SÓ o PENSAMENTO
PERMANECE.
“Nada é transmissível , a
não ser o pensamento”
Le Corbusier[1]
in Boesiger, 1970, p.168.
[1] BOESIGER, Willy . Le Corbusier Les Derniers œuvres Zurich : Artemis, œuvres complètes 1970, ,
v.8, 208 p
.
Fig. 01 – “Quem é capaz de queimar livros também é
capaz de queimar pessoas”. As fogueiras, erguidas pela Inquisição, eram
para queimar pessoas singulares que expressavam
o seu pensamento verbalmente. A industrialização criou as câmaras de
gazes, progrom’s e campos de extermínio - ao modelo da linha de montagem fabril
- para queimar e liquidar multidões, não só por motivos étnicos, mas devido ao
modelo de pensamento que tentavam extirpar em franca oposição aquele que se queria hegemônico, ortodoxo linear e
único.
A permanência do
pensamento enseja as mais desesperadas ações para produzi-lo, dar-lhe uma forma
linear de comunicação unívoca e universal na espécie humana. Esta mesma
permanência do pensamento provoca, no contraponto, as mais inesperadas formas
para aniquilá-lo, mudá-lo ou, ao menos, adequá-lo ao poder hegemônico de
plantão em cada época e lugar. O século XXI não foge a regra dos demais
períodos da História. Ele constitui-se, também num cenário de lutas de
pensamentos, de mentalidades e de imaginários em espaços simbólicos em
conflito. Porém os entrechoques, entre pensamentos antagônicos, devido á rápida
e volumosa circulação das comunicações, são cada vez mais frequentes, mais
visíveis e de maior magnitude.
Fig. 02 – O
gigantesco império Persa não teve muita dificuldade inicial para dominar a
cidade de Atenas, saquear e incendiar a primitiva Acrópole. Os gregos reagiram
por meio de um pensamento individualizado e a raiz do pensamento democrático. Pensamento
democrático onde cada cidadão conhece e é competente para expressar em si mesmo
o todo da sua identidade cultural. Este pensamento, ao se confrontar com o
pensamento persa oriundo do medo e da coerção, soube impor, reverter a
catástrofe inicial. Pensamento que transformou a Acrópole de Atenas num dos
mais esplêndidos e perfeitos exemplos de harmonia e coerência com a proporção
humana. Apesar de este equilíbrio durar pouquíssimo tempo, o pensamento que o
alimentou, ressurge em diversos tempos e lugares nos quais os cidadãos são
competentes para expressar em si mesmo o todo da sua identidade cultural.
A fortuna, de certos
pensamentos tirânicos de moda, pode ser atribuída à preguiça mental de quem
recebe e cultiva o pensamento alheio e hegemônico do momento. A escravidão
voluntária é menos trabalhosa e oferece menos riscos. Esta capitulação
preliminar do destinatário, faz com que o vencedor, das árduas guerras conceituais,
na maioria das vezes, seja a mentalidade mais fraca, vulgar e fácil de
assimilar. Este pensamento fraco, vulgar e fácil, recebe os louros da fortuna,
tornando-se o pensamento hegemônico por longos períodos, largos espaços e para
todas as idades humanas.
Fig. 03 – A bem
da verdade não foi uma queima generalizada e indiscriminada dos livros
promovida pelos nazistas. Mas a queima, desta foto, é aquela realizada em
Berlim, na noite de 10 de maio de 1933, dos registros escritos do Instituto da
Sexualidade [Institut für
Sexualwissenschaft] que estava pesquisando e mapeando as perversões sexuais de
certos líderes nazistas e que se vingaram queimando o acervo desta instituição
de pesquisa. O fato serviu para estimular outras queimas de livros apontados
como pouco ortodoxos pelo partido nazista
O papel de uma obre de Arte pode
ser o de conferir corpo aparente e suporte físico aos sentidos humanos para a felicidade deste
pensamento fraco, vulgar e fácil. No contraditório pode constitui-se, também, no
índice legível de uma primeira mudança e
a negação de uma longa e larga tradição de um pensamento hegemônico fraco,
vulgar e fácil. Evidente que este pensamento reagirá, com todo peso de sua
larga tradição, contra esta Arte inovadora, e em nome de uma maioria silenciosa
e escravizada.
Fig. 04 – Cartaz
nazista anunciando a exposição da Arte
degenerada [ENTARTETE KUNST] a ser realizada no dia 19 de julho de 1937 em
Munique na Alemanha. Certamente os
ideólogos do partido, e desta exposição, queriam colocar a Arte ao serviço do
seu pensamento e ridicularizavam aquela que não se submetia aos seus próprio
cânones estéticos que julgavam universais e destinada a durar 1.000 anos.
Contudo a obra de Arte sempre foi primordial. Como tal ela é um índice seguro
de sua época que estava doente e pervertida nos seus mais altos valores
humanos. Assim esta ideologia apenas estava quebrando o seu próprio espelho e
negando a sua própria imagem e identidade.
Contudo em ambas as
situações, a Arte sempre lida com um corpo físico. Com este seu necessário
corpo físico, ela está sujeita à queima, a execração e esquecimento da sua obra
sensorial. Devido à sua condição de obra sensorial, a Arte paga tributo à
entropia natural, característica de toda criação humana.
Fig. 05 – Uma
foto da exposição da Arte degenerada
[ENTARTETE KUNST] inaugurada no dia 19 de julho de 1937 em Munique na
Alemanha. Os ideólogos do partido julgavam
os seus próprios cânones estéticos universais e prometiam mantê-los por 1.000
anos. Uma década depois a Alemanha inteira estava dividida ao meio e era uma
ruina só bem pior do que as obras premonitórias que desejavam ridiculizar em 1937.
A obra de Arte sempre foi primordial e o seu pensamento permanece. Este
pensamento está acima de eventuais aventureiros que teimam e colocá-la na sua heteronímia.
Os marqueteiros ou propagandistas, inspirados
em ideologias pouco afeitas à autonomia de uma obra de Arte, pouco decidem ou
podem. A obra de Arte aufere a sua teleologia que lhe imanente e de longa
duração. A sua origem deriva de outras fontes do que a onipotência, a onisciência,
a onipresença e a eternidade de que estes aventureiros se julgam os portadores e legítimos representantes.
O incêndio que consumiu
a coleção de quadros no Rio de Janeiro na madrugada do dia 13 de agosto de 2012
está sujeita a esta entropia. Em todos os comentários sobre esta perda física
da valiosa e coleção única, surgiu a questão da guarda privada ou pública,
contra esta entropia, deste acervo
artístico e as garantias da sua necessária segurança deste seu corpo material.
Fig. 06 – Foto da
visita de Adolf Hitler á exposição da Arte
degenerada [ENTARTETE KUNST] inaugurada no dia 19 de julho de 1937 em
Munique na Alemanha. Este líder, que
prometia um Terceiro Reich, que duraria 1.000 anos, estava diante de obras de
Arte que o condenavam e a todos os que acreditavam na sua ideologia, Este
tiveram de contemplar uma catástrofe com aparências bem piores do que as obras
de Arte que queriam ridicularizar e
colocar ao serviço do seu pensamento. A
obra de Arte na sua primordialidade nem sempre está a serviço de uma beleza
aparente e transitória. Os seu universo e teleologia imanente depende da sua
coerência com a Verdade. Como tal ela é um índice seguro de sua época que
estava doente e pervertida nos seus mais altos valores humanos. Assim nesta
exposição, esta ideologia estava quebrando apenas o seu próprio espelho e
negando a sua própria imagem e identidade.
A cultura, como a civilização, são passageiras, pois são sustentadas por valores imateriais mutantes, específicos e limitados. Porém uma obra de arte possui também uma sua existência física e material. O pensamento, imanente a esta obra física e a partir de seus interesses maiores, enfrenta longos períodos, por meio deste suporte material e em lugares estranhos à sua origem .
Fig. 07 – A
multidão esperando na entrada da exposição da Arte degenerada [ENTARTETE KUNST] inaugurada no dia 19 de julho de 1937
em Munique na Alemanha. A cartaz da exposição anunciava a entrada por 30
pfenigs,(fig.04) mas este anunciava a entrada livre. Os ideólogos do partido, e desta exposição, estavam
corretos ao apostar nos veículos de comunicação industrial e de massa. Porém,
ao usá-los, estavam atropelando a autonomia da Arte e o direito do povo em
buscar a Verdade. Verdade de que as
obras de Arte que queria ridicularizar eram índices seguros de sua época que
estava doente e pervertida nos seus mais altos valores humanos. A coerência
entre COMUNICAÇÂO e EXPRESSÃO não poder violentada sob nenhum pretexto ou
interesse.
Sem evidenciar o conhecimento e o
reconhecimento destes interesses maiores de uma civilização, a própria criatura
humana torna-se indiferente e naturaliza estas obras. Se não os joga no lixo, ou na fogueira, como
descartes inúteis ou mesmo perigosos e degenerados.
Vila dos Mistérios Pompéia in http://www.oocities.org/br/vulcoes/Cidadesromanas.htm
- http://giscreatio.blogspot.com.br/2010/07/arte-em-roma.html
http://intercambiando.blogs.sapo.pt/tag/hist%C3%B3ria+da+arte http://es.wikipedia.org/wiki/Bodas_aldobrandinas
Fig. 08 – A
arqueologia devolveu algumas obras de arte realizadas, em grande parte, por escravos gregos a serviço da Roma
Imperial. Como exemplo o grande afresco da denominada VILA dos MISTÉRIOS, em
Pompéia. A desgraça da cidade e dos seus habitantes foi a salvação de uma das
poucas obras de arte romanas entre as numerosas que pereceram devido ao tempo e
à barbárie que não entendia o pensamento que lhes era subjacente,
Contudo na medida em que
estas frágeis obras conseguem captar e registrar em formas universais o máximo
de conteúdo da época e da vida de quem a criou ela terá um futuro. Formas que
tomam corpo e suporte físico para os sentidos nas obras de Arte. Obras que se
constituírem em índices universais do pensamento humano.
Fig. 09 – Um dos
numerosos desenhos de Leonardo da Vinci para a demorada concepção e execução da
sua obra “A Última Ceia”. Como afirmava Miguel Ângelo, DESENHO significa um
“DEUS em NÒS”. Esta noção da palavra “Desegno”
da sua etimologia ”DIsegnO” que segundo Frederico Zuccaro
deriva ao nome de Deus: sendo que as duas primeiras e a última letra do
vocábulo Disengno constituem o
vocábulo DIO.
A “pintura como algo mental”, na concepção de Leonardo da Vinci,
conecta o mundo do pensamento aos signos materiais de uma obra de Arte. Esta se
sustenta no mundo empírico, sem renunciar ao seu vínculo de sua origem no mundo
imaterial. O campo da Arte estava apto ao banquete do príncipe, servido entre
os convivas das demais profissões consideradas superiores e apta para constar
na universidade.
Este algo mental que a
literatura grega captou dos pintores dos quadros dos pintores helênicos dos
quais não sobrou nem um único quadro físico. Apenas a sua cerâmico, ou que
permaneceu da pintura romana sob as cinzas do Vesúvio.
A obra escrita de Giorgio
Vasari (1511-1574)
foi fundamental para a
preservação do pensamento que sustentou as obras físicas dos artistas do
Renascimento Italiano. Além de pintor foi responsável pela redação do primeiro
estatuto de uma academia de Arte ocidental.
O Iluminismo trouxe no
seu bojo a obra e o pensamento de Johannes
Joachim Winkelmann (1717-1768), que reabriu, e deu sentido, aos arqueólogos
que se debruçaram sobre o pensamento originário da arte romana e da sua raiz no
pensamento clássico grego. Simultaneamente os redatores da Enciclopédia
Francesa e mantiveram como básico o pensamento originário da Arte, enquanto descartavam
as especulações místicas tradicionais e originárias da Idade Média europeia. Este
Iluminismo percebia, no pensamento emanado da obra de Arte, uma ponte com o
saber cultivado na universidade. Esta ponte foi consolidada por Emanuel Kant
(1742-1804). Antoine Compagnon afirma (1996:
91) que “Kant via no julgamento estético
o princípio da comunicação intersubjetiva e de todas as relações sociais, sendo
o gosto o modelo da universalidade humana”.
Entendendo esta mensagem do filósofo, os
séculos XIX e XX, foram pródigos em pensadores,
teóricos e profissionais que tiveram por objeto as fontes primordiais
das obras de Arte do passado e do seu próprio presente.
Fig. 10 – Um fotograma
do filme FAHRENHEIGTH 451 que possui
por tema um batalhão de incendiários encarregado de buscar e eliminar qualquer
livro impresso. Filme de 1966, dirigido por François Truffaut, sobre tema
escrito por Ray Bradbury. Debruça-se sobre um futuro no qual é necessário um
pensamento linear, fixo e unívoco e decorrente de uma sociedade industrial, que
busca eliminar qualquer pensamento alternativo ou divergente da lógica que a
informa e a constitui..
Diante dos conflitos,
das ameaças e das destruições, os profissionais da História da Arte e os seus
complementares como arquivistas, museólogos, comunicadores administradores
culturais, não podem entrar e permanecer, no campo da Arte, desprevenidos e
apenas pela ingênua motivação do “gostar
de Arte”. Talvez a entrada seja fácil e até gloriosa. A permanência e a
progressão, no campo das forças da Arte, se depender apenas deste “gostar”
ingênuo, serão cada vez mais problemáticas e insustentáveis. Ao contrario das
ditas Ciências Exatas, nas quais a entrada é dificílima, esta mesma dificuldade
discrimina os aventureiros e descarta os menos aptos já no portal de entrada.
Fig. 11 – Uma
pintura romana mostra a jovem escritora usando um fino estilete com o qual
risca escrevendo na cera escura que cobre a superfície das tabuinhas. Uma
espátula alisava estas tabuinhas apagando as anotações provisórias. No caso de
o autor querer preservar esta escrita em cera,
as repassava sobre um pergaminho ou sobre rolos de papiros.
A formação do artista,
do arquivista, do museólogo, do comunicador e administrador cultural inclui
este amplo leque das circunstâncias nas quais se desenvolvem os trabalhos da
natureza do trabalho em Arte. Este trabalho no campo das forças da Arte envolve o pensamento que confere suporte
a esta atividade humana. Assim é primordial que estes profissionais estejam aptos
e municiados para entender, se posicionar em relação aos inevitáveis confrontos
entre pensamentos contrários que atravessam este campo de forças. Não bastam os
escudos políticos e econômicos para que estes profissionais estejam protegidos
de serem fulminados mortalmente pelas descargas elétricas e pelos raios destas
potências em confronto. A atenção, o cultivo e as distinções, inerentes ao
pensamento que confere suporte ás obras de Arte autênticas, são testes
continuados que irão consagrar ou descartar do campo de forças da Arte os seus
candidatos.
A nova era, com os suportes
numéricos digitais da rede mundial, só podem disseminar, por si mesmo, as
mentalidades mais fracas, vulgares e fáceis de assimilar. Esta rede mundial, com
os suportes numéricos digitais, como todos meios anteriores, irá constituir-se
em mais um teste continuado e ampliado para consagrar ou descartar, do campo de
forças da Arte, tanto o seu emissor como o seu receptor. Esta nova e
revolucionaria mídia só terá sentido na medida quando for suporte do pensamento
inerente á autênticas obras de Arte.
Destaca-se o exemplo
do filho de Portinari que repassou ao espaço numérico a obra do pai. João Cândido
Portinari, como físico experiente, transformou os slides analógicos, cujas cores
estavam esmaecendo, em códigos numéricos digitais. De um lado preservou as
informações sobre as obras originais em mais uma base de dados que as valoriza.
O pensamento de João Cândido está focado em devolver ao povo as informações fidedignas
sobre as obras no qual este povo foi e é o protagonista e cujos originais lhe são inacessíveis
ou já pereceram fisicamente.
Fig. 12 – O
pensamento do caçador da era glacial preservada numa pintura rupestre. As
preocupações primárias e o repertório
deste ser humano estão preservados nestes poucos gramas de terra vermelha
aplicados sobre uma rocha e comandadas pelo pensamento do seu autor. Perdemos qualquer som ou língua que esta
criatura humana falava. Porém o pensamento do seu autor está preservado na sua
obra e graças à atmosfera livre de perturbações estranhas.
Reinam muitas dúvidas em
relação à profissionalização do Historiador da Arte, diante do que foi exposto
aqui. Uma destas múltiplas dúvidas refere-se ao próprio candidato. Como todos
os candidatos, à algum curso superior, numa universidade autêntica, a sua
permanência no campo de forças da Arte, irá depender da sua própria capacidade no
cultivo continuado do seu hábito da sua integridade intelectual. Hábito que
saberá encontrar meios de vencer a entropia natural, como das queimas físicas,
ou as culturais, como os parcos recursos econômicos e as continuadas
desqualificações internas e externas ao campo de forças da Arte.
Fig. 13 – A
contradição da proibição do uso da parede para escrita polui visualmente estas
paredes antes que alguém intervenha
sobre elas.
Só o cultivo deste
hábito da integridade intelectual, testado e continuado, saberá dar um suporte
continuado ao pensamento de uma época, de um lugar ou de um artista singular.
FONTES
COMPAGNON, Antoine
(1950 - ). O
trabalho da citação. Belo Horizonte : Editora UFMG. 1996. 115p
http://www.wook.pt/authors/detail/id/920529
ENTARTETE KUNST Munich 19.07.1937
FAHREINHEIT 451 o filme
Institut für
Sexualwissenschaft Instituto para o Estudo da Sexualidade de
Berlim 1919-1933 e Frankfurt 1973-2006
OBRA DIGITALIZADA de Cândido
PORTINARI
QUEIMA de uma PINACOTECA PARTICULAR
no RIO de JANEIRO
QUEIMA DE LIVROS pelos NAZISTAS
em 10.05.1933 controvérsias
VASARI, Giorgio. (1511-1574) Vidas de pintores, escultores y arquitectos
[Le vite de’più celebri pittori, scultori e architettori ] Buenos Aires : El
Ateneo, 1945, 2 vol il http://www.vasari.art.br/
WINCKELMANN,
Johannes Joachim (1717-1768). Historia del Arte en la antigüedad.
Con un estudo crítico por J.W.Goethe. Introducción y
traducción del alemán por Manuel Tamayo Benito. Madrid : Aguilar, 1955. 1285p.
Este material
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histórica. ...
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1º blog :
SUMÀRIO do 1º ANO de postagens
do blog NÃO FOI no GRITO
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=qdqXEg7ugxA
Parabéns pelo blog, rico em conhecimentos de uma forma simples prática e objetiva , juntando pedaços da memória e história ,de maneira a desvendar a fonte original de todas as belezas da arte e as manifestações das ideias,
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Prezado professor Cirio
Parabéns pelo blog, rico em conhecimentos de uma forma simples prática e objetiva , juntando pedaços da memória e história ,de maneira a desvendar a fonte original de todas as belezas da arte e as manifestações das ideias,
O que hoje se chama arte parece hoje
ser uma tendência de mercado não vem do trabalho do artista e de sua
experiência, é pelo dinheiro.
Meu nome é Alessandro Gomes , e as artes
impulsionam minha vida me
deslocam e me colocam no caminho e me acrescentam sempre mais sou
entalhador a já 28 anos, e entre meus trabalhos cito as novas portas da
Igreja Nossa Senhora da Conceição e mais recentemente os altares laterais que
estavam faltando o que me deu muita honra pela continuação do trabalho de
João de Couto e Silva pessoa de talentos apurados, que emprestou sua alma e
corpo para ser conhecido e respeitado
Mas hoje esta difícil ser artista a
concorrência é desleal, o que tem de gente, se achando e se dizendo artista é
coisa incomum, coitado é do artista que estuda e se aprimora para viver de sua
arte antes o artista tinha seu valor e a arte era a sustentação de sua vida,
agora o artista de verdade é esquecido e as vezes até em dificuldade
financeira, batalhar de sol a sol sua carreira é tarefa dura como de qualquer outro
trabalhador e ainda por cima ser jogado para o esquecimento e nem sequer ser
lembrado por essas pessoas e
mídia interessadas na futilidade e banalidade e vulgaridade dessa gente
que usa o nome de artista podem ser o que eles quiserem ser , mais por
favor a vida de artista é muito dura para esses vai tomar o precioso
tempo de suas vidas e dar muito trabalho mais muito trabalho....
Envio imagem meus trabalhos porque o site é antigo e desatualizado.
Grato e um abraço
tempo de suas vidas e dar muito trabalho mais muito trabalho....
Envio imagem meus trabalhos porque o site é antigo e desatualizado.
Grato e um abraço
Alessandro Gomes
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