O PENSAMENTO
de Walmir Felix AYALA
(1933-1991)
(1933-1991)
SUMÁRIO
1 – Natureza do
PENSAMENTO de Walmir
AYALA ..2 – Obstáculos sociais e culturais que Walmir
AYALA teve de enfrentar no
cultivo e na divulgação de seu PENSAMENTO
estético ..3 – O contexto social, econômico e estético
do PENSAMENTO de Walmir AYALA no Rio Grande do Sul. . ..4 – Walmir
AYALA afirma o seu
PENSAMENTO e colabora
na formação da consciência estética no
contexto sul-rio-grandense apesar das fragilidades, resistências
e silêncio oficial. ....... 5 – Leituras e narrativas estilísticas do PENSAMENTO de Walmir AYALA......6 – O profissionalismo, a projeção e permanência do PENSAMENTO de Walmir
AYALA ........ 7 – Etapas
da transição do PENSAMENTO de Walmir AYALA o mundo prático e empírico. ......8 -
Permanência do potencial do PENSAMENTO de Walmir AYALA apesar
da sua ausência física, .........09 – O pensamento de Walmir
AYALA introduz outras
ESTRATÉGIAS para se tornar AUTÔNOMO do
MUNDO OFICIAL e assim ampliar o seu potencial do intelectual e esteta e se
aproximar da lógica da livre iniciativa da ERA INDUSTRIAL. .......10 - O
PENSAMENTO de Walmir
AYALA e o seu legado
institucional . ...........FONTES
BIBLIOGRÁFICAS relativas ... Walmir AYALA......FONTES
BIBLIOGRÁFICAS TEÓRICAS CITADAS.......FONTES
NUMÉRICAS DIGITAIS...
. Fig. 01 – A obra de Walmir AYALA deu vez e voz aos silenciosos
artistas visuais. Sem renunciar ao fluxo da sua poderosa inteligência e sua sensibilidade estética Walmir construiu
pontes narrativas para a expressão POÉTICA VISUAL.. De outra parte o
pensamento de AYALA foi coerente com os veículos de comunicação da culminância
da ERA e da INDUSTRIAL CULTURAL
BRASILEIRA da qual foi uma das expressões criativas.
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1 – Natureza
do PENSAMENTO de Walmir AYALA
Pode-se entender a natureza do PENSAMENTO de Walmir
AYALA como um esforço intelectual para se aproximar e buscar entender o
artista e suas obras visuais. De um lado
soube manterá as suas competências de escritor, de jornalista, de cronista e de
poeta[1].
De outro lado manteve a mesmas competências e autonomia para o campo das artes.
Retribuiu esta confiança destes artistas com textos, crônicas e com a
continuidade do DICIONÁRIO BRASILEIRO dos ARTISTAS PLÁSTICOS[2] iniciado pelo seu amigo Carlos Cavalcanti
(1909-1973)[3]
[2] Dicionário de Brasileiro de ARTISTAS PLÀSTICOS http://www.conradoleiloeiro.com.br/peca.asp?ID=2544876&ctd=16&tot=&tipo=
Fig. 02 – A efetiva colaboração de Walmir AYALA com
Carlos CAVALN TI (1909-1973) permitiu que a obra DICIONÀRIO BRASILEIRO da ARTES
PLÁSTICAS chegasse ao término, em 1980,
após o desaparecimento prematuro do seu titular A coleta dos verbetes dos artistas foi
determinada, em grande parte, pela sua frequência com estes nomes foram
acolhidos pelo mercado de arte e pela culminância dos veículos de comunicação
da imprensa da ERA INDUSTRIAL. Estes mesmos nomes podem ser conferidos na
internet e avaliados pela sua presença nos instrumentos culturais da ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL;
Nas suas aproximações e interações com as artes
visuais por meio das suas experiências estéticas e as suas socializações ele
não abandonou seu MODO de SER POETA. A escolha do seu repertório verbal está carregada
com ressonâncias poéticas e por meio das quais ele realiza uma efetiva ponte
entre o MUNDO VISUAL e as FORÇAS POÉTICAS. Neste sentido é possível perceber um
esforço de juntar o que o mundo prática da ERA INDUSTRIAL fragmentou e a ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL ATOMIZOU em MIGALHAS
ESPARSAS
2 –
Obstáculos sociais e culturais que
Walmir AYALA teve de
enfrentar no cultivo e na divulgação de seu PENSAMENTO estético
A novidade desta interação poética visual Walmir AYALA não foi percebida imediatamente
no Rio Grande do Sul. Assim teve de
procurar o Rio de Janeiro no qual criou suportes para o seu pensamento e para
práticas jornalísticas
Se ele abandonou fisicamente o seu estado natal, em
contrapartida elevou a sua produção ao nível de tantos intelectuais, artistas e
políticos sul-rio-grandenses que fizeram da antiga capital brasileira a sua
caixa de ressonância. Seria longa a lista de artistas visuais, músicos,
literatos e políticos que fizeram do centro do Brasil o seu cenário sem perderem
a sua identidade. Antes, ao contrário, tiveram ali as circunstâncias do
potencial que traziam do extremo sul do Brasil. Walmir Ayala foi um destes poetas,
escritores, historiadores, críticos e cronistas de artes visuais que teve de abandonar a sua terra de origem para
ir para onde pudesse ter condições mínimas para estar voltado para as
experiências estéticas materiais das artes visuais
Assim Walmir AYALA teve da abandonar cedo o Rio Grande do Sul para ir ao Rio De
Janeiro. Ali teve suporte para praticar o seu pensamento, sua poesia, a sua
escrita, ser critico e cronista de artes visuais e historiador
Fig. 03 – Na obra DESENHO da VIDA Walmir AYALA percorre as vias poéticas e deixa
a marca de sua senilidade em narrativas líricas de suas experiências
existenciais mais profundas. Ele não renunciou a este seu modo de ser
diante das OBRAS de ARTES VISUAIS nas quais irá de tratar de perceber as buscas
líricas naquelas obras que usam a forma plástica, a cor e a textura. .
A partir destes signos sensoriais
plásticos que ele irá conceber a sua obra “A
criação plástica em questão” e testa
isto com 37 aristas que gravitam ao redor do seu universo poético
3 – O
contexto social, econômico e estético do PENSAMENTO de Walmir
AYALA no Rio Grande do Sul. .
O Rio Grande do Sul do poeta, escritor,
historiador, critico e cronista de artes visuais Walmir
AYALA estava saindo do torpor do ESTADO NOVO (1937-1945). A forte reação
regionalista à queima da sua bandeira e a proibição dos símbolos do Rio Grande
do Sul e a retomada dos seus valores regionais ocupou um a geração. Este
direcionamento para dentro de si mesmo alienava para as ATUALIZAÇÕES das
INTELIGÊNCIAS, das VONTADES e dos SENTIMENTOS que não estivessem sintonizados com os seus valores regionais.
Uma sociedade, fortemente hierarquizada pelos
valores econômicos, filtrava, apoiava e
promovia aquilo que lhe fornecia prestígio, fama e especialmente poder
político.
Uma nova geração, ideias diferentes dos tradicionais
e PESQUISAS ESTÈTICAS significativas estavam fora de pauta para desta SOCIEDADE
SUL-RIO-GRANDENSE saída da II GUERA MUNDIAL. A forte dialética entre a
ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA, promovida pela INDÚSTRIA CULTURAL mais adianta,
não poupava qualquer VELEIDADE de PESQUISA ESTÉTICA LOCAL. De outra parte a
cisão entre o mundo capitalista e socialista, desta época, encontrava
argumentos fáceis e poderosos, dos dois lados, para desqualificar, anatematizar
e acabar com qualquer PESQUISA ESTÉTICA LOCAL.
De outra parte um jovem PESQUISSADOR e na BUSCA do
RECONHECIMENTO encontrava no Rio de Janeiro - vivendo os últimos anos como
capital nacional os fulgores das luzes
de um crepúsculo – não o apoio que carecia na sua origem, mas autonomia e a
liberdade de um pesado PATRULHAMENTO REGIONALISTA.
Este pesado PATRULHAMENTO REGIONALISTA não podia
recusar e desqualificar a obra daquele que ganhava notoriedade nesta velha e
tradicional capital nacional brasileira.
Certamente a obra de Walmir Felix AYALA se inscreve entre aqueles
que abandonaram a sua terra natal para conquista-la pela QUALIDADE de sua PESQUISA ESTÉTICA que lhe era impossível
onde nenhum profeta e bem recebido na aldeia de sua origem.
Fig. 04 – Na obra
“A criação plástica em questão” Walmir AYALA busca e demonstra nas respostas o
PENSAMENTO d em seleto grupo d ARTISTA VISUAIS VIVOS de sua geração. Com
esta obra ele demonstra que a “OBRA de ARTE é uma COISA MENTAL” na linha de
Leonardo da Vinci. De outra parte demonstra que este PENSAMENTO é ERUDIÇÂO de
OUTRA NATUREZA, PENSAMENTO inteiramente coerente com a sua existência ao lado
dos demais saberes da UNIVERSIDADE.
4 – Walmir AYALA afirma o
seu PENSAMENTO e colabora na formação da
consciência estética no contexto
sul-rio-grandense apesar das fragilidades,
resistências e silêncio oficial.
O ano de 2017 foi pródigo em patrulhamentos morais,
estéticos e políticos das expressões artísticas. As Artes Visuais sofrearam
verdadeiras campanhas de controle, cerceamento e desqualificações. Talvez a
falta de um PENSAMENTO, de lima AUTONOMIA INTELECTUAL e a FIRMAÇÂO da AUTONOMIA
do ARTISTA abriram flancos a estas hordas de moralistas da arque e para
aparecerem na mídia.
Esta patrulhamento morais, estéticos e políticos
das expressões artísticas já havia sido
tratados por Walmir AYALA. Desta sua
preocupação são testemunhos os versos publicados em 22 de maio de 1982 no Correio do Povo de Porto Alegre.
ODE à CENSURA
De Walmir AYALA
Censuremos a pornografia da fome,
...do desemprego,
...da indústria da educação,
...da propaganda mentirosa.
A pornografia da violência policial,
...da tortura,
...das máscaras eleitorais,
...dos aumentos do pão e do leite.
A pornografia da irrealidade dos salários do Povo
... e da irrealidade dos salários dos que decidem o
mesquinho salário do povo.
A pornografia da falta de solidariedade,
... da demagogia com pés de lã,
...da corrupção oficializada,
... do pseudomoralismo despistado.
A pornografia dos linchamentos,
... da lentidão da justiça,
... do olho vesgo
da justiça,
...do pedestal vazio da própria justiça.
A pornografia da
justiça que se quer feita pelas próprias mãos.
A pornografia do medo, da insegurança,
...das comissões que justificam o crime,
...do variado preço da “cerveja”
...com que se amansa o gato da fiscalização.
A pornografia do símbolo do leão
...como carrasco dos que se equilibram
perigosamente,
... na rede milionária dos impostos.
A pornografia da fábrica de mortos,
..ou das mortes cinicamente adiadas,
...nos institutos da previdência social !
A pornografia das ricas reservas de ouro.
... minério e petróleo,
...caracterizando um pais rico infestado de
miséria.
Censuremos todas estas pornografias que nos aviltam
...não à ingênua pornografia que pelos olhos ou
pela imaginação,
...monta sua máquina monótona,
..no espaço supérfluo do nosso sonho.
Porto Alegre, Correio do Povo – Letras & Livros, 22 de maio de 1982
Aos
moralistas de ceroulas, as palavras proféticas do poeta Walmir Ayala 13/09/2017
in https://jornaloexpresso.wordpress.com/2017/09/13/aos-moralistas-de-ceroulas-as-palavras-profeticas-do-poeta-walmir-ayala/
Estes versos ressoaram de novo, no ano de 2017, particularmente
nos versos do poeta, escritor, historiador, critico e cronista de artes
visuais que teve da abandonar o Rio Grande do Sul. Na multidão de
outros PENSADORES no Rio de Janeiro Walmir
AYALA pode praticar e ter suporte do seu pensamento voltado para as
experiências estéticas materiais significativas das artes visuais sem se perder
em intrigas, maniqueísmos de gente de rua.
Gente de rua para a qual Aristóteles já havia escrito no Penúltimo aforismo dos seus Tópicos[1] que:
“não se deve argumentar com todo mundo, nem praticar
argumentação com o homem da rua, pois há gente com quem toda discussão tem por
força que degenerar”
Esta triste conclusão
do mestre é um desabafo após exaurir a sua inteligência, a sua vontade e os
sentimentos no ensino dos princípios básicos da Retórica ao seu discípulo
Alexandre Magno. Walmir AYALA usou a arte poética
Fig. 05 – Acima a resposta do artista Humberto Espíndola
em relação à questão “CONCEITO de NOVO” nas ARTES VISUAIS elaborada por Walmir
AYALA . Certamente não foi acaso a escolha deste artista visual do Mato
Grosso. Espíndola buscou a fonte de sua inspiração
e motivação nos temas regionais mas os
projetou como poderosa e autêntica
contribuição ao pensamento brasileiro.
[Clique sobre o texto da imagem para ler]
5 – Leituras e narrativas estilísticas do PENSAMENTO de Walmir AYALA
Numa das suas refinadas críticas Revista BANZEIRO[1]
Walmir AYALA expõe as experiências
estéticas da ARTE POÉTICA. Vale a pena ler este texto em relação a um
concorrente e no qual certamente existe um PENSAMENTO muito de autobiográfico
A poesia como um desesperado recurso
de sobrevivência. Resistir, ironizar, tanger o lugar comum e transformá-lo num
código. Assim canta o poeta Luís Augusto Cassas. Este seu Rosebud é uma
sucessão de surpresas, deboches e distanciamentos de um puro maldito. Mas com a
poesia sempre presente. No discurso mais trivial está a poesia, porque as
linhas e entrelinhas estão curtidas de transcendência. Ele parece ter pudor
destes voos, mas não escapa. Desenha com incisão dolorosa o retrato do poeta, e
nele assomam ressonâncias dos antecedentes — Pessoa, Castro Alves, Drummond,
não devolvidos antropofagicamente, mas gozosamente embutidos, em levíssima
citação, no transcorrer da música do verso.
A música. Poesia é antes, de tudo
música, e que bom instrumento nos dá Luís Augusto Cassas. Lemos derramados e
escorregando como de um tobogã alucinante. É viagem e denúncia, sem
interrupção.
“Escrevo com a tinta do ódio”, diz
ele. E nisto não convence. Porque sem amor não galgaria tantas montanhas, não
se perderia em tantos córregos, não tocaria o pó, o sujo, o sublime, o
cotidiano com todas as suas celebrações e seus desgostos.
As dores do mundo estão de repente
presentes, como em Um Poster contra a Posteridade; os desgastes domésticos,
como em Supermercado; a dor, o troco da dor como um sobrante que não se esgota.
Há uma litania perversa em A Mulher
dos Lábios de Atração Turística, onde o trágico vai se metamorfoseando em quase
compaixão. Há jeux de mots, como em A Indesejada, onde se visualiza um teatro
do absurdo, concreto e escarrado. A arte poética, em Dialética do Olho Roxo, é
das mais originais. Quem atravessar a fronteira desta agressão amorosa não se
perderá jamais da poesia.
Esta sucessão anarquista de provas
de amor à poesia, por sinal, faz deste livro uma Arte Poética inconsútil. A
sinistra elegia ao peru é uma obra prima, uma abrangência do histórico que se
faz cotidiano e imediato, um crime que se mistura à compaixão e à fatalidade do
destino. Mesmo em perigosas situações poéticas como em O Rebanho de Deus,
sai-se digno, limpo e nítido na sua crítica. Há o terrível poema Tratamento de
Choque, um dos modelos perfeitos de sua inversão de valores, aparentemente
delirantes, mas cheios de trágica verdade. E a risada intercalada do Obituário dos
Poetas, a Missa Negra onde a poesia pousa na lápide, a Cronologia do Poema.
Página a página encontro o verdor da
poesia, e me gratifico.
Na concepção de Pierre BOURDIE o artista produz
para os seus concorrentes que são os poucos a compreender as suas obras, os
seus argumentos e pensamentos. As
refinadas críticas de Walmir AYALA fluem
e se libertam quando encontra no seu caminho alguém entregue, como ele, em
experiências estéticas da ARTE POÉTICA. Nestas leituras e narrativas
estilísticas do PENSAMENTO de um OUTRO fluem e se libertam os valores subliminares que alimentam os
seus sentimentos, vontade e inteligência.
Fig. 06 – Uma caraterização da figura de Walmir AYALA para a obra que
organizou e divulgou as pessoas mais expressivas do mundo das Letras do estado
do Rio Grande do Sul. Este gesto é uma amostra como pensamento não possui fronteirar regionais e
se universaliza a obra de AYALA pela sua qualidade e sua coerência de que é
portadora.
6 – O profissionalismo, a projeção e permanência do PENSAMENTO de
Walmir AYALA
O que permanece é o PENSAMENTO. Especialmente
quando este PENSAMENTO atinge o nível do VERBO, da PALAVRA e da NARRATIVA ESCRITA
e de modo particular quando atinge a materialidade IMPRESSA.
O VERBO IMPRESSO, manejado por Walmir AYALA, tornou-se oceânico, Se de um lado a ERA INDUSTRIAL
estimulou este fertilidade, de outro lado esta mesma ERA das MAQUINAS, trabalha com a
obsolescência programada e transforma o OBRA de ARTE em TRABALHO destinado ao
consumo, ao uso e ao descarte imediato.
Apesar dos atropelos da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL ela
possui as condições matérias para acumular em “NUVENS”. De outra parte a ERA
NUMÈRICA DIGITAL está se apropriando da produção da ERA das MAQUINAS ANALÓGICAS
e transformá-la em códigos binário. O desafio é esta migração da obra de Walmir AYALA para a ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL.
Certamente não se
discute o valor intrínseco da obra do poeta, escritor, historiador, critico e
cronista de artes visuais. O problema é novamente
VELEIDADE da ATUALIZAÇÂO das INTELIGÊNCIAS - que é PASSIVA e RECEPTIVA - contra a PESQUISA ESTÉTICA LOCAL que é ATIVA
e PROPOSITIVA e que BUSCA o RECONHECIMENTO
objetivo e coerente – Propósito que leva para PROJETOS, para CONTRATOS e
realizações que garantam a permanência do
PENSAMENTO de Walmir AYALA
Fig. 07 – Acima a resposta de IBERÊ à indagação de
Walmir AYALA em relação a trabalho ANÔNIMA, em EQUIPE ou AUTORAL de artista
visual. Certamente o PENSAMENTO de AYALA partiu das circunstâncias da ERA e
da INDÚSTRIA dos veículos de comunicação CULTURAL e que predominantemente são
em EQUIPE. De outra parte, como bem demonstrou IBERÊ na sua resposta, mesmo
nesta circunstância ANÒNIMA e de EQUIPE o criador sempre será o MESTRE. Em
outros termos o ARTÌSTA é PRÍNCIPE na mediada em que PRINCIPA e ORIENTA a
CRIAÇAO da OBRA de ARTE que vem para ficar como culminância no PATRIMÔNIO
COLETIVO da HUMANIDADDE
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7 – Etapas da transição do PENSAMENTO de Walmir AYALA o
mundo prático e empírico.
As etapas, vividas por Walmir
AYALA, constituem um contínuo e um projeto que ele assumiu na sua juventude. A sua mudança para a Capital Federal aos 23
anos de idade, conferiu-lhe a certeza que alimenta o PENSAMENTO de todo o
emigrado que abandona a sua terra de origem e queima os navios de sua
travessia. O seu novo porto foi a POESIA, a ESCRITA, PROFISSIONAL, a CRÔNICA
DIÁRIA, a NAARATIVA HISTÓRICA e a CRÌTICA de ARTES VISUAIS.
Nesta direção uma síntese biográfica ajuda a
compreender o compromisso desta mudança. Para tanto é útil a leitura de uma
pequena resenha de algumas das suas obras poéticas com um breve biografia[1]
que se reproduz a seguir:
“Walmir Félix
Solano Ayala, poeta, romancista, crítico de arte, contista,
memorialista e autor de literatura infantil, nasceu em Porto Alegre (RS) no dia
04/01/1933. Seu primeiro livro, "Face dispersa", foi publicado em
1955. Em 1956 mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro. Dentre suas mais de cem
obras, destacamos: "Diário I (Difícil é o Reino)"; "A Beira do
Corpo" (romance); "Chico Rei e a Salamanca do Jarau" (teatro);
"A Toca da Coruja" (literatura infantil, Prêmio Nacional de
Literatura Infantil do INL)"; "Ponte Sobre o Rio Escuro"
(contos, Prêmio Nacional de Ficção do INL) e "A fuga do Arcanjo"
(diário íntimo). O intelectual ora enfocado faleceu na cidade do Rio de Janeiro
(RJ) em 28/08/1991”.
A breve vida de Walmir AYALA teve uma intensidade,
uma urgência e coerência interna de tal ordem que a sua OBRA coincide com o seu
ENTE Ele expressa este seu ENTE no seu MODO de SER poeta, esteta, comunicador e
pesquisador. No cenário dos demais PENSADOR das ARTES VISUAIS
SUL-RIO-GRANDENSES encontra-se raramente esta INTENSIDADE, COERÊNCIA, RITMO,
QUANIDADE e QUALIDADE de PRODUÇÂO.
[1] Síntese biográfica de Walmir AYALA em
http://historiadosamantes.blogspot.com.br/2009/09/walmir-ayala.html
Fig. 08 – Numa entrevista Walmir AYALA realiza uma avaliação de suas escolhas
pessoais e expressa a sua autonomia do seu PENSAMENTO em relação SENSO COMUM. Pode-se
pensara numa TESE que contraria o SENSO COMUM. Ele enfrenta a ANTITESE de uma CARREIRA PROFISSIONAL de sucesso
garantido. A SÌNTESE é realizada pelo seu interlocutor que acolhe e divulga o
seu PENSAMENTO
.[Clique sobre o texto da imagem para ler]
8 -
Permanência do potencial do PENSAMENTO de Walmir AYALA apesar da sua ausência física,
Foi como critico e cronista de artes visuais que Walmir AYALA retomou uma tradição de
perguntar aos artistas aquilo que eles PENSAVAM do seu campo de forças.
Retomava o caminho de Giorgio VASARI (1511-1574)[1]vinda
do Renascimento e retomada por DUQUE ESTRADA[2],
no Rio de Janeiro no início de século XX.
Evidente
não se tratava de perguntar por perguntar, mas expor ao artista, as suas
próprias dúvidas, incertezas e convicções de alguém que respeita, registra e
socializa o PENSAMENTO que colhe dos criadores de artes Visuais.
Tanto VASARI, como DUQUE ESTRADA e AYALA publicaram
e fizeram circular o PENSAMENTO dos ARTISTAS VISUAIS do SEU TEMPO. Porém cabia
a que iniciava este jogo estabelecer e até condicionar a direção deste
pensamento.
Fig. 09 – Acima as perguntas que Walmir AYALA encaminhou
aos artistas visuais de sua geração. Artistas que receberam espaços nacionais onde as suas obras eram conhecidas e
reconhecidas. As perguntas, quando inteligentes despertam as mais profundas
ressonâncias, questionamentos e sínteses tanto a quem são dirigidas como
naqueles que assistem a este jogo de interesses recíprocos. Estas perguntas
são provenientes do mais puro e sincero interesse do PENSAMENTO de AYALA. O que
é admirável é o numero (37) de artistas que respondeu e a qualidade das
respostas que figuram e constituem o conteúdo
da obra de AYALA, Walmir A criação
plástica em questão. Petrópolis: Editora Vozes, 1970, 283 p O
pensamento e interesse de AYALA evidenciam muitas das suas próprias dúvidas
e incertezas diante das OBRAS de ARTE. Dúvidas e incertezas que expressam a
busca permanente de formas sensórias que façam sentido num determinada SOCIEDADE,
ÉPOCA e LOCAL específica
[Clique sobre o texto da imagem para ler]
Fig. 10 – O artista FRANS KRAJBERG
(1921-2017) também esclarece sua posição em relação a ANONIMATO, COLETIVO e a
INDIVIDIALISMO nas ARTES e formulada por Walmir AYALA. Esta era um questão para
AYALA que sempre trabalhou, produziu e
divulgou a sua criação na INDUSTRIAL CULTURAL que é essencialmente coletiva. No
entanto esta coletividade alimenta-se da originalidade poética de um pensamento
individual e personalizado. Certamente
a resposta de KRAJBERG, ao se fixar na OBRA de ARTE, o admite como um índice
desta criatividade tanto INDIVIDUAL como COLETIVA.
Na medida da que Walmir
AYALA perguntava ele expõe seus interesse, falhas e até idiossincrasias que
condicionam a direção deste pensamento. No contraditório a incomensurável
extensão do campo de forças das artes jamais se esgota com estas perguntas
pontuais; Perguntas pontuais provenientes do INTERSSE de SE COMUNICAR e COMUNICAR
o que se passa no CAMPO da EXPRESSÃO da ARTE.
09 – O pensamento de Walmir AYALA introduz outras ESTRATÉGIAS para se tornar AUTÔNOMO do MUNDO OFICIAL e
assim ampliar o seu potencial do intelectual e esteta e se aproximar da lógica
da livre iniciativa da ERA INDUSTRIAL.
Nas suas perguntas aos artistas relativas Walmir
AYALA revela uma estratégia
respeitosa de alguém que não é do campo das artes visuais, mas que possui
sincero desejo de conhecer e interagir nesta campo. Ele entra perguntando com a
sincera intenção de aprender e COMUNICAR as suas descobertas a quem o quiser
ler
De outra
parte este poeta, escritor, historiador, critico e cronista de artes visuais estava
operando na lógica da livre iniciativa da ERA INDUSTRIAL Esta lógica é proveniente
da necessidade material de reduzir o que se passa no CAMPO da EXPRESSÃO da ARTE
para o INTERSSE dos VEÍCULOS de COMUNICAÇÃO. As MIDIAS DISPONÌVEIS e a LÓGICA
das MÁQUINAS OPERANDO num SISTEMA com ENTRADA, ELABORAÇÂO, SAIDA e seguido,
normalmente, pelo DESCARTE para dar lugar para outra SÈRIE de OBJETOS
rigorosamente iguais entre si.
Fig. 11 – O antigo prédio da prefeitura e depois Câmara
da cidade de Saquarema[1]
do Estado do Rio de Janeiro recebeu o nome Centro Cultural Walmir AYALA. Esta
designação é uma reverência ao PENSAMENTO de AYALA é de ser esperar, neste
local de prestígio, a formação de um núcleo
documental de sua obra e especialmente pesquisas, divulgações e encontros
10 - O PENSAMENTO de Walmir AYALA e o seu legado institucional.
O poeta, escritor, historiador, critico e cronista
de artes visuais Walmir AYALA produziu fora da universidade e das academias de arte.
A sua rápida passagem pela Pontifícia Universidade Católicas do Rio Grande do Sul foi num curso
superior de Jornalismo.
A sua imediata inserção na INDÚSTRIA CULTURAL o
levou a confiar o suporte do o seu pensamento para a lógica da ERA INDUSTRIAL.
Em 2017, este PENSAMENTO está estacionado diante dos portões da ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL a espera de ser reelaborada para os meios e suportes numéricos
digitais.
O que é de se esperar é o fato de que a ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL é o espaço dos BENS
CULTURAIS SIMBÓLICOS reelabore narrativas cuja matéria prima é este PENSAMENTO e de Walmir AYALA e as suas experiências estéticas materiais das artes
visuais
Tanto o Rio
de Janeiro como Porto Alegre não esqueceram deste PENSAMENTO. O Rio de Janeiro
dedicou o nome de CASA CULTURAL na cidade de SAQUAREMA de Walmir AYALA. O Estado do Rio Grande dos Sul dedicou-lhe um número
de uma coleção aos escritores de maior prestigio público.
Fig. 12 – O Estado do Rio Grande do Sul organizou
e divulgou a obra Walmir AYALA como uma das mais expressivas do mundo das suas Letras.
Apesar de Walmir AYALA deixar cedo o Rio
Grande do Sul, ele jamais esqueceu as suas origens. Um estudo e uma amostra de sua obra é um
gesto é uma amostra como pensamento não
possui fronteirar regionais. No entanto o PENSAMENTO de AYALA
se universalizou pela qualidade de
sua obra e pela coerência do seu TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE de quem a sua OBRA
torna-se um índice significativo.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS relativas a Walmir AYALA.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS TEÓRICAS CITADAS
AYALA, Walmir A
criação plástica em questão. Petrópolis: Editora Vozes, 1970, 283 p.
CAVALCANTI,
Carlos e AYALA Walmir. DICIONÁRIO
BRASILEIRO de ARTISTAS PLÀSTICOS.
.Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973,
4 volumes
FONTES NUMÉRICAS
DIGITAIS
Bibliografia de OBRAS de WALMIR
AYALA
https://www.escritas.org/pt/estante/walmir-ayala
https://www.escritas.org/pt/estante/walmir-ayala
CARLOS CAVALCANTI
AYALA, Walmir A
criação plástica em questão. Petrópolis: Editora Vozes, 1970, 283 p.
BIOGRAFIA
resenha
Comentário crítico
Obras
+
Poesias
O DIÁRIO
A poesia de
Luís Augusto CASSAS analisada por Walmir YAL
na Revista BANZEIRO Walmir Ayala
Dicionário de Brasileiro de
ARTISTAS PLÀSTICOS
CARLOS CAVALCANTI
Luis GONZADA DUQUE ESTADA
Entrevista com HELIUS SEELINGER em “INQUIETAÇÃO das ABELHAS”
in
LÚCIO CARDOSO- obra de 1991 e não
editada em vida de Walmir AYALA
CASA de CULTURA WALMIR AYALA em
SAQUAREMA – RJ
SAQUAREMA
http://telmacriarte.blogspot.com.br/p/arquivo-aaps.html
PROPOSTA de
ESTUDO dos PENSADORES das ARTES VISUAIS do RS
Estudado, no dia
24.08.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 03
Olinto Olympio de
OLIVEIRA (1866-1956)
Estudado, no dia
19.10.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 09
Fábio de BARROS
(1881-1951)
Estudado, no dia
28.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 07
Ângelo GUIDO GNOCCHI ( 1893-1969)
Estudado, no dia
21.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 06
Fernando CORONA (1895-1979)
Estudado, no dia
14.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 05
Tasso Bolívar Dias CORRÊA (1901-1977)
Estudado, no dia
05.10.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 08
Athos DAMASCENO
FERREIRA (1902-1975)
Estudado, no dia 31.08.2017,
pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 04
Herbert CARO
(1906-1991)
Estudado, no dia
26.10.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 10
Aldo OBINO
(1913-2007)
Estudado, no dia
09.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 11
Alice SOARES
(1917-2005)
Estudado, no dia
16.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 12
Francisco
Rio-pardense MACEDO (1921-2007)
Estudado, no dia
23.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 13
Frei Antônio do
Carmo CHEUICHE (1927-2009)
Estudado, no dia
07.12.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 15
Carlos SCARINCI (1932-2015)
Estudado, no dia
30.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 14
João Carlos
TIBURSKY (1950 -+17.04.2011)
Estudado, no dia
21.12.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 17
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VISUAIS do RS
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Bravos Círio!!! Parabéns!! Muito obrigado. Onde quer que esteja, o Walmir está exultante, creia!!!
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