ARTE
DISTINTA de CULTURA
num PROJETO CIVILIZATÓRIO.
Aldo
LOCATELLI mural no PAVILHÃO da FESTA da
UVA depois PREFEITURA de CAXIAS do SUL -
Fig. 01 – A grande imigração europeia veio ao Rio Grande do Sul com mentalidade, hábitos
e técnicas da ERA AGRICOLLA. No entanto
a ERA INDUSTRIAL os alcançou também no
Brasil. Esta passagem entre as duas ERAS
e respectivas e mentalidades não teve as rupturas, grandes arrependimentos,
guerras e devastações como teve no Velho Continente. Evidente não foi o paraíso prometido e
nem o inferno insuportável dos campos de concentração das “sobras” ida ERA INDUSTRIAL EUROPEIA. As diversas vocações das ARTES NOBRES
sul-rio-grandenses refletem e materializam as suas concepções ainda muito próximas
das Natureza. As rápidas e fulminantes mudanças estéticas nas circunstâncias da
ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL exigem cada vez mais uma VISÂO ABRANGENTE e competente
para distinguir CUTURA e ARTE
[clique
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SUMÁRIO
01 – As POTENCIALIDADES
para uma VISÃO ABRANGENTE das ARTES no RIO GRANDE do SUL. .
02 – A
LOGISTICA da PRODUÇÃO das ARTES VSUAIS no RIO GRANDE do SUL.
03
- –
O
DIREITO do ARTISTA no RIO GRANDE do SUL de EXPERIMENTAR.
.
04 - ARTISTA
como TEMERÁRIO INÚTIL no RIO GRANDE do SUL 05 –
¿
QUEM está PINTANDO ou ESCULPINDO no RIO GRANDE do SUL? -
06- O REGIONAL e UNIVERSAL
nas ARTES no RIO GRANDE do SUL. 07 - A CIDADANIA e o PODER
PUBLICO nas ARTES no RIO GRANDE do SUL 08 -
POSSIBILIDADES
de PROFISSIONALIZAÇÂO e de CARREIRA nas
ARTES VISUAS no RIO GRANDE do SUL. 09 - ESTUDOS
de CASOS de CARREIRAS EXITOSAS nas
ARTES VISUAS no RIO GRANDE do SUL 10 - ESTUDOS de CASOS de APOIOS EFETIVOS para a CARREIRA nas ARTES VISUAS no RIO GRANDE do SUL: -11 – ESTUDOS de CASOS de ACERVOS de ARTES no
Rio Grande do Sul - FONTES BIBLIOGRÁFICAS e DIGITAIS
01 – As POTENCIALIDADES
para uma VISÃO ABRANGENTE das ARTES no RIO GRANDE do SUL.
O PROJETO de direcionar a sua vida,
esperanças e potencialidades para a CARREIRA de ARTISTA VISUAL no RIO GRANDE do
SUL, escancara um grande PROBLEMA de ALGUÉM que, num dado momento da sua vida, resolve escolher este caminho
Milhares de seres humanos fizeram esta OPÇÃO. Alguns
tiveram de abandonar imediatamente o seu PROJETO ou ao longo das suas vidas. Outros
o conduziram esta sua OPÇÂO até o último instante da vida. Certamente estes são MUITO
POUCOS. Porém esta RARIEDADE inscreve
ESTES POUCOS no elogio de CORONA (1895-1979). Este estava ciente da riqueza dessa massa humana amadora
profissionais no Rio Grande do Sul que se dedicam à prática, ao conhecimento e à reflexão da ARTE. CORONA resumiu e elogiou (1977 p. 166)[1] a afirmar que:
“nunca tantos deverão
ficar ignorantes de tão poucos, pois a história na seara das Artes, ainda está
para ser contada desde Araújo Porto-alegre e Pedro Weingärtner até os últimos
talentos que despertam nas artes plásticas e na arquitetura”.
[1] CORONA,
Fernando (1895-1979)._. Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto
Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241
Vasco PRADO - mural na parede sul da PRÈDIO da ASSEMBLEIA LEGISLATIVA do RIO GRANDE do SUL
Fig. 02 – A
temática - dos murais da parede
externa SUL do PALÀCIO FARROUPILA - faz alusão
aos pontos altos da POLÌTICA SUL-RIO-GRANDENSE Os materiais e as técnicas da ERA INDUSTRIAL valem-se de sua natureza
para perenizar este espaço simbólico regional por meio das ARTES NOBRES. Ao mesmo tempo abrem um imenso espaço para
concretizar o pensamentos, as concepções e os projetos do passado, do presente e do futuro
Na SEARA das ARTES VISUAIS no RIO
GRANDE do SUL não faltam talentos. O PROBLEMA o OBSTÁCULO foi e continua sendo o de OPTAR e PRATICAR um PROJETO coerente consigo
mesmo, com o seu meio e o seu tempo.
Evidente que esta OPÇÃO - pelo PROJETO de SER ARTISTA VISUAL - exige uma
RUPTURA EPISTÊMICA, uma MUDANÇA de HÁBITOS, de CONHECIMENTOS e de SENTIMENTOS.
De outra parte é prejudicial e inútil, para a própria sociedade, o puro e simples
voluntarismo, cego aos recursos logísticos disponíveis para este projeto. Neste ponto é necessário ponderar com João
Guimarães Rosa (1963, p.18) o fato de:
“querer o bem com
demais força e de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal por
principiar. Esses homens ! Todos puxavam o mundo para si, para concertar
consertando. Mas cada um só vê e entende as coisas dum seu modo” . [1]
É descabida absolutamente a velha DESCULPA dos MEIOS MATERIAIS. O RIO GRANDE do SUL oferece, para as ARTES uma vasta e inexplorada
LOGÍSTICA, ESTRATÉGIAS e TÁTICAS sem FIM absolutamente inexploradas.
[1] - GUIMARÃES ROSA, João. Grande Sertão: Veredas. Rio de
Janeiro : José Olympio, 1963, p. 18..
ANTONIO
AUGUSTO BUENO na Pinacoteca RUBEN BERTA em 06.06.201
Fig. 03 – A coleta das podas da árvores e da vegetação
urbana de Porto Alegre e matéria prima suficiente para que o artista visual
ANTÔNIO AUGUSTO BUENO continuasse o seu projeto de TRANSFORMAR GRAVETOS em OBRAS de
ARTE A sensibilidade, a organização
coerente e o projeto físico abrem
oportunidades infinitas na nova
apropriação de algo com que qualquer percebe desse a origem da espécie
humana,. Evidente que por trás desta
liberdade, autonomia e coragem do artista, existe toda uma vida, uma formação
universitária e uma carreira nas Artes Visuais sem se dobrar ao elogio fácil , ao
reducionismo ou qualquer outra veleidade. A ARTE ESTÀ em QUEM PRODUZ e NÂO NO QUE PRODUZ.
02 – A
LOGÍSTICA da PRODUÇÃO das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL.
Os TABUS nas ARTE desapareceram com a
abertura das ARTES VISUAIS para o seu próprio LUGAR, SOCIEDADE e TEMPO. Tabus
como aquele que as ARTES VISUAIS só podem ser feitas com materiais caros, preciosos
e raros. Coerente com “TODOS são POTENCIAIS EMISSORES” Pablo Picasso
usava o que lhe caía sob o olhar e mão para transformá-los em OBRA de ARTE.
Marcel DUCHAMP foi mais longe e com os seus “REDY MADE’S” apenas deslocava
OBJETOS para RECINTOS CONSAGRATÓRIOS para nomeá-los como OBRAS de ARTES.
Evidente que qualquer imitação,
cópia ou reprodução de obras destes dois
artistas, não passa de furto, plágio e kitsch. As obras destes dois artistas
pertencem a LUGARES, à EPOCAS e à SOCIEDADES completamente diferentes da
CULTURA do RIO GRANDE do SUL. O que permanece deles é o seu PENSAMENTO, AUTONOMIA
e a VONTADE de pertencerem às suas circunstâncias.
Assim houve a distinção entre a CULTURA dos AMADORES da ARTE daqueles profissionais focadas no
original, no próprio e do seu TEMPO, MEIOS e LUGAR.
Esta
clivagem também se produziu entre CIÊNCIA e TECNOLOGIA ou na História entre
PROFISSINAS e AMADORES como o historiador Evaldo Cabral de MELO distinguiu
(1995 p. 14) [1] a afirmar:
“os amadores discutem
estratégia mas os profissionais preferem falar de logística, bem se poderia
dizer que os historiadores preferem falar de documentos, deixando a outros o
cuidado de descobrir o sentido da história”
Na ausência de tais distinções os perigos e as armadilhas são muitas. A ERA INDUSTRIAL fatiou, dividiu e reduziu
todos os saberes para submetê-los ao regime da FÁBRICA e das MÁQUINAS. As ARTES
não escaparam deste sistema de fatiamento, da especialização e do anonimato
dominado por um demiurgo único, central e gênio inquestionável.
A
CULTURA foi especialmente vítima e conduzida para este SISTEMA e de modo particular pela
INDÚSTRIA CULTURAL que se confundiu com a lógica da FÁBRICA e das MÁQUINAS.
Na periferia - dos CENTROS CULTURAIS HEGEMÔNICOS - domina a obsolescência programada por demiurgos de culturas bem distantes, oniscientes, onipotentes e eternos
[1] - MELLO, Evaldo Cabral de
(1936 - ) A fronda dos mazombos nobres contra mascates: Pernambuco 1666-1715.
São Paulo : Companhia das Letras, 1995 530 p
Carlos TENIUS
na rotula 3ª Perimetral com Av. Borges de Medeiros em Porto Alegre - RS
Fig. 04– O uso do aço industrial foi a matéria prima
para Carlos TENIUS concebesse e
realizasse um dos monumentos mais significativos das artes visuais do Rio
Grande do Sul. Obra resultante de milhares de horas de experimentos
escolares com este material sob a
supervisão dos seu mestre Fernando CORONA que escreveu o memorial descritivo do MONUMENTO aos AÇORIANOS numa da
rótulas da PRIMEIRA PERIMETRAL de PORTO ALEGRE Além dos seu simbolismo
ressalta-se o EXPERIMENTALISMO na infraestrutura e do
fazer técnico da ERA INDUSTRIAL apropriado pelo artista para as ARTES NOBRES
VISUAIS no RIO GRANDE do SUL e estudados e publicados em grande estilo por José
Francisco Alves [1]
03 – O DIREITO
do ARTISTA no RIO GRANDE do SUL de EXPERIMENTAR.
O ARTISTA criador
busca o TODO no qual possa EXPRESSAR o seu ENTE no seu MODO de
SER. Neste seu MODO de SER o ARTISTA reivindica o DIREITO de EXPERIENTAR no SEU
PRÓPRIO CAMPO de CRIAÇÃO chancelado pelo seu PRÓPRIO
NOME. Estes DIREITOS BÁSICOS do ARTISTA eram negados ao ESCRAVO do BRASIL COLÔNIA como ao PROLETÀRIO da ERA INDUSTRIAL.
Na contramão esta
conquista foi muito lenta, silenciosa e sem uma consciência clara de um EFETIVO
PROJETO, um CONTRATO SOCIAL e carente de uma CONSCIÊNCIA do seu OFÍCIOS. Porém
não faltam notícias e índices que estas circunstancias possam serem contornadas no Rio
Grande do Sul
O estrangeiro, o escultor e o arquiteto espanhol
Fernando Corona (1895-1979) acompanhou, a partir de 1912, na intimidade e
partilhou a vida, no dia-a-dia - da criatura humana vivendo as circunstâncias
de Porto Alegre. A imagem que ele captou
está em seu diário(1937, fl 373). Ali ele anotou:
“Porto Alegre
como capital do Estado é a cidade mais democrática de todas, dando exemplo de
fidalguia a qualquer um. A sua riqueza foi conquistada com o trabalho de seus
habitantes. Porto Alegre republicana foi sempre, desde sua formação
democrática. Não tenho lembrança de ter visto na capital – milionários viver de
rendimentos, a não ser o produto do seu trabalho. Desde que aqui cheguei notei
que um simples pedreiro ou carpinteiro já era proprietário de seu chalé mesmo
que fosse de tábua. A riqueza em Porto Alegre é muito dividida e os grandes
industriais cresceram com o trabalho. A influência das colonizações estrangeiras contribuiu muito para a democratização,
pois, ao iniciarem o trabalho da estaca zero, o braço do patrão suou a lado do
braço do operário. Sempre defendi esse principio, pois todos tem direito e um
dever que se crescer na medida do progresso”.
Os registros de
Corona mostram as experiências humanas e estéticas de um olhar de alguém que se realizou como ARQUITETO, ESCULTOR e PROFESSOR CATEDRÁTICO e m Porto Alegre. Ao mesmo tempo conviveu e repartiu experiências estéticas com um grande número de
INTELECTUAIS SUL-RIO-GRANDENSES que o prestigiavam e apoiavam nos seus voos conceituais.
[1] ALVES de
Almeida, José Francisco (1964). A Escultura pública de Porto Alegre –
História, contexto e significado – Porto Alegre : Artfólio, 2004 246 p.
---------------
Fontes d’Art no/au Rio Grande do Sul.
Porto Alegre : Artfolio, 2009, 210 p.
: Il
--------------STOCKINGER – Vida e obra . Porto
Alegre : MultiArte 2012 - 308 p. il
Fig. 05 - O telurismo do PAMPA PLATINO do Rio Grande do
Sul inspirou e orientou as pinceladas e as formas da obra de Oscar BOEIRA (1883-1943).
O artista permaneceu fiel ao imenso espaço vazio e com raros e precário índices
da presença humana além da vegetação rala sobre a qual reina soberano o MINUANO É o império da infraestrutura da ERA PASTORIL e AGRÌCOLA da origem da
cultura e dar civilização sul-rio-grandense celebradas sem gritos, bravatas e agressões por esta
obra de arte. Obra absolutamente
REGIONAL no entanto unindo-se ao universal de tantos outros ambientes telúricos de
muitas outras culturas e civilizações
No Rio Grande do Sul não faltam muitos
exemplos daqueles que, conduziram
até o último instante da vida a sua
OPÇÂO pelas ARTES VISUAIS. ENTES que experimentaram,
produziram e realizaram as suas obras de arte e com isto tornaram verdadeiros
paradigmas de que é possível fazer, viver a sua arte. Nesta fidelidade à ARTE enobreceram e
elevaram toda a cultura su-rio-grande até um ponto que enche de orgulho e
reconhecimento toda identidade local.
Ado
MALAGOLI Arlequim com Galo Preto 1956 Pinacoteca Barão de Santo ângelo
Fig. 06 O ARLEQUIM, o PIERRÔ e o PALHAÇO é uma metáfora do ARTISTA que mesmo
sabendo que, numa cultura pragmática e
utilitária é um TEMERÀRIO INUTIL, teima em continuar o seu PROJETO de se CONSTITUIR como ARTISTA a SI MESMO. ARTISTA que insiste em transcender a
NATUREZA e o MUNDO DADO e que não descansa de
levar adiante o seu projeto de constituir em algo DIFERENTE e CRIATIVO HUMANO A obra
de ADO MALOGOLI transfigura tano este projeto e estas intenções nas tintas,
pinceladas, veladuras e cores sóbrias que transmitem profunda melancolia em
flagrante contraste com o tema da obra. É a CONTRADIÇÂO - transformada em COMPLEMENTARIEDADE
- que prende a ATENÇAO do OBSERVADOR
desta OBRA de ARTE. Estas concepções o catedrático Ado MALAGOLI defendeu
numa primorosa tese[1]
04 – ARTISTA como
TEMERÁRIO INÚTIL no RIO GRANDE do
SUL.
A ESCOLHA da CARREIRA de ARTISTA
VISUAL no RIO GRANDE do SUL além da RENÚNCIA, do INESPERADO e da FALTA de
RECONHECIMENTO esbarra na absoluta INUTILIDADE. Nesta direção Nietzsche
não podia ser mais dramático a afirmar (2000, p.134)[2] que “a arte não pode ter
sua missão na cultura e formação, mas seu fim deve ser alguém mais elevado que
sobre passe a humanidade. Com isso deve satisfazer-se o artista. É o único
inútil, no sentido mais temerário”
O PROJETO de direcionar a
sua vida, esperanças e potencialidades para a ARTE, mesmo sabendo das circunstâncias, que esta e estreita senda impõe, escancara o PROBLEMA MAIOR de ALGUÉM
que, num dado momento da sua vida, delibera, decide escolher este caminho. Por esta razão estes merecem atenção, respeito e admiração além de produzirem OBRAS que são documentos duradouros universais do seu TEMPO, seu LUGAR e SOCIEDADE.
[1] MALAGOLI, Ado (1908-1994) - TÉCNICA E EXPRESSÃO - considerações-
Tese de concurso para o provimento da
cadeira de Pintura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Porto
Alegre: edição da autor, 1957 88 p, ilustr. pb.
[2] - NIETZSCHE, Frederico Guillermo
(1844-1900) Sobre
el porvenir de nuestras escuelas. Barcelona: Tusquets, 2000. 179.
Fachada do
antigo prédio dos CORREIOS e TELEGRAFOS atual MEMORIAL do RIO GRANDE do SU
Fig. 07 – O escultor
Wenzel FOLBERG ( ? – 1915) veio ao Rio Grande do Sul numa leva de
escultores, estucadores e arquitetos dedicados a transformar os prédios
particulares e públicos de Porto Alegre
em verdadeiro museu a céu aberto[1]
Estas vocações das ARTES NOBRES valeram-se
das artes e do fazer técnico dando lugar
para a emergência de algo que dignificou
e transformou a feição urbana em algo civilizado onde o cidadão se sentia bem e
valorizado .
05 - ¿ QUEM está PINTANDO ou ESCULPINDO no RIO
GRANDE do SUL?
Para as ARTES VISUAIS VALE a mesma pergunta
que se faz ao FALANTE “¿ QUEM ESTÀ FALANDO QUANDO VOCÊ FALA?”.
A
apropriação do DISCURSO ALHEIO, da SUA GRAMÁTICA e da sua TERMINOLGIA, desqualifica a ORIGINALIDADE, a AUTONOMIA. Assim não passa de um
PASTICHE, de KITSCH ou de FURTO CRIMINOSO a sua pretensa OBRA. Esta é uma das razões pelas quais o
ESTUDANTE NÃO FAZ ARTE. Ele está PINTANDO ou
ESCULPINDO para se apropriar de linguagens, técnicas e modos pelos quais OUTROS
deram corpo e RESOLVERAM um PROBLEMA
ESTÉTICO de sua época, lugar e sociedade
Na realidade a apropriação do discurso, da
maneira de pintar o esculpir alheio constitui “TRABALHO”,
EXERCÍCIO e TREINAMENTO dos SENTIDOS e da MENTE HUMANA. Porém o projeto na ARTE
é sempre dar corpo para uma “OBRA” diferente e superior ao simples “TRABALHO”. Na concepção de Hannah ARENDT[2]
o “TRABALHO” destina-se ao CONSUMO, para a
OBSOLESCÊNCIA e para DESAPARECER sem deixar MEMÒRIA .
O
SOBRE-HUMANO é a “OBRA” de ARTE que não é consumida pelo uso. Ao
contrário, a “OBRA” de ARTE continua a projetar
valores, sentidos e o novo na medida em que ela resistir a qualquer uso,
utilidade imediata e ao consumo.
As precárias questões de sobrevivência, da proximidade da NATUREZA do
IMEDIATISMO e de CONSUMO e DESAPARECER sem deixar MEMÒRIA no Rio Grande do Sul. Este ambiente ainda o
reino do “TRABALHO”, da MUDANÇA SEM MEMÓRIA e do INTUITIVO.
O ARTISTA PRIMITIVO e ÍNSITO busca razões, para a sua “OBRA” de ARTE ,neste REINO próximo do INTUITIVO e da NATUREZA. Todas as civilizações começaram gradativamente a se descolar da NATUREZA, do IMEDIATISMO e do CONSUMO.
[1] DOBERSTEIN,
Arnoldo Walter. Porto Alegre 1900-1920:
estatuária e ideologia.
Porto Alegre : Secretaria Municipal de
Cultura, 1992, 102 p. il.
____________. Porto Alegre(1898-1920): estatuária
fachadista e
monumental, ideologia e sociedade. Porto Alegre : PUC-IFCH, 1988, Dissert 208 f..
_____________. Rio Grande do Sul (1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo.
Porto Alegre : PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999, Tese 377
f.
-------------Emilio Sessa, Pintor, Primeiros tempos. Porto Alegre;
Gastal&Gastal, 2012 160 p. ISBN 978-85-64916-01-2
[2] ARENDT, Hannah (1907-1975) Condition de l’homme moderne. Londres:
Calmann-Lévy 1983. 369 p. https://fr.wikipedia.org/wiki/Condition_de_l%27homme_moderne
Fig. 08 – Esta paisagem Rio Grande do Sul de Oscar
BOEIRA busca o que existe de mais
telúrico que o ambiente natural pode
oferecer neste espaço geográfico. A ARTE
sublima a resistência do último vegetal transformado em tintas, pinceladas e
cores sóbrias A imagem está no lugar de ALGO QUE NÂO EXISTE MAIS. A
paisagem telúrica foi ocupada e
destruída pela infraestrutura da ERA INDUSTRIAL. As ARTES NOBRES valem-se
das suas competências e dos limites do seu fazer técnico, para dar lugar a emergência a uma OBRA ao
mesmo tempo profundamente regional e universal para a espécie humana e muitos
outros lugares semelhantes
06 - O REGIONAL e UNIVERSAL nas ARTES no RIO GRANDE
do SUL
O
muralista, pintor e professor do IBA-RS Aldo LOCATELLI (1915-1962) na sua tese
de cátedra[1]
que a vida não lhe permitiu publicar e defender, deixou anotado que:
"compreendemos
que a noção em Arte está em crise, é o resultado sempre mais fácil da difusão
das culturas e das civilizações. Também a expressão da coletividade moderna,
nós a sentimos viva e emocionante no mundo, no próprio país só se reflete.
Gentes e homens, elementos expressivos gerados das secretas dificuldades da
vida, dos eventos heroicos para os quais o anônimo se imola para o cumprimento
de um dever cívico ou para defesa de um princípio espiritual que inspirará os
artistas de muitas épocas e de nacionalidades diferentes, hoje fazem parte de
uma civilização cujas premissas e esperanças abraçam todo o mundo".
Aldo
LOCATELLI percebia como os nativos estavam curiosos em receberem a percepção e avaliação
da cultura por um estrangeiro, que vindo
do mundo externa, pudesse servir de referencial para usar o que lhes é próprio e
singular para abrir novos caminhos. Escreve para estes que:
“assim
é, consequentemente, neste clima que o Brasil, o nosso mesmo Rio Grande do Sul
tão pródigo em vocações artísticas, vivem internacionalmente no mesmo valor de
Paris, Roma, Tóquio, Nova York e de Moscou”.
Aldo LOCATELLI rematava
e conclui a sua tese retornando para a sua frase preferida “SEJAM VOCÊS MESMOS”
Assim afastava qualquer medo, constrangimento ou sentimento de inferioridade. Registrou que:
“estamos
errados se pensamos que os centros de maior tradição e movimento artístico
devem ser os nossos guias, absorvendo-nos com teorias resultantes de ambientes
bem diferentes e preocupados de não repetir-se nos exemplos de uma grande
tradição. Ao contrário, nós vivemos no princípio da nossa formação de
civilização e devemos tentar expressá-la nos nossos próprios valores”.
Assim LOCATELLI interpretava e reforçava a
frase de Leon TOLSTÓI de que “SE VOCÊ QUER
SER UNIVERSAL, PINTE a SUA ALDEIA”. Necessita-se admitir o direito de outras culturas, civilização e tradições estéticas
possuem o seu projeto próprio, os problemas atinentes e buscam maneiras e meios
para compreendê-los, dar-lhes forma e criar uma CONSCIÊNCIA COLETIVA par lidar
como os seus problemas. A singela e cândida transposição para o Rio Grande do
Sul, destes projetos alheios, constitui pura alienação, procrastinação senão
furto qualificado. Em outros termos, esta culturas mais conscientes de si
mesmas, usam como armas de dominação, domesticação e colonizar periferias
pouco afeitas à AUTONOMIA, à LIBERDADE e
à PESQUISAS ESTÈTICAS com seus próprio
meios, custos e riscos inerentes.
[1] LOCATELLI
Aldo (1915-1962) ANÁLISE – CONSIDERAÇÕES, MÉTODO E PENSAMENTOS -Tese de concurso
para o provimento efetivo da cadeira de composição decorativa dos cursos de
pintura e escultura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul – Porto
Alegre, 1962 disponível no CORREIO DO POVO. Caderno de Sábado, 22.Jul.1972, p.
8-12.Revista e datilografada em outubro de 1962, M/Mitchell publicada no
CORREIO DO POVO. Caderno de Sábado, 22 de julho de 1972,, pp. 8-12.
VITRAL
- Casa Genta - Pesquisa Mariana WERTHEIMER
http://slideplayer.com.br/slide/6113145/
Fig. 09 – O vitral no Rio Grande do Sul teve um
papel relevante tanto na sua técnico
como na apropriação das temáticas da ERA INDUSTRIAL A infraestrutura da ERA INDUSTRIAL valeu-se das artes e do
fazer técnico e dando lugar a emergência de diversas vocações das ARTES NOBRES.
Estas vocações deram lugar para que novos talentos tenham o respeito, o estímulo e a coragem para se valerem da dos
inumeráveis recursos, temas e concepções da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
07 - A
CIDADANIA e o PODER PÚBLICO nas ARTES no
RIO GRANDE do SUL
A OBRA de ARTE continua a projetar valores,
sentidos e o novo na medida em que ela resistir a qualquer uso, utilidade
imediata e ao consumo. Este é o patamar SOBRE-HUMANO característico da OBRA de
ARTE que não é consumida pelo uso.
Neste
patamar, de uma civilização em formação, cabe às obras de arte sinalizar o
caminho no meio da barbárie.
A cidadania possui um sólido contrato com
Estado no âmbito deste projeto civilizatório. O ENTE humano encontra, como cidadão, neste clima civilizatório, o seu
modo de SER criativo, colaborador e realizar seu ENTE muito mais e melhor do que
alhures. Qualquer civilização possui, nas OBRAS de ARTE geradas sob a sua influência, uma decidida materialização dos melhores
documentos. Estas obras de
arte garantem a permanência dos
seus mais altos traços e constituem os melhores apoios para sua
memória que se projetam muito além do seu TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE. O Estado, na sua aliança com o artista
criador, aufere a sua própria identidade, a sua projeção e a
sua permanência.
Fig. 10 – O artista Iberê Camargo (1914-1994) talvez foi o artista visual que atingiu o mais
alto grau de profissionalização e o mais e amplo reconhecimento de sua carreira
de um sul-rio-grandense tanto no âmbito local como no centro do Brasil. O museu, que
leva o seu nome, ganhou projeção internacional para Porto Alegre é uma instituição significativa para a ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL que
possui a criatividade, a projeção midiática e a originalidade como alguns dos
seus fundamentos e formas de avaliação.
08 -
POSSIBILIDADES de PROFISSIONALIZAÇÃO e de CARREIRA nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL
Este
SOBRE-HUMANO é a OBRA de ARTE que não é consumida pelo uso. Ao contrário,
a OBRA de ARTE continua a projetar
valores, sentidos e o novo na medida em que ela resistir a qualquer uso,
utilidade imediata e ao consumo.
A OBRA de ARTE cumpre esta missão civilizatória na medida em que que migra para instituições
consagradoras. Esta consagração acontece
em eventos como exposições individuais, coletivas como em salões ou bienais de
arte. Esta consagração acontece no
mercado de arte como na migração de coleções particulares de prestígio. Esta
consagração acontece, de forma mais
perene, ao ser incluída em acervos com profissionais de preservação, restauro e
arquivismo qualificados em museologia. Na parte administrativa contam com
curadorias, com dirigentes e com aportes financeiros responsáveis e por tempo
indeterminado.
No Rio Grande do Sul pode-se
afirmar que o artista, criador das ARTES VISUAIS, percebe o crescimento numérico
e qualitativo destas condições. Percepção tangível nas
instituições e de mecenas que de fato gostam de Arte. O resultado é de
poder contar um projeto civilizatório digno deste nome.
MEMORIAL
ATELIER ZAMBELLI – Caxias do Sul – RS
Fig. 11 – Na existência, circulação e da sua
nova vida no MEMORIAL ATELIER ZAMBELLI [1]
em Caxias do Sul. possui em cada uma destas obras um FINANCIADOR individual ou coletivo. Esta cidade foi, e continua sendo,
um dos polos da ERA INDUSTRIAL no Rio
Grande do Sul. Todo este patrimônio
está migrando para o universo simbólico e constituindo alavanca para a
ÉPOCA-PÓS-INDUSTRIAL na qual a arte - do
passado remoto, ou recente - é uma fonte
de identidade, uma chave de pertencimento ao presente como para um futuro ainda
ignorado. O certo que cada obra destas é um fragmento do imenso PROJETO
CIVILZATÒRIO BRASILEIRO.
09 – ESTUDOS de
CASOS de CARREIRAS EXITOSAS nas ARTES
VISUAIS no RIO GRANDE do SUL
O Rio
Grande do Sul está atravessando dois séculos ininterruptos de CARREIRAS EXITOSAS nas artes visuais. CARREIRAS
EXITOSAS apesar das dificuldades, do espirito de beligerante próprio do
sul-rio-grandense e dos sempre parcos recursos financeiros. Plenamente exitosas
algumas, outras levadas adiante por simples teimosia e de crença em si mesmo.
A
percorrermos a obra fundamental de Athos Damasceno[1]
nos deparamos com as mais variadas e criativas formas de marcar carreiras exitosas
ao longo do século XIX[2]
e primórdios do regime republicano sul-rio-grandense.
Os QUATRO
VOLUMES do DICIONÁRIO das ARTES PLÁSTICAS DO BRASIL[3]
de Carlos CAVALCANTI- continuado por Walmir
AYALA[4],
um poeta e jornalista sul-rio-grandense – registram as mais variadas biografias de
artistas que permaneceram fieis ais seu chão de origem e aqueles que migraram
sem nuca perder o contato com sua GENTE, TERRA e a sua cultura de origem. É o caso exemplar de Pedro WEINGÄRTNER[5], que compreendeu e praticou esta fidelidade para a sua ARTE como para o solo e cultura sul-rio-grandense. Nesta dupla fidelidade elevou aos mais altos píncaros os parcos meios que ensejaram um exemplar estudo por Ângelo GUIDO[6].
O
mercado de arte, crônicas e a publicidade que as carreiras dos
artistas sul-rio-grandenses mereceram, foram exaustivamente e belamente documentados no
DICIONARIO DE ARTES PLÁSTICAS NO RIO GRANDE DO SUL[7]
da dupla Renato ROSA e Décio PRESSER.
Este
SOBRE-HUMANO é a OBRA de ARTE que não é consumida pelo uso. Ao contrário,
a OBRA de ARTE continua a projetar
valores, sentidos e o novo, na medida em que ela resistir a qualquer uso,
utilidade imediata e ao consumo.
[2] DAMASCENO.
Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio
Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, 520 p
[3] CAVALCANTI, Carlos e AYALA Walmir. DICIONÀRIO BRASILEIRO de ARTISTAS PLÀSTICOS.
.Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973,
4 volumes
O PENSAMENTO de Walmir Felix
AYALA (1933-1991).
[7] ROSA,
Renato et PRESSER, Décio .Dicionário das Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. (2ª ed r) Porto
Alegre : UFRGS, 2000, 527 p. ISBN 85-7025-522-5
[1] MEMORIAL
ATELIER ZAMBELLI http://wp.clicrbs.com.br/memoria/2014/12/11/memorial-zambelli-10-anos-depois/?topo=35
DOM PEDRO II 1825-1891 retrato 1847 por Raymond Auguste QUINSAC MONVOISIN (1794-1870
Dom Pedro II por
RAYMOND AUGUSTE QUINNSAC MONVOISIN https://glamurama.uol.com.br/pinacoteca-e-familia-real-apresentam-obra-rara-de-dom-pedro-ii/ + https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pedro_II1847.JPG
Fig. 12 – A montagem da imagem do Brasil cultural e
civilizado contou com o decidido apoia e ajuda do de Dom Pedro II. No
entanto ainda não se detalhou o papel do sul-rio-grandense Manuel Araújo
Porto-alegre. Necessita-se conhecer, documentar e revelar, para o grande
publico, o papel do Barão de Santo
Ângelo nas diversas missões diplomáticas brasileiras desempenhadas pela Europa afora. Porém esta
apoio imperial, visto desde o ano de 2018, revela que este suporte ao fazer nas
Artes Visuais passou do Estado brasileiro se expandiu em direção aos ESTADOS
REGIONAIS e deste para as MUNICIPALIDADES. Estas expansão foi em direção ao
cidadão individual que compreendeu o seu papel de suporte aquilo que permanece
como índice civilizatório ,
10 - ESTUDOS de
CASOS de APOIOS EFETIVOS para a
CARREIRA nas ARTES VISUAIS no RIO
GRANDE do SUL
Aldo
LOCATELLI – Mural no Salão Nobre do Palácio Piratini
Fig. 13 – O cidadão avulso - identificado com sua
TERRA, sua GENTE e o se TEMPO - contribui
decididamente, não só com sua imagem,
mas pela interação municipal, estadual e nacional. O Regime Republicano
permitiu especialmente com esta interação horizontal entre cidadãos. Este
regime propiciou a criação das primeiras instituições da A ARTES VSUAIS no RIO GRANDE de do Sul e que
não pararam de se expandir para os municípios e para a vida dos cidadãos avulsos.
A vida, o cidadão e a obra de Aldo LOCATELLI (1915-1966) foram estudados sob
vários prismas por Luís Ernesto BRAMBATTI[1]
O
artista visual teve de buscar a sua autonomia e sustento na medida em que
perdia gradativamente o apoio da IGREJA
e da NOBREZA. Estes NOBRES e CLERO usavam o artista
para sua propaganda, sua própria ideologia e para lacaio de mil e uma
utilidades. Neste caso não é possível falar em ARTE. Antes são índices de
uma CULTURA com processos de dominação e domesticação
A
MISSÃO ARTISTICA FRANCESA trouxe ao BRASIL, uma nova mentalidade que também concederia
suporte à ERA INDUSTRIAL. O interesse pela ARTE
e o apoio de ESTADO NACIONAL evoluiu paralelo ao conceito de LIVRE
INICIATIVA. Interage no âmbito da cidadania.
Cidadania que se materializa pelo
CONTRATO entre as partes iguais e soberanas. O cidadão livre e avulso possui
identidade e nome próprios. A LEI da OFERTA e da PROCURA passou a ser o norma
também entre o ARTISTA VISUAL e o seu eventual COMPRADOR de sua OBRA
A CARREIRA, nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL, ainda
carecem de um estudo, sistematização e publicidade. Os ESTUDOS de CASOS de APOIOS EFETIVOS ainda
escapam ao conhecimento e hábitos de uma população enfrentando a satisfação das
NECESSIDADES BÀSICAS HUMANAS. A ARTE CERTAMENTE NÂO se encontra ENTRE ELAS.
Até o
momento as LEIS DE INCENTIVO à CULTURA e as RENÚNCIAS FISCAIS - tanto no plano
federal, estadual e municipal- estão
mais voltados para a propaganda, marketing e a patrimonialismo. Não escapam à logica
de OUTRAS DESIGNAÇÕES de um arcaico apoio
da IGREJA e da NOBREZA. Portanto se inscrevem no dilatado quadro da CULTURA.
No
contraditório a disseminação das ESCOLINHAS de ARTE, de ATELIERES LIVRES MUNICIPAIS e de CURSOS SUPERIORES de
ARTE... merecem pouca atenção de pesquisadores qualificados, patrocinadores e do público em geral. Assim ainda existe um abismo[1]
entre e capital e o interior estado. Surpreende o número de ESCOLAS SUPERIORES
de ARTE do Rio Grande do Sul e a disseminação em todo território estadual[2]
Com a
emergência das condições da ERA INDUSTRIAL, a LEI da OFERTA e da PROCURA passou a ser a
norma contratual também para o ARTISTA VISUAL. O CONTRATO - com seu eventual
COMPRADOR de sua OBRA - levou ao associativismo dos PRODUTORES de ARTES VISUAIS[3]
Algumas são efêmeras ou para eventos singulares. Outros grupos são de longo
curso e se regem nas normas das ASSOCIAÇÔES REPUBLICANAS[4]
para fins SOCIAIS, ARTPISTICAS e ESPORTIVAS.
Assim
a OBRA de ARTE continua a projetar
valores, sentidos e o novo na medida em que ela resistir a qualquer uso,
utilidade imediata e ao consumo.
Ao
percorrer o tópico “ESTUDOS de CASOS de APOIOS EFETIVOS para a CARREIRA nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL” é
que mais se evidencia a distinção entre ARTE e CULTURA . Os processos de dominação
e de domesticação saltam aos olhos como índices
de CULTURA. Consumo, a utilidade e uso não
repugnam para a CULTURA. Neste caso a ARTE
está em esfera que transcende o consumo,
uso e utilidade. A OBRA de ARTE escapa do consumo e só tem a
ganhar com a passagem do tempo.
Com
estes critérios em mente é possível visitar e percorrer a arte praticada no Rio
Grande do Sul. Em muitas destas OBRAS se encontrará - no mínimo de suas formas - o máximo do seu
TEMPO, do seu LUGAR de origem e da SOCIEDADE que a conceberam e lhe deram FORMA
sensível aos sentidos humanos.
[1] PIETA.,
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AFONSO
CARLOS MARQUES dos SANTOS; Texto PROJETO
CIVILIZATÓRIO
JEAN BATISTE DEBRET como PROFESSOR de DESENHO em PARIS
Dom Pedro II por
RAYMOND AUGUSTE QUINNSAC MONVOISIN
MEMORIAL
ATELIER ZAMBELLI http://wp.clicrbs.com.br/memoria/2014/12/11/memorial-zambelli-10-anos-depois/?topo=35
O PENSAMENTO de Walmir Felix AYALA (1933-1991).
O PENSAMENTO de ATHOS DAMASCENO FERREIRA
O PENSANDO as ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL SINCRONIZADO com ÂNGELO
GUIDO
As distâncias entre o ARTISTA do INTERIOR e o da CAPITAL
Escolas ARTES
no RIO GRANDE do SUL e seus endereços em 2010 –
AUTONOMIA do
ARTISTA o seu PERTENCIMENTO
Uma GERAÇÂO de
ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES no MEIO DIA das EXPRESSÕES de sua AUTONOMIA
ESCULTORES do RIO GRANDE do SUL SABEM
FAZER a SUA HORA.
ASSOCIAÇÔES REPUBLICANAS – Lei nº
173 de 10 de setembro de 1893
LEI Nº 173, DE 10 DE SETEMBRO DE
1893
ESTUDOS de CASOS
1
– ACERVOS de ARTES no
Rio Grande do Sul
O SENTIDO dos ACERVOS
de ARTE do RIO GRANDE do SUL
2 - MUSEU SÃO MIGUEL das MISSÕES
3 – O MUSEU
ANTROPOLÓGICO RS
ARQUEOLÓGICO de
TAQUARA
[1] PIETA.,
Marilene. «O Grupo de Bagé e a modernidade das artes visuais no Rio Grande do Sul»
in VEECK Marisa et alii Caixa
Resgatando a Memória. Porto
Alegre : Caixa Econômica Federal, 1998 ,
pp.29/
----------------- Locatelli no Brasil . Caxias do Sul-RS : Belas Letras, 2008, 240 p.
ISBN 978-85-60174-29
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