As CIRCUNSTÂNCIAS
da FORMAÇÃO do PENSAMENTO de
TASSO BOLÍVAR
DIAS CORRÊA
04 - .A ORIGEM FAMILIAR e o PENSAMENTO de TASSO CORRÊA.
05
- A FORMAÇÃO SUPERIOR de TASSO e ERNANI CORRÊA entre os anos de 1918
-1924
06 - INÍCIO da ATIVIDADE PROFISSIONAL de TASSO e de ERNANI no RIO GRANDE do SUL
07
- A REVOLUÇÃO de 1930 e as ARTES
04 – A ORIGEM
FAMILIAR e o PENSAMENTO de TASSO CORRÊA
Fig. 06 – Na foto ERNANI,
OSCAR, ROSINA e TASSO.
A origem familiar da família CORRÊA
se constituiu na fronteira do Rio Grande do Sul. Depois Oscar
migrou, com a família, para o Ceará e ao Rio de Janeiro, na qualidade de
funcionário e técnico de portos e canais. No interior de São Paulo existe a
vila ROSINA[1].
Ao buscar vestígios do
pensamento de Tasso Corrêa não é possível ignorar ou contornar as suas origens familiares. Esta estrutura é pequena para a época, mas adequada ao nomadismo
que um funcionário publica se vê compelido de exercer.
Família cujos dois filhos
vieram ao mundo ao raiar do século XX. Tiveram por berço Uruguaiana, no extremo
sul do Brasil, próximo das fronteiras da Argentina e não muito distante do
Uruguai. A conexão com as capitais dos países do Rio da Prata era facilitada
pelo Rio Uruguai e os seus afluentes. O exercício da profissão de OSCAR CORRÊA
era em função desta conexão fluvial com as capitais do Rio da Prata por meio do
Rio Uruguai. Esta profissão levou esta família para o Ceará e depois para a
capital federal onde os filhos realizaram a sua formação superior.
Uruguaiana foi a única
cidade fundada pelos Farroupilhas. A fidelidade ao regime republicano era um
sentimento comum na família Oscar Corrêa. Ernani, na sua resenha biográfica[2]
especula sobre conexões de sua família com descendentes de Tiradentes. O que é
certo que Tasso Corrêa tinha vínculos familiares com os próceres vitoriosos na
Revolução de 1930, especialmente com José Antônio Flores da Cunha (1880-1959).
Estes laços familiares e empíricos com todo território brasileiro são significativos
na medida em que Tasso Corrêa agiu no âmbito da institucionalização e na
reprodução das Artes no Rio Grande do Sul, ação motivada por um sentimento de
brasilidade. Ação que se desenvolveu nos picos da onda de nacionalismo
brasileiro e cujo ápice político foi o ESTADO NOVO ocasião na qual existia -
legalmente e por direito - apenas um
único partido no Brasil.
O seu irmão
Ernani Dias CORRÊA (1900-1982)
cultivou um espírito especulativo e expresso em extensos textos. Ernani
socializava estas suas especulações por meio de teses, textos destinados aos
seus estudantes e colegas. Cedo enveredou para o estudo e prática do Esperanto
de Ludwig Lejzer Zamenhof[3].
Congregou os colegas arquitetos no IAB-RS do qual foi o primeiro presidente.
Porém a sua obra fundamental foi conferir um corpo institucional e
universitário ao ensino e aprendizagem da ARQUITETURA e URBANISMO no Rio Grade
do Sul.
Ernani esteve presente na criação e ativo na
reformulação universitária do CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS do IBA-RS.
Neste ele introduziu, desde 1936, a disciplina de Arquitetura Analítica que ele
ministrou e que manteve neste mesmo curso superior. Propôs e fez funcionar, em
1939, o Curso Técnico de Arquitetura. Estas duas iniciativas permitiram ao
IBA-RS montar e fazer funcionar, a partir de 1944, o CURSO SUPERIOR de
ARQUITETURA e, em 1947, O CURSO SUPERIOR de URBANISMO. Curso diferente da
Escola de Engenharia que apenas teve o CURSO de ARQUITETURA e como
especialização do seu CURSO SUPERIOR de ENGENHARIA. Ernani integrou o corpo
docente da FACULDADE de ARQUITETURA e URBANISMO quando da sua criação na UFRGS.
[2] ARQUIVO DO INSTITUTO DE
ARTES - UFRGS Ficha 1995 a 2000-Tese de Doutoramento de Círio Simon. nº 148aCURR
Currículo de Ernani Dias Corrêa: arquiteto-engenheiro Auto biografia
do Professor Ernani Dias Corrêa, com dados sobre o seu irmão Tasso Dias Corrêa
s/Data Origem: material existente na pasta profissional do professor Folhas
mimeografadas a alcool
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 07 – Ernani
Dias CORRÊA num desenho que João Fahrion realizou em 1945 e que figurou como
ilustração de num dos textos editados pelo professor e arquiteto Esta
interação entre o alto pensamento expresso nos textos de Ernani e a prática das
artes visuais é uma constante desta época do IBA-RS
O pensamento de Ernani CORRÊA constitui um
contraste e um complemento do pensamento do seu irmão Tasso. Porém este
contraste supõe ainda a recuperação, a contextualização deste pensamento de
Ernani visando uma eficaz circulação para uma nova e ampla análise.
Fig. 08 – A vida
de TASSO e ERNANI estiveram sincronizados institucionalmente ao longo de destas
suas existências. Isto não impediu caminhos conceituais e profissionais
distintos. Tasso Corrêa estava afinado com a vida social e administração das
Artes em geral, enquanto Ernani preferia a especificidade da ARQUITETURA e o
seu espaço conceitual e profissional.
[
clique sobre o gráfico para ler]
05 - A FORMAÇÃO SUPERIOR de TASSO e ERNANI CORRÊA entre
os anos de 1918 -1924
Um traço comum na
formação acadêmica, dos dois irmãos, é que ela foi iniciada e concluída no
interior da célula cultural brasileira. Ambos dispensaram os tradicionais
estágios de formação e legitimação em vetustas instituições superiores europeias.
Esta formação se deu no
meio do caminho e na confiança depositada no primeiro ciclo da República. Evidente
que em toda parte esta etapa já estava no declínio dos primeiros entusiasmos da
Proclamação do Regime Republicano já estavam esmorecendo. Declínio que buscava
solução na criação e no funcionamento efetivo da Universidade Brasileira para
todo o território nacional. Este projeto de uma Universidade Brasileira, para
todo o território nacional, trouxe os dois irmãos Dias Corrêa ao Rio Grande do
Sul.
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 09 – O
diploma acima da SOCIEDADE BRASILEIRA de BELAS ARTES[1]
do Rio de Janeiro conferido a Tasso CORRÊA é um índice das interações que ele
mantinha com artistas da Capital Federal.
O que também uniu os
dois irmãos foi o cultivo de estreitos vínculos culturais que construíram na
Capital Federal. Vínculos gerados ao longo de sua formação e pelos frequentes
contatos posteriores com figuras exponenciais deste centro cultural nacional.
Nestas vivências e
contatos é necessário esclarecer que, nesta capital federal brasileira, nenhum
dos dois praticou nenhuma franquia a favor do centralismo que colocavam na
heteronomia as instituições locais. Ao ingressar no Rio Grande do Sul
absorveram rapidamente as consequências da Constituição Republicana de 14 de
julho de 1891. Esta Constituição Castilhista
foi coerente com o artigo 3º do Decreto nº 1 do Regime Republicano de 15
de novembro de 1889[2].
A “SOBERANIA” do Estado do Rio Grande do Sul induzia formas institucionais
próprias e na autonomia de outros centros políticos, culturais ou sociais
brasileiros.
06 - O INÍCIO da ATIVIDADE PROFISSIONAL no
RIO GRANDE do SUL. 1921 -1930.
Outro traço comum na
biografia dos dois irmãos é o retorno de ambos ao seu estado natal para
exercerem as suas profissões.
[2] - Texto do Decreto nº 1 que
Proclama a Republica Brasileira http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1-15-novembro-1889-532625-publicacaooriginal-14906-pe.html
Um documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 10 – A CASA
COMERCIAL BEETHOVEN mantinha a SALA BEETHOVEN em Porto Alegre. Uma das mais
ativas ações culturais de TASSO CORRÊA como diretor cultural desta sala ao
longo de 1931[1].
Tasso Corrêa continuou mesmo depois que administração da casa comercial se
desinteressou pelo negócio comercial.
Ambos experimentaram e
tiveram êxito na prática daquilo que eles iriam levar para a sala de aula ou
para a administração institucional das Artes[2],
antes de se entregarem ao ENSINO e CONDUÇÃO institucional das Artes.
Ernani montou, em Porto Alegre, um escritório
de arquitetura que ele anunciou na Revista Madrugada do ano 1926 junto a um
seleto grupo destes profissionais estabelecidos na capital do Estado do Rio
Grande do Sul.
[1] ROSA SIMÕES Júlia da A SALA BEETHOVEN (1931-32) Música e Cultura
em Porto Alegre; Porto Alegre: Departamento de História da FFCH- PUC-RS
2008 Orientação de Maria Lúcia BASTOS KERN – 116 fl file:///C:/Users/Simon/Downloads/5038-16240-1-PB%20(1).pdf
[2]- Cursos de Arquitetura e
Urbanismo em Porto Alegre http://profciriosimon.blogspot.com.br/2010/08/arte-em-porto-alegre-apos-1945-0802.html
Escritório de Ernani CORRÊA - anúncio revista Madrugada
1926
Fig. 11 – O
anúncio comercial de Ernani Dias CORRÊA - oferecendo seus préstimos como
arquiteto e construtor em Porto Alegre - era paralelo à sua ação na Secretaria
de Obras do Governo do Rio Grande do Sul. A somatória destas experiências
foi gradativamente vertida para jornais, revistas e finalmente em livro
impresso pela Editora do Globo.
Por meio esta atividade
profissional os dois irmãos, ao escolherem este ambiente, vincularam-se aos
grupos sociais, econômicos e políticos os mais expressivos de sua época. Para
Ernani o lugar ideal da época era a prestigiosa SECRETARIA de OBRAS do Rio
Grande do Sul. Ali teve ocasião de experimentar as recentes concepções que
trazia desta fase da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA). Concepções que
produziram o pensamento de Lúcio Cotas, de Atílio Corrêa e do próprio Oscar
Niemeyer. Com este pensamento em mente participou dos projetos urbanísticos de
Arroio do Meio, de Irai cidade para qual irá projetar em 1930 o atual prédio do
Balneário. Na Capital participou do projeto da Hidráulica dos Moinhos de Vento,
dos equipamento necessário para a atual Praça Otávio Rocha e a Vila Floresta.
Estas experiências se cristalizaram na obra “Manual do Engenheiro Corrêa-Barcellos”
e que ganhou, em 1939, forma impressa na Editora do Globo. Neste meio tempo
pontilhou as suas observações em artigos estampados na imprensa e nos órgãos
jornalísticos locais.
Um
documento da administração Tasso Corrêa aos cuidados e guardados no Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 12 – A foto
da SALA BEETHOVEN[1] no acervo dos DOCUMENTOS do ARQUIVO do INSTITUTO de ARTES da
UFRGS. Além de oferecer os pianos
brasileiros fabricados em Curitiba pela firma Essenfelder[2] este ambiente era uma sala
de Música Erudita de iniciativa particular no coração da Rua da Praia frente à
atrativa Praça da Alfândega. Nesta Sala o pensamento de Tasso Corrêa podia se
expressar numa nutrida seleção de músicas e de intérpretes do repertório
brasileiro
Enquanto isto, o
pensamento mais pragmático, do seu irmão Tasso Corrêa, ganhava os salões da
elite porto-alegrense. Ali as suas opiniões e conceitos musicais eram
respeitados especialmente no que tangia à PESQUISA ESTÉTICA MUSICAL BRASILEIRA.
Expresso na escolha do repertório nacional tão bem como na seleção de
intérpretes locais competentes para conferir corpo a este conjunto que se
avolumava.
[2] - Pianos ESSENFELDER de
CURITIBA http://pt.scribd.com/doc/181464623/A-Historia-dos-Pianos-Essenfelder-pdf#scribd
Júlio GRAU deu m documento da administração Tasso
Corrêa aos cuidados e guardados no
Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 13 – O
músico Júlio GRAU era do circulo dos profissionais de Música de Porto Alegre e
ativo na Sala Beethoven ao lado de Tasso Corrêa O seu nome foi atribuído à
Escola de Ensino Fundamental e Médio
localizada no Quarto Distrito de Porto
Alegre[1].
Evidente tanto Tasso
como Ernani escolheram e estavam num espaço da periferia, não só internacional,
mas também em relação aquilo que acontecia no Rio de Janeiro como em São Paulo.
Província que preferia viver ainda de uma ATUALIZAÇÃO de UMA INTELIGÊNCIA do
que era produzido e consumido em outros centros culturais. Centros culturais
que trabalham e desejam a hegemonia, para si mesmos, na sua PESQUISA e PRODUÇÃO
ESTÉTICA.
A ERA INDUSTRIAL
encontrou na padronização e na estandardização uma ALIADA IMPLACÁVEL para
ARRASAR e para desqualificar os produtos da pesquisa estética alheia e ainda
dependentes da PEÇA ÚNICA do ARTESANATO. A ERA INDUSTRIAL destinava as migalhas
- descartadas pelas suas linhas montagem unívocas - para os OUTROS como consolo
e como prêmio por esta submissão. Os direitos autorais da pesquisa estética
permaneciam na matriz e com o dono da franquia.
Os centros hegemônicos
eram favorecidos e alimentados pela acumulação e pela apropriação de capitais
monetários e humanos de um sistema avassalador de qualquer candidato
concorrente. Na Música em Porto Alegre seria de citar a CASA ELÉTRICA e a
experiência do próprio Tasso como diretor artístico da Casa e Sala Beethoven.
Na área de Ernani estava viva, aos olhos e
memória de todos, as ideias e as obras de Teodor WIDERSPHAN (1878-1951)
e Jacob Aloys FRIEDERICHS (1868-1950). Ambos foram descartados por uma
ATUALIZAÇÃO de uma INTELIGÊNCIA vazia e incompetente para colocar uma PESQUISA
ESTÉTICA mais atual, própria e coerente com o seu TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE
local.
Nestes termos qualquer
tentativa de IMPLEMENTAR o DIREITO à UMA PESQUISA ESTÉTICA AUTÔNOMO em Porto
Alegre esbarrava na muralha da heteronomia INTELECTUAL, ESTÉTICA e SOCIAL.
Prosseguir nesta autonomia era pedir GUERRA. GUERRA que significava enfrentar a
mais ferrenha desqualificação ou, então, ver o seu PENSAMENTO amesquinhado e
esterilizado pela cultura entrópica local ainda muito próxima da NATUREZA
implacável.
Numa das revisões dos
estatutos e do regimento do IBA-RS os borgistas incluíram Borges de Medeiro
como MEMBRO de HONRA da COMISSÃO CENTRAL do IBA-RS. Foi um gesto simbólico e
coerente com a mentalidade do final da REPÚBLICA VELHA.
07 - A
REVOLUÇÃO de 1930 e as ARTES
A
década de 1920 - colocada simetricamente entre duas Guerras Mundiais e com grandes
problemas econômicos e sociais - encontrou nas manifestações das ARTES uma forma
para visualizar e materializar esta instabilidade. Sucederam-se tendências
estéticas sem que nenhuma delas fosse hegemônica e universalmente aceita. Não
foi diferente em Porto Alegre apesar de carregadas por ATUALIZAÇÕES de
INTELIGÊNCIA sem mergulhar numa PESQUISA ESTÉTICA própria e única. Estas
ATUALIZAÇÕES de INTELIGÊNCIA alimentaram o consumo interno sul-rio-grandense
sem atingir o estado crítico da PESQUISA ESTÉTICA AUTÔNOMA. As revistas KODAK,
Máscara ou Madrugada eram locais. Apesar de sua excelente qualidade gráfica
para a sua época tinham uma parca circulação. A Revolução de 1930 foi
precedida de numerosas manifestações de insatisfação, também em Porto Alegre,
com personagens da Primeira República, que
poderiam ser aplicadas aos dirigentes da época do ILBA-RS. Uma nova
geração de intelectuais foi porta-voz dessa insatisfação como aquela expressa,
em 1926, pelos articulistas da revista Madrugada[2].
Eles escreveram “a mudança do regime
monarchico foi apenas, entre nós, uma substituição de accento grave por agudo,
na personagem governativa, o que vale dizer uma pura questão gramatical”.
Os articulistas constatavam “passamos do governo
dos reis ao império dos reis, entidades perfeitamente concretas, bem soantes,
amadas e poderosas”. Personagens
sustentadas, não pela sua competência política, cultural ou ideológica, mas
pelas puras forças do regime patrimonialista do estamento de dominadores do
estado imperial transfigurado apenas semanticamente em república. “Succedendo à aristocracia complicada dos
brazões com corôa, os aristocratas do dinheiro formam um núcleo de cabeças ocas
e barrigas fartas enchendo as ruas das mesmíssimas carroagens doiradas e
vistosas nas quais os condes de antanho descansavam a indiscutível nobreza dos
seus assentos”. A economia patrimonialista imperial encontrou apenas outras
formas de escravidão no uso do ‘pátrio
poder’ corrompido, permitindo a esses personagens, travestidos de
republicanos, viver sem precisar trabalhar e para produzir algo honesto. “Os Paes da pátria’ como esses Paes que
notando na filha um Dom que a faz preciosa, exploram-na em seu próprio
benefício, dormem regaladamente, na metade do anno, para na outra metade
fruirem os milreis que a coitada ganhou a custa do seu trabalho”.
Este grupo de jovens intelectuais editorialistas[3]
da Madrugada[4]
foi comandado por Theodomiro Tostes, Augusto Meyer, João Sant’Anna[5]
e Azevedo Cavalcante. Estes não podiam ser mais enfáticos na necessidade de
mudar regime da Velha República. Mudança necessária devido aos fundamentos
corrompidos pela permanência dos hábitos imperiais, coloniais além da
escravidão disfarçada nos hábitos e latentes nos pensamentos políticos,
econômicos e sociais.
[1] Escola JÙLIO GRAU – Poro
Alegre -https://www.google.com.br/maps/uv?hl=pt-BR&pb=!1s0x951979dfe613f851:0x2b40b2e6af352251!2m5!2m2!1i80!2i80!3m1!2i100!3m1!7e1!4shttps://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiXGbxGx6Skn5g1JDmUnRbsZDDlRsUuK9c6k1SuDvm0wWCYWbqNKrAKQzB4GqoBhChwi5pP22k7rzXeTjPWosBCYV93ula5pdGKHo_cIUvfiIVrEWTlHfVpEw35P5ltBc_pmSeoZGiKfyyYDM_rH-9MfKJl5_fauECwioLo_IzxWIhUpVUv9q0-peQjVGJuuy_VjyE9xuMuX8bLb1I1UwxWdMsriC6jQRucig=!5sJ%C3%BAlio+GRAU+-+Pesquisa+Google&sa=X&ved=0ahUKEwil86muv6LKAhXHQZAKHSdECTYQoioIbzAN
[2] Revista Madrugada
Porto Alegre, ano 1, nº 5. Dia
04 de Dezembro 1926 (sem paginação).
[4] - COSME,
Sotero. Capa n.º 1 da Rev.Madrugada
e COSME, Sotero . Capa da Revista Madrugada nº 3 1926 .
[5] - João Sant’Anna era
secretário da Sociedade Rio-grandense de Bellas Artes que promoveu em Porto
Alegre, o Salão de Outono, de maio a junho de 1925, e que pretendia
institucionalizar o evento e lhe dar continuidade. Ficou num único evento. A
Sociedade tinha por presidente honorário Borges de Medeiros e Otávio Rocha. O
presidente efetivo era Francisco Bento Junior. Vice-Presidente Fabio de Barros
e o tesoureiro era Bernardo Jamardo. A abertura do Salão de Outono de 1925 foi
no Paço Municipal e presidida por Manuel André da Rocha, membro do
CC-ILBA-RS. Revista Máscara, Porto Alegre, ano 7, nº 7, jun.1925.
SEELINGER Hélios (1878-1965)- “PELO RIO GRANDE PELO
BRASIL” (1925-1930) Óleo sobre tela
Museu de Piratini
Fig. 09 – O artista visual Hélios SEELINGER[1]
foi o intermediário informal entre a ENBA e o IBA-RS. Porém tal qual no Rio de
Janeiro não permaneceu preso ao ambiente acadêmico e institucional. Em 1925
estava em Porto Alegre onde ajudou a organizar o Baile de Carnaval e depois o
Salão de Outono[2].
Nesta oportunidade apresentou um cartão intitulado “PELO RIO GRANDE PELO
BRASIL para um mural para o paco Piratini que foi publicado na Revista Máscara
de junho de1925[3].
Recebeu a encomenda definitiva no meio da efervescência dos preparativos da
Revolução de 1930 que adotou o lema do seu quadro para mobilizar forças. Não se encontrou documentos que o associem a
Tasso CORRÊA. Porém ambos se moviam no ambiente da SOCIEDADE BRASILEIRA de
BELAS ARTES do Rio de Janeiro. Hélios procurou o Rio Grande do Sul até nos seu
últimos dias.
Pode-se perceber na
revolta destes jovens, de 1926 de Porto Alegre, um dos reforços externos ao
pensamento de Tasso Corrêa. Reforços que
irão se materializar na sua repulsa e luta ao Regime da VELHA REPÚBLICA e
aquele continuísmo que irá emergir no Rio Grande do Sul após 1930. Este
continuísmo, que num primeiro momento
apoiou externamente a Getúlio Vargas. Porém a mentalidade desta
gerontocracia refluiu aos canais anteriores à Revolução. Era o caso das figuras
da Comissão Central do IBA-RS, e, em muitos aspectos, do próprio Vargas que se
movia em ambos os lados. Ecleticismo fulminado por Mário da Andrade, em 1938, na época do Estado Novo, como “acomodatício e máscara de todas as
covardias”[4].
Não há motivo para desqualificar ou ignorar o pensamento de TASSO
CORRÊA como estranho, extemporâneo e contraditório para o pensamento
nascido e cultivado nas circunstâncias e
recursos da ERA PÓS-INDUSTRIAL. Esta nova etapa da civilização e da cultura humana
possui os meios e amplidão conceitual para entender, incorporar e usar tudo
aquilo que proveniente da ERA INDUSTRIAL e, inclusive, aperfeiçoá-lo e
divulgá-lo na rede mundial. Isto pode ser efetivado sem resvalar para o ecleticismo e pagar por soluções acomodatícias.
Evidente que o trabalho da ERA PÓS-INDUSTRIAL é dez vezes mais intenso
e exigente do que na da ERA INDUSTRIAL. Especialmente se este pensamento e
ações se guiam pela PESQUISA ESTÉTICA PERMANENTE e não se limitam e se esgotam
numa mera ATUALIZAÇÃO a partir da INTELIGÊNCIA ALHEIA.
O pensamento de Tasso Corrêa respondeu ao seu próprio meio SOCIAL,
ECONÔMICO e POLÍTICO. Assim atingiu o seu ponto crítico na sua formação
PERMANENTE na PESQUISA ESTÉTICA. Evidente que estas competências tinham os seus
limites. Assim não pode ser mitificado ou naturalizado. Impõe-se seu estudo e
compreensão no seu TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE.
http://pt.unionpedia.org/Jo%C3%A3o_Fahrion + http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa21462/helios-seelinger
[2] - SALÂO de OUTONO organização http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento356827/salao-de-outono-1925-porto-alegre-rs
[3] - Revista MÁSCARA.
Porto Alegre, Ano 7, Nº 7, jun. 1925 –
Salão de Outono
[4] “..ecletismo,
em todo o mau sentido que possa ter esta palavra: o ecletismo, que é
acomodatício e máscara de todas as covardias. Mas a limitação dos conceitos
estéticos, a aquisição de uma verdadeira atitude artística, deverá evitar os males
do ecletismo”. [in
Andrade, 1955, fl. 13]
SUMÁRIO dos
TEMAS da SÉRIE
de POSTAGENS RELATIVAS ao PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA
Epígrafe: Uma AULA de AUTONOMIA de um ARTISTA.
163 – INTRODUÇÃO
01 – O PROBLEMA..
02 - HIPÓTESESE...
03 –.. OBJETIVOS
164 - FORMAÇÃO
04 - .O PENSAMENTO de TASSO
CORRÊA e a sua ORIGEM FAMILIAR
05 - A FORMAÇÂO SUPERIOR de TASSO e ERNANI entre
os anos de 1918 -1924
06 - INÍCIO da
ATIVIDADE PROFISSIONAL de TASSO e de
ERNANI no RIO GRANDE do SUL
07 - A REVOLUÇÃO de 1930 e as ARTES
165 - A UNIVERSIDADE
BRASLEIRA e a ARTE
08 - A UNIVERSIDADE no
HORIZONTE do BRASIL
09
- O CONFRONTO de 1933 - no THEATRO SÃO PEDRO
10 – O DISCURSO de
TASSO CORRÊA como PARANINFO no THEATRO SÃO PEDRO em 24/10/1933
166 - PASSANDO para PRÁTICA
11 – A UNIVERSIDADE de
PORTO ALEGRE (UPA) e o PENSAMENTO de TASSO CORRÊA
.12 – APOIO DOCENTE a
TASSO CORRÊA e à UNIVERSIDADE de PORTO ALEGRE (UPA)
167 – O PENSAMENTO de
TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA EXPRESSO em CONTRATO INSTITUCIONAL
-13 – A LAVRA de um CONTRATO INSTITUCIONAL
-14 – A COMISSÃO
CENTRAL RETIRA-SE do CENÁRIO do IBA- RS
168 - ASSUMINDO as FUNÇÕES
. 15 – APOIO
DISCENTE a TASSO CORRÊA
..16 - O CONTRATO
CONTROVERSO de FERNANDO CORONA
. 17 - O DIRETOR ASSUME suas EFETIVAS FUNÇÕES.
169 - O CONSTRUTOR
...18 - TASSO CORRÊA o CONSTRUTOR
. 19 - TASSO CORRÊA
CONSELHEIRO de EDUCAÇÂO e CULTURA do RIO GRANDE do SUL
20 - TASSO CORRÊA PROPÔE a UNIVERSIDADE das
ARTES
170- CULMINÂNCIA
21 – A
CULMINÂNCIA da ADMINISTRAÇÂO de TASSO CORRÊA
22 – O 1º SALÃO PAN-AMERICANO e o 1º
CONGRESSO BRASILEIRO de ARTE
23 – Um DESFECHO INESPERADO
171 – CONCLUSÕES e LOGÍSTICA
CONCLUSÕES
FONTES BIBLIOGRÁFICAS e NUMÈRICAS DIGITAIS
SIMON, Círio - Pensamento de Tasso Corrêa (1901-1977)– Porto Alegre: monografia, 2016 ,
130 fls - com DVD, nº do sistema bibliotecas as UFRGS 000994363
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