sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ISTO é ARTE - 051



EMÍLIO SESSA
um
olhar italiano no Rio Grande do Sul. 

Fig. 01 – O apoio financeiro da Caixa Econômica Federal  sublinha,  confere um suporte digno à obra do artista Emílio Sessa. Tal apoio  transcende, em muito,  um mote de propaganda e marketing empresarial. Nesta elevada transcendência este apoio sustenta um projeto civilizatório compensador a mais elevada possível. Projeto civilizatório compensador da qual este artista foi a semente depois de passar pela destruição de sua pátria que este entregues ao um tresloucado marketing e propaganda tresloucados e muito longe de tudo o que é civilizado

Este blog teve oportunidade de registrar, no dia 30 de outubro de 2009, a efeméride do 1º aniversário do Instituto Cultural Emílio Sessa (ICES). Registra-se agora, três anos depois, o lançamento de primorosa obra impressa como resultado entre os muitos resultantes da ação continuada desta valorosa equipe.

Doberstein, 2012 , capa -detalhe
Fig. 02 – O lançamento oficial do livro  “Emilio Sessa – primeiro tempo”,  no dia 29 de outubro de 2012, as 19h00, no dito “Palacinho” de Porto Alegre, é mais um mérito do trabalho de grupo do ICES A obra gráfica que materializa uma aula de objetividade, narrativas coerentes e uma produção gráfica a altura do esmero, cuidado e bom gosto do biografado.  A mensagem dsta obra material é reforçada pelo mundo virtual de um site, de um blog e um boletim em permanente movimento e atualização..

O enfoque deste blog é mais institucional. O artista Emílio Sessa já se encontra fisicamente em outra dimensão. Porém, os seus pensamentos e as suas obras permanecem e carregam o máximo deste artista no mínimo de sua frágil forma. Além de entregues à uma cultura como a nossa, carente de soluções mínimas de necessidades humanas básicas, as obras e o pensamento do mestre correm duplo perigo numa cultura entrópica. Nestas circunstâncias o trabalho institucional torna-se crucial, urgente e produtivo para a obra de Arte e para a memória da vida dos seus autores. Nesta direção o ICES esta tratando de reunir, estudar catalogar e divulgar a obra e pensamento plástico de Emílio Sessa para um novo mundo de observadores e desafiado por esta dupla urgência e fragilidade.

Doberstein, 2012 , p.147
Fig. 03 – Emilio Sessa, a sua família,  como os seus colegas da Missão Artística, estavam impregnados da cultura italiana. Nesta singularidade cultivavam a competência construída ao redor do projeto peninsular  continuado, renovado e reproduzido nos variados locais, climas e tempos em tendências coerentes. A tecnologia foi humanizada,  pela cultura italiana, através de todos os tempos e lugares. Humanização proporcional ao ambiente cultural e ecológico e  expresso na música, na moda, na mesa, nos objetos, nas ferramentas de trabalho e de lazer como a Lambreta pilotada pelo artista Emílio Sessa com os filhos na carona.

Trata-se do olhar neutral de estrangeiro de Emílio Sessa e da forma como ele orientou os olhares e orientou o pensamento local. Olhar que continua a frutificar, quase duas décadas, no local onde trabalhou num  profícuo labor no auge de sua vida somática e mental. O seu olhar civilizado, esteticamente carregado do melhor que a Itália produzia contribuiu e orientou aquilo que ele trouxe como uma semente para ativar uma nova civilização no Rio Grande do Sul. A reprodução deste olhar fecundo está entregue, agora, aos companheiros do Instituto, que leva o seu nome e no qual se perfila um dos seus filhos. O livro é uma prova material e qualificada desta fecundidade do mestre italiano na cultura sul-rio-grandense.

Doberstein, 2012 , p.33 - detalhe
Fig. 04 – Os artistas Aldo Locatelli, Atílio Pisoni e Emílio Sessa trabalhando juntos no mural do Aeroporto de Porto Alegre. Ao modo da Missão Artística Francesa, vinda ao Brasil em 1816 e depois de debacle do Império Napoleônico  pode-se falar de Missão Artística Italiana no Rio Grande do Sul após o debacle da II Guerra Mundial. Ambas as Missões trabalharam em obras públicas e particulares
Na foto esta Missão os três estão junto a um mural  temática da aviação que celebra os seus precursores, trabalhadores, potencialidades  e riscos. Esta equipe  estava desenvolvendo um tema de um modo transporte  que os seus membros usavam  frequentemente nos seus deslocamentos no imenso território brasileiros e nas suas conexões com a sua pátria de origem. Porém o ambiente cultural não forneceu todos os elementos necessários para assegurar o pleno desenvolvimento do potencial de um projeto destes e dos seus agentes.  Muito menos a cultura local permitia a reprodução institucional autônoma desta Missão Artística Italiana no Rio Grande do Sul.

A neutralidade do olhar estrangeiro lhe confere autoridade na concepção de Georg Simmel. O primeiro olhar sobre o Novo Mundo foi de um italiano bem como daquele que teve a autoridade reconhecida para conferir-lhe o nome de América. Na senda aberta - por estes dois olhares pioneiros - milhões de compatriotas atravessaram o Atlântico. Aqui ajudaram a projetar, erguer e desenvolver as bases de uma nova civilização apesar de culturas milenares fundarem e desenvolverem  aqui portentosas civilizações, antes dos europeus chegar.
No Brasil não foi diferente. No Rio Grande do Sul a massiva imigração de 1875 foi precedida e continuada por outras levas e milhares de agentes avulsos. Evidente a Península itálica é um mosaico de culturas e que estes migrantes receberam, no RS, arbitrariamente uma unidade que não possuem de fato na sua origem e apenas unificada em 1870. O mesmo reducionismo local pode ser apontado em relação aos eslavos, alemães, espanhóis, orientais e mesmo lusitanos. Uma nova pátria, nação e Estado, mesmo o brasileiro,  exerce este pedágio no rumo da sua própria unidade.

Achutti, 2005 , foto - detalhe
Fig. 05 – Na obra, reproduzida acima, é possível perceber elementos do padrão infinito islâmico, do ícone bizantino e, de forma decisiva e coerente, a humanização figurativa das mensagens sacras dos textos bíblicos na ampla e complexa tradição europeia. Esta coerência é mérito tanto de Emílio Sessa, o projetista e realizador  desta obra, da Missão Artística Italiana integrava por ele e de quem realizou o  contrato, sustentou e manteve para que esta obra chegasse ao nosso tempo

Emílio Sessa (*10.08.1913 - †02,02.1990)  trouxe o olhar e a cultura  italiana ao  Rio Grande do Sul e aqui trabalhou de 1948 até 1965. Num balanço geral é possível afirmar que ele deixou aqui muito mais do que recebeu. Este capital material e imaterial contém contribuições, só no terreno das artes, mas de todo um modo de vida. Obra e vida que estão muito longe de terem o seu devido levantamento documental, o seu estudo científico, sua qualificação e o seu registo no âmbito da História Cultural sul-rio-grandense.
 A obra e a vida deste artista tiveram a fortuna de fomentar e encontrar a atenção e o trabalho inteligente do Instituto Cultural Emílio Sessa. O ICES elaborou e atualizou a compreensão da mensagem material e imaterial de Emílio Sessa e da Missão Artística Italiana, que ele integrava,  no seu trânsito no mundo.


Doberstein, 2012 , p.87
Fig. 06 – A cultura italiana e mediterrânea é o resultado de uma sedimentação continuada das mais variadas procedências e temperos. Para um olhar desavisado pode parece uma 2ª Natureza. No entanto esta cultura singular possui a competência construída ao redor do seu projeto continuado, se renovar e de se reproduzir nos variados locais, climas e tempos em tendências estéticas, tornando-as coerentes com o seu tempo.

Evidente que a a vida e a obra Emílio Sessa necessita ser estudado no contexto das ondas culturais italianas que tiveram como meta as plagas e serranias do Rio Grande do Sul. Ondas culturais movidas, sustentadas e amalgamadas pelas energias da música popular de cada época, da indústria cultural dos audiovisuais, das letras, do design de moda e da indústria, sem esquecer a orquestração superior da semiótica e das universidades italianas.
Entre os artistas plásticos Rio Grande do Sul, natos italianos, originários ou que exerceram as suas atividades aqui e lá, além dos três já nomeados, há um número expressivo. Num apanhado sumário pode-se arrolar os nomes mais divulgados,  como os de BELLANCA, Francisco (1895 – 1974), BRASANELLI José (1659- 1728) CALEGARI, Virgilio (1868-1935) CARINGI, Antônio (1905-1981) COLIVA, Oreste DE MARTINO, Eduardo (1838 - 1912)  FONTANIVE, Ângelo,  FRANCESCO José de (1895-1967) FREITAS, Augusto Luis (1863 -1962) GASPARELLO, Miro (1891-1916) GAUDENZI Giuseppe  GRASSELI, Bernardo  (  -1883) GUIDO GNOCHI, Ângelo (1893  -1969) MONDIN, Guido Fernando (1921 – 2000) PERETTI, Clovis ( 1935-1995) PETRUCCI, Carlos Alberto (1919 – 2012) PITANTI,  Adriano (1837 - 1917), ZAMBELLI  Estácio Frederico ((1896-1967), ZAMBELLI Mario Cilio (1892-1948), ZAMBELLI Michelangelo (1882-1940), ZAMBELLI  Rafael (199-1918), ZAMBELLI Tarquínio (1854-1934) e ZANON Emílio Benvenuto (1920-2008), entre tantos outros.
Evidente que em todas as manifestações existem as mais diversas manifestações e mediadores ao modo daquelas do conde Tito Lívio ZAMBECCARI (1802-1862) na Revolução Farroupilha. Em todos estas manifestações percebe-se a emulação recíproca no sentido do que Bourdieu observou “o artista produz para o seu concorrente da mesma área”. Assim não é raro encontrar contradições e conflitos internos à esta emulação recíproca. Cabe aos observadores, atentos e inteligentes, transfigurar - estas contradições e estes conflitos - em complementariedades e novas energias no âmbito da História Cultural sul-rio-grandense.

Achutti, 2005 , foto - detalhe
Fig. 07 – Os temas tratados por esta Missão  Artística Italiana,  eram altamente favoráveis para  transfigurar as contradições e conflitos em complementariedades e em novas energias no âmbito da História Cultural sul-rio-grandense. Ambas se abastecem e se revigoram nas velhas e produtivas raízes simbólicas comuns tanto à cultura lusitana como a italiana.

Nenhuma civilização resulta da Natureza e por si mesma. Ela resulta de um projeto e que necessita receber muito trabalho continuado, enquanto ela deliberar e decidir manter o sentido da sua teleologia de origem. O trabalho, e o saber conectado à esta teleologia de origem, sublima esta mentalidade ao ponto de constituírem, no artista, uma segunda natureza. Projeto para o qual Miguel Ângelo sentenciou “somente o não saber é defeito” (in Holanda, 1955, p. 77)
 “o primor cuido que tereis por sumo, este é que o por que se mais há de trabalhar e suar nas obras da pintura é com grande soma de trabalho e de estudo, fazer a coisa de maneira que pareça, depois de mui trabalhada, que foi feita quase depressa e quase sem nenhum trabalho, e muito levemente, nãos sendo assim. E este é mui excelente aviso e primor (Miguel Ângelo, in Holanda, 1955, p. 82).



Doberstein, 2012 , p.44
Fig. 08 – O autorretrato do artista é uma concepção típica do Renascimento italiano e segue a lógica  da cultura clássica grega expressa por  Aristóteles (1973: 243 114a 10 ) de que “toda a arte está no que produz, e não no que é produzido [1].

Miguel Ângelo, uma das maiores expressões da Itália, como de toda a humanidade, tentou convencer, na metade do século XVI,  o jovem português Francisco de Holanda para que deixasse Portugal pela Itália onde ele teria condições favoráveis para cultivar  o seu projeto de ser artista num ambiente altamente favorável:
...” [Na Itália como] em nenhuma outra parte se acham, que já de meninos, a qualquer cousa que a vossa inclinação ou gênio se inclina, topais ante os olhos pelas ruas muita parte daquelas, e costumados sois de pequenos a terdes vistas aquelas cousas que os velhos nunca viram noutros reinos”   (Holanda, 1955, p. 22)
Certamente, naquele ano de 1540, o mestre tinha sobradas razões em tentar abrigar o seu jovem observador no útero materno da cultura italiana. O mundo estava ingressando e se debatendo numa profunda crise. Crise visível na sua ruptura europeia em duas concepções antagônicas, que mantinham precárias e controladas comunicações entre si mesmos.



[1] - ARISTÓTELES (384-322). Ética a Nicômano. São Paulo: Abril Cultural1973. 329p.
Lagemann, 2010 , p.90
Fig. 09 –  A obra do “Negrinho do Pastoreio na Glória”,  mergulha as suas raízes e repertório na cultura sul-rio-grandense. Cultura que atingira dimensões universais nas Letras com a obra de Simões Lopes lançada em 1912.. Num dos pontos fulcrais da política oficial do Estado do Rio Grande do Sul recebeu interpretações exemplares por Aldo Locatelli. Interpretação integrada, sublinhada e ambientada esteticamente pela obra de Emílio Sessa sem precisar renunciar ou sacrificar as competências e limites desta Missão Artística Italiana.

No entanto Aldo Locatelli, já não desejava esta escolha radical e deslocamento físico e inclusive mental para um útero fechado e seguro. O colega de Emílio Sessa, ao contrário de Miguel Ângelo, defendia a abertura ao mundo contemporâneo, como expressou, em 1962 ao final da sua vida física e tese:
“O Brasil, o nosso mesmo Rio Grande do Sul tão pródigo em vocações artísticas, vivem internacionalmente no mesmo valor de Paris, Roma, Tóquio, Nova York e de Moscou. Estamos errados se pensamos que os centros de maior tradição e movimento artístico devem ser os nossos guias, absorvendo-nos com teorias resultantes de ambientes bem diferentes e preocupados de não repetir-se nos exemplos de uma grande tradição. Ao contrário, nós vivemos no princípio da nossa formação de civilização e devemos tentar expressá-la nos nossos próprios valores”
 Na metade do século XX o pensamento da Aldo Locatelli já se encontrava conectado ao âmbito planetário, não só pela rede mundial, mas se abrindo para a época do ócio criativode Di Masi, formando e construindo uma escola (lugar do ócio) e uma única aldeia global.
No entanto esta conexão não anula a primeira preocupação do pintor da Capela Sistina e exposta acima como a “grande soma de trabalho e de estudo”. Bem ao contrário esta mentalidade - sempre presente em Locatelli e nos seus colegas italianos - era destinada ao seu potente e refinado trabalho físico, constituindo-se como guia todas as suas energias. Mentalidade e trabalho coerentes com ética enunciada por Espinosa como os espíritos não se vencem pela violência, mas pelo amor e pela generosidade” ou Animi tamen non armis sed amore et generositate vincuntur”. [Espinosa, Ethica 4.11] Mentalidade presente ao promover mais um passo e uma obra, neste duplo esforço, no caminho de um projeto civilizatório compensador de toda violência.
É necessário sublinhar que nenhum dos membros da Missão Artística Italiana, nas suas obras, entregou-se à temática de batalhas, representações de triunfos gratuitos ou em apresentar qualquer exaltação de qualquer tipo de violência física, econômica ou mental. Antes ao contrário nas obras e nas imagens que Emílio Sessa e seus colegas criavam, eles sempre se colocaram solidários ao lado das vítimas de todas as formas de violência. Esta exaltação, e busca de reparação das vitimas do sistema, pode ser encontrada nas mais variadas obras desta equipe. Uma delas é a legenda do Negrinho Pastoreio - tema de uma autêntica via sacra leiga - pintada no Palácio Piratini.
Fig. 10 – É necessário saudar este momento em que uma obra de Arte de Emílio Sessa migra do espaço individual e familiar para o âmbito de uma instituição pública do maior prestígio possível ao nosso meio. Prestígio institucional resultante do trabalho denodado de artistas, apoiadores, observadores e direções ilustradas e trabalhadores desinteressados.  Projeto civilizatório compensador da qual este artista foi a semente depois de passar pela destruição de sua pátria que este entregues ao um tresloucado marketing e propaganda tresloucados e muito longe de tudo o que é civilizado

Na síntese pode-se afirmar que o olhar neutral do estrangeiro Emílio Sessa frutificou, continuando a se reproduzir e atualizar. Olhar que continua operante no lugar onde ele passou quase duas décadas e dispendeu profícuo labor no auge de sua vida somática e mental. Contribuíram para esta fortuna, o seu olhar civilizado, esteticamente carregado do melhor que a Itália produzia e contribuiu para a civilização. A reprodução, deste olhar fecundo, está agora entregue ao seu filho e aos companheiros do Instituto que leva o seu nome. O livro é uma prova material e qualificada desta fecundidade, entre nós, do mestre italiano.
Conclui-se com cumprimentos pela atenção e pela inteligência dos membros do Instituto Cultural Emílio Sessa, entregues, de corpo e de alma, ao trabalho de encontrar, estudar, guardar e divulgar a obra deste artista e dos seus colegas, gerando observadores novos e qualificados. Se Emílio Sessa e os seus colegas da Missão Artística Italiana não puderam providenciar pessoalmente a reprodução do seu projeto, o ICES constitui esta reprodução e atualização desta Missão.  O que permanece é o pensamento. Este possui o germe da reprodução na obra física, como deste livro. Obra entregue aos apreciadores e estudiosos de Emílio Sessa e da Missão Artística Italiana dos seus  colegas no Rio Grande do Sul.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
DOBERSTEIN Arnoldo W. et ali. Emílio Sessa (1913–1990) Emílio, pintor, primeiros tempos . Porto Alegre :  Gastal & Gastal, 2012 160 p.; il. color.
HOLANDA, Francisco de (1517-1584) Diálogos de Roma: da pintura antiga. Prefácio de Manuel Mendes. Lisboa : Livraria Sá da Costa, 1955, 158 p.
LAGEMANN Eugênio et ali - Palácio Piratini  - Porto Alegre : IEL 2010 144 p il col.

LOCATELLI Aldo Danielle (*18 08.1915. 03.09.1962) MURAL: ANÁLISE , CONSIDERAÇÕES, MÉTODO E PENSAMENTOS   Correio do Povo. Caderno de Sábado. Volume X, ano V, no 232 Porto Alegre : Companhia Caldas Junior 22 07 1972  (Tese de concurso para o provimento efetivo da cadeira de composição decorativa dos cursos de pintura e escultura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul – Porto Alegre, 1962)

SIMMEL, Georg (*01.03.1858- - 28.09.1918)  Sociología y estudios sobre las formas de socialización. Madrid :  Alianza. 1986,  817 p.  2v

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
BRASANELLI José (*Milão1659 - †Missão Candelária RS-1728)
Instituto Cultural Emílio Sessa (ICES) - site

EMÍLIO SESSA: no presente blog

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