Uma
UNIVERSIDADE das ARTES para ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL no RIO GRANDE do SUL
Projeto do prédio da
Universidade de Arte iniciado em 1947 por Fernando Corona (1896-1979)
Fig. 01 – O projeto de um prédio para uma UNIVERSIDADE de ARTES
em PORTO ALEGRE, iniciado de 1947, nunca saiu do papel.. A passagem dos 70 anos completados em 2017do início deste projeto,
possuem o seu lado positivo pois a sua concretização traria MAIS UMA REPARTIÇÂO
PUBLICA ao modelo da “FÀBRICA-ESCOLA”. da ERA INDUSTRIAL em pleno apogeu nesta
época. Porém a passagem do TEMPO e a visível falência da ERA INDUSTRIAL não
obscurecem o seu PENSAMENTO FUNDANTE. Antes ao contrário. A ÈPOCA PÒS
INDUSTRIAL deriva cada vez mais para os valores simbólicos da cultura e que possui
na arte um profundo, rico e inesgotável campo de riquezas.
Esta postagem tenta
agregar algumas razões para responder a
pergunta:
¿- Por que o RIO GRANDE do SUL NECESSITA de uma UNIVERSIDADE das ARTES e de
uma SECRETARIA das ARTES?
Quanto à UNIVERSIDADE, para Max WEBER ela constitui
uma das poucas criações originais do mundo Ocidental. Apesar da existência de
Universidades no mundo islâmico, a partir do século IX[1],
foi o mundo Ocidental foi a partir da Universidade de BOLONHA[2],
criada no ano de 1.088, que modelou e sustentou o pensamento europeu. Na medida
em que se formaram as pequenas republicas italiana e, depois, os sucessivos
estados europeus, as grandes concepções destes sucessivos estados europeus
foram modeladas na UNIVERSIDADE. Assim surgiram numerosas UNIVERSIDADES com a
intervenção e patrocínio dos governos centrais estes Estados Nações. No Rio
Grande do Sul e no Brasil não foi diferente. As concepções da UNIVERSIDADE, da
FÁBRICA e do ESTADO, sob o impulso e suporte da ERA INDUSTRIAL geraram uma
UNIVERSIDADE PROFISSIONALIZANTE para a linha de montagem da FÁBRICA, dos
SERVIÇOS e da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL as concepções da
UNIVERSIDADE, da FÁBRICA e do ESTADO estão migrando silenciosa e
inexoravelmente para a obsolescência e sucateamento da ERA INDUSTRIAL. No lugar
deste vazio existe a busca de algo criativo, novo e coerente para a
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, os SERVIÇOS e a FÁBRICA. A ARTE sempre foi e continua
sendo a resposta tanto no plano ideal e como concretamente nas sucessivas
civilizações. O Estado do Rio Grande do Sul
encontra resposta numa UNIVERSIDADE
das ARTES e de uma SECRETARIA das ARTES adequada à sua ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA, aos SERVIÇOS e Á FÁBRICA da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.
[1] Universidade de QUARAOUIYIE do Marrocos fundada, no
ano de 859, por FÁTIMA ALFHR https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_al_Quaraouiyine
[2] - Universidade de BOLONHA https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Bolonha
Fig. 02 – O modelo da “FÀBRICA-ESCOLA” da ERA
INDUSTRIAL acumulou gente, recursos técnicos e conhecimentos para conduzir o
processo ensino-aprendizagem numa calha unívoca e linear. . Esta cena de auditório pode até crescer e se multiplicar na ÈPOCA
PÒS-INDUSTRIAL. No entanto, no contraditório, o
processo ensino aprendizagem não necessita mais este acúmulo de
conhecimentos cristalizados, recursos obsoletos e caros e de gente que
necessita interromper qualquer outro projeto para estar presente no dia, hora e
lugar que a “FABRICA ESCOLA da ERA INDUSTRIAL impõe a uma coletividade
diversificada. A UNIVERSIDADE das ARTES permite esta flexibilidade de TEMPO,
LUGAR e EQUIPAMENTOS numa orientação ao modelo do que as tradicionais
UNIVERSIDADES vem experimentando no âmbito dos PÓS-GRADUAÇÔES STRICTO SENSO..
No argumento, a favor
desta tese. é inquestionável que a
maioria dos ESTADOS NACIONAIS OCIDENTAIS instituíram, adotaram e se valeram da
figura UNIVERSIDADE para cultivar consolidar e difundir os seus valores mais
elevados. De outra parte os egressos das UNIVERSIDADES NACIONAIS e da
INICIATIVA PRIVADA formaram os agentes burocráticos mais qualificados dos
ESTADOS NACIONAIS OCIDENTAIS garantindo a IDENTIDADE e a REPRODUÇÃO, no TEMPO,
dos valores fundantes destas NAÇÕES SOBERANAS. Após o colapso físico - de
qualquer ESTADO NACIONAL - o que permaneceu. de mais nobre e universal, sempre
foi a ARTE que cultivaram no seu TEMPO, seu LUGAR e sua SOCIEDADE. A ARTE, além
de índice destes pontos elevados, evidencia os fracassos e a falta de um
projeto que mantivessem vivas e ativas as suas manifestações superiores.
Fig. 03 – O modelo da “FÀBRICA-ESCOLA” da ERA
INDUSTRIAL transposto literal, linear e
univocamente para o mundo da arte também acumulou gente, recursos técnicos e
conhecimentos. No contraditório da imagem acima
a UNIVERSIDADE das ARTES permite
flexibilidade de TEMPO, de LUGAR e de EQUIPAMENTOS PERSONALIZADOS numa orientação ao modelo do que as
tradicionais UNIVERSIDADES vem experimentando nos PROGRAMAS de PÓS-GRADUAÇÔES
STRICTO SENSO. Como PROGRAMAS estão em permanente AVALIAÇÂO e no dia de amanhã
podem ser desativados para MUDAR a favor outros PROGRAMAS MAIS COERENTES e
PRODUTIVOS. .
São evidentes os ABALOS
e a FALTA de CRENÇA nos fundamentos dos ESTADOS NACIONAIS OCIDENTAIS
escancarados na transição da ERA INDUSTRIAL para a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. A
FALTA de CRENÇA e o ABALO, nestes FUNDAMENTOS, se expressa particularmente nas
pessoas inclusive naquelas com formação em prestigiosas UNIVERSIDADES. O que
aconteceu é que tanto estes AGENTES com o ACERVO das NAÇÕES foram gerados na
UNIVERSIDADE SUBMETIDA as condições da ERA INDUSTRIAL. Passada esta etapa os VALORES,
a IDENTIDADE a MENTALIDADE dos AGENTES modelados e firmados na UNIVERSIDADE ERA
INDUSTRIAL tornaram-se obsoletos e disfuncionais[1].
Esta DESCRENÇA, ABALOS provocaram a obsolescência e tornaram disfuncionais as
UNIVERSIDADES modeladas nos paradigmas da ERA INDUSTRIAL. Esta atomização é
evidente nas migalhas das INSTITUIÇÔES SUPERIORES do Estado do Rio Grande do
Sul. Na proposta da UNIVERSIDADE das ARTES busca-se juntar estes cacos e
migalhas para reconstruir uma IDENTIDADE coerente, necessária e eficaz para a
afirmação, reconhecimento coletivo e reprodução desta célula social, política e
econômica do Rio Grande do Sul. No contraditório, muitas comunidades
sul-rio-grandenses tiveram a fortuna de reunir as suas instituições regionais
para constituir as suas próprias células universitárias. Aqui cabe a pergunta:
¿ - Por que isto não é possível para toda célula geográfica do Rio Grande
do Sul, mesmo que seja só campo das forças das ARTES?
A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL EMPRESAS VIRTUAIS e o MEDIADOR de ARTE
Fig. 04 – A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL mostra cada
vez mais a sua presença física no TEMPO atual, na PAISAGEM e modela a SOCIEDADE
presente com seus AMBIENTES, TÈCNICAS e MODOS de VIDA. O Museu do Amanhã de Santiago Caladrava no Rio de Janeiro é um dos muitos
índices físicos e materiais desta ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL
Neste contexto introduz-se
a concepção de uma UNIVERSIDADE das ARTES para a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL[1]
no RIO GRANDE do SUL.
As UNIVERSIDADES dos
ESTADOS NACIONAIS OCIDENTAIS da ERA INDUSTRIAL
transformaram-se e funcionam ao modelo da fábrica. Fabrica na qual
impera um SISTEMA ÚNICO e LINEAR de ENTRADA. DESENVOLVIMTO e SAÍDA. De outra
parte esta “FABRICA ESCOLAR” transformou-se numa repartição burocrática que se
reproduz a si mesma.
Fig. 05 – A imagem do acumulo de gente, de recursos técnicos e
de conhecimentos ao modelo da “FÀBRICA-ESCOLA” da ERA INDUSTRIAL está expressa
nos CAMPI UNIERSITÀRIOS deliberadamente retirados da malha urbana[1],. Esta discriminação geográfica da vida urbana segue o modelo do PERIGO da
POLUIÇÂO ECOLÒGICA que no caso dos CAMPI UNUVERSITÀRIO potencialmente pode
perverter e contaminar as mentes dos cidadãos renitentes nos seus hábitos
arcaicos.
Esta reprodução é visível
a meta principal, senão única, - a PROFISSIONALIZAÇÃO dos agentes egressos
qualificados para criar e reproduzir outras “FÁBRICAS ESCOLAS” ao modelo da ERA
INDUSTRIAL. Os campi universitários transformaram em acúmulo de agentes, de
equipamentos e do consumo cada vez mais expressivo e voraz de capitais
econômicos. Enquanto a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL remeteu para o passado e tornou
obsoleta a FÁBRICA do SITEMA ÚNICO e LINEAR de ENTRADA. DESENVOLVIMENTO e
SAÍDA, as UNIVERSIDADES dos ESTADOS NACIONAIS insistem neste passado obsoleto e
disfuncional.
[1] PIMENTA, Aluisio. Universidade: a
Destruição de uma Experiência Democrática.
Petrópolis : Vozes, 1984. 136p.
Fig. 06 – A BAUHAUS foi uma experiência
didática pedagógica que tentou superar, por dentro, o modelo da “FÁBRICA-ESCOLA” da ERA INDUSTRIAL. Antecipou os postulados e as concepções da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Contudo,
no contraditório pereceu sem contar com
o efetivo, massivo e continuado apoio do ESTADO ALEMÃO, da
SOCIEDADE ainda mergulhados no linear e cumulativo SISTEMA da FÀBRICA.
Permaneceu o seu pensamento que germinou nos mais diversos ambientes mais elevados,
porém fora e a revelia da UNIVERSIDADE comanda pela lógica da ERA
INDUSTRIAL
Assim parece caber à
ARTE e a CRIATIDADE HUMANA propor uma UNIVERSADE COERENTE e FUNCIONANDO no
âmbito da ÉPOCA- PÓS-INDUSTRIAL. Esta proposta preserva a formação dos agentes
burocráticos mais qualificados dos ESTADOS NACIONAIS OCIDENTAIS garantindo a
IDENTIDADE e a REPRODUÇÃO, no TEMPO, dos valores fundantes destas NAÇÕES
SOBERANAS. Certamente esta formação é cumulativa e muito mais difícil do que
aquelas da FÁBRICA obsoleta do SITEMA ÚNICO e LINEAR de ENTRADA da ERA
INDUSTRIAL. Dificuldade que inicia com a falta de tradição. Ainda que não
faltem experiências exitosas âmbito da ÉPOCA-PÓS-INDUSTRIAL, as UNIVERSIDADES
re-tombam para a vala comum da sua tradição INDUSTRIAL quando procuram
reproduzir algo que fuja da “FÁBRICA ESCOLA” do SISTEMA ÚNICO e LINEAR de
ENTRADA, de DESENVOLVIMENTO e SAÍDA.
Fig. 07 – Marcel DUCAMP (1887-1968) pode ser
considerado um verdadeiro profeta ÉPOCA
PÓS INDUSTRIAL tanto na ARTE como nas suas ações didáticas pedagógicas e sem um
vinculo formal com o modelo da “FÁBRICA-ESCOLA” da ERA INDUSTRIAL As suas instalações, performances e happenings possuem uma sólida e universal concepção
ancorados num pensamento lúcido e universal podendo swer replicados em qualquer
TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE
Para quebrar esta
tradição da “FÁBRICA ESCOLA” o primeiro passo é RECUPERAR a ESFERA SUPERIOR de
uma UNIVERSIDADE. Esfera que foi baixada para o plano da relação ESTUDANTE –
MESTRE numa sala de aula com TEMPO determinado de INÍCIO (vestibular),
Desenvolvimento (currículo únicos e linear) e SAÌDA ( diploma). A recuperação e
consolidação da “FÁBRICA ESCOLA” foi
legado conceitual da REVOLUÇÃO FRANCESA.
Esta “FÁBRICA ESCOLA”. aboliu
a castigada UNIVERSIDADE MEDIEVAL e a substituiu pelo “INSTITUT de FRANCE”[1].
Este era inicialmente destinada a preservar, incentivar e reproduzir os maias
altos valores desta nação, sucumbiu e se transformou, em 1816, em mais uma repartição burocrática. Uma parte
desta experiência original da REVOLUÇÃO FRANCESA migrou para o Brasil com a
Missão Artística Francesa comandada por
Joaquim Le Breton secretário perpétuo “INSTITUT de FRANCE”. Evidente que
esta experiência da REVOLUÇÂO FRANCESA foi inteiramente soterrada na corte do
Rio de Janeiro. Porém na sua origem o “INSTITUT de FRANCE” era composto de
CINCO ACADEMIAS ao modo das atuais ACADEMIAS De LETRAS e sem alunos e sem o aparato escolar. A prática da
“Académie royale de peintures de de sculpture” do “Ancien Regime” reunia
figuras destacadas, promover conferências para seus membros[2]
e orientar os Salões de Artes. As ACADEMIAS, por sua vez. motivaram a criação,
em 1816, das “ECOLES”. Estas “ECOLES” com estudantes, professores e todo o aparato
escolar destinavam-se à “FÁBRICA ESCOLA” e a sua reprodução na lógica da ERA
INDUSTRIAL. Na França estas “ECOLES”
continuam a servir ao ESTADO NACIONAL da ERA INDUSTRIAL para a formação
da elite administrativo do aparelho estatal, ficando a SORBONNE como
alternativa para a população geral. Nas ARTES a FRANÇA manteve no interior do
INSTITUT de FRANCE a ACADEMIE des BEAUX-ARTES[3]
e fora dela, a ECOLE des BEAUX ARTS.
É necessário, a bem da
verdade, recuperar as concepções do
ILUMINISMO e do ENCICLOPDISMO em relação UNIVERSIDADE EUROPEIA. Estes
movimentos europeus colocaram, na ENCICLOPÉDIA e na UNIVERSIDADE, a ESTETICA e
as PRATICAS das ARTES SUPERIORES - bem como aqueles dos OFICIOS já consagrados
- para contornar a TEOLOGIA e as FORMAS RELIGIOSAS. Os
extensos e minuciosos estudos, que
Johannes Joachim WINCKELMANN (1717-1768) conduziu e registrou, constituem uma amostra deste
ENCICLOPEDISMO voltado para a ARTE. A
ENCICLOPÉDIA e a UNIVERSIDADE retiraram os OFICIOS do controle e dos segredos zelosamente
guardados pelas GULDAS MEDIEVAIS. A UNIVERSIDADE OCIDENTAL muitas vezes foi
confundida com as concepções e as práticas das GUILDAS MEDIEVAIS. A UNIVERSIDADE
da “FÁBRICA ESCOLA” da ERA INDUSTRIAL
conseguiu dissimular mal as concepções e práticas das GULDAS MEDIEVAIS visíveis ainda nos seus
rituais de recepção e consagração acadêmica
Na concepção de uma
UNIVERSIDADE das ARTES no RIO GRANDE do SUL a concepção criada pela REVOLUÇÂO
FRANCESA pode retomar tanto a ideia de ser para todo o território como a
manutenção da sua leveza administrativa. A experiência da REVOLUÇÃO
UNIVERSIDADE de CÓRDOBA[4],
de 1918, Também acabou sendo absorvida pela logica de uma ERA INDUSTRIAL sem
que, no entanto, esta logica se materializasse num parque fabril expressivo e
coerente com as propostas dos estudantes rebelados
[1] MONNIER, Gérard. L’art et ses institutions en France: de
la Révolution à nos jours. Paris:
Gallimard-Folio-histoire, 1995. 462p
[2] MÉROT, Alain (edit.) Les
conférences de l’Academie royale de peinture et esculpture au XVIIe siècle. Paris : RNSBA, 1996. 533p.
[3] PEVSNER, Nikolaus. Las
academias de arte: pasado y presente. Madrid
: Cátedra. 1982. 252p. – (edição brasileira - Academias de Arte: passado e presente. São Paulo, Companhia das Letras, 2005).
[4] PORTANTIERO Juan
Carlos(1934-2007).. Estudiantes y Política en América Latina: el proceso da la Reforma Universitaria (1918-1938). México:
Siglo Veintiuno,1978,
461 p.
Fig. 08 – A célula geográfica do RIO GRANDE do
SUL possui aproximadamente 281 mil Km²
de superfície. Assim este estado brasileiro atinge quase a totalidade o tamanho
de um pais europeu como a Itália que possui
301 mil Km² de superfície. A urgência de uma UNIVERSIDADES das
ARTES da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL- para a
totalidade deste território - vai no sentido de manter uma identidade e uma
coerência interna contra as fragmentações aceleradas que são impostas por
pequenas UNIVERSIDADES que fatiam e dissolvem esta identidade e a cultivam aspectos
e rumos particulares e sem abrangência necessária para este projeto destinado
`a toda célula geográfica e administrativa. De outra parte a não existência de
uma UNIVERSIDADE das ARTES - para a
totalidade destes estado- priva estas
mesmas UNIVERSIDADES LOCAIS de possuírem
um projeto coletivo no qual possam se referendar e remeter as suas ricas e
únicas pesquisas, experiências e realizações nas manifestações das “ARTES NOBRES” locais..
O projeto original do INSTITUTO DE BELAS
ARTES do RIO GRANDE do SUL[1]
foi criado, em 1908, com esta perspectiva de reunir toda célula geográfica além
de manter-se leve e distante de uma mera repartição burocrática. Inicialmente
64 municípios do estado concorreram para esta criação, além de a COMISSÃO
CENTRAL ser honorífica e exercida por quem não dependia eventual e economicamente[2]
desta repartição burocrática.
O ambiente de uma autêntica
UNIVERSIDADE são as “ARTES NOBRES”[3]
ou aquelas que não possuem aplicação imediata e unívoca na lógica cumulativa e
patrimonialista da ERA INDUSTRIAL[4].
“ARTES NOBRES” que Nietzsche colocou (2000, p.134)[5] no ESPAÇO SOBRE-HUMANO.“A arte não pode ter sua missão na cultura e formação, mas seu fim deve
ser alguém mais elevado que sobre passe a humanidade. Com isso deve
satisfazer-se o artista. É o único inútil, no sentido mais temerário”
[1] SIMON, Cirio - Origens do Instituto de Artes da UFRGS:
etapas entre 1908-1962 e contribuições nas constituição de expressões de
autonomia dos sistema de artes visuais no Rio Grande do Sul Porto
Alegre : Orientação KERN, Maria Lúcia Bastos .PUC - RS, 2003—570 p..- versão
2012. em DVD
Disponível
digitalmente: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/2632/000323582.pdf?sequence=1
[2] - O Estatuto do
IBA-RS excluía da sua COMISSÂO CENTRAL da
mantenedora, quem recebe alguma retribuição econômica ou ocupasse algum
cargo funcional remunerado. Esta
situação perdurou de 1908 até 1939 quando se dissolveu a COMISSÂO
CENTRAL do IBA-RS e os professores assumiram os cargos administrativos
burocráticos remunerados. Dali em frente
foi só um passo para se efetivar funcionar
a REPARTIÇÂO BUROCRATICA ESTADUAL das
ARTES. Com a federalização em 1962 o IBA-RS tronou-se uma das a REPARTIÇÕES BUROCRATICA FEDERAIS das ARTES no
RIO GRANDE do SUL
[3] Confira o conceito de “ARTES
NOBRES” ou “NOBLES ARTES” na carta de Joaquin LE BRETON a DOM JOÃO VII CARTA de LE BRETON ao CONDE da BARCA
[5] NIETZSCHE, Frederico Guillermo (1844-1900) Sobre el porvenir de nuestras escuelas. Barcelona: Tusquets, 2000.
179.
.
LLOYD WRIGHT - Escritório JOHNSON - 1936
Fig. 09 – O teórico norte-americano TAYLOR da ERA INDUSTRIAL afirmou que ele partiu d o modelo da “FÁBRICA-ESCOLA” para transformar
os seus ambientes, linhas de montagem e processos produtivos em lugares de
aprendizagem e de formação. Com a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL estes
processos, ambientes e linhas de
montagem também se tornaram obsoletos. Porém o maior limitante e a causa desta
rápida obsolescência foi que a “FÁBRICA-ESCOLA” derivou para TREINAMENTO para PROFISSÕES OBSOLETAS num novo ambiente de
trabalho que exige uma FORMAÇÂO permanente, criativa e competente para RUPTURAS
EPISTÊMICAS continuadas e cumulativas. Uma eventual UNIVERSIDADE de ARTES pode
contemplar FORMAÇÂO permanente, criativa e competente para RUPTURAS EPISTÊMICAS
continuadas e cumulativas. .
Isto coloca o ARTISTA
NOBRE como PRÍNCIPE ou aquele que PRINCIPIA uma nova época, instaura outra
mentalidade. PRÌNCIPE que desencadeia um processo civilizatório que atinge
inteligências, vontades e sentimentos numa cadeia cultural no qual se reconhece
uma ÈPOCA, uma SOCIEDADE e uma ECONOMIA simbólica e empírica. Recoloca os
fundamentos a pedra de toque de uma autêntica UNIVERSIDADE
“O único elemento, entre todos os
“autênticos” pontos de vista essenciais que elas (as universidades) podem, legitimamente, oferecer aos seus
estudantes, para ajudá-los em seu caminho pela vida afora, é o hábito de
assumir o dever da integridade intelectual; isso acarreta necessariamente uma
inexorável lucidez a respeito de si mesmos.”Max WEBER 1989: 70 [1]
Para
que o artista adquira e exerça efetivamente esta “inexorável lucidez a respeito de si mesmo” ele é instado, por Marcel Duchamp,
para se engajar numa autêntica UNIVERSIDADE. Neste ambiente “a liberação do artista possui como contrapartida
natural algumas responsabilidades”. Estas responsabilidades não são nem passageiras e
nem se reduzem a um manual canônico, perpétuo e estático.
Fig. 10 – As instalações, os “objetos encontrados”, as
performances e happenings de Marcel DUCHAMP (1887-1968)
podem ser
replicados em qualquer TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE pois contam com uma sólida e universal concepção ancorados
num pensamento lúcido e universal. Questionado sobre a FORMAÇÂO do ARTISTA
ele antecipou a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL nos valores simbólicos
da cultura e que possui na arte um profundo, rico e inesgotável campo de
riquezas da agir do artista. Em contrapartida Marcel DUCHAMP, exigiu do artista - que deseja atingir
este patamar de criatividade, - a frequência e a formação superior na
UNIVERSIDADE[1].
Evidente não se trata de qualquer UNIVERSIDADE. Mas daquela UNIVERSIDADE des
ARTES que contempla a FORMAÇÂO
permanente, criativa e competente para RUPTURAS EPISTÊMICAS continuadas e
cumulativas - encontra na obra de ARTE e
na pessoa do artista um amplo repertório
nas propostas, realizações e socializações.
Por esta razão uma proposta de uma UNIVERSIDADE das ARTES para a ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL no RIO GRANDE do SUL não pode ser um
ambiente de uma “FABRICA ESCOLA”, se constituir em mais uma instância de uma
repartição burocrática e ser reduzida a um LUGAR e a um TEMPO de pura iniciação
e de treinamento.
O imenso e imponderável repertório de boas intenções expressas pela Constituição Estadual de 1989[2] remete toda a Arte para o domínio e administração da CULTURA:
Seção II, Da Cultura. Art. 210 – O
Estado estimulará a cultura em suas múltiplas manifestações, garantindo o pleno
e efetivo exercício dos respectivos direitos, bem como o acesso a suas fontes
em nível nacional e regional, apoiando e incentivando a produção, a valorização
e a difusão das manifestações culturais. Parágrafo único: É dever do estado, proteger e
estimularas manifestações dos diferentes grupos étnicos formadores da sociedade
rio-grandense.
Art. 221. Constituem direitos
culturais garantidos pelo Estado: I – a liberdade de criação e expressão
artísticas; II – o acesso à educação artística e no desenvolvimento da criatividade,
principalmente nos estabelecimento de ensino, nas escolas de arte, nos centro
culturais e espaços de associações de bairro; II o amplo aceso a todas as formas de expressão cultural, das
populares às eruditas e das regionais às universais; IV – o apoio e incentivo à
produção, difusão e circulação dos bens culturais; V – o acesso ao patrimônio
cultural do Estado, entendendo-se como talo patrimônio natural e bens de
natureza material e imaterial portadores de referência de identidade, à ação e
à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade rio-grandense,
incluindo-se entre estes bens: a) as formas de expressão; b) os odos de fazer,
criar e viver; c) as criações artísticas, científicas e tecnológicas; d) as
obras, objetos, monumentos naturais e paisagem, documentos, edificações, e
demais espaços públicos e privados destinadas às manifestações políticas,
artísticas e culturais; e) os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
paisagístico, paleontológico, científico e ecológico (Redação dada pela Emenda Constitucional, nº 36, de
12.12.2003)
Esta
imensa carta de intenções segue e se pauta no roteiro ECLÉTICO do Regime
Militar que criou os monstruosos cursos superiores xifópagos e ineficazes para
ARTE. Nestas intenções tomaram forma,
impulso e proliferaram os CENTROS, os
DEPARTAMENTTOS e FACULDADES de LETRAS e
de ARTES, de ARQUITETURA e ARTE na qual desaparece qualquer autonomia de ambas
as partes. Este ECLETISMO era fustigado, em 1938, por Mário de
Andrade que o desescrevia [ 1955, fl.
13][1]
como “acomodatício e máscara de todas as
covardias”. ECLETISMO que acomoda estes CENTROS, os DEPARTAMENTTOS
e FACULDADES de LETRAS e de ARTES, de
ARQUITETURA e ARTE, na prática, à instâncias
burocráticas nas quais o que menos importa é o título ou seu nome e nos quais sempre cabe mais um sócio de
intenções duvidosas. Intenções duvidosas que geram uma formação artística acrítica e reprodutora
do já visto, cujos resultados são pífios
e lamentáveis apesar do imensos trabalhos, dos riscos e dos elevados investimentos
materiais para uma economia precária. Instituições incapazes de reverter esta
situação e assim possuem os seus dias contados mesmo em que pesem os
investimentos, os riscos e dos esforços.
[1] ANDRADE,
Mário. Curso de Filosofia e História da
Arte. São Paulo : Centro de
Estudos Folclóricos, 1955. 119 f.
Contrapondo-se
a este ecletismo - avassalador e estéril - encontra-se o projeto e a realização
da UNIVERSIDADE das ARTES do Rio Grande do Sul. Apesar deste projeto não
constar na CONSTITUIÇÂO ESTADUAL a sua necessidade, sua eficácia e sua
continuidade estão subliminarmente presentes em tudo aquilo que concerne à ARTE
do passado, presente e do futuro daquilo que consta nesta imensa carta de
intenções e que necessitam de iniciativas para baixar ao mundo prático e
empírico. Certamente quem iria lucrar seria a CULTURA. Com a CULTURA separada
das ARTES pela UNIVERSIDADE das ARTES as manifestações culturais poderiam
se entregar soberanamente à sua
teleologia imanente e dar corpo ao seu FAZER prático Enquanto a ARTE
prosseguiria nos seu AGIR expresso nas
especulações estéticas, buscando a proximidade do sobre-humano, do gratuito e do universal.
[1] O
ARTISTA DEVE IR PARA UNIVERSIDADE – MARCEL DUCAMP citado in http://profciriosimon.blogspot.com.br/2010/10/isto-nao-e-arte-01.html
[2] Constituição do Estado do Rio Grande do Sul de 1989 http://www2.al.rs.gov.br/dal/LinkClick.aspx?fileticket=IiPguzuGBtw%3d&tabid=3683&mid=5358
[3] ANDRADE,
Mário. Curso de Filosofia e História da
Arte. São Paulo : Centro de
Estudos Folclóricos, 1955. 119 f.
Joseph BEUYS
(1921-1986) - Fotograma de ação de 1986
Fig. 11 – Joseph
BEUYS foi
uma das voes mais ativas para questionar e contronar o paradigma da “FÁBRICA-ESCOLA”
da ERA INDUSTRIAL. As suas ações, obras e conceitos são
coerentes com os pressuposto da ÉPOCA PÓS INDUSTRIAL. A sua ÊNFASE na
RESPONABILIDADE de CADA PESSOA seja responsável e responsabilizado pelas suas
escolhas, perdas e conquistas não afasta a sua responsabilidade SOCIAL,
ECONÔMICA e JURÌDICA
Quanto
à SECRETARIA de ARTES deve ficar evidente, também, que a competência e as
forças do CAMPO das ARTES estas não dependem
só da economia, dos esforços e dos riscos que correm. O seu núcleo e campo de
forças é o seu PROJETO de AUTONOMIA. Projeto que confere COMPETÊNCIA e
PRECEDÊNCIA para a ARTE que determina os
CONHECIMENTOS, as PRÀTICAS e os RESULTADOS visados. RESULTADOS, PRÁTICAS e
CONHECIMENTOS provenientes das
concepções estéticas que se afastam de instâncias comprometedoras e distantes de campos hegemônicos alheios às ARTES. “ARTE e
UNIVERSIDADE não se reduzem ao mero gerenciamento” na expressão do prof.
TOMAZ AROLDO da MOTA SANTOS, reitor UFMG
(1994-1998).
Assim
uma SECRETARIA de ARTES possui gerenciamento, sim. No entanto este
gerenciamento - exercido por outros campos de competência e forças - é pouco
propício, não entende se não forem daninhos à teleologia interna das ARTES.
a par da ATUALIZAÇÂO da INTELIGÊNCIA e a FORMAÇÂO
de uma CONSCIÊNCIA COLETIVA[1],
antecipa a ÉPOCA
PÓS INDUSTRIAL Na sua busca Mário de ANDRADE separa PESQUISA de ATUALIZAÇÂO
da INTELIGÊNCIA ao mesmo tempo em que não afrouxa a responsabilidade moral,
jurídica e econômica da CONSCIÊNCIA COLETIVA. Por estas e outras concepções o projeto de Mário de ANDRADE a ARTE POSSU uma
energia e competência únicas e incontornáveis para um paradigma de uma
UNIVERSIDADE das ARTES da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. .
Não
saíram do papel a UNIVERSIDADE das ARTES e o MINISTÉRIO das ARTES - sustentadas por TASSO CORRÊA- entre 1947 até 1958[2]
- e antes das propostas Constituição de 1989 -. Estas propostas nasceram no
âmbito do imenso repertório e da crescente proliferação de instâncias burocráticas estimulados pelas
propostas de um ESTADO NACIONAL CENTRALISTA fundado nos pressupostos da ERA
INDUSTRIAL. No dia 30 de novembro de 1962[3]
o Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul foi absorvido pelo ESTADO
NACIONAL CENTRALISTA e remetido para as competências da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. No presente texto cabe apenas o registro e a possibilidade
concreta de se constituir tão somente numa referência histórica. Esta instância
esta seguindo e se restringe à pauta da FORMAÇÃO PROFISSIONAL SUPERIOR nas
ARTES no âmbito da “FÁBRICA ESCOLA” do SISTEMA ÚNICO e LINEAR de ENTRADA.
DESENVOLVIMENTO e SAÍDA.
[1] Uma AULA de
Mário Raul de Morais Andrade (1893-1945)
[2] O PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA ASSUME as FUNÇÕES como
CONSTRUTOR e PROPÕE A UNIVERSIDADE das ARTES e o MINISTÉRIO das ARTES
[3] Lei Federal de
nº 4.159 do dia 30.11.1962 que federaliza o Instituto de Belas Artes do Rio
Grande do Sul
Fig. 13 – O ínsito, o que ainda é potencial na
criatividade manifesta-se na totalidade do universo da ARTE. O ínsito da pessoa
humana é muito anterior à ERA INDUSTRIAL. O potencial para manipular - de forma
criativa é única - os estímulos sensoriais está vigente em cada ser humano quando este
nasce busca o seu pertencimento à uma
civilização e cultura. A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL esta retomando
este potencial humano. Para tanto necessita se desenvencilhar de armaduras,
velhas capas culturais, quadros classificatórios obsoletos e dos alfinetes que
necessitavam matar a sua vítima para espetá-la nestes quadros arbitrários,
inúteis e obsoletos. Somente uma UNIVERSIDADE de ARTES – desvencilhada destes quadros, alfinetes, capas e velhas
couraças conceituais – é competente para contornar este imensioo acúmulo
intelectual e estético
Os
artigos 220 e 221 - da Constituição de 1989 do Rio Grande do Sul - possuem o
mérito de elencar diversas motivações para a proposta da concepção e criação uma
UNIVERSIDADE das ARTES para a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL no RIO GRANDE do SUL UNIVERSIDADE
das ARTES que NASCE entre a necessidade
da AUTONOMIA da ARTE e a necessidade de escapar da prisão interna de uma
REPARTIÇÃO BUROCRÁTICA do SISTEMA da ERA INDUSTRIAL. O campo de sua atuação é o
imenso e fértil espaço físico e simbólico das ARTES cultivadas no interior dos
limites deste Estado da Nação Brasileira. Para a solução deste problema há
necessidade de contemplar as competências e os limites já experimentados para
as ARTES e para a UNIVERSIDADE no âmbito do regime republicano. As associações
surgidas - pela força da Lei nº 173 de 10 de setembro de 1893[1]
- foram absorvidas pelo centralismo totalitário nacional a partir da Revolução
de 1930. Há necessidade do retorno ao PODER ORIGINÁRIO de uma NAÇÂO quando se
esgotaram os fundamentos, os argumentos e as possibilidades populistas e destes ESTADOS NACIONAIS OCIDENTAIS expressos e
evidentes nos ABALOS e a FALTA de CREDIBILIDADE
PÚBLICA.
De
outra parte uma CIVILIZAÇÂO e uma CULTURA dependem da força, flexibilidade e
coerência das suas instituições. Porém quando estas instituições são meros
manequins sem vida e alma quando elas excluem a voz e a vez do PODER
ORIGINÁRIO.
[1] Texto da Lei nº 173 de 10.09.1893 que “Regula a organização das associações que
se fundarem para fins religiosos, Moraes, científicos, artísticos, políticos ou
de simples recreio, nos termos do art. 72, § 3º, da Constituição”
Atlas de Wenzel FOLBERG (... – 1915) https://pt.wikipedia.org/wiki/Wenzel_Folberger
Fig. 14 – A ERA INDUSTRIAL acumulou gente,
recursos técnicos e conhecimentos. O modelo da “FÁBRICA-ESCOLA” foi transposto
- literal e univocamente - para o mundo da UNIVERSIDADE que se caregga
e tenta administrar CONHECIMENTOS, VONTADES e SENTIMENTOS de TODA a HUMANIDADE
ao modelo do MITO do ATLAS carregando rtodo o PLANETA e também as ESTRELAS. A UNIVERSIDADE da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
estimula, cada vez mais, os seus agentes “A SABER, ONDE ESTÀ ESTE SONHECIMENTO,
VONTADE e SENTIMENTOS” para valer-se deles no ATACADO ou no VAREJA sem
personalizar, carregar fisicamente ou ritualizar esta busca..
A
coerência e a flexibilidade da proposta da criação de uma UNIVERSIDADE para as
ARTES parte da soma de forças de uma MANTENEDORA comandada pelo seu CONSELHO.
Este conselho escolhe, instaura e mantém uma reitoria legislativa, uma reitoria
administrativa e jurídica. Esta manutenção seria por dois anos, prorrogável por
dois anos. No quarto ano abrem-se inscrições para uma equipe das três reitorias.
Caso seja eleita a equipe anterior, esta possui só um único ano de mandato,
reabrindo-se a inscrições.
O
CONSELHO da MANTENEDORA da UNIVERSIDADE da ARTE seria composto pelas
presidências das instituições voltadas exclusivamente para as ARTES e ativas no
RIO GRANDE do SUL. Uma das primeiras atividades - de uma futura reitoria legislativa - seria a de propor e
fazer aprovar uma regulamentação do CONSELHO da MANTENEDORA da UNIVERSIDADE da
ARTE.
As
verbas do erário público seriam decrescentes na medida em que se
construírem fontes permanentes
resultantes de projetos economicamente viáveis implementadas pelas instituições
voltadas exclusivamente para as ARTES. Para indicar, estimular e gerir estas
verbas uma FUNDAÇÂO, sem fins lucrativos, estaria no âmbito da reitoria
executiva e sob o estreito controle da reitoria jurídica. Na medida em que a
UNIVERSUIDADE doas ARTES do RIO GRANDE do SUL não se constitui num corpo
estatal, ela pode constituir em um leque
de mantenedoras de EMPRESAS com lucro e que tenham as ARTES como referência e
fonte de retornos financeiros garantidos e regulares. Assim, neste leque, está faltando no RIO GRANDE do SUL uma AUTÊNTICA
empresa de COMUNICAÇÃO e MARKETING que tenha o objetivo de manter unido e
identificado consigo a célula geográfica, econômica e jurídica do Estado. A
somatória de novas ferramentas de COMUNICAÇÂO não só criariam uma sinergia e
utilitária interna, mas extensivo a todas as instituições de
ARTES ativas no Rio Grande do Sul.
No início este núcleo das três reitorias pode se situar e desenvolver no âmbito de uma das instituições voltadas exclusivamente para as ARTES ou então em locais dos quais a ERA INDUSTRIAL se RETIROU[1]. Não é possível saltar diretamente do PROJETO da UNIVERSIDADE das ARTES para a sua IMPLANTAÇÃO. O salto será fatal se não for respeitado, observado e avaliado o TEMPO da FASE DE IMPLEMENTAÇÃO ou da EXPERIMENTAÇÃO. É imenso o cemitério de instituições de âmbito universitário que pereceram neste salto temerário e direto do PROJETO e IMPLANTAÇÃO do que se considerava definitivo. Assim é preferível uma pequena semente para a qual sejam possíveis propiciar as condições de seu desenvolvimento.
Fig. 15 – Os agentes da ÉPOCA PÓS INDUSTRIAL
derivam a sua inteligência, o seu fazer prático e sentimentos cada vez mais
para “ SABER, ONDE se encontra o
CONHECIMENTO, a VONTADE e SENTIMENTOS do artista criador. Seguem o caminho
aberto por Masrcel DUCHAMP. Artista criador, da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL, pode se
valer, amplamente, tanto o que é
significativo da ERA INDUSTRIAL pode oferecer como daquilo que a NATUREZA,
a ECOLOGIA nas mais avançadas tecnologias da informática da CORRIDA ESPACIAL
como no DOMÌNIO do CÒDIGO GENÈTICO.
-
A
nova LOGISTICA NUMÉRICA DIGITAL não constitui nenhuma panaceia. O ARQUIVO das
ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL pode estar DISPONIVEL ON- LINE e em
permanente atualização tanto do passado como uma enciclopédia dos artistas
ativos e produtivos. No entanto o BRASIL, e o RIO GRANDE do SUL por extensão,
são meros usuários da INFORMÁTICA. No caso dos “MOTORES” estão sob o acúmulo e
controle das nações hegemônicas. Assim uma pretendida UNIVERSIDADE de ARTE do
RIO GRANDE do SUL - COERENTE e FUNCIONANDO no âmbito da ÉPOCA- PÓS-INDUSTRIAL -
implicaria num PROJETO dimensionando “MOTORES” autônomos de pequenas dimensões
iniciais. A vantagem da atualização da inteligência - nos problemas e
potencialidades dos “MOTORES” instalados
e funcionando nas nações hegemônicas - permite elaborar um projeto
flexível tendo sempre como horizonte o LIMITE GEOGRAFICO e as reais e objetivas
as pesquisas das ARTES VISUAIS passadas e do presente.
Fig. 16 – O Antônio GUTIERREZ (1934-2004)
orientou, a sua obra poética pictórica,
para os temas dos imensos vazios que o espaços rurais que o interior do Rio
Grande do Sul oferece com a crescente e massiva urbanização desta célula
geográfica brasileiras Os valores simbólicos da
cultura da ÉPOCA PÓS INDUSTRIAL possuem na arte um profundo, rico e inesgotável
campo de riquezas. Porém GUTIERREZ como
artista erudito conhece as técnicas
pictóricas que favorecem , consolidam e consagram valores simbólicos da cultura
da ÉPOCA PÓS INDUSTRIAL. O tema, por si mesmo, jamais foi arte sem a
intervenção segura, consequente e universal da criatura humana. Antônio
GUTIEREZ auferiu estes hábitosm conhecimentos e práticas pela sua PASSAGEM pelo
Instituto de artes do Rio Grande do Sul
Na medida em que ARTE representa o SOBRE-HUMANO ela sempre pertenceu a ESPAÇO SIMBÓLICO de
QUALQUER CIVILIZAÇÂO. Quando a CULTURA MATERIAL
está encaminhando a economia ao ESPAÇO SIMBÓLICO e adota um padrão
NUMÈRICO DIGITAL UNIVERSAL (BITCOIN) na rede mundial e independente dos limites
das competências dos ESTADOS NACIONAIS
abre-se um imenso espaço para a ARTE. A UNIVERSIDADE das ARTES ganha
espaço, energia e competências ainda insuspeitas neste ESPAÇO SIMBÓLICO de uma
CIVILIZAÇÂO planetária. No contraditório o regional, o local e o empírico é que
constitui o LASTRO destes grandes conceitos, o ideal universal e deste
SOBRE-HUMANO da ARTE.
Fig. 17 – As manifestações sensoriais da ÉPOCA PÓS -INDUSTRIAL não são arte por si mesmas. Para
a distinção, manipulação e divulgação tanto das pesquisas CIENTÌFICAS e
ESTÈTCAS abre-se um espaço e um campo de investigações da UNIVERSIDADE das
ARTES.
Concebe-se
e se propõe uma UNIVERSIDADE de ARTES
SEM ALUNOS. Estes estudantes, em formação, encontram-se eventualmente nos
departamentos, núcleos associadas e em rede UNIVERSIDADE das ARTES. Neste
aspecto esta projetada UNIVERSIDADE das ARTES segue a tendência da maioria das
instituições da ÉPOCA PÓS_INDUSTRIAL que centralizam e fazem circular produtos
físicos ou simbólicos sem serem donos ou proprietários deles[1].
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
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esculpture au XVIIe siècle. Paris :
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MONNIER, Gérard. L’art et ses institutions en France: de
la Révolution à nos jours. Paris:
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NIETZSCHE, Frederico
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el porvenir de nuestras escuelas. Barcelona: Tusquets, 2000. 179
PEVSNER, Nikolaus. Las academias de arte: pasado y presente. Madrid : Cátedra. 1982. 252p. – (edição
brasileira - Academias de Arte:
passado e presente. São Paulo,
Companhia das Letras, 2005).
PIMENTA, Aluisio. Universidade: a Destruição de uma Experiência Democrática. Petrópolis : Vozes, 1984. 136p.
POPPER,
Karl. A sociedade aberta e seus inimigos.(3ª
ed.) Belo Horizonte: Itatiaia
1987 2v
PORTANTIERO Juan Carlos(1934-2007)[2]..
Estudiantes y Política en América Latina: el proceso da la Reforma Universitaria (1918-1938). México:
Siglo Veintiuno,1978, 461 p.
WEBER, Max. Sobre
a universidade. São Paulo: Cortez, 1989.
152 p.
WINCKELMANN, Johannes
Joachim (1717-1768). Historia
del Arte en la antigüedad. Con un
estudio crítico por J.W.Goethe.
Introducción y traducción del alemán por
Manuel Tamayo Benito. Madrid : Aguilar, 1955.
1285p
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
“ARTES NOBRES” ou “NOBLES ARTES” na
carta do dia 16 de junho de 1816, de Joaquin LE BRETON a DOM JOÃO VII
O AQUI e o AGORA das obras das ARTES VISUAIS na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL na
cultura do Rio Grande do Sul.
ARTE e
LIBERDADE na ERA PÓS-INDUSTRIAL TRANSFORMAR
a CONTRADIÇÃO em COMPLEMENTARIEDADE
ARTE PÙBLICA se APROPRIA de LUGAR da ERA
INDUSTRIAL FALIDA
Atlas
de Wenzel FOLBERG (.?. – 1915) https://pt.wikipedia.org/wiki/Wenzel_Folberger
Constituição do Estado Do Rio Grande do Sul de 1989
A ERA INDUSTRIAL. A FÀBRICA, o SISTEMA de
ARTE e o MEDIADOR de ARTE
A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL EMPRESAS VIRTUAIS e o MEDIADOR de ARTE
O
ARTISTA DEVE IR PARA UNIVERSIDADE – MARCEL DUCAMP citado in
O TRIUNFO da sua VONTADE, “Triumph des Willens” O FILME do ano de 1934
Dúvidas entre FUNDARTE e UERGS
Lei Federal de nº 4.159 do dia 30.11.1962 que
federaliza o Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul,
ESCOLINHAS de ARTE do BRASIL
As
distâncias entre o ARTISTA do INTERIOR e o da CAPITAL
MAR MUSEU
de ARTE do RIO de JANEIRO
MUSEU do AMANHA de Santiago CALDARAVA Rio
de Janeiro
O ENTE no SER ARTISTA.
“A liberação do artista
possui como contrapartida natural algumas responsabilidades.”
Marcel Duchamp em 13 de maio de 1960, na Universidade de Hofstra - USA
O PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS
CORRÊA ASSUME as FUNÇÕES como CONSTRUTOR e PROPÕE A UNIVERSIDADE
das ARTES e o MINISTÉRIO das ARTES
SIMON, Cirio - Origens do Instituto de Artes da UFRGS:
etapas entre 1908-1962 e contribuições nas constituição de expressões de
autonomia dos sistema de artes visuais no Rio Grande do Sul Porto
Alegre : Orientação KERN, Maria Lúcia Bastos .PUC - RS, 2003—570 p..- versão
2012. em DVD Disponível digitalmente: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/2632/000323582.pdf?sequence=1
SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL
Texto da Lei nº 173 de 10.09.1893
Uma
AULA de Mário Raul de Morais Andrade (1893-1945)
UNIVERSIDADE das ARTES
do RIO GRANDE do SUL.
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