Porto
Alegre e
a administração
municipal
das
Artes Visuais.
LOCATELLI Aldo (1912-1962) – Transferência da Capital para Porto Alegre
- 1960 -óleo sobre tela 260 x 440 cm – FIERGS – Foto Eduardo Achutti
Fig. 01 - Ao
escolher Porto Alegre, como capital, Dom Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda ou José
Marcelino Figueiredo (1735-1814) percebeu, em 1772, as suas características de uma sólida
base estratégica, politica, econômica, simbólica no Continente de São Pedro. A
etnia indígena, africana, europeia e brasileira, de todas as latitudes confluíram
- para o paralelo 30 Sul, num lugar de
confluência de cinco rios - para ali se
harmonizarem, fixar domicílio e construíram
mais uma experiência humana, cultural e econômica neste rico lugar.
A presente postagem
pretende esboçar apenas uma narrativa minúscula do que considera a política e a administração das Artes
Visuais, praticadas pela prefeitura de Porto Alegre. Minúscula, pois ela exige um trabalho maiúsculo de coleta, de
elaboração e de divulgação. Para tanto é necessário separar e distinguir o
nosso objeto. De um lado ocorrem no território de Porto Alegre, projetos
institucionais de natureza e de administração federal, estadual, e municipal além
aqueles da sociedade civil organizada. Internamente há necessidade de
distinguir a Cultura das Artes e, nestas, as Artes Visuais.
DE SÁ Eduardo
(1866-1940) – Busto do Barão de Santo Ângelo (Manuel Araújo Porto-alegre) –
1913 -na Praça da Alfândega POA_RS
Fig. 02 -
Manuel Araújo Porto-alegre (1806-1879) incorporou ao seu próprio nome o
gentílico da capital sul-rio-grandense, lugar no qual fez a sua primeira base
externa ao seu lar para conquistar o
seu mundo. Nascido em Rio Pardo, onde
estão hoje seus despojos mortais, fez de Porto Alegre a porta de entrada para a
capital imperial e depois para a Europa.
A sua multifacetada obra, a sua personalidade e sua ação administrativa resumem múltiplas
características de um cidadão que teve sua formação básica em Porto Alegre e ali
faz as suas escolhas decisivas. A cidade reconheceu nele estas características
todas e retribuiu com uma herma num lugar de grande circulação popular.
O ente municipal é o limite, base física, política e administrativa do
Estado brasileiro[1].
Um município triplica a sua responsabilidade política, econômica e simbólica ao
abrigar, no seu território, os entes da administração de diversos órgãos
estaduais, federais e civis. Tal município transfigura o seu mundo simbólico,
imaterial e civilizatório. Ao abrigar a
capital do Estado o seu mundo material,
a sua política e a sua administração são modificados. As manifestações
da Arte revestem-se de dimensões simbólicas próprias e, em particular, as formas
visuais. A sua visibilidade transcende em relação aos demais municípios.
[1] - Art. 18 da Constituição Brasileira de 1988 - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Fig. 03 - O
solar Lopo Gonçalves - que abriga o
Museu Municipal José Joaquim Felizardo, o primeiro secretário da Cultura de
Porto Alegre – preserva o visual de uma
das numerosas residências que cercavam a cidade no período imperial. A Casa
Grande esta assentada sobre a Senzala hermética fechada e com minúsculos
respiradouros. A escravidão e a preservação dos hábitos coloniais contaminaram
o império e se projetaram adiante para interior da republica. As casas e os
prédios ocupados pelos originários da Casa Grande estão cercados, eletrificados
e guarnecidos. Enquanto isto nenhum observador pode ignorar o visual oferecido
pelas favelas que cercam sistematicamente as cidades brasileiras. Este visual
materializa a continuidade da escravidão econômica e a renovação dos hábitos
coloniais inclusive em Porto Alegre.
As Artes Visuais possuem uma materialidade particular e insubstituível
para os sentidos humanos. São competentes para revelar e evidenciar uma
civilização na sua política, na sua mentalidade e nos seus valores intangíveis.
As Artes Visuais são ultimas testemunhas físicas a desaparecer de uma
civilização.
Em nenhuma das
instâncias ativas em Porto Alegre a Arte possui um ministério, uma secretaria
ou um órgão autônomo. O assunto da distinção entre Cultura e Arte foi
sustentado de 1947 até 1958 por Tasso Corrêa com o projeto de Universidade das Artes e o Ministério das Artes.
Fig. 04 - Dois
vestígios visuais da época em que era vigente o Regime Imperial em Porto Alegre.
Em primeiro plano as estátuas que cercavam o chafariz da Praça da Matriz. Ao
fundo a Igreja da Conceição inaugurada em 1858. As estátuas faziam parte de
uma fonte erguida próxima a primeira hidráulica de Porto Alegre no terreno onde
se ergue, em 2013, o prédio da Assembleia Legislativa. Fazia parte de uma série
de fontes que formavam uma das tentativas para marcar também visualmente a
cidade além de sua função. As funções religiosas necessitam de templos. A
igreja da Conceição é do tempo em que Igreja e Estados se reforçam política, econômica
também simbólica e visualmente.
É possível ver nesta ‘não intervenção oficial’ um espaço para
perseguir o ideal do cidadão no exercício da autonomia
do artista, do apreciador e do administrador. Em Arte também vale o ditado “antes só do que mal acompanhado”. Em
outros termos a criação ao ser mediada, tutelada, ou sujeita a constantes
intervencionismos fatalmente tomba na heteronomia. De outra parte a situação
periférica - em relação ao eixo Rio – São Paulo - necessita de projetos, de
reforços e de ações efetivas. Ações,
reforços e projetos, inclusive do Poder Publico, para que as Artes Visuais
locais, no exercício constante da potencia da sua autonomia, possam fazer
frente aos tradicionais e já consagrados centros hegemônicos. Trabalho
diferenciado em razão de não contar com um sistema comercial em escala e
concorrencial. Certo é que estes centros hegemônicos trabalharam para ocuparem
esta posição mundial privilegiada. Mas, acima de tudo, estudaram, entenderam e respeitaram
o poder que lhes deu oportunidade e origem.
Fig. 05 - O
visual da Praça da Matriz( Marechal Deodoro) numa foto obtida da torre deste templo, na
passagem do regime imperial para o
republicano. Um terreno era aberto e reservado, no Regime Imperial em Porto
Alegre, para as Festa do Divino, paradas militares e procissões. O prédio
do Teatro São Pedro e o prédio
denominado Forte Apache (memorial do
Ministério Público) ainda estão de pé e são vestígios visuais da época desta
foto. Em primeiro plano o chafariz com as estátuas que a cercavam e que estão
na fig. 04 desta postagem. Da
esquerda desta imagem um ângulo da primeira hidráulica de Porto Alegre e uma
casa de diversões populares denominada de “Bailanta”. Os dois estão no terreno
onde se ergue, hoje, o prédio da Assembleia Legislativa. Entre os dois prédios
gêmeos (Teatro e Tesouro eTribunal) se
abre a Rua da Ladeira (General Câmara) que dava para a Praça da Alfandega, rua da Praia e o porto da
cidade.
Porto Alegre supõe um projeto especifico e coerente com o seu poder estético originário devido à
sua distância do centro do Brasil. Este projeto não separa das Artes Visuais nacionais. Mas gera um diferencial que enriquece o todo,
ao ser incluído ao centro do país e do mundo, por meio de uma ativa e coerente
conexão. Os diferentes entes da administração dos diversos órgãos estaduais,
federais e civis tornam-se viáveis num projeto capaz de harmonizá-los e
respeitar assuas diferenças. Coerentes com este projeto podem praticar a
circulação dos seus poderes específicos de forma sistemática, continuada e
sustentável. Este projeto torna-se viável na medida em que ele se origina de
uma sólida base politica, econômica e simbólica que o município abriga. Neste
projeto levado ao mundo prático vai um traço característico do sul-rio-grandense
e do porto-alegrense em particular. A visão de Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda ou
José Marcelino Figueiredo já possuía esta característica ao perceber, em 1772,
no terreno de Porto Alegre a possibilidade de conferir corpo físico a este
projeto. Ao escolher Porto Alegre como capital - após Rio Grande e Viamão - ele
a vislumbrou como uma sólida base
estratégica, politica, econômica, simbólica no Continente de São Pedro para
circulação do poder colonial por terra e pelos rios confluentes no Guaíba.
Fig. 06 -
Nesta imagem destaca-se o contraste entre o prédio da prefeitura de Porto Alegre, carregado se um mundo
simbólico, contrasta com a vida ativa dos cidadão, cada qual cuidando dos seus
interesses num espaço público adequado para a sua circulação pedestre. A
interação entre a Arte e a Vida é possível sem que os mediadores, os
atravessadores ou os tutelares do espaço público a cobrarem pedágio e que
atrapalhem mais de que ajudem esta interação geradora de uma civilização
própria e universal.
No período imperial este
traço da visibilidade integradora foi expresso também no mundo simbólico na
biografia de Manoel Araújo Porto-alegre.
O pintor artista Pedro Weingärtner
(1853-1929) oscila do regime imperial para o republicano. Eles tiveram a sua base inicial e Porto Alegre
e levaram este entendimento ao Brasil e o mundo por meio das suas obras e como expressões
de sua autonomia pessoal madura e consequente. Os retornos, no final da vida de
Pedro Weingätner e de Iberê Camargo
(1914-1994) para o seu porto de partida certamente são emblemáticos. Iberê
assistiu a concretização de sua memória numa fundação e depois no museu que
levam o seu nome. Na contrapartida é necessário ressaltar que nenhum destes
três artistas visuais recebeu cargo, encomenda ou aquisição de obra direta e
pessoalmente da administração municipal de Porto Alegre. Esta autonomia
certamente confere a estes três um valor maior e os afasta de qualquer sombra
de heteronomia das suas vontades.
José de Aguiar
Leitão MONTAURY pintura do Museu Joaquim
José Felizardo
Fig. 07 - O engenheiro José de Aguiar Leitão
MONTAURY (1858-1939) foi intendente (prefeito)
de Porto Alegre de 1897 até 1924. Se um lado é possível estranhar o longo
período desta pessoa na frente da administração municipal, de outra é
necessário atentar ao fato que o ente
municipal, nesta época, não tinha as mesmas atribuições e
responsabilidades que lhe conferiu a constituição de 1988. De outro lado, o
poder presidencial de Borges de Medeiros era quem nomeava, intervinha e
controlava, de muito perto, este cargo e as suas funções.
No aspecto
político para uma democracia a rotatividade de um personagem num cargo não é determinante.
Regimes, como ‘REI por um DIA’, ou anual, como Atenas, ou vitalício nas
monarquias, por si mesmos não são determinantes da felicidade da paz da
prosperidade de um reino, de uma cidade ou dos cidadãos que neles vivem. A
estrita relação de José de Aguiar
Leitão MONTAURY com os seu cargo e as suas funções legais, também aparecem no
seu visual sem pompa e circunstância comum a que ocupa este ou outros cargos. É
a imagem do cidadão comum. A imagem do cidadão comum esteve proibida no Brasil
ao longo de 300 anos do regime colonial. No império era para classe abastada.
No Brasil a imagem do indivíduo singular só recebeu evidência a partir do
Regime Republicano..
O Regime Republicano ao repassar o poder à sociedade civil organizada
encontrou no município de Porto Alegre uma resposta, que carece de estudos, especialmente no item
das Artes Visuais
Na sua origem
republicana estes estados regionais, antes províncias imperiais, receberam a sua SOBERANIA:
‘Art 3º -
Cada um desses Estados, no exercício de sua legítima soberania, decretará oportunamente a sua constituição definitiva,
elegendo os seus corpos deliberantes e os seus Governos locais’ [1].
A lei precede o fato no
âmbito artificial do Estado Brasileiro. No governo e administração de Porto
Alegre, esta soberania, significava que a sua sede física teria toda
convivência e legitimidade em ostentar os símbolos de capital de um estado
soberano. Esta situação política perdurou de 1889 até 1937, com o Estado Novo,
que queimou as bandeiras regionais e nomeou seus interventores.
Certamente “o estado soberano do Rio Grande do Sul”
não foi a causa para que Porto Alegre recebesse tratamento diferenciado como
sua capital. No entanto foi uma motivação política, econômica e social para que
as repartições públicas, as empresas e as instituições investissem no aspecto
visual das suas sedes em Porto Alegre. Assim superariam e mostrariam visualmente
a sua hierarquia diferenciada aos demais municípios sul-rio-grandenses. Este
projeto de destaque visual quase sempre vigorou de fato e de direito[2]
.
[1] - Decreto nº 01 da REPÚBLICA do BRASIL http://www.jurisway.org.br/v2/bancolegis1.asp?idmodelo=2117
[2] - Esta diferenciação ainda é visível, no dia 20 de
agosto de 2013, quando da destinação de verbas maiores para Porto Alegre no seu
patrimônio construído a ser preservado: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=505804
Salão
da Câmara de Vereadores de Porto Alegre - cerca de 1900 - já no prédio
histórico da fig. 06.
Fig. 08 – Contrastando - e realçando a imagem do cidadão comum - o lugar do
exercício do poder público ostenta os
sinais visuais da circunstância e da
pompa necessárias para ressaltar as funções dos cargos públicos Cabe ao cidadão não personalizar e manter a
estrita relação do seu cargo e as suas funções legais. Pompa e circunstâncias
que induzem os mais preparados e os melhores aspirem e desempenhem estes
cargos. Na época, desta foto, o exercício da função do vereador não era remunerado.
Especificamente o prédio da
Intendência Municipal de Porto Alegre, construído entre 1898 e 1901[1],
recebeu os símbolos visuais e físicos que ostenta até o presente. Por sua vez a
presidência do Estado do Rio Grande do Sul foi muita ativa em dotar a sua sede
com palácios, sedes dos seus órgãos de toda a pompa e circunstâncias possíveis
na época. As repartições federais não ficam lhe devendo. Assim o poder do
município de Porto Alegre precedeu, passou a estimular e agir e foi modelar. A construção de sua sede
administrativa mereceu a máxima atenção de todos. O prédio da Intendência - atual prefeitura histórica- tornou-se uma
sede suntuosa do poder legislativo, executivo e judiciário com delegacia e
presidio. Externamente está carregado de uma enciclopédia visual no seu fachadismo simbolista estudado por
Arnoldo Doberstein. Internamente foi decorado por imponentes símbolos do poder
municipal e pelas pinturas de Ferdinand Schlatter, o mesmo artista da Biblioteca
Publica do Estado. O esplendoroso e impar período administrativo de 1908-1913
liderados pelo presidente Carlos Barbosa Gonçalves e do seu secretário de
Fazenda e Obras Publicas Cândido José de Godoy transformaram a capital do
Estado em verdadeira “sala de visitas”
na expressão de Margarete Marchiori Bakos.
Mapa
de PORTO ALEGRE em 1906 http://fotosantigas.prati.com.br/fotosantigas/Diversos/MapasPlantas/Porto_Alegre_Planta_da_cidade_1906.htm
Fig. 09 – O prédio histórico da prefeitura de Porto
Alegre aparece no ângulo esquerdo inferior, na moldura de um mapa da cidade do
ano de 1906. Faz companhia a outros
prédios já concluídos e em projeto e que,
de fato foram construídos, com outra visualidade como o do Palácio do
Governo.
O mapa da cidade mostra e identifica uma série de logradouros,
ruas e bairros. Enquanto isto o Arroio Dilúvio descrevia curvas caprichosas e
que periodicamente se transformava num único lençol de água, dando sentido
pleno ao seu nome.
Porto Alegre sediou o
primeiro curso superior de Urbanismo
especifico do Brasil por iniciativa do IBA-RS. Este curso trouxe para Porto
Alegre o uruguaio Maurício Cravotto (1958-1964) e Ildefonso Areztegui
(1916-1988) e teve como paraninfo Oscar Niemeyer (1907-2012) numa das suas
raras visitas a porto Alegre. Um dos seus formandos foi Francisco Rio-pardense
de Macedo (1921-2007) cujas obras e pesquisas são fundamentais como verdadeiros
marcos para a pesquisa erudita de vários aspectos da visibilidade da Arte em
Porto Alegre.
MÁSCARA
Revista.
Porto Alegre, Ano 7, Nº 7, jun. 1925,
s/p. – Salão de Outono
Fig. 10 – A imagem mostra a sala dos vereadores do
prédio histórico da prefeitura de Porto Alegre ostentando as obras do Salão de
Outono de junho de 1925. Exposição planejada a partir da experiência visual do
Carnaval deste ano e dos seus integrantes e que constituíram uma associação
para este salão. A administração municipal conseguiu juntar a sua
executiva, o legislativo, que cedeu o seu lugar, e um dos mais atuantes juristas na pessoa do
desembargador Manuel André da Rocha (1860-1942) realizou o discurso da
inauguração solene deste evento das Artes Visuais.
As vias públicas e os logradouros de Porto Alegre traçaram a
visibilidade básica urbana de Porto Alegre. A Rua da Praia - a mais tradicional
de Porto Alegre - que sempre se reinventou, se desfez gerando uma típica visibilidade
em Porto Alegre. O mesmo pode ser dito da Rua da Matriz, da Ponte e do
Arvoredo. Nelas inclusive a visibilidade
noturna foi uma preocupação da administração municipal deste os primórdios
da capital.
As fontes e chafarizes respondiam por uma necessidade básica que
marcaram, também, os logradouros e as ruas de Porto Alegre. Imprimiam uma
visibilidade própria a antiga malha urbana de Porto Alegre. A sua memória e os
seus vestígios visuais - deslocados pela introdução dos encanamentos
subterrâneos - foram estudados e publicados em obra de José Francisco Alves. A
administração municipal mapeia, tomba e cuida destes vestígios dispersos em
diversas praças publicas e ao encargo da sua Secretaria Municipal de Meio
Ambiente.
PELICHEK,
Francis (Frantisek) - 1896 - 1937 Cartaz de Exposição AGRÍCOLA 1931
Fig. 11 – Porto Alegre foi palco de continuadas
exposições que destinavam a visualizar a produção agra pastoril do estado da
qual é capital. Ao mesmo tempo o próprio município teve - e possui - uma
intensa produção agrícola ao estilo da praticada nas ilhas açorianas das quais
seus primeiros habitantes procediam. A
imagem é de pôster para um destes eventos, que se realizavam tradicionalmente
no Parque do Menino Deus. O artista tcheco Francis PELICHEK, radicado desde 1922 em Porto
Alegre, captou muito eventos e as transformou em imagens digno de um
estrangeiro que percebe com olhares diferentes o seu novo domicílio e que os
nativos consideram naturais. Assim percebe registra na sua imagem a minúscula
urbanização contra os imensos espaços agrícolas e pastoris que o Rio Grande do
Sul ostentava nesta época.
Estas mesmas vias públicas
e praças receberam um grande número de esculturas
de diversas temáticas, técnicas, tendências estéticas. Como obras públicas e a
maioria entregue as cuidados e competências da administração de Porto Alegre
foram objeto de estudo e de publicação escultor de José Francisco Alves. Eles
sofrem, são furtados, pichados por um vandalismo originário de um colonialismo
e de uma escravidão assimilada que se vinga desta situação por meio destas
agressões. Legalmente é difícil definir o estatuto jurídico em contratos
lavrados, nem sempre claros entre os seus mentores, construtores e financiadores
e o ente municipal Mais complexa ainda é
vandalismo de que são vítimas contumazes.
Fig. 12 – A
era industrial mostrou a imagem das suas potencialidade na exposição que
comemorou o Centenário da Revolução Farroupilha em setembro de 1935. No seu
recinto Integrava desde o prédio do Instituto de Educação - concebido para a
formação intensiva do magistério - até os pavilhões dos demais Estados
Brasileiros mais adiantados e que se integravam ao concerto nacional no antigo
Parque da Redenção do Porto Alegre. No recinto desta exposição abriu-se a primeira
churrascaria - em estilo industrial e comercial - que prosperou depois Brasil e
mundo afora. Pratica em linha industrial tipicamente gaúcha que leva a imagem
da união possível entre a produção pastoril e industrial forjada no âmbito
de Porto Alegre.
Em abril de 1908 a
prefeitura de Porto Alegre associou-se com aos demais municípios sul-rio-grandense
para integrar-se às 65 Comissões Regionais e dar sustento político e econômico
inicial da Comissão Central do Instituto
de Belas Artes do Rio Grande do Sul (CC-IBA-RS). A capital, como sede da
Comissão Central do IBA-RS, coube ao intendente José - de Aguiar Leitão Montaury
(1858-1939), no cargo e nas funções, de 1897 até1924, ocupar uma das 25 cadeiras da CC-IBA-RS. Esta Comissão Central colocou no mundo
prática, em 1909, o seu Conservatório
de Música. Em 1910 foi a vez da Escola
de Artes dedicada às Artes Visuais. Este compromisso foi honrado anualmente
pelo município de Porto Alegre através de um orçamento específico para o
funcionamento efetivo do IBA-RS mantenedora das duas escolas, inclusive com
seus respectivos cursos superiores.
Fig. 13 – A ativa colônia espanhola ofereceu e
materializou sua perfeita integração em Porto Alegre por meio da doação da
Fonte de Talavera. Inteligentemente a associou
às comemorações do Centenário da Revolução Farroupilha em setembro de
1935. Colocada no marco zero do Estado não escapou do vandalismo generalizado
e teve de ser refeita posteriormente. Este vandalismo lembra e é índice também
dos tristes acontecimentos que - no ano seguinte à sua inauguração - enlutaram
a nação espanhola e suas tristes consequências totalitárias que não combinam,
de forma alguma, com este povo trabalhador, integrado por tantas origens, e ao
qual Porto Alegre tanto deve nas suas variadas expressões.
A administração da
Prefeitura de Porto Alegre constituiu o seu Atelier Livre na década de 1960. Passou a funcionar efetivamente com
um grande número dos formandos provenientes desta parceria de meio século com o
IBA-RS. Certamente este fato revela mais uma faceta pouco conhecida e divulgada
da política da prefeitura de Porto Alegre. O ideal no IBA-RS, cultivado com
tanto esforço e persistência, orientou a persistência daqueles que trabalharam
no esforço do projeto do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre e
retribuíram com a sua qualificação e
experiência o investimento monetário do município.
O Salão de Outono de Porto Alegre, de junho e de julho de 1925, foi promovido
pela iniciativa civil constituída em sociedade. As obras e eventos foram
acolhidos no Salão Nobre do Prédio da Intendência municipal.
Fig. 14 – O viaduto Otávio Rocha, da Av. Borges de
Medeiros, é um índice visual das
profundas cirurgias urbanas necessárias para
Porto Alegre que havia sido planejada para o pedestre e vagarosos
veículos de tração animal. As lojinhas -
ao abrigo da arcada dos pedestres- constituem uma espécie de bazar muito
anterior aos centros comerciais da atualidade. O visual dos viadutos, elevadas e vias expressas
ainda carecem ainda de um estudo
abrangente e sério de sua estética, dos autores dos projetos, recepção e uso pela população de Porto Alegre.
O artista plástico Francisco Bellanca (1895-1974)
ingressou no quadro funcional da Prefeitura de porto Alegre antes deste Salão.
Ele era estudante formado pela Escola de Artes do IBA-RS. O seu trabalho visual
dar forma visual à prédios e as pontes do Arroio Dilúvio. Porém que idêntica
qualquer papel prédio, serviço ou
simples documento é escudo de porto Alegre que ele desenhou.
Fig. 15 – A história da origem da heráldica de Porto
Alegre, do seu uso e a fortuna da sua circulação, dizem muito da índole, da
cultura e dos interesses da média da
população porto-alegrense. Poucos conhecem o nome dos seus autores, poucos
questionam o seu uso obrigatório para identificações oficiais. Poucos o associam aos Francisco Bellanca e
Walter Spalding (1901-1976) como autores
do desenho e escolha dos elementos visuais consagrada, em 1953, pelo prefeito Ildo Meneghetti (1895-1980).
Artista e historiador integram, em 2013, a massa anônima dos demais cidadãos.
Eles não elaboraram este símbolo como obra para projetar, lucrar para os nomes
individuais e o queriam coletivo como é usado e circula na atualidade. A
maior polêmica surge quando alguém para e começa a se questionar em relação ao
lema “Leal e Valerosa Cidade de Porto
Alegre” com o qual o regime imperial distinguiu a cidade na sua resistência
ao movimento Farroupilha. A polêmica não é menor na escolha e no uso dos signos visuais e das próprias cores.
Porém estas controvérsias, contradições e a sua administração são integrantes
da índole, da cultura e dos interesses do cidadão porto-alegrense. Ele sempre possui o seu próprio contraditório
quando alguém lhe apresenta uma tese, uma ideologia ou um projeto de qualquer
natureza.
Não existe ainda uma
documentação segura da produção visual daqueles egressos da Escola de Artes do IBA-RS e que atuaram na administração
do município de Porto Alegre. Labor
visual como professores, técnicos administrativos com cargo efetivo ou contratados
temporariamente. Labor desenvolvido no
âmbito do Centro Cultural do Atelier Livre da Prefeitura, na Usina do Gasômetro,
no Museu do Trabalho, no Museu José Joaquim Felizardo além do magistério das
Artes Visuais na rede de Ensino do município.
Fig. 16 – A Praça Província de Shiga da cidade de Porto
Alegre foi doado e mantido pela silenciosa,
operativa e alta civilização nipônica. Ele possui a ativa colaboração e
presença dos técnicos administrativos da SMAM que o administram como um museu a
céu aberto. Com horário de visitação, com uma vegetação de sua origem ele é
cercado e protegido de eventuais vandalismos. O seu usufruto remete ao mundo oriental no
qual a Vida e a Arte trabalham num projeto de interação entre tempo e lugar e encontram
equilíbrios entre contrários.
A intervenção foi também
de projetos pessoais apoiados pela prefeitura de Porto Alegre. É o caso de um outro egresso do IA-UFRGS, o artista
Jorge Hermann, que desenvolveu um projeto no Parque da Redenção de profunda interação visual simbólica com os
usuários deste espaço mantido pela Prefeitura. Neste ponto a experiência do Brique da Redenção é uma unanimidade
dupla, tanto aos sábados como no domingo. Ali gostos multivariados, costumes
discrepantes e economias de todos os níveis dos porto-alegrenses interagem com
indígenas, artesanato, arte primitiva antiquários. Eles compõem, todos os fins
de semana, um rico bazar a céu aberto e assim dão vida à metáfora de Platão
relativa à democracia com suas tendinhas de todos os tipos de governo e que
convivem em paz com as diferenças de todas as visualidades imagináveis. A Secretaria
Municipal de Indústria e Comercio (SMIC) configura uma lógica visual no Bric da
Praça da Redenção (Parque Farroupilha) em cujo terreno cria uma imagem
destinada á uma comunicação coletiva eficaz para todos.
Porto Alegre é uma
cidade de praças com os visuais mais variados e visualmente exóticos como aquela
da Província de SHIGA. A Secretaria do Meio Ambiente mantém técnicos
administrativos que trabalham em sintonia e acompanhamento do Consulado Japão.
Fig. 17 – A passagem da era industrial pela cidade de
Porto Alegre deixou vestígios, ruinas e e signos que vão sendo reciclados para
funções coerentes com a pós-modernidade. As artes visuais ganharam destaque
neste processo. Na passagem da indústria para a pós-modernidade as artes
visuais ganharam espaço e abrigo nestes lugares agora mais voltado para
serviços. A antiga Usina de Eletricidade, o cais do Porto e o Museu do Trabalho
próximos - operantes na linha de
montagem taylorista, que trabalhavam com o obsolescência programada de objetos,
ferramentas e profissões humanas - agora estão reconvertidos para a vida, o
lazer e a cultura. Esta passagem entre as duas infraestruturas produz
dúvidas, ansiedades e experimentos que caracterizam qualquer mudança mais
profunda que a humanidade enfrenta ao
longo do processo da transformação da Natureza em civilização. As incertezas
sobre o novo caminho, os sobressaltos e o as recaídas na antiga mentalidade sã
inerentes a este processo.
A prefeitura de porto
Alegre, por meio de sua Secretaria Municipal
de Cultura (SMC) esta conferindo vida às Pinacotecas Aldo Locatelli e Ruben Berta. Ambas possuem acervos
próprios e com espaços climatizados e periodicamente mostrados com curadorias
temáticas. Os porões - da antiga prisão da delegacia de polícia que funcionou
no prédio histórico - abrigam exposições com os representantes da novas
gerações convidadas e promovida pelas Pinacotecas.
A administração da SMC
pratica um ato simbólico e de estimulo reciproco ao destacar, por meio de uma
comissão que confere o Prêmio Açorianos -
para ações, obras e personagens de Porto Alegre. O ente municipal promove,
assim, uma saudável circulação de valores sem se por como juiz de valores. Ao
entregar isto à comunidade de artistas, críticos constrói uma oportunidade para
que estes produtores culturais possam praticar o que Pierre Bourdieu perceber
de que o verdadeiro público do artista é o seu concorrente. O mesmo estímulo
vale para o concurso Sioma Breitmann, mantido e administrado pelo poder legislativo da Câmara de Vereadores de
Porto Alegre. Neste concurso público os profissionais de arte fotográfica e
público poderão conhecer e avaliar as obras dos seus concorrentes. Para socializar esta produção esta Câmara
conta a galeria consagrada ao artista visual Clébio Sória (1934-1989)
Fig. 18 – Um
mural do artistas Carlos Scliar (1920-2001) encomendados e colocados no prédio
histórico da Prefeitura de Porto Alegre. Encomendas de obras visuais
encomendados pela administração municipal. Scliar lamentava, em colóquio com o autor deste blog, a
interrupção e falta de concursos com consequentes e continuadas encomendas que
pudessem sustentar o projeto de dotar a cidade de uma visualidade, humanização
e demonstrações de carinho para o espaço coletivo urbano.
Em Porto Alegre o
enfrentamento da sua Natureza entrópica necessita
gerar, em primeiro lugar, um projeto civilizatório, digno deste nome. Esta
Natureza rebela-se e ataca qualquer política, economia ou cultura incipiente.
Esta rebelião e ataques ao projeto
civilizatório causa sobressaltos e
rupturas de projetos na sua raiz. Em segundo lugar a persistência e as renovadas
investidas de culturas que se consideram hegemônicas encontram um terreno
fértil na escravidão estética e vontade. Como se consideram eternos padrões do
pensar, do sentir e do agir sempre estão prontos e dispostos a se associar com
o primeiro mediador, atravessador e tutelador do poder local para exibir uma
luzidia imagem construída, que constitui máscara e esconde mais uma dominação
colonial. Porto Alegre nunca está livre destes dois males nas suas quatro formas de administração da artes visuais.
Na visão de conjunto as
Artes Visuais praticadas em Porto Alegre possuem as suas variadas origens, nos
níveis e graus culturais mais ou menos elevados, os gostos estéticos e valores
cultuais são provenientes de todas as etnias e de todo o planeta. Diante deste rico conjunto seria um absurdo
buscar - ou pior ainda - tentar realizar, uma unificação e linearidade eclética
que este imenso conjunto. O maior elogio que as Artes Visuais podem receber é
se constituírem em legitimas EXPRESSÕES
da sua AUTONOMIA também na ARTE. Desconhecer ou desconsiderar esta condição
seria cair numa administração homogênea que impõe um discurso e uma narrativa
por cima e por fora. O agente municipal - que lida com as Artes Visuais - necessita
de uma aguda atenção, de trabalho redobrado e meios adequados para a circulação
desta maneira múltipla de harmonizar Vida e Arte praticadas em Porto Alegre.
Fig. 19 – A cidade
de Porto Alegre ficou conhecida mundialmente pelas imagens do seu Fórum
Mundial agitando a utopia de um Mundo Melhor Possível. Os seus organizadores encontraram multidões
que aderiram espontaneamente e desinteressadamente a este projeto. Sem
personalizar, sem estrelismos e profunda
paixão coletiva certamente constituem o rumo de um planeta que pode abrigar cada vez mais gente. Evidente
que este projeto está além da Natureza dada à criatura humana. Este projeto
coletivo não nasce - nem prospera e nem se reproduz - sem que cada qual o
conheça, o eleja como seu e passe a agir
nele de uma maneira coerente.
Mesmo o autor, da
presente narrativa, não pode furtar-se ao cultivo do hábito da integridade intelectual para não
resvalar para uma narrativa por cima e fora. Ele necessita reconhecer que
textos - como este mesmo que o leitor esta conferindo agora - são abomináveis
quando possuem a ambição de serem narrativas gerais. Não passam de molduras.
Contudo traçam limites e competências. Competências que ressentem do autêntico
e da carência do empírico e da especificidade. Na posição contrária é
necessário concordar com quem possui o geral possui também uma condição
privilegiada para apreciar o sentido da especificidade e do particular que
compõe a visão de conjunto. Ao mesmo tempo, por limitado e restrito que seja o objeto das
Artes Visuais, elas sempre carregam um imenso universo das quais possuem origem e das quais são tributárias no
seu pequeno e frágil mundo material. O autor deste blog também reconhece
eventuais equívocos, esquecimentos e reducionismos próprios de conceitos
inerentes e veiculados a este processo numérico digital. Diante destes
argumentos e limites vai o convite ao eventual leitor para que ele refaça,
critique e complete aquilo de que as obras das artes visuais são portadoras.
Busque dominar nas suas narrativas gerais, o halo que numa obra de arte não
aparece e que pode reduzi-la a um objeto carente de um sentido civilizatório.
Fig. 20 – No
palco do Teatro Renascença do Centro Cultura os contemplados com o prêmio
Açorianos Saiu ganhando o arista, os seus coletivos, o júri e a própria
administração da Prefeitura de porto Alegre não ficou indiferente as esforços
daqueles que teimam em dar o melhor de si mesmos.
Assim esta postagem
convida o seu leitor a despir-se de todos os preconceitos adquiridos em
culturas alheias e que praticam a hegemonia estética. Livre desta heteronomia o
convite se dirige ao espectador a conferir caso a caso, com os próprios olhos e
mente aberta, aquilo que o poder municipal de Porto Alegre já realizou e
continua a propor e a realizar.
Esta compreensão,
diálogo é um convite - tanto para o
apreciador como o produtor de arte em Porto Alegre - perceber-se como cidadãos e passarem a circular
livremente por tão diversificados ambientes, obras e personalidades. Muitos e
variados estudos já foram realizados no passado como estão pleno curso que
possuem como foco política e a administração das Artes Visuais, praticadas pela
prefeitura de Porto Alegre. Estes estudos buscam a essência do projeto
civilizatório deste município. Estudos que, na sua forma propositiva, conferem
uma oportunidade para os ambientes, as obras e os agentes - envolvidos nesta
política municipal voltada para as Artes Visuais – tornam-se históricos.
Fig. 21 – Contraste entre a civilização e a barbárie
em Poro Alegre em julho de 2013. Enquanto civilizados pedestres, apreciadores e
de pintores de rua expõe as obras são visíveis os sinais da barbárie nos vidros
resultantes dos impactos de objetos jogados contra um prédio situado na Rua da
Praia. Uma civilização, uma política e um estado resultam de um projeto que
ultrapasse a Natureza dada e entrópica. A criatura natural sentirá um mal estar
em qualquer lugar e tempo se erguer uma forma de civilização humana. O
porto-alegrense sabe destes abismos que
o cercam e busca entendê-los e reagir da forma mais coerente possível.
Em resumo é possível
afirmar que o ente municipal de Porto
Alegre possui e reproduz nas artes
visuais que administra a origem do seu poder que é o seu cidadão. Este ente sabe
encontrar o denominar comum na diversidade visual, estética e econômica deste
cidadão. Sabe também de que a arte está em quem a produz. Esta produção encontra-se
em constantes mudanças, motivações e acúmulos que são administrados no compete
ao ente municipal sem que este os racionalize e a fixe num tipo único e que ele
impõe de forma linear com peso do seu poder. É evidente também que em Porto
Alegre proliferam e continuam a imperar exemplos em contrário. Exemplo
contrário que resultam dos profundos hábitos da heteronomia colonial e das
aparentes facilidades da escravidão voluntária cultivada. No entanto o
paradigma do bazar com que Platão caracterizou o regime democrático ainda
impera também nas artes visuais de Poro Alegre. Democracia visual que desespera
os totalitários e os marqueteiros. Estes adoram um tipo visual único e que
trabalham, com todas as suas energias, para
reproduzi-lo por meio de num molde linear, unívoco e eterno.
Fig. 22 – A mesma urgência do pedestre, da fig. 06, diante
do prédio histórico da prefeitura de Porto Alegre que ostenta o banner da
exposição da pintora Magliani. Esta artista levou ao Centro do país as experiências
e as urgências adquiridas na sua formação erudita e trabalho em Porto Alegre
A
Pinacoteca Aldo Locatelli em parceria com o marchand Renato Rosas produziram
uma bela retrospectiva na qual 51 colecionadores reuniram da obra da artista e
lançaram o catálogo:
ROSA, Renato et alii .MAGLIANI A solidão do
corpo Porto Alegre : Pinacoteca Aldo Locatelli-Prefeitura de Porto
Alegre 2013 , s/p. il col.
As fontes bibliográficas e virtuais, a seguir, são apenas uma
despretensiosa tabuleta de algumas sendas já exploradas entre as muitas a serem
visitadas, avaliadas e transformadas em mapas e documentos universais.
Fontes
bibliográficas sobre
ARTES
VISUAIS em PORTO ALEGRE
ALVES de Almeida, José Francisco (1964). A Escultura
pública de Porto Alegre – História, contexto e significado – Porto
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Alegre no século XIX - 1944
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-------------------Imprensa caricata do Rio Grande do Sul no
século XIX 1962
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Fontes
numéricas digitais sobre
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VISUAIS em PORTO ALEGRE.
ARTES VISUAIS em PORTO ALEGRE
imediatamente anteriores da REVOLUÇÃO de 1930
ARTES VISUAIS em PORTO ALEGRE entre
1930- 1945
ARTES VISUAIS em PORTO ALEGRE após1945
ASSOCIAÇÃO ARAÚJO-PORTO - AAPA
ASSOCIATIVISMO dos ARTISTAS VISUAIS em
PORTO ALEGRE
BAKOS Margaret Marchior i -Marcas do
Positivismo no governo municipal de porto Alegre
CÂNDIDO JOSE de GODOY 1958-1946 e o
período 1908-1913 da URBANIZAÇÂO de Porto Alegre
CARLOS BARBOSA GONÇALVES: o
PALÀCIO PIRATINI e MONUMENTO a JÚLIO de
CASTILHOS
CRAVOTTO e o URBANISMO em PORTO ALEGRE
http://www.anparq.org.br/dvd-enanparq/simposios/34/34-311-1-SP.pdf
CURSOS SUPERIORES de ARQUITETURA e
URBANISMO do IBA-RS
ILDEFONSO AREZTEGUI (1916-1988)
arquiteto
INSTITUTO CULTURAL EMÌLIO SESSA - ICES
INSTITUTO de ARTES – UFRSG Arquivo e
Acervo Pinacoteca
Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda – José
Marcelino Figueiredo 1735-1814
MINISTÈRIO das ARTES
MUSEU do TRABALHO
PALÁCIO PIRATINI e o CICLO do NEGRINHO
dos PASTOREIO de Aldo LOCATELLI
Parque da REDENÇÂO e o artista Jorge
Hermann
PINACOTECAS ALDO LOCATELLI e RUBEN
BERTA
PINACOTECA COMO DEVE SER:
PODER
LEGISLATIVO memorial e a visualidade de PORTO ALEGRE
História
e atribuições municipais
Concurso
Sioma Breitmann
Praça
Província da SHIGA
PRÊMIO AÇORIANOS
PRIMEIRA
HIDRÁULICA de PORTO ALEGRE
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Tasso
Bolívar TASSO CORREA
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