quarta-feira, 11 de novembro de 2015

001 – Introdução e sumário da ARTE no RIO GRANDE do SUL - 0

AS ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL.
Nunca tantos dependeram de tão poucos, como daqueles que transfiguraram as ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL em narrativas. Entre estes poucos despontam nomes que dedicaram toda a sua existência a esta atividade. Estes poucos são considerados como os “GUARDIÕES das SEMENTES das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL”[1]  nos textos que seguem. Estes “guardiões” constituem as fontes de uma PRIMEIRA SELEÇÃO de FONTES de REVISÃO de DADOS  para a construção da presente narrativa. Estes “guardiões” nos conduzem ao caminho da ampliação progressiva do repertório bibliográfico[2] disponível, além de uma firme motivação, para este trabalho nas Artes Visuais do Rio Grande do Sul. Se este repertório parece grande, ele é mínimo diante de outras culturas. Além da língua nacional, estes são, mormente, do século XX e com limitadíssimas tiragens e com precária circulação. Nesta revisão bibliográfica as narrativas espelham as circunstâncias em que os seus autores realizaram a sua obra e a fizeram circular. Este corpo bibliográfico, e seus autores, constituem um “corpus” de uma História que se coloca, aqui,  como um portal de entrada e um mapa orientador do percurso deste esboço de História das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL.



[1] GUARDIÕES das  SEMENTES das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL

Foto do Arquivo de Iara NONNENKAMP
 Presenças de Christina Hellfensteteller BALBÃO (1917-2007 ( 1ª a esquerda na frente ) e de Ruth MALAGOLI (1914-2015) ( de azul marinho),
O dia 05 de dezembro de 2002 marcou a culminância dos encontros no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) de um grupo de pessoas que ao longo deste ano havia se debruçado sobre os problemas da transformação das obras de arte em comunicação e educação humana.   Grupo voluntário constituído por monitores e facilitadores da Associação dos Amigos do MARGS. Christina BALBÃO e Ruth MALAGOLI haviam exercido esta função desde os primórdios do MARGS, como tais deram depoimentos e orientações ao grupo desta imagem.

Esta revisão nos conduz ao problema da investigação. Problema para construir uma narrativa para contemplar um quadro geral das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL nas diversas e sucessivas etapas políticas, econômicas e sociais. O núcleo deste problema é que a Arte pertence ao campo da EXPRESSÃO e a narrativa ao campo da COMUNICAÇÃO. Portanto o problema operacional consiste em transfigurar as ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL em NARRATIVAS legíveis e unívocas.  O problema técnico é buscar e construir pontes entre a EXPRESSÃO e a COMUNICAÇÃO. Na construção destas pontes recorre-se aos “guardiões” e ao repertório bibliográfico que apontam. Num exame superficial a consulta a estas fontes faz saltar este problema aos olhos. Estas fontes sinalizam a diversidade, as  contradições e até a falta de um pacto social,  econômico ou político unívoco, legível e consequente.  Cada uma destas forças  atomiza o paradigma oposto e coloca-se como hegemônico e único. Assim o problema passa a ser entender, descrever e comunicar o que ocorreu, e ocorre, no campo nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL
Porto Alegre as 16h15min de 20 de maio de 2015.,
A Presidente Ilíta PATRÍCIO auxiliada por Beth RAMACCIOTI, Dione MARQUES, Dirce ZALEWSKY tratam  com Círio SIMON a possibilidade de constituir um grupo de pesquisas sob a patrocínio da AAMARGS.   
Imagem da reunião preliminar na Associação dos Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (AAMARGS) na ocasião dos contatos para oferecer a oportunidade de um grupo de pesquisas das artes visuais do estado do  Rio  Grande do Sul.. Estas atividades foram comunicadas à direção do MARGS que tomou conhecimento do início e os seus desdobramentos por meio das sucessivas atas dos encontros deste grupo.

No contraditório estas atomizações, fragilidades, carências e, contradições não impedem tentativas de novos paradigmas descritivos para transformar estas narrativas em complementariedades.
 O problema de transformar as contradições em complementariedades conduz preliminarmente para a  hipótese de que é possível uma reescrita das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL a partir da referência empírica do TEMPO, do LUGAR e da SOCIEDADE na qual  agem e produzem como  campo de forças autônomas.  Esta possibilidade de reescrita é reforçada pelas novas potencialidades das técnicas numéricas digitais aplicadas à coleta, à análise, ao estudo e à comunicação dos resultados.
Um dos objetivos destas novas narrativas, investigações e  narrativas é percorrer,  assinalar e incluir  o novo material logístico disponível. Nestas revisões é fundamental garantir a reversibilidade para as fontes destas narrativas
Nesta narrativa não se busca nenhum produto pronto e definitivo. Também não se busca solucionar o problema. Ao contrário, admite-se o problema como estímulo para o uso de uma metodologia competente e coerente para faze brotar um imenso repertório de desafios. Estes desafios conduzem ao campo da linguagem. Neste campo da linguagem constrói-se glossário[1] auferido na literatura a mais próxima possível das ARTES VISUAIS. A hipótese secundária é e que a natureza das narrativas históricas - como aqueles dos atuais recursos numéricos digitais - estão em constantes mudanças e nunca são definitivos. Nestas constantes mudanças acredita-se que todas as narrativas, que se possam realizar - mesmo aquelas técnicas mais adiantadas - são arrastadas para uma obsolescência imediata. Esta obsolescência atinge as narrativas históricas. Obsolescência que impõe  a obrigação de  outra e nova escritura coerente  e simétrica com cada novo TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE.
Nas divisões da tarefa da descrição busca-se o modelo teórico e operacional da DIACRONIA e da SINCRONIA. Na DIACRONIA privilegiam-se as etapas da politica da ocupação do atual território do Rio Grande do Sul. Na SINCRONIA observa-se e se registra o desenvolvimento material e técnico presentes em cada etapa desta mesma política.A atenção para esta interação de SINCRONIA e DIACRONIA seleciona o que se julga relevante nas ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL. O limite do lugar é a célula geográfica do Rio Grande do Sul. Na DIACRONIA a narrativa resulta do contínuo temporal das divisões cronológicas. A tarefa da SINCRONIA é buscar a interação simultânea da carga simbólica e estética de acumulados em cada um destes períodos.
As avaliações das narrativas, do presente volume, ocorreram ao longo do ano de 2015. Consistiu em reuniões públicas semanais, de um grupo permanente de pesquisa da Associação de Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul [AAMARGS].  Cada integrante deste grupo recebeu DVD’s contendo os textos do presente volume. Estes mesmos textos oram disponibilizados no espaço numérico digital de um blog destinado especificamente ao campo das artes[2] .  Este grupo se propôs como tema a “PESQUISA na HISTÓRIA das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL”.  Este Grupo de Pesquisas fixou-se na SÚMULA da “coleta, analisa, sistematiza e socialização dos conhecimentos, as metodologias as informações disponíveis em relação às etapas históricas das formas de expressão das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL nas diversas e sucessivas etapas políticas, econômicas e sociais”.
Frente ao MARGS – Praça da Alfândega – Porto Alegre 14h15min de 18 de agosto de 2015
A imagem pode ilustrar o conceito de PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSATÓRIO da VIOLÊNCIA que o cidadão delega ao seu ESTADO NACIONAL. A imagem ocasional - registrada da parte externa do MARGS - é um índice múltiplo. De um lado simboliza este projeto. Do outro evidencia a  continuidade do processo e dos conflitos irreconciliáveis entre  paradigmas na ocupação do território político, econômico e social do Rio Grande do Sul.Numa outra leitura pode significar a guarda e a segurança do patrimônio material com os elementos simbólicos de um povo, de uma época e de um lugar físico.

 A escolha do MUSEU de ARTE do RIO GRANDE do SUL constitui uma instituição cuja competência é para todo o estado. Ela não possui nenhum adjetivo redutor e é destinado a todas as manifestações de Arte. Neste ambiente institucional amplo a AAMARGS trabalha na interação entre o espaço público governamental e a sociedade civil organizada para o cultivo das artes a parir da sua materialidade. Nesta materialidade significativa segue-se Souza Junior 2014: p. 09 [1].
Para manter unidos os sujeitos de um grupo são necessários muitos elementos simbólicos em comum além da coabitação [...] O processo da conscientização sobre a dimensão de um patrimônio material é o primeiro passo para nos apropriarmos da responsabilidade que acarreta o seu usufruto
A obra de arte é primordial na medida em que ela conecta o patrimônio material com os elementos simbólicos de um povo (Volksgeist), de uma época (Zeitgeist)  e de um lugar físico (Weltgeist).


SUMÁRIO da
SÉRIE de  POSTAGENS ARTE no RIO GRANDE do SUL
[esta série desenvolve o tema “ARTE no RIO GRANDE do SUL” disponível em http://www.ciriosimon.pro.br/his/his.html  ]


001 – Introdução e sumário da ARTE no RIO GRANDE do SUL ..................pp. I - IX

123 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 01...................p. 001
GUARDIÕES das  SEMENTES das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL

124 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 02................p. 037
DIACRONIA e SINCRONIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL nos seus ESTÁGIOS PRODUTIVOS.

125 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 03...................p. 062
Artes visuais indígenas sul-rio-grandenses

126 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 04......................p. 089
O projeto civilizatório jesuítico e a Contrarreforma no Rio Grande do Sul

127 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 05........................p. 128
Artes visuais afro--sul-rio-grandenses

128 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 06......................p. 169
O projeto iluminista contrapõe-se ao projeto da Contrarreforma no Rio Grande do Sul.

129 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 07..................p. 195
A província sul-rio-grandense  diante do projeto imperial brasileiro

130 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 08..................p. 238
A arte no Rio Grande do Sul diante de projeto republicano

131 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 09....................p. 275
Dos primórdios do ILBA-RS e  a sua Escola de Artes até a Revolução de  1930
132 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 10.....................p. 363
A ARTE no RIO GRANDE do SUL  entre 1930 e 1945
133 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 11...................p. 420
O  projeto da democratização da arte após 1945.

134  – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 12...............p. 469
A ARTE e a ARQUITETURA em AUTONOMIA no RIO GRANDE do SUL
135  – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 13................p. 490
A ARTE no RIO GRANDE do SUL entre 1970 e 2000

136  – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 14..................p. 521
A ARTE no RIO GRANDE do SUL entre 1985 e 2015
121 - ESTUDOS de ARTE 018. .......................................................p. 568
DUCHAMP a GUISA de CONCLUSÃO: “O ENTE no SER ARTISTA”.
138 ARTE no RIO GRANDE do SUL – 16.................p. 589
NOMES de ARTISTAS SUL-RIO-GRANDENSES.

0.139- ISTO é ARTE:  GLOSSÁRIO........................................p. 602
HISTÓRIA das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL:
 GLOSSÁRIO e BIBLIOGRAFIA  de TÓPICOS da TEORIA

140 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 15  ..........p. 683
FONTES BIBLIOGRÁFICAS da  ARTE SUL-RIO-GRANDENSE.



[1] SOUZA JUNIOR, José Geraldo de – IDENTIDADE in  Registro arquitetônico da Universidade de Brasília - Andrey Rosethal SCHLEE ... [ et al..] Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2014 152 p. ISBN 978-85-230-1106-2

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