O AQUI e o
AGORA das obras das
ARTES VISUAIS na ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL
PÓS-INDUSTRIAL
na cultura do Rio Grande do Sul.
22.1 – O que se aprendeu com a série de postagens
anteriores. 22.2 - A PRIMORDIALADE da OBRA de ARTE: “nada está no intelecto sem
passar pelos sentidos humanos”. 22.3 – O desafio LOGISTICO na busca sentido das
ARTES VISUAIS nestas CIRCUNSTÂNCIAS ATUAIS e LOCAIS: “os amadores discutem
estratégias, os profissionais preferem fala de logística”. 22.4 – O
sul-rio-grandense e o seu PROJETO CIVILIZATÓRIA COMPENSADOR da VIOLÊNCIA e da
BARBÁRIE. 22.5 – As obras de arte da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. 22.6 – As leituras
iconológicas possíveis nas obras de arte da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. 22.7 – Competências
e limites. 22.8 – Uma ÉPOCA com obras para mostrar. 22.9 – A apropriação da arte na linha de
montagem da ERA INDUSTRIAL. 22.10 – A
acumulação em nuvens e esferas numéricas digitais, recursos técnicos próprios e
os espaços físicos. 22.11 – A defesa da
técnica e da segurança institucional 22.12 – A memória das obras da arte
visuais.
José Armando Vargas ALMEIDA (1939-2013) – “O Túnel” - 1981 - Cerâmica da exposição
“Caminhos” na PINACOTECA RUBEN BERTA em 08 de outubro de .2014 -
Fig. 01 – No vasto CAMPO das ARTES PLÁSTICAS sul-rio-grandenses as experiências
sociais, telúricas e econômicas - que
José Armando ALMEIDA[1] trouxe das profundezas do Rio Grande do Sul –
ganham formas sensoriais, únicas e surpreendentes. O CAMPO das FORÇAS das ARTES é VASTO e
COMPLEXO. Na iconografia, a que nos dedicamos, restringe-se o foco para as
ARTES VISUAIS. Nesta restrição o foco dirige-se majoritariamente às ARTES PLÀSTICAS. . As artes são ciumentas
e cada qual cultiva distinções, identidades próprias e intransferíveis. Na ARTE distingue-se a OBRA
do TRABALHO, a PERMANÊNCIA e o DESCARTE
o AGIR do FAZER e o GESTO GRATUITO do PRODUTO ONEROSO.
22.1 – O que se
aprendeu com a série de postagens anteriores.
Ima das lições mais profundas e recorrentes, destas
postagens, foi a verificação concreta de que o
TEMPO é contínuo e todos estamos mergulhados neste contínuo histórico. Quanto a isto Marc
Bloch nos advertiu (1976: 42)[2]
de que:
“é tal a força da solidariedade das épocas que os
laços da inteligibilidade entre elas se tecem verdadeiramente nos dois
sentidos. A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do
passado. Mas talvez não seja mais útil esforçar-nos por compreender o passado
se nada sabemos do presente”
Estas épocas arrastam consigo e são legíveis nas
formas da sociedade e se funda sob os fundamentos da terra.
[1] PINACOTECA
RUBEN BERTA -08 de outubro de .2014 - A
exposição Caminhos - Armando Almeida, uma Visão do Pampa está em cartaz na
Pinacoteca Ruben Berta até 31 de outubro. A mostra inclui 45 gravuras e 25
esculturas em terracota produzidas entre 1961 e 2004, apresentando uma visão
particular do artista sobre a região do Pampa Gaúcho, onde nasceu e viveu a
infância e adolescência.
Fig. 02 – Ao submeter o VASTO e COMPLEXO CAMPO
das FORÇAS das ARTES às coordenadas cartesianas (X-Y-Z ) cria-se uma suspensão
de juízo (epoché) e um distanciamento do
antropomorfismos da origem dos objetos de estudo. Com este distanciamento - e por meio da suspensão provisória de um
juízo definitivo - é possível distinguir
- na ARTE - a OBRA do TRABALHO, a
PERMANÊNCIA do DESCARTE o AGIR do FAZER
e o GESTO GRATUITO do PRODUTO ONEROSO.
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Por meio da
suspensão de um juízo definitivo, radical e pelo distanciamento intelectual é
possível separar o TEMPO do Rio Grande do Sul do contínuo do TEMPO universal. TEMPO
que é um contínuo e na concepção de Leonardo da Vinci “tudo o que contínuo é possível dividir em infinitas partes”[1].
Por sua vez esforçarmos para compreender o
PRESENTE sul-rio-grandense no segmento das artes visuais. Aceito este projeto, este problema e
estas hipóteses trata-se de buscar informações, pesquisas e reflexões do que
possuem por objeto o PRESENTE no segmento das artes visuais no interior dos atuais limites sul-rio-grandenses
da SOCIEDADE (X), do TEMPO (Y) e LUGAR (Z)
Fig. 03 – Não é possível falar e sustentar que não existem alguns traços em comum
as diversas manifestações das artes no Rio Grande do Sul. Isto apesar de
reconhecer preliminarmente que o CAMPO das FORÇAS das ARTES é VASTO e COMPLEXO.
A hipótese é de que este vasto conjunto deriva, é produzido, e reproduzido,
pela mesma SOCIEDADE, mesmo LUGAR geográfico e pela sincronia do mesmo TEMPO.
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Porém não se trata de uma mera narrativa descritiva
das práticas, da identificação dos seus agentes ou uma crônica dos eventos das
artes visuais sul-rio-grandenses. No núcleo, do presente projeto, encontra-se a necessidade de encontrar a
mentalidade que alimenta e conduz um pacto social, politico, técnico e
econômico. Pacto, ou sua falta, que
motiva, move e orienta este PRESENTE das artes visuais sul-rio-grandenses. Na hipótese aceita-se de que medida em que a arte
materializa em obras sensíveis á percepção humana este pacto ou projeto
estadual possui uma reserva imensa de expressões sensíveis nestas manifestações
superiores e universais.
Fig. 04 – Esta obra de Lucas STREY é um metáfora dos cheios e vazios, das
contradições e complementariedade que o CAMPO das FORÇAS das ARTES VISUAIS do
RIO RANDE do SUL apresenta e reproduz. Na iconografia, a que nos dedicamos, a OBRA
é culminância positiva do TRABALHO, a PERMANÊNCIA é o complemento do DESCARTE
do molde, o AGIR com realização do
FAZER e o GESTO GRATUITO criador do PRODUTO valioso.
Evidente que estes signos sensíveis foram manípulos
e se perfilaram e magnetizaram em campos de interesses de toda ordem. Porém
quando estas forças se gastam e se dissipam, em formações diferentes, é
necessário acompanhá-las, conhecê-las melhor, oferecer-lhes outra vida e
sentido próprio. É a tarefa de novas
narrativas. Estas novas narrativas estão apontando para o espaço numérico
digital que estão configurando o conjunto de uma infraestrutura designada
provisoriamente de Época Pós-Industrial. Este espaço é de circulação planetária
e pode incorporar as manifestações estéticas de outras eras e lugares distantes
de seu foco inicial de produção. Se estas narrativas necessitam serem
traduzidas para outras línguas, as imagens não possuem esta necessidade. Assim
como os sons são universais os ícones circulam livre e desimpedidamente.
Fig. 05– Júlio GHIORZI percorre - por meio
de imagens que ele apropria do longo e do imenso universo da iconografia
clássica das artes visuais - antes de iniciar a sua obra pessoal. Isso é
possível, e recomendável, na medida em que o artista recém-chegado ao campo das
artes visuais sabe que está na heteronomia de outros artistas e mestres antes
de lançar a sua obra sabe o lugar e tempo para somá-la universo pré-existente.
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e ler)
As postagens desde blog estão carregadas de
imagens, ícones e gráficos. Assim mantiveram um índice de acessos pelo mundo
afora, ultrapassando os 10.000 acessos
mensais especialmente em países de alta e continuada formação estética.
Certamente “o meio é a mensagem”. Assim é
necessário aprender com este novo “meio” como ele é incorporado e se reproduz
por tempo indeterminado.
As artes visuais sul-rio-grandenses terão de pagar
o preço de administrar a ansiedade por resultados espetaculares, evidentes e
rápidos. Parte desta tarefa será o de assimilar esta ansiedade característica de
todos os organismos novos que são inseguros de si mesmos.
Fig. 06– Joyce SCHLEINIGER submeteu-se aos rígidos e éticos ensinamentos do se
mestre Fernando CORONA para iniciar o seu caminho nas artes visuais. O tema
do seu meio social possui como motivação
um Novo Mundo e uma terra
povoado de juventude. Os novos materiais
expressivos e a clássica argila conferem
sustento material e técnico para o seu universo imaterial.
22.2 - A PRIMORDIALIDADE da OBRA de ARTE: “nada está no intelecto
sem passar pelos
sentidos humanos”.
Qualquer que se aproxima e presta um mínimo de
atenção percebe que no PRESENTE ocorre uma intensa e continuada produção de
obras visuais sul-rio-grandenses. Nas postagens anteriores buscou-se
informações, se sistematizaram dados escritos e visuais de artistas do passado.
Com os seus ciclos de produção encerrados facilitam as narrativas, os juízes e
as conexões com as suas circunstâncias.
Na
medida em que estes ciclos de produção de obras de arte se encerram, eles abrem
espaço, tempo e material empírico para as PESQUISAS ESTÉTICAS INOVADORAS E
AUTÔNOMAS que tragam para o estudo, o conhecimento, a sistematização e
divulgação do saber estético produzido pela concepção, produção e recepção
das obras visuais sul-rio-grandenses.
Para que se possa perceber o que é autêntico com este LUGAR, TEMPO e SOCIEDADE
está a disposição uma intensa e cada vez mais volumosa ATUALIZAÇÃO da
INTELIGÊNCIA com aquilo que se passa nas artes visuais fora das fronteiras
sul-rio-grandenses. Esta ATUALIZAÇÃO da
INTELIGÊNCIA possui por objetivo afastar as sombras da xenofobia, do bairrismo
redutor e de nacionalismos onipotentes. De outra parte esta ATUALIZAÇÃO da
INTELIGÊNCIA afasta o colonialismo e a servidão conceitual de culturas que se
pretendem hegemônicas na medida em que reconhece os seus limites e
competências.
A
FORMAÇÃO de uma CONSCIÊNCIA COLETIVA SUL-RIOGRANDENSE é possível na medida em
que as artes visuais - praticadas no âmbito sul-rio-grandense – constituem
índices criados, se movem e se orientam no âmbito de um potencial pacto social, politico, técnico e econômico.
Fig. 07– Obra de Hélio FERVENZA exposta no 55ª Bienal de Veneza .
As buscas de Hélio FERVENZA conjugam espaço arquitetônico, semiótica e signos
visuais constituindo um universo de extrema depuração e rigorosa seleção dos
seus meios sensoriais. Este universo depurado e ascético é sustentado, e
legitimado, pelo universo imaterial de conceitos e de referências sutis que
apresentam desafios criativos e
originais. Desafios que deslocam o seu
expectador para problemas inesperados e
que exigem dele repertórios que recapitulam um passado intrigante e o preparam
para outros tantos desafios.
22.3 - O desafio LOGÍSTICO na busca de
sentido das
ARTES VISUAIS
nas CIRCUNSTÂNCIAS ATUAIS e LOCAIS
As barreiras a serem TRANSPOSTAS no RIO GRANDE do
SUL ATUAL ÉPOCA são PROBLEMAS inerentes à ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. O artista
visual sul-rio-grandense continua ativo, produtivo e apto a mostrar as obras
resultantes do seu trabalho. Esta evidenciação determina as novas circunstâncias
nas quais circulam os amadores e os profissionais. Em arte acontece um fenômeno
semelhante do ocorre na Historia. Os “amadores discutem estratégia, mas os
profissionais preferem falar de logística" escreveu (1995, p.14)[1] pernambucano
Evaldo Cabral de Mello. A logística da
ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL abastece os profissionais das ARTES VISUAIS com recursos
inesperados. Recursos como equipamentos e veículos, tanto meios para a sua
produção técnica de suas obras como para fazer circular e receber feedbacks
imediatos dos mais distantes lugares.
[1] MELLO, Evaldo Cabral de (1936 A fronda dos mazombos
nobres contra mascates: Pernambuco 1666-1735- São Paulo: companhias as
Letras.1995 30 p IBSN 85-7164-563-5
Fig. 08– O jogo poético e onírico de Eduardo Viera da Cunha entrelaçam signos de
um universo infantil com cenários de erudição e de conhecimento técnico adulto.
. A pintura transcende o fotógrafo e
se constitui na maestria no uso da tinta sobre a superfície comandada e
ordenado por um desenho rigoroso.
Diante desta abundância logística da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
e deste campo aberto da atualização instantânea, a ARTE possui todas as razões
de evitar, contornar e fugir dos becos rançosos daqueles que TOMAM ou que
pretendem TOMAR POSSE DELA. A lógica e a dinâmica da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
possui toda razão de ultrapassar qualquer quadro mental estreito de seus
pretensos mediadores, atravessadores e aqueles que a julgam ter a ARTE por
refém perpétua. A lógica e a dinâmica da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL possibilita
identificar aqueles seres humanos que souberam lidar com estas energias,
indicar alguns equipamentos mentais para percebê-la e indicar alguns
indicadores das suas expressões físicas. De outro lado estas energias
imponderáveis, estas manifestações tão originais e desmesuradas para a mente e
o corpo humano exigem e permitem meios para uma renovação permanente, buscas
sem fim e a criação continuada de OBRA de ARTE. A sequência ininterrupta destas
OBRAS de ARTE continua a emitir sinais de que APENAS ela está INICIANDO, como
aconteceu em todos os TEMPOS e LUGARES onde ela se manifestou.
Muitos artistas visuais do Rio Grande do Sul passaram
toda a sua existência, e continuam a passar, na renovação permanente, nas buscas sem fim e
na criação continuada de obras de arte.
Fig. 09– A obra de Danúbio GONÇALVES, de
2007, busca signos na longa espera, nas lutas sangrentas e na definição das
fronteiras das terras que lhe cabiam fizeram do sul-rio-grandense um SER com
uma singularidade.. Esta constante oscilação entre polo opostos e
antagônicos foram inculcadas em suas manifestações superiores e nelas estão
radicadas. As artes visuais sul-rio-grandenses expressam esta bipolaridade
frente a qualquer pretexto. No plano
material das diversas infraestruturas - pelas quais este SER sul-rio-grandense evoluiu – são visíveis as expressões estética
ligadas e provenientes da época do pastoreio da era agrícola, da era-industrial.
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22.4 - O sul-rio-grandense e o seu
PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR
da VIOLÊNCIA e da BARBÁRIE.
PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR
da VIOLÊNCIA e da BARBÁRIE.
As
continuadas épocas PERPASSAM o PASSADO, o PRESENTE CONCRETO e ATUAL se
precipita para um FUTURO de rumos incertos. No entanto cabe à criatura humana orientar
estes caminhos da mesma forma como ela é
competente para lidar com as forças da Natureza. A materialização desta
orientação é perceptível nos índices sensoriais humanos das obras de arte. Não
se trata de causa e efeito, mas do pensamento, dos projetos e sentidos
atribuídos às obras de arte. Evidente que o FUTURO se afigura de rumos
incertos. Porém estes RUMOS dependem dos projetos, dos condicionamentos e
recursos disponíveis no PRESENTE. Certamente existem artistas e civilizações
que entram em contradições, desistem dos seus projetos e se lançam na busca de
uma eternidade imponderável. Eternidade que é o triunfo definitivo do CAOS
PRIMORDIAL e DESPROPORCIONAL às medidas e aos limites da CRIATURA HUMANA.
No contraponto é possível afirmar, e verificar
empiricamente, as intensas e variadas atividades dos artistas visuais
sul-rio-grandenses. Atividades que permitem afirmar que estes artistas estão
distantes de abismo da eternidade imponderável e apocalíptica.
É possível calar o artista visual sul-rio-grandense,
enclausurá-lo no silêncio e praticar todas as violências imagináveis contra a
sua disposição e a sua coragem de continuar a produzir a sua obra. Esta
violência já aconteceu em todas as épocas e todos os lugares, inclusive no Rio
Grande do Sul no passado recente e remoto. O sucesso desta violência acontecerá
na medida em que esta potência tiver a fortuna de fazer desaparecer toda e
qualquer imanência do próprio mundo dado e conferível pelos sentidos humanos.
Neste caso, conforme Hannah Arendt (1983 272 e 352), será “impossível
qualquer transcendência”. A Arte perde seu sentido civilizatório. É uma das
muitas razões pelas quais numerosos tiranos acabam se suicidando e, assim,
calando e aniquilando os seus próprios sentidos e ou são mortos pelo vencedor.
Fig. 10– Flávio SCHOLLES ostenta uma trajetória realizada pelas tintas e
pinceis. Ele cria e percorre a iconografia que nascem de suas experiências
empíricas do meio rural no qual implantou o seu atelier. . Uma pintura
nestas circunstâncias é um índice do LUGAR, do TEMPO e da SOCIEDADE na qual vem
ao mudo pelas mãos e mente do artista. As obras de arte são seus documentos.
Esta mesma SOCIEDADE, este TEMPO e este LUGAR são únicos e não repetitivos.
Em outro quadro a ARTE possui papel semelhante ao
espaço da contemplação. Na concepção de Arendt (1983: 363) .
“Seja o que
for, a experiência fundamental na origem da inversão, da contemplação e da
ação, foi exatamente que o homem não pôde apaziguar a sua sede de conhecer
senão depois de colocar a sua confiança na engenhosidade de suas mãos. Não foi
porque a verdade e o conhecimento perdessem a importância, mas foi porque não
se podia esperar mais através da «contemplação»
do que pela «ação»”.
A arte sul-rio-grandense continua ativa, produtiva
e apta para mostrar as obras resultantes do seu trabalho. Obras das artes visuais resultantes da lenta
fecundação, concepção e da elaboração da sensibilidade sul-rio-grandense.
Sensibilidade mergulhada na soma das necessidades da sua preparação, da criação
estimulada pela efetiva contemplação de quem a recebe esta obra. Obra aberta e
estimulante que determina as novas circunstâncias de sua percepção, estudo e
socialização no interior do Estado e para fora das suas fronteiras geográficas.
Fig. 11– Regina SILVEIRA percorreu e assimilou os recursos iconográficos das artes visuais da ÉPOCA
PÒS-INDUSTRIAL. Nesta apropriação - de técnicas e imagens - constrói ambientes
apropriados a esta infraestrutura. Proveniente da pintura e da gravura
artesanal alargou estas técnicas sem perder o seu universo conceitual de
pertencer ao seu TEMPO, ao seu LUGAR e à
SOCIEDADE da IMAGEM
22.5 - As obras de arte da
ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
O trabalho que se afigura urgente e essencial para
as artes visuais sul-rio-grandenses da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL é o pensamento que
permeou as obras de arte do PASSADO. Pensamento vigente e autônomo no presente e a tensão mental das obras que
buscam o futuro. Certamente não se trata de uma tendência estética, de uma
escola muito menos de um programa fechado, unívoco e linear. Estes programas o
artista deixa para traz na linha de montagem da ERA INDUSTRIAL.
As obras de arte da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
apontam para campos abertos, múltiplos e simultâneos. Não é campo das
facilidades, das induções, constrangimentos e das intrigas ideológicas e dos
prêmios a conquistar num projeto unívoco e linear. Ao contrário Arendt aponta
(1983 : 155 e 314)[1]
que “a força da vida é a fecundidade”
..pois...”o ser vivo não foi esgotado
quando ele providenciou a sua própria reprodução”. Em outro trecho da mesma
obra ela completa:
« Caso a
força - do processo da produção - seja absorvida e se esgote no produto,
a força do processo da ação jamais se esgota num único ato, ao contrário ele
pode crescer quando as consequências do ato se multiplicam; estes processos são
aquilo que permanece no domínio dos afazeres humanos (...) O processo de um ato
pode durar até o fim dos tempos, até o fim da humanidade»[29].
A obra de arte resulta desta força do processo.
Esta obra de arte, na sua solidão como obra conclusa e definitiva, é um ponto deste
processo que expressa um índice material desta “força da solidariedade das épocas que os laços da
inteligibilidade entre elas se tecem verdadeiramente nos dois sentidos” conforme o que já foi
visto em Bloch. Bourdieu oportuniza
a transposição, da obra de arte, para o mundo da economia simbólica, quando
afirma (1987: 177) que “a ‘força do
trabalho é capaz de criar uma ‘mais valia’”. O biólogo Maturana Varela
completa (1996: 48) que a reprodução e a força do trabalho constituem “um além-produto específico da força vital
humana”. Deste além-produto resultam
as obras de arte e também aquelas da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.
[1] - ARENDT. Hannah
(1907-1975).Condition de l’homme moderne. Londres:
Calmann-Lévy, 1983, 369 p. https://fr.wikipedia.org/wiki/Condition_de_l%27homme_moderne
Mário CLADERA (1958- ) - título
DIMENSÃO PÚBLICA – ano 2014 - solda ferro
Fig. 12– A obra tridimensional de Mário CLADERA remete para as experiências da
transgenia que auscultam e testam os códigos genéticos. Evidente não se trata de uma ilustração e
muito menos um projeto. Trata-se da liberdade visual, plástica e sensorial
tanto do artista criador como para o seu espectador e o cúmplice.
22.6 - As leituras iconológicas possíveis nas obras
de arte da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
O artista visual sul-rio-grandense é fiel ao desafio
de tirar o máximo de conteúdo mental e significativo do mínimo material. Quer
que se trate do desafio do recurso aos meios tecnológicos de vanguarda ou,
então, se auto limitar à “tinta sobre uma superfície”
num o exercício ascético que o torna universal e compreensível e aceito em
todas as latitudes, povos e tempos.
Evidente que houve esforços de buscar “o tipo
gaúcho”. Estes esforços foram recentes e maioria das vezes importado dos
hábitos e costumes dos povos da Bacia do Rio da Prata. De outra parte os
costumes, hábitos e tipos importados de outras culturas elas resultam de
modelagens folclóricas comandadas pela indústria e o comercio de povos
hegemônicos e mais atentos à sua própria identidade visual.
Trata-se,
pois, de mergulhar a atenção, as buscas visuais e formação da imagem
sul-rio-grandense. Imagem cuja fonte é o ENTE humano nas suas diversas e
fecundas interações possíveis ao SER mergulhado e respondendo ao seu TEMPO, sua
SOCIEDADE e ao seu LUGAR.
18.03.2014 - encontro de grafite no túnel rsmm becker
Fig. 13– A apropriação icônicas da 1ª Perimetral de Porto Alegre, no trecho do
túnel da Conceição, contou com um grupo de grafiteiros com um contrato público e com garantias de
execução e proteção oficial. As
pichações indiscriminadas e as apropriações forçadas do espaço público - vistas
com tabu - são possíveis transfigurar em
complementariedade na medida da existência de uma efetiva educação estética
desenvolvida no interior de projeto civilizatório compensatório da violência.
Não se tata
de nenhum ecletismo visual, muito menos de qualquer estilo insustentável para além
da mente do seu autor. Trata-se de um longo e imprevisto caminho revelado pelas
pegadas do andar do artista e materializadas nas suas obras. Trata-se de perambular,
experimentar e produzir rastros legíveis de sua passagem por meio do corpo
físico nas suas obras materiais.
Cabe ao observador, ao cronista, ao crítico e ao
historiador recolher, examinar e divulgar os índices dos corpos físicos das
obras materiais do artista visual sul-rio-grandense.
Fig. 14– A atividade tridimensional na artes visuais esta ganhando artistas,
obras e a conquista do espaço público sul-rio-grandense, A Associação de
Escultores do Estado do Rio Grande do Sul buscar reunir e coordenador estas
energias. Com a aprovação da Lei Municipal de Porto Alegre, de nº 10.036 de
08 de agosto de 2006, existe um instrumento legal para estimular a profissionalização destes
setor da artes visuais
22.7 - Competências e limites
Nas
postagens anteriores não se tratou de biografias de artistas, mas do pensamento
que comandou os projetos, as realizações e as razões da conservação das obras
visuais no Rio Grande do Sul.
As competências e os limites do artista visual sul-rio-grandense na concepção,
criação física e os meios de circulação dependem do seu projeto. Porém este
projeto será viável, ou não, e colocado
no âmbito da infraestrutura modeladora da economia, das técnicas e
esperanças humanas. Porém não se trata não só de uma determinação de baixo para
cima. A irradiação desta potência afeta esta infraestrutura modeladora na
medida em que a erudição, o conhecimento e a preparação técnica e instrumental
do artista visual sul-rio-grandense se elevar e
consolidarem nas altas esfera da civilização.
Ana HOMRICH (1946 - ) sem título,
2010, dobragem de aço
Fig. 15– A obra de Ana HOMRICH desdobra a forma metálica, as mutações do brilho
e da luz, que incide sobre elas e sua sombra em espaço tridimensional. Ao se apropria dos produtos da ERA INDUSTRIAL
imprime-lhes sugestões poéticas coerentes com a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL e os seus
ambientes.
Em todas as etapas que as artes visuais no Rio
Grande do Sul foram coerentes com o pensamento que comandou os projetos, as
realizações e as razões da conservação das obras visuais. A esperança é de isto
continue a acontecer. Para esta continuidade são indispensáveis o exame, o
estudo e as conclusões relativas às obras de artes visuais produzidas no limite
deste Estado. Exame, estudo e conclusões que necessitam de profissionais
qualificados. Profissionais que tenham de fato - e de direito - condições de exercer seu
estudo, obter conclusões coerentes e fazê-las circular.
Este projeto está nos seus primórdios. Porém
apresenta belas promessas. Cabe, porém, o aviso de Marc Bloch (2001: 44) de que
“será preciso desaconselhar a prática da
história a todos os espíritos capazes de serem mais bem utilizados em outro
lugar, ou é como conhecimento que a história
terá de provar sua consciência limpa.”
Esta consciência limpa o historiador adquire no
âmbito da universidade na qual Max Weber[1]
percebe que a sua mais importante lição é a aprendizagem e a prática do hábito da integridade
intelectual. Âmbito para o qual Marcel Duchamp[2]
envia o artista.
22.8 - Uma ÉPOCA com obras
para mostrar
para mostrar
O fazer estético dos artistas visuais
sul-rio-grandenses está rompendo com as intrigas e os patrulhamentos
ideológicos vindos de fora e que se apresentam com ares de superioridade na
província. Se de um lado isto enseja uma intensa produção não significa que
esta quantidade signifique qualidade. Qualidade de algo que ira garantira a
permanência destas obras lastreadas por um pensamento de identidade, de
coerência interna e externa.
Quantidade que cansa o observador sem lhe retribuir
com algo permanente e agregador de uma atenção coletiva. Quantidade que corre o
perigo da vulgarização e de consequente descarte com mero trabalho condenada à
rápida e implacável obsolescência.
22.9 - A apropriação da arte na linha de montagem da
ERA INDUSTRIAL
O artista visual sul-rio-grandense continua ativo,
produtivo e apto a mostrar as obras resultantes do seu trabalho. Esta
evidenciação determina as novas circunstâncias.
[1] WEBER, Max. Sobre a universidade. São Paulo :
Cortez, 1989. 152 p
[2] DUCHAMP. Marcel
“O artista deve ir à universidade?Texto de uma alocução em inglês
pronunciada por Marcel Duchamp, num colóquio organizado em Hofstra em 13 de
maio de 1960. Consta em SANOULLET,
Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par.. Paris Flammarrion,
1991, pp. 236-239
Fig. 16– A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL já não possui tempo e nem paciência para dar atenção
para intrigas estéticas entre tendências estéticas antagônicas e pontuais, nem se fixa em cracas conceituais
ou se perde na metafísica imponderável que a anestesiam para o AQUI e o AGORA o
artista criador e o seu público . De
outra parte os seus recursos técnicos, humanos e conceituais permitem alcançar,
selecionar e se apropriar, sem depredar, as tendências estéticas de
todos os tempos e lugares..
[Clique sobre a imagem para poder
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22.10 - A
acumulação em nuvens e
esferas numéricas digitais,
recursos técnicos próprios e
os espaços físicos .
esferas numéricas digitais,
recursos técnicos próprios e
os espaços físicos .
Na
cena da ÉPO PÓS-INDUSTRIAL as acumulações[1]
de descartes, a espera da reciclagem, que atulham, que confundem e que desgastam
qualquer paciência. Acumulações constituídas por sebos de livros que ninguém lê,
por museus que se atulham de obras descartadas que ninguém pediu. Acumulações
em feiras que funcionam sem profissionais qualificados e são frequentados por
ociosos, atravessadores de ocasião além de algum de algum curioso incauta.
Neste cenário, da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL, o artista visual sul-rio-grandense continua
ativo, produtivo e apto a mostrar as obras resultantes do seu trabalho. Estas
novas circunstâncias, de outra infraestrutura material, necessitam de uma
lucidez, de uma criatividade nova e de uma sensibilidade única para escolher o
que faz sentido para esta sociedade, neste tempo e lugar específico. Este
sempre foi o caminho do artista em todos os tempos e lugares.
Para o
artista visual sul-rio-grandense não é o caminho - e nem deixará de ser - apesar
de todas os entulhos de descartes
provenientes de centro culturais que se querem de vanguarda, hegemônicos e
definitivos.
22.11 - A defesa da técnica e
da segurança institucional
da segurança institucional
Ao artista visual sul-rio-grandense cabe o direito
à liberdade permanente da pesquisa constante e incansável. Ao Estado a
segurança institucional na forma de fiel depositário dos contratos livremente
celebrados entre cidadãos e as suas organizações sociais, políticas e
econômicas.
O artista como cidadão que principia, que inova e
que questiona tudo o que contrário à vida e a sua expressão mais civilizada é
rotulado, pelo Estado, como um temerário
inútil neste seu odo de pensar e agir. De outra parte ao artista cabe reconhecer
que o sobre-humano e transcendência, que ele busca, não será possível sem a
imanência.
Fig. 17– Ao cotejar as forças ponderáveis e previsíveis das Ciências Exatas com os
campos livres e imponderáveis da Arte existem evidentes distinções entre os
dois. No entanto são polos opostos e contrários na aparência. Nesta aparente
contradição e oposição é possível trabalhar na complementariedade. Ciências Exatas necessitam da criatividade
e da inventividade das Artes. Em compensação as Artes podem exercer o seu poder
de transcender na medida em que a sociedade tiver um projeto, a economia for
sólida e a política tiver um pacto com leis conhecidas, respeitadas e praticadas efetivamente.
[Clique sobre a imagem para poder
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Imanência que inicia no seu atelier por meio do
domínio da linguagem, da técnica e do modo prático de agir. Imanência que
continua no OUTRO no modo deste olhar e perceber a obra de artes visuais produzida.
Imanência de uma sociedade dada e concreta para a qual nem tudo é possível em
todos os tempos. A relativa recente criação dos Estados Nacionais teve
concretamente as mais contraditórias expressões de amor e de ódio em relação ao
direito à liberdade permanente de o artista pesquisar de forma constante e de
maneira incansável.
A virtude não se encontra no meio termo. O ponto
deste equilíbrio é resultado de uma homeostase constante entre as forças contrarias da sociedade, da
economia e da política. A obra do artista materializa para os sentidos humanos
esta homeostase constante entre as forças contrárias
Fig. 18– As
expressões da música sul-rio-grandense sempre foram fortes e amplamente
divulgadas Brasil afora. Elis Regina foi
uma destas vozes com recepção unânime e com um uma rara fortuna de memória nacional e regional. Esta circulação o fortuna de
recepção são possíveis também nas artes visuais e que possuem muito pontos de
contato reciproco com a arte dos sons. Elis Regina também foi marcada pelo sul
da mesma forma do Maria Lídia Magliani nas palavras do crítico Jacob KLINTOWITZ. Diante disto foi desnecessária -
para ambas as artistas - qualquer “TIPOLOGIA GAÚCHA” de marketing e de
propaganda comercial.
22.12 - A memória das
obras da arte visuais
Não
faltam em Porto Alegre potencial para a atualização da inteligência estética. O
mesmo não pode ser dito em relação à PESQUISA PERMANENTE especialmente no plano
da reflexão e sua devida circulação entre os artistas e ampla divulgação no
meio cultural local
Assim
o projeto dirige-se em direção de abrir espaço e tempo para PESQUISA, para as
NARRATIVAS dos RESULTADOS e uma reflexão a partir do AGORA, do RIO GRANDE do
SUL e dos AGENTES de PESQUISA e de REFLEXÃO domiciliados no RIO GRANDE do SUL
Não é de procurar ou esperar uma síntese das obras
dos artistas visuais sul-rio-grandenses. Nem ao menos uma identidade comum e
única. Neste sentido não faltam tentativas como aquela do crítico Jacob
KLINTOWITZ quando escreveu (2013) em
relação à MAGLIANI:
“Os nossos invernos, as estações bem definidas, a
solidão da planície pampiana, a tradição de cultivar o essencial, o ascetismo
da formação gaúcha, tudo me fazia acreditar que ela bem representava o sul”.
A intensa migração para o meio urbano, os
campos dominados por fungicidas e herbicidas seletivos, por espécies vegetais e
animais transgênicos e as rotas
indicadas pelo GPS estão a espera de uma geração de artistas visuais criados e
educados nesta nova infraestrutura.
Fig. 19– A Associação Francisco Lisboa possui
como projeto manter formas públicas de pertencimento e de interação dos
profissionais das artes visuais com a sociedade civil do Rio Grande do Sul e
com os poderes constituídos do Estado do Rio Grande do Sul. Este projeto
mantido vivo por uma longa série de iniciativas, de ações e obras de associados
e de sucessivas direções renovadas desde 1938.
No amplo plano trata-se de escolher entre uma
sociedade aberta ou fechada. As artes visuais sul-rio-grandenses apontarão para
o risco, a ousadia e resultados sempre em jogo se o pacto social, politico,
técnico e econômico tender para a abertura democrática. No contraditório, se as
artes visuais sul-rio-grandenses emitirem nítidos sinais de estetização em
cânones legíveis, unívocos e previsíveis, serão índices de que elas enveredaram
pelas tendências econômicas, sociais e políticas fechadas e formais, como
aconteceu em todas as ditaduras de todos os tempos e lugares.
Na conclusão é necessário admitir que obra física
dos artista sul-rio-grandenses é primordial. A partir desta obra primordial os
seus observadores, cronistas, críticos e historiadores terão documentos para
configurar a identidade e os rumos de um projeto e de um pacto social e
econômico e político coerente com o lugar tempo e sociedade da qual emergem
estas obras físicas.
FONTES
NUMÉRICAS DIGITAIS
CIRCUNSTÂNCIAS
das ARTES VISUAIS
no RIO GRANDE do SUL na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL
DIACRONIA e SINCRONIA das ARTES VISUAIS do RIO
GRANDE do SUL nos seus ESTÁGIOS PRODUTIVOS.
ESCULTORES do
RIO GRANDE do SUL
EXPRESSÕES de AUTONOMIA da ARTE
no INSTITUTO de ARTES da UFRGS
GUARDIÕES de SEMENTES da ARTE do RIO GRANDE do
SUL
FONTES
BIBLIOGRÁFICAS das ARTES VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSE
HÉLIO FERVENZA na BIENAL de VENEZA
ISTO NÃO é ARTE: - Sumário
Júlio GHIORZI
MAGLIANI a solidão do corpo de RENATO ROSA o livro 2013 PDF
NOMES de ARTISTAS VISUAIS SUL-RIO-GRANDENSES
NICO ROCHA
No SANTANDER
CULTURAL
PINTURAS TUNEL
CONCEIÇÂO POA-RS
PROJETO
CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR e o SIGNIFICADO para o ESTADO.
TRANSFORMAR a CONTRADIÇÃO em COMPLEMENTARIEDADE.
Fig. 20 – Marciano SCHMITZ pertence a uma geração de artistas de Novo Hamburgo e
que se formaram no âmbito da ERA INDUSTRIAL
e cuja culminância foi a fabricação em série de objetos de couro. Esta
geração continua a sua produção e criação estética na ÉPOCA PÓS-IDUSTRIAL. As
suas obras retornaram para a proporção humana. De outra parte o ascético
exercício da TINTA sobre a SUPERFÌCIE ganhou a liberdade estética e se
distanciou da sina de servidão de
correntes estética das modas passageiras e impostas por centros hegemônicos que
necessitam de colônias de prosélitos a que impõe a sua vontade centralista, a
inteligência submissa e a sensibilidade
uniforme e unívoca.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS.
ALVES de
Almeida, José Francisco (1964). A Escultura pública de Porto Alegre –
História, contexto e significado – Porto Alegre: Artfólio, 2004 246 p.
ARENDT. Hannah
(1907-1975).Condition de l’homme moderne. Londres: Calmann-Lévy, 1983, 369 p. https://fr.wikipedia.org/wiki/Condition_de_l%27homme_moderne
ARTISTAS
PROFESSORES da UFRGS
- obras do acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. Porto Alegre : Ed. UFRGS, 2002. 127 p.
ATELIER LIVRE: 30 anos. Porto Alegre :
secretaria municipal de cultura/ Coordenação
de Artes Plásticas. 1992, 100p.
BLOCH, Marc (1886-1944). Introdução à História.3ª. ed. Lisboa: Europa- América 1976
179 p
----------- APOLOGIA da HISTÓRIA ou O Ofício de Historiador – Edição comentada
por Étienne Bloch – Prefácio Jacques le Goff – Rio da Janeiro: Jorge Zahar 2001
-159 p ISBN 978-85-7110-609-3
BOURDIEU, Pierre . Economia
das trocas simbólicas. São Paulo: EDUSP- Perspectiva
1987 361p.
DUCHAMP. Marcel “O artista deve ir
à universidade?Texto
de uma alocução em inglês pronunciada por Marcel Duchamp, num colóquio
organizado em Hofstra em 13 de maio de 1960.
Consta em SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par..
Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239
GONÇALVES
Flávio A disciplina do deslocamento in Projeto Percurso do Artista
2010: Nico Rocha/ catálogo da exposição organizada pelo Departamento de Difusão
Cultural da UFRGS: artista Luiz Antônio Carvalho da Rocha. Porto Alegre: UFRGS
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MATURANA
R., Humberto (1928-) e VARELA. Francisco (1946-). El árbol del conocimiento: las bases biológicas del conocimiento
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MELLO, Evaldo Cabral de (1936 ) A fronda dos mazombos nobres contra
mascates: Pernambuco 1666-1735- São Paulo: companhias as Letras.1995 30 p
IBSN 85-7164-563-5
ROCHA Nico Sobre processo e pensamento in
Projeto Percurso do Artista 2010: Nico Rocha/ catálogo da exposição organizada
pelo Departamento de Difusão Cultural da UFRGS: artista Luiz Antônio Carvalho
da Rocha. Porto Alegre: UFRGS 2011, pp.45-83 ir
WEBER, Max. Sobre
a universidade. São Paulo: Cortez, 1989. 152 p
Fig. 21 – Maria Annita TOLLENS LINCK elevou a cerâmica ao nível erudito e
formou uma geração de ceramistas sul-rio-grandense. Nesta erudição
legitimou esta técnica para se constituir num meio de criação estética e
libertando-a da sina de servidão e uso exclusivo utilitário
POSTAGENS
RELATIVAS e FUNDANTES deste CICLO das LEITURAS ICONOLÓGICAS SUL-RIO-
GRANDENSES.
176 – Grupo de pesquisa da
AAMARGS. 09 de AGOSTO de 2016
O Grupo de Pesquisadores é uma
resposta ao pedido da presidência da Associação de Amigos do Museu de Arte do
Rio Grande do Sul (AAMARGS). A AAMARGS é a instituição legal[1]
e a contrapartida da Sociedade Civil ao Estado do Rio Grande do Sul que criou
e mantém o Museu de Arte desde 1954.
177 – ICONOGRAFIA INDÍGENA
SUL-RIO-GRANDENSE. 15 de AGOSTO de 2016
Artes visuais indígenas sul-rio-grandenses
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses –
178 – ICONOGRAFIA
MISSIONEIRA SUL-RIO-GRANDENSE. 21 de AGOSTO de 2016
O projeto civilizatório jesuítico no Rio Grande do Sul
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses – 04
179 – ICONOGRAFIA AFRO
SUL-RIO-GRANDENSE. 26 de AGOSTO de 2016
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses – 05
180 –
ICONOGRAFIA SUL-RIO-GRANDENSE. 07 de SETEMBRO de
2016
O projeto iluminista no Rio Grande do Sul.
13.02 - UMA
OBRA das ARTES VISUAIS AÇORIANAS
SUL-RIO-GRANDENSES
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses – 06
181 –
ICONOGRAFIA SUL-RIO-GRANDENSE. 12 de SETEMBRO de
2016
O projeto imperial na província
sul-rio-grandense
14.0 - Uma obra de Manuel Araújo Porto-alegre como índice da busca da autonomia das
artes visuais brasileiras que se moveram no paradigma político da independência
em oposição ao paradigma do vassalo colonial dependente.
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses – 07
182 –
ICONOGRAFIA SUL-RIO-GRANDENSE. 19 de SETEMBRO de
2016
O projeto imperial é substituído pelo projeto republicano
sul-rio-grandense
15.0 - Uma obra de Pedro Weingärtner
colocada entre os paradigmas imperiais e os republicanos brasileiros.
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses – 08
183 – ICONOGRAFIA SUL-RIO-GRANDENSE. 28 de SETEMRO de 2016
16.0 - Dos primórdios do ILBA-RS e a sua
Escola de Artes Uma OBRA de LIBINDO FERRÁS como índice da
origem da PINACOTECA do INSTITUTO de
ARTES da UFRGS
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/09/183-iconografia-sul-rio-grandense.html
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses – 09
184 –
ICONOGRAFIA SUL-RIO-GRANDENSE. 04 de OUTUBRO de 2016
17.0 – Uma obra de Francis Pelichek como índice
das artes visuais do Rio Grande do Sul e
de um estrangeiro com olhar maravilhado que criou com carinho e
competência profissional a partir da cultura local
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses – 10
185 –
ICONOGRAFIA SUL-RIO-GRANDENSE. 12 de OUTUBRO de 2016
19.0 - Uma obra de Ado Malagoli: um artista visual
erudito paulista como agente
institucional de um projeto civilizatório no Rio Grande do Sul
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses – 11
186 – ISTO É ARTE SUMÁRIO
do 7º ANO do BLOG: ISTO é ART
16 de Outubro de 2016
187 –
ICONOGRAFIA SUL-RIO-GRANDENSE. 21 de
Outubro de 2016
18.0 - Obras do espanhol FERNANDO
CORONA como agente
ativo e identificado positivamente com a cultura do Rio Grande do Sul.
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses –
188 –
ICONOGRAFIA SUL-RIO-GRANDENSE. 25 de Outubro de 2016
20.0 - Uma obra de artes visuais do cidadão Iberê
Camargo.
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses – 13
189 –
ICONOGRAFIA SUL-RIO-GRANDENSE. 29 de Outubro de 2016
21 - Obras de
MAGLIANI como
índices ativos e identificados positivamente com a condição humana da vida na
cultura do Rio Grande do Sul.
Continuação e complemento de Artes Visuais
sul-rio-grandenses – 14
[1] - A AAMARGS teve o seu Estatuto aprovado em Assembleia
Geral Extraordinária em 05.11.2013 e registrado no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas de Porto Alegre em 21.01.2014
Fig. 22 – O eixo horizontal da paralelo
30º Sul confere ao território do Rio Grande do Sul um clima no qual o frio
antártico do vento Minuano se defronta com o mormaço amazônico e que se
equilibram reciprocamente neste espaço terrestre . Território servido por
um mar de água doce, situado numa placa tectônica estável firme, sem terremotos
e com relevo que favorecem animais vegetais de todas as latitudes. As artes
visuais, praticadas neste território,
refletem e expressam estas condições telúricas.
[Clique sobre o mapa para poder ler)
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