1938: o ano de
renovação docente do Instituto de Artes:
a trajetória de José Lutzenberger
e de Fernando Corona
. LABORATÓRIO DE HISTÓRIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do
SUL
2º Encontro – 25/03/2020
1ª Palestra
(14:30 – 15:30): Os primeiros anos da Chico Lisboa (1938-1964)). Arnoldo
Doberstein
2ª Palestra
(15:30 – 16:30): 1938: e adiado devido ao CORONAVÍRUS.
Tema: o ano de renovação docente do Instituto de Artes. A trajetória de José Lutzenberger e Fernando Corona. (prof. Círio Simon)
Tema: o ano de renovação docente do Instituto de Artes. A trajetória de José Lutzenberger e Fernando Corona. (prof. Círio Simon)
00– PROPÓSITO
GERAL e CIRCUNSTÂNCIAS -
01– 1938: o ano de
renovação docente do Instituto de Artes.
01.1.– O QUE SE SUPEROU no IBA-RS em 1938 . - 01.2–
O IBA-RS no PARADIMA UNIVERSITÁRIO. 01.3 – CONSEQUÊNCIAS e MUDANÇAS entre o ANTIGO e o
NOVO IBA-RS.
01.4 – As contribuições de dois profissionais
qualificados das ARTES no NOVO IBA-RS.
02 – A trajetória de José Lutzenberger
02.1 – ORIGEM e POSTULADOS ESTÉTICOS de José LUTZENBERGER . 02.2 – A OBRA de José LUTZENBERGER no RIO GRANDE do SUL 02.3 – INTERAÇÕES de José LUTZENBERGER . com o
INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL.
03 –
A
trajetória de Fernando Corona.
03.1 –
A ORIGEM e POSTULADOS ESTÉTICOS de Fernando CORONA. 03.2 – . A OBRA de Fernando CORONA o RIO GRANDE do SUL 03.3
– INTERAÇÕES
de Fernando CORONA com o INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL
CONCLUSÕES
Perspectiva de Fernando CORONA Ver maquete da parte construída em
Fig. 01 O prédio
do Instituto de BELAS ARTES do Rio Grande o Sul resultou de um projeto
concebido por Fernando Corona ao longo do Estado Novos O que se consegui realizar foi graças ao dois
mil legionários e ação dinâmica e audaciosa de seus idealizadores. Entre eles
esava Joseph LUTZENBERGER e Fernando CORONA que chegou a hipotecar a sua residência
familiar para obter, adianto, um empréstimo da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL para
que, ao menos uma parte pudesse atingir os oito andares do prédio da rua Senhor
dos Passos de Porto Alegre. Joseph
LUTZENBERGER foi encarregado e desincumbiu da tarefa de selecionar e indicar a empreiteira[1] que entregou o primeiro modulo
do prédio 21 meses, apesar da II Guerra em andamento e com alta dos preços e da
falta dos matérias importados..
00– PROPÓSITO
GERAL e CIRCUNSTÂNCIAS
A presente postagem
possui o PROPÓSITO GERAL de criar
uma narrativa no contexto das ARTES VISUAIS no limite geográfico do estado do
Rio Grande do Sul. Esta narrativa busca inserir-se no projeto do
LABORATÓRIO DE HISTÓRIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL desenvolvido no
MARGS no 1º SEMESTRE de 2020 e a convite da AAMARGS
Presta-se atenção do que
foi possível nas CIRCUNSTÂNCIAS do ESTADO
NOVO BRASILEIRO para uma INSTITUIÇÃO de ARTES e para DOIS dos seus DOCENTES. Para tanto
é necessário conhecer o contexto e as personalidades dos seus dois agentes
[1] Ata da 21ª. reunião
ordinária do Conselho Técnico
Administrativa. .Aos vinte e seis dias do Mês de Setembro de mil novecentos e quarenta e
um
Não é de se estranhar a
rápida ENTROPIA de suas memórias, devido às circunstâncias à uma outra
SOCIEDADE de um outro TEMPO apesar desta narrativa dar-se no mesmo LUGAR. Para
esconjurar esta ENTROPIA as memórias dos DOIS DOCENTES de ARTES e da
INSTITUIÇÃO são dignas e merecem uma nova NARRATIVA.
Merecem devido à carga das expressões da AUDÁCIA, da ENERGIA destes DOIS
DOCENTES de ARTES e da COERÊNCIA da INSTITUIÇÃO com o seu TEMPO, SOCIEDADE e com o seu LUGAR.
[1] Decreto nº 19851 de 11.04.1931 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D19851.htm
[2] Decreto
Est. Nº 5.755 20.
11. 1934-cria a Universidade de Porto Alegre (UPA). Conta
com três faculdades, duas escolas e um único Instituto Decreto Est. Nº 5.758 28. 11. 1934 modifica
o de nº 5.755
01– 1938: o ano de renovação docente do Instituto de Artes.
01– 1938: o ano de renovação docente do Instituto de Artes.
Congregação IBA-RS –in Diário de
Noticias: Porto Alegre dia 06.01.1939
Fig. 03 No dia
05 de janeiro de 1939 o IBA-RS foi desligado da Universidade de Porto Alegre,
Como IBA-RS tinha dois CURSOS SUPERIORES em pleno funcionamento e no paradigma do Decreto nº 19.851 se 11.04,19319 a Congregação agilizou o seu reconhecimento
oficial cujo objetivo teve pleno êxito em 1941[1]
Passava a funcionar na autonomia e
com o mesmo quadro que docente que havia sido aprovado pela UPA entre eles
estavam Joseph LUTZENBERGER e Fernando
CORONA
Em 1938, a carga das expressões da AUDÁCIA, da ENERGIA de DOIS DOCENTES
de ARTES e a COERÊNCIA da INSTITUIÇÃO com seu TEMPO, sua SOCIEDADE e do seu
LUGAR, tomou corpo, ações, voz e obras no INSTITUTO de BELAS ARTES
do RIO GRANDE do SUL (IBA-RS)
Uma das circunstâncias desta renovação do IBA-RS, foi a crise, de amplo espectro, provocada pelo
ESTADO NOVO BRASILEIRO. Esta instituição de ARTES destinava-se à RENOVAÇÃO, CRIATIVIDADE
e ao ATUAL. A crise do ESTADO NOVO, entre os anos de 1937 até 1945, rompeu antigos
paradigmas administrativos, didáticos e estéticos nesta instituição. Evidente,
não se julga, mas apenas se afirma que
HOUVE SIGNIFICATIVAS MUDANÇAS no IBA-RS. É o
que se passa a estudar por meio
de DOIS DOCENTES de ARTES contratados,
pelo IBA-RS, ao longo desta crise do ESTADO
NOVO.
[1] Decr.
Federal nº 7.197 20. 05. 1941
“reconhece os cursos de Música e Artes Plásticas do Instituto de Belas Artes do
Rio Grande do Sul” (D.O.
de 07.10.1941)
Fig. 04 Um
diploma do CURSO SUPERIOR de ARTES PLÁSTICAS do Instituto de BELAS ARTES do Rio
Grande o Sul ainda integrada na Universidade de Porto Alegre Com o IBA-RS
na autonomia a competência da concessão dos DIPLOMAS passou pra a Direção com
conexão direta e delegação do Ministro de Educação e Cultua
01.1.– O QUE SE SUPEROU no IBA-RS em 1938 .
A crise, provocada pelo
ESTADO NOVO BRASILEIRO, rompeu, antigos paradigmas administrativos, didáticos e
estéticos no IBA-RS. O setor mais atingido foi o CURSO de ARTES PLÁSTICAS. No
sentido positivo e quantitativa, multiplicaram-se, ali, os cursos, o número e
as diversas especializações de docentes. Houve necessidade de seleção de
estudantes devido ao crescente numero de candidatos muito superiores ás vagas
disponíveis no antigo sobrado da Rua Senhor dos Passos. Em consequência este
foi demolido e construído um especifico para as ARTES.
No sentido problemático nem
sempre a QUANTIDADE EXPRESSA a QUALIDADE do lado interno. No lado externo, os MEIOS
PROFISSIONAIS, EDUCATIVOS CULTURAIS e SOCIAIS não estavam preparados[1]
para absorver e lidar com a QUANTIDADE de formando deste CURSO UNIVERSITÁRIO
SUPERIOR das ARTES VISUAIS O MERCADO de
ARTE era dependente da EUROPA e da produção do CENTRO do BRASIL. As levas de
formandos do CURSO SUPERIOR UNIVERSITÁRIO de ARTES PLÁSTICAS do IBA-RS eram
percebidas como um corpo estranho pelos
velhos hábitos da dependência e da servidão. Estes formandos - do CURSO
SUPERIOR UNIVERSITÁRIO de ARTES PLÁSTICAS do IBA-RS - lutaram, muitas vezes
fracassava e, na maioria das vezes, se calavam dois anos após a sua imersão nos
CURSOS SUPERIORES do IBA-RS.
[1] Para entender
esta dissincronia entre UNIVERSIDADE e SOCIEDAE recomenda-se a leitura de PORTANTIERO Juan Carlos(1934-2007)[1].. Estudiantes y Política en América Latina: el proceso da la Reforma Universitaria (1918-1938). México: Siglo Veintiuno,1978, 461p
01.2– O
IBA-RS no PARADIGMA UNIVERSITÁRIO.
De esquerda para direita: João
Fahrion( autor do desenho), Benito Castañeda, Tasso Corrêa, Fernando Corona. Ângelo Guido, Joseph
Lutzenberger (no alto), Maristany de Trias e Ernani Corrêa – Do acervo da
Pinacoteca do IA-UFRGS.
Fig. 05 A equipe diversificada, afinada e eficiente,
interna e externamente do CURSO DE ARTES PLÁSTICAS do do
Instituto de BELAS ARTES do Rio Grande o Sul que
conferiu a base e consistência adequada para as expressões de autonomia do
campo artístico depois qe o IBA-RS tornou0se autônomo da UPA.. Entre seus idealizadores estavam Joseph LUTZENBERGER e Fernando
CORONA
O CURSO SUPERIOR
UNIVERSITÁRIO das ARTES representava uma ruptura entre as concepções pedagógicas
da VELHA REPÚBLICA e aquelas do REGIME posterior à REVOLUÇÃO de 1930. No
contraditório a este otimismo pelo “NOVO” esta UNIVERSIDADE, além de ser amplamente
dessincronizada com outras culturas e nações, era proposta por um GOVERNO
PROVISÓRIO em vias de afirmação. Este governo, para manter-se no poder, além
destas medidas inovadoras. teve de recorrer frequentemente aos instrumentos e
aparelhos coercitivos do ESTADO NOVO.
Para IBA-RS contou ter
sido fundado para TEMPO INDETERMINADO em 1908 e contar uma história de TRINTA
ANOS anteriores à UNIVERSIDADE BRASILEIRA. No IBA-RS foi necessário, para levar
adiante este seu projeto, usar e provar o
HÁBITO da INTEGRIDADE INTELECTUAL e ESTÉTICA, em várias ocasiões[1].
O paradigma da
UNIVERSIDADE foi mais uma destas ocasiões. O IBA-RS viu-se privado da COMISSÃO
CENTRAL sua MANTENEDORA para dar lugar ao paradigma da UNIVERSIDADE. Mesmo
assim o IBA-RS foi despedido de uma UNIVERSIDADE incipiente e com problemas sem
fim. Teve de formar a sua própria CONGREGAÇÃO, exclusivamente de artistas, com
a missão de assumir os destinos maiores da instituição. No lado didático, a
severa vigilância e supervisão direta do CONSELHO NACIONAL de EDUCAÇÃO [2]
não davam trégua e tinham de serem atendidas em aspectos “NOVOS” aos antigos hábitos.
[1] Uma destas ocasiões foi
protagonizada pelo PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA propondo a ARTE no paradigma da UNIVERSIDADE BRASILEIRA - Isto
é ARTE nº 165 - http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/04/165-o-pensamento-de-tasso-correa.html
[2] O CONSELHO NACIONAL de EDUCAÇÃO foi criado em
11. 04. 1931
pelo Decreto
nº 19.850: ‘Cria o Conselho Nacional de
Educação” ( 8 artigos ) o .primeiro no pacote Decretos Federais que legislavam sobre a Universidade
Brasileira. Este Reforma Francisco Campos: compreendia também o Decreto de Nº 19.851: ‘Dispõe que o ensino no Brasil
obedecerá de preferência ao sistema universitário’. (XIV títulos 116
artigos). Decreto. Nº 19.852: ‘Dispõe sobre a organização da Universidade
do Rio de Janeiro (328 artigos + exposição. de motivos)
01.3 – CONSEQUÊNCIAS e MUDANÇAS entre o ANTIGO e o
NOVO IBA-RS.
[CLIQUE SOBRE o GRÁFICO para LER.
O numero do gráfico refere-se ao numero que recebei na tese ORIGENS do INSTITUTO de ARTES]
Nestas mudanças o IBA-RS
evitou qualquer curso xifópago ensejando pelo convívio forçado de campos
autônomos das ARTES com COMUNICAÇÃO, LETRAS e CULTURA. Os cursos xifópagos que favorecem
umas das áreas tornar-se hegemônica sobre a outra, que é sufocada.
Este foi o grande
equivoco da reforma universidade promovida em 1968 sob o malfadado projeto
proposto pelo norte americano Rudolf ATCON[1]
Os mandamentos, deste projeto, visavam apenas a racionalidade administrativa,
burocrática e econômica. Sob esta ótica a antiga ESCOLA de ARTES do IBA-RS, com
a sua dúzia de alunos e dois professores, não teria suportado os TRINTA ANOS nos quais se manteve viva e sempre ativa qual
filete de água. No lado positivo, caso esta ESCOLA de ARTES tivesse sucumbido -
sob o peso da racionalidade administrativa burocrática e econômica - não
haveria lugar para Fernando CORONA e José LUTZENBERGER, e nem espaço
institucional que se deu a partir de 1938 neste mesmo IBA-RS.
Para contornar esta
contradição o novo estatuto do IBA-RS desenhou uma estrutura competente para absorver as CONQUISTAS
dos TRINTA ANOS anteriores ao PARADIGMA UNIVERSITÁRIO. Neste desenho constava,
no Regulamento aprovado em sessão da Congregação no dia 24.03.1939, que.
“Art. 2º -
O ensino da Música será em três cursos: Fundamental, Geral e Superior.
Art. 4º - Embora mantida a unidade técnica e
administrativa do Instituto de Belas Artes, desses três cursos, só será
considerado universitário, para todos os efeitos do decreto 19.851, o curso
superior”.
Tanto Fernando CORONA
como Joseph LUTZENBERGER lecionaram nos diversos CURSOS TÉCNICOS do IBA-RS.
Iberê CAMARGO formou-se no Curso Técnico de Arquitetura do IBA-RS enquanto a
sua esposa Maria COUSIRAT CAMARGO diplomou-se no CURSO SUPERIOR de ARTES
PLÁSTICAS do IBA_RS. Portanto ambos foram estudantes de Fernando CORONA como de
Joseph LUTZENBERGER
[1] ATCON,
Rudolph P. ATCON e a Universidade
Brasileira. (Coordenação de José
Serrano). Rio de Janeiro: Techné.
1974, 322p
[CLIQUE SOBRE o GRÁFICO para LER.
O numero do gráfico refere-se ao numero que recebei na tese ORIGENS do INSTITUTO de ARTES]
01.4 – As contribuições de dois profissionais
qualificados das ARTES no NOVO IBA-RS
Fig. 08 O bávaro
Joseph LUTZENBERGER e espanhol Fernando
CORONA agiram em sintonia do INSTITUTO de BELAS ARTES do Rio Grande o Sul como
docentes entre os anos de 1938 e 1951 No entanto LUTZENBERGER era portador de uma
formação erudita formal. CORONA adquiriu estes conhecimentos na prática, nos
livros e no intenso convívio como s intelectuais do Rio Grande do Sul [1]e da ENBA-URJ
Tanto LUTZENBERGER como
CORONA cultivaram a memória da sua origem europeia e a tornaram produtiva para
a sua pátria de adoção. Os dois cumpriram, na sua nova terra, a sua condição de
estrangeiros na concepção de SIMMEL[2].
Assim foram respeitados pela sua condição de neutralidade em relação aos
nativos envolvidos em intrigas e por questões internas antigas e redundantes.
Como estrangeiros em
momento algum renunciaram a sua formação pessoal, de sua origem. Valeram desta
origem com objetivo de não se perderem no potencial da nova estranha terra que
os acolheu. Estiveram sob a tremenda e estúpida vigilância do ESTADO NOVO
BRASILEIRO desconfiado de qualquer estranho. Ambos cederam ao poder legal da
nova terra ao solicitar contratualmente o registro da CIDADANIA BRASILEIRA para
assumirem o cargo no IBA-RS.
Neste gesto confirmaram a
natureza do seu projeto pessoal. Tanto a CULTURA RIO-GRANDENSE como o CURRÍCULO
destes dois estrangeiros, lucraram e saíram enriquecidos e fortalecidos. As
ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL, certamente, não seriam as mesmas sem os
projetos pessoais e as obras que permanecem destes dois personagens.
Joseph LUTZENBERGER passou
31 anos no Brasil, para o qual migrou aos 36 anos, Nas suas três décadas
brasileiras produziu uma imensa obra que lhe garante merecido cultivo de sua
memória
Fernando CORONA passou
67 anos no Brasil e retornou várias oportunidades para a sua terra natal[3]
[1] Uma TOURADA FRUSTRADA pelo TOURO0 e como FERNANDO
CORONA CONVERTEU-SE para a CULTURA SUL RIO GRANDENSE-279. ISTO é ARTE https://profciriosimon.blogspot.com/2020/02/279-isto-e-arte.html
[2] SIMMEL,
Georg
Sociología y estudios sobre las formas de
socialización. Madrid:
Alianza. 1986, 817. 2v.
[3] CORONA Fernando Amêndoas e mel: Crônicas de Espanha. Porto
Alegre: Sulina, 1969 139 p.
-----350 DIAS na
ESPANHA manuscrito 1966 - 1967
26.11.1965 20.07.1967---293
f.
---- VIAGEM à ESPANHA 1974 318 f Folhas
xadrez em caderno espiral ilustrado: 210
mm X 149 mm. Acervo as família (
20 )
02 – A trajetória de José Lutzenberger.
Fig. 09 Joseph LUTZENBERGER foi convocado para servir
no exercito alemão da I GUERRA, MUNDIAL . Nesta circunstância registrava, em
desenhos e aquarela, s o que lhe era dado ver e viver No Rio Grande o Sul continuou este exercício
de observação e registro em desenhos e aquarelas. No entanto nunca deixou de
escolher ângulos, detalhes e cenas meramente fotográficos
Lutzenberger ingressou
em 1920 no Brasil com uma formação erudita completa nas ARTES e um razoável
currículo de obras próprias realizadas. Com esta formação e obra. não dobrou sua
personalidade à modismos, estéticas de ocasião ou de algum grupo de elogios
recíprocos. Cumpria estritamente os seus contratos profissionais, tantos nas
empresas de construção como o IBA-RS. Retornava ao seu domicílio no qual ele se
entregava às suas paixões pessoais sublimadas pelo desenho e pela aquarela.
Na medida em que as
condições lhe permitam foi construindo e personalizando a sua residência[1]
em Porto Alegre. Ali criou ambientes favoráveis para uma educação estética e existencial
Para José, Rose[2]
e Madalena LUTZENBERGER
Praticava ali, a paixão pelo
desenho e pela aquarela NÂO VISANDO RETORNO FINANCEIRO e na forma ARTES NOBRES fora
de outros objetivo da natureza intrínsecas destas OBRAS.
Nas suas andanças
profissionais pelas cidades do interior ou da capital do Rio Grande do Sul começou a perceber aspectos pitorescos da
cultura local. Esta temática ganhou amplos registros nos seus desenhos e aquarelas.
Paralelamente iniciou a sua coleta de plantas e animais que estimularam o seu
filho, José LUTZENBERGER (1926-2002)[3]
ecologista pelo resto da existência. Assim este filho tornou-se uma das maiores
expressões e obras no Rio Grande do Sul. As suas filhas fizeram a sua formação
em Artes Plásticas no IBA-RS onde lecionaram por muito tempo. Madalena foi
proponente e fundadora da AAAMAGS
02.1 – ORIGEM e POSTULADOS ESTÉTICOS de José
Lutzenberger.
Joseph Franz Seraph LUTZENBERGER
migrou, ao Brasil, com formação superior regular e formal na Baviera natal.
Assim ele era portador de uma estética alegre e expansiva do sul da Alemanha,
distinta do mundo prussiano carregado com o racionalismo do Neoclássico tardio
que se tornou padrão ao longo do regime nazista. Nesta dialética - prussiana e
bávara -é possível pensar na dialética “Abstraktion und Einfühlung” de uma tese
livro Worringer [4],
em 1908.
[1] A CASA e FAMILIA de Joseph Franz Seraph LUTZENBERGER
[2] Rose LUTZENBERGER http://www.ufrgs.br/acervoartes/artistas/l/lutzenberger-rose
[4] WORRINGER, Wilhelm
(1881 - 1965). Abstraccion y naturaleza. (1ª.ed.
em1908). México : Fondo de Cultura Econômica, 1953. 137p.
Fig. 10 O EX-LIBRIS
de LUTZENBERGER reforça o seu duplo
nascimento Um na Alemanha em 1882. Outro
no Brasil em i920 Pode-se aproximar esta obra que ele estava a na mesma linha de Fernando Corona que
inicia o seu diário[1]
com a epigrafe “NASCÍ EM UM LUGAR E RENASCÍ EM OUTRO
ONDE ENCONTREI AMOR”. Na concepção de Simmel o estrangeiro guarda na sua origem com
um padrão com o qual julga a nova terra e onde ele é respeitado, na sua nova
condição de juiz externo
No pós-guerra europeia, Joseph Franz Seraph LUTZENBERGER
encontrou um clima diferente e favorável à sua obra no Sul do Brasil. De um
lado era favorável na medida em que convivia com uma toda comunidade de
imigração germânica, já consolidada, que transformara a capital do Rio Grande
do Sul imprimindo-lhe um incipiente desenvolvimento econômico. O pico deste
desenvolvimento, já havia passado na
época de Carlos Barbosa[1].
O clima social e político eram diferentes. em 1920, pois a I Guerra Mundial
havia dado lugar um patrulhamento ao elemento
germânico que irá se acentuar e chegar á culminância e paranoia ao longo do
ESTADO NOVO BRASILEIRO em especial ao longo da II Guerra Mundial.
[1] DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Rio Grande do Sul (1920-1940):
estatuária, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre: PUC-Faculdade de Filosofia
e Ciências Humanas, 1999. 377f
Fig. 11 O
prédio da Igreja São José da avenida Alberto Bins de Porto Alegre é um prédio
icônico da obra de Joseph LUTZENBERGER. Projetou o conjunto urbanístico, arquitetônico escultórico, decorativo e
pictórico cuja execução confiou a
profissionais qualificados a quem confiava
minuciosos projetos gráficos detalhados
de sua lavra. (fig. 14)
De um lado Lutzenberger pode desenvolver a sua
obra entre a fraterna acolhida dos descendentes do seu patrícios. Do outro ele soube
administrar e transformar o tabu anti-germânico em complementariedade na sua
obra. Ajudava a sua verve de bávaro da sua origem que ele jamais renegou. Esta
verve se expandiu e saltava na sua obra pintada e gráfica. Materializou-se na
obra construída em prédios icônicos e que o Rio Grande do Sul incorporou como
patrimônio consolidada de uma época e expressão de uma personalidade que
projetava e agia como príncipe.
A pintura, desenho e aquarelas era Joseph
Franz Seraph LUTZENBERGER eram
exercidos como espécie de acesse estética, um desafio mental e técnico pessoal.
Esta vertente, de sua obra não visava aplicação imediata, única e de consumo e
sem fins comerciais ou lucro. Joaquin Lebreton diria que era ARTE NOBRE[1]
ou OBRA de alguém que pesquisa ou principia algo
visando o seu AUTO CONHECIMENTO, O TRABALHO, em firmas construtoras, garantia-lhe a
sobrevivência e da sua família. Este TRABALHO para
estas firmas consistia em projetos
prédios. Contudo era projeções do seu AUTO
CONHECIMENTO que Lutzenberger exercia com grande LIBERDADE ESTÉTICA Esta LIBERDADE ESTÉTICA emprestava personalidade a estes projetos prédios. LIBERDADE ESTÉTICA que lhes garantiu uma sobrevida à implacável
entropia da ERA INDUSTRIAL
[1] CARTA de LE BRETON ao CONDE da BARCA
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/02/151-logistica-em-estudos-de-arte.html
02.2 – A OBRA no RIO GRANDE do SUL de José
Lutzenberger
PRÉDIO do
ORFANATO PÃO dos POBRES - Porto Alegre RS
Fig. 12 O
projeto de Joseph LUTZENBERGER do conjunto
dos prédios do ORFANATO do PÂO dos POBRES de Porto Alegre inclui as oficinas do
Liceu de Artes e Ofícios Palmeiro Fontoura[1] É
de se destacar o urbanismo da implantação desta obra que se defrontava com a
Avenida Praia de Belas, às margens do Guaíba, e era separado da cidade pelo
Riacho Dilúvio que passava nos findos
das oficinas e atual rua Décio Martins Costa, antes de passar pela PONTE de
PEDRA do Riacho e lindeira com a estação de trens para a o bairro Tristeza A inauguração deste prédio de LUTZENBERGER
conto com ampla reportagem de REVISTA do GLOBO. Porto Alegre: Editora Globo nº
36 (nº 12 do ano de 1930) dia 30 de junho de 1930 pp, 45-48. Neste texto jornalístico o
arquiteto não foi destacado ou citad.o.
Há necessidade de
distinguir a PRODUÇÃO PROFISSIONAL daquele PESSOAL de Lutzenberger.
No entanto na PRODUÇÃO
PROFISSIONAL ele nunca renunciou a produzir em obras personalizadas, com
profundos traços de sua origem e da estética que tinha escolhido por norte sem
abandoná-la do começo ao fim de sua vida.
Assim agia como um príncipe,
sem se dobrar aos gostos e imposições de empreiteiras, técnicos e engenheiros
Era ele que PRINCIPIAVA a OBRA com a sua CONCEPÇÃO GLOBAL e FINAL Cabia aos
engenheiros, artesãos, técnicos e empreiteiras o TRABALHO trazer esta OBRA mental para o mundo objetivo e real. No projeto
nada era acaso ou indecisão. Lutzenberger tinha formação estética suficiente
para afirmar e assegurar a AUTONOMIA do ARTISTA. Mesmo que este seu projeto
pessoal lhe valesse desqualificações de espíritos volúveis, de pessoas busca de
fama fácil e passageira e que ecoando no meio de grupos de elogios recíprocos.
Não se realizou - ou não se conhece - uma
lista completa de seus projetos autorais e construídos. Os mais citados são os
prédios da Igreja São José, Palácio do Comércio[2],
do Pão dos Pobres, Edifício Bastian Pinto[3]
que permanecem n e foram incorporados como patrimônio visual e estético da Capital
A sua permanência nunca foi colocada em dúvida e certamente continuarão a
orientar e caracterizar esta paisagem urbana.
[1] ESCOLAS de ARTES e OFÍCIOS em PORTO ALEGRE http://profciriosimon.blogspot.com.br/2018/02/227-estudos-de-arte.html
[2] Palácio do Comercio –
projeto - http://www.ufrgs.br/acervoartes/obras/desenho/desenho/lutzenberger-jose-2/view
[3] Edifício
BASTIAN PINTO Obra de Joseph Franz Seraph LUTZENBERGER https://urbsnova.wordpress.com/2013/03/28/ed_bastianpinto/
02.3 – INTERAÇÕES de José Lutzenberger com o INSTITUTO
de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL.
FONTE da IMAGEM: in revista Ante- Projeto. Porto Alegre: IBA-RS, em 12.1949, nº 4
Fig. 13 Uma foto de Joseph Seraph
Lutzenberger em plena ação numa aula de Estereometria[1] no Curso Superior de Arquitetura do IBA-RS. Contratado a partir de 1936
permaneceu no ano de 1951 quando faleceu e foi sucedido por Aldo Locatelli na
Cadeira de Arte Decorativa
Com a transformação da
ESCOLA de ARTES para o CURSO de ARTES PLÁSTICAS e tendo de adequar-se ao Decreto
nº 19,851 de 11 de abril de 1930 foi necessário procurar docentes qualificados
e com um extenso currículo do obras realizadas e conhecidas e reconhecidas por
todos.
O contrato com
Lutzenberger foi feito com a Reitoria da UPA quando esta tornou-se efetiva, em
1936, e com a posse de Tasso Corrêa com diretor do IBA-RS. No ano de 1937
Lutzenberger escapou da decisão do ESTADO NOVO de ACÚMULO de CARGOS PÚBLICOS
que atingiu grande parte dos contratos destinados dos seus colegas do IBA-RS e
quase inviabilizou a UPA[2].
Lutzenberger não tinha outro cargo no Estado
Na medida em que o novo
currículo tornou-se efetivo Lutzenberger lecionou Geometria Descritiva,
Perspectiva e Sombras, Arte Decorativa e 1 e 2
no Curso Superior de Artes Plásticas (Fig. 07) . Estas mesmas disciplinas eram oferecidas nos
Curso Técnicos de Arquitetura e de Artes Plásticas. No Curso Superior de Arquitetura
ele lecionava Estereometria.
Além disto, Lutzenberger,
era convocado para as bancas dos exames práticos e orais, destes mesmos cursos,
mas em disciplinas ministradas por outros docentes. Além dos mais era convocada
para formar o JÚRI de SELEÇÃO e PREMIAÇÃO dos sucessivos SALÕES de ARTES
promovidos pelo IBA-RS,
As suas duas filhas,
Rose e Madalena, além de sua formação superior no CURSO de ARTES PLÁSTICAS no
IBA-RS e tornarem, ali, docentes e assim providenciaram as obras que constam na
Pinacoteca Barão de Santo Ângelo
[2] Um dos atingidos, por esta medida intempestiva foi o próprio Manuel André da ROCHA o 1º Reitor
da UPA que teve de renuncias ao seu
cargo a favor desembargador
Fig. 14 Um
projeto de Joseph LUTZENBERGER para a Igreja São Jose e executado, no
local, pelos seus alunos de ARTE DECORATIVA do Curso Superior da ARTES PLÁSTICAS do Instituto de BELAS
ARTES do Rio Grande o Sul O conhecimento e a prática da Estereometria permitia o cálculo
preliminar dos seus efeitos no ambiente
arquitetônico no qual se insere, com naturalidade coerência, esta pintura
03 – A trajetória de Fernando Corona
Fig. 15 O NOME
e a ASSINATURA do artista visual foi uma conquista trazida ao Brasil pela MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA em 1816, Numa visão mais ampla e universal
corresponde à rubrica num contrato de autenticidade da obra, NO
caso da assinatura da obra de arte garante a origem que, num sentido
filosófico, afirma que “a ARTE ESTÁ EM QUEM PRODUZ”, Tudo isto era atropelado e
desconhecido pela ESCRAVIDÃO e pelo PERÍODO COLONIAL BRASILEIRO
03.1 – A
ORIGEM e POSTULADOS ESTÉTICOS de FERNANDO
CORONA.
Fernando CORONA chegou em Porto Alegre em 1912. Nesta cidade teve a sua
formação de ESCULTOR e MODELAGEM em diversas oficinas do seu pai e ,depois. na
sua própria.
Simultaneamente trabalhava em
escritório de construção civil no qual tinha a função de ARQUITETO.
Sem uma formação superior regular e acadêmica adaptou um HISTORICISMO ESTÉTICO vigente na
sua terra natal que evoluiu até os
postulados Le Corbusier com quem teve um encontro pessoal em Paris em 1952[1]
anteriormente cimentado pelas propostas
da Carta de Atenas.
No Brasil mantinha um contato frequente com Oscar Niemeyer[2]
mediado pelo seu filho Eduardo Corona reforçado pela juventude do seu outro
filho Luís Fernando Corona.
A formação intelectual e conceitual de Fernando CORONA deu-se em manuais
de História da Arte que adaptava às suas circunstâncias e ao gosto de uma
burguesia emergente.
[1] EUROPA 1952 : notas de viagem ; 1o caderno Porto Alegre
16.01. 1952 – Veneza 09.04.1952. Folhas
de caderno xadrez: 210 mm X 149 mm. 195
p.Acervo descendentes de Fernando
Corona ( 5 )
EUROPA 1952: notas de viagem
2o caderno Roma
11.04.1952 - Porto Alegre 29.07.1952
Folhas de caderno xadrez: 210 mm
X 149 mm.
205 p Acervo descendentes de Fernando
Corona ( 6 )
[2] A presença de
Oscar Niemeyer em Porto Alegre deve-se a mediação de Eduardo Corona 1 – As ARTES e a ARQUITETURA no IBA-RS
2- O II
CONGRESSO de ARQUITETURA em PORTO ALEGRE
3 – Oscar
NIEMEYER e formatura em 13.04.1949 do 1º Curso Superior
de Urbanismo do Brasil
4 – Lições
de Oscar NIEMEYER aos jovens arquitetos
Fig. 16 - Este tríptico da fachada da Sociedade Espanhola - projetado e modelado
pelas mãos de Fernando Corona- é uma
síntese da primeira década que o mestre passou
inteiramente no Rio Grande do Sul. A
imagem do ATLANTE - que representa da EUROPA (esquerda da Imagem) - possui evidentes traços do seu próprio rosto. O
outro. ATLANTE representa a AMÉRICA nas
feições de um índio No centro a imagem de sua fecunda Espanha materna que é
contemplada pela imagem dos dois ATLANTES [1].
Fernando CORONA, ao contrário
de LUTZENBERGER, estava aberto às frequentes e contínuas mudanças e era
flexível e sensível à ATUALIZAÇÃO de sua INTELIGÊNCIA. Esta flexibilidade, e
abertura ao mundo e à sociedade eram peneiradas pelos seus constantes contatos
com o mundo intelectual mundial e local. Ao contrário de LUTZENBERGER deixou
uma extensa produção escrita que ainda é inédita, na sua maior parte.
No aspecto visível para
todos é possível um percurso destas frequentes atualizações na materialidade de
suas obras arquitetônicas construídas e que ainda estão na paisagem urbana de
diversas cidades do Rio Grande do Sul. Num sintético percurso é possível
visualizar as suas diversas e profundas influências desde a sua infância nas
costas do Mar Cantábrico - entre Santander,
San Sebastian e Bilbao- até a sua maturidade em Porto Alegre.
[1] O pesquisado Arnoldo
DOBERSTEIN faz a distinção entre os ATLANTES - VELHO e JOVEM - da Confeitaria
Rocco de Porto Alegre devidos a Giuseppe Gaudenzi dos ATLANTES de CORONA que
representam o Europeu e o Indígena.
Fig. 17 O
prédio da SOCIEDADE SOCORROS MÚTUOS da
ESPANHA é um projeto concebido por Fernando Corona onde além de cultivar a
memória de sua origem, decorou a fachada executada pelas suas próprias mãos
e no lugar da obra, Corona destacava
que o projeto era doado gratuitamente ao proprietário O autor cobrava, seu projeto, por meio da
remuneração pelo decoração da fachada
que fazia o papel de cartão de publicidade e identidade do prédio e aos fins
aos quais se destinava.
03.2 – A
OBRA de
Fernando
CORONA no RIO GRANDE do SUL
Corona chegou o Brasil
em 1912 com a idade de 17 anos com a formação formal da 4ª serie primário e um
estágio num escritório de advocacia em Santander na Cantábria espanhola. Veio a
procura do pai escultor e arquiteto que
havia passado e trabalhado em Buenos Aires antes de ser contratado por Jacob
Aloys FRIEDERICHS (1868-1950)[1]
para realizar uma serie de obras em
Porto Alegre da época de Carlos BARBOSA.
Na sua obra pessoal e
autoral da SOCIEDADE ESPANHOLA do MUTUO SOCORRO ( figuras 16 e 17), Corona faz jorrar e se
retorcer todo esta lado emocional da terra natal. Já no prédio do Hospital São
Francisco da Santa Casa de Porto Alegre (1925) adota a racionalidade funcional
que ira guiar os seus projetos do Instituto de Educação Flores da Cunha (1934).
Dois anos depois (1937) o prédio das Lojas Guaspari e o Clube Social de São
Gabriel. Junto com o seu filho Luís Fernanda irá enfrentar os desafio do Jaguaribe
(1952) para o seu amigo Romeu PIANCA para
quem havia projetado diversas salas de cinema. Neste mesmo ano teve um encontro
pessoal com Le Corbusier mediado pelo seu colega, do IBA-RS, Demétrio Ribeiro.
Apesar de sua abertura e flexibilidade estética sempre encontrava um espaço e
oportunidade para realizar uma obra distinta do engenheiro, do empresário ou
atualidade do cliente.
Certamente a residência
(1950) do mineiro Guilhermino Cezar[2],
conjuga as experiências de CORONA nas Alterosas conjugado aos materiais, o urbanismo
e as técnicas atuais.
[2] Residência
Guilhermino CEZAR https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/6694/000445369.pdf?sequence=1
(fig 21-23)
FERNANDO CORONA
(1895-1979) – ARQUITETO ESTUDOS de ARTE nº 202 –
Fig. 18 O
prédio do CLUBE SOCIAL da cidade de Rosário do Sul é de 1937 e é contemporâneo e
simultâneo ao prédio do prédio das LOJAS GUASPARI [1]
do centro Histórico de Porto Alegre A facchada deste prédio consta um
mural, em baixo relevo, representando uma índia nua o que provocou um alvoroço
na cidade, Este alvoroço Fernando CORONA
conta no seu diário do ano de 1937
Estes projetos de prédios eram, inicialmente, para
dar vazão ao ESCULTOR e obras de cunho visual e de comunicação plásticas. Na medida
do passar do tempo as obras de ESCULTURA e de ARQUITETURA tornaram caminhos
distintos. A ARQUITETURA de CORONA tornou-se funcional e com valores plásticos
em si mesmo. Nesta época as suas obras de ESCULTURA também tomaram vida própria (Fig. 21) – e
independente da ARQUITETURA.
01-Leda FLORES;
02 Fernando CORONA; 03-Dorothe
PINTO SILVA; 04 –Teresa CORRÊA GOMES
GRUBER; 05-Cristina Helfensteller BALBÃO 06-Alice Ardohain SOARES (autora desta
pintura)
Fig. 19– A geração de escultoras - proveniente do
atelier do mestre Fernando Corona- fez
carreira e formou o seu nome individual no âmbito da cultura sul-rio-grandense d
Esta nova geração estava concretizando o
projeto da maturidade do mestre de “DEIXAR
de ser ESCULTOR para FORMAR ESCULTORES”.
Esta expressão das ARTES
VISUAIS também se sublimou na medida em que o ESCULTOR dava lugar ao seu
projeto de FORMAÇÃO de ESCULTORES.
Estes estudantes de
ESCULTURA fizeram notáveis carreiras autônomas no lugar de seu mestre que lhes
cedia passo e espaços.
Mais adiantado na vida o
MEMORIALISMO tomou conta de suas energias, tempo e preocupações existenciais
Assim brotaram os LIVROS, as CRÔNICAS de ARTES nos jornais alimentados pelo
CONVÍVIO com os diversos segmentos das ARTES VISUAIS de PORTO ALEGRE e do
Brasil.
Periodicamente ele
tomava distância deste seu universo em longas ou curtas viagens pelo Velho
Continente, América Latina[1].
No Brasil seus destinos eram as águas termais, o Rio de Janeiro, São Paulo e
Brasília[2].
Na antiga capital federal o seu ponto de encontros era na ESCOLA NACIONAL de
BELAS ARTES (ENBA) onde estudava o seu filho Eduardo. Encontrava também, ali, Helios SEELINGER que estava planejando transformar
o prédio da ENBA em MUSEU de BELAS ARTES. Interagia com Oscar NIEMEYER no
circuito do seu filho
03.3 – INTERAÇÕES de Fernando Corona com o INSTITUTO
de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL.
Fernando CORONA
ingressou como docente no Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul pelas
mesmas razões de Joseph LUTZENBERGER e logo após dele. O CURSO de ARTES
PLÁSTICAS adequava-se ao Decreto nº 19,851 de 11 de abril de 1931 com um currículo
diversificado, numerosos candidatos e com um rigoroso vestibular específico.
Apesar de sua notória falta de formação escolar formal, CORONA era portador de
um extenso currículo de obras realizadas e conhecidas e reconhecidas.
Ele mesmo estranhou o
seu contrato para a UNIVERSIDADE no registro no seu Diário[3]:
“o amigo Tasso Corrêa me convida para fundar o
Curso de Escultura no IBA. Como era possível a um homem como eu que apenas
completara na Espanha o curso primário, ingressar agora como professor
contratado numa Escola Superior? A única coisa a meu favor eram os títulos
conquistados em concursos públicos e nada mais”
Pode-se pensar num “notório
saber” tanto em ARQUITETURA com ESCULTURA que interessavam aio novo projeto do
IBA-RS. Este “notório saber” dificilmente podia ser encontrado em outro e numa
mera exigência burocrática. Caso este contrato tivesse falhado a ARTE do RIO
GRANDE do SUL seria privada de uma notável safra de novos ESCULTORES como se
verificou posteriormente. A partir deste ponto da vida percebe-se do lado
pessoal de CORONA, um esforço continuado e atento para transformar em
complementariedade esta contradição acadêmica. Não se acomodou e jamais burocratizou
e tomou vantagens pessoas do seu titulo de PROFESSOR CATEDRÁTICO e de DOUTOR
obtido com a defesa pública da sua tese de cátedra[4]
Este esforço e vigilância são visíveis na continuada produção intelectual em
livros, crônicas e colaborações com outros doutores e catedráticos e que
envergonha muitos acomodados que permanecem passivos na zona de conforto da
“POSSE de um CARGO na UNIVERSIDADE”.
O contrato de CORONA foi
realizado, ainda, com a Reitoria da UPA.
Ele mesmo narrou as circunstâncias deste contrato. Numa cena quase fotográfica
ele registrou no seu Diário onde escreveu:
“no dia 12 de maio de 1938. compareci à Reitoria da
Universidade de Porto Alegre e assinei o contrato de professor para as cadeiras
de Modelagem e Escultura com duração de um ano e vencimentos de um conto e
duzentos mil reis[5]. Não
era nada mau, pois com um conto e oitocentos que ganhava no Azevedo Moura &
Gertum completava uma entrada mensal de três contos de reis, na época um
ordenadão. Assinou o contrato comigo o Reitor Aurelio da Lima Py e o Secretário
Geral Pery Pinto Diniz. Foram testemunhas do ato Luís Maristany e José
Lutzenberger, também professores contratados para as Cadeiras de Anatomia e
Pintura e Geometria Descritiva e Perspectiva e sombras respectivamente”.
Esta cena passou-se no
andar térreo do atual prédio da Faculdade de Direito da UFRGS, sede da reitora
da UPA.
O contrato de CORONA foi
posterior à decisão do ESTADO NOVO de ACÚMULO de CARGOS PÚBLICOS que atingiu
grande parte dos seus colegas e quase inviabilizou a UPA[6]
e muitos contratos destinados ao IBA-RS. CORONA nunca teve cargo público
anterior, muito menos concomitante Apesar do contrato ele
só se tonou prático no ano de 1939. Neste meio tempo CORONA foi trabalhar no
projeto da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL do Rio de Janeiro.
CORONA não só lecionou
MODELAGEM e ESCULTURA, no Curso Superior de Artes Plásticas (Fig. 07) como é o pioneiro no
ensina destas disciplinas no nível universitário no Rio Grande do Sul. A disciplina de MODELAGEM era oferecida nos
Curso Técnicos de Arquitetura e Artes Plásticas, Esta mesma disciplina de MODELAGEM
ele oferecia ao Curso Superior de Arquitetura na forma de MAQUETES de ARGILA
Além disto, CORONA era
convocado para as bancas dos exames práticos e orais, destes mesmos cursos em
disciplinas ministradas por outros docentes. Além do mais era convocado para
formar o JÚRI de SELEÇÃO e PREMIAÇÃO dos sucessivos SALÕES de ARTES promovidos
pele IBA-RS.
Os seus dois filhos tiveram
formação superior em ARQUITETURA. Eduardo CORONA[7]
na EBA-URJ e Luís Fernando CORONA[8]
no CURSO de ARQUITETURA do IBA-RS. Eduardo tornou-se professor da FAU-USP
enquanto Luís Fernando lecionou PERSPECTIVA e SOMBRAS.
[1] VIAGEM aos INCAS 1955 1956
- 88 f. Folhas de linha xadrez – caderno simples: 210 mm X 149 mm Acervo descendentes de
Fernando Corona ( 6 )
VIAGEM a CUBA – 1962 notas
de viagem - 199 f. Folhas
de linhas simples em caderno espiral:
210 mm X 149 mm. Acervo
descendentes de Fernando Corona (
9 )
[2] COISAS MINHAS : 1962 1965 Brasília e outros alpistes 85 f. 06.08. 1962
26.11.1965.Folhas sem linhas
caderno simples: 210 mm X 149 mm. Acervo descendentes de Fernando Corona ( 10
)
[3] CAMINHADA de FERNANDO CORONA: Tomo I. 01 de janeiro de 1911 até dezembro
de 1949 – donde se conta de como saí de casa e aqui fiquei para sempre: nasci num lugar e renasci
em outro onde encontrei amor. Tomo I 604 f. Folhas
de arquivo: 210 mm X 149 mm.Acervo
descendentes de Fernando Corona 1 )
[4] CORONA, Fernando (1895-1979). Fídias,
Miguel Ângelo e Rodin: tese de concurso
para professor catedrático de
escultura e modelagem do Instituto de de Belas Arts da Universidade de Porto
Alegre. Porto Alegre: Imprensa oficial, 1938, 83 p il.
[6] Um dos atingidos, por esta medida intempestiva foi o próprio Manuel André da ROCHA o 1º Reitor
da UPA que teve de renuncias ao seu
cargo a favor desembargador
Fig. 20 No mural de Aldo Locatelli do ano de 1958 - o
mestre e sucessor de Joseph LUTZENBERGER
– captou não só os traços fisionomia Fernando CORONA mas a pose de alguém que inicia e principia os seus estudantes na arte da ESCULTURA
e da MODELAGEM que ele ministrou de 1938
até 1965 no Instituto de BELAS ARTES do Rio Grande o Sul, Neste mural
Locatelli cercou Fernando Corona
com seus discípulos dos quais o
mestre sempre andava acompanhado.
As relações de Joseph
Lutzenberger e de Fernando CORONA com o IBA-RS diferem no aspecto das suas iniciativas
administrativas, sociais e de agremiações de toda ordem.
Em consequência é difícil apontar, no
ensimesmado LUTZENBERGER, algum prosélito ou seguidor de suas pesquisas
estéticas ou atividade continuada numa agremiação de ARTES VISUAIS. Enquanto isto
o expansivo Fernando CORONA estava rodeado permanentemente com uma corte de
estudantes, discípulos e prosélitos (Fig. 20). Entre estes destacam-se especialmente os seus estudantes de ESCULTURA.
No aspecto
administrativo institucional Fernando CORONA era membro constate da COMISSÃO
TÉCNICA ADMINISTRATIVA (CTA). Este pertencimento, ações e propostas são
facilmente verificáveis nas atas CTA-IBA-RS. Nestas atas não se encontrou
LUTZENBERGER exercer alguma função administrativa além daquelas do magistério e
as obrigações decorrentes.
Corona foi agraciado com
o titulo de PROFESSOR EMÉRITO pela UFRGS Enquanto se desconhece qualquer
honraria conferida a LUTZENBERGER.
FERNANDO CORONA “José Di Francesca s” in
Espaço nº 4 - dez.1949
Fig. 21 – Aldo Locatelli incluiu, no mural de do ano de 1958, a imagem da obra de Fernando CORONA[1]
inspirada nas feições de José de Francesco (1895-1967) Este pintor, empresário do cinema, da publicidade
e da decoração era um artista irrequieto
, falante e expressivo típico emergido
do meio cultural de Porto Alegre[2]. Esta pessoa era uma figura em movimento perpetuo e com uma obra multifacetada que
sempre fascinou Fernando Corona[3]
Ao mesmo tempo tornou-se um colecionador da obra[4]
deste Nesta obra Fernando CORONA ultrapassa o arquétipo do “OVO” na sua interpretação
da face do seu amigo
A tarefa mais importante, a
qual Fernando CORONA se entregou no IBA-RS, era o PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM e da qual nunca se eximiu e deixou significativos registros e discípulos, Neste
PROCESSO de ENSINO APRENDIZAGEM Fernando CORONA distinguia a disciplina de
ESCULTURA da disciplina de MODELAGEM. Esta MODELAGEM era inteiramente orientada
pelos postulados tayloristas[5]
as ERA INDUSTRIAL e dada par grupos de 30 alunos, Enquanto isto na ESCULTURA
transmitia a sua experiência adquirida ao processo da OFICINA e ARTESANATO
PERSONALIZADO. Nas suas aulas de ESCULTURA estava atento aos poucos e
selecionados estudantes dos quais era orientador e avaliador severo, mas
respeitando o potencial de cada um com os seus progressos e descoberta
individuais.
[1] FERNANDO CORONA (1895-1979) – ESCULTOR – ESTUDOS de ARTE Nº 201
[2] - FRANCESCO, José de. Reminiscências de um artista. Porto
Alegre; s/editora. 1961.
[3] Fernando Corona
escreve em 1931 no seu Diário “Estudava anatomia e desenhava a noite com um grupo de rapazes orientados
pelo pintor Augusto Gabrielli. Aí conheci um homem, (era rapaz como eu) de uma
humildade como jamais havia visto. Chamava-se José de Francesco e falava
espanhol comigo por haver vivido com seus pais na República Argentina. Era tão
humilde que tremia as mãos quando
alguém chegava perto do lugar onde ele estava a desenhar modelo vivo. Minha
amizade por ele era sincera e o foi a vida toda, até a sua morte. Nunca
abandonei a carreira de José de Francesco. Como ele não chegou a entender o
segredo da pintura e como seu desenho fosse precário, seus quadros eram
ingênuos. Fiz muitas exposições aqui, no interior do estado e na Argentina e
Uruguai. Nunca o perdi de vista”.
[4] - Obra de José de Francesco da coleção de Fernando
Corona doado ao MARGS http://www.margs.rs.gov.br/catalogo-de-obras/J/16863/
[5] TAYLOR , Frederick Winslow
(1856-1915). Princípios de administração científica. 7.
ed. São Paulo: Atlas, 1980, 134 p.
Fig. 22 Comparação
do processo ensino-aprendizado orientado Fernando CORONA[1]A
No entanto em ambos dominavam a seriedade,
a coerência com tempo, lugar e da sociedade de origem dos seus estudantes Esta
coerência e seriedade deixou numerosos vestígios entre os
quais se destacam os três álbuns
fotográficos e que o mestre organizou e
deixou para a posteridade (figuras 23,
24 e 25) e que se encontram no acervo do
Arquivo do Instituo de Artes da UFRGS
O numero do gráfico refere-se ao numero que recebei na tese ORIGENS do INSTITUTO de ARTES]
CONCLUSÕES
A crise provocada pelo
ESTADO NOVO BRASILEIRO rompeu antigos paradigmas administrativos, didáticos e
estéticos no INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL.. O setor mais
atingido, ali, foi o CURSO de ARTES PLÁSTICAS. Positivamente multiplicaram-se,
ali, os cursos, o número e as diversas especializações de docentes. Os
estudantes tiveram de serem selecionados devido ao crescente do numero de
candidatos muito superiores ás vagas disponíveis no antigo sobrado. Em
consequência este foi demolido e construído um especifico para as ARTES,
Negativamente abria
espaço para o POPULISMO na UNIVERSIDADE A QUANTIDADE nem sempre EXPRESSA a QUALIDADE
do lado interno. No lado externo os formandos do CURSO SUPERIOR UNIVERSITÁRIO
de ARTES PLÁSTICAS do IBA-RS eram percebidos como um corpo estranho pelos velhos
hábitos da dependência e da servidão. Estes egressos tiveram de lutar, muitas vezes fracassavam e,
na maioria das vezes, se calavam dois anos após a sua imersão nos CURSOS
SUPERIORES.
No entanto permaneceram,
nas suas mentes o ensino, as concepções, os projetos, as obras físicas de
Joseph LUTZENBERGER e de Fernando CORONA. Destes DOIS DOCENTES de ARTES
permaneceu a sua carga de expressões da sua AUDÁCIA, da suas ENERGIAS e da sua COERÊNCIA
com na INSTITUIÇÃO com o seu TEMPO, SOCIEDADE e com o seu LUGAR.
É fatal a ENTROPIA de
suas memórias destes DOIS DOCENTES para aqueles que não tiveram estas
experiências pessoais e diretas e que vivem as circunstâncias de uma outra
SOCIEDADE de um outro TEMPO.
O que PERMANECE é o
PENSAMENTO destes DOIS DOCENTES. As suas OBRAS FÍSICAS são suportes do ESPANTO
que é o inicio de toda FILOSOFIA. Na sua materialidade são portadoras de algo
diferente. Estas OBRAS SÃO PRIMORDIAIS carregadas de signos e escadas materiais
para a imaterialidade do PENSAMENTO destes DOIS DOCENTES.
As suas circunstâncias
necessitam de muito mais atenção e realces do que a presente postagem que
permanece nos primórdios de uma NARRATIVA desenvolvida pelo MARGS no
âmbito de um TEMPO INDETERMINADO. Esta NARRATIVA não pretende ser definitiva
e muito menos totalizante. Cabe-lhe apenas inserir-se na busca constante e
da qual o convite da AAMARGS é apenas das testemunhas do 1º SEMESTRE de 2020.
Permanece, em aberto, o PROPÓSITO GERAL de criar outra
NARRATIVAS no contexto das ARTES VISUAIS no limite geográfico do estado do Rio
Grande do Sul. Esta abertura aponta para no projeto do
LABORATÓRIO DE HISTÓRIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL ainda no devir.
No
presente, este LABORATÓRIO, constitui um CONVITE GERAL e ABERTO para TODOS
AQUELES que de FATO GOSTAM de ARTE. GOSTAM e se DEDICAM como os DOIS DOCENTES
que foram fieis, a este PROJETO, até o final de suas vidas e do INSTITUTO de
ARTES que foi criado, para tal fim, no dia 22 de abril de 1908.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
ATCON, Rudolph P. ATCON e a Universidade Brasileira.
(Coordenação de José Serrano).
Rio de Janeiro: Techné. 1974, 322p[2].
CORONA, Fernando (1895-1979). Fídias, Miguel Ângelo e Rodin: tese de
concurso para
professor catedrático de escultura e modelagem do Instituto de de Belas
Arts da Universidade de Porto Alegre. Porto Alegre: Imprensa oficial, 1938, 83
p il.
-----------------Ismos: arte contemporânea (aula inaugural do IBA-RS em 03.03.1947 –
Anexa Carta de Atenas). Porto Alegre: Instituto de Belas Artes, 1947, 29
p
------------------«50 anos de formas
plásticas e seus autores». in Enciclopédia
Rio-Grandense. Canoas : Regional, 1956,
v. 3, pp 217-70
------------------A escultura do século XX. Porto Alegre: Faculdade de Arquitetura da
URGS. Palestra dia 19.09.1958, 27 f (mimeo)
----------------«Cem anos de formas
plásticas e os seus autores» in Enciclopédia
Rio-grandense: o Rio Grande Antigo. Porto Alegre: Sulina. 1968, v. 2,
pp. 143-164.
----------------Amêndoas e mel: Crônicas de Espanha. Porto Alegre: Sulina,
1969 139 p.
---------------- Palácios do governo do Rio Grande do Sul. Porto Alegre : CORAG,
11973, 44 p. il col.
----------------Caminhada nas artes: 1940-1976. Porto Alegre: UFRGS-
IEL/DAC/SEC-RS, 1977, 241 p.
DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Rio Grande do Sul
(1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre:
PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999. 377f
PORTANTIERO Juan Carlos(1934-2007)[3]..
Estudiantes y Política en América Latina: el proceso da la Reforma Universitaria (1918-1938). México:
Siglo Veintiuno,1978, 461 p.
REVISTA
do GLOBO. O
noivo edifício do Pão dos Pobres Porto
Alegre: Editora Globo nº 36 (nº 12
do ano de 1930) dia 30 de junho de 1930
pp, 45-48
SIMMEL, Georg Sociología y estudios sobre las formas de
socialización. Madrid: Alianza. 1986, 817.
2v.
TAYLOR , Frederick Winslow (1856-1915). Princípios
de administração científica. 7.
ed. São Paulo: Atlas, 1980, 134 p.
WORRINGER, Wilhelm (1881 - 1965). Abstraccion
y naturaleza. (1ª.ed. em1908). México :
Fondo de Cultura Econômica,
1953. 137p.
.
MANUSCRITOS de FERNANDO CORONA
CAMINHADA de FERNANDO CORONA: Tomo I. 01 de
janeiro de 1911 até dezembro de 1949 – donde se conta de como saí de casa e aqui fiquei para sempre: nasci num lugar e renasci
em outro onde encontrei amo
Tomo I 604 f.
Folhas
de arquivo: 210 mm X 149 mm.
Acervo
descendentes de Fernando Corona 1 )
CAMINHADA de FERNANDO CORONA. Tomo II
1945/49-1953. um homem como qualquer: renascer em um lugar e renascer em outro
Tomo II 220 f.
Folhas
de arquivo: 210 mm X 149 mm.
Acervo
descendentes de Fernando Corona ( 2 )
EUROPA 1952 : notas de viagem ; 1o
caderno 195 p.
Porto Alegre 16.01. 1952 – Veneza 09.04.1952.
Folhas
de caderno xadrez: 210 mm X 149 mm.
Acervo descendentes de Fernando Corona ( 5 )
EUROPA 1952: notas de viagem 2o
caderno 205
p.
Roma 11.04.1952 - Porto Alegre
29.07.1952
Folhas
de caderno xadrez: 210 mm X 149 mm.
Acervo descendentes de Fernando Corona ( 6 )
VIAGEM aos INCAS 1955
1956 88 f.
Folhas
de linha xadrez – caderno simples: 210
mm X 149 mm.
Acervo
descendentes de Fernando Corona ( 6 )
VIAGEM a CUBA – 1962 notas de viagem 199 f.
Folhas
de linhas simples em caderno espiral:
210 mm X 149 mm.
Acervo descendentes de Fernando Corona ( 9 )
COISAS MINHAS : 1962 1965 Brasília e outros
alpistes 85 f.
06.08. 1962 26.11.1965.
Folhas
sem linhas caderno simples: 210 mm X 149
mm.
Acervo descendentes de Fernando Corona ( 10 )
ÁLBUNS de
OBRAS de ALUNOS de
FERNANDO CORONA
[1] FERNANDO CORONA (1895-1979) – PROFESSOR ESTUDOS de
ARTE nº 203 –
[2] ATCON,
Rudolf Rumo à reformulação estrutural da universidade
brasileira: estudo realizado entre junho e setembro de 1965 para a Diretoria
do Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura
ESCULTURAS dos ALUNOS do INSTITUTO de BELAS ARTES Álbum
no 1 contém fotos e escritos de 1938 até 1956 99 folhas de arquivo: 297 mm
X 210 mm
com 332 fotos coladas Arquivo do Instituto de Artes da UFRGS
Fig. 23 Capa
do álbum de Fernando Corona no qual
registrava cuidadosa e individualmente
as obras e a evolução individual e coletiva dos ESTUDANTES de ESCULTURA
do Instituto de BELAS ARTES do Rio Grande o Sul No caso da aulas de MODELAGEM não havia
registro além dos cadernos de chamada. Nestas aulas de MODELAGEM havia um
programa progressivo ao longo de dois anos com uma aula teórica orientadora o
início de cada mês. O trabalho em placas de argila de 30 x 30 cm sobre tabuleta de madeira. No final do mês
havia uma avaliação de cada obra numa exposição das obras de todos exposta
publicamente. Depois a argila voltava ao tanque onde era amassado Gumercindo da
SILVA PACHECO (1924-2008) o GUMA- que se tornou artista com carreira propria
ESCULTURA dos ALUNOS do INSTITUTO de BELAS ARTES Álbum no 2
contém fotos e escritos de 1957
até 1965 71 folhas de arquivo: 297 mm X 210
mm com 167 fotos coladas Arquivo do
do Instituto de Artes da. UFRGS
Fig. 24 O
segundo álbum de obras de estudantes de ESCULTURA de Fernando Corona é
revelador tanto da evolução do mestre com das novas tendências observadas na
ARTE da TRIDIMENSALIDADE observável Instituto de BELAS ARTES do Rio Grande o Sul, Evidente
que não se trata de OBRAS de ARTE na medid emque o estudante ainda está na
heteronimi do mestre. No entanto é de se registrar que a maioria tomou est
impulso inicial para fazer um carreira solo e na qual tiveram não só projeção
individual, mas projetaram o seu saber adquirido no Rio Grande do Sul e Brasil
afora
CURSO de ARQUITETURA : Cadeira de MODELAGEM. 21.09.1955 + Viagem a Europa 1952 Documentário fotográfico de 1946 – 47 –
48 – 49 – 50 – 51 Folhas de arquivo: 297
mm X 210 mm como fotos coladas.Acervo do Arquivo do
Instituto de Artes da UFRGS
Fig. 25 Fernando
Corona lecionou no CURSO COMPLETA e SUPERIOR de ARQUITETURA do Instituto de BELAS ARTES do Rio Grande o
Sul. Ali usava as técnicas da MODELAGEM
em ARGILA para as MAQUETES de ARQUITURA e URBANISMO Este CURSO foi o
primeiro específico e completo de
ARQUITETURA no Rio Grande do Sul, Aquele da ESCOLA de ENGENARIA era uma
ESPECIALIZAIÇÂO para ENGENHEIROS após a sua diplomação Fernando CORONA não teve
aprovetamente quando se friuo a FACULDADE de ARQUITETURA e URBANISMO da UFRGS
FONTES NUMÉRICAS
DIGITAIS
CARTA de LE
BRETON ao CONDE da BARCA
Decreto nº 19851 de 11.04.1931
roa a Universidade Brasileira
A UNIVERSIDADE BRASILEIRA e a ARTE no PENSAMENTO de
TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA - Isto é ARTE nº 165 -
Joseph
Franz Seraph LUTZENBERGER (1882-1951)
Imagens da Europa
Biografia
Obras de Joseph Franz Seraph
LUTZENBERGER
_ estudantes
Edifício BASTIAN PINTO Obra de Joseph Franz Seraph LUTZENBERGER
AQUARELAS de Joseph Franz Seraph LUTZENBERGER
A CASA e FAMILIA de Joseph Franz Seraph LUTZENBERGER
Vila FLORES e Joseph Franz Seraph LUTZENBERGER
Ecologista José
LUTZENBERGER
ESCOLAS de ARTES
e OFÍCIOS em PORTO ALEGRE
PREDUO do ORFANATO PÃO dos POBRES - Porto
Alegre RS
*
+
Palácio do Comercio –
projeto - http://www.ufrgs.br/acervoartes/obras/desenho/desenho/lutzenberger-jose-2/view
FERNANDO
CORONA (1895-1979) –
Cronologia
das obras de Fernando Corona o RS
FERNANDO CORONA
(1895-1979) – PROFESSOR ESTUDOS de ARTE nº 203 –
Uma TOURADA
FRUSTRADA pelo TOURO0 e como FERNANDO CORONA CONVERTEU-SE para a
CULTURA SUL RIO GRANDENSE-nº 279. ISTO é ARTE
4/203-estudos-de-arte.html
FERNANDO CORONA
(1895-1979) – ARQUITETO ESTUDOS de ARTE nº 202 –
Edificio GUASPARI
Residência Guilhermino
CEZAR https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/6694/000445369.pdf?sequence=1
A presença de
Oscar Niemeyer em Porto Alegre deve-se a mediação de Eduardo Corona 1 – As ARTES e a
ARQUITETURA no IBA-RS
2- O II CONGRESSO de ARQUITETURA em PORTO
ALEGRE
3 – Oscar NIEMEYER e
formatura em 13.04.1949 do 1º Curso Superior de Urbanismo do Brasil
4 – Lições de Oscar NIEMEYER aos
jovens arquitetos
Eduardo CORONA
Luís Fernando
CORONA
Vídeo de Porto
Alegre dos anos 1930 e 1940 com obras de Lutzenberger e Corona.
TEIXEIRA, Paulo Cesar A Porto Alegre do arqiuiteto José Lutzenberger
Porto Alegre; Jornal do Comércio em 15.06.2020
-
Projeto de
Joseph LUTZENBERGER - Caduceu do Palácio
do Comercio –- https://pt.wikipedia.org/wiki/Palácio_do_Comércio
projeto
Fig. 26 O
caduceu do Palacio do Comércio ostenta, além de sua simologia, índices da passagem
do tempo e a sua pátina emprestam uma dignidade e uma confiança de que estamos
diante e um patrimônio de outro tempo, mas bem vindo e uma régua daquelo que é
cert e errado, do que pura veleidade daquilo que é solido
Este material possui uso
restrito ao apoio do processo continuado de ensino-aprendizagem
Não há pretensão de lucro ou
de apoio financeiro nem ao autor e nem aos seus eventuais usuários
Este material é editado e
divulgado em língua nacional brasileira e respeita a formação histórica deste
idioma.
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Origens do Instituto de Artes da UFRGS
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