O PENSAMENTO de
TASSO BOLÍVAR DIAS CORRÊA ASSUME as FUNÇÕES como CONSTRUTOR
...18 - TASSO
CORRÊA o CONSTRUTOR
.
19 - TASSO CORRÊA CONSELHEIRO de EDUCAÇÃO e CULTURA do RIO GRANDE do SUL
20 - TASSO CORRÊA PROPÕE a UNIVERSIDADE das ARTES
2 - TASSO CORRÊA o CONSTRUTOR.
O pensamento de TASSO
CORRÊA necessitava ganhar o mundo material. Nada melhor do que a materialização
em prédios e edificações específicas para a institucionalização e na reprodução
das Artes no Rio Grande do Sul.
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 43 – Tasso
Corrêa assina o contrato da construção do prédio do INSTITUTO de BELAS ARTES do
RS. Em agosto de 1941 o IBARS transferiu suas funções para a Ra da Paria,
nº 1.511. No dia 04.09.1941 iniciou a demolição do antigo prédio. No dia
22.08.1941 José Lutzenberger (no centro da foto ao fundo) indicou a firma José
Maria Carvalho para construção do novo prédio. No dia 15 de novembro de 1941
foi lançada a pedra fundamental deste prédio.
.
Tasso Corrêa exerceu as
funções de líder numa época de estados e governos unipessoais. O Estado Novo
brasileiro, o partido único e o feroz patrulhamento ideológico se refletiam,
reproduziam concorriam no espaço interno do IBA-RS para dar corpo, alimento e
sustento ao pensamento de Tasso Corrêa. Nestas circunstâncias o pensamento de
Tasso Corrêa construiu uma sólida base política, econômica e social sob o
abrigo da Arte. A materialização do seu pensamento foi erguido com ferro,
concreto, tijolos e vidros.
O prédio, erguido entre
1941 e 1943, em plena IIª GUERRA MUNDIAL, serve para a institucionalização e para a reprodução
das Artes no Rio Grande do Sul até e os dias do ano de 2016 e assim parece que
irá permanecer por muito tempo.
Fig. 44 – Entre
15 de novembro de 1941 e 30 de julho de 1943 foi construído, equipado e
inaugurado o primeiro bloco do prédio do
INSTITUTO de BELAS ARTES do RS,. Este bloco abrigava a portaria, o
auditório e oito andares incluindo o bar. O segundo bloco foi construído em
1952 e que compreende pinacoteca, as salas de artes visuais e o salão de
festas. No final da administração de Tasso Corrêa foi adquirido um pequeno
prédio comercial em cujo porão situava-se o Acervo do Arquivo do IBA-RS.
Alguns professores[1] do Instituto hipotecaram as
suas próprias residências no dia 02 de outubro de 1941, no 5º cartório de Porto
Alegre[2].
Essa hipoteca foi realizada um mês após a demolição do antigo prédio, e
destinava-se a obter aval de um empréstimo de 400:000$000 da Caixa Econômica
Federal. Esse gesto foi traduzido nas palavras do líder do IBA-RS que resumiu essa campanha e o seu espírito numa entrevista concedida, em 1942, no Rio de
Janeiro, e estampada no jornal Correio da
Manhã[3]:
“Esse
edifício é uma obra de gaúchos amantes da sua terra para gozo do povo,
coadjuvados por brasileiros de outros estados dedicados ao Rio Grande do Sul.
Resulta da aplicação dos recursos do Instituto – venda da sua velha sede,
empréstimo de quatrocentos contos de réis na Caixa Econômica, com garantia do
seu patrimônio – da doação de quinhentos e muitos contos por uma legião de
abnegados sul-rio-grandenses, cujos nomes devem ser escritos com letras de ouro
nas páginas da nossa arte, e do amparo dado por numerosos artistas plásticos
brasileiros que ofertam trabalhos para, com o produto de sua venda – que já
sobe a vários contos de reis – ser aumentado o fundo financeiro; esses
companheiros de idéias serão perenemente lembrados no próprio edifício. A cerca
de mil e trezentos contos ascende o custo do edifício – construção e
aparelhamento”. (TASSO CORRÊA, 1942).
[1] “No dia dois de Outubro assinavamos na Caixa
Econômica o emprestimo de quinhentos contos de reis. Para que constasse a
legalidade da hipoteca, assinaram conosco as nossas esposas. Os fiadores
fomos: Tasso Corrêa, Enio de Freitas e
Castro, Oscar Simm e eu Fernando Corona”. Diário de Fernando Corona, ano de
1941, fl. 425
De fato conseguiram o empréstimo de
400.000$000 da Caixa Econômica,
conforme o Livro de Atas do CTA.
[2] - Livro nº II das atas do
CTA, f. sessão de 6f 31.10.1941. O livro de atas omite os nomes dos que
praticaram tal gesto de desprendimento.
[3] - Diário de Manhã, RJ, dia 15.08.1942 {recorte no AGIA {079 Obr}}.
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 45 – Um carnê distribuído aos
2.000 “legionários” comprometidos economicamente com a CAMPANHA da construção
do prédio do INSTITUTO de BELAS ARTES do
RS. No
dia 17. 07. 1940 Tasso Corrêa recebeu do CTA-IBA-RS[1] a licença para lançada a Campanha pró novo prédio. Neste ato o CTA institui categorias
de contribuintes: Legião Pró-Construção e Legião de Benfeitores de Honra
e Beneméritos Esta mobilização se inspirava nas mobilizações nacionais
correntes no Brasil ao declarar guerra ao Eixo e mandar efetivos (pracinhas ou
legionários) para o teatro da II Guerra Mundial
Tasso Corrêa conduziu esse empreendimento como um político experiente [2]
e limitado pelo tempo do seu segundo mandato, durante o qual deveria entregar a
obra. Para essa realização, ele
coordenou e emprestou o seu próprio nome ao empreendimento e correndo pessoalmente
os riscos provenientes dessa opção. Tasso não só enfrentou o estigma da
tradicional resistência cultural de investimentos significativos em
instituições permanentes para a formação de artistas, como aqueles enfrentados,
em 1908, pelos criadores do Instituto, mas ele tinha contra a sua iniciativa, o
panorama mundial da Segunda Guerra Mundial, além das consequências locais da
enchente que, em 1941, assolou Porto Alegre[3].
18 - TASSO CORRÊA CONSELHEIRO de EDUCAÇÃO e CULTURA do RIO
GRANDE do SUL
Tasso Corrêa foi nomeado membro do Conselho
Estadual de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul por meio do Decreto no 2.018, de
06.09.1946, pelo Interventor Federal do Rio Grande do Sul, publicado no Diário
Oficial do Estado no dia 10.09.1946[4] Esta
nomeação ainda era realizada por um agente do Estado Novo, apesar deste regime
haver terminado no ano anterior. A Educação e a Cultura permaneceram, no Rio
Grande do Sul no âmbito da Secretaria do Interior.
[2] - Durand descreve 1989, p.
161 o perfil do novo político em cuja agir é necessário “observar o timing do moderno político que apresenta peculiaridades
interessantes, sugeridas por Bruand. O uso do orçamento de governo para
capitalizar reconhecimento público em uma carreira política individual só ganha
sentido se evitar com empenho o risco de a obra ser capitalizada por um
sucessor. ´E, portanto a lógica dos gastos das corporações econômicas e das
famílias ricas, cujas dotações são mais metódicas e estimuladas por incentivos
mais continuados, como os tributários, ou derivados de um gosto que se apurou
ao longo de muito tempo e que reponde pela montagem demorada de coleções”.
[3] - O
pesquisador recolheu, numa conversa informal com Cecília Zíngano do Amaral, que
procurou Tasso Corrêa, no final de 1941, para se candidatara ao vestibular do
Curso de Artes Plásticas. Ela expôs, ao diretor do Instituto, a sua
impossibilidade de pagar o curso, pois os seus pais, que moravam no bairro
Navegantes, haviam perdido tudo que possuíam, na enchente de 1941. Ela se
prontificava a acertar tudo após a
recuperação econômica da família. Tasso aceitou a palavra da aluna mandou
prosseguir a sua preparação para o vestibular e sem menor perda de tempo, se oferecendo como avalista de um cursinho
particular que preparava para o vestibular com sede na frente do IB A- RS e
mantida pela professora Judith FORTES e ex-aluna da Escola de Artes do IBA-RS. Cecília
ZINGARO do Amaral - https://books.google.com.br/books?id=kCMt9AjKLqEC&pg=PA38&lpg=PA38&dq=Cec%C3%ADlia+Z%C3%ADngano+do+Amaral&source=bl&ots=z-xGF7EX9Z&sig=kEuBJFusJcMmuz9NlwgpxF7bp4c&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjOi66Q4rHKAhXKHZAKHbhtDnQQ6AEINDAH#v=onepage&q=Cec%C3%ADlia%20Z%C3%ADngano%20do%20Amaral&f=false
[4] - Decreto no
2.018, de 06.09.1946, do Interventor Federal do Rio Grande do Sul,
publicado no Diário Oficial do Estado no dia
10.09.1946
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados na
Pinacoteca do IA-UFRGS
De esquerda para direita: João
Fahrion( autor do desenho), Benito Castañeda, Tasso Corrêa, Fernando Corona. Ângelo Guido, Joseph
Lutzenberger (no alto), Maristany de Trias e Ernani Corrêa – Do acervo da
Pinacoteca do IA-UFRGS.
Fig. 46 – A
gigantesca figura sentada de Tasso Corrêa é uma metáfora do poder que cercava o
Diretor do IBA-RS. Poder que ele acumulou ao longo de 22 anos da sua
administração sem ter Vice diretor ou dar conta para uma Universidade que
expulsara, do seu convívio, o INSTITUTO de BELAS ARTES do RS seis vezes. Tasso
Corrêa compartilhava amplamente - com os
seus pares da Música mas especialmente com os agentes das Artes Plásticas -
esta autonomia administrativa
conquistada com tantos sacrifícios e empenhos.
Para Tasso Corrêa era um cenário ideal para dar
corpo e expandir seu pensamento
A Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande
dos Sul (SEC-RS) é posterior ao Ministério de Educação e Saúde Publica (MESP).
Neste estava ativo Olímpio Olinto de Oliveira o fundador do IBA-RS.
Tasso CORRÊA assumiu a função, deste CONSELHO de EDUCAÇÃO CULTURA, como membro nato na medida do seu cargo no IBA-RS.
Instituição que reunia EDUCAÇÃO e CULTURA com abrangência estadual. O pensamento que Tasso Corrêa fomentou neste
cenário e desenvolveu ações importantes para a institucionalização das Artes no
Rio Grande do Sul. Prestando atenção apenas às Artes Visuais este pensamento,
deste conselheiro, foi ativo e determinante na constituição do Museu de Arte do
Rio Grande do Sul (MARGS).
Foto original aos cuidados e guardado no Arquivo do MARGS
Fig. 47 – O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS)
foi criado em 1954 logo após a contratação
e a vinda efetiva de Ado MALAGOLI ao IBA-RS por iniciativa de Tasso
Corrêa que também era conselheiro de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul. O
quadro cima é reconhecimento e
agradecimento a TASSO BOLIVAR CORRÊA e AO IBA e exposto na ocasião da
sua primeira exposição pública realizada em 1957 no foyer do Theatro São Pedro
Ação que resultou no corpo jurídico administrativo
da DIVISÃO de CULTURA da SEC-RS e na prática no embrião da futura Secretaria de
NEGÓCIOS da CULTURA do RIO GRANDE do SUL.
Desta ação resultaram as bases do contrato de Ado
Malagoli e de Aldo Locatelli para o IBA-RS e para o mundo cultural
sul-rio-grandense. O contrato de Malagoli irá permitir configurar um corpo
institucional ao MUSEU de ARTE (MARGS) e que hoje leva o seu nome. Já Locatelli
será o responsável pela conclusão interior do Palácio do Governo. Ambas as
obras permanecem como índices culturais do Rio Grande do Sul
19 - TASSO CORRÊA PROPÕE a UNIVERSIDADE das ARTES
O projeto da UNIVERSIDADE das ARTES era uma constante no pensamento de Tasso Corrêa. Era coerente na medida em este personagem agiu no âmbito da institucionalização e na
reprodução. O seu projeto circulou, ganhou as ruas e o público através dos
periódicos impressos da capital. O Correio
do Povo publicou no dia 14 de novembro de 1947:
“Presentemente
– diz-nos inicialmente o prof. Tasso Corrêa – o Instituto de Belas Artes é uma
verdadeira universidade de Belas Artes, reunindo quase todo o ensino, com os
seus cursos completos de música, escultura, arquitetura e urbanismo. Esses
cursos, com uma frequência de cerca de 600 alunos, são ministrados por
professores e especializados, sendo que muitos deles com cursos de
aperfeiçoamento e estudos feitos no Velho Mundo e na América. O Instituto de
Belas Artes já fez parte da Universidade local, desde a data da sua fundação
até 1939, quando dela foi apartado. Sem que o Conselho Universitário fosse
ouvido e mesmo sem seu protesto ou manifestação posterior, foi o Instituto
desanexado daquela entidade por um ato governamental, considerado por todos
muito infeliz, e que teve ampla repercussão nos meios intelectuais brasileiros,
comprometendo, assim a cultura e a inteligência dos homens que dirigiam,
naquela época, os destinos do Estado. Essa triste ocorrência, não resta a menor
dúvida, trouxe também seus benefícios – há males que vêm para o bem. É que nós,
professores reagimos e, com a ajuda do povo, construímos a magnífica sede onde
atualmente funciona o Instituto. Com as suas modernas instalações foi possível
a ampliação do seu campo educacional criando-se novos cursos – o de arquitetura
e o de urbanismo – de que tanto se ressentia nosso Estado, tão pobre sob o
ponto de visita arquitetônico e urbanístico”.
A expressão mais forte de
autonomia institucional dos agentes do IBA-RS e que sintetiza toda uma etapa da
sua história, se cristalizou na seguinte declaração:
“Se o
Instituto de Belas Artes não voltar para a Universidade, nada perderá, pois com
a ampla autonomia didática e administrativa que lhe é assegurada e concedida
aos seus professores, por lei, os mesmos direitos e vantagens dos professores
universitários, com liberdade de ação e entusiasmo do nosso trabalho,
promoverão a sua transformação em Universidade de Belas Artes”.
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 48 – Uma perspectiva de Fernando Corona,
visualizava, em 1947, o pensamento de Tasso Corrêa de um prédio para a Universidade de
artes Em 1947, na concepção da Universidade de Arte se ergueria, no terreno entre o IBA-RS e a
Igreja Luterana, o Teatro Municipal
com 2.700 lugares. Na esma concepção a Pinacoteca e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul se situariam na parte superior e
até a Praça Dom Feliciano
Alguém poderia argumentar que essa ‘Universidade de Belas Artes’ era
personalista, individual e reduzida à figura de Tasso Corrêa. Mas parece que
esse argumento não é totalmente verdadeiro. No mínimo ele encontrou ativo nesse
projeto outro integrante do Instituto, pois Fernando Corona colocou a sua mente
e mãos a trabalhar para dar corpo a uma série de projetos detalhados do prédio
que deveriam abrigar essa ideia[1].
Recorte sem data do jornal Correio do
Povo, aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS em 2005
Fig. 49 – No 15
de junho de 1944 o CTA.do IBA-RS aprovou a proposta de Tasso CORRÊA da compra
de um terreno urbano na cidade de
Farroupilha com a mediação de Pedro GRENDENE.
Destinado a uma COLÔNIA de FÉRIAS do IBA-RS deveria se denominar
Francis Pelichek. Um artigo do Correio do Povo sobre o tema era ilustrado por
uma perspectiva de Fernando Corona desta colônia. Luís Fernando Corona e Paulo
Valando detalharam este projeto e realizaram as plantas. Em 1962 este terreno
passou para a posse da UFRGS e que posteriormente o vendou para consertar o
telhado do antigo Instituto Parobé.
Tasso Corrêa apoiava sucessivas novidades de cursos Artes no Rio Grande do Sul
reforçado pelo desfile de personagens nacionais e internacionais. Além do
espaço físico- como a aquisição de uma gleba urbana da cidade Farroupilha, na
serra Gaúcha – cuidava da imagem institucional competente para o passo em
direção da UNIVERSIDADE das ARTES sob a coordenação nacional de um MINISTÉRIO
das ARTES.
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
Seminário
«GRANDES COMPOSIÇÕES» do arquiteto uruguaio
Maurício CRAVOTTO no IBA-RS julho 1948
Sentados (da esquerda para direita) Luiz
Ubatuba de Farias - Evaldo Paiva - Ney Chrisostomo da Costa – Eugênio Gustavo
Steinhof - Tasso Bolivar Dias Corrêa- Maurício Cravotto (Uruguai) - Athos
Damasceno Ferreira - Ildefonso Arrosteguy (Uruguai) - Fernando Corona
De pé Demétrio
Ribeiro Neto - Enilda Ribeiro - Jaime Lima dos Santos - Alfredo Leboutte -
Moacyr Zamora - Edgar Graeff - Luis Lampert Gaertner - Fernando Petersen
Lunardi. - Jair Amaury Koebe - Paulo Valandro - Tasso Olimpio Pufall - Charles
René Hugaud - Antônio Magadan - Bruno Felix Rossi - Emil Achutti Bered -
Salomon Sibemberg Kruchin - José Lorenzoni Parreira - Nelson Camargo Costa -
Remo José Irace - Jasson Cavalcante Albuquerque - Roberto Felix Veronese - Kurt
Günter Hugo Schmeling - Reporter
Fig.
50 – Tasso Corrêa entre o arquiteto austríaco Eugen STEINHOF (1880-1952) e o urbanista
uruguaio Mauricio CRAVOTTO. Uma
autêntica autonomia conseguiu inverter a direção da hegemonia de culturas mais
evoluídas sobre culturas que estão ainda na sua potencialidade. Este CURSO
SUPERIOR de URBANISMO iniciado e mantido pelo Instituto de Belas Artes do RS foi pioneiro do Brasil e autorizado a funcionar pelo Decreto Federal Nº 19. 991 de 26. 11. 1945”[1]
Oscar
Niemeyer transformou a sua fala de paraninfo numa projeção de slides da
arquitetura tradicional brasileira. A sua explicação presencial para
administração do IBA-RS, aos estudantes e ao público foi uma aula da origem do
seu pensamento plástico. Foi a sua derradeira visita e fala no Rio Grande do
Sul[2].
Conforme depoimento de Francisco Rio-pardense de Macedo ele se irritou
profundamente com as perguntas improcedentes e ofensivas de alguns
representantes da imprensa local.
[1] - Decreto Federal no
19.991 de 26.11.1945 publicado no Diário Oficial no dia
28 . 12 . 1945
[2] OSCAR NIEMEYER em
PORTO ALEGRE
(da esquerda para a direita): Edvaldo Paiva, Luís Artur Ubatuba de
Farias, Francisco Rio-pardense de Macedo, desconhecido, Tasso Bolívar Dias
Corrêa, Oscar Niemeyer Soares Filho, Coronel Carlos Pandolfo, Sérgio Corrêa, Nelly
Peixoto Martins, Desconhecido, Secretário do Instituto Nestor Cortes Paixão (Identificados por Francisco Rio-pardense de
Macedo em 05.06.2002)
Fig. 51 – A
FORMATURA dos TRÊS PRIMEIROS URBANISTAS do BRASIL em CURSO SUPERIOR no dia 13
de abril de 1949, foi um do momentos culminantes do pensamento de Tasso Corrêa.
Este soube transformar a sua aparente matriz burguesa em complementariedade diante do pensamento de
Oscar Niemeyer com matriz reconhecida e ostensivamente marxista. Evidente
não há originalidade nesta complementariedade. Na época Juscelino Kubitschek -
prefeito de Belo Horizonte – já havia confiado a Oscar Niemeyer a arquitetura
da Pampulha e, depois como presidente, a arquitetura de Brasília. O meio de
campo do URBANISMO coube a Lúcio Costa no Brasil e no Rio Grande do Sul a
Ernani Corrêa seu colega de ENBA.
Em
1949 estava-se delineando a GUERRA FRIA que também jogou a cultura
sul-rio-grandense num maniqueismo avassalador e reducionista, não só na
pesquisa estética como na própria atualização da inteligência local. Conflito
mundial que tirou o convívio e o pensamento de Eugen Gustav Steinhof[2]
de Porto Alegre e da Escola de Engenharia da URGS.
O projeto de Tasso, da UNIVERSIDADE das ARTES, não
se limitava a eventos, cursos e discursos. No mundo empírico Tasso Corrêa
registrou no seu relatório, editado em agosto de 1956, que além a sua
preocupação com o espaço físico, interessava também o conteúdo na forma de uma
Pinacoteca:
“Criação
da primeira Pinacoteca pública do Estado. É importante a coleção de obras de
arte que integram o patrimônio do Instituto. Figuram nela trabalhos dos maiores
artistas brasileiros e alguns estrangeiros. A Galeria de Arte compreende:
pintura (112 obras), Desenho (29), Gravura (19) e Escultura (29) num total de
189”.
Entre 1951-56 foram incorporadas 38 obras, segundo o relatório Tasso
Corrêa relativo ao “Patrimônio artístico. Obras incorporadas ao patrimônio artístico do
Instituto no quinquênio a que se refere o presente relatório: 24 pinturas, 4
esculturas, 4 gravuras, 4 desenhos e 2 peças decorativas”. As obras mais
divulgadas da Pinacoteca do Instituto são as pinturas de Ângelo Guido,
Castañeda, Maristany de Trias e Helios Seelinger e incorporadas, à Pinacoteca
do IBA-RS, nessa época.
Nestas suas investidas
mundo material o pensamento de TASSO CORRÊA ganhava forma e consistência. Porém
quem lucrava, por tempo indeterminado, era a pesquisa, o ensino e a reprodução
das Artes no Rio Grande do Sul. A sua institucionalização destas atividades era
garantida pela materialização em prédios e edificações específicas para as
Artes e usadas até os dias atuais para tal fim.
SUMÁRIO dos
TEMAS da SÉRIE
de POSTAGENS RELATIVAS ao PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA
Epígrafe: Uma AULA de AUTONOMIA de um ARTISTA.
163 – INTRODUÇÃO
01 – O PROBLEMA..
02 - HIPÓTESESE...
03 –.. OBJETIVOS
164 - FORMAÇÃO
04 - .O PENSAMENTO de TASSO
CORRÊA e a sua ORIGEM FAMILIAR
05 - A FORMAÇÂO SUPERIOR de TASSO e ERNANI entre
os anos de 1918 -1924
06 - INÍCIO da
ATIVIDADE PROFISSIONAL de TASSO e de
ERNANI no RIO GRANDE do SUL
07 - A REVOLUÇÃO de 1930 e as ARTES
165 - A UNIVERSIDADE
BRASLEIRA e a ARTE
08 - A UNIVERSIDADE no
HORIZONTE do BRASIL
09
- O CONFRONTO de 1933 - no THEATRO SÃO PEDRO
10 – O DISCURSO de
TASSO CORRÊA como PARANINFO no THEATRO SÃO PEDRO em 24/10/1933
166 - PASSANDO para PRÁTICA
11 – A UNIVERSIDADE de
PORTO ALEGRE (UPA) e o PENSAMENTO de TASSO CORRÊA
.12 – APOIO DOCENTE a
TASSO CORRÊA e à UNIVERSIDADE de PORTO ALEGRE (UPA)
167 – O PENSAMENTO de
TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA EXPRESSO em CONTRATO INSTITUCIONAL
-13 – A LAVRA de um CONTRATO INSTITUCIONAL
-14 – A COMISSÃO
CENTRAL RETIRA-SE do CENÁRIO do IBA- RS
168 - ASSUMINDO as FUNÇÕES
. 15 – APOIO
DISCENTE a TASSO CORRÊA
..16 - O CONTRATO
CONTROVERSO de FERNANDO CORONA
. 17 - O DIRETOR ASSUME suas EFETIVAS FUNÇÕES.
169 - O CONSTRUTOR
...18 - TASSO CORRÊA o CONSTRUTOR
. 19 - TASSO CORRÊA
CONSELHEIRO de EDUCAÇÂO e CULTURA do RIO GRANDE do SUL
20 - TASSO CORRÊA PROPÔE a UNIVERSIDADE das
ARTES
170- CULMINÂNCIA
21 – A
CULMINÂNCIA da ADMINISTRAÇÂO de TASSO CORRÊA
22 – O 1º SALÃO PAN-AMERICANO e o 1º
CONGRESSO BRASILEIRO de ARTE
23 – Um DESFECHO INESPERADO
171 – CONCLUSÕES e LOGÍSTICA
CONCLUSÕES
FONTES BIBLIOGRÁFICAS e NUMÈRICAS DIGITAIS
SIMON, Círio - Pensamento de Tasso Corrêa (1901-1977)– Porto Alegre: monografia, 2016 ,
130 fls - com DVD, nº do sistema bibliotecas as UFRGS 000994363
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