-Enciclopédia Rio-grandense. O RIO GRANDE do SUL ANTIGO Canoas-RS: La Salle.2º vol.  1956, .296 p, il, col
Volume III
Enciclopédia Rio-grandense. O RIO GRANDE do SUL ATUAL Canoas-RS: La Salle.  3º vol.  1957, 343 p, il col,
Volume IV
Enciclopédia Rio-grandense. O RIO GRANDE do SUL ATUAL Canoas-R : La Salle, .4º vol., 1957. 370 p. il col.
Volume V
Enciclopédia Rio-grandense. IMIGRANTES Canoas-RS: La Salle.  5º vol., 1958, 379p   il col.


A VIA SACRA do NEGRINHO do PASTOREIO de Aldo Locatelli no Palácio do Governo


Enciclopédia Rio-grandense. IMIGRANTES Canoas-RS: La Salle.  5º vol., 1958, Capa de Amélia Helena ZUG.
Fig. 11 –  A Imigração ganhou integralmente o QUINTO volume da ENCICLOPEDIA RIO-GRANDENSE. Por meio das lideranças intelectuais estes segmentos em franca integração ganharam formas escritas antes de sumirem no conjunto nacional em rápida transformação devido as condições materiais e culturais que  a ERA INDUSTRIAL estava impondo aos seus filhos e netos
Nas áreas que foram deixadas de lado,  nos primeiros cinco volumes,  sente-se a falta da publicação, entre outras, das áreas geográficas, suas distinções, riquezas e clima. De outro lado a história das atividades agrícolas, as atividades industriais e comerciais. No plano imaterial faltaram os processos da educação formal institucional, o folclore e tradições. Assim passa ao lados dos dados sobre organizações políticas e civis como clubes esportivos e sociais maçonaria e escotismo
Enciclopédia Rio-grandense.  RIO GRANDE ANTIGO Canoas-RS: La Salle.  1º vol., 1956, p.124.
Fig. 12 –  As condições precárias que a leva da grande e massiva imigração italiana, iniciada em 1875, encontrou condições primarias no antigo CAMPO dos BUGRES e depois CAXIAS do SUL e  onde se irradiou por toda serrara Sul-rio-grandense.  Estes imigrantes peninsulares chegaram entrosados com os primórdios da ERA INDUSTRIAL,  mais adiantada da Europa, mantiveram uma intensa e coordenada interação com a ERA AGRÍCOLA em terras que antes haviam sido desprezadas por imigrantes açorianos e alemães. . 
O que não se pode negar para este projeto da ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE constitui um índice material e um documento da percepção dos projetos que perpassavam a intelectualidade do Rio Grande do Sul na sua época. Intelectualidade possível com parcos e difíceis meios de atualização e com parcos recursos e estímulos de pesquisa do seu meio e circunstancias. Personalidades forjadas no próprio meio cultural, social e econômico. Personalidades anteriores aos estímulos e programas e de pós-graduação institucional.
Enciclopédia Rio-grandense. IMIGRANTES Canoas-RS: La Salle.  5º vol., 1958, p. 284 b.
Fig. 13 –  A ENCICLOPEDIA RIO-GRANDENSE registra, através das lideranças os diversos projetos e resultados  de imigração que tiveram como destino o território do Rio Grande do Sul. Muitos deles sobras da  ERA INDUSTRIAL europeia mas com profundos e avançados conhecimentos técnicos, sociais e econômicos trazidos da suas pátrias dc de origem Isto é possível ver no volume 5º (pp. 280-302) da ENCICLOPEDIA RIO-GRANDENSE de 1958,  entre os imigrantes da Lituânia.  .
A ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE é uma narrativa em documento de ÉPOCA Toda HISTÒRIA e sempre uma narrativa. Porém nem toda narrativa é HISTÓRIA. Isto permite retomar este projeto e com os olhos voltados para a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. O presente blog se vale destas circunstâncias numéricas digitais e joga esta narrativa no mundo da rede mundial onde ganha outro formato,  dimensões e circulação.
GUIDO GNOCCHI, Ângelo (1893-1969) https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82ngelo_Guido
Enciclopédia Rio-grandense. IMIGRANTES Canoas-RS: La Salle.  5º vol., 1958, p. 128 b
Fig. 14 –  Na ENCICLOPEDIA RIO-GRANDENSE não faltaram  avisos dos  abismos entre as condições econômicas, sociais, políticas e culturais  constitui  escancarados em plena  ERA INDUSTRIAL agindo e se implantando e se reproduzindo no Rio Grande do Sul. A rápida e desordenada urbanização e a debandada do meio rural geraram malocas, favelas e habitações desumanas ao redor dos pequenos e grandes centros urbanos e dos quais Ângelo Guido mostra um exemplar.
Narrativa de uma potencial semente proveniente da ERA INDUSTRIAL e que possui potencial para germinar e se tornar um projeto capaz de mostrar o seu potencial na ÉPOCA PÒS-INDUSTRIAL. Potencial que iniciou com um PROJETO CIVILIZATÒRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA que o GOVERNO ESTADUAL, MUNICIPAL e UNIVERSITÀRIO necessitam exercer, em função do BEM PÚBLICO.  A ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE 1956-1958 faz registrar e estampa no seu 1º volume o CONHECIMENTO, o BENEPLÀCITO e  ESTÌMULO das pessoas que estavam exercendo as funções dos cargos máximos destas esferas no Rio Grande do Sul. Isto não significava apoio financeiro, conceitual  ou atrelamento de instituições públicas ou de cargos destes entes públicos. De outra parte, após esta apresentação oficial  não existes qualquer traço de patrulhamento ideológico, partidário ou controle da pauta a ser desenvolvido por aqueles que assinam os textos, as pedem e publicam
Enciclopédia Rio-grandense RIO GRANDE ANTIGO  Canoas-RS: La Salle.  2º vol., 1956, p.230 b.
Fig. 15 –  O caixeiro viajante a cavalo foi superado e surpreendido pelo caixeiro viajante motorizado que chegou primeiro e tirou o seu lugar. Pedro Weingärtner materializa, numa imagem, a superação da ERA AGRÍCOLA, lenta e segura, andando a cavalo, atropelada pelo carro veloz e perigoso a  ERA INDUSTRIAL. Da mesma forma a motorizada  ERA INDUSTRIAL que produziu a ENCICLOPEDIA RIO-GRANDES e tornada obsoleta pela ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL Porém as três etapas tem em comum a produção e a circulação e consumo que se torna cada vez mais veloz e rapidamente obsoleto e descartável
É um evidente desafio, da ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL, reencontrar, no presente, um ponto de sinergia para dar corpo a um PROJETO CIVILIZATÒRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA inspirado na ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE de 1956-1958. 
Enciclopédia Rio-grandense.  RIO GRANDE ANTIGO Canoas-RS: La Salle.  2º vol., 1956, p. 279 b
Fig. 16 –  A modelo rural que emerge das circunstâncias da ERA AGRÍCOLA para onde a pintora Justina Maria POHLMANN KERNER  e seu marido Alex POHLMANN, médico e também pintor (Ver obra vol. II p. 262 b) se estabeleceram como imigrantes. Ambos eram portadores de  diplomas  de cursos superiores de Arte e de Medicina concluído na EUROPA. Entre muito imigrantes avulso,  e de iniciativa pessoal de migrar, este estatuto era comum. Na sua quase totalidade ao menos era, alfabetizados como é possível verifica na Enciclopédia RIO-GRANDENSE no volume V 1958 pp.328 até 351   
O que reforça este caminho, na ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL,  é o fato que grande parte das narrativas relativas aos  autores dos textos e imagens já migraram e constam registros e/ou estudos, relativos a eles, disponíveis na rede numérica digital mundial, como é possível verificar na lista a seguir:
COLABORADORES com TEXTOS  e OBRAS AUTORAIS da ENCICLOPÉDIA RIO-GRANDENSE  (1956-1958)
ARROYO, Angel Antônio Gómez
BACK, Léon  (1882-1965)
BALEN, Monsenhor João Maria (
BECKER, Klaus (1920-1997)
BECKER, Reverendo Rudolf
BOEIRA, Oscar (1883-1943)
CARINGI, Antônio (1905-1981)
CASTRO de FREITAS, Enio   (1911-1975)
CHIARA, Wilma
CORONA Fernando (1895-1979)
CORRÊA de MORAIS, Zely
CREIDY, Abdallá Adalberto
SILVA, Acediago Nathanael  Duval da
FAEDRICH, Nelson Boeira (1912-11994)
FAHRION, João (1898-1970)
FARIA VIANA, João (1915-1975)
FAUSEL, Erich (  )
FERNANDES, Astrogildo
FERRAS, Libindo (1877-1951)
FERREIRA Filho, Arthur (1899-1996)
GARDOLINSKI Edmundo (1914-1974)
GRÜNEWALD, João (1832-1910)
GUIDO GNOCCHI, Ângelo (1893-1969)
HACZKIEWICZ Nikifor
HOFFMANN – Pastor Siegfried  (   ) Foto
HOFSTTETTER, Gastão (1917-1986)
JAEGER, Padre Luís Gonzaga (1889-1963)
KERNER, Justina Maria  Pohlmann (1846-1941)

KRAMER HAESBAER, Nelson (1918 - )
LAYTANO, Dante (1908-200)
LAUFER, Padre Frederico (1909-1998)
LINCK, Frederico

LITRAN, Guilherme (?  - ?  )
LOCATELLI Aldo ( 1915-1962)
MALAGOLI, Ado (1906-1994)
MARISTANY de TRIAS, Luís (18971964)
MENEGHETI, Ildo  (1895-1980)
MORETTO Abel (1900- ?)
OLIVETTI, Pastor  Odair ( ) foto
OLM, Erich Willy ( 1933-2015)
PELICHECK, Francis (1896-1937)
PELLANDA, Ernesto (1896- 1956) (biografía de Ángelo GUIDO Enciclopedia RIO-GRANDENSE 1957 pp.
PINHEIRO, Rev. José Pedro (  ) obra
RAMBO, Padre Balduino (1906-1961)
REVERBEL, Carlos (1912-1997)
 SANMARTIN Olyntho por MOACY FLORES
SCHULTZ PORTO ALEGRE, Walter (1907-1957)
STEINBACHER,, Franz ((1887-1933)
SUNBECK, Carl Albin ( )
TARSIER, Dr. Pedro (  ) Seminário
SPALDING, Walter (1901-1976)
VIEIRA da CUNHA, Liberato Salzano ( 1920-1957)
WALTH, Rer Carlos . Henrique (  )
WEINGÄRTNER, Pedro (1853-1929)
WIEDERSPAHN, Henrique Ernesto (  )
FAHRION, João (1898-1970)   https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Fahrion
Enciclopédia Rio-grandense. RIO GRANDE ATUAL Canoas-RS: La Salle.  3º vol., 1957, p. 192 b
Fig. 17 –  O modelo urbano na obra  do artista JOÂO FAHRION foi uma das expressões maiores e constantes das ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES interagindo e criando imagens para a imprensa  e linha de montagem das máquinas da ERA INDUSTRIAL. A obra, aqui reproduzida,  é o registro das modelos no terraço do 7º andar do prédio do Instituto de Artes e que por sua vez também expressas das novas técnicas construtivas disponíveis em Porto Alegre graças aos
Fica aqui o convite para PARAR, FOLHAR  e LER esta obra. Ela ainda se encontra em sebos, livrarias e no comércio eletrônico. Ou então disponível e no catálogo das principais universidades do Rio Grande do Sul. De outra parte permanece o desafio de conhecer o que os pesquisadores encontraram e colocaram a  disposição do que poderia constituir um novo e atualizado PROJETO CIVILIZATÓRIO SUL-RIO-GRANDENSE, ancorado e desenvolvido na ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL no âmbito das fronteiras do atua estado do Rio Grande do Sul.
ENCICLPEDIA RIO-GRANDENSE na INTERNET
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