As ARTES VISUAIS na ESTÉTICA AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE.
01 - PROJEÇÕES
ESTÉTICAS AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE no ÂMBITO da ERA PÓS INDUSTRIAL. 01.1 –0– A
IDENTIDADE AFRICANA e a ERA PÓS INDUSTRIAL
1.2 – – A
IDENTIDADE AFRICANA no CURSO da VIDA.
01.3 –.A IDENTIDADE AFRICANA como TABU na CULTURA do
DOMINADOR 01.4 – ENERGIAS da IDENTIDADE AFRICANA para
ENFRENTAR o TABU do DOMINADOR.
02 - - AFRICA: o BERÇO da HUMANIDADE 02.1 - A RAIZ
da FORÇA da IDENTIDADE AFRICANA. 02.2 - A FORÇA da IDENTIDADE AFRICANA. no
PLANO MUNDIAL. 02.3 – ARGUMENTOS para SILENCIAR a FORÇA da IDENTIDADE AFRICANA. 02.4 –
A FORÇA da IDENTIDADE AFRICANA no RIO GRANDE do SUL. 02.5 – MEIOS PRECÁRIOS
da IDENTIDADE AFRICANA no RIO GRANDE do SUL
03 -. A GUERRA SIMBÓLICA e a ARTE AFRO-SUL-RIOGRANDENSE 03.1 - Da PASSIVIDADE
para a AFIRMAÇÃO da IDENTIDADE. 03.2 -
ÍNDICES da AFIRMAÇÃO da IDENTIDADE AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE. 03.3 - ÍNDICES da ANTROPOLÓGICOS da IDENTIDADE
AFRO-SUL-RIOGRANDENSE.
04 - A LOGÍSTICA e as ESTRATÉGIAS para o ESTUDO
da ARTE AFRO-SUL-RIOGRANDENSE 04.1 - RUPTURA
com a IDENTIDADE EUROCÊNTRICA 04.2 - ESTRATÉGIAS para o ESTUDO da ARTE
AFRO-SUL-RIO- GRANDENSE - 04.3 –
ENTULHOS a REMOVER no ESTUDO da ARTE
AFRO-SUL-RIO- GRANDENSE
05
ESTUDO da ARTE AFRO-SUL-RIOGRANDENSE sem PERDER a ESSÊNCIA. 05.1
- A AFIRMAÇÃO da IDENTIDADE de fora e de
dentro da ETNIA.AFRO. 05-
2 - COMPETÊNCIAS ESTÉTICAS do CONTEÚDO
das FORMAS da ARTE AFRICANA 05.3
- O DESAFIO do ESTUDO, SISTEMATIZAÇÃO e
SOCIALIZAÇÃO da ARTE AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE 05.4 -
INTERESSES ECONÔMICOS, SOCIAIS e POLÍTICOS contra o ESTUDO, SISTEMATIZAÇÃO e SOCIALIZAÇÃO da ARTE AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE 05.5 - FORTUNA da RESISTÊNCIA da IDENTIDADE da ETNIA
AFRO.
Pegada Africana _ Vinicius Vieira _ Museu de
Percurso do Negro em Porto Alegre _ Praça da Alfândega
Fig. 01
– A calçada da Praça da Alfândega de
Porto Alegre recebeu um índice visual e
material que a identificam como um dos lugares de ingresso das sucessivas ondas de africano em
território sul-rio-grandense ondas migratórias humanas estão em pleno curso na
época pós-industrial. No entanto o continente africano parece ter as
primeiras pegadas da transição entre os hominídeos até chegar aos seus
descendentes atuais. As ondas destes
descendentes se espalharam por todo o planeta e estão na código genético de
toda a humanidade..
01 - PROJEÇÕES ESTÉTICAS AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE no ÂMBITO da ERA PÓS INDUSTRIAL
01.1 – A IDENTIDADE AFRICANA e a ERA PÒS INDUSTRIAL
A competência das presentes
postagens são as ARTES VISUAIS que se desenvolvem no limite do território do
Rio Grande do Sul. Os índices da sua percepção, da sua observação e da sua
divulgação ocorrem na época pós-industrial e por ela são condicionadas. Assim
há necessidade de ultrapassar os conceitos e os paradigmas ciados e uados pela
ERA INDUSTRIAL e que ela mesma tornou obsoleto. Para esta ultrapassagem trabalha-se
com a convicção de Marc Bloch de que só conhecendo o presente temos direito ao
passado do qual emerge esta atualidade. Acredita-se que fio condutor deste
caminho de duas mão é profunda interação das épocas entre si mesmas. O campo
das Artes Visuais materializa e torna evidente, para os sentidos humanos, esta
interação.
Fig. 02 O
cruzamento dos eixos do Mercado Publico de Porto Alegre recebeu o mosaico da imagem acima. Este lugar de
trabalho, trânsito e síntese da fartura da terra e do mundo imaterial congrega
os vivos do presente evoca dos antepassados e busca abrir caminhos para as
novas gerações.
01.2 – A IDENTIDADE AFRICANA no CURSO da VIDA
A contribuição e a interação da produção
visual africana com a cultura
sul-rio-grandense pode ser surpreendida em pleno curso da vida. Na cultura
africana a humanidade possui na
percepção, estudo e respeito o direito de retornar à infância. Estes
valores e estímulos sensoriais irão reencontrar no presente da arte africana as
manifestações da gratuidade da vida. Irão encontrar na arte africana formas
surpreendentes para recriar a si mesma. Recriar-se no presente a partir de
épocas distantes entre si mesmas Recriar-se no presente pela flexibilidade e
principalmente pela energia de aceitar o outro e o diferente. Recriar-se no presente e interagir para criar
novas amálgamas vivas e férteis.
Assim, no visual
colorido das suas comidas, nas cores e nas formas dos seus orixás das suas
crenças[1]
e em especial no espetáculo do carnaval e ultimamente na moda, existe toda uma
forma de sentir e expressar visual e de forma plástica na sensualidade do seu
corpo. Evidente que houve o fenômeno sincretista, não só religioso mas em
especial estético.
Esta cultura é portadora
de uma enxurrada de valores tão antigos e persistentes como a própria
humanidade. Materializam-se no campo das
Artes Visuais. Coerência conceitual e formal que abrem espaços intelectuais e
estéticos para a sua percepção, estudo e respeito como um dos grandes legados
da civilização humana. Esta antiguidade e força estão vigorosamente presentes
na arte egípcia em especial aquela do Alto Rio Nilo. Esta persistência e
antiguidade conferem, para esta cultura, fontes, formas e estímulos sensoriais
que a tornam também coerente com a “ÉPOCA das DÚVIDAS, das INCERTEZAS” e dos múltiplos caminhos abertos na ERA
PÓS-INDUSTRIAL.
Talvez os maiores crimes
da humanidade estejam na desqualificação, negação e combate sistemático aos
SENTIMENTOS HUMANOS. Qualquer projeto hegemônico inicia pela aniquilação,
condenação e naturalização dos SENTIMENTOS do OBJETO de que deseja conquistar
física e moralmente. A ERA INDUSTRIAL exerceu com maestria este projeto de
reforçar, evidenciar, produzir e vender sentimentos que lhe sejam favoráveis.
Ato contínuo passou a desqualificar, esquecer e tornar obsoleto tudo que não o
favorecia. O gaúcho, a sua prenda e baiana foram repaginados e receberam
vestimentas, hábitos e passaram exercer sentimentos de consumo diametralmente
oposto à sua origem, tradição e valores morais.
Uma das múltiplas tarefas nos variadíssimos
caminhos abertos pela ERA PÓS-INDUSTRIAL e reinstalar o sentimento humano e
admitir a SANÇÃO MORAL das consequências dos seus projetos, ações e resultados
almejados.
A Arte é o caminho dos
SENTIMENTOS HUMANOS. Assim a ERA PÓS-INDUSTRIAL encontra nas fontes africanas
energias antiquíssimas e universais das
quais não se conhece os limites.
Fig. 03
– As cores e os traços fortes – de uma
das obras de artista afro sul-rio-grandense PELÒPIODAS THEBANO – marca este mosico
colocado entre as Praça XV de Novembro e Largo Glênio Peres de Porto Alegre. Uma
obra física que se integrou com muita sabedoria e economia no ambiente urbano
sem atrapalhar nem ocupa um espaço útil. A sabedoria refere-se à humanização de
um espaço resultante da Era Industrial com a qual esta obra não entra em
conflito. Ao contrário: incorpora este
passado recente e a humaniza sem degradar.
01.3 – A
IDENTIDADE AFRICANA como TABU na CULTURA do DOMINADOR.
Porém estas
manifestações estéticas africanas estão carregadas de tabus. Tabus que o
dominador sempre lhe impôs com forte concorrente. Diante deste dominador há necessidade de redobrar
o seu estudo, sua sistematização e separar, o que de fato lhe pertence e é de
sua identidade. Transformar o tabu em totem.
Esta transformação do tabu
em totem evidencia a efetiva e importante contribuição desta etnia deu ao mundo
simbólico e material não só no Brasil e ao Rio Grande do Sul.
A arte afro-sul-rio-grandense possui uma
evidente força subliminar e que escapa à lógica da análise racionalizada.
Contra o temor e a vontade de silenciar as raízes da cultura africana no Rio
Grande do Sul, ela garantiu permanência e reprodução maiores do que cultura
indígena. Esta, muito mais identificada e próxima da natureza, não conseguiu
promover a interação com as outras duas culturas concorrentes com as quais
entrou em contato. A cultura afro penetrou em toda a cultura sul-rio-grandense
de forma subliminar. É possível
surpreender as suas manifestações vivas das artes visuais em terreiros[1],
das festas de Nossa Senhora dos Navegantes, espalhadas por todo território do
estado, como aquelas de Iemanjá e no carnaval.
Wilson TIBÈRIO
(923-2003 ) e o seu AUTORETRATO
1941 Pinacoteca Barão de Santo Ângelo
IA-UFRGS
Fig. 04
- Wilson
Tibério (1923-2005), nascido em Porto Alegre, na Rua da Paia a beira da água e
de mãe lavadeira, foi escolhido, em
Paris, como embaixador da estética da cultura afro para representar a cultura
francesa em Moscou e Pequim. Com
formação erudita soube conduzir a sua obra para as mais puras vertentes
africanas e contornando o espaço cultural dominado historicamente por
tendências hegemônicas eurocêntricas que ele conhecia e dominava como é visível neste seu autorretrato
01.4 – ENERGIAS da IDENTIDADE AFRICANA para
ENFRENTAR o TABU do DOMINADOR
Para enfrentar, e para transformar em totens,
os diversos tabus de silêncios inexplicáveis em relação ao regime escravocrata,
são necessárias todas as forças do ânimo e as energias dos corpos. São
necessárias todas as forças do ânimo para romper o tabu da imensa dívida da
reparação econômica pelo trabalho apropriado do africano sem que tivesse o
mínimo usufruto. O tabu do silêncio do judiciário em relação a queima da
documentação, da hierarquia eclesiástica em relação à moral que se desenvolveu
na senzala e em especial do capital que se acumulo em mãos alheias e não
retornou para quem o produziu de fato.
Este processo não é uma simples vingança ou
ajuste de contas. Trata-se do equilíbrio e da busca de autonomia, da
possibilidade da dignidade e da continuidade das imensas potencialidades do
africano possui da criação artística e das quais já deu mostras inquestionáveis.
A cultura africana não
pode ser vista como um todo monolítico ou parada no tempo. No Brasil cada nação
africana ostenta valores e concepções absolutamente distintas entre si. A
semelhança da cultura indígena há milhares de pequenas vertentes, expressões e
influências tribais. Estas variedades, diferenças e identidades são difíceis de
sustentar e manter conectado com suas origens africanas.
Os “maçambiques” da cidade de Osório[1]
conseguiram, com muita dificuldade, preservar
no Rio Grande do Sul, esse universo originário da África. No Brasil essas
irmandades negras foram colocadas sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário
em função dos rituais muçulmanos da recitação ritual das suras do Corão que as
haviam islamizado na África[2].
[1] - AGUIAR BRANCO, Estelita - Maçambique: coroação de reis em Osório.
Porto Alegre: Comissão Gaúcha de Folclore. 1999, 87 p.
[2] - A recitação do rosário já
era praticada na repetição das mantras
indianas e das suras corânicas. O cristianismo adotou esse ritual religioso ao
longo da Idade Média. Muitos dos africanos
eram muçulmanos e já possuíam a prática das recitações islâmicas. Assim
o rosário foi adaptado para cultos católicos dos negros em substituição das
práticas muçulmanas.
Fig. 05
– A obra de Carlos Alberto do OLIVEIRA o carteiro pintor e
cujo apelido era CARLÃO necessita ser colocado num ambiente criado e sustentado
por uma geração de artistas plásticos de Novo Hamburgo – Fora deste
contexto social, econômico e urbano esta obra perde importantes referenciais
antropológicos e referenciais de origem,
tornando-se mero objeto de mercado de arte com suas oscilações extra estéticas,
O mérito deste artista afro-sul-rio-grandense foi a sua fidelidade à sua origem
num ambiente com temas, técnicas e socializações de uma mentalidade
eurocêntrica.
02
- AFRICA: o BERÇO da HUMANIDADE
02.1 – A RAIZ da FORÇA da IDENTIDADE AFRICANA.
A humanidade possui o seu berço na África. Neste
berço a humanidade criou e cercou-se, de
um mundo de símbolos e índices que subjazem às mais requintadas, ricas e
poderosas civilizações humanas. A marcha da humanidade foi acompanhada - através
dos tempos e novos espaços - por guerras simbólicas, comparações odiosas e
desqualificações culturais recíprocas. Estas guerras e desqualificação dos
símbolos do OUTRO são provocas e conduzidas pelo mais astuto, forte e
oportunista. O oportunista, o mais forte e astuto abre espaços
e condições para implantar o seu próprio repertório e desqualifica todos os
concorrentes. Qualquer cultura em
qualquer tempo e lugar possui este projeto que considera primordial para a sua
afirmação e reprodução. A Arte Afro-sul-rio-grandense não escapou a esta sina
tanto no aspecto passivo como no ativo.
WILSON TIBÉRIO
(1923-2005) Bahia - óleo 80 x 69 cm. - Museu Afro Brasileiro
Fig. 06
– O sul-rio-grandense Wilson Tibério fez um estágio em Salvador onde produziu antes de seguir para Paris A Bahia - especialmente a sua
capital Salvador - são referenciais
permanentes para a cultura e a arte afro-brasileira. Na qualidade de capital da
Colônia Brasileira – entre 1549 e 1763 - ali se acumularam varridíssimas experiências
humanas, imateriais e materiais.
Experiências provenientes das diversificadas etnias africanas e que foram
forçadas a se encontrarem e conviverem no ambiente da América lusitana.
02.2 – A FORÇA da IDENTIDADE AFRICANA no
PLANO MUNDIAL
A cultura egípcia herdou os arquétipos africanos e
os elevou para uma estética própria e única. Muitos faraós eram negros.
Ao longo da conquisto do Egito e da África as
cultura islâmica projetou as primitivas formas estéticas africanas para o seu ‘Padrão
Infinito’ e eliminando a mimese figurativa.
O colonizador europeu percebia nas divindades afros
e nos rituais remanescentes da conquista islâmica como representação do demônio
e a sua idolatria.
O Cubismo foi buscar os arquétipos africanos e as
transformou em pinturas e esculturas. A Arte Não figurativa redescobriu tanto o
gesto expressionista com sentido m si mesmo, como o Padrão Infinito amplamente disseminado pela
decoração Art Decô. Neste meio tempo a Música africana informou os ritmos e as
cadências das mais variadas tendências musicais que se projetam até o presente.
GILBERTO PEGORARO 1941-2007 -orixá EXU – Imagem no Centro Cultural CEEE (Andradas, 1223) exposição
de 17, até 24 de abril de 2004.
Fig. 07 – O artista sul-rio-grandense Gilberto PEGORARO
(1941-2007) no final de sua existência produziu uma série de imagens de orixás
e divindades africanas. Seguia os passos de Caribé (Hector Julio Paride Bernabó
1991-1997) e de Nelson Boeira Faedrich (1912-1994) que trataram deste
tema. Pegoraro, Faedrich e
Caribé realizaram a travessia inversa de
Magliani, Wilson Tibério e o Carlão que retornaram às suas origens do universo
africano após partirem de uma cultura alheia.
02.3
– ARGUMENTOS para SILENCIAR a FORÇA da IDENTIDADE AFRICANA
Os argumentos dos
europeus contrários aos valores africanos são evidentes. A necessidade da
dominação, exercida pelo europeu, só podia fazer enxergar no africano o outro e
o diferente. Esse processo fez ver em qualquer manifestação cultural africana
algo demoníaco e aberrante. A elite, no final da escravidão, propunha o
branqueamento da raça, coerente com o seu temor desses valores do outro. Esse
projeto de branqueamento da raça, é a forma mais subliminar de confessar os
temores e uma busca desesperada para calar séculos de uma atroz escravidão
física e espiritual do negro. Esse temor e busca de silenciar uma cultura, que
possui as suas raízes na origem da espécie humana, no seu conjunto, é uma forma
de confessar a fraqueza e a pouca consistência da cultura europeia.
Contra o temor e a vontade de silenciar as
raízes da cultura africana no Rio Grande do Sul, ela garantiu permanência e
reprodução maiores do que cultura indígena. Esta, muito mais identificada e
próxima da natureza não conseguiu promover a interação com as outras duas culturas
concorrentes com as quais entrou em contato. A cultura afro penetrou
subliminarmente em todas a cultura sul-rio-grandense. É possível surpreender as suas manifestações vivas das
artes visuais em terreiros[1]
e no carnaval.
[1] - CORRÊA, Norton F. Os vivos, os mortos e os deuses: um estudo
antropológico sobre o batuque no Rio
Grande do Sul. Porto
Alegre :IFCH-UFRGS, 1988, 474 f
–Disert. Oreinta Brochado, José
Joaquim.
OLIVEIRA SILVEIRA [1941-2008]. Porto Alegre - RS. Foto Correio do Povo 31.12.2009
Fig. 08 –– Oliveira Silveira foi um construtor de pontes (pontifex)
entre as diversas identidades afro-sul-rio-grandenses, entre a cultura
afro-brasileira e a europeia e entre a erudição e aquela do poder originário. O
seu material foi a palavra da poesia. Com ela preservou e
desenvolveu a sua própria autonomia, da sua origem do seu povo assumida e
mostrou que arte está em quem a produz e não no que produz
02.4
– A FORÇA da IDENTIDADE AFRICANA no RIO GRANDE do SUL.
A Arte e a estética afro-sul-rio-grandense possui
parcos meios sensoriais que le permitiram sobreviver à severa heteronomia da escravidão e do colonialismo.
Entre estes parcos meios que sobraram inicia com os gestos do seu corpo, a dança
e o ritmo das palmas. Este repertório foi ampliado pela oralidade, o canto e as
palavras chaves com que designavam as suas divindades. Transliteraram o sentido
afro ancestral para as divindades e o panteão dos santos do seu captor. Sob o
pretexto do rosário - que os ibéricos tinham recebido da herança islâmica e que
muitos afros descendentes tinham aderido – forjou uma espécie de legalidade
associativa paralela, mas profunda e subliminarmente controlado pelo sistema
escravagista.
A franca criação plástica própria e autônoma
iniciou com a libertação. É preciso destacar neste iniciar os materiais dos
cultos. Os códigos dos alimentos das
oferendas formaram códigos plásticos próprios de cada entidade. As vestimentas,
os adornos e os instrumentos musicais formaram um primeiro suporte e ganharam
formas próprias e legíveis. A assinatura das obras pessoais teve de esperar o
século XX. Nesta assinatura o escravo adotava o sobrenome do seu antigo
proprietário por desconhecer a sua própria genealogia.
Fig. 09 – Maria Lídia dos Santos – a MAGLIANI - tinha uma aguda consciência e os severos
limites dos conceitos e da estética que as competências Afro Sul-rio-grandense
lhe ofereciam. Tirou as suas forças criativas destes
mesmos limites que a estimularam a percorrer os caminhos das Artes Plásticas
até o final da sua vida curta e produtiva
. Migrou ao Rio de Janeiro onde
fixou o seu atelier no bairro Santa Teresa e desenvolveu a sua obra num
ambiente cercado pelos artistas ali radicados. Renato Rosa exerceu para ela o papel
que Kahnweiler mantinha em relação à obra de Pablo Picasso.
02.5
– MEIOS PRECÁRIOS da IDENTIDADE AFRICANA no RIO GRANDE do SUL.
A Arte e a estética afro-sul-rio-grandense
necessita iniciar pelo parcos meios sensoriais que sobreviveram à severa heteronomia da escravidão. Entre estes parcos
meios sobrou o gesto do seu corpo, a dança e o ritmo das palmas. Este
repertório foi ampliado pela oralidade, o canto e as palavras chaves com que
designavam as suas divindades. Transliteraram o sentido afro ancestral para as
divindades e o panteão dos santos do seu captor. Sob o pretexto do rosário -
que os ibéricos tinham recebido da herança islâmica e que muitos afros
descendentes tinham aderido – forjou uma espécie de legalidade associativa
paralela, mas profunda e subliminarmente controlado pelo sistema escravagista.
A franca criação plástica própria e autônoma
iniciou com a libertação. É preciso destacar neste iniciar os materiais dos
cultos. Os códigos dos alimentos das
oferendas formaram códigos plásticos próprios de cada entidade. As vestimentas,
os adornos e os instrumentos musicais formaram um primeiro suporte e ganharam
formas próprias e legíveis. A assinatura das obras pessoais teve de esperar o
século XX. Nesta assinatura o escravo adotava o sobrenome do seu antigo
proprietário por desconhecer a sua própria genealogia.
Fig. 10 – A Praça da Harmonia de Porto Alegre é de fato
local de tristes e amargas recordações para a cultura afro-sul-rio-grandense. O
palco de tantos castigos ‘exemplares’, acoites e humilhações intermináveis,
recebeu a obra ‘O TAMBOR’. Obra que
lembra tanto a paz e a suas celebrações como o seu rufar chamando e coordenando
as legiões de guerreiros se organizando nas suas lutas físicas e simbólicas.
03 -A GUERRA SIMBÓLICA e a ARTE AFRO-SUL-RIOGRANDENSE.
03.1 - Da PASSIVIDADE
para a AFIRMAÇÃO da IDENTIDADE.
Para perceber esta guerra simbólica - travada
pela Arte Afro-sul-rio-grandense - há
necessidade de dilatar o olhar e buscar rever alguns pontos nos quais ela
evoluiu da passividade para a sua afirmação ativa. Nesta dilatação ajuda
perceber o choque da cultura europeia diante da ruptura diante da Arte
descoberta em Altamira e Lascaux. As obras destas, e outras cavernas,
evidenciaram um mundo surpreendente de milhares de anos atrás e que as culturas
mais evoluídas nem suspeitavam. Porém estas obras destas cavernas estão muito
próximas do homem e de sua cultura e estética contemporânea. O berço africano
da humanidade de 2 milhões de anos não recebeu
ainda o mesmo esforço que mereceram os 40.000 mil anos da cavernas
europeias. Acertadamente Pablo Picasso colocou na raiz da estética de sua obra
as tendências que assenta nesta profunda estética de matriz africana. O mesmo
pode ser dito das riquíssimas matrizes musicais, danças e rituais que
revolucionaram as percepções humanas contemporâneas. A era industrial - ao
impor os seus ritmos, as suas cores e a sua lógica - descobriu a sua simetria
na lógica, na sintaxe e no sentido das raízes da estética afras.
A FESTA das ÁGUAS de
NAVEGANTES e VENEZA: ou sendas abertas para o seu estudo erudito
Fig. 11 – A festa de Nossa Senhora dos Navegantes é
culminância de uma caminhada proveniente da Igreja do Rosário de Porto Alegre.
Este feriado municipal ocorre num no dia 02 de fevereiro da cada ano. A cultura
afro-sul-rio-grandense transfigurou este evento como homenagem à Iemanjá. Ambos
se inscrevem nos eventos cercados de
emoção, movimentos coletivos culminando em banquetes coletivos e projeções da
mentalidade barroca e colonial brasileira
As ARTES VISUAIS da
CONTRARREFORMA e o RIO GRANDE do SUL.
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2015/06/arte-no-rio-grande-do-sul-04.html
03.2 - ÍNDICES da
AFIRMAÇÃO da IDENTIDADE AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE.
Encontrar fragmentos autênticos das culturas
africanas que se mantiveram e desenvolveram no Rio Grande do Sul constitui um
verdadeiro milagre. O dominador buscou apagar completamente a sua vontade,
reduzindo à heteronomia completa. O seu o corpo foi visto como mero objeto
gerando uma reificação absoluta. Nos seus textos Aristóteles faz entender que
escravo não era gente, pois ele não delibera e não decide.
A
energia que manteve os africanos e os seus descendentes vivos, não pode ser
atribuída a nenhum índice puramente material. A materialidade desta identidade
africana foi-lhes negada. O sincretismo religioso fez com que subvertessem a
materialidade cultural dos dominadores conferindo aos santos católicos os
atributos dos seus orixás.
Privados de sua liberdade de corpo e de ânimo,
deixaram a terra ancestral e as suas etnias diversificadas. No Novo Mundo
foi-lhes proibida a fala, o convívio com os as sua própria etnias, pois eram
distribuídos e vendidos ao longo da costa brasileira em pontos estratégicos
para que os da mesma etnia e mesma fala, não pudessem comunicar-se entre si.
Sem direito à paternidade pois eram reproduzidos com a intervenção do branco,
romperam-se as referencias e os laços de paternidade e maternidade, base de sua
vida tribal de origem. Diante da alta improbabilidade da presença continuada do
pai, junto à sua prole, esta função foi assumida com mias intensidade pela mãe.
Este fato refletiu-se vigorosamente nas responsabilidades femininas nos cultos
afro-brasileiros e ganhou mais visibilidade na figura da “Mãe de Santo”.
Há necessidade de caracterizar o estagio
cultural da arte africana A contribuição da produção visual africana à cultura
sul-rio-grandense deve ser surpreendida em pleno curso da vida, pois esta arte
ainda não se distinguiu da gratuidade da vida. Assim, no visual colorido das
suas comidas, nas cores e nas formas dos seus orixás das suas crenças[1]
e em especial no espetáculo do carnaval e ultimamente na moda, existe toda uma
forma de sentir e expressar visual e de forma plástica na sensualidade do seu
corpo. Evidente que houve o fenômeno do sincretismo, não só religioso mas em
especial estético.
Estas questões estéticas e sociais sofrem severas
restrições econômicas e politicas. Os descendentes afro-sul-rio-grandenses
cultivam uma bela tradição politica como o da figura do deputado estadual Carlos da Silva SANTOS
(1904-1989)
[1] - CORREA, Norton F. Batuque no Rio Grande do Sul-
antropologia de uma religião afro rio-grandense ( 2ª ed.). São Luis-Maranhão :
CA-Cultura & Arte, 295 p
-----------------. Os vivos, os mortos e os deuses: um
estudo antropológico sobre o batuque no
Rio Grande do Sul. Porto
Alegre :IFCH-UFRGS, 1988, 474 f
–Dissertação Orientação de Brochado, José Joaquim.
IGREJA do ROSÁRIO - POA-RS construída, partir de 1817, com o esforço dos
escravos e demolida em 1951.
Ponto de partida da FESTA de NAVEGANTES
Fig. 12
– A cultura colonial lusitana mantinha
interações monolíticas entre ESTADO, GOVERNO e IGREJA. Uma destas interações era confiada à RELIGIÂO
CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA e referendada por diversos tratados. Cabia à esta IGREJA a organização da sociedade
civil em IRMANDADES de caráter religioso e com vínculos profissionais ao molde
das GUILDAS MEDIEVAIS de OFÌCIOS. Cabia a estas irmandades a criação de
sociedades religiosas conforme os ofícios reconhecidos como tais. Por sua vez
estas irmandades podiam ter seus templos e de ajuda recíproca na medida de sua
submissão às normas emanadas da metrópole. Os seus templos recebiam todo o luxo
que era proibido na ambiente doméstico da Colônia. A Irmandade do Rosário era
dos escravos e afrodescendentes. .
03.3 -
ÍNDICES da ANTROPOLÓGICOS da IDENTIDADE AFRO-SUL-RIOGRANDENSE.
Como uma visão antropológica recomenda-se o
livro de Norton Corrêa[1]
e que atualmente leciona e pesquisa na Universidade Federal do Maranhão. Numa
pequena resenha desta obra destaca-se a sua apresentação ao seu leitor:
O Batuque do Rio Grande do Sul é um estudo de
fôlego, apresentando vasto material coletado em longos anos de paciente
pesquisa. Torna-se ainda mais valioso tendo em vista que até hoje o Rio Grande
do Sul é uma das regiões menos conhecidas na literatura afro-brasileira. Apesar
dos estudos precursores de Herskovits, Dante de Laytano, de Carlos Krebs, Roger
Bastide e de alguns outros, o Batuque ainda é uma das manifestações religiosas
afro-brasileira menos estudadas.
Este livro de Norton possibilitará aos
interessados comparar o Batuque com outras religiões de origem africana com as
quais possui semelhanças evidentes, como o Xangô do Recife, o Tambor de mina do
Maranhão, o Candomblé da Bahia, e com manifestações similares em outros países,
como Cuba.
É necessário um melhor conhecimento do Batuque,
especialmente porque ultrapassou nossas fronteiras e se expande amplamente no
Uruguai e Argentina, como demonstram estudos recentes.
Norton parece ter incorrido na tentação de
dizer, de uma vez, tudo do muito que conhece sobre o assunto. Seu trabalho,
entretanto, pode ser lido com grande interesse, pois escreve de forma clara,
simples e agradável. Gostei especialmente de algumas partes, como a abordagem
da dança, da economia do templo, das várias etapas das festas, do rito de dar a
fala aos orixás, da festa do peixe, dos rituais fúnebres, da
"balança" esta desconhecida nos demais cultos afro - além de outros
temas de que trata.
O trabalho vem preencher uma lacuna nos estudos
afro-brasileiros, permitindo um conhecimento mais amplo do Batuque do Rio
Grande do Sul.
A contribuição deste autor é o seu convívio
desde a sua infância com o ambiente afro e com seus rituais. A narrativa preserva
a confiança que soube conquistar desta cultura sul-rio-grandense, sem
abdicar ao mais alto nível da erudição. A
produção visual africana torna-se mais legível e compreensível neste ambiente e
que exige ser surpreendida em pleno curso da vida, pois esta arte ainda não se
distinguiu e não se separou da gratuidade da vida.
Fig. 13
– Os escravos libertos e descalços
fotografados, em 1884, pelo Atelier
Ferrari eram proibidos de sorrir na foto exibem as condições que a ”Redentora” os
jogaria legalmente quatro anos depois. Sem indenização, moradia fixa e sem
trabalho ou salário fixo estavam entregues à própria sorte no meio de uma
cultura que continuava a percebê-los como os OUTROS. Nestas condições extremas
e dependentes das necessidades básicas para sobreviver a prática de qualquer
manifestação artística mais consistente e duradoura era mera utopia
04
-A LOGÍSTICA
e as ESTRATÉGIAS para o ESTUDO da ARTE AFRO-SUL-RIOGRANDENSE.
04.1 - RUPTURA com a IDENTIDADE EUROCÊNTRICA.
Neste sentido, lógica e necessidade a estética Afro-sul-rio-grandense necessita de
uma ruptura estética e conceitual com a clássica cultura europeia hegemônica.
Ruptura para dar-se conta do que aquilo que a Arte Afro-sul-rio-grandense
cultiva é diferente dos paradigmas hegemônicos. Ruptura com paradigmas das
próprias percepções eurocêntricas. Admitir percepções de mundo distintas das
suas próprias das quais é portador. Admitir forças estéticas distintas das suas
e competentes para produzir obras sob o impulso de necessidades, sentidos e
forças distintas das hegemônicas e de moda. Suspender os seus próprios juízos
de valores das narrativas das quais se nutre, constrói e reproduz. Admitir que
existem, num outro espaço e tempo, outras forças, cânones e legitimidade
competentes também para se nutrir, construir e reproduzir em obras de arte.
Fig. 14 – Ao longo de toda a sua existência o artista Carlos
Alberto de Oliveira - carteiro de Novo Hamburgo - assumiu e foi coerente com a
estética Afro Sul-rio-grandense. Além de nunca poder usufruir tempo integral a sua vocação artística o
ambiente no qual desenvolveu seu talento não estava preparado conceitualmente
para percebê-lo como valor em si. Nem o mercado profissional, as instituições
de memória, de estudo e divulgação não estavam maduras para sua obra, Assim o
carteiro artista embarcou na sina do sambista Heitor dos Prazeres.
04.2 - ESTRATÉGIAS para o ESTUDO
da ARTE AFRO-SUL-RIO- GRANDENSE.
A tarefa de
remover entulhos conceituais, políticos e até físicos que acumularam sobre os
índices da Arte Afro-sul-rio-grandense é
imensa e urgente. A memória da escravidão, das pesadas desqualificações, ainda
vivas e ativas, somam-se a pobreza dos seus legítimos herdeiros. Os agentes da
Arte Afro-sul-rio-grandense não
encontram condições para se dedicarem,
em tempo integral, à sua prática, estudo e reprodução ainda premidos pelas
necessidades básicas da vida .
São Leopoldo-RS - O escravo Manuel
ZH 06.09.2010
Fig. 15
– Foto da época da escravidão legal de
um “negro-de-ganho” do ambiente urbano . Escravos de
ganho urbanos produziam e vendiam os produtos da cozinha nas ruas e feiras.
Estes produtos além de satisfazerem as necessidades humanas básicas são suporte
estético para seu visual, paladar e
olfato. Na mesa sul rio-grandense tanto na
estética como na economia a presença e a herança afro-sul-rio-grandense é
marcante. Porém é nas oferendas dos pratos e quitutes aos orixás está mais
presente esta estética e é mais marcante.
A ESCRAVIDÃO entre os IMIGRANTES ALEMÃES http://cdn.fee.tche.br/jornadas/1/s5a3.pdf
04.3 – ENTULHOS a REMOVER no ESTUDO da ARTE AFRO-SUL-RIO- GRANDENSE
Entre os entulhos a serem removidos pode-se
elencar.
04.3.1 - remover do enfoque do PROBLEMA da pesquisa da
Arte Afro-sul-rio-grandense o velho e batido clichê do contraste BRANCO x PRETO
e da estéril intriga se a escravidão gaúcha era mais ou menos branda em relação
ao resto do Brasil;
04.3.2 - remover do tema da Arte
Afro-sul-rio-grandense o enfoque, a preguiça ou a desculpa de que REVISÃO BIOGRÁFICA do TEMA e que não existem textos, atas, leis e poucos
estudos meritórios e que ainda não
mereceram uma indexação lógica;
04.3.3 - remover os estreitos limites
canônicos fixados na logística desta
pesquisa focada em materiais ricos e
nobres específicos da obra da arte europeia e não coerentes com a vida destes
artistas Afro-sul-rio-grandenses que produzem com materiais e técnicas não
convencionais e canônicos da estética hegemônica;
04.3.4 - remover da mente do
pesquisador os clássicos e canônicos recursos teóricos que pautam as planilhas na previsão das estratégias das operações de pesquisa, sistematização
e de socialização das obras da Arte Afro-sul-rio-grandense cuja fonte e
coerência partem de recursos teóricos a
estéticos diferentes;
04.3.5 -
remover nesta pesquisas as PLANILHAS
de CUSTOS que humilham o artista Afro-sul-rio-grandense, atemorizam seus
familiares e que no final promovem apenas o pesquisador externo e que se julga
no direito a estes emolumentos e fama decorrente.;
04.3.6 - remover desta pesquisa da
Arte Afro-sul-rio-grandense a promessa vazia do mito da fama típica da
indústria cultural vigente nos países hegemônicos e que estão acostumados com
viradas culturais lastreados numa OBSOLESCÊNCIA
PROGRAMADA constante e interminável de uma sólida oferta e procura;
04.3.7 -
remover os tradicionais e os batidos PRODUTOS da INDÚSTRIA CULTURAL das
culturas hegemônicas sufocam, atemorizam ou são transformados em fetiches
“pedagógicos” como LIVROS e EXPOSIÇÃO que enchem as prateleiras enquanto as apresentações não passam de peças de
marketing e propaganda cujo valor permanece neles mesmos e nos o artista
honesto e coerente é apenas pretexto depois não se sustenta ao longo do tempo;
04.3.8 -
remover destas peças de marketing e propaganda que atropelam as
instituições na sua competência teórica,
estratégica e logística da pesquisa sem que favoreçam a origem como foi o caso
do museus antropológicos dos países colonialistas que percebiam apenas o exotismo
e a inferioridade da culturas de origem deste acervo;
04.3.9 remover a burocracia das
instituições depositárias e que não passam de meras carimbadoras burocráticas da parte logística e estratégica desta pseudo
“pesquisa” sem fazerem parte do problema especifico devido a pouca e
equivocada tradição na pesquisa da Arte Afro-sul-rio-grandense;
04.3.10 remover os temerários e os
atravessadores da pesquisa da Arte Afro-sul-rio-grandense que nela apenas
buscam cargos e não entendem, ou não querem entender, as funções de um
autêntico corpo profissional de pesquisadores, arquivistas e museólogos
específicos da Arte Afro-sul-rio-grandense forjados e experimentados em pesquisas anteriores sobre o tema e
com currículo e referências culturais coerentes com o objeto e do campo de
pesquisa;
Cena do vídeo http://www.selomundomelhor.org/2009/12/24/festa-de-nossa-senhor-do-rosario-em-osorio-2008-macambique-de-osorio-rs/
Fig. 16
– O artista plástico afro-sul-rio-grandense
PELÒPIODAS THEBANO no centro de um evento no qual se comemora a conclusão e
entrega pública de uma das suas obras. A
cultura possui como núcleo a necessidade humana de pertencimento nas suas mais
variadas formas e expressões. O sentimento de pertencimento construído por
meio de trocas materiais e simbólicas. As Artes Visuais possuem um papel preponderante na medida em que elas materializam este sentimento e o projetam
tempo, gerações e civilizações afora.
04
ESTUDO da
ARTE AFRO-SUL-RIOGRANDENSE sem PERDER a ESSÊNCIA.
05.1 - A AFIRMAÇÃO da IDENTIDADE de fora e de dentro
da ETNIA AFRO
O exercício da Arte Afro teve êxito o Brasil e se
expressou mesmo fora do âmbito desta cultura Este exercício é visível, entre
tantos outros nas obras de Caribé e
Hansen Bahia, que não sendo afrodescendentes se nutriram, construíram e
reproduziram obras de arte sob o impulso da estética matriz da humanidade. No
Rio Grande do Sul as obras de Gilberto
Pegoraro (1941-2007)
No interior do âmbito dos afrodescendentes a
coerência dos artistas Emanuel Alves de Araújo e Ruben Valentim possuem ressonâncias de
origem coerência formais únicas. Sem se
furtarem aos necessários diálogos com
outras tendências estéticas, não perdem ou renegam as suas origens e suas
motivações. Recorrem aos meios formais de sua origem para afirmarem a sua
verdade. Para tanto usam requintadas maneiras políticas para fazerem circulara
as suas civilizadas obras e concepções.
Eles não tratam de perseguir o mito do TIPO
africano puro na esteira da cineasta Leni RIEFENSTHAL (1902-2003) que se
embrenhou fisicamente na África profunda para encontrar o polo oposto do TIPO
ariano que ela havia exaltado e viu evaporar-se junto com a ideologia nazista.
Também não se trata de uma temeridade, de um
capricho momentâneo ou apenas a busca de ser diferente. No Rio Grande do Sul
não faltam concepções coerente provenientes das próprias raízes
afro-sul-rio-grandense. Basta ler aquilo que o saudoso poeta Oliveira Silveira
o deixou ou contemplar as o conjunto das obras plásticas de Wilson Tibério (1923-2005)[1].
Ou então conhecer as fases, as lutas e história da “SOCIEDADE BENEFICENTE CULTURAL FLORESTA AURORA”
criada em 1872 quando a escravidão ainda era “legal” no Brasil. Nestas circunstâncias
não é possível ignorar as decisivas lutas de abolicionistas deflagradas e
mantidas por sul-rio-grandenses de todas as etnias , credos e ideologias.
Nestes espaço públicos a SOCIEDADE PARTHENON LITERÁRIO[2]
manteve ativas campanhas a partir de 1868 não só para a abolição da escravidão
como espaço de ativas interações entre as culturas locais
[1] WILSON TIBERIO por OLIVEIRA SILVEIRA http://ligadacanelapreta.blogspot.com.br/2007_11_01_archive.html#7878911617001941883
[2] Sociedade Parthenon Literário https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_Pártenon_Literário
Fig. 17
– A culminância de uma Festa de
Nossa Senhora do Rosário na catedral da cidade de Osório no Rio Grande do Sul.
No centro do evento a coroação da RAINHA GINGA e do REI CONGO. A
região do litoral do Rio Grande dos Sul guarda traços da união econômica,
política e social com a Colônia, Império e os primórdios republicanos. O
cimento desta interação encontra-se na cultura afro-sul-rio-grandense
http://www.selomundomelhor.org/Maçambique
de Osorio-RS - Festa de Nossa Senhor do Rosário em Osório 2008
05- 2 - COMPETÊNCIAS ESTÉTICAS do CONTEÚDO das FORMAS
da ARTE AFRICANA.
Quando se trata de abrir os sentidos humanos e
perceber cores, volumes, espaços, ritmos, sons, palavras e eventos descendentes
afro-sul-rio-grandenses são competentes potencialmente para construir,
sustentar e reproduzir obras diferentes das tradições e dos cânones consagrados.
Esta competência é igualmente coerente com as concepções humanas da Arte
universal.
Diante destes entulhos jogados sobre a riqueza,
e a potencialidade abrem-se dois
cenários antagônicos para as tendências da Arte Afro-sul-rio-grandense. Um é a
sua mitificação e no extremo oposto a sua naturalização. Na sua naturalização
ela irá permanecer na escravidão e servidão de estéticas hegemônicos que irão
julgá-la como apenas uma corrupções da sua
estética onisciente, eterna, onipotente e universal. Na mitificação ela se
refugia numa torre de marfim onde também é cativa, espoliada e violentada por
aqueles que se recusam a manter qualquer diálogo efetivo com o mundo externo.
No pior que pode acontecer é a sua obsolescência é
deixa-la debaixo dos entulhos da
indiferença e da ignorância de suas potencialidades, suas exigências e as
forças das contribuições no passado, no presente e no futuro.
Fig. 18 – Wilson Tibério nasceu, em 1923, na Rua da Paia a beira da água em Porto Alegre e de mãe lavadeira. Depois
de uma aprendizagem dos fundamentos da pintura no IBA-RS, Foi ao Rio de
Janeiro e de lá, para a Bahia. Mudou-se
definitivamente para cultura francesa
que o acolheu e prestigiou a sua obra a ponto de o artista esquecer a língua
materna. Faleceu na França, em 2005 quando se preparava para rever a sua
terra natal. Ali teve condições para
conduzir a sua obra em direção das mais puras vertentes africanas fazendo
emergir forças e os impulsos de suas origens e que a cultura francesa evoluída
soube entender, promover e preservar como outro espaço e valor. O poeta
Oliveira Silveira estava traduzindo uma autobiografia de Wilson Tibério escrita
em francês quando a morte surpreendeu um após outro
Porém a sua memória corre o mesmo perigo que corre
o estudo, sistematização e conservação de gerações de afro-sul-rio-grandenses.
Estudos, sistematizações e conservações vistos como de OUTROS e para os quais
não existe espaço, tempo, dinheiro e instituições interessadas e equipadas para
tal.
05.3 - O DESAFIO do ESTUDO, SISTEMATIZAÇÃO e
SOCIALIZAÇÃO da ARTE AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE.
Na medida em que a arte afro-sul-rio-grandense é
vista como tabu do que totem pelas etnias concorrentes ela possui um problema
concreto e objetivo a ser superado. Objetivo
e problema no meio do caminho que a desafiam
ao estudo, à sistematização e a distinção do que de fato pertence ao
mundo simbólico dessa etnia, que deu efetiva e importante contribuição, não só
no Brasil, mas no Rio Grande do Sul.
Neste ponto são lamentáveis não os arquivo e
museus etnográficos sul-rio-grandenses e brasileiros. Evidente a lástima não é
pelo seu número e boas intenções. Faltam-lhes profissionais especializados e em
condições de projetar, de trabalhar e difundir de uma forma coerente, segura e reversível
para as fontes. Reversibilidade logística para comparar, analisar e perceber em
que circunstâncias as narrativas correntes relativas às artes visuais
afro-sul-rio-grandense foram forjados e difundidos. Segurança para que o doador
de um documento não o veja naufragar e se deteriorar sem conservação física. Museu
cuja coerência provenha e seja sustentada por uma política maior e inclusiva no
patrimônio local e mundial.
SALÃO AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE http://www.xama.org.br/salaodearteafro/3o-salao-de-arte-afro
Fig. 19
– Os raros eventos e meios de
socialização das autênticas expressões das artes visuais da raiz
afro-sul-rio-grandense acontecem sem uma linha cronológica de continuidade e ao
sabor de esporádicas “boas vontades”. Estes avaros centros alheios e “salões”,
sempre patrulhados estéticos, retiram toda a base de uma interação entre
artista e espectador de sua produção. Na ausência de uma autêntica circulação
do poder da estética afro-sul-rio-grandense não se constitui uma consciência
coletiva e o seu potencial público fica sem referenciais teóricos e práticos.
05.4 - INTERESSES ECONÔMICOS, SOCIAIS e POLÍTICOS contra o ESTUDO, SISTEMATIZAÇÃO e SOCIALIZAÇÃO
da ARTE
AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE
Os argumentos contrários ao estudo, à sistematização
e divulgação dos europeus aos valores africanos são evidentes e correspondem a
interesses políticos, econômicos e sociais evidentes aos dominadores. A
necessidade da dominação, exercida pelo europeu, só podia fazer enxergar o
outro e o diferente no africano. Esse processo fez ver algo demoníaco e
aberrante em qualquer manifestação cultural
africana (Langer, 1997, p. 116). A elite, no final da escravidão,
propunha o branqueamento da raça, coerente com o temor desta elite dos valores
do OUTRO. Esse projeto de branqueamento da
raça, é a forma mais subliminar de confessar os temores e uma busca
desesperada para calar séculos de uma atroz escravidão física e espiritual do
negro. O temor e a busca para silenciar uma cultura é uma forma de confessar a
fraqueza e a pouca consistência da cultura europeia. Este temor possui o seu
fundamento no fato de que a cultura africana possui as suas raízes na origem da
espécie humana e conseguiu, há muito tempo elaborar as suas perdas e as suas
contradições.
Como no caso indígena esta etnia também não
pode ser vista como um todo monolítico e um tipo acabado. No Brasil há milhares
de pequenas influências tribais e de nações africanas, cada uma ostentando
valores e concepções absolutamente distintas entre si. Os “maçambiques” da cidade de Osório[1]
conseguiram, com muita dificuldade, preservar
no Rio Grande do Sul, esse universo originário da África. Essas
irmandades negras estavam sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário[2].
Visto pelo lado externo o afro-sul-rio-grandense
foi objeto de obras memoráveis nas letras, na política e nas artes visuais. Nas
artes plásticas destaca-se a temática do “NEGRINHO do PASTOREIO”. Interpretado
na escultura por Vasco Prado e por Aldo Locatelli. Este o colocou de uma
trágica e esplendorosa no Palácio Piratini, símbolo maior e sede do poder
político do Estado[3].
A cultura afro-sul-rio-grandense consegue inegavelmente
perceber-se do lado de fora no olhar do dominador, jogar capoeira com a mirada e movimentos do opositor. Na prática este
flexibilidade está nas excelências dos jogadores de futebol, nos políticos e,
sem dúvida alguma, nos valorosos Artistas Visuais do Rio Grande do Sul.
[1] - AGUIAR BRANCO, Estelita - Maçambique: coroação de reis em Osório.
Porto Alegre: Comissão Gaúcha de Folclore. 1999, 87 p.
[2] - A recitação do rosário já
era praticada na repetição das mantras
indianas e das suras alcorônicas. O cristianismo adotou esse ritual religioso
ao longo da Idade Média. Muitos dos africanos
eram muçulmanos e já possuíam a prática das recitações islâmicas. Assim
o rosário foi naturalmente adotado para
cultos católicos dos negros em substituição das práticas muçulmanas.
.
Maria Lídia dos
Santos “MAGLIANI” (1946-2012 ) -
. FIG.20 – A artista Maria Lidia dos Santos (1946-2012)
- que assinava suas obras como MAGLIANI - lutou contra todos os preconceitos,
pobreza e muito antes das cotas na universidade, foi fiel aos conceitos e com a
estética Afro-sul-rio-grandense. Com formação erudita no IA-UFRGS sabia
aquilo que devia pintar e o que devia evitar no espaço cultural historicamente
dominado por tendências hegemônicas eurocêntricas.
05.5 - FORTUNA na RESISTÊNCIA da IDENTIDADE da ETNIA.AFRO
As fontes africanas são
energias antiquíssimas e universais das
quais não se conhece os limites. . A ERA
PÓS-INDUSTRIAL é um tempo privilegiado para novas e antigas culturas humanas. A
Arte afro-sul-rio-grandense constitui um caminho seguro para a EXPRESSÃO dos
SENTIMENTOS universais HUMANOS desta nova ERA que se abre.
Mesmo no empate técnico constitui entre
dominador e dominado constitui vitória
significativa para a estética afro Rio-grandense. Ela pode comemorar a fortuna
d conseguir driblar os patrulhamentos étnicos, econômicos e culturais que
forças externas e hegemônicas pretendem lhe impor como limites intransponíveis
Como a ajuda, destas forças materiais e
transcendentes, certamente é possível verdadeiro milagre de, não só localizar
os fragmentos das culturas africanas que se mantiveram e desenvolveram no Rio
Grande do Sul, mas restabelecer a verdade, a justiça e a beleza de que esta
cultura é mensageira e portadora de um mundo mais humano, igualitário e justo
para todos.
Fig. 21 – As ondas dos descendentes das diversas
etnias e culturas africanas se espalharam
por todo o planeta e continua a sua reprodução no código genético de toda a
humanidade. Os seus descendentes continuam a desfilar pela calçada
da Praça da Alfândega de Porto Alegre. A grande pegada - na forma do continente africano - não ocupa
espaço útil, não incomoda e silenciosa e subliminarmente continua a afirmar a
sua identidade. Contraria, no entanto, todos
os tabus provenientes de um passado próximo e com perigosos e previsíveis desdobramentos
futuros.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
CORRÊA, Norton F. Os vivos, os mortos e os deuses: um estudo antropológico sobre o
batuque no Rio Grande do Sul. Porto
Alegre :IFCH-UFRGS, 1988, 474 f –Dissertação -. Orientação de Brochado, José
Joaquim.
----------Batuque no Rio Grande do Sul- antropologia de uma religião afro rio-grandense. São Luis-Maranhão :
CA-Cultura & Arte, 2008, 295 p
LAYTANO Dante de (1908-2000). - Festa de Nossa Senhora dos Navegantes Estudo de uma tradição das
populações Afro-Brasileiras de Porto
Alegre. Porto Alegre: UNESCO- Instituto Brasileiro Ciência e Cultura- Comissão
Estadual de Folclore do Rio Grande do Sul - 6º Vol. 1955, 128 p. il
------------FOLCLORE do RIO GRANDE do SUL: levantamento dos
costumes e tradições gaúchas (2ª ed) Porto Alegre: escola Superior de Teologia
São Lourenço de Brides – 1987, 350 p ISBN 8570610718
ROSA, Renato et alii .MAGLIANI A solidão do corpo Porto
Alegre : Pinacoteca Aldo Locatelli-Prefeitura de Porto Alegre 2013 , s/p. il col.
Em relação as
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
AUTOBIOGRAFIA
do ESCRAVO MOHAMMAD GARDO BAQUAQUA
BATUQUE
CARLOS ALBERTO OLIVEIRA
CULTURA NEGRA e ARTES
Cultura NEGRA e FEMINISMO
ESCRAVOS LIBERTOS:
MAS SEM EMOÇÂO ou RISOS
ESCRAVIDÃO NÃO FOI ABOLIDA NO GRITO
ESCRAVIDÃO no RIO GRANDE do SUL
ESTÉTICAS ANTAGÔNICAS
ESTÉTICA
AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE 082- ISTO é ARTE
INTOLERÂNCIA com
RELIGÃO AFRO-BRASILEIRA
MAÇAMBIQUES – OSÓRIO RS
http://www.selomundomelhor.org/
Maçambique
de Osorio-RS - Festa de Nossa Senhor do Rosário em Osório 2008Arquivado em Novo, VIDEOS por Alfredo Bello | 24, December
2009 Vídeo
MOVIMENTO
AFRO SUL-RIO-GRANDENSE
MUSEU do PERCURSO NEGRO em Porto Alegre – RS
https://www.youtube.com/watch?v=-inSFMJzIMs
NAVEGANTES e A FESTA das ÁGUAS de VENEZA: ou sendas
abertas para o seu estudo erudito
OLIVEIRA SILVEIRA
Oliveira Silveira [1941-2008]. Trajetória do militante do
Movimento Negro e a construção da data de 20 de novembro
MEMORIAL da CÂMARA de PORTO ALEGRE (22 bannners) http://www2.camarapoa.rs.gov.br/default.php?reg=1508&p_secao=117
PELOPIDAS
THEBANO
PETRONILHA
BEATRIZ GONÇALVES e SILVA
PETRONILHA
por OLIVEIRA SILVEIRA e FOLHA de SÃO PAULO
SALÃO AFRO-SUL-RIO-GRANDENSE
SANTOS Carlos da Sila (1904-1989) deputado
estadual
SOCIEDADE BENEFICIENTE CULTURAL FLORESTA
AURORA 1872
REINO
DE OXUM LAVA a ESCADARIA da Igreja do Rosário de RIO PARDO
REINO
DE OXUM e o NATAL da Igreja do Rosário de
RIO PARDO
Religiões afro-brasileiras - recomenda-se o
texto disponível em
VIA SACRA do NEGRINHO do PASTOREIO de Aldo
Locatelli no Palácio do Governo
VINTE de NOVEMBRO: Feriado Municipal em PORTO
ALEGRE
WILSON TIBÉRIO
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.100/107 entre artistas afro-brasileiros
WILSON
TIBERIO por OLIVEIRA SILVEIRA http://ligadacanelapreta.blogspot.com.br/2007_11_01_archive.html#7878911617001941883
SÉRIE
de POSTAGENS ARTE no RIO GRANDE do SUL
[esta série desenvolve o tema “ARTE no RIO
GRANDE do SUL” disponível em http://www.ciriosimon.pro.br/his/his.html ]
123 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 01
GUARDIÕES das SEMENTES das ARTES
VISUAIS do RIO GRANDE do SUL
124 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 02
DIACRONIA e SINCRONIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL nos seus
ESTÁGIOS PRODUTIVOS.
PRIMEIRA PARTE
125 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 03
Artes visuais indígenas sul-rio-grandenses
126 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 04
O projeto civilizatório jesuítico e a Contrarreforma
no Rio Grande do Sul
127 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 05
Artes visuais afro--sul-rio-grandenses
128 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 06
O projeto iluminista contrapõe-se ao projeto da
Contrarreforma no Rio Grande do Sul.
129 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 07
A província sul-rio-grandense diante do projeto imperial brasileiro
130 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 08
A arte no Rio Grande do Sul diante de projeto
republicano
131 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 09
Dos primórdios do ILBA-RS e a sua Escola de Artes até a Revolução de 1930
132 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 10
A ARTE no RIO
GRANDE do SUL entre 1930 e 1945
133 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 11
O projeto da
democratização da arte após 1945.
134 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 12
A ARTE e a ARQUITETURA em AUTONOMIA no RIO GRANDE do SUL
135 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 13
A ARTE no RIO
GRANDE do SUL entre 1970 e 2000
SEGUNDA PARTE
Iconografia e Iconologia das artes visuais de diferentes projetos políticos do
Rio Grande do Sul.
136– ARTE no RIO GRANDE do SUL - 13
As obras das artes visuais indígena do atual
território do o Rio Grande do Sul.
137 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 14
Obras das artes visuais afro-sul-rio-grandense
138 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 15
Obras de arte dos Sete Povos das Missões Jesuíticas
como metáfora da Contrarreforma
139 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 16
A “casa
do cachorro-sentado” como índice açoriano no meio cultural do Rio Grande do Sul .
140 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 17
Obras de Manuel Araújo Porto-alegre
141 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 18
Obras de Pedro Weingärtner
142 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 19
Obras de Libindo Ferrás
143 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 20
Obras de Francis Pelichek
144 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 21
Obras de Fernando Corona
145 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 22
Obras de Ado Malagoli
146 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 23
Obras de Iberê Camargo
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Referências para Círio SIMON
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