segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ISTO é ARTE - 007

QUANDO os OPERÁRIOS se SENTEM ARTISTAS ou

QUANDO o SILÊNCIO faz a DIFERENÇA - a-


Fig. 01 Gastão HOFSTETTER, 1917-1986 “Praça Pinheiro Machado” 1955..TÉCNICA óleo s/ tela 49,5 x 61,0 cm Pinacoteca ALDO LOCATELLI

http://pt.wikipedia.org/wiki/Gast%C3%A3o_Hofstetter

No mundo das máquinas, dos motores e do tonitruar contínuo de uma metrópole estressante, a Arte pode constituir-se num jardim silencioso e o refugio reconfortante para o esfalfado operário estressado.

- Qual seria a razão para ele não criar e interagir numa civilização?.


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Fig. 02- Edla Hofstätter da Silva foi uma das fundadores de Associação Francisco Lisboa em 1938-

A arte também poder ser para o trabalhador uma ilha segura contra assaltos e uma forma superior de conduzir uma vida civilizada. Aqui não se pretende invadir o terreno da terapia pela arte e nem criar apologia do lazer diferente e culto. Busca-se a normalidade, equilíbrio e a coerência com os mais altos valores de uma civilização, como a gratuidade da vida e daquilo que de fato permanece como obra.


Fig. 03 - WILSON TIBÉRIO .1923-2005 Bahia óleo s/ tela 66,5 x 46,5 cm - DATA do ORIGINAL..-1946.. Pinacoteca ALDO LOCATELLI . Wilson Tibério passou os últimos 40 anos de sua existência na França. Ali foi designado como embaixador cultural na África, União Soviética e China. Encontrando-se com Mao-Tse-Tung e os líderes do Kremlin. Contava que nasceu no final da Rua da Parai de Porto Alegre, a beira do Guaíba, quando a sua mãe não teve tempo de voltar de sua atividade de lavadeira. O poeta Oliveira Silveira estava preparando a tradução de uma auto-biografia do artista quando faleceu. http://negraldeia.blogspot.com/2007/05/manoel-alceri-tibrio.html

Ainda falta escrever, resenhar e divulgar os artistas de PORTO ALEGRE cujo horizonte é ou foi o trabalho diário. Contudo é necessário contornar o paradigma inspirado no neo-positivismo redivivo Nele são remetidos para o departamento dos ARTISTAS AMADORES, NAIFS, INGÈNUOS. Esta remessa aplica-lhes o alfinete classificatório nas costas. os imobiliza e fixa a sua obra e os seus temas. Imobilizados e fixos são ordenados e colocados num quadro de um museu de espécimes raros, únicos e extintos.


Fig. 04 - GIUSEPPE GAUDENZI 1915 Logotipo do‘Instituto Técnhnico Proffissional’ (futuro Parobé) da Escola de Engenharia de Porto Alegre ..

Logotipo no com cabeçalho de uma nota da compra com a data de 04.05.1915 que existe no Arquivo do IA_UFRGS referente a uma prestação de contas de 60$000, em gastos feitos por Libindo. Inclui o gasto de 25$000 por ‘um busto de gesso de Demosthenes’ adquirido no ‘Instituto Téchnico Proffissional da Escola de Engenharia de Porto Alegre’ Neste Instituto foram impressos, em 1926, os cinco números antológicos da Revista Madrugada e se formaram os profissionais de outras revistas culturais de Porto. Foi o local de formação de João Fahrion e João Faria Vianna

As velhas concepções estéticas das ARTES MAIORES e MENORES, ou econômicas do mercado de artes das CLASSES SUPERIORES, BURGUESAS e PROLATÁRIOS, mais atrapalharam do que ajudaram na interação do artista como o seu observador.


Fig. 05 - SALÃO de OUTONO de 1925 na Prefeitura Municipal de Porto Alegre - 25 de maio de 1925– Este salão resultou de um Baile de Carnaval organizado pelos artistes em Porto Alegre no Verão de 1925. Tanto o Baile como o Salão foram animados pelo Helius Seelinger, Francis Pelichek, Fernando Corona e que aparecem diante de André da Rocha na foto na Revista Máscara de junho de 1925. Esta foi idealizada e mantida, em grande parte, por Mário Totta.

Na medida em que se evidencia e a inteligência e sensibilidade e vontade, elevam-se para o estratosfera da gratuidade da vida. Destas alturas estas diferenças não passam mais fazer sentido e o panorama muda. Muda na direção da coerência entre esta vida e da arte gratuitas e despojadas de preconceitos, apropriações indevidas e juízos fixos e únicos. Despojado destes pesos e amarras preconceituosas é possível visitar da obra ta forma


Fig. 06 – CRONOLOGIA das RELAÇÔES entre POLÌTICA e ARTE no RS

Clique sobre o quadro para ler

Como operários sabem o valor do associativismo e do próprio sindicato. A Associação Francisco Lisboa nasceu em agosto de 1938 e foi a de maior continuidade. Fundada nove meses após a proclamação do Estado Novo, os seus integrantes procuravam fazer do seu ofício, como trabalhadores especializados, a razão de sua união.


Fig. 07 - JOSÉ di FRANCESCO 1895-1967 foi um operário do cinema de Porto Alegre e do RS no período áureo. Agenciava e mandava, via rodoviária, fitas das grandes agências internacionais, É um personagem de destaque em GASTAL, Susana. Salas de cinema: cenários porto-alegrenses. Porto Alegre: EU, 1999, 176 p.. Ali ele aparece na sua atividade de cenarista, cartazista e letreirista. Inclusive consta como fonte da escritora em FRANCESCO, José de. Reminiscências de um artista. Porto Alegre; s/editora. 1961.Nessa obra DE FRANCESCO relata ( p. 45 e p.140) as suas recordações e impressões do Instituto de Artes e dos seus agentes. Pintava os cartazes das salas de espetáculos e editava e imprimia revistas regulares com as resenhas dos filmes que distribuía. De Francesco esteve matriculado no curso noturno da Escola de Artes nos anos de 1919 e 1920. De Francesco falava espanhol, por ter vivido no Uruguai e Argentina, e assim foi uma das primeiras amizades em Porto Alegre de Fernando Corona, que acompanhou toda a sua carreira artística..

A Professor Dra Maria Lúcia Kern registrou (1981, f. 113). “A Associação Francisco Lisboa foi fundada com o objetivo de reunir os artistas que se encontram isolados e que tem dificuldades para se fazer conhecer seus trabalhos”. A sua primeira formação era constituída por:

“um grupo de jovens artistas: João Faria Vianna, Carlos Scliar, Mário Mônaco, Edla Silva, Nelson Boeira Faedrich e Gaston Hofstetter. Nesse mesmo ano ingressam Guido Mondin, João Fontana, Arnildo Kuwe Kindler, João Fahrion. Judith Fortes, José Rasgado Filho, Gustav Epstein, Mário Berhauser, Júlia Felizardo e Romano Reif. (KERN. 1981 ff. 112 e 113).


Fig. 08 - ROMANO REIF .era professor de Educação Física do Instituto Porto Alegre. Mantinha também uma oficina na qual confeccionava quadros formatura. Estes quadros de honra constavam na entrada das instituições com as fotos das turmas de formandos do ano. Este é do Conservatório de Música do IBA-RS do ano de1937. Ele foi descartado como a maioria destas obras. Deste conservando-se a sua foto e dos personagens no Arquivo do Instituto de Artes da UFRGS. A sua empresa ainda existe em 2011 no 4º Distrito de Porto Alegre e o seu nome foi dado uma biblioteca situada na vila do IAPI da mesma capital.

Ao acompanhar a nominata dos seus fundadores constata-se a presença significativa de integrantes do IBA-RS. Nessa lista verifica-se que todas as artistas desta lista, frequentaram a Escola de Artes do ILBA e ali concluíram o curso superior. Assim, Judite Fortes o concluiu em 1922, tendo ingressado em 1916 Exerceu o papel de professora substituta em várias ocasiões e de membro das bancas de final de ano. Em dezembro de 1938 ela deve ter enfrentado um sério problema profissional no IBA-RS, pois o seu nome foi preterido na cadeira de Anatomia Artística face ao de Luiz Maristany de Trias.


Fig. 09- JUDITH FORTES Retrato com pastel seco – Acervo da Pinacoteca Aldo LOCATELLI.. Segundo depoimento oral ao pesquisador de Cecília Zingano Amaral, ex-aluna do Curso de Artes Plásticas do IBA-RS, ela mantinha um curso de desenho na frente a sede do Instituto para a preparação do vestibular. Produziu desenhos de aplicação industrial como o desenho para vitral da capela das Santa Casa de Porto Alegre.

Mas o fato parece que não a indispôs contra o IBA-RS, pois em 1942 estava contribuindo com uma obra sua para construir o prédio do Instituto. Júlia Netto Felizardo ingressou na Escola de Artes em 1922. Ela foi da turma e da série dos pintores Francisco Brilhante e José de Francesco. Júlia concluiu a Escola em 1927. Na exposição do ano de 1928 conquistou distinção. Edla Hofstätter da Silva iniciou, em 1930, os seus estudos na Escola de Artes e formando-se no Curso Superior em 1934.


Fig. 10- BENITO MAZON CASTAÑEDA 1885-1955 Abrigo do Bondes de Porto Alegre – Ao fundo em amarela o Prédio Malakof No Alda esquerdo do observador e acima do telado o Primeiro Lugar da Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre. Época de verão com as paineiras floridas e povo que vem e vai pelos bondes abaixo do telhado e não visíveis no quadro.

Coleção Aldo Locatelli da Prefeitura de Porto Alegre - 1945 óleo s/ tela - 75,0 x 80,2 cm.

O estrangeiro, o escultor e o arquiteto espanhol Fernando Corona (1895-1979) acompanhou, a partir de 1912, na intimidade e partilhou a vida, no dia-a-dia - a criatura humana de Porto Alegre A imagem que ele captou está em seu diário(1937, fl 373). Ali ele anotou:

Porto Alegre como capital do Estado é a cidade mais democrática de todas, dando exemplo de fidalguia a qualquer um. A sua riqueza foi conquistada com o trabalho de seus habitantes. Porto Alegre republicana foi sempre, desde sua formação democrática. Não tenho lembrança de ter visto na capital – milionários viver de rendimentos, a não ser o produto do seu trabalho. Desde que aqui cheguei notei que um simples pedreiro ou carpinteiro já era proprietário de seu chalé mesmo que fosse de tábua. A riqueza em Porto Alegre é muito dividida e os grandes industriais cresceram com o trabalho. A influência das colonizações estrangeiras contribuiu muito para a democratização, pois, ao iniciarem o trabalho da estaca zero, o braço do patrão suou a lado do braço do operário. Sempre defendi esse principio, pois todos tem direito e um dever que se crescer na medida do progresso”.

Os registros de Corona mostram as experiências humanas e estéticas de um olhar de um estrangeiro. Ao percorrer os nomes das ilustrações desta postagem é digno de nota a presença do estrangeiro perfeitamente integrado à cultura, aos usos e aos costumes locais


Fig. 11- FRANCIS PELICHEK .1931 - Cartão impresso na Editora do Globo de Porto Alegre, um ano após a Revolução de 1930. A minúscula are reservada nesta imagem para a representação da indústria é um índice da sua pequena e incipiente participação na economia, interesses e cultura, da época, do Rio Grande do Sul, apesar de evento também ser destinado a ela.

A natureza poética ampla da vida de vida e da Arte não pode ser condicionada e é possível exigir de um artista visual o mesmo alinhamento ideológico de alguém que lida com a palavra impressa. Os jornais de cunho operários do Rio Grande Sul analisados por João Batista Marçal deixam bem mais evidentes este alinhamento:

Alternativos por opção ideológica, estes jornais – em geral toscos, pequenos e de divulgação irregular – espelham com meridiana clareza os mais agudos momentos de nossa luta entre capital e trabalho”. Marçal, 2004, p. 41


Fig. 12- EDGAR KOETZ .1914-1969 – os temas populares e a gramática estética, dos quais este artista se vale, o identificam com o povo e os recursos que esta expressão supõe

Apesar de as obras de arte provenientes da mão operária de Porto Alegre e apesar de toscos na sua feitura, pequenos, se aspirações ao mural e de divulgação irregular em exposições publicas, elas não se dobram e fixam numa ideologia. Guardam assim e cultivam, como valor maior a autonomia da Arte e do Artista. Pela sua natureza poética e gratuita buscam não se comprometer tanto em relação ao capital como fogem da obsolescência determinado pelo trabalho.

Em relação às circunstâncias da fundação, em 1938, da Associação Francisco Lisboa de Porto Alegre esta autonomia ideológica é reconhecida pelo crítico Carlos Scarinci, quando ele escreveu (1980, p.8, col.1)

Os objetivos da nova entidade não podem ser definidos como uma tomada de posição de classe, mas sua criação coincide quase com a transformação da Associação Paulista de Belas Artes em Sindicato dos artistas políticos(1937) que coincide também com as orientações sindicalistas do Estado Novo recentemente implantado”.

Talvez esta autonomia e poética da vida tornam mais significativa as suas incursões apaixonadas no temas sociais. Assim o Clube de Gravura ou o Grupo de Bagé ganha relevo e constituem documentos únicos destes contrato, complementaridade e fecundidade de temas provenientes do mais profundo e sincero Poder Originário que acompanham e inspiram estes momentos em Arte e Política tornam-se complementares.


Fig. 13- GUIDO MONDIN .1912-2000 – Signo Taurus 100. X 80,5 cm. Originário do 4º Distrito de Porto Alegre, foi um dos fundadores da Associação Francisco Lisboa e duas vezes senador da Republica.

http://guidomondin.blogspot.com/

Nestes temas, obras e artistas não é possível aplicar o alfinete nas costas para imobilizar e fixar o artista, sua obra e os seus temas. Imobilizados fixos ordená-los e colocá-los num quadro de um museu de espécimes raras e únicas. Quadro científico construído para delírio do classificador e que chega ao paroxismo quando percebe confirmado sua tese inspirada num paradigma de um neo-positivismo redivivo


Fig14 - Dimitris ANAGNOSTOPOULOS 1930-1991, “Vilarejo Invernal” - junho de 1974 óleo s/ tela - 88,3x72,3 cm O artista grega e que ganahava a vida como sapateiro sem renunciar ao se ideal estético

FONTES BIBLIOGRÀFICAS

CAMPOS, Cláudia Renata Pereira de - Traçando um Ideal : ASSOCIAÇÂO de ARTES PLÀSTICAS FRANCISCO LISBOA (1938-1945) – Porto Alegre : Programa de Pós Graduação em História - FFCH – PUC-RS Dissertação – 2005 - .173 fl.

www.cipedya.com/web/FileDownload.aspx?IDFile=162048

FRANCESCO, José de. Reminiscências de um artista. Porto Alegre; editora do autor. 1961., 162 p

KERN, Maria Lúcia Bastos. Les origines de la peinture "Moderniste” au Rio Grande do Sul - Brésil. Paris : Université de Paris I- Panthéon.Sorbonne , tese, 1981. 435 fls

MARÇAL João BatistaA Imprensa Operária do Rio Grande do Sul . Porto Alegre – Ed. Do Autor, 2004 – 288 p

PETTINI Ana Luz e KRAWCZYK Flávio - Pinacoteca Aldo Locatelli e Ruben Berta . Acero Artístico da Prefeitura de Porto Alegre – Porto Alegre : Gráfica e Editora Pallotti, 2008 216 p. Il. col

PORTO ALEGRE: Prefeitura Municipal- Secretaria Municipal da Cultura – Coordenação de Artes Plásticas - Atelier Livre 30 anos – Porto Alegre- Secretaria Municipal da Cultura 1992 100 p Il

SCARINCI, Carlos «Da Francisco Lisboa ao Pseudo-Salão Moderno de 1942» in Correio do Povo, Caderno de Sábado, Volume CVI, Ano VIII, no 606, 08.03.1980, pp 8/9.


Fig. 15 - ERNEST ZEUNER .


FONTES NUMÉRICO-DIGITAIS

Revista Máscara – 1918-1928 – Porto Alegre

http://www.ufpel.edu.br/cic/2010/cd/pdf/LA/LA_01548.pdf

Revista MADRUGADA – 1926 – Porto Alegre

http://www.traca.com.br/exposicoes/madrugada/apresentacao_madrugada.html

GASTON HOFSTETTER

http://cmcpoa.blogspot.com/2011/09/exposicao-gastao-hofstetter-na-sala.html

JOÃO FARIA VIANNA 1905-1975

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Faria_Vianna

BENITO CASTAÑEDA 1885-1955

http://pt.wikipedia.org/wiki/Benito_Casta%C3%B1eda

FRANCISCO BRILHANTE 1901-1987

http://portoalegre-rs.blogspot.com/2010/10/professor-brilhante-nostalgia-de-um.html

GUIDO MONDIN – 1912-2000

http://www.andreiakeller.net/A_Arte_esta_no_sangue.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Guido_Mondin

ERNEST ZEUNER - 1895-1967

http://www.margs.rs.gov.br/ndpa_sele_ernst.php

HELIOS SEELINGER 1878-1965

http://pt.wikipedia.org/wiki/Helios_Seelinger

CARLOS SCLIAR - 1920-2001

http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Scliar

DANÚBIO GONÇALVES 1925

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%BAbio_Gon%C3%A7alves

EDGAR KOETZ - 1913-1969

http://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Koetz

ERNESR ZEUNER - 1895-1967

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernst_Zeuner

GUSTAV EPSTEIN

http://www.saladearte.com.br/bio_epstein.htm

Áustria, Século XX. Gravador e pintor. Fixou-se no Rio Grande do sul na década de 30. é citado por Ângelo Guido em As artes plásticas no Rio Grande do Sul. Participou da mostra Arte-Rio-grandense do Passado ao Presente, Galeria do Instituto de Belas Artes, Porto Alegre, 1961. Seu nome completo é Gustav Epstein. Consta no Dicionário brasileiro de artistas plásticos.

DIMITRIS ANAGNOSTOPOULOS

http://www.estantevirtual.com.br/mod_perl/info.cgi?ampliarcapa=30314094.jpg&microsite

WILSON TIBÈRIO – 1923-2005

http://www.esculturagaucha.com.br/wilsontiberio.htm

http://www6.ufrgs.br/acervoartes/modules/xcgal/displayimage.php?pid=459&album=2&pos=3

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