Uma
AULA de AUTONOMIA
de um ARTISTA.
Na democracia grega os
honoráveis possuíam a voz e vez em nome do PODER ORIGINÁRIO. Na ágora da polis
de Atenas eram excluídos do voto, das deliberações e decisões públicas tanto as
mulheres, os menores, os escravos e os estrangeiros. Todos eles permaneciam na atimia
e simplesmente não contavam
Fig. 01 – Tasso Corrêa discursando no lançamento
da pedra fundamental do prédio do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do
Sul. Esta cerimônia aconteceu no dia 14 de novembro de 1941 véspera do Dia da
Republica. O regime republicano foi um referencial para a política
institucional do IBA-RS. As datas republicanas eram lembradas e festejadas.
Este festejo dava-se ao longo da II Guerra Mundial, num momento de perigo para
as instituições democráticas. Motivado por este contexto foi uma afirmação da
autonomia institucional e apesar do sombrio ambiento do Estado Novo A presença
militar e a bandeira nacional é simétrica, na foto com a bandeira do IBA-RS.
O artista enfrenta a
atimia constante. Simplesmente não conta. Atimia mesmo em instituições que se
dizem destinados à arte. Miguel Ângelo teve dificuldades, de toda ordem, para
que as suas deliberações artísticas fossem respeitadas. Todo artista autêntico
e inovador necessita estar preparado para que a sua obra ganhe sentido e possa
ser índice das deliberações e decisões da quais ela resulta. Com mais coragem e
ênfase em culturas onde isto é novidade.
Fig. 02 – O cenário da
cerimônia de formatura da turma de Piano do IBA-RS e o discursando de seu
paraninfo Tasso Corrêa, no dia 24 de outubro de 1933 foi o Palco do Theatro São Pedro. A data também era o dia
do 3º aniversário da Revolução de 1930. Uma data nacional de afirmação da
autonomia contra a República Velha, seus personagens com hábitos ainda
rescendendo a gestos e atitudes imperiais.
O músico Tasso Corrêa
descreveu esta atimia do artista em pleno século XX. Mesmo aqueles que ocupavam o cargo de
professor em Curso Superior de Artes não escapavam desta atimia. Esta
circunstância foi descrita por ele em 24 de outubro de 1933 em Porto Alegre com
os estas palavras [1]
“A posição de inferioridade dos professores, assevero sem receio de
errar, é o motivo principal do fracasso das ultimas administrações. Os
professores, aqueles que são os verdadeiros sustentáculos deste Instituto, pelo
seu trabalho profícuo e honesto - pouca gente sabe disto - não tem garantia de
espécie alguma dentro desta casa. Nós os professores, não temos a menor
interferência, nem na administração, nem na parte técnica”.
Estes artistas
professores eram contratos, pelo presidente da instituição de arte, ao estilo
dos atuais técnicos brasileiros de informática (TI), dos jogadores ou técnicos
esportivos.
[1] Ver o
texto integral deste discurso em http://profciriosimon.blogspot.com.br/2011/11/isto-e-arte-014.html
Fig. 03 – O Centro
Acadêmico homenageou Tasso Corrêa com este nome devido ao
fato de perceber a legalidade desta agremiação na recém criada universidade
brasileira. Ele entendeu este alcance, pois também era estudante da Faculdade
de Direito de Porto Alegre. Passou para ação ajudando a criar o do IBA-RS no
dia 03 de junho de 1932. Esta iniciativa e coragem pioneira de Tasso Correa,
valeu-lhe uma ampla defesa estudantil, social e política no episódio que ele
protagonizou no dia 24 de outubro de 1933. Este memória estava ainda sendo
celebrada, por esta organização, setenta anos depois.
Professores e diretores
permaneciam na instituição à disposição do Presidente e conforme expressão do
Estatuto[1]
“servirá
enquanto preencher satisfactoriamente as suas funcções e merecer a confiança da
casa”, e reforçado pelo Regimento do
IBA-RS[2].
Recebiam por aula dada, sem direito à férias e nem salário fixo. O músico Tasso
Corrêa descrevia esta situação como
“o Instituto, sendo uma organização
destinada á difusão do ensino artístico no Rio Grande do Sul, é orientado por cavalheiros de
alta distinção, mas que infelizmente, na sua grande maioria, nada entende de
Arte”.
Tasso Corrêa atacava de
frente esta situação vexatória do artista na heteronímia por meio de uma metáfora
“para demonstrar o absurdo da nossa
organização administrativa lembraria o seguinte: uma Faculdade de Medicina,
dirigida por uma comissão de músicos, pintores e escultores... A sua situação
deveria ser idêntica á do Instituto de
Belas Artes”.
A exposição pública do problema,
a sua descrição e a metáfora valeram-lhe a cassação da confiança da presidência
e a expulsão imediata e ritual do Instituto de Belas do Rio Grande do Sul.
[1] -
O Estatuto do Instituto de Belas
Artes do R. S. – Aprovado em 14 de agosto de 1908 no Art. 28º DA ADMINISTRAÇÃO E DOS PROFESSORES
DAS ESCOLAS.-...“servirá enquanto preencher
satisfactoriamente as suas funcções e merecer a confiança da casa”
[2] - O Regulamento do IBA-aprovado em 11 de
Agosto de 1927 determinava.
DO PRESIDENTE Art. 85 – Ao Presidente do Instituto compete,
alem das attribuições definidas no artigo 21 dos estatutos:...”Advertir, suspender com privação dos
vencimentos e demittir os directores, professores e empregados, conforme a
gravidade da falta cometida”;
“DOS PROFESSORES –
Art.
93 – Os professores serão nomeados pelo Presidente, que designará as classes ou
annos que devem leccionar.
Art. 101 – Cada professor perceberá por hora ou fracção
de hora de trabalho, o quantum correspondente aos vencimentos que forem fixados
pela Commissão Central.
Fig. 04 – O nome e
imagem de Tasso Corrêa figuravam
como homenageado no quadro de formatura no ano posterior ao paraninfo e ao seu
discurso desafiador. Já não constam mais na presidência da CC-IBA-RS os nomes
do Secretário do Estado João Carlos Machado e nem seu antecessor João Fernandes
Moreira. Este lugar era ocupado pelo ponderado Dr. José Parreira que exercera o
cargo da Presidência num outro mandato anterior.
Esta reação mesquinha e a
falta de capacidade de elaboração do contraditório à altura do desafio resultavam
do que o próprio Tasso Corrêa havia descrito no seu discurso de paraninfo:
“O que falta a esta casa é
justamente dedicação, competência e largueza de vistas”.
A
Diretoria da Comissão Central do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul
(CC-IBA-RS), que presidia a mesa de formatura, foi pega de surpresa. Atônito o
seu Presidente, João Fernandes Moreira, jamais poderia imaginar ser desafiado e
repreendido publicamente em pleno
Theatro São Pedro, diante de tão qualificada audiência e recebendo a
sugestão de repartir o seu poder com os docentes de artes. Diante do possível
constrangimento do público suspeitar do
abalo, que tal ousadia provocara na sua autoimagem, o discurso não foi
respondido no ato, nem a sessão interrompida. O presidente relatou depois aos
seus pares e em particular seu ímpeto de
intervir imediatamente. Polidamente se absteve de qualquer manifestação
ostensiva. Mas, no mesmo dia, o agressor foi expulso exemplarmente do Instituto
por meio de um ritual regulamentar previsto para ocasiões dessa natureza[1].
[1] - O ato dessa expulsão ganhou a forma
escrita, apoiada na ordem jurídica vigente, lavrada pelo escriturário do
Instituto sob a orientação do secretário, conforme o regimento e devidamente
assinada pelo Presidente, João Fernandes Moreira. . Esse instrumento foi entregue hierarquicamente ao Diretor do
Conservatório para conhecimento dos termos. Esse o mandou entregar a Tasso
Corrêa, através de um bedel do Instituto, num lugar público de Porto Alegre, que
era a Sala Beethoven . O bedel
recolhendo a assinatura do citado, aposta ao documento, garantiu da parte do
agressor o seu conhecimento formal dos termos de sua expulsão. Retornando ao
Instituto entregou o documento assinado ao Diretor do Conservatório que oficiou
ao Presidente. O documento foi entregue ao secretário que o encaminhou ao
Arquivo do Instituto no qual se encontra e onde foi consultado para essa pesquisa Currículo de Tasso Bolivar Corrêa no
Arquivo Geral do IA-UFRGS.
Foto Carolina
Hermann do IA-UFRGS em 2004
Fig. 05 – Fachada
vertical em perspectivado do prédio do
Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul construído entre o lançamento da
pedra fundamental np dia 15 de novembro de 1941 e sua inauguração em 01 de
julho de 1943 sob a direção de Tasso
Corrêa e projeto de Fernando Corona. Ele é contemporâneo ao prédio do
Ministério de Educação e Cultura do Rio de Janeiro r foi concluída antes dele.
As dificuldades não foram só econômicas. As carências de materiais de
construção e os seus preços elevados, ao
longo da II Guerra Mundial, também tiveram de ser vencidos com muita determinação.
No estreito espaço cultural de Porto Alegre, a
publicidade dada ao ato da expulsão, mobilizou
os alunos do Instituto[1].
Esses fizeram correr listas de abaixo–assinados de apoio ao docente-artista,
que dirigiram ao Diretor do Conservatório de Música[2].
Esse repassou hierarquicamente as listas ao Presidente que as levou para uma
decisão da Comissão Central do ILBA-RS.
Os fatos e o discurso circularam, no dia 26 de outubro de 1933, na mídia
impressa [3].
Na
sessão do dia 26 de outubro de 1933 da posse de
João Carlos Machado[4]
da Comissão Central do ILBA-RS, não era
momento de decisões. O presidente em exercício mandou abrir ao público as
portas da sala para a cerimônia de posse da nova direção da CC-ILBA-RS [5].
Na primeira sessão presidida por João Carlos Machado a penalidade da expulsão
foi transformada em advertência ao docente que voltou às suas funções. Porém
ele estava decidido, mais do que nunca, que era momento de colocar no mundo
prático as suas expressões e o seu projeto.
[1] - Em Porto Alegre o elemento discente,
organizara-se nos outros cursos superiores,
antes da Revolução de 1930
No ILBA-RS essa
organização efetivou-se a partir de 03.06.1932.
[2] - O diretor do
Conservatório, que no primeiro momento não participou da tentativa de adequar o
Instituto ao regime universitário, nesse evento também ficou ao lado da
Comissão Central. Em documento anterior
declarara a sua posição pessoal ao argumentar que ‘não faltavam profissionais para preencher o cargo’. O registro mais
detalhado, do que ocorreu no dia 24 de outubro de 1934 no Theatro São Pedro,
foi localizado na pasta pessoal desse Diretor do Conservatório. Nele consta uma
crônica do Diário de Notícias, (Porto
Alegre, dia 26.10.1933, p.4) é que de fato resenha os acontecimentos dos
três dias apanhando os fatos ocorridos
no Instituto.
[3] - O jornal noticiava a formatura do dia 24, com
os discursos da formanda e o do paraninfo. Do dia 25, registra os
desdobramentos do gesto do professor, a reação do Presidente e as iniciativas
dos alunos do Conservatório. No dia 26,uma 5a feira, no qual o Diário
de Notícias circulava, prevê a posse do novo presidente, o que de fato
acabou acontecendo, segundo os registros das Atas da CC-ILBA-RS. Na época, a
mídia impressa ainda era soberana diante de outras formas de comunicação. Um
desses setores, que interessavam à imprensa industrial e serial, era a cultura
e a arte. A matéria sobre o confronto nas
artes não está assinada. Quem teria sido o cronista, quem forneceu os
discursos ao cronista, são perguntas ainda não respondidas e sobre as quais a
crônica calou. O jornal era de propriedade de Assis Chateaubriand, com posições
estéticas bem conhecidas e no mínimo autônomas. No aspecto da infraestrutura
industrial, o jornalismo tinha feito, até aquele momento, os maiores passos
possíveis. Estava passando para a especialização profissional. Numa visão
taylorista, da divisão de tarefas numa linha de montagem, os profissionais da
comunicação estavam-se especializando nos diversos setores que estavam se
afirmando.
[4] -
-João Carlos MACHADO er Secretário dos Negócios do Interior e do
Exterior do RS tinha sob a sua competência também a Educação Pública do Rio
Grande do Sul e que veio se constituir depois em Secretaria de Educação e
Saúde. Assim competiu a João Carlos Machado
o comando da tramitação da constituição da Universidade de Porto Alegre
e que ele irá assinar no dia 20 de novembro de 1934 ao lado do Interventor Gen
Flores da Cunha e do Desembargador Manoel André da Rocha.
[5] - Tal espetáculo e com
semelhante publicidade nunca havia acontecido antes e não aconteceria mais,
depois de 1933. Os membros da Comissão Central não se davam conta de que essa
seria a última posse pública de uma Diretoria da CC-ILBA-RS.
Fig. 06 – Selos do carnê
das cobranças dos LEGIONÁRIOS da CONSTRUÇÂO do PRÉDIO do INSTITUTO ao longo da II Guerra Mundial. Movidos pelo
entusiasmo da defesa das instituições democráticas, em momento de perigo, estes
dedicados LEGIONÁRIOS se espalharam Brasil afora. Motivados para afirmar a autonomia institucional e apesar do
sombrio ambiento do Estado Novo estes LEGIONÁRIOS assinavam uma espécie de
contrato, recebiam um número e que era honrado com o pagamento mensal do carnê
da figura. Era a contrapartida para os investimentos oficiais nesta instituição
de Arte. Percebe-se pelo carimbo que
houve a troca do MIL RÉIS (R$) para o CRUZEIRO (Cr$), ao longo deste período.
Evidente
que este discurso pode ser lido e interpretado apenas um momento e uma
expressão singular e localizada no tempo e num lugar determinado. Porém este
discurso constitui um índice entre os numerosos do que tenta destacar como
EXPRESSÕES de AUTONOMIA do artista face ao mundo externo, indiferente e
veladamente hostil. Índice de um projeto pessoal que atravessaria a vida
inteira do seu autor. Projeto pessoal e que guiaria a instituição de Arte a
materializar cursos e construir uma obra material. Realização de alguém atento
ao PODER ORIGINÁRIO desta instituição.
Assim a ação truculenta e precipitada da presidência do IBA-RS foi
poderosamente contradita pelo recém criado Centro. Acadêmico do IBA-RS que
depois (1943) tomaria seu nome O discurso circulou na íntegra no dia seguinte
no Diário de Notícias onde o Professor Ângelo Guido era cronista e crítico de
Arte.
Fig. 07 – O projeto da Reitoria da Universidade das Artes,
acalentado por Tasso Corrêa, entre
1947 até 1958. Permaneceu no papel e desenhada por Fernando Corona. Previa um
Teatro Municipal e no extremo oposto um Museu de Arte e Pinacoteca. Foi
construído o bloco central em duas etapas (uma em 1941 e outra em 1952). Havia
um projeto semelhante para a Escola dos Bailados com terreno já incorporado ao
IBA-RS no Centro Cívico do Estrado e situado na Rua Riachuelo. Todo este
conjunto estaria integrado no Ministério das Artes, outra proposta de Tasso
Corrêa e aprovado no 1º Congresso
Brasileiro de Artes celebrada no IBA-RS no dia 22 de abril de 1958.
Havia terreno adquirido no centro da cidade de Farroupilha para uma Colônia de
Férias
Tudo
isto seria um mero discurso por cima e por fora, se não fosse acompanhado por
um projeto e sua realização POSTERIOR consequente. Foi uma voz em nome do PODER
ORIGINÁRIO do Instituto de Artes num momento oportuno e único. Este projeto
ganhou vez e corpo ao longo de 25 anos de intensa mobilização de projeto
interno e uma coerente interação com o meio externo.
Fig. 08 – A camaradagem
de Tasso Corrêa com a sua equipe
docente e do qual ele era originário registrada numa caricatura do professor
João Fahrion. Tasso Corrêa após
consulta de André da Rocha, antigo você presidente do IBA-RS e na ocasião
Reitor da UPA, aboliu a figura imperial do Presidente e dos seus Diretores
totalmente subordinados ao poder central. Tasso
Corrêa, uma vez designado oficialmente como diretor do IBA, simplificou e
concentrou todo o poder executivo nesta figura. A Comissão Técnica
Administrativa (CTA) era o poder legislativo.
Todo este conjunto era julgado pelas deliberações e decisões da Congregação.
Na
instituição, dirigida por Tasso Corrêa, o PODER ORIGINÁRIO foi colocado como
ter voz e vez constante e sempre ouvida. Ele constitui os LEGIONARIOS do
INSTITUTO de ARTES que materializaram a obra arquitetônica, em plena Segunda
Guerra Mundial, que abriga a instituição há 70 anos e é, ainda, a sua sede em
2013. Em 1946 o diretor do Instituto de Artes integrava o primeiro Conselho de
Educação e Cultura do Estado do Rio Grande do Sul decorrente da
redemocratização do Brasil, após o Estado Novo. Em 1947 propunha o Ministério e
a Universidade das ARTES e para a qual projetou um prédio adequado.
Fig. 09
– Banquete oferecido na Pinacoteca do Instituto no vigésimo
aniversário da administração Tasso
Corrêa foi celebrado num banquete de 300 talheres na noite de 19.06. 1956 –
Terça feira[1].
Ao lado da esposa está cercado por dirigentes de instituições parceiras como a
PUC-RS cujo reitor José Otão fora professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo
do IBA-RS. da direita para a esquerda 1 –Irmão José Otão -2 –Ilsa Daudt Corrêa
- 3 –Tasso Corrêa 4 –Cel. Pandolfo
A
semente plantada há 80 anos no Theatro São Pedro na forma desta expressão
singular de autonomia, localizada no tempo e num lugar determinado, continua a
mostrar a força da sua fecundidade e na reprodução por tempo indeterminado.
Esta expressão tomou a forma de um projeto momento de um discurso de um
paraninfo de uma turma de formandas de um Curso de Piano. Com este projeto na
mente, no coração, na boca e nas mãos o seu autor multiplicou no mundo prático
onde soube receber as contribuições de todos os lados. Com este corpo
transfigurou-se numa série de contratos em nome de uma civilização
compensatória da injustiça, da violência e da desqualificação.
[1] - Em Díário de Notícias.
Porto Alegre: dias 15.06.1956, 17.06,1956 e 22.06.1956
A Hora. Porto Alegre, dias
12.0.1956, 13.06.1956 e 15.06.1956
Correio do Povo. Porto Alegre,
23.06.1956, p.4
O Jornal. Rio de Janeiro,
Sábado, 23.06.1956 (Recortes dos periódicos sem noe página da pasta
de Tasso Corrêa {148bCURR}
Fig. 10 – Os setenta
anos do Centro Acadêmico Tasso Corrêa
(CATC) celebrava a memória estava desta organização estudantil. Criado no dia
03 de junho de 1932, esta iniciativa e coragem de Tasso Correa, valeu-lhe uma
ampla defesa estudantil, social e política no episódio que ele protagonizou no
dia 24 de outubro de 1933. No dia 28 de abril de 1943 os membros do CATC resolveram
conferir esta homenagem Tasso Corrêa
adotando seu nome para a sua agremiação.
Resumidamente
chega-se à conclusão da necessidade de estar preparado, para a reação contrária,
quem propõem projetos de tal conteúdo, amplidão e consequências, como aquele proposto por Tasso Corrêa nas suas
expressões de autonomia. Esta impetuosa imprevisível e imensa reação das mentes
e dos corações decorre das mãos subjugadas e atadas ainda ao colonialismo e à
escravidão. Escravidão e colonialismo que esterilizou as suas mãos. Escravidão
e colonialismo que retiraram a fecundidade, a vitalidade e a sanção moral dos
seus atos, das suas mentes e dos seus corações. Os atos livres supõem pagar com
as suas próprias energias o que as suas mentes deliberaram, seus corações
decidiram e suas mãos pretendem colocar neste mundo.
PERSONAGENS
CORRÊA Tasso Bolívar Dias (*25/12/1901 + 07/07/1977.)
MACHADO João Carlos membro da Comissão Central Presidente da
Diretoria do Instituto de Belas Artes de
26.10.1933 até 29.04.1935, Secretário
do Interior do Governo Estadual. Como membro do governo Estadual presidiu a
criação da Universidade de Porto Alegre na qual foi integrado o IBA-RS.
MOREIRA João Fernandes - Membro da Comissão Central do Instituto de
Belas Artes - Presidente da Diretoria da
Comissão Central de 29.10.1929 até 26.10.1933.
FONTES
NUMÉRICAS DIGITASI
PODER ORIGINÁRIO
DISCURSO de
TASSO CORRÊA como PARANINFO no TEATRO
SÃO PEDRO em 24/10/1933.
DIÁRIO DE
NOTÍCIAS
– Porto Alegre: Diários Associados, dia 26.10.1933 p.4
ATIMIA
na CONCEPÇÃO GREGA CLÁSSICA
AUTONOMIA
ÂNGELO
GUIDO (1893-1969)
INSTITUTO de
ARTES da UFRGS
ARQUIVO GERAL
do INSTITUTO de ARTES da UFRGS
ACERVO da
PINACOTECA BARÃO SANTO ÂNGELO do
INSTITUTO de ARTES da UFRGS
Tese
– Origens do Instituto de Artes da
UFRGS 1908-1962 disponível integral em:
Este
material possui uso restrito ao apoio do processo continuado de
ensino-aprendizagem
Não
há pretensão de lucro ou de apoio financeiro nem ao autor e nem aos seus
eventuais usuários
Este
blog é editado e divulgado em língua nacional brasileira e respeita a sua
formação histórica. ...
e-mail ciriosimon@cpovo.net
1º blog :
2º blog
3º blog
SUMÁRIO do 1º ANO de postagens
do blog NÃO FOI no GRITO
4º
blog + site a partir de 24.01.2013
PODER
ORIGINÁRIO
Site
CURRÍCULO
LATTES
Nenhum comentário:
Postar um comentário