AS ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL.
Nunca tantos dependeram de tão poucos, como daqueles que
transfiguraram as ARTES
VISUAIS no RIO GRANDE do SUL em narrativas. Entre estes poucos despontam nomes
que dedicaram toda a sua existência a esta atividade. Estes poucos são
considerados como os “GUARDIÕES das SEMENTES
das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL”[1]
nos textos que seguem. Estes “guardiões”
constituem as fontes de uma PRIMEIRA SELEÇÃO de FONTES de REVISÃO de DADOS para a construção da presente narrativa. Estes
“guardiões” nos conduzem ao caminho da ampliação progressiva do repertório
bibliográfico[2]
disponível, além de uma firme motivação, para este trabalho nas Artes Visuais
do Rio Grande do Sul. Se este repertório parece grande, ele é mínimo diante de
outras culturas. Além da língua nacional, estes são, mormente, do século XX e
com limitadíssimas tiragens e com precária circulação. Nesta revisão
bibliográfica as narrativas espelham as circunstâncias em que os seus autores realizaram
a sua obra e a fizeram circular. Este corpo bibliográfico, e seus autores,
constituem um “corpus” de uma História que se coloca, aqui, como um portal de entrada e um mapa orientador
do percurso deste esboço de História das
ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL.
[1] GUARDIÕES
das SEMENTES das ARTES VISUAIS do RIO
GRANDE do SUL
[2] FONTES
BIBLIOGRÁFICAS da ARTE
SUL-RIO-GRANDENSE.
Foto
do Arquivo de
Iara NONNENKAMP
Presenças de Christina Hellfensteteller BALBÃO
(1917-2007 ( 1ª a esquerda na frente ) e de Ruth MALAGOLI (1914-2015) ( de azul
marinho),
O dia 05 de dezembro de 2002 marcou a culminância dos encontros no Museu
de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) de um grupo de pessoas que ao longo deste
ano havia se debruçado sobre os problemas da transformação das obras de arte em
comunicação e educação humana. Grupo
voluntário constituído por monitores e facilitadores da Associação dos Amigos
do MARGS. Christina BALBÃO e Ruth MALAGOLI haviam exercido esta função desde os
primórdios do MARGS, como tais deram depoimentos e orientações ao grupo desta
imagem.
Esta revisão nos conduz ao problema
da investigação. Problema para construir
uma narrativa para contemplar um quadro geral das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL nas diversas e
sucessivas etapas políticas, econômicas e sociais. O núcleo deste problema é
que a Arte pertence ao campo da EXPRESSÃO e a narrativa ao campo da COMUNICAÇÃO.
Portanto o problema operacional consiste em transfigurar
as ARTES VISUAIS no RIO
GRANDE do SUL em NARRATIVAS legíveis e unívocas. O problema técnico é buscar
e construir pontes entre a EXPRESSÃO e a COMUNICAÇÃO. Na construção destas
pontes recorre-se aos “guardiões” e ao repertório bibliográfico que apontam. Num exame superficial a consulta a estas fontes faz saltar este problema
aos olhos. Estas fontes sinalizam
a diversidade, as contradições e até a falta de
um pacto social, econômico ou político
unívoco, legível e consequente. Cada uma
destas forças atomiza o paradigma oposto e coloca-se como
hegemônico e único. Assim o
problema passa a ser entender, descrever e comunicar o
que ocorreu, e ocorre, no campo nas
ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL.
Porto
Alegre as 16h15min de 20 de maio de 2015.,
A Presidente Ilíta PATRÍCIO auxiliada por Beth
RAMACCIOTI, Dione MARQUES, Dirce ZALEWSKY tratam com Círio SIMON a possibilidade de constituir
um grupo de pesquisas sob a patrocínio da AAMARGS.
Imagem da reunião preliminar na Associação dos Amigos do Museu de Arte
do Rio Grande do Sul (AAMARGS) na ocasião dos contatos para oferecer a
oportunidade de um grupo de pesquisas das artes visuais do estado do Rio
Grande do Sul.. Estas atividades foram comunicadas à
direção do MARGS que tomou conhecimento do início e os seus desdobramentos por
meio das sucessivas atas dos encontros deste grupo.
No contraditório estas atomizações, fragilidades, carências e, contradições não impedem tentativas de novos
paradigmas descritivos
para transformar estas narrativas em complementariedades.
O problema de
transformar as contradições
em complementariedades conduz
preliminarmente para a hipótese de que é “possível uma reescrita das ARTES VISUAIS
no RIO GRANDE do SUL a partir
da referência empírica do TEMPO, do LUGAR e da SOCIEDADE na qual agem e produzem como campo de forças autônomas”. Esta possibilidade de reescrita é
reforçada pelas novas potencialidades das técnicas numéricas digitais aplicadas
à coleta, à análise, ao estudo e à comunicação dos resultados.
Um dos objetivos destas
novas narrativas, investigações e
narrativas é percorrer, assinalar
e incluir o novo material logístico
disponível. Nestas revisões é fundamental garantir a reversibilidade para as fontes destas narrativas
Nesta narrativa não se busca nenhum produto pronto e definitivo. Também
não se busca solucionar o problema. Ao contrário, admite-se o problema como estímulo para o uso de
uma metodologia competente e
coerente para faze brotar um imenso repertório de desafios. Estes desafios conduzem
ao campo da linguagem. Neste campo da linguagem constrói-se glossário[1]
auferido na literatura a mais próxima possível das ARTES VISUAIS. A hipótese
secundária é e que a natureza das narrativas históricas - como aqueles dos
atuais recursos numéricos digitais - estão em constantes mudanças e nunca são
definitivos. Nestas constantes mudanças acredita-se que todas as narrativas,
que se possam realizar - mesmo aquelas técnicas mais adiantadas - são
arrastadas para uma obsolescência imediata. Esta obsolescência atinge as
narrativas históricas. Obsolescência que impõe
a obrigação de outra e nova
escritura coerente e simétrica com cada
novo TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE.
Nas divisões da tarefa da descrição
busca-se o modelo teórico e operacional da DIACRONIA e da SINCRONIA. Na
DIACRONIA privilegiam-se as etapas da politica da ocupação do atual território
do Rio Grande do Sul. Na SINCRONIA observa-se e se registra o desenvolvimento
material e técnico presentes em cada etapa desta mesma política.A atenção para
esta interação de SINCRONIA e DIACRONIA seleciona o que se julga relevante nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do
SUL. O limite do lugar é a célula geográfica do Rio Grande do Sul. Na
DIACRONIA a narrativa resulta do contínuo temporal das divisões
cronológicas. A tarefa da SINCRONIA é buscar a interação simultânea da carga simbólica e
estética de acumulados em cada um destes períodos.
As avaliações das
narrativas, do presente volume, ocorreram ao longo do ano de 2015. Consistiu em
reuniões públicas semanais, de um grupo permanente de pesquisa da Associação de
Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul [AAMARGS]. Cada integrante deste grupo recebeu DVD’s contendo
os textos do presente volume. Estes mesmos textos oram disponibilizados no espaço numérico
digital de um blog destinado especificamente ao campo das artes[2] . Este grupo se propôs como tema a “PESQUISA na HISTÓRIA das ARTES VISUAIS no RIO
GRANDE do SUL”. Este Grupo de Pesquisas fixou-se na SÚMULA da “coleta, analisa, sistematiza e socialização
dos conhecimentos, as metodologias as informações disponíveis em relação às
etapas históricas das formas de expressão das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do
SUL nas diversas e sucessivas etapas políticas, econômicas e sociais”.
Frente
ao MARGS – Praça da Alfândega – Porto Alegre 14h15min de 18 de agosto de 2015
A imagem pode ilustrar o conceito de PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSATÓRIO
da VIOLÊNCIA que o cidadão delega ao seu ESTADO NACIONAL. A imagem ocasional - registrada da parte externa do MARGS - é um índice
múltiplo. De um lado simboliza este projeto. Do outro evidencia a continuidade do processo e dos conflitos
irreconciliáveis entre paradigmas na
ocupação do território político, econômico e social do Rio Grande do Sul.Numa
outra leitura pode significar a guarda e a segurança do patrimônio material com
os elementos simbólicos de um povo, de uma época e de um lugar físico.
A escolha
do MUSEU de ARTE do RIO GRANDE do SUL constitui uma instituição cuja
competência é para todo o estado. Ela não possui nenhum adjetivo redutor e é
destinado a todas as manifestações de Arte. Neste ambiente institucional amplo
a AAMARGS trabalha na interação entre o espaço público governamental e a
sociedade civil organizada para o cultivo das artes a parir da sua
materialidade. Nesta materialidade significativa segue-se Souza Junior 2014: p. 09 [1].
“Para
manter unidos os sujeitos de um grupo são necessários muitos elementos
simbólicos em comum além da coabitação [...] O processo da conscientização
sobre a dimensão de um patrimônio material é o primeiro passo para nos apropriarmos
da responsabilidade que acarreta o seu usufruto”
A
obra de arte é primordial na medida em que ela conecta o patrimônio material com
os elementos simbólicos de um povo (Volksgeist), de uma época (Zeitgeist) e de um lugar físico (Weltgeist).
SUMÁRIO da
SÉRIE de POSTAGENS
ARTE no RIO GRANDE do SUL
[esta série desenvolve o tema “ARTE no RIO
GRANDE do SUL” disponível em http://www.ciriosimon.pro.br/his/his.html ]
001 – Introdução e sumário da ARTE
no RIO GRANDE do SUL ..................pp. I - IX
123 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 01...................p.
001
GUARDIÕES das SEMENTES das ARTES
VISUAIS do RIO GRANDE do SUL
124 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 02................p.
037
DIACRONIA e
SINCRONIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL nos seus ESTÁGIOS PRODUTIVOS.
125 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 03...................p.
062
Artes visuais indígenas sul-rio-grandenses
126 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 04......................p.
089
O projeto civilizatório jesuítico e a Contrarreforma no Rio Grande do
Sul
127 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 05........................p.
128
Artes visuais afro--sul-rio-grandenses
128 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 06......................p.
169
O projeto iluminista contrapõe-se ao projeto da Contrarreforma no Rio
Grande do Sul.
129 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 07..................p.
195
A província sul-rio-grandense
diante do projeto imperial brasileiro
130 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 08..................p.
238
A arte no Rio Grande do Sul diante de projeto republicano
131 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 09....................p.
275
Dos primórdios do ILBA-RS
e a sua Escola de Artes até a Revolução
de 1930
132 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 10.....................p.
363
A ARTE no RIO GRANDE do
SUL entre 1930 e 1945
133 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 11...................p.
420
O projeto da democratização da arte após 1945.
134 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 12...............p.
469
A ARTE e a ARQUITETURA em AUTONOMIA no RIO GRANDE do SUL
135 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 13................p.
490
A ARTE no RIO GRANDE do SUL entre 1970 e 2000
136 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 14..................p.
521
A ARTE no RIO
GRANDE do SUL entre 1985 e 2015
121 - ESTUDOS de ARTE 018. .......................................................p.
568
DUCHAMP a
GUISA de CONCLUSÃO: “O ENTE no SER ARTISTA”.
138 – ARTE no RIO
GRANDE do SUL – 16.................p.
589
NOMES de ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES.
0.139- ISTO é
ARTE: GLOSSÁRIO........................................p.
602
HISTÓRIA das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do
SUL:
GLOSSÁRIO e BIBLIOGRAFIA de TÓPICOS da TEORIA
140
– ARTE no RIO GRANDE do SUL – 15 ..........p.
683
FONTES BIBLIOGRÁFICAS da ARTE SUL-RIO-GRANDENSE.
[1] SOUZA JUNIOR, José Geraldo de – IDENTIDADE in Registro arquitetônico da Universidade de
Brasília - Andrey Rosethal SCHLEE ... [ et al..] Brasília: Editora Universidade
de Brasília, 2014 152 p. ISBN 978-85-230-1106-2
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