quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

EM NOME do PODER ORIGINÁRIO da SOBERANIA BRASILEIRA.




Émile FRIANT (1863-1932) – EXPIAÇÃO



O contrato entre o eleitor e o político - que ele elegeu - é uma ficção.


O combate ao freqüente assalto, tanto individual como em quadrilha, à soberania brasileira não pode ser confiado ao governo ou a um dos poderes isolados do Estado Nacional. A aparência dos partidos brasileiros é o de se constituírem em eternos feudos de coronéis, raposas velhas ou de refúgios nas cavernas de Ali-Babá. O poder policial ou poder militar mostram também pouca eficiência neste combate. Uma educação formal ideológica consegue corromper tudo e arriscam constituir-se em um disfarçado Ministério da Propaganda do Dr. Goebbels[1]. Muito menos trata se de esperar - ou provocar - uma ruptura da ordem constitucional.


Trata-se da coragem de conhecer e alimentar a vontade desta nação para que o seu autêntico poder originário tenha o direito de se expressar, deliberar e decidir sobre o seu próprio destino e sobre o exercício dos cargos a quem ele confia esta tarefa. Nestas expressões encontrar soluções e realizar contratos coerentes e continuados com a soberania e bem estar geral do poder que origina a formação de todas as instituições e as instâncias do Estado brasileiro.


O cidadão na sua ingenuidade e na sua “boa vontade de participar” confia ao Estado a execução da justiça que lhe caberia por direito. Este Estado confessa-se incompetente. Esta incompetência inicia pela mentalidade estreita do exercício da violência que cabe a este Estado e os meios que possui de compensar esta violência por um projeto civilizatório no qual consiga levar a uma interação adequada todas as forças positivas de que é competente e capaz todo ente humano.


Muitos dos que buscam empolgar o poder da nação, do Estado e do governo brasileiro, assemelham-se aos pichadores que escalam os topos mais altos dos prédios das capitais para deixar, a vista de todos, as suas marcas (pichos). O contrato fictício - celebrado entre o eleitor e aqueles que buscam empolgar poder político - não será equacionado por uma reforma política protagonizada pelos coronéis, pelas raposas velhas ou pelos Ali-Babás redivivos. Não há saída sem um projeto de nação, de um Estado correspondente e de diretrizes claras e universalmente aceitas para os exercícios dos sucessivos governos. As reformas pontuais - por mais meritórias que sejam - serão um trabalho de Sísifo. Sem o projeto de nação, de um Estado e as diretrizes claras e universalmente aceitas para os exercícios dos sucessivos governos o acúmulo de desilusões poderão levar a soluções radicais e inesperadas como aquela que tiveram de enfrentar Maria Antonieta e seu infeliz marido Luis XVI.


Luis XVI e Maria Antonieta foram guilhotinados sob o poder do “POVO FRANCÊS”. O intelectual inglês Thomas Hobbes (1585-1666) havia escrito no Leviatã (1651) que “a pessoa humana obedece só por duas razões : a 1ª: se sabe que vai ganhar algo, 2ª: se sabe que irá perder algo”. O infeliz rei taumaturgo teve de perder a aura, o trono, a coroa, o seu recente título de cidadão francês e a cabeça para que os demais cidadãos obedecessem ao poder que emana do autêntico poder originário.


Evidente que perder a vida, ou o assassinato em nome do Estado, é algo que está sendo gradativamente abandonado como ineficiente para o exercício do autêntico poder originário. A condenação a ficar de fora do sistema econômico dos bens - que uma nação ou civilização produz - é uma sentença muito mais eficiente e possível de ser executada pelos atuais instrumentos oferecidos pela tecnologia numérica digital no âmbito do controle deste fluxo econômico.


- Porque os agentes políticos escapam e conseguem ludibriar o judiciário e a policia, se todos os agentes econômicos são controlados, cada vez mais e de forma eficiente, pelos recursos numéricos digitais?


Esta nova realidade parece ser conhecida das quadrilhas e pelos criminosos do colarinho branco. Razão pela qual assaltam e escalam, na calada da noite, os topos dos postos governamentais.


Espera-se que o autêntico poder originário tenha condições de intervir e barrar esta escalação indevida e que enfeia e infelicita a nação, o Estado brasileiro e aqueles que possuem a autêntica vocação e competência comprovada de servir o poder originário autêntico.









[1] - COSTA FRANCO Sérgio - Ministério da Propaganda - Porto Alegre : Zero Hora nº 16156 15.11.229 http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2718086.xml&template=3898.dwt&edition=13517&section=1012


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