O PENSAMENTO de
TASSO BOLÍVAR DIAS CORRÊA ATINGE a sua CULMINÂNCIA
21 –
A CULMINÂNCIA da ADMINISTRAÇÃO de
TASSO CORRÊA
22 – O 1º SALÃO PAN-AMERICANO e o 1º CONGRESSO
BRASILEIRO de ARTE
23
–
Um DESFECHO INESPERADO
21 – A CULMINÂNCIA
da ADMINISTRAÇÃO de TASSO CORRÊA
Tasso Corrêa recebeu uma homenagem pública[1],
na forma de um banquete na sala que depois seria da Pinacoteca do IBA-RS, por
ocasião do 20o aniversário da sua ADMINISTRAÇÃO continuada.
[1] - Oferecido
na noite de 19
de junho de1956 - terça feira –Em Díário de Notícias. Porto Alegre: dias 15.06.1956, 17.06,1956
e 22.06.1956
A Hora. Porto Alegre, dias
12.0.1956, 13.06.1956 e 15.06.1956 Correio
do Povo. Porto Alegre, 23.06.1956, p.4
O Jornal. Rio de Janeiro,
Sábado, 23.06.1956 (Recortes dos periódicos sem noe página da pasta
de Tasso Corrêa {148bCURR}
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
PERSONAGES da direita para a esquerda Irmão José Otão - Ilsinha
Daudt Corrêa - Tasso Corrêa – Coronel – Pandolfo.. Banquete oferecido na
Pinacoteca do Instituto. 19.06. 1956.
Fig. 52 – Os 20
anos continuados de administração de Tasso Corrêa e as suas realizações foram
comemorados no dia 19 de junho de 1956 num banquete de 200 talheres, realizado
na sala do prédio concluído em 1952 e que depois foi destinado à Pinacoteca do
INSTITUTO de ARTES. Os cursos de
Arquitetura e de Urbanismo do IBA-RS se haviam unido, em 1951, com aqueles da
Escola de Engenharia para formar a
Faculdade de Arquitetura da URGS. O Irmão José Otão era Reitor da PUC-RS desde
1954.
“Durante o ‘expediente”, foi lida a carta que o Professor Calmon
Barreto, representante oficial da Escola Nacional de Belas Artes nas homenagens
prestadas ao Dr. Tasso Corrêa, enviou a este, sendo aprovado, por unanimidade,
a transcrição em atado seguinte trecho dessa missiva: “depois
de feliz viagem e ainda emocionado pela
grata recepção e as amabilidades recebidas durante minha estadia aí, em Porto
Alegre, como representante da E.N.B.A., apresentei meu relatório verbal a nossa
Congregação. Por sorte minha, esta estava convocada para o dia 25,
segunda-feira. propuz, e foi aceito por unanimidade, que em síntese, êsse
relatório fosse transmitido em ata e que cópia do mesmo fosse enviado ao Instituto de B. Artes de Porto Alegre, afim de
que a douta Congregação dêsse notável estabelecimento de ensino artístico,
soubesse do nosso conceito e do quanto nos associamos a justa homenagem ao seu
ilustre Diretor”. Livro de ATAS n. 3 do CTA, sessão
do dia 30.06.1956, f.72v e 73f
Banquete oferecido na Pinacoteca do Instituto.
19.06. 1956 Um documento da administração Tasso Corrêa
aos cuidados e guardados no Arquivo do
IA-UFRGS
PERSONAGES (da direita para a esquerda) Athos Damasceno Ferreira –
(desconhecida) - Marlene Damasceno Perrozzi (desconhecida)- Coronel Daniel
Monteiro - Luís Carlos de Mesquita Rothmann.
Fig. 53 – Presentes
no BANQUETE a TASSO CORRÊA no dia 19 de junho de1956. O escritor e poeta Athos DAMASCENO FERREIRA dedicou a Tasso Corrêa a sua obra “ARTES PLÁSTICAS no RIO GRANDE do SUL”[1]. Luiz Carlos MESQUITA
ROTHMAN era na ocasião o secretário do IBA-RS e foi ele quem reconheceu os
nomes destas fotos.
O evento teve repercussões no Díário de
Notícias. Porto Alegre: dias 15.06.1956, 17.06.1956 e 22.06.1956
A Hora. Porto Alegre, dias 12.0.1956, 13.06.1956 e 15.06.1956
Correio do Povo. Porto Alegre, 23.06.1956, p.4
A Hora. Porto Alegre, dias 12.0.1956, 13.06.1956 e 15.06.1956
Correio do Povo. Porto Alegre, 23.06.1956, p.4
O Jornal. Rio de Janeiro, Sábado, 23.06.1956
(Recortes dos periódicos sem no e página da pasta de Tasso Corrêa )
(Recortes dos periódicos sem no e página da pasta de Tasso Corrêa )
O ano de 1957 será o
ultimo em que o IBA-RS passará integralmente sob as funções do cargo da direção
e comando de Tasso Corrêa. Uma foto deste ano marca a convergência de fatos e
pessoas ao seu redor. A estudante de Artes Plásticas Maria José Cardoso venceu
o concurso Nacional de Miss Brasil.
Aparentemente o fato não
tem ada a ver com o pensamento de Tasso Corrêa. Mas como homem de ação
capitalizou a publicidade do fato sobre a instituição que ele dirigia.
[1] DAMASCENO FERREIRA, Athos (1902-1975). Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900) Porto
Alegre: Globo, 1971. 540p.
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
Sentados [da
esquerda para a direita]: Amelita, (filha de Luís Maristany Trias), Alice
Brueggmann, Alice Soares, Tasso Corrêa, Miss
Maria José Cardoso, jornalista Lygia Nunes (esposa de Maximiliano
Fayet) De pé [na mesmo ordem]: Aldo Locatelli, João Fahrion Luis Carlos
Rothmann, Ernani Dias Corrêa, Evânio, Carlos
Mancuso, Luis Fernando Corona, Nelson Boeira Feadrich, Ado
Malagoli, e Maximiliano Fayet
Fig. 54 - A eleição de uma estudante do IBA-RS para Miss Brasil, e sua visita ao
gabinete da direção, foi um momento ímpar para conferir visibilidade e atenção
sobre a instituição dedicada ao ensino da arte. Ângelo Guido professor da
casa, largo tempo havia sido o organizar deste concurso no Rio Grande do Sul
através do Diário de Notícias. O fato gerou um aumento significativo de
candidatos ao vestibular em artes
Nesta publicidade fez
questão de se cercar das expressões e fisionomia daqueles que eram os valores
da casa.
O C.T.A do IBA-RS leu, no
dia 28 de maio de 1957, o decreto que considera de utilidade pública o
prédio ao lado de sua sede (Livro III f..82v). Com
esta aquisição se completa o prédio que
está ativo e sendo usado, ainda em 2016, como sede do Instituto de Artes da
UFRGS.
22 – O 1º SALÃO PAN-AMERICANO e o
1º CONGRESSO BRASILEIRO de ARTE.
TASSO CORRÊA PROPÕE a UNIVERSIDADE
das ARTES e o MINISTÉRIO das ARTES como tema a ser aprovado pelo Primeiro Congresso Brasileiro de Arte e o reforçou
com a realização do Primeiro Salão Pan-Americano de Arte
As comemorações do cinquentenário do IBA-RS foram
planejadas longa e detalhadamente por Tasso Corrêa e por sua equipe a partir
1956[1].
Estes atos tinham por objetivo conferir visibilidade nacional e internacional a
essas comemorações. A visibilidade nacional seria por meio da realização do 1º
Congresso Brasileiro de Arte e o IX Salão Oficial do IBA-RS. A internacional
foi acrescida depois por meio do 1º Salão Pan-Americano de Arte. No relatório
de Tasso Corrêa, no período 1951/6[2],
constava:
“O
Instituto de Belas Artes foi fundado a 22 de abril de 1908, comemorando, portanto,
seu cinquentenário, a 22 de abril de 1958. Para celebrar essa magna data foi
elaborado um programa de comemorações, como segue:
a) –
Congresso Nacional de Arte em geral;
b) –
publicação de anais;
c) –
cunhagem de medalha comemorativa;
d) – selo
comemorativo;
e) – IX
Salão Oficial de Belas Artes do Rio Grande Sul[3]
f) –
publicação de monografias sobre os mais eminentes artistas rio-grandenses
g) –
série de concertos sinfônicos, de câmara e de solistas”.
[1] - Atas - livro II da Congregação do Instituto
de Belas Artes{094ATA}, Ata livro
III do Conselho Técnico Administrativo até 14/11/1958,
{108ATA} Ata da Congregação de Professores. Sessões
extraordinária, ata de 11/03/1959{123ATA} e Ata
livro nº IV do Cons. Técnico Administrativo (CTA) do IBA{128ATA}
[2] - Relatórios de Tasso Corrêa 1951 até 1955 {126 Relat}
[3] - Trata-se na realidade do
VIII Salão do IBA-RS. Seria o IX se o de 1942 fosse considerado nessa numeração
dos Salões do Instituto.
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 55 – O logo
que acompanhou as peças publicitárias e a correspondência relativas ao cinquentenário INSTITUTO de
BELAS ARTES RS de 22 de abril de 1958, o Iº Congresso de Arte e Iº Salão Pan-americano de Arte Este
logo é uma exaltação à administração de Tasso Corrêa e a unidade que conseguiu
imprimir ao conjunto da Artes.
Para colocar esse projeto em movimento,
constituíram-se comissões internas, externas, nacionais e internacionais Uma
amostra das atividades dessas comissões é visível já em outubro de 1957, quando
Tasso Corrêa declarou:
“Convidamos
já cerca de quatrocentas entidades culturais sediadas por todo o território
nacional e mais de duzentas pessoas possuidoras de credenciais que justificam
sua presença na importante reunião, o sucesso do Iº Congresso Brasileiro de
Arte considera-se de antemão assegurado’”[1].
Essas entidades culturais foram motivadas por personalidades conhecidas
nas diversas áreas que Tasso esperava reunir nesse 1º Congresso das Artes.
Érico VERÌSSIMO no 1º Congresso Brasileiro de ARTE-
in Rev. Globo nº716- 17 05.1958 p. 83
Fig. 56 – Os
escritores do Iº Congresso de Artes foram representados e liderados por Érico
Veríssimo. Figura exponencial da Editora
e da Revista da Globo e uma conexão com
os Estados Unidos que enviou uma pesquisa fotográfica da influência mexicana na
Arquitetura da Califórnia Apesar
deste cuidadoso projeto da administração de Tasso Corrêa não conseguiu
reunir em Porto Alegre as figuras da Literatura Brasileira do Centro do Brasil.
Assim, os escritores foram coordenados por Érico Veríssimo, Guilhermino César e Athos Damasceno. Os pintores
foram orientados por Ado Malagoli e Ângelo Guido. Teatrólogos, por
Bolívar Fontoura. Os arquitetos, por Demétrio Ribeiro, Ernani Dias Corrêa e
Roberto Felix Veronese. Os engenheiros-arquitetos, por Edvaldo Pereira Paiva.
Os musicistas, por Ênio de Freitas Castro e Paulo Luiz Vianna Guedes. Os
escultores, por Fernando Corona[1].
[1] Cinquentenário do IBA-RS - Folder e cartaz [IA.3.4
– 037] Logotipo: e [IA.3.4
– 037-b] Cartaz do Cinquentenário do I.B.A. -RS do Iº
CONGRESSO Brasileiro de Arte Catálogo do 7º Salão do Instituto de Belas Artes{127CAT} 1º Congresso Brasileiro de Arte:
recortes de jornais{127bCongBoletim nº 1 do 1º Congresso Brasileiro de Arte, ,
{127cBol} Boletim nº 2 do 1º Congresso Brasileiro de
Arte {127dBoll}
e Boletim nº 3 do 1º Congresso Brasileiro de Arte. {127eBoll} CD-ROM - Disco 6 - IMAGENS. . Documentos
da administração Tasso Corrêa aos cuidados
e guardados no Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 57 – – Cena
central do mural que Aldo
Locatelli pintou no salão de festas
do 8º andar do prédio do IBA-RS
A figura de Fernando Corona está ao centro cercado de seus discípulos. No
lado esquerdo - de quem olha para esta obra
Locatelli pintou os retratos de
Tasso Corrêa, do seu irmão Ernani e os
encimou pelo busto de João Fahrion. No
extremo oposto, deste mural, estão
os bustos de Olinto de Oliveira e de Carlos Barbosa.
O Congresso foi planejado para toda a
intelectualidade brasileira que tivesse relação com alguma forma expressão
artística. Expressão artística
percebida, por Tasso Corrêa, como TRABALHO em COMUM:
“é
perfeitamente justificável a realização de um Congresso Brasileiro de Arte que
reúna em memorável conclave, a intelectualidade brasileira para, num bom
entendimento, estabelecer diretrizes que possam entrosar os interesses comuns,
no ensino, na difusão, nos deveres e nos direitos que devam atribuídos a todos
os que trabalham direta ou indiretamente na elevação da cultura nacional”[1].
Fig. 58 – Na
ocasião do CINQUENTENÀRIO IBA-RS o seu
salão de festas do 8º andar do prédio, e
anexo ao bar, recebeu um série de murais dos aristas plásticos do seu Curso Superior
de Artes Plásticas. As paredes
receberam murais de João Fahrion, Fernando Corona, Aldo Locatelli, Alice Soares
e de Ado Malagoli. As obras dos dois últimos não sobreviveram No da imagem Locatelli[1] sintetiza o pensamento de
Tasso Corrêa em relação à instituição e personagens.
Os contatos regionais e internacionais foram realizados por associações
de imprensa, de advogados e das academias de letras, que foram constituídas
como porta-vozes do evento. Esses porta-vozes foram municiados com um detalhado
regimento[2]
que não descuidava de projetos pontuais a serem discutidos e aprovados como
propostas de resolução. Assim, dois pontos eram vitais e explícitos no
Regimento: “nas conclusões o Congresso deverá apresentar ao Exmo Sr. Presidente da
República e ao Congresso Nacional um anteprojeto de criação do Ministério das
Artes[3] e das Universidades de Arte”.
[1] - LOCATELLI - MURAL 290 x 930
cm fev. 1958 http://www.ufrgs.br/acervoartes/obras/mural/mural/aldo-locatelli/image_view_fullscreen
[2] - Catálogo do 7º Salão do Instituto de Belas Artes{127a,b, c.d, e Boletim}{127Catal}. Catálogo do Iº Salão Pan – Americano de Arte
abril-1958-maio{127aCAT} 1º Congresso
Brasileiro de Arte: recortes de jornais{127bCong}Boletim
nº 1 do 1º Congresso Brasileiro de Arte{127cBolI}
Boletim nº 2 do 1º Congresso Brasileiro de Arte{127dBolII} e Boletim nº 3 do 1º Congresso Brasileiro de Arte{127eBolII}
[3] - A
proposta do MINISTÉRIO das ARTES do Congresso do IBA-RS precede quase um ano,
a efetiva criação do Ministério ‘Des
Affaires Culturelles’ da França, implantado em Paris no 08 de janeiro de
1959 tendo como ministro André Malraux. (Ver Monnier, 1995: 333). Evidente que
a proposta desse Ministério das Artes não
corresponde ao Ministério da Cultura
constituído no Brasil quase 30 anos depois.
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 59 – Imagem
de um dos últimos atos públicos comandados por Tasso Corrêa ocorreu no
auditório, que leva o seu nome[1],
e realizado no dia 22 de abril de 1958 quando o INSTITUTO de BELAS ARTES do Rio
Grande do Sul completava 50 anos. Na
sua fala Tasso Corrêa está abrindo
as solenidades do 1º Congresso de Artes do Brasil e o 1º Salão Pan-americano de
Artes
23 – Um DESFECHO INESPERADO.
23 – Um DESFECHO INESPERADO.
Com a sua dinâmica, barulhenta e consequente
atividade, Tasso conseguiu obscurecer a memória estática e silenciosa da
Comissão Central do IBA-RS, que o precedera na administração. No Cinquentenário
do Instituto, planejou e presidiu eventos, propôs e provocou, mas não precisou
tripudiar. Os 22 anos de administração ensinaram-lhe, na prática, os seus
limites e as suas competências em face da instituição e do sistema de arte, no
qual se movia com muita desenvoltura. Na última sessão do CTA presidida por Tasso Corrêa, no dia 19 de setembro de
1958, estava em pauta[2]
o IIº Salão Pan-Americano de Arte.
‘Ordem do
Dia, consta dos seguintes itens – 1º) – 2º Salão Pan-Americano: O Snr. Diretor,
inicialmente, põe o Conselho a par das providências já tomadas pela Direção com
referência a realização, em 1960, do 2º Salão Pan-Americano solicitando depois
aos conselheiros Fernando Corona, Ernani Dias Corrêa e João Fahrion a
elaboração do anteprojeto de regulamento para o concurso de cartazes, referente
a esse salão, bem como a apresentação de anteprojeto para o regulamento
definitivo dos salões pan-americanos”.
Mas o seu
tempo já havia passado. Alguns dias depois não obteve mais da Congregação a
costumeira unanimidade de votos para mais um mandato[3].
Diante desse resultado, retirou-se intempestivamente do recinto da eleição e, a
seguir, solicitou a sua aposentadoria[4].
Pagou assim também o preço do intelectual cooptado e a sua competência que lhe
fora imposta e mantida pelo Estado. Competência que não se estendia para além
desse Estado (Favero, 1980: 48). A sua candidatura, a um posto eletivo na
política nacional[5],
não tinha sustentação e nem vida própria fora do âmbito estadual. Vida própria
que a própria instituição de Arte não reconhecia e referendava mais.
Tasso se recolheu para a vida privada como o haviam
feito Olinto de Oliveira e Libindo Ferrás, líderes anteriores do Instituto.
Usufruiu o tempo da sua aposentadoria em Porto Alegre e não no Rio de Janeiro
como estes líderes. Rio de Janeiro que estava perdendo, em 1958, para Brasília,
o seu título de capital do Brasil. No início da década de 1970 foi indicado e
chamado para receber publicamente o TITULO de PROFESSOR EMÉRITO da UFRGS ao
lado do Fernando Corona.
Como líder ele possuía o sentimento do seu
tempo para se retirar do palco quando a sua ação havia passado. Tasso sempre foi consciente das suas
competências e dos seus limites nas suas EXPRESSÕES de AUTONOMIA. Na sua
retirada do espaço publico ele abria espaço para outras ideias, vez e voz para
outros atores. Os atores públicos nem sempre são conscientes do valor de suas
ideias relativas à autonomia do campo das artes. Atores públicos que também
ignoravam os limites e as competências de cada geração. Atores públicos nem
sempre atentos ao fato de que o Instituto das Artes “não é formado pelos sócios, mas por aquilo que contribuíram pelo
interesse que possuem no desenvolvimento das artes”’[6]. Os
líderes, que seguiram a esteira de Tasso CORRÊA a das presidências da
CC-IBA-RS, alimentaram esse patrimônio com milhares de informações [7]
destinando-as ao Arquivo Geral do
IA-UFRGS. Arquivo que guarda como testemunho silencioso da parte de Tasso CORRÊA que sempre esteve “atento em
alimentar a memória e a histórias do grupo com notas biográficas, cartas,
fotografias, documentação meticulosa; capaz de transformar os conflitos em
estímulos para a idealização e a solidariedade” conforme característica que
De Masi atribui ao líder(1997: 20). O silêncio, após sua ação, assumiu outra
faceta, que o mesmo De Masi percebeu (1997: 200) no líder ‘inconscientemente inclinado a comportar-se quase como se desejasse
que a organização por ele criada morresse com ele’. Muitos dos sonhos de
Tasso - e caminhos para realizá-los – se apagaram e se interromperam, em 07 de
julho de 1977[8], quando deixou de
existir fisicamente
[2] - Livro de atas nº III do
C.T. A, - sessão do dia 19.09.1958’ f. 90f.
[3] - Segundo o Decreto Lei n. º
19.851 de 11.04.1931 o diretor poderia ser reeleito contanto que obtivesse 2/3
dos votos.“Art. 27 – O diretor dos
institutos universitários, órgão executivo da direção técnica e administrativa
dos institutos, será nomeado pelo Governo, que o escolherá de uma lista
tríplice...§ 3º - O diretor terá exercício pelo prazo de três anos e só poderá
figurar na lista tríplice seguinte pelo voto de dois terços da Congregação ou
do Conselho Universitário”. Tasso
Corrêa esperava, nessa eleição de 1958, a costumeira UNANIMIDADE costumeira de
votos...o que de fato não mais se concretizou
[4] - Evento narrado por Luís Carlos PINTO MACIEL acadêmico na época, depois professor e
diretor do IA-UFRGS quando propôs a Conselho da Unidade o titulo de Professor
Emérito da UFRGS para Tasso Corrêa e
Fernando Corona
[5] - Tasso Corrêa havia pleiteado, em 1954, a candidatura
para o Senado Federal pelo Partido Social Progressista, perdendo esta vaga para
Armando Pereira Câmara e Daniel Krieger, sendo eleito Ildo Meneghetti para
governador. Leonel Moura Brizola alcançou, pelo PTB, o maior número de
sufrágios para a Câmara Federal do Rio
Grande do Sul. Documentos do currículo
de Tasso Bolívar Corrêa {148CUR} – Eleições em 03.10.1954 https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_gerais_no_Brasil_em_1954
[6] - {004ATA}. Livro de Atas
n° I da CC-ILBA-RS, f. 3v. de
01.05.1908.
[7] - Currículo de Tasso Bolívar Corrêa
(1901-1977) {148bCUR}
[8] - CORRÊA
dos SANTOS, Nayá “TASSO CORRÊA: uma vida uma obra de arte”.
Porto Alegre: Evangraf, 2001, p.5.
SUMÁRIO dos
TEMAS da SÉRIE
de POSTAGENS RELATIVAS ao PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA
Epígrafe: Uma AULA de AUTONOMIA de um ARTISTA.
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2013/05/001-expressoes-de-autonomia-na-arte.html
163 – INTRODUÇÃO
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/04/163-o-pensamento-de-tasso-correa.html
01 – O PROBLEMA..
02 - HIPÓTESESE...
03 –.. OBJETIVOS
164 - FORMAÇÃO
04 - .O PENSAMENTO de TASSO
CORRÊA e a sua ORIGEM FAMILIAR
05 - A FORMAÇÂO SUPERIOR de TASSO e ERNANI entre
os anos de 1918 -1924
06 - INÍCIO da
ATIVIDADE PROFISSIONAL de TASSO e de
ERNANI no RIO GRANDE do SUL
07 - A REVOLUÇÃO de 1930 e as ARTES
165 - A UNIVERSIDADE
BRASLEIRA e a ARTE
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/04/165-o-pensamento-de-tasso-correa.html
08 - A UNIVERSIDADE no
HORIZONTE do BRASIL
09
- O CONFRONTO de 1933 - no THEATRO SÃO PEDRO
10 – O DISCURSO de
TASSO CORRÊA como PARANINFO no THEATRO SÃO PEDRO em 24/10/1933
166 - PASSANDO para PRÁTICA
11 – A UNIVERSIDADE de
PORTO ALEGRE (UPA) e o PENSAMENTO de TASSO CORRÊA
.12 – APOIO DOCENTE a
TASSO CORRÊA e à UNIVERSIDADE de PORTO ALEGRE (UPA)
167 – O PENSAMENTO de
TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA EXPRESSO em CONTRATO INSTITUCIONAL
-13 – A LAVRA de um CONTRATO INSTITUCIONAL
-14 – A COMISSÃO
CENTRAL RETIRA-SE do CENÁRIO do IBA- RS
168 - ASSUMINDO as FUNÇÕES
. 15 – APOIO
DISCENTE a TASSO CORRÊA
..16 - O CONTRATO
CONTROVERSO de FERNANDO CORONA
. 17 - O DIRETOR ASSUME suas EFETIVAS FUNÇÕES.
169 - O CONSTRUTOR
...18 - TASSO CORRÊA o CONSTRUTOR
. 19 - TASSO CORRÊA
CONSELHEIRO de EDUCAÇÂO e CULTURA do RIO GRANDE do SUL
20 - TASSO CORRÊA PROPÔE a UNIVERSIDADE das
ARTES
170- CULMINÂNCIA
21 – A
CULMINÂNCIA da ADMINISTRAÇÂO de TASSO CORRÊA
22 – O 1º SALÃO PAN-AMERICANO e o 1º
CONGRESSO BRASILEIRO de ARTE
23 – Um DESFECHO INESPERADO
171 – CONCLUSÕES e LOGÍSTICA
CONCLUSÕES
FONTES BIBLIOGRÁFICAS e NUMÈRICAS DIGITAIS
SIMON, Círio - Pensamento de Tasso Corrêa (1901-1977)– Porto Alegre: monografia, 2016 ,
130 fls - com DVD, nº do sistema bibliotecas as UFRGS 000994363
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